Saúde capilar
São inúmeras as causas para a queda do cabelo.
Cabelo loiro

Sabia que 70% da população se queixa de queda de cabelo durante os meses do Outono?

E se pensa que a queda de cabelo é um problema exclusivo dos homens, desengane-se! Cerca de 40% das mulheres sofrem de algum tipo de queda, que carece de tratamento, pelo menos uma vez, ao longo de toda a sua vida…

Diariamente perdemos cerca de 100 fios de cabelo. Seja durante a escovagem ou o durante o banho, este é um facto pouco alarmante. No entanto, quando se nota um volume anormal de cabelos caídos, o ideal é procurar ajuda profissional para tentar encontrar a causa e, se caso disso, o tratamento indicado.

O ciclo de vida de um cabelo é dividido em três fases: anagénica, catagénica e telogénica.

A primeira fase corresponde ao crescimento ativo e dura, em média, e dependendo de indivíduo para individuo, entre três a quatro anos. Por mês, o cabelo cresce por volta de 1,2 centímetros.

A fase catagénica, considerada uma fase de descanso, tem a duração de duas a três semanas, parando o cabelo de crescer.

A última etapa na vida de um cabelo acontece quando o fio está velho e fraco. Esta fase tem a duração de três meses e resulta na queda do cabelo e no crescimento de outro em seu lugar.

Durante a sua vida, o folículo é capaz de reproduzir cerca de 20 ciclos.

Todo este processo pode, no entanto, sofrer alterações devido ao stress, a alterações hormonais ou alimentares, entre outras.

Para o organismo a única função do cabelo é proteger o couro cabeludo, por isso, numa situação em que seja necessário poupar nutrientes ou energia – como acontece em caso de doença – os cabelos acabam em segundo plano, por exemplo.

Descoberta a causa para a queda do cabelo, o tratamento é quase certeiro.

Já no caso da alopécia – nome oficial da calvíce – que se manifesta quando o bulbo capilar sofre uma atrofia, o transplante é a única alternativa.

A perda irreparável dos cabelos é mais comum entre os homens, porque as hormonas masculinas enfraquecem os cabelos e provocam uma queda acentuada.

No entanto, atenção mulheres, porque mesmo sendo mais raros os casos de alopécia, eles também acontecem no feminino.

Conheça algumas causas para a queda de cabelo:

1. Dietas rígidas

Quando se segue uma dieta deficiente em vitaminas (sobretudo as do complexo B ou A e C), hidratos de carbono, proteínas ou minerais (como o zinco ou o ferro) há uma quebra acentuada de cabelo.

Para o cabelo nascer, o folículo precisa de uma grande quantidade de minerais, principalmente ferro.

Em dietas rígidas, a falta de nutrientes pode causar enfraquecimento dos fios e até mesmo a sua queda;

2. Alteração hormonal

Qualquer deficiência hormonal pode resultar na queda de cabelo. Problemas nas glândulas endócrinas, como a tiróide, a supra-renal e hipófise, desregulam o organismo e, muitas vezes, impede a chegada dos nutrientes à fibra capilar;

3. Stress

O stress faz com que o corpo gaste mais energia do que é habitual, o que pode afetar a produção de cabelo, uma vez que os nutrientes necessários estão a ser consumidos para produzir energia.

Além disso, o stress faz com que o organismo produza mais cortisol, desacelerando a divisão celular na raiz;

4. Falta de vitaminas do complexo B

As vitaminas do complexo B são as principais responsáveis por um cabelo saudável. Podem-se encontrar em alimentos como a carne, ovos, leite e vegetais de folhas verde-escuras.

Estas vitaminas são importantes para o funcionamento correto do metabolismo celular, responsável pela divisão das células e, deste modo, pelo crescimento do cabelo;

5. Hereditariedade

Os homens são os mais atingidos pela chamada alopécia androgenética, a calvíce, ligada a fatores hereditários.

O risco dessa herança genética passar de pai para filho é de cerca de 15 por cento.

Essa calvíce é identificada quando há falhas nas laterais da testa – as chamadas “entradas” – e na parte superior da cabeça;

6. Alguns medicamentos

Anti-hipertensivos, antibióticos e anabolizantes fragilizam o cabelo. Mas são os anti-depressivos os mais agressivos para a saúde capilar.

Eles atuam diretamente no sistema nervoso e na divisão celular, facto que leva à quebra do ciclo normal de vida do cabelo, tornando-o mais sensível e predisposto à queda;

7. Pós-parto

Durante o pós-parto as hormonas estão em fase de “reajustamento”, uma vez que, durante a gravidez, a mulher tem uma grande quantidade de estrogénio e progesterona que estimulam o crescimento dos fios.

Assim que o nível hormonal volta ao normal, e as hormonas masculinas voltam a existir em maior quantidade, torna-se evidente a queda de cabelo;

8. Envelhecimento

Com o avançar da idade surge também, inevitavelmente, a tão temida queda de cabelo.

Na verdade, a partir dos 50 anos, o couro cabeludo fica menos espesso. Os cabelos tornam-se mais fino e acabam por cair.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Em Portugal
O Infarmed acaba de autorizar a utilização do peginterferão beta-1a no tratamento para adultos com esclerose múltipla por surto...

Para o Prof. Doutor João de Sá, neurologista do Hospital de Santa Maria, trata-se de “uma formulação distinta de interferão beta 1a, que vai seguramente revolucionar a terapêutica de primeira linha da esclerose múltipla por surto-remissão.” Acrescenta ainda que “teremos assim com um perfil de eficácia e segurança bem conhecidos uma formulação que permite ser administrada 2 vezes por mês, o que representa indiscutivelmente uma opção terapêutica extremamente cómoda para os doentes que poderão ver assim melhorada a sua qualidade de vida.”

