LPCC aconselha

A importância da deteção precoce do cancro da mama

Atualizado: 
07/12/2018 - 18:08
Outubro é o mês da Prevenção do Cancro da Mama, o tipo de cancro mais comum entre as mulheres e a sua segunda causa de morte por doença oncológica. Estima-se que todos os anos sejam detetados cerca de seis mil novos casos. No entanto, esta não é uma doença que afeta só as mulheres! Um em cada 100 casos de cancro desenvolve-se no homem.

De acordo com a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), o cancro de mama tem uma alta incidência e uma alta taxa de mortalidade, sobretudo na mulher. Dados revelam que morrem quatro mulheres por dia, com a doença.

Mas, cerca de um por cento, de todos os casos diagnosticados em Portugal, afeta os homens. Por isso é fundamental sensibilizar a população para a deteção precoce do cancro de Mama e relembrar que não acontece só aos outros, e nem apenas às mulheres.

Conhecidos alguns fatores de risco, cerca de cinco a dez por cento dos cancros de mama diagnosticados aparentam características genéticas e hereditárias, que obrigam a um acompanhamento mais cuidadoso e precoce dos familiares.

Na realidade, a investigação tem, ao longo dos anos, vindo a demonstrar que há mulheres que apresentam maior risco de desenvolver cancro da mama.

Este risco parece estar associado a determinados fatores de risco, tais como:

1. A idade. O cancro de mama é menos comum antes da menopausa, por isso, com o aumento da idade aumenta com ela também o risco de sofrer da doença. Sabe-se que o cancro de mama tem maior incidência na mulher depois dos 50 anos.
2. História pessoal de cancro de mama. Uma mulher que tenha sofrido de cancro numa das mamas tem maior risco de desenvolver a doença na outra mama.
3. História familiar. O aumento do risco de cancro de mama acontece se já houver antecedentes familiares desta doença. Em especial, se este tive ocorrido antes dos 40 anos.
4. Algumas alterações na mama. Algumas mulheres apresentam células mamárias anormais. Ter determinado tipo de células, como a hiperplasia atípica ou o carcinoma lobular in-situ, aumenta o risco de cancro de mama.
5. Alterações genéticas. A alteração de determinados genes – BRCA1 e BRCA2 – aumenta o risco de cancro. Sempre que há um histórico familiar da doença, os testes genéticos podem detetar a presença destas alterações dando a possibilidade de serem tomadas medidas preventivas no sentido de reduzir o risco de cancro e que possibilitam a deteção precoce da doença.
6. A primeira gravidez depois dos 31 anos.
7. História menstrual longa. Mulheres que tiveram a primeira menstruação precocemente (antes dos 12 anos) e tiveram uma menopausa tardia (após os 55 anos) ou que nunca tiveram filhos têm maior risco de sofrer de cancro de mama.
8. Terapêutica hormonal de substituição. Parece haver uma relação entre a toma prolongada – durante cinco ou mais anos – da terapêutica hormonal para a menopausa (apenas com estrogénios ou estrogénios e progesterona) e o aumento do risco do cancro de mama.

No entanto, de acordo com a LPCC “muitos dos fatores de risco citados podem ser evitados; outros, como a história familiar, não podem ser evitados. É, no entanto, útil saber e estar consciente dos fatores de risco, ainda que muitas mulheres com esses fatores de risco não apresentem cancro de mama”.

Por isso, em risco ou não, preste atenção aos sinais!

A alteração do tamanho ou a forma da mama, por exemplo, pode indicar que alguma coisa não está bem.

Mas deixamos-lhe aqui outros sinais a ter em conta:
- Secreção ou perda de líquido pelo mamilo
- Qualquer alteração na mama ou mamilo, quer no aspeto quer na palpação
- Qualquer nódulo ou espessamento da mama, perto da mama ou na zona das axilas
- Sensibilidade no mamilo
- Retração do mamilo, ou seja, o mamilo virado para dentro da mama
- Pele da mama, aréola ou mamilo com aspeto escamoso, vermelho ou inchado

Caso apresente um destes sinais, aconselhe-se com o seu medico e lembre-se: a deteção precoce pode salvar-lhe a vida.

Autor: 
Sofia Esteves dos Santos
Fonte: 
Liga Portuguesa Contra o Cancro
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
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