Estudo
Um estudo publicado na revista The Lancet revela que já é possível prever a possibilidade de um paciente vir a sofrer um ataque...

Um simples teste de sangue pode aferir se um paciente que sofra de dores agudas no peito irá sofrer um ataque de coração fatal. O teste, segundo o Observador, permite prever a probabilidade de ocorrência de um ataque cardíaco, o que pode não só tranquilizar muitas pessoas que se deslocam à urgências com dores no peito como poupar milhões aos serviços de saúde. Como é possível fazer tal previsão? Através da medição do nível de uma proteína no sangue, a troponina.

Um grupo de cientistas da Universidade de Edimburgo descobriu que existe uma relação entre o nível dessa proteína no sangue e a ocorrência de um enfarte. O estudo, publicado no The Lancet, analisa as amostras de sangue de seis mil pessoas internadas em quatro hospitais na Escócia e nos EUA , que foram seguidas ao longo de 30 dias. E os resultados obtidos indicam que o nível de troponina (a proteína do sangue) estava diretamente ligado à possibilidade de os pacientes virem a sofrer um ataque cardíaco no espaço de um mês. Se uma pessoa apresentar uma concentração inferior a cinco nanogramas por litro de troponina (de alta sensibilidade) isso significa um risco muito baixo de vir a sofrer ter um ataque cardíaco.

Os autores do estudo afirmam que cerca de 400 mil pessoas que se deslocam às urgências queixando-se de dores no peito poderiam ser mandadas para casa após a verificação dos níveis de troponina, o que permitiria poupar milhões de libras ao serviço de saúde britânico, segundo o Telegraph. Porque baixos níveis de troponina no sangue sugerem que é improvável que ocorra um ataque cardíaco.

“Esta investigação descobriu uma forma rápida de diagnosticar um ataque cardíaco. Com mais resultados deste ensaio clínico esperamos ter provas suficientes para mudar as diretrizes clínicas para assegurar um diagnóstico mais preciso de ataques cardíacos,” disse Atul Anand, co-autora da pesquisa da Universidade de Edimburgo e da Edinburgh Royal Infirmary ao Telegraph.

Atualmente, cerca de um milhão de pessoas por ano são admitidas nas urgências com queixas de dores lancinantes no coração, mas a maioria das quais acabam por não ser graves.

Consórcio
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e a Universidade de Coimbra consideraram que a entrada do consórcio entre estas...

Numa declaração, Martins Nunes, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), disse que este “novo passo na internacionalização da saúde portuguesa, protagonizado pelo consórcio CHUC/Universidade de Coimbra (UC), insere-se no esforço nacional de posicionar Portugal no contexto internacional, como já ocorre a nível europeu através da rede europeia de centros de referência”.

João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra, disse também que a “entrada do consórcio CHUC/UC na M8 Alliance resulta do reconhecimento de que em Coimbra se desenvolve uma atividade na área da Saúde com grande relevância internacional, nos cuidados de saúde, no ensino, na investigação e translação para o tecido económico”.

“É uma entrada que beneficia Portugal, pois através de Coimbra todo o país terá acesso a um dos mais importantes fóruns, ligado ao G8, onde a saúde global é discutida e onde são desenhadas muitas das iniciativas que são depois concretizadas em todo o mundo”, disse João Gabriel Silva.

Martins Nunes acrescentou que o consórcio das duas instituições “atingiu hoje um patamar relevante e histórico no seu posicionamento internacional, ao ver aceite por unanimidade a candidatura à mais exclusiva organização de centros universitários mundial: a M8 Alliance”.

“O CHUC é o único hospital português integrado nesta organização inovadora, resultante da iniciativa política dos líderes do G8. Esta consagração mundial traduz o elevado nível de diferenciação e o grande esforço e dedicação dos seus profissionais nas tarefas assistenciais, de ensino e de investigação - agora reconhecidos pela integração do consórcio CHUC/UC na M8 Alliance".

A Aliança M8 tem como missão principal a melhoria da saúde a nível global e tinha até hoje 17 membros de 13 países diferentes.

Promove a investigação translacional, bem como a inovação na abordagem da prestação de cuidados, almejando o desenvolvimento de sistemas de saúde eficazes na prevenção da doença.

Esta rede é a base académica de excelência e na qual está assente a organização da Cimeira Mundial de Saúde, um fórum anual para o diálogo sobre os cuidados de saúde.

A Cimeira Mundial de Saúde é a conferência anual da M8 Alliance de Centros Médicos Saúde Académico, Universidades e Academias Nacionais.

É organizada em colaboração com autoridades nacionais, academias de ciências em mais de 67 países e está sob o patrocínio do governo alemão.

G8 da Saúde
Portugal, representado pelo consórcio Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e Universidade de Coimbra, foi admitido na...

A candidatura de Portugal, que foi aceite por unanimidade e que tinha sido muito bem recebida pelos decisores a 16 de julho, aquando de uma visita à Alemanha de uma comitiva lusa e do ministro da Saúde português, Paulo Macedo, viu agora ser concluído todo o processo, no decorrer da Assembleia-Geral da Cimeira Mundial de Saúde, que se realizou em Berlim.

A Aliança M8 tem como missão principal a melhoria da saúde a nível global e tinha até hoje 17 membros de 13 países diferentes.

Promove a investigação translacional, bem como a inovação na abordagem da prestação de cuidados, almejando o desenvolvimento de sistemas de saúde eficazes na prevenção da doença.

Esta rede é a base académica de excelência e na qual está assente a organização da Cimeira Mundial de Saúde, um fórum anual para o diálogo sobre os cuidados de saúde.

A Cimeira Mundial de Saúde é a conferência anual da M8 Alliance de Centros Médicos de Saúde Académicos, Universidades e Academias Nacionais.

É organizada em colaboração com autoridades nacionais, academias de ciências em mais de 67 países e está sob o patrocínio do governo alemão.

A comitiva portuguesa é constituída por Martins Nunes, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra, Manuel J. Antunes, diretor do centro de cirurgia cardiotorácica do CHUC, Diana Breda, diretora do departamento de internacionalização do CHUC, Luis Fareleiro, consultor para a internacionalização e desenvolvimento internacional do CHUC, Alexandre Lourenço, coordenador da rede de referenciação do CHUC e das candidaturas horizonte 2020, e João Redondo, coordenador de programas de saúde mental e psiquiatria do CHUC.

