No Porto
A transferência de colaboradores e equipamentos para o novo edifício construído de raiz para as atividades do I3S – Instituto...

“É uma mudança em grande escala. São cerca de mil pessoas e grandes equipamentos que é preciso transferir”, sublinhou a fonte, referindo que o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) “está praticamente instalado”.

O I3S, que foi classificado como “Excecional” pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, resulta da comunhão de três dos mais reconhecidos institutos de investigação da U.Porto: o Instituto de Biologia Molecular e Celular, o Instituto Nacional de Engenharia Biomédica e o IPATIMUP.

O edifício de 14 mil metros quadrados, totalmente dedicado a laboratórios e serviços de investigação, com ligação ao atual edifício do IPATIMUP, que será reconvertido para salas de aula, para mestrados e doutoramentos, auditórios e serviços administrativos do I3S.

Trata-se de uma empreitada orçada em 21,5 milhões de euros, dos quais 18 milhões foram financiados por fundos comunitários no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte, o “ON.2 – O Novo Norte”.

Lançado em 2008, o I3S irá albergar cerca de 250 investigadores doutorados, com um total de mais de 700 funcionários, e irá centrar-se em áreas chaves para o desenvolvimento de respostas aos novos desafios na área da saúde, como as Doenças Neurodegenerativas, Cancro, Doenças Infeciosas e Medicina Regenerativa.

A inauguração oficial do edifício estava prevista para novembro mas, de acordo com a fonte, foi adiada para depois das eleições presidenciais.

Instituto Nacional de Estatística
Cerca de 70% das pessoas em risco de pobreza e em privação material não têm capacidade financeira para realizar exames e...

“O acesso aos cuidados de saúde constitui uma variável importante para a avaliação da inclusão social e bem-estar das pessoas”, refere o inquérito, divulgado a propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que se assinala no sábado.

Segundo os dados, em 2014, 5,5% da população com 16 ou mais anos referiu que, em pelo menos uma ocasião, necessitou de cuidados médicos e não os recebeu, e 18,8% necessitou de cuidados dentários e não os recebeu.

A falta de disponibilidade financeira foi a principal razão apontada para a não realização dos exames e tratamentos médicos (53,5%) ou dentários (82,5%) necessários, o que atinge particularmente as pessoas em situação de maior vulnerabilidade.

Esta situação “assumiu proporções bastante significativas”, tendo sido referida por 73,6% das pessoas que se encontravam simultaneamente em risco de pobreza e em privação material relativamente a exames ou tratamentos médicos, e 96,4% relativamente a exames ou tratamentos dentários”, salienta o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com os dados sobre saúde recolhidos pelo Inquérito às Condições de Vida e Rendimento em 2014, 46% das pessoas com 16 ou mais anos avaliou a sua saúde como boa ou muito boa, enquanto 35,7% classificaram-na de razoável e 18,3% “má ou muito má”.

O estudo verificou que os homens tendem a referir uma avaliação boa ou muito boa com maior frequência (50,6% em 2014) do que as mulheres (42,0%) e o contrário para as autoavaliações de má ou muito má (14,5% no caso dos homens e 21,6% no caso das mulheres).

Aponta ainda que 35,2% da população residente com 16 e mais anos referiu ter alguma limitação (severa ou não) no desempenho das suas atividades devido a problemas de saúde, sendo a idade um fator relevante para o aumento desta proporção (67,9% para a população idosa em 2014).

O INE observa que o “risco de pobreza aumenta com a existência de algum tipo de limitação”: O risco de pobreza de 21,5% para as pessoas que referiram algum tipo de limitação foi superior ao das que referiram não terem limitações (16,7%).

Os dados recolhidos em 2014 sobre os rendimentos do ano anterior referem também que “o aumento do risco de pobreza em 2013 foi transversal a todos os grupos etários, todavia com diferentes grandezas".

As crianças foram o grupo populacional em que o risco de pobreza foi mais elevado: 25,6% contra 19,1% para a população em idade ativa e 15,1% para a população idosa.