Este é o único interferão peguilado aprovado para a utilização na esclerose múltipla por surto-remissão (EMSR) e reduz vários parâmetros de atividade da doença, incluindo número de surtos, lesões cerebrais e progressão da incapacidade. Esta aprovação baseia-se nos resultados de um dos maiores e principais estudos conduzidos com interferão beta, o ADVANCE1, que envolveu mais de 1500 doentes com EMSR.

No ensaio clínico ADVANCE, o novo tratamento administrado de duas em duas semanas reduziu significativamente a taxa anualizada de surtos (TAS) ao final de um ano em cerca de 36 por cento quando comparado com placebo. Os resultados de dois anos de ADVANCE confirmam que a sua eficácia robusta é mantida além do controlo com placebo no primeiro ano de estudo.

“O peginterferão beta 1a oferece às pessoas que vivem com esclerose múltipla (EM) um interferão com uma eficácia reforçada e com um perfil de segurança já bem estabelecido, que requer consideravelmente menos injeções do que outras terapêuticas injetáveis”, afirma Sérgio Teixeira, Country Director da Biogen Idec Portugal.

“Este é o segundo medicamento que a Biogen Idec disponibiliza no mercado neste ano e nesta área terapêutica, depois da aprovação de utilização do fumarato de dimetilo em maio, o que vem sedimentar a liderança e o compromisso que a Biogen tem vindo a demonstrar para com a comunidade de doentes com EM”.

1Calabresi PA et al. Peginterferon Beta-1a Provides Improvements in Clinical and Radiological Disease Activity in Relapsing-Remitting Multiple Sclerosis: Year 1 Findings from the Phase 3 ADVANCE. Poster presented at 29th Congress of the European Committee for Research and Treatment in Multiple Sclerosis, 2013.

Comissão Global de Políticas sobre Drogas
Mais de 75% da população mundial tem pouco ou nenhum acesso a analgésicos opioides para tratar a dor, incluindo mulheres em...

“Cerca de 5.500 milhões de pessoas têm pouco ou nenhum acesso a analgésicos opioides, em particular à morfina, o que resulta em dor e sofrimento evitáveis em todo o mundo”, indica o relatório “O impacto negativo do controlo de drogas na saúde pública: a crise global da dor evitável”, apresentado pela comissão numa conferência internacional em Kuala Lumpur.

“Os doentes terminais de cancro, em fase terminal de VIH e as mulheres em trabalho de parto, que sofrem de dor extrema, estão entre os grupos mais afetados”, refere o documento.

Um dos principais responsáveis por esta situação é a política dominante de “evitar o desvio de substâncias controladas com fins ilícitos, além de assegurar o acesso para fins médicos e científicos”.

Para evitar que milhões de pessoas sofram de dor por falta de acesso a medicamentos controlados, a comissão defende a atualização das tabelas de convenções de drogas de 1961 e 1971 com as descobertas científicas posteriores.

Recomenda igualmente que se dê “alta prioridade ao tratamento da dor física e mental, assegurando o acesso a medicamentos controlados”.

Nos lugares onde não estão disponíveis, “os governos deviam dispor do financiamento necessário para um programa internacional (…) para assegurar o acesso adequado e razoável a medicamentos controlados”, propõe a comissão.

Até agora não foi descoberto um tratamento melhor para a dor moderada a grave que os opioides fortes.

Saúde capilar
Com a chegada do Outono surge também, quase sempre, as primeiras queixas no que diz respeito à saúde

Esta queda de cabelo fisiológica parece ocorrer na sequência de alterações climáticas e mudanças no estilo de vida – quem não adere a dietas nos meses de verão?

Por isso, se é esse o seu caso, não se preocupe! Não lhe aconteceu só si. Mas para ajudar a prevenir a queda de cabelo não se esqueça de começar a prestar mais atenção ao que come.

Existem estudos que indicam que qualquer problema manifestado através do cabelo é resultado de alguma alteração alimentar ou hormonal ou de algum “trauma” que ocorreu três meses antes do período da queda.

Deste modo, a queda de cabelo no Outono poderá estar relacionada com os meses de verão. Com as dietas, a desidratação provocada pelo calor ou por excesso de oleosidade no couro cabeludo.

Estar atento à alimentação pode ser a solução para o problema.

É essencial apostar numa alimentação saudável e equilibrada e se necessário recorrer à toma de alguns suplementos nutricionais.

Ana Isabel Ribeiro, nutricionista, elaborou uma lista de nutrientes, presentes em alguns alimentos, que ajudam a prevenir a queda de cabelo.

Ora tome nota:

  • Beta-caroteno encontrado nos vegetais alaranjados como a cenoura, e também em folhas de cor verde-intensa, como a rúcula e o agrião.
  • A vitamina A encontrada no bife de fígado, na gema de ovo, no leite e nos seus derivados.
  • A vitamina B existente nas carnes magras, cereais integrais, legumes, grãos e nozes ajudam na renovação celular e no crescimento saudável dos fios.
  • O zinco está nas ostras, fígado, leite e farelo de trigo. É importante pois estimula a multiplicação das células, fortalecendo o couro cabeludo e a qualidade dos fios.
  • Os aminoácidos encontrados nas carnes vermelhas são a matéria-prima para a construção dos fios.
  • Banana, melancia e ameixa têm vitamina B6, que tanto é boa para a pele, como para o cabelo.
  • Sumos e leite à base de soja contém vitamina B, zinco e minerais que previnem a queda.
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Saúde capilar
O Outono é uma estação de mudança e de renovação.

André Dourado, diretor da EMAC – Escola de Medicinas Alternativas e Complementares, afirma que “a queda de cabelo sazonal, apesar de ser um processo natural, pode e deve ser prevenida e tratada através de soluções naturais. Uma das plantas utilizadas desde a Antiguidade contra a queda de cabelo é o alecrim, porque nutre e fortalece o cabelo, impedindo que ele caia tão rapidamente”.

Uma das medidas, mais fáceis e eficazes, sugeridas é a utilização de champô de alecrim, que reduz a queda de cabelo e que o deixa mais sedoso.

Para melhores resultados, explica, deve-se acrescentar ao champô uma cebola cortada. Deixa-se repousar durante 15 dias, retirando a cebola no fim deste período, e utiliza-se o produto sempre que lavar o cabelo.

Outras dicas que ajudam a travar a queda de cabelo passam por “massajar o couro cabeludo com infusões de alecrim, cerca de três vezes por semana, ou aplicar uma máscara de aloé com óleo essencial de alecrim, pelo menos 15 minutos antes de lavar o cabelo”.

Também os óleos de Jojoba, Baobab ou Rosa Mosqueta possuem importantes propriedades que nutrem e reparam o cabelo, apresentando-se como complemento ideal para o tratamento da perda capilar.

Soluções naturais que excluem os tratamentos químicos e que promovem um estilo de vida saudável e equilibrado. 

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Primeiro a ser validado para utilização de dois tipos de amostra com o mesmo teste
A Roche anunciou a disponibilidade comercial, em países que aceitam a marca CE, do cobas® EGFR Mutation Test v2, o primeiro...

O teste identifica 42 mutações do gene do recetor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), mais do que qualquer dos métodos de diagnóstico in vitro (IVD) no mercado, e pode também ser utilizado como auxiliar na seleção de pacientes elegíveis com cancro do pulmão de não pequenas células (CPNPC), para tratamento com um inibidor da tirosina quinase de EGFR (TKI).

"À medida que mais terapias específicas se tornam disponíveis, é fundamental que desenvolvamos métodos de análise molecular inovadores que facilitem aos doentes a realização do teste, independentemente dos riscos da cirurgia ou da disponibilidade do tecido tumoral", afirma Roland Diggelmann, COO, da Roche Diagnostics. “Ao investir na investigação de biópsias liquidas e ao desenvolver o cobas® EGFR Mutation Test v2 para análise de amostras de plasma e tecido, a Roche permite derrubar as barreiras comuns dos testes moleculares”.

De acordo com uma pesquisa recente que envolveu mais de 550 oncologistas, o teste genético EGFR não é utilizado em cerca de 25% dos doentes com CPNPC2,3. Algumas das razões para esse facto residem na falta de material de diagnóstico e situações em que os doentes são considerados inaptos a realizar a biópsia. Com a validação do cobas® EGFR Mutation Test v2 para amostras de tecido e de plasma, os doentes que anteriormente não se qualificavam para biópsia têm agora a oportunidade de receber o resultado de um teste de plasma simples para orientar a terapia correspondente.

O cobas® EGFR Mutation Test v2 está agora disponível em países que aceitam a marca CE1. Para mais informações, visite por favor:www.cobas-egfrtestv2.com.

Sobre o cobas® EGFR Mutation Test v2
O cobas® EGFR Mutation Test v2 é um teste de PCR em tempo real que identifica 42 mutações nos exões 18-21, incluindo L858R, deleções no exão 19, L861Q e a mutação TKI-resistente, T790M. Foi concebido para permitir a análise de amostras de plasma e de tecido num único kit, e permite aos laboratórios testar amostras de tecido e plasma numa mesma placa. Além disso, a Roche desenvolveu um kit de preparação de amostra de ADN livre de células (cfDNA) que está otimizado para extrair o ADN a partir do plasma.

Ao testar plasma com o cobas® EGFR Mutation Test v2, uma nova característica designada por Índice Semi-Quantitativo (SQI) está incluída no relatório. Este valor é concebido de modo a refletir a tendência da quantidade de cfDNA mutante na amostra. Ao testar com frequência a mutação EGFR utilizando o teste, rastrear o valor do SQI e identificar a tendência pode ajudar a compreender melhor a progressão do tumor.

O cobas® EGFR Mutation Test v2 está concebido para ser executado no cobas® 4800 System, v2.1 ou superior. O sistema também pode ser utilizado para a deteção de mutações nos genes KRAS e BRAF em amostras tumorais.

1A disponibilidade local do produto pode variar independentemente da aprovação da marca CE.
2Conferência Europeia Lung Cancer 2015 (ELCC): Abstract LBA2_PR. Apresentado a  17 de abril de 2015
3Davenport, Liam, "Teste EGFR não realizado em 25% dos pacientes com cancro do pulmão." Medscape Medical News, 17 de abril de 2015.

Campanha desenhada pela CAETSU para a SPP
A importância da Vacinação Antipneumocócica na Prevenção da Pneumonia é o mote da primeira campanha de televisão da Sociedade...

Desenhada pela CAETSU para a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), a estreia televisiva vai marcar a semana que agora começa. Parte de uma campanha global – Esquadrão Pneumonia – para além do spot de 25” estão previstos mupis de norte a sul do País, inserção de microespaços em TV e Imprensa, e um roadshow de rastreios e sensibilização para a Pneumonia.

O spot de TV tem a duração de 25” e segue a linha militar do “Esquadrão Pneumonia”, conjunto de pessoas e iniciativas que visam proteger a comunidade e defender a população da doença pneumocócica. Um esquadrão forte, coeso, unido a favor de uma causa: a Prevenção.

Tal como num cenário militar, assistimos ao discurso motivador de um superior hierárquico, neste caso, do médico, à população. É ele quem vai explicar a importância e os benefícios da Vacinação Antipneumocócica, ao mesmo tempo que fará o reforço junto da população de risco. No final do spot, junta-se simbolicamente a dois outros membros do Esquadrão, uma farmacêutica e um cidadão comum, mostrando que o Esquadrão podemos, e devemos, ser todos nós.

Para além da TV, a imagem deste trio será usada nos diferentes suportes de comunicação, desde mupis e cartazes, aos materiais de apoio ao roadshow.

A campanha dirige-se a toda a população, sobretudo a pessoas com mais de 65 anos ou, que a partir dos 50, pertençam a grupos de risco, com uma mensagem clara: a vacinação pneumocócica é a melhor forma de prevenir a Pneumonia.

“A imunização na idade adulta é uma das preocupações da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, que apela à vacinação antipneumocócica numa faixa etária em que a doença pneumocócica se manifesta, sobretudo, sob a forma de pneumonia, uma das principais causas de morte preveníveis através de vacinação. Em Portugal, só nos hospitais, mata uma média de 23 pessoas por dia. A maioria poderá ser evitada”, explica Carlos Robalo Cordeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

A campanha global foi desenvolvida para a SPP pela CAETSU, agência com vasta experiência na ativação de clientes na área da Saúde. Para o spot de TV, contou com realização de André F., pós-produção Sync e som Dizplay.

Para informação adicional sobre Pneumonia e Vacinação: http://www.sppneumologia.pt/.

Em todo o mundo
A demência afeta 44 milhões de pessoas em todo o mundo, cujos cuidados de saúde e tratamentos ascendem globalmente a 600 mil...

O continente europeu tem uma das expectativas de vida mais elevadas e a demência geralmente é detetada em idosos, o que constitui uma preocupação para a Comissão Económica da ONU para a Europa (UNECE), que destaca quatro fatores importantes para acabar com a discriminação, nomeadamente o diagnóstico após os primeiros sinais, bem como o apoio à participação dos pacientes na vida social e até no mercado de trabalho.

A demência é uma doença crónica ainda sem cura, causando perda das funções cognitivas e incapacidade dos pacientes, que podem viver 20 anos ou mais após o diagnóstico. Entre os sintomas estão a ansiedade, perda de memória e isolamento social, escreve o Diário Digital.

A Unece destaca que as pessoas com demência estão sujeitas à discriminação e muitas vezes não tem a sua dignidade respeitada porque têm dificuldades em expressar as suas necessidades, preferências e sentimentos devido à doença.

A Comissão acredita que a falta de dignidade afeta de forma negativa a qualidade de vida, a autonomia e a saúde dos pacientes.

No entanto, estes são aspetos pouco discutidos, pelo que a Unece apresenta aos países estratégias para garantir tratamento e dignidade a todos com demência.

Garantir os direitos e a dignidade das pessoas com demência devem estar garantidos em leis e regulamentações em todos os níveis de governo e nas políticas dos sectores de saúde, segurança social, transporte e fundos de pensão, defende também a Unece.

Com o avanço dos sintomas, os pacientes precisam ainda de mais cuidados de saúde e a Unece sugere a redução do uso de medicamentos antipsicóticos, desde que aliado ao aumento da qualidade de vida da pessoa com demência.

A atenção em relação aos familiares também é essencial,  já que cuidar do paciente diariamente pode resultar em stress e ansiedade.

A Unece defende que os países coloquem em prática as recomendações e afirma que bons exemplos podem ser retirados da Austria, Alemanha, Espanha, Noruega e Suíça.

Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra
Pedro Costa, investigador, utilizou moléculas de gordura e proteínas para melhorar o tratamento de uma forma de tumor cerebral...

Nos últimos quatro anos, Pedro Costa, investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, recorreu moléculas de gordura e proteínas para tornar o tratamento de uma forma de tumor cerebral altamente maligna, o glioblastoma, mais eficaz, fruto das descobertas científicas que foi fazendo ao longo desse período, escreve o Sapo. “Foi demonstrado que nanopartículas compostas por moléculas de gordura, às quais se junta uma proteína que reconhece especificamente células tumorais, entregam de forma eficiente pequenas moléculas terapêuticas (ácidos nucleicos) a essas células”, explica.

Quais as vantagens?
“Uma droga utilizada em quimioterapia poderá ser encapsulada nestes veículos de transporte, permitindo que uma maior quantidade chegue ao tumor. Desta forma, estes veículos poderão potenciar a quimioterapia e ajudar a diminuir os efeitos secundários nos órgãos saudáveis”, esclarece o especialista.

Qual é o próximo passo?
“Estamos [em 2015] numa etapa precoce de estudos pré-clínicos (em animais de laboratório), com vista a maximizar a eficiência desta terapia, o que poderá acontecer nos próximos dois a três anos. Este passo será essencial, pois teremos de obter um efeito antitumoral mais forte antes de avançar para ensaios clínicos, o que só deverá acontecer dentro de oito a dez anos”, adianta Pedro Costa.

Descodificador de termos:

- Glioblastoma
Forma altamente maligna de tumor cerebral que reduz a vida dos doentes para 12 a 15 meses, após diagnóstico.

- Ácidos nucleicos
Macromoléculas localizadas no núcleo das células.

- Nanopartícula
Partícula microscópica com dimensão inferior a 100 nanómetros (unidade de medida de comprimento do Sistema Internacional equivalente a um milionésimo de milímetro).

Em 2014
Ano passado registou a maior entrada de doentes na lista de inscritos. 22 mil pessoas esperam mais do que o tempo recomendado.

649 386. Foi o este o número de doentes que entrou no ano passado na lista de inscritos para cirurgia (LIC), o maior desde 2006 de acordo com os dados de Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), a que o Diário de Notícias teve acesso. Foi também o ano com mais operações realizadas (perto de 550 mil), mantendo-se a mediana de tempo de espera de 3 meses (em 2013 era de 2,8 meses). Houve uma redução para 12% do número de doentes que esperou mais do que os nove meses de tempo máximo recomendado - era de 12,8% em 2013. O ano terminou com 184 mil pessoas na lista de espera.

Para alguns doentes ainda é demais. "Um em cada dez utentes espera mais de 9,1 meses pela cirurgia. Este valor tem melhorado nos últimos anos", refere o relatório. Em 2006, um em cada dez doentes esperava 25 meses pela operação. Há uma década a mediana de tempo de espera era de 6,9 meses e 43,5% dos utentes estavam na lista há do que o tempo máximo de resposta garantido. Embora o tempo seja menos, no ano passado ainda houve 22 mil doentes em lista cujo tempo máximo de resposta foi ultrapassado. Quando se olha para as doenças, obesidade continua a ser a pior. A mediana é de seis meses de espera e um terço dos doentes aguarda há mais do que o recomendado.

O acréscimo de inscritos pode ser explicado pelo aumento da população envelhecida, mais doente e a precisar de cuidados maiores. O relatório fala de "uma maior pressão sobre a capacidade produtiva das instituições, resultante da conjugação de mais entradas com casos mais complexos", o que levou à criação, neste ano, de um programa especial com 22 milhões de euros para a realização de mais 16 mil operações no segundo semestre. A aposta é no ambulatório, que no ano passado representou 55,5% das cirurgias realizadas.

Marta Temido, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, afirma ao Diário de Notícias que se tem "conseguido milagres todos os dias" nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS). "Apesar de todas as dificuldades de estímulos e meios materiais, há uma grande resiliência. Mas não é infinitamente elástica. Isso é motivo para ter algum receio", aponta.

A administradora salienta que há um comportamento que mostra estabilidade, sobretudo num período muito difícil, mas alerta que será complicado responder a mais procura. "Estamos a viver à custa das nossas gorduras e o stock de ineficiências reduziu-se e com uma população a precisar cada vez mais de cuidados curativos. Estes dados mostram também que não há uma redução na procura de cuidados, que as pessoas estão mais doentes. E esta é uma linha que se vai manter. Temos de apostar na prevenção, que é a forma mais eficaz de descer os números", refere.

Quanto ao aumento de cirurgias, dos 550 mil doentes operados, 505 mil foram-no no SNS, 18 mil no convencionado e 26 mil nos hospitais protocolados. Em relação a 2013, o SNS fez mais 3279 cirurgias e o convencionado mais 2421. Marta Temido diz que o setor convencionado é complementar e deve apoiar o SNS quando não há capacidade instalada. Mas há uma parte do trabalho que é feita fora do SNS.

"Quem pode, neste momento, foge do SNS por duas razões: as condições hoteleiras e os nove meses, que apesar de ser o tempo recomendado pode ser o suficiente para alguns doentes irem para outro sítio", aponta. Segundo o relatório, 91 300 episódios com proposta cirúrgica foram retirados da lista de inscritos por razões pessoais, clínicas ou por terem sido intervencionados na urgência ou noutras instituições.

Quanto aos resultados do primeiro semestre de 2015, parecem apontar para uma manutenção da tendência de estabilidade. Nos primeiros seis meses do ano entraram 338 591 pessoas na lista de inscritos para cirurgia, valor ligeiramente inferior ao do mesmo período de 2014. O número de utentes nesta lista era de 192 mil, mais 13 mil doentes do que no período homólogo. A mediana de tempo de espera estava nos três meses e a percentagem de inscritos que ultrapassaram o tempo máximo de resposta garantido era de 11%. Estes dois últimos valores são semelhantes aos de 2014. Obesidade continua no topo da lista das piores.

Universidade de Coimbra
Investigadores da Universidade de Coimbra estão a realizar os primeiros estudos em Portugal para conhecer a evolução dos...

O Departamento de Ciências da Vida (DCV) e do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS) da Universidade de Coimbra (UC) estão a realizar “os primeiros estudos paleoparasitológicos em Portugal”, anunciou aquela universidade.

A paleoparasitologia estuda os vestígios de parasitas em populações antigas para fornecer informação que, além de explicar “o surgimento e a evolução dos parasitas e dos seus hospedeiros humanos, pode ser útil para melhor entender e lidar com algumas patologias da atualidade”, refere a UC.

Os investigadores têm estado a analisar sedimentos recolhidos em esqueletos humanos adultos (homens e mulheres com idades compreendidas entre os 20 e os 70 anos), desde o século VIII até ao século XX.

Os primeiros resultados conhecidos sugerem que a população portuguesa, particularmente da região de Lisboa, “tinha menos verminoses que outras populações da Europa”, fenómeno cujos motivos são desconhecidos, mas que pode dever-se a uma “alimentação diferenciada ou mais saudável”.

Através de amostras, retiradas da cavidade pélvica dos esqueletos, foram identificados e quantificados os parasitas intestinais existentes, tendo sido verificado que “o número de ovos presentes – entre cinco e 50 por grama de sedimento de cada indivíduo – é muito inferior ao de outros povos da Europa, em que alguns estudos indicam a presença de centenas ou milhares de ovos de parasitas por humano”, afirma Luciana Sianto, investigadora principal do estudo.

Os parasitas identificados têm sido “essencialmente ‘ascaris lumbricoides’ e ‘trichuris trichiura’ (lombrigas), parasitas comuns que são transmitidos de humano para humano”, acrescenta a investigadora do CIAS.

Estes e outros dados obtidos no âmbito do estudo, com coordenação local de Ana Luísa Santos, serão associados a resultados de alguns países da América, da Ásia, da África e de Europa.

Para consolidar informação sobre os parasitas, a equipa de investigadores envolvidos no projeto quer analisar o maior número possível de amostras e, pede, por isso, a colaboração da comunidade científica nacional da área (arqueologia e antropologia) para o fornecimento de material, cuja recolha exige alguns cuidados e para a qual elaborou um manual de procedimentos (https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/28760/1/Sianto%2Band%2BSantos%2B2014.pdf).

Intitulado “Paleoparasitologia em Portugal - os caminhos dos parasitos”, o estudo é cofinanciado pelo programa brasileiro Ciência sem Fronteiras (CNPq) e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

Com 78% dos votos
Alexandra Bento foi ontem reeleita Bastonária da Ordem dos Nutricionistas com 78% dos votos expressos. De acordo com os...

Num ato eleitoral que contou com a participação de 55% dos membros da Ordem dos Nutricionistas, a “Lista A – Unidos pelo Futuro”, liderada pela atual Bastonária, contou também com a maioria dos votos para os restantes órgãos que foram igualmente ontem a eleição.

Para o Conselho Jurisdicional da Ordem, a Lista A obteve 75% dos votos, enquanto que a “Lista D – Unidos somos mais Nutrição” registou 21% dos votos expressos. Já no que toca ao Conselho Geral da Ordem, a Lista A conquistou 29  dos 40 mandatos disponíveis, ao passo que os restantes 11 mandatos foram conquistados pela Lista D.

De salientar que este foi apenas o segundo ato eleitoral na história da Ordem dos Nutricionistas, estabelecida em 1 de janeiro de 2011. Foi Alexandra Bento quem iniciou o seu processo de criação em 1998, enquanto presidente da Associação Portuguesa dos Nutricionistas, período após o qual assume funções como primeira Bastonária da história da Ordem dos Nutricionistas.

Alexandra Bento, nutricionista, inicia o seu segundo mandato de Bastonária já no próximo dia 1 de novembro, data que assinala a tomada de posse dos órgãos nacionais que compõem a estrutura a Ordem dos Nutricionistas.

Os resultados completos do ato eleitoral de ontem podem ser consultados no site da Ordem dos Nutricionistas (www.ordemdosnutricionistas.pt).

Associação Nacional das Farmácias
A realização de dermatoscopias nas farmácias é o objeto do projeto vencedor do Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia 2015...

O júri - presidido por Diogo de Lucena - atribuiu a este projeto o prémio principal pela forma como tenta conciliar a acessibilidade das farmácias com a inacessibilidade dos utentes a uma consulta de Dermatologia, de modo inovador e objetivo. Para além disso, Foi também valorizada a possibilidade de internacionalização e a aposta nas novas tecnologias de informação na resposta a uma deficiência há muito identificada na área da saúde.

Na génese deste projeto estão João Júlio Cerqueira, médico de medicina geral e familiar, e David Monteiro, engenheiro civil, que revelaram que o prémio, no montante de 20.000€, irá ser investido na obtenção de 18 máquinas de dermatoscopia e no desenvolvimento de software de gestão de dados.

Além do reconhecimento principal, a Associação Nacional das Farmácias (ANF) premiou projetos em mais duas categorias:

No campo da Responsabilidade Social venceu o projeto de voluntariado farmacêutico Cura+, dinamizado por Joana Carvalho e Sara Baptista, alunas do 4º ano do Mestrado Integrado de Ciências Farmacêuticas da Universidade do Porto. O Cura+ pretende minimizar as dificuldades económicas no acesso a medicamentos sujeitos a receita médica, procedendo à sinalização dos utentes beneficiários em parceria com uma instituição particular de solidariedade social, os quais serão depois financiados por utentes solidários. O júri valorizou o impacto social do projeto e a importância atribuída às farmácias na intervenção social como assistente imprescindível do sistema de saúde.

Na categoria de Comunicação Social venceu a reportagem “Até Voares”, da autoria da jornalista Ana Leal e emitida no dia 22 de junho na TVI. A peça conta a história inspiradora do farmacêutico João Almiro e da “Casa das Andorinhas”, onde o fundador do laboratório farmacêutico Labesfal e proprietário de uma farmácia em Campo de Besteiros convive com pessoas excluídas, numa vida dedicada a dar a mão, teto e tudo de si a quem se encontra numa situação social bastante fragilizada.

Os Prémios João Cordeiro são uma iniciativa anual da ANF, e destinam-se a apoiar projetos originais no âmbito da intervenção e do conhecimento em Saúde, que incentivem à inovação e desenvolvimento das farmácias portuguesas. Conta com um conjunto de características que o tornam único em Portugal: pelo impacto prático e valor real acrescentado no universo das farmácias, por ser dirigido a entidades de qualquer setor profissional e não só a farmacêuticos, e por não premiar realizações passadas mas projetos a concretizar.

Ao atribuir ao Prémio o nome de João Cordeiro, a ANF presta também homenagem à visão empreendedora do líder histórico das farmácias, para que o seu exemplo seja um estímulo ao desenvolvimento do setor.

Este ano estiveram a concurso 29 projetos, que foram avaliados por um júri independente, presidido por Diogo de Lucena e composto por um conjunto de personalidades de relevo em várias áreas. 

Estudo indica
Os emigrantes portugueses estão entre os grupos com maior risco de sofrer de falta de vitamina D, uma carência que pode...

Os investigadores do instituto público luxemburguês analisaram uma amostra de 1.432 adultos, representativa da população residente no Luxemburgo, incluindo portugueses, que correspondem a 10% do grupo estudado.

O estudo conclui que mais de 80% da população no Luxemburgo tem falta de vitamina D, estando "os residentes de origem portuguesa ou de países extra-comunitários entre os grupos mais vulneráveis", que incluem também fumadores, obesos e pessoas que não consomem álcool.

De acordo com as conclusões, 85,6% dos portugueses têm níveis de vitamina D inferiores aos recomendados, contra 69,6% dos luxemburgueses.

Quase um quarto dos portugueses no Luxemburgo (22,7%) sofrem de avitaminose ou de carência grave, uma percentagem que no caso dos luxemburgueses e de outros imigrantes europeus ronda os 15 %.

A vitamina D é obtida principalmente pela exposição ao sol, através da ação dos raios ultravioleta, sendo os alimentos "insuficientes para fornecer os níveis de que o corpo precisa", disse uma das autoras do estudo, Ala'a Alkerwi.

Os investigadores não sabem "por que razão os portugueses, os fumadores ou os obesos têm maior risco de sofrer de falta de vitamina D", e vão conduzir um segundo estudo para investigar as causas desta carência.

"Estamos a organizar um segundo estudo com a mesma amostra, para obtermos informação sobre a exposição ao sol ou as atividades ao ar livre destes grupos, e saber também se usam protetor solar, que impede a vitamina D de ser sintetizada", disse a investigadora.

A falta de vitamina D aumenta o risco de doenças cardiovasculares, osteoporose, doenças imunológicas e alguns tipos de cancro, e os emigrantes portugueses devem estar particularmente atentos à possibilidade de carência, alertou a investigadora.

"Os doentes [de grupos de risco] devem discutir com os médicos de família a possibilidade de fazerem análises aos níveis de vitamina D, uma a duas vezes por ano. Em caso de carência, devem ser tratados com suplementos orais", recomendou.

Este é o primeiro estudo conduzido no país sobre carência de vitamina D, considerado "um problema de saúde pública, não só no Luxemburgo, como em todo o mundo".

"O Luxemburgo, apesar das condições climáticas desfavoráveis à exposição solar, era até aqui um dos poucos países europeus sem informação nacional sobre os níveis de vitamina D", indicam os autores do estudo.

Investigador diz
O académico David Ingleby, responsável por vários projetos de investigação sobre a saúde de migrantes e refugiados a nível...

Numa conferência na Reitoria da Universidade do Porto sobre “Complexidade – Conversas Interdisciplinares”, Ingleby, que tem participado em projetos sobre as condições de acesso a cuidados de saúde dos migrantes, disse que “não há generalizações possíveis acerca da saúde de migrantes”, uma vez que “grupos particulares podem ter problemas particulares em áreas particulares”, consoante as condições de vida.

“Isso é importante porque estão a formar a nova subclasse na Europa”, disse Ingleby, conselheiro da Comissão Europeia para as migrações, mobilidade e acesso dos cidadãos à saúde, de acordo com a nota biográfica da Universidade do Porto.

Sobre a situação atual dos refugiados provenientes do Médio Oriente e de África que procuram assistência na Europa, David Ingleby disse que a crise “começou há três anos, mas ninguém reparou”, lembrando que, em 1992, havia mais requerentes de asilo a entrar na Europa do que agora.

“Isso resolveu-se sem grande histeria ou má gestão, mas desta vez parece ser um verdadeiro desafio e vai causar um período crítico na política europeia. Penso que a equação entre migrantes e diversidade é enganadora. Não se reduz a diversidade simplesmente ao remover os migrantes”, disse Ingleby, que sublinhou que a principal razão para a crise atual é que a Europa decidiu que “não quer mais diversidade”.

Desta forma, para o professor da Universidade de Amesterdão, “não é necessária mobilidade física para penetrar noutro território”, realçando que a mobilidade física a nível global não aumentou desde a década de 1960.

“Se se pretende reduzir a diversidade não é suficiente fechar as fronteiras. Também tem de se desligar a Internet. Talvez se possa ir para a China se se quiser isso”, disse Ingleby.

O exemplo da hepatite C – Custos, Preços e Patentes
Foi apresentado, na sede da Organización Médica Colegial em Madrid, um estudo elaborado por autores portugueses e espanhóis,...

Os autores Pedro Pita Barros, especialista em Economia da Saúde, Fernando Lamata, médico psiquiatra, Rámon Gálvez, médico neurologista e Javier Sánchez Caro, especialista em Direito da Saúde colocam em evidência o acesso aos novos medicamentos com especial referência aos preços praticados, abordando ainda a temática das patentes concedidas às novas moléculas.

“Pela primeira vez nos países chamados de ‘rendimentos elevados’, um grupo substancial de doentes não teve acesso a um medicamento (vários milhões na União Europeia) por causa do preço. As pessoas afetadas fizeram chegar os seus protestos aos governos, aos tribunais de justiça e ao Parlamento Europeu, exigindo o direito aos cuidados de saúde de que necessitam. O problema da ‘barreira do preço’ do qual já padeciam os países com rendimentos médios e baixos para tratar várias doenças, torna impossível o acesso de muitos doentes aos medicamentos ou obriga os sistemas de saúde a suportar uma despesa de tal modo elevada que colocam em risco a sua própria funcionalidade e estabilidade a médio e longo prazo. O que é certo é que os elevados preços dos novos antivirais para a hepatite C, os quais foram incluídos pela OMS na lista de medicamentos ‘essenciais’, chamaram a atenção para o modelo utilizado para estabelecer os preços dos medicamentos. Tal parece ter rompido um equilíbrio que é necessário recuperar.”

Pode consultar o estudo aqui.

Infarmed
A autoridade do medicamento suspendeu o uso dos implantes testiculares Kiwee, que desde 2010 foram aplicados em 850 portugueses...

De acordo com uma circular do Infarmed, foi a empresa que distribui os implantes (Coloplast Portugal) que “comunicou a suspensão voluntária” da distribuição destes dispositivos.

Isto porque o produtor dos implantes (empresa Silimed) viu recentemente ser suspenso o certificado CE.

“Esta decisão por parte do organismo notificado alemão, que auditou a fábrica no Brasil, resultou da verificação da existência de partículas não previstas na superfície de alguns dispositivos”, lê-se em circular do Infarmed.

Ângelo Maria, gerente da Coloplast Portugal, disse que a empresa decidiu suspender a distribuição dos implantes “por uma questão de ética”.

Isto porque não há registo de perigos para a saúde da pessoa implantada.

Ainda assim, a empresa anunciou um conjunto de cinco referências destes implantes que devem ser colocados em quarentena, além da suspensão da sua implantação.

Também por “medida de precaução”, o Infarmed determinou “a suspensão da utilização dos implantes testiculares Kiwee”.

Compostos por gel ou silicone sólido, os implantes testiculares destinam-se a corrigir casos de má-formação congénita, traumatismo e lesão testicular mórbida.

Em Portugal, há registo do implante de 850 dispositivos desta marca, desde 2010.

Em Espanha
Uma equipa de investigadores portugueses do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto foi...

A equipa, que trabalha no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), é liderada por Hugo Prazeres e integra também os investigadores Catarina Salgado, Paula Soares e João Vinagre.

O projeto de investigação Uromonitor desenvolveu "um ensaio ultra-sensível de diagnóstico hospitalar" que, ao contrário do teste tradicional de deteção do cancro da bexiga - que introduz uma sonda pela uretra até à bexiga (Citoscopia) - "é não invasivo", pelo que é menos desconfortável para o utente.

"O prémio reconhece a aposta na materialização do conhecimento gerado em investigação científica em instituições nacionais num produto ou serviço com utilização clínica que traz benefícios para os doentes e uma significativa redução de custos", explicou o investigador Hugo Prazeres.

Por outro lado, Hugo Prazeres salienta que a decisão de concorrer ao prémio everis faz parte de uma estratégia da equipa para ter apoio de eventuais investidores, para que possam obter financiamento para lançar o Uromonitor no mercado global.

O "chairman" da entidade que atribuiu o prémio de 60 mil euros à equipa do IPATIMUP, o português António Brandão de Vasconcelos, considerou que "é um grande orgulho ver um projeto português obter o primeiro prémio".

"A Fundação everis tem distinguido [nos últimos 14 anos] projetos de elevado valor, que pressupõem um grande conhecimento e investigação [...]. Este é sem dúvida o reconhecimento da qualidade da investigação que é feita hoje em Portugal, que pouco a pouco se tem vindo mostrar para o mercado", sublinhou.

O projeto Uromonitor foi o primeiro classificado de um total de 400 trabalhos admitidos a concurso.

Como vencedor do Prémio Empreendedores, o projeto da equipa do IPATIMUP participará nos Prémios Ibero-americanos para a Inovação e Empreendedorismo, convocados pela Secretaria Geral Ibero-americana.

No Porto
A transferência de colaboradores e equipamentos para o novo edifício construído de raiz para as atividades do I3S – Instituto...

“É uma mudança em grande escala. São cerca de mil pessoas e grandes equipamentos que é preciso transferir”, sublinhou a fonte, referindo que o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) “está praticamente instalado”.

O I3S, que foi classificado como “Excecional” pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, resulta da comunhão de três dos mais reconhecidos institutos de investigação da U.Porto: o Instituto de Biologia Molecular e Celular, o Instituto Nacional de Engenharia Biomédica e o IPATIMUP.

O edifício de 14 mil metros quadrados, totalmente dedicado a laboratórios e serviços de investigação, com ligação ao atual edifício do IPATIMUP, que será reconvertido para salas de aula, para mestrados e doutoramentos, auditórios e serviços administrativos do I3S.

Trata-se de uma empreitada orçada em 21,5 milhões de euros, dos quais 18 milhões foram financiados por fundos comunitários no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte, o “ON.2 – O Novo Norte”.

Lançado em 2008, o I3S irá albergar cerca de 250 investigadores doutorados, com um total de mais de 700 funcionários, e irá centrar-se em áreas chaves para o desenvolvimento de respostas aos novos desafios na área da saúde, como as Doenças Neurodegenerativas, Cancro, Doenças Infeciosas e Medicina Regenerativa.

A inauguração oficial do edifício estava prevista para novembro mas, de acordo com a fonte, foi adiada para depois das eleições presidenciais.

Instituto Nacional de Estatística
Cerca de 70% das pessoas em risco de pobreza e em privação material não têm capacidade financeira para realizar exames e...

“O acesso aos cuidados de saúde constitui uma variável importante para a avaliação da inclusão social e bem-estar das pessoas”, refere o inquérito, divulgado a propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que se assinala no sábado.

Segundo os dados, em 2014, 5,5% da população com 16 ou mais anos referiu que, em pelo menos uma ocasião, necessitou de cuidados médicos e não os recebeu, e 18,8% necessitou de cuidados dentários e não os recebeu.

A falta de disponibilidade financeira foi a principal razão apontada para a não realização dos exames e tratamentos médicos (53,5%) ou dentários (82,5%) necessários, o que atinge particularmente as pessoas em situação de maior vulnerabilidade.

Esta situação “assumiu proporções bastante significativas”, tendo sido referida por 73,6% das pessoas que se encontravam simultaneamente em risco de pobreza e em privação material relativamente a exames ou tratamentos médicos, e 96,4% relativamente a exames ou tratamentos dentários”, salienta o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os dados sobre saúde recolhidos pelo Inquérito às Condições de Vida e Rendimento em 2014, 46% das pessoas com 16 ou mais anos avaliou a sua saúde como boa ou muito boa, enquanto 35,7% classificaram-na de razoável e 18,3% “má ou muito má”.

O estudo verificou que os homens tendem a referir uma avaliação boa ou muito boa com maior frequência (50,6% em 2014) do que as mulheres (42,0%) e o contrário para as autoavaliações de má ou muito má (14,5% no caso dos homens e 21,6% no caso das mulheres).

Aponta ainda que 35,2% da população residente com 16 e mais anos referiu ter alguma limitação (severa ou não) no desempenho das suas atividades devido a problemas de saúde, sendo a idade um fator relevante para o aumento desta proporção (67,9% para a população idosa em 2014).

O INE observa que o “risco de pobreza aumenta com a existência de algum tipo de limitação”: O risco de pobreza de 21,5% para as pessoas que referiram algum tipo de limitação foi superior ao das que referiram não terem limitações (16,7%).

Os dados recolhidos em 2014 sobre os rendimentos do ano anterior referem também que “o aumento do risco de pobreza em 2013 foi transversal a todos os grupos etários, todavia com diferentes grandezas".

As crianças foram o grupo populacional em que o risco de pobreza foi mais elevado: 25,6% contra 19,1% para a população em idade ativa e 15,1% para a população idosa.

“Esta condição tem vindo a manter-se desde 2007, e registou importância acrescida em 2012 e 2013, em que o risco de pobreza infantil foi, respetivamente, de 24,4% e 25,6%, ou seja, mais 5,7 pontos percentuais (p.p.) e mais 6,1 p.p. do que a população em geral”, observa o INE.

As famílias constituídas por um adulto com uma ou mais crianças e as famílias com três ou mais adultos com crianças foram as mais afetadas pelo aumento da pobreza

Em 2013, a população em idade ativa continuou a ser o segundo grupo mais afetado pelo aumento do risco de pobreza, com um valor de 19,1%, ou seja, mais 0,7 p.p. do que o valor relativo a 2012 (18,4%).

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