A candidatura de Portugal, via Coimbra, foi organizada durante mais de um ano e submetida em julho, em Berlim, ao presidente da aliança, Detlev Ganten.

A proposta lusa contou com o patrocínio do Brasil e da Academia Portuguesa de Medicina e com o apoio do Charité, hospital universitário e universidade berlinense, e do ex-presidente da União Europeia Durão Barroso.

Maior número dos últimos cinco anos
Nos primeiros oito meses do ano registaram-se em Portugal 218 dadores de órgãos, o maior número dos últimos cinco anos, e 521...

Este aumento de dadores cadáveres (mais 14 do que no mesmo período do ano passado) é acompanhada por uma ligeira diminuição, de 24% para 22%, de casos em que a morte é traumática, o que significa que as causas são mais médicas (78%).

Segundo a responsável, resulta daqui que a grande maioria dos dadores morre envelhecido ou doente, ou ambas, comprometendo muitas vezes a saúde dos órgãos a doar.

Quanto aos 521 transplantes realizados, dizem respeito a órgãos provenientes de todo o tipo de dadores - em morte cerebral, sequencial e vivo – sendo que 160 foram transplantes hepáticos e 34 cardíacos, o que traduz um crescimento destes transplantes para níveis superiores aos últimos quatro anos.

Os restantes transplantes realizados foram de rins (305), de pulmões (9) e de pâncreas (13).

Ana França revelou ainda que se registaram 20,9 dadores em morte cerebral, até agosto de 2015, por milhão de habitantes.

“Se conseguirmos manter esta atividade, conseguiremos atingir os 31,4 dadores por milhão de habitante”, acrescentou.

A maior lista de espera para transplantação de órgãos de dador vivo diz respeito ao rim.

Até julho deste ano realizaram-se 37 transplantes de rim de dador vivo, um de fígado de dador vivo e oito de fígado de dador sequencial.

Segundo a coordenadora, no final do ano passado, havia uma lista de espera de 2.216 para órgãos, dos quais 81 morreram à espera.

Só para rim, a lista de espera ascendia aos 1.970, 43 dos quais acabaram por morrer.

Os objetivos do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) são diminuir as listas de espera e aumentar as oportunidades de transplante, designadamente de dadores vivos, em que “o país ainda está muito atrás”.

Em Holanda, por exemplo, mais de 50% dos transplantes de rins são de dadores vivos.

Ana França disse mesmo que Portugal está a “estudar a possibilidade da doação cruzada com Espanha”, já que a lei o permite, sendo contudo necessário criar normas em relação aos procedimentos e o consentimento informado.

“A doação renal cruzada é mais uma forma de tentar aumentar a doação em vida”, sublinhou Hélder Trindade, presidente do IPST.

Ana França anunciou ainda que se vai iniciar em novembro a fase piloto do Registo Português de Transplantação e que serão desenvolvidos acordos com as sociedades científicas, Ordem dos Médicos e Direção-Geral da Saúde.

Sociedade Portuguesa de Transplantação
O número de rins colhidos em dadores cadáver para transplantação está a aumentar, mas cerca de 30% não são aproveitados, por...

Este dado foi revelado pelo presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação, Fernando Macário, durante a abertura do 17º Dia Europeu da Doação de Órgãos, uma iniciativa promovida anualmente pelo Conselho da Europa e que este ano se realiza em Lisboa.

Apesar do número de transplantes de rins ter estabilizado nos últimos anos – entre janeiro e julho de 2015 foram transplantados 305 rins -, a doação é um problema que preocupa os responsáveis, não só por não existirem tantos dadores vivos como seria desejável, mas também porque os rins provenientes de dadores cadáveres não estão muitas vezes em condições.

A agravar este quadro está a realidade da doença em Portugal, país com a maior taxa de insuficiência renal crónica de toda a Europa, explicou o responsável, acrescentando que só a Grécia e a Turquia se aproximam de Portugal, mas ainda assim com menos casos.

“Colhemos, analisamos e não aproveitamos muitos rins. Apesar do aumento da colheita, não se consegue o aumento do transplante de rim na mesma proporção, porque os dadores estão mais velhos e mais doentes”, disse.

"A taxa de dador cadáver de rim, em 2014, foi de 27,8 por milhão de habitantes, o que deveria dar à volta de 55 rins, mas a taxa de transplantação foi de 37,6, porque grande parte não está em condições, 20% a 30% não se aproveitam", acrescentou Fernando Macário.

Isto também se explica por haver hoje muito mais rigor e todos os rins serem sujeitos a biópsias. Deste modo, muitos rins não são aproveitados, mas, quando são, mais de 90% dos transplantes renais estão a funcionar perfeitamente ao fim de um ano, explicou, sublinhando que, neste aspeto, “os números melhoraram muito”.

Apesar de Portugal ocupar um lugar cimeiro em doação cadáver, o mesmo já não se verifica para as doações em vida.

Do total de transplantes renais registados este ano, apenas cerca de 10% foram de rins provenientes de dadores vivos (37 dadores).

A lista de espera para rim, em 31 de dezembro de 2014, era de 1.970 pessoas e, destas, 43 morreram à espera.

A incidência (novos casos) de doentes renais é de 230 novos casos por milhão de habitantes e a prevalência é superior a mil doentes por milhão de habitantes, só em diálise.

Mais de 34 mil vacinas numa semana
Mais de 34 mil pessoas vacinaram-se nas farmácias durante a primeira semana da campanha de vacinação contra a gripe. Este valor...

Este ano, a campanha de vacinação nas farmácias iniciou-se a 1 de Outubro, contando com uma participação de mais de 3.725 farmacêuticos formados e certificados para efectuar a sua administração, em mais de 2.200 farmácias. Estima-se que logo no primeiro dia, mais de 9 mil pessoas tenham preferido vacinar-se na farmácia.

Estão disponíveis mais de 750 mil vacinas.

Vacinação nas farmácias vence prémio internacional
O poster científico da ANF sobre a “Análise das 7 campanhas contra a gripe realizadas pelas farmácias”, mereceu a distinção da International Pharmaceutical Federation (FIP). O prémio foi atribuído em Düsseldorf, na Alemanha, no passado dia 2 de Outubro, durante o congresso anual da FIP.

Entre 150 trabalhos científicos de 33 países, apresentados no âmbito da Farmácia Comunitária, o poster da ANF mereceu o segundo lugar.

A FIP é a organização mundial mais representativa de farmacêuticos e das ciências farmacêuticas, agregando 126 organizações-membro e representando a profissão farmacêutica na Organização Mundial de Saúde.

Este é mais um reconhecimento internacional das farmácias portuguesas relativamente à vacinação contra a gripe e que, anualmente, conta com mais de 2 mil farmácias do país preparadas para administrar a vacina com toda a segurança, de forma rápida, sem listas de espera ou hora marcada, numa alternativa mais cómoda e mais disponível que os centros de saúde.

Fique a conhecer mais em www.farmaciasportuguesas.pt/pub/LP/vacinacao

Neurologista defende
O neurologista Alexandre Castro Caldas defendeu que o rendimento académico dos alunos pode ser melhorado se o horário escolar...

Em declarações, o especialista exemplificou que nos Estados Unidos da América os resultados dos alunos melhoraram quando decidiram começar as aulas mais tarde.

“Os miúdos estavam mais despertos, conseguiam trabalhar melhor. É preciso perceber os horários de sono dos adolescentes”, afirmou o diretor do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa.

No entanto, defendeu que as medidas não devem ser replicadas de forma universal: Primeiro “é preciso ver o que as escolas estão a fazer” e estudar a realidade de cada país.

As neurociências e a educação é o tema que Castro Caldas leva no sábado ao Congresso Mundial de Educação, iniciado hoje em Lisboa por iniciativa do setor privado.

De acordo com o neurologista, as ciências do cérebro devem contribuir para melhorar o ensino, sendo este um dos temas mais em foco no mundo atual.

A investigação em torno do funcionamento do cérebro pode contribuir “de forma muito significativa” para a forma de ensinar, frisou, acrescentando que nos EUA esta temática está “muito mais desenvolvida”.

Além de perceber os ritmos de sono dos adolescentes e adequar o horário escolar, pode também contribuir para melhorar o rendimento dos alunos a presença de atividades na escola como teatro e a música.

“As pessoas trazem a ideia de que é preciso introduzir muito cedo os computadores na escola, mas Portugal é dos países com mais computadores e se calhar não é o mais correto, porque Portugal não é dos que tem melhores resultados”, disse.

Para Castro Caldas, é preciso “perceber a importância do teatro e da música nas escolas”, uma vez que o exercício da memória e a concentração também se trabalham por aí.

“O teatro, por exemplo, é uma forma de estimular a memória é preciso decorar um texto”, referiu.

A dimensão das turmas tem também o seu papel. “Turmas grandes não é o melhor modelo, é preciso uma maior proximidade entre o aluno e o professor. Num país com tantos professores, isso não deve ser um problema”, sustentou.

“É preciso que os miúdos percebam que têm dentro da cabeça um computador muito melhor do que qualquer outro”, afirmou, defendendo aqui a importância do papel do professor.

O congresso é dedicado tema “A Nova Educação na Era Digital”.

Durante dois dias, estarão em Lisboa vários agentes do setor, mas também convidados de outras áreas como o sociólogo Zigmunt Bauman, Prémio Príncipe das Astúrias.

Participam igualmente Maurice de Hond, cofundador das primeiras escolas Steve Jobs e John Jones, especialista em mudança educativa.

O encontro é organizado pela Confederação Mundial de Ensino Privado (COMEP), com sede na Argentina, pela Confederação Europeia de Ensino Privado, com sede em Espanha, e a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo de Portugal (AEEP).

Este ano
A GNR realizou desde o início do ano 233 transportes de órgãos entre vários centros hospitalares, sendo o serviço mais...

Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana adianta que para o transporte dos 233 órgãos foram empenhados, durante este ano, um total de 465 militares da valência do trânsito, que percorreram 38.717 quilómetros.

Segundo a GNR, os distritos com mais transportes requisitados foram Lisboa (62), Setúbal (40) e Coimbra (31).

Desde 1994 que a GNR, através da sua valência do trânsito, desempenha a missão de transporte de órgãos entre vários centros hospitalares de todo o país.

Após ser contactada pela unidade de saúde que detém o órgão a ser transportado, a GNR mobiliza de imediato uma patrulha de trânsito para o transportar nas exigidas condições térmicas até ao bloco operatório do estabelecimento hospitalar requisitante, explica a corporação.

Aquela força de segurança refere ainda que “a qualidade e segurança da transplantação de órgãos depende do tempo necessário para o seu transporte, competindo assim à GNR, e em respeito das condições de segurança, chegar ao destino no menor tempo possível, contribuindo deste modo para o salvamento de mais uma vida”.

Estudo
Pessoas que são submetidas a uma cirurgia para redução de peso têm um risco 50% maior do que a média da população de tentar...

A pesquisa envolveu 8.815 habitantes da província canadiana de Ontário que passaram por cirurgia bariátrica (banda gástrica, gastroplagia, bypass, etc.) entre 2006 e 2011 e foi publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA).

As pessoas analisadas no estudo foram acompanhadas durante seis anos: três anos antes e três após a cirurgia bariátrica para aliviar a obesidade mórbida, uma epidemia nos países desenvolvidos, onde cerca de 6% da população é afetada, escreve o Diário Digital.

Embora os cientistas já soubessem há algum tempo que os problemas de saúde mental podem resultar do excesso de peso, não tinham sido capazes de identificar se os riscos de auto-mutilação aumentavam antes ou após a cirurgia.

O número real de emergências por auto-mutilação entre as 8.800 pessoas acompanhadas pelo estudo foi baixo - 111 pacientes tiveram 158 emergências derivadas de tentativas de suicídio.

Mas os pesquisadores descobriram que o risco destas emergências aumentou significativamente - aproximadamente 50% - após a operação.

“Envenenamento auto-infligido intencionalmente por medicamentos foi o mecanismo mais comum de tentativa de suicídio”, argumenta o estudo.

Outros métodos de auto-mutilação incluem a ingestão excessiva de álcool, trauma físico e envenenamento por produtos químicos tóxicos.

Segundo Junaid Bhatti, principal autor da pesquisa feita pelo Instituto de Investigação Sunnybrook, em Toronto, os resultados sugerem a necessidade de maiores cuidados no acompanhamento dos pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica.

Cerca de 200.000 destas operações foram feitas em 2014 nos Estados Unidos.

“Estes efeitos colaterais prejudicam os benefícios gerais da cirurgia bariátrica”, disse Bhatti.

Estudo
Amamentar tem muitos benefícios, mas um novo estudo sugere que não há efeito sobre a inteligência da criança entre a fase de...

A ideia de que o leite materno pode ter um efeito na cognição é plausível, por causa das longas cadeias de ácidos gordos polinsaturados, importantes para o desenvolvimento neurológico, que são mais abundantes em bebés que mamaram no peito, escreve o Diário Digital.

Investigadores britânicos estudaram 11.582 crianças nascidas entre 1994 e 1996. Quase dois terços receberam leite materno, em média durante quatro meses. Os cientistas acompanharam as crianças até aos 16 anos e efetuaram nove testes de inteligência, a intervalos regulares ao longo dos anos. O estudo foi publicado na revista científica PLOS One.

Depois de controlos para a educação dos pais, idade materna, condição socio-económica e outras variáveis, constataram que as meninas amamentadas no peito tinham uma vantagem pequena, mas insignificante nos primeiros anos em relação a quem foi alimentado com biberão. O efeito não transparecia nos meninos. O leito materno não foi associado a ganhos no Q.I. até à adolescência nem para meninos nem para as meninas.

A principal autora, Sophie von Stumm, da Universidade Goldsmiths, de Londres, afirmou que as mães que não oferecem o leite materno são por vezes criticadas.

“Soa quase como uma acusação hoje dia, como se estivesse a prejudicar o filho de propósito. Não é nada disso, e não ajuda as mães. As crianças fazem muitas coisas que influenciam o Q.I. O leite materno não tem efeito que possa ser diferenciado da formação familiar ou da condição socio-económica.”

Em Portugal
A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor vai promover uma Sessão comemorativa do Dia Nacional de Luta Contra a Dor, no...

“Na sessão comemorativa várias figuras públicas de diversos quadrantes irão debater, em mesa redonda, este tema que nos parece da maior atualidade e premência. O conceito dor será abordado em diferentes perspetivas ou conceitos, consequente a uma visão e formação dos intervenientes, provenientes de áreas tão díspares como a literatura, as artes, o teatro, a economia ou da política,” explica Duarte Correia, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED).

Na sessão comemorativa, segundo o Sapo, serão também anunciados os laureados das bolsas “APED de apoio à formação na área da dor” e entregues os prémios “Vou Desenhar a Minha Dor”, “Revista Dor/Bene Farmacêutica” e “Jornalismo Dor – 4ª Edição”.

A dor é um grave problema de Saúde Pública, em todo o Mundo. De acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor é uma experiência multidimensional desagradável, envolvendo não só uma componente sensorial mas também uma componente emocional, e que se associa a uma lesão tecidular concreta ou potencial, ou é descrita em função dessa lesão. Em Portugal, mais de 30% da população adulta sofre de dor crónica com implicações diretas na produtividade, incapacidade laboral e na qualidade de vida dos portugueses.

A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) tem por objetivos promover o estudo, o ensino e a divulgação dos mecanismos fisiopatológicos, meios de prevenção, diagnóstico e terapêutica da dor.

Helping to reduce preventable deaths
Daiichi Sankyo is proud to partner with World Thrombosis Day to promote vital global awareness of thrombosis, its causes, risk...

Thrombosis is the formation of potentially deadly blood clots in the vein (venous thrombosis) – resulting in venous thromboembolism (VTE) – or the artery (arterial thrombosis)1 – a major cause of stroke in those with atrial fibrillation (AF).2

VTE is the collective term for deep vein thrombosis (DVT), where clots form in deep veins such as in the leg, and pulmonary embolism (PE), where a clot breaks off and travels up to the lungs.3 It is the leading cause of preventable death in hospitals.4 Despite this, VTE is associated with over 370,000 deaths every year in the EU alone,5 so people need to be aware and „think VTE‟ if they or a loved one need to spend time in hospital.

Commenting on today‟s initiative, Dr. Harry R. Büller, Professor of Internal Medicine, Academic Medical Centre in Amsterdam, The Netherlands said, “Today we‟re calling on healthcare professionals and policy makers to prioritise the implementation of VTE risk assessments to help reduce the threat posed by this disease. We‟re also calling for greater public awareness and knowledge of the signs and symptoms of VTE in order to empower individuals to act quickly to seek medical attention. The World Thrombosis Day campaign can play a key part in helping to reduce the mortality associated with VTE.”

VTE risk assessments have been shown to significantly reduce mortality.6 A routine risk assessment should be conducted by a doctor or nurse on all surgical and medical patients with reduced mobility.7 Risk factors such as a history of blood clots, obesity, previous surgery, pregnancy and use of contraceptive pills should also be accounted for in the assessment.7 Presence of one or more of these factors may indicate the need for anticoagulant medicine, provided the patient is not at risk of bleeding.7

Arterial thrombosis can occur as a result of AF,8 in which the heartbeat is rapid and irregular.9 With an irregular heartbeat, blood flow may slow or pool and cause the formation of a clot; if the clot breaks free, it can lodge in an artery, travel to the brain and result in a stroke.10 Thus all AF patients should be assessed for their risk of stroke.11

Up to 20% of people with AF experience no symptoms,11 particularly if their heart rate is not that fast.9 As such, many patients are not diagnosed early enough and an acute stroke is a common first presentation of AF.12 A simple pulse check can quickly indicate the presence of AF for many.13

Professor John Camm, Professor of Clinical Cardiology at St. George‟s University London and Professor of Cardiology at Imperial College London comments, “An irregular pulse can be a strong indicator of AF, and so in asking the public and healthcare providers to carry out simple pulse checks as matter of course, we can help ensure that many of those at risk of suffering strokes are prompted to receive the treatments they need to reduce this risk. Enabling patients to be properly anticoagulated is an essential step in reducing the disease burden, with AF-related strokes accounting for 15% of the 15 million strokes that occur globally every year.”

To hear more from Dr. Büller and Professor Camm, and for further information on AF, VTE and the importance of AF pulse checks and VTE risk assessments, check out our interactive infographic.

About VTE
VTE is a condition in which a blood clot (a thrombus) forms in a vein, most commonly in the deep veins of the legs or pelvis. This is known as DVT.14 The thrombus can dislodge and travel in the blood (an embolus), particularly to the pulmonary (lung) arteries. This is known as PE. The term VTE includes both DVT and PE.14 Venous thromboembolic diseases cover a spectrum ranging from asymptomatic calf vein thrombosis to symptomatic DVT. They can be fatal if they lead to PE, in which the blood supply to the lungs is blocked by the thrombus. Non-fatal VTE can cause serious long-term conditions such as post-thrombotic syndrome.14

About AF
NVAF is a condition where the heart beats irregularly, meaning blood can pool and thicken in the left atrium of the heart, causing a risk for blood clots which then go on to cause stroke or systemic embolism.15 Patients with AF are five times more likely to suffer a stroke than those without the condition.16

About Daiichi Sankyo
Daiichi Sankyo Group is dedicated to the creation and supply of innovative pharmaceutical products to address diversified, unmet medical needs of patients in both mature and emerging markets. With over 100 years of scientific expertise and a presence in more than 20 countries, Daiichi Sankyo and its 17,000 employees around the world draw upon a rich legacy of innovation and a robust pipeline of promising new medicines to help people. In addition to its strong portfolio of medicines for hypertension, dyslipidemia, bacterial infections, and thrombotic disorders, the Group‟s research and development is focused on bringing forth novel therapies in cardiovascular-metabolic diseases, pain management, and oncology, including biologics. For more information, please visit: www.daiichisankyo.com.

References
1. Wordthrombosisday.org. About World Thrombosis Day. Available at: http://www.worldthrombosisday.org/issue/thrombosis/. Last accessed September 2015
2. Stoptheclot.org. Atrial Fibrillation. Available at http://www.stoptheclot.org/afib-2.htm. Last accessed September 2015.
3. NHS Choices (2015) Blood Clots. Available at: http://www.nhs.uk/Conditions/Thrombosis/Pages/Introduction.aspx.
4. The Royal College of Nursing. Understanding VTE. https://www.rcn.org.uk/development/practice/cpd_online_learning/nice_car...
5. Cohen A; Agnelli G, Anderson F, et al. Venous thromboembolism (VTE) in Europe. Thromb Haemost 2007;98:756-764.
6. Lester, W; Freemantle, N; Begaj, I; Ray, D; Wood, J; Pagano, D; Fatal venous thromboembolism associated with hospital admission: a cohort study to assess the impact of a national risk assessment target. Heart , 2013; 99 (23) pp.1734-1739.
7. The Royal College of Nursing. VTE Risk Assessment. http://www.rcn.org.uk/development/practice/cpd_online_learning/nice_care.... Last accessed September 2015
8. Afibmatters.org. Atrial Fibrillation. http://www.afibmatters.org/About-atrial-fibrillation. Last accessed September 2015.
9. Patient.co.uk. Atrial Fibrillation. http://www.patient.co.uk/pdf/4198.pdf (2012). Last accessed August 2015.
10. Worldthrombosisday.org. Atrial Fibrillation. http://www.worldthrombosisday.org/issue/AFib/. Last accessed September 2015.
11. Patient.co.uk. Professional reference. Atrial Fibrillation. www.patient.co.uk/doctor/atrial-fibrillation (2012). Last accessed September 2015.
12. Camm, A. et al. Guidelines for the management of atrial fibrillation: the Task Force for the Management of Atrial Fibrillation of the European Society of Cardiology (ESC). European Heart Journal. 2010;31:2369–429.
13. British Heart Foundation. Atrial Fibrillation. https://www.bhf.org.uk/heart-health/conditions/atrial-fibrillation. Last accessed September 2015.
14. NICE. Venous thromboembolic diseases: the management of venous thromboembolic diseases and the role of thrombophilia testing. NICE clinical guideline 144. Issued June 2012.
15. NICE Patient Decision Aid. Atrial fibrillation: medicines to help reduce your risk of stroke - what are the options? Published 18 June 2014.
16. Lip G, et al. Atrial fibrillation and stroke prevention. Lancet Neurology. 2007;6(11):981-993. 

Projeto "Inherit"
Um consórcio europeu, com o português ISCTE, vai identificar em vários países práticas sustentáveis, positivas para a saúde e...

"A Comissão Europeia está muito interessada neste tipo de práticas que são ao mesmo tempo ambientalmente sustentáveis e positivas para a saúde dos indivíduos", disse a investigadora e psicóloga social do Centro de Investigação e Intervenção Social (CIIS) do ISCTE, que participa no trabalho com elementos de 15 países.

O projeto chamado "Inherit" (herdar) recebeu um financiamento de seis milhões de euros de Bruxelas e contempla uma "parte de avaliação de práticas, subjetiva, ou dos efeitos que os indivíduos percebem, e de indicadores de saúde, e económica, de custos-benefícios, o que é muito inovador", explicou.

Numa primeira fase são analisadas 20 práticas, incluindo o projeto português das hortas comunitárias, um serviço em termos ambientais e de respeito pela sustentabilidade, mas também de "promoção da saúde e [contra] a desigualdade na saúde, nomeadamente fornecendo às famílias com mais carências a possibilidade de terem uma alimentação saudável", listou Sibila Marques.

O movimento Re-food é o outro exemplo referido pela investigadora e que, "além de evitar o desperdício de comida, por isso do ponto de vista ambiental é sustentável, também promove a saúde e a distribuição de comida pelas pessoas que, muitas vezes, têm algumas carências".

Dos 20 projetos serão escolhidos três para replicar nos restantes países, numa seleção que terá em conta as características culturais, sociais, ambientais e económicas de modo a cumprir o objetivo de "pôr as pessoas a pensar numa nova forma de vida".

O projeto vai identificar práticas na Europa, em vários países europeus, e destas chegar a três para seguir "numa avaliação muito rigorosa e científica" para perceber quais os seus impactos para a saúde dos indivíduos e para o ambiente, segundo a apresentação da investigadora do ISCTE.

A outra faceta no projeto, explicou, vai permitir realizar "uma espécie de cenarização" em que se pede a vários 'stakeholders' importantes, como políticos, pessoas das indústrias ou da educação, que pensem num cenário da Europa em 2050 e na forma de concretizar algumas destas práticas, dentro de 35 anos.

"No fundo é preparar uma nova forma de vida através de alternativas que começam hoje a surgir pontualmente e tentar expandi-las para que sejam adotadas em maior escala", realçou Sibila Marques.

Apostando na credibilidade científica, o projeto começa em 2016, será desenvolvido ao longo de quatro anos pelos parceiros, de universidades a institutos públicos de saúde, sendo coordenado pelo professor de epidemiologia e saúde pública da University College London Michael Marmot, "referência mundial na área das desigualdades em saúde".

Conselho da Europa
Portugal assume este ano a comemoração do Dia Europeu de Doação e Transplantação, apresentando os resultados da doação cadáver,...

De acordo com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), serão ainda abordados os dados nacionais atuais relativos ao transplante do rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão.

A iniciativa insere-se na celebração do 17º Dia Europeu da Doação de Órgãos, promovida anualmente pelo Conselho da Europa, que decorre hoje e sábado, em Lisboa.

Portugal ganhou este ano a candidatura à celebração deste dia, cujo objetivo é encorajar os diferentes Estados-membros ao debate e promoção de informação sobre doação e transplantação de órgãos, abordando os aspetos legais e médicos.

Assim, Portugal vai receber representantes de vários países, num total de 47 delegações, que compõem o Comité de Peritos para a Transplantação de Órgãos do Conselho da Europa.

A organização dos eventos está a cargo do IPST com a colaboração da Sociedade Portuguesa de Transplantação e estão planeadas várias ações de caracter científico, cultural e público.

Só na União Europeia, em 2013, cerca de 70 mil pessoas aguardavam por um órgão e diariamente cerca de 12 pessoas morrem em lista de espera.

Segundo o IPST, Portugal encontra-se em 4º lugar a nível europeu e no 6º lugar a nível mundial em doação cadáver, sendo de salientar que “já ocupou o 2º lugar a nível mundial, em doação cadáver, e tem agora de reconquistar essa posição”.

No final do ano passado, 2.196 doentes portugueses aguardavam um transplante de órgão e a taxa de doação situava-se nos 27,7 dadores por milhão de habitantes (em 2012, a taxa de doação por milhão de habitante foi de 23,9).

Os resultados apurados para os primeiros seis meses de 2015, relativamente ao número de dadores, apontam para o “maior recorde de sempre”(162), de acordo com a coordenadora nacional na área da transplantação, Ana França.

Segundo dados do IPST, de 1 de janeiro a 30 de junho, foram registados 162 dadores, mais cinco do que em igual período de 2014 (157).

Estudo
Apesar de terem mais células do que os humanos, os elefantes raramente têm cancro, devido aos seus genes, concluíram cientistas...

Segundo a investigação, os elefantes africanos têm cerca de 40 cópias do gene que codifica a proteína p53, que inibe a formação de tumores, enquanto os humanos possuem apenas duas cópias.

Os investigadores esperam que a descoberta possa conduzir ao desenvolvimento de novos tratamentos contra o cancro nos humanos.

Cientistas de três centros de investigação norte-americanos testaram a resistência do elefante ao cancro extraindo células de glóbulos brancos do sangue, sujeito a substâncias que lesionam o ADN (material genético).

As células danificadas do sistema imunitário reagiram "suicidando-se" sob a ação da proteína p53.

Os elefantes têm sido vistos como um mistério, uma vez que têm cem vezes mais células do que as pessoas, o que significaria um risco acrescido de terem cancro.

Contudo, ressalva o estudo, a análise de uma extensa base de dados de óbitos de elefantes mostrou que a taxa de mortalidade por cancro entre eles é inferior a 5%, quando comparada à estimativa de 11% a 25% nos humanos.

Os elefantes, que vivem 50 a 70 anos, estão igualmente "equipados" com um mecanismo mais agressivo contra lesões nas células que podem tornar-se cancerígenas.

"Nas células de elefantes, esta atividade está duplicada, comparativamente a células humanas saudáveis", assinala o estudo, conduzido por investigadores do Huntsman Cancer Institute da Universidade de Utah, da Universidade Estatal de Arizona e do Centro Ringling Bros para a Conservação de Elefantes, todos nos Estados Unidos.

Os especialistas compararam as reações anticancerígenas de células imunitárias de elefantes com as de humanos, incluindo de pessoas com síndrome de Li-Fraumeni, uma doença hereditária rara caraterizada pela presença de vários tumores no organismo.

Nestes doentes, o risco de cancro é superior a 90%, uma vez que têm apenas uma cópia ativa do gene que codifica a proteína p53.

Os autores do estudo constataram que células extraídas de elefantes se autodestruíam duas vezes mais (14,6%)do que as de pessoas saudáveis (7,2%) e mais de cinco vezes do que as de doentes com síndrome de Li-Fraumeni (2,7%).

Os investigadores vão, agora, realizar um estudo envolvendo jovens em risco de cancro.

"Queremos usar as lições que nos dá a natureza para prevenir, desenvolver novas ferramentas de prevenção e tratar o cancro em humanos", afirmou, citado pela agência Efe, um dos autores do estudo, o pediatra oncológico Joshua Schiffman, do Huntsman Cancer Institute.

A partir de sexta-feira
Os médicos de família que aumentem as suas listas de utentes passam a receber, a partir de sexta-feira, incentivos financeiros...

O diploma visa criar um incentivo para os médicos que integram as unidades de saúde familiar (USF) de modelo A e as unidades de cuidados de saúde personalizados (UCSP) e que alarguem temporariamente as respetivas listas de utentes.

Este incentivo tem “caráter excecional, vigora pelo prazo de dois anos” e aplica-se apenas nos caso de carência de recursos face à dimensão da população da área de influência.

O valor a atribuir a cada médico é calculado em função do número de utentes que obtiver, sendo que cada utente tem unidades ponderadas (UP) diferentes em função da sua idade.

Assim, um utente com idade entre os 7 e os 64 anos vale apenas por um, ou seja, vale uma UP, ao passo que um bebé ou criança até aos seis anos vale 1,5 UP.

Os idosos têm mais peso na lista de utentes dos médicos de família, correspondendo a 2 UP as pessoas com idades entre os 65 e os 74 anos e 2,5 UP os idosos com idade igual ou superior a 75 anos.

O cálculo para atribuição de incentivos depende ainda do número de horas de trabalho dos médicos, variando em função de terem um período normal de trabalho semanal de 35 horas ou de 40 horas.

O objetivo é que os médicos das 35 horas semanais possam atingir até 2.356 UP, nas suas listas de utentes, ao passo que os profissionais das 40 horas semanais podem chegar até às 2.796 UP.

O decreto-lei estabelece pois que os médicos com o horário mais reduzido recebam 648,6 euros, se as suas listas tiverem entre 2.246 e 2.302 unidades ponderadas, ou 741,3 euros, caso tenham entre 2.303 e 2.356.

Quanto aos médicos com horário mais estendido, os valores a receberem oscilam entre os 556 euros (de 2.632 a 2.685 UP) e os 741,3 euros (de 2.742 a 2.796 UP), estando ainda previsto um valor intermédio de 648,6 euros, para os médicos cujas UP nas listas se situem no intervalo das outras duas.

Findo o prazo previsto para atribuição deste incentivo, os utentes correspondentes ao aumento temporário da lista são transferidos para a lista de utentes de médico de família, com vagas disponíveis.

No caso de não existirem vagas disponíveis, ficam a aguardar inclusão em lista de utentes de médico de família, com prioridade na atribuição de médico, procurando juntar o agregado familiar numa só lista de médico de família.

No Porto
O presidente da Associação Portuguesa de Hipnose Clínica e Hipnoanálise disse que hipnose é “uma técnica de grande abrangência...

De acordo com Alberto Lopes, “está a ser instituído no Centro Hospitalar Cova da Beira, Fundão, um protocolo para permitir o uso da hipnose nos partos”.

“A abordagem psicoprofilática para um parto sem dor com recurso à hipnose tem apresentado resultados interessantíssimos”, sublinhou o especialista.

Em declarações, a propósito das jornadas Internacionais de Hipnose Clínica e de Hipnoanálise, que se realizam no próximo fim de semana, no Porto, o presidente da Associação Portuguesa de Hipnose Clínica e Hipnoanálise (APHCH) acrescentou que “o protocolo está a ser instituído para que uma grávida possa de facto fazer um parto natural, feliz, sem recursos a epidural, analgésicos ou anestesia química”.

De acordo com Alberto Lopes, no encontro será também apresentado e discutido um estudo realizado no âmbito das XXIV Jornadas de Terapêutica Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), no qual se procurou “quantificar e comparar o efeito analgésico da hipnose e do Remifentanil, em resposta a estímulos dolorosos, utilizando uma escala numérica da dor (END) e potenciais evocados (PE)”.

“Doze voluntários, criteriosamente selecionados, foram submetidos a estimulação elétrica dolorosa no nervo mediano com intensidade variável, quantificando a dor através de END e PE. Repetiu-se o procedimento submetendo os voluntários a doses variáveis de Remifentanil e a duas técnicas de analgesia hipnótica”, disse.

Os investigadores observaram “uma correlação significativa entre doses crescentes de Remifentanil e atenuação da dor. A hipnose permitiu reduzir significativamente a dor e teve mais efeito analgésico para a dor menos intensa. Não houve diferença entre as duas técnicas de hipnose”.

“Pode afirmar-se que a potência analgésica da hipnose tem relevância clínica, uma vez que foi equipotente a doses de Remifentanil que proporcionam analgesia clínica relevante. Pela primeira vez foi possível quantificar o efeito analgésico da hipnose por comparação com um analgésico padrão”, sublinhou Alberto Lopes.

Segundo este responsável, a hipnose tem resultados “muito interessantes” no combate à depressão, ansiedade, adições, como por exemplo o tabaco, e até compulsões alimentares, como a bulimia e a anorexia.

O presidente da APHCH salientou ainda que a hipnose está também a ser aplicada na Unidade da Dor no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

As 2ªs Jornadas Internacionais de Hipnose Clínica e de Hipnoanálise, que decorrerão sábado e domingo, no Seminário de Vilar, pretendem congregar profissionais em diversas áreas de formação e prática psicoterapêutica, e que têm especial interesse no uso da hipnose clínica e hipnoanálise.

“Estarão presentes reputados oradores de renome mundial como Betty Alice Erickson e Edwin Yager, comummente reconhecidos como verdadeiras autoridades da Hipnose Clínica, titulares de técnicas seguidas por milhares de terapeutas e palestrantes em eventos distribuídos por todo o ano nos cinco continentes, referências incontornáveis neste domínio”, afirmou Alberto Lopes.

Especialistas das neurociências de âmbito nacional e internacional apresentarão também os resultados das suas observações no campo médico, bem como o resultado de estudos clínicos e experiências no campo da psicologia e da psicoterapia que promovem as potencialidades terapêuticas das técnicas de hipnose clínica e hipnoanálise.

De acordo com a organização, o principal objetivo deste simpósio será o de apresentar uma proposta de trabalho, reflexão e debate a partir de trabalhos de investigação teórica, e introdução clínica da hipnose, aplicados ao campo da saúde em diversas áreas.

“Procura-se elucidar assim conceitos chave do transe e desmistificar alguns pressupostos erróneos, assim como dar a conhecer os mais recentes trabalhos teórico-práticos em diversas áreas da saúde, tal como a natureza interdisciplinar do campo de aplicações da hipnose”, esclarece.

No Estoril
Os visitantes do festival da sustentabilidade, que começou no Estoril, podem participar em várias atividades que chamam a...

Este ano, na sua 8ª edição, o Greenfest, a decorrer até domingo, volta a informar e sensibilizar a população para temas da sustentabilidade na vertente económica, social ou ambiental com iniciativas que pretendem agradar a todas as classes etárias, dos netos aos avós.

Com o tema "Cidadania Ativa" e o lema "tenho o poder - de me informar, de agir, de mudar, de ir, de sorrir", o festival realça o poder que cada um tem de fazer a diferença e apresenta a primeira Feira das ONG (organizações não governamentais), com 150 participantes nacionais e estrangeiras.

"São muitas as atividades [desenvolvidas por] estas organizações, que cobrem variadas áreas em termos geográficos e de natureza da atividade, do apoio a crianças a idosos a carenciados, solidariedade social, preocupações ambientais", disse o mentor da Greenfest, Pedro Norton de Matos, aquando da apresentação do programa do festival.

Como em todas as edições, estão representados os três pilares da sustentabilidade, as vertentes ambiental, social e económica, refletidas nas várias iniciativas que chamam a atenção para a necessidade de proteger a natureza, vivendo em harmonia com os seus ritmos, adotando comportamentos que passam pela reciclagem ou pela utilização eficiente da água.

Um dos exemplos deste apelo é a apresentação de um conceito de casas modulares - chamado de AMETRO - com base na reutilização de contentores marítimos, que dão lugar a habitações evolutivas e ecológicas.

Entre as atividades no aspeto social ou solidário do Greenfest está a Caminhada AJU (da Fundação AJU Jerónimo Usera) para percorrer cerca de 2,5 quilómetros nos jardins do Casino Estoril, com o valor das inscrições a serem direcionados para a ajuda de famílias carenciadas do concelho de Cascais.

No âmbito de um protocolo com a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal, serão realizados rastreios, levantamentos de perfis de risco e chamadas de atenção para o estilo de vida, que tem que ver com a diabetes, doença que vai estar em foco no Greenfest.

Depois dos 25 mil visitantes da edição de 2014, Pedro Norton de Matos espera que, este ano, outra novidade também faça a diferença: trata-se do projeto de criação de cenários com materiais usados, "lixo" não convencional recolhido pelos serviços da Câmara Municipal de Cascais, para fomentar a reutilização.

10 de outubro – Dia Mundial da Saúde Mental
As demências são as doenças mentais que mais interferem com a dignidade do doente. Quem o afirma é Maria Luísa Figueira,...

Em 2015, a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu “a dignidade na saúde mental” como tema para esta efeméride, para combater os estigmas associados e as ameaças à dignidade humana que estas patologias acarretam.

“As demências são as doenças mentais que mais interferem com a dignidade do doente, mas nem sempre é só a doença que é uma ameaça para a dignidade do doente mental. A forma como o tratamos e o enquadramos também pode interferir. Esperar demasiado tempo por uma consulta de psiquiatria, por exemplo, não é tratar com dignidade. Quando o doente é rejeitado pela família, no emprego, pela sociedade, os seus direitos e a sua dignidade como ser humano não estão a ser respeitados”, explica a psiquiatra e presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM).

A especialista realça também que “as patologias psiquiátricas mais graves, como as psicoses, que atingem as funções cognitivas, podem tornar as pessoas muito vulneráveis e reduzir a sua autonomia e a sua capacidade de decisão. Estas pessoas têm a consciência do mundo e de si próprias muito alterada e ficam dependentes de decisões clínicas e de tratamento não tendo capacidade para dar o seu consentimento informado. Podem ser profundamente afetadas na sua dignidade humana se a sociedade não estiver organizada para as proteger. Não devem ser objeto de investigação científica (por exemplo, sujeitas a tratamentos experimentais) sem um consentimento informado do seu representante legal. Os seus direitos devem ser respeitados e o tratamento deve ser planeado de acordo com as boas práticas clínicas e requisitos éticos”.

Em Portugal, é nos mais jovens, entre os 18 e os 34 anos, que se verifica uma maior prevalência de doença mental estimando-se que 50,1% tenham pelo menos uma perturbação psiquiátrica. Neste grupo etário, as entidades mais referidas foram as perturbações da ansiedade, seguidas das afetivas e do abuso de álcool. Grande parte da percentagem de perturbações de ansiedade é à custa das chamadas “fobias específicas” habitualmente associadas a um menor impacto no funcionamento global.

O único estudo epidemiológico que foi feito para a população portuguesa foi realizado pelo grupo coordenado pelos Professores Caldas de Almeida e Miguel Xavier da Faculdade de Medicina da Universidade Nova intitulado – “Estudo Epidemiológico Nacional de Saúde Mental” cujo primeiro relatório foi publicado em 2013. Desse estudo salienta-se que o grupo de doenças com maior prevalência anual (12 meses anteriores ao estudo) foi o das perturbações de ansiedade (16,5%), seguindo-se o das perturbações afetivas com 7,9%.

Os valores encontrados são superiores a qualquer outro país da Europa Ocidental onde, patrocinado pela Organização Mental de Saúde, foi feito um estudo epidemiológico com uma metodologia semelhante. Portugal e a Irlanda do Norte têm a prevalência mais elevada de doenças mentais da Europa. É no grupo das perturbações de ansiedade que os dados de Portugal mais se destacam. De notar que neste grupo estão incluídos vários síndromes ansiosos, desde as fobias isoladas ou específicas, a perturbação de pânico, a ansiedade generalizada, a fobia social, a perturbação pós stress traumático, entre outras.

Ajudar doentes e quem os rodeia
Está desde hoje disponível em Portugal um site agregador de informações úteis sobre esquizofrenia, uma doença do foro mental...

Com o endereço esquizofrenia24x7.pt, o espaço é dedicado às pessoas que vivem com esquizofrenia, às suas famílias e aos que os rodeiam, com conteúdo educacional útil e envolvente.

O que é a esquizofrenia, causas, sinais de alerta, como lidar com as crises, sentir-se melhor, dar apoio a um familiar ou amigo ou opções de tratamento são algumas das informações disponíveis, havendo também vídeos com testemunhos reais de doentes e cuidadores que partilham as suas experiências. 

“O esquizofrenia24x7 é de facto o primeiro site escrito em português dedicado exclusivamente à esquizofrenia, abordando esta patologia de forma abrangente e com a grande vantagem de estar direcionado a todos os que convivem com a doença mais de perto, ou seja, não só doentes, mas também familiares, amigos e cuidadores”, refere Ana Caixeiro, médica psiquiatra do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (Hospital Júlio de Matos). “É importante desmistificar a esquizofrenia e dar ferramentas a quem lida com a doença diariamente e este site vem responder a esta necessidade”, acrescenta a Dra. Ana Caixeiro.

Depois do sucesso do site a nível internacional, em 20 línguas diferentes, tendo contado já com mais de dois milhões de visitas, o site arranca agora em português, com o objetivo de desmistificar o tema da esquizofrenia e funcionar como um guia que ajude o dia-a-dia das pessoas que convivem com esta patologia. Divide-se em quatro grandes áreas, dirigidas a grupos de pessoas diferentes: “O meu familiar/amigo tem esquizofrenia”, “Contacto com pessoas com esquizofrenia”, “Vivo com esquizofrenia há algum tempo” e “Fui recentemente diagnosticado”. Em cada uma destas secções, apresenta dicas, informações úteis, e até um diário para as pessoas poderem registar as suas experiências e escrever tarefas a realizar. Existe também um vídeo animado, cujo protagonista é o Mark, um jovem com esquizofrenia que explica de uma forma muito simples alguns conceitos básicos que poderão ajudar quem lida com este problema todos os dias.

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