“Esta condição tem vindo a manter-se desde 2007, e registou importância acrescida em 2012 e 2013, em que o risco de pobreza infantil foi, respetivamente, de 24,4% e 25,6%, ou seja, mais 5,7 pontos percentuais (p.p.) e mais 6,1 p.p. do que a população em geral”, observa o INE.

As famílias constituídas por um adulto com uma ou mais crianças e as famílias com três ou mais adultos com crianças foram as mais afetadas pelo aumento da pobreza

Em 2013, a população em idade ativa continuou a ser o segundo grupo mais afetado pelo aumento do risco de pobreza, com um valor de 19,1%, ou seja, mais 0,7 p.p. do que o valor relativo a 2012 (18,4%).

"Agora Não Podemos Parar"
O UNICEF lançou, em Madrid, a campanha mundial "Agora Não Podemos Parar" para combater a subnutrição infantil,...

No Dia Mundial da Alimentação, que se celebra hoje, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Ciência e Educação (UNICEF) adianta que a ideia é melhorar as condições de vida das crianças mais vulneráveis.

No comunicado, o Comité Espanhol do UNICEF realça que a subnutrição aguda é "grave" e que continua a pôr em perigo mais de 17 milhões de crianças em todo o mundo e é responsável por mais de metade das mortes na faixa etária entre os zero e os cinco anos.

"A subnutrição infantil tem efeitos devastadores na infância", sublinhou o presidente do Comité Espanhol do UNICEF, Carmelo Angulo, que apelou à união da sociedade na luta contra esta "tragédia crónica".

A campanha de combate à subnutrição incide sobretudo na prevenção, através de ações de sensibilização, mas também através de oferta de, entre outros produtos, suplementos alimentares, tratamentos terapêuticos e leite a hospitais e centros de saúde.

A campanha prevê ainda maior trabalho das organizações da sociedade civil com comunidades locais sobre hábitos alimentares e promoção do leite materno.

O UNICEF recordou que campanhas anteriores desta natureza, em colaboração com Governos e organizações da sociedade civil, permitiram, entre 2000 e 2013, diminuir a subnutrição cónica no mundo de 33% para 25%.

Em 2014, a agência das Nações Unidas apoiou mais de 2,3 milhões de crianças subnutridas em situações de emergência humanitária.

Em 2015
Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução prepara novas recomendações. Em Coimbra, o número de mulheres a fazer esta opção...

O número de mulheres com cancro que opta por guardar os seus ovócitos ou tecido ovárico para a eventualidade de querer ser mãe no futuro ainda é pequeno para a realidade nacional, mas a tendência está a mudar, assegura a presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR). Só no centro de Teresa Almeida Santos, o Serviço de Medicina da Reprodução do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, já houve 31 mulheres a tomar esta opção neste ano. Desde 2008 tinham sido só 115. A especialista acredita que o valor será ainda melhor em 2016, quando estiverem no terreno as orientações para a preservação da fertilidade em doentes com cancro, que a SPMR está a preparar em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO).

A preservação da fertilidade nos casos oncológicos é um dos temas centrais das Jornadas Internacionais de Estudos da Reprodução, que começam nesta sexta-feira e que terminam sábado, em Guimarães. No encontro será apresentada uma versão preliminar das guidelines nacionais que a SPMR e a SPO estão a preparar e que se prevê que estejam concluídas no início de 2016. Além de traçar um perfil nacional dos centros preparados para preservar os óvulos e espermatozóides dos doentes com cancro, a ideia é dar orientações mais claras sobre as situações em que os tratamentos oncológicos comprometem a fertilidade e ajudar os profissionais de saúde a tomar decisões. Estima-se que quase 10% dos cancros sejam diagnosticados antes dos 40 anos, com 300 a 400 mulheres a poderem beneficiar desta opção todos os anos.

O documento, explica Teresa Almeida Santos ao jornal Público, conta com orientações destinadas tanto às mulheres como aos homens, assim como aos casos pediátricos. Há também vários aspetos éticos e legais que são abordados. “O grupo que tratamos mais especificamente é o do cancro da mama. É o cancro mais frequente nas mulheres e atinge uma percentagem significativa de mulheres em idade reprodutiva, pelo facto de as pessoas protelarem cada vez mais a primeira gravidez”, frisa a também professora da Faculdade de Medicina de Coimbra.

“Temos neste momento um risco acrescido de uma mulher jovem ter um diagnóstico de cancro da mama com necessidade de quimioterapia ou de hormonoterapia que se prolonga por cinco anos, antes de a mulher ter completado o seu projeto reprodutivo ou até de ter engravidado pela primeira vez”, acrescenta a médica. Para Teresa Almeida Santos, “esta é a grande população” a quem é preciso dar “resposta imediata”, até porque, insiste, no caso dos homens a preservação da fertilidade é mais simples e feita de forma mais alargada.

“As pessoas têm de ser alertadas para a possibilidade de preservação e tomar uma decisão, ou mais tarde arrependem-se por não terem sido informadas ou por não terem tido oportunidade de decidir. No contexto de cancro não se pode decidir muita coisa, mas isto os jovens podem decidir”, sublinha. A especialista congratula-se, por isso, com a subida registada nos últimos dois anos no Serviço de Medicina da Reprodução do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra: “Até meio de 2015 tivemos tantos doentes [a optar por preservar] como em 2014. Há um crescimento exponencial que não é devido ao crescimento exponencial dos tumores mas a um maior conhecimento e referenciação. Estamos no bom caminho.”

Das 182 mulheres que foram atendidas naquele serviço desde 2008, houve 115 que decidiram preservar a sua fertilidade. No caso dos homens o número supera os 300. Já em 2014 foram atendidas 55 doentes, das quais 30 preservaram a fertilidade. Em 2015 o valor já foi ultrapassado, tanto em número total de doentes como nos que avançaram, com 27 a criopreservarem ovócitos e quatro o tecido ovárico – o dobro da média dos anos anteriores. Questionada sobre se o sistema tem capacidade de resposta para preservar mais material, a presidente da SPMR assegura que sim e adianta que o que tem falhado é uma referenciação mais precoce dos casos e mais informação aos doentes. “Se a doente não for referenciada cedo pode não haver tempo para o tratamento de estimulação ovárica, que no mínimo demora duas semanas e que é exigente e implica deslocações ao hospital”, diz.

Outro dos problemas está no custo dos medicamentos que, em parte, tem de ser suportado pelas mulheres. Por agora, informa a médica, conseguiram um acordo com uma farmacêutica para os fármacos serem cedidos gratuitamente a mulheres com cancro. Do lado da informação, Teresa Almeida Santos assegura que também têm dado passos, nomeadamente criando panfletos para o grande público e uma linha telefónica (800 919 040) especificamente destinada a este tema.

A presidente da SPMR explica, ainda, que o documento ajuda a estimar a probabilidade de infertilidade gerada com cada tratamento oncológico. No caso dos homens considera que é fácil e barato preservar esperma, pelo que essa deve ser sempre a opção a seguir. Nas mulheres o procedimento já terá de ser avaliado com mais cuidado, uma vez que a criopreservação implica tratamentos de estimulação com recurso a hormonas e que exigem algum tempo. Além dos tumores da mama, Teresa Almeida Santos adianta que as recomendações poderão ajudam mais pessoas com leucemias e linfomas a beneficiar desta opção – já que, a par com os tumores ósseos e o cancro do testículo – estes são as neoplasias mais comuns nas camadas mais jovens da população.

Nutricionista diz
Nas cantinas escolares não basta ter pratos bons do ponto de vista nutricional, é preciso que sejam também "apetecíveis...

A obesidade infantil parece estar a estabilizar em Portugal, mas as crianças aos dois anos já têm consumos alimentares pouco saudáveis. Por isso é preciso atuar nos jardins de infância, sublinha o diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), Pedro Graça. No Dia Mundial da Alimentação, que se celebra esta sexta-feira, o nutricionista faz um balanço positivo dos mais de três anos e meio deste programa prioritário da Direção-Geral da Saúde (DGS), mas admite que ainda há muito a fazer num país em que mais de metade da população adulta tem peso a mais ou sofre de obesidade.

Apesar da alteração de paradigma - “o excesso de peso passou a ser percecionado como um problema de saúde” -, e mesmo sabendo que a alimentação inadequada é a determinante que mais anos de vida saudáveis rouba aos portugueses, na prática não parece ser fácil “transformar isto em ação”, lamenta.

A boa notícia, segundo o jornal Público, é a de que as três mais recentes avaliações efetuadas na população em idade escolar (seis/oito anos) - 2008, 2010 e 2012/13 - indicam que há “um abrandamento e estabilização da obesidade”, apesar de continuarmos com uma das prevalências mais elevadas da Europa. Assumindo que esta estabilização é um dos indicadores “mais gratificantes”, Pedro Graça nota que é preciso deixar passar mais tempo.

A cautela entende-se. Os resultados de recentes estudos conduzidos por duas equipas de investigação (da Universidade Católica e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto) permitiram perceber que em idades precoces (dois, três anos) as crianças já “têm consumos alimentares nada saudáveis”, frisa. Aos dois anos, por exemplo, “17% já consome bebidas açucaradas, sobremesas e doces diariamente”.

Mas se o açúcar é um tóxico, um dos “quase venenos” a evitar, o sal é o outro grande “inimigo”, enfatiza. Nestas idades, em "87%" dos casos estudados encontraram-se valores acima do máximo tolerável de sódio (cinco gramas por dia).

Aproveita, a propósito, para chamar a atenção para um acordo que passou quase despercebido, por ter sido assinado poucos dias antes das eleições legislativas, entre as associações de empresas de distribuição, de consumidores e de restaurantes e vários ministérios. Comprometeram-se a, durante o próximo ano, reduzir em 4% a oferta de sal e ir diminuindo este valor gradualmente até chegar a 5 gramas/dia em 2025 (agora é de 11 gramas/dia).

Nas cantinas faltou o marketing
Já nas cantinas escolares conseguiu-se ter “uma oferta nutricional de elevada qualidade, mas faltou fazer o marketing”, reconhece Pedro Graça. O resultado é que “os miúdos dizem: não presta, não sabe a nada”, enquanto em redor das escolas há “uma oferta alimentar de muito má qualidade”. Uma das soluções poderá passar por ter pratos não apenas “bons do ponto de vista nutricional, mas ao mesmo tempo apetecíveis, do ponto de vista do aspeto e do paladar”.

Vai mais longe ao defende que é “um desafio” para os diretores das escolas conseguir que muitos alunos comam nas cantinas. Mas põe sobretudo a ênfase no papel das famílias, dos pais, que a partir de sexta-feira vão passar a ter acesso a mais uma ferramenta informática que as poderá ajudar a fazer escolhas saudáveis nas escolas.

Destaca outra ferramenta que pode ajudar a tomar decisões saudáveis e que começa a estar disponível em todo o lado, graças à normativa europeia que obriga a indústria a colocar rótulos nutricionais nos produtos alimentares (até ao final deste ano).É “uma revolução”, frisa.

Desde que o programa da DGS arrancou, também se conseguiu incentivar o consumo do pequeno-almoço, mas falta obter resultados expressivos na qualidade da primeira refeição. “As taxas de consumo do pequeno-almoço ultrapassam os 90% mas ainda é pequeníssima a percentagem dos que comem fruta ou bebem sumo” pela manhã, ou seja os que tomam um pequeno almoço “adequado”.

Além das crianças, outro grupo prioritário é o dos idosos. A informação ainda é muito escassa mas Pedro Graça acredita que dentro de um ano e meio será possível ter “um mapeamento do estado de desnutrição” dos mais velhos, graças a estudos que já estão em curso, porque é necessário perceber se estão a ter alimentação saudável, nomeadamente os que vivem em instituições.

Sobre o impacto da crise económica, Pedro Graça também é cauteloso. “Provavelmente a sociedade portuguesa tem mecanismos de resiliência e adaptação ao stress alimentar ou foram usadas almofadas de adaptação, o que pode ter permitido atenuar o impacto da crise”, afirma. Mas há outras hipóteses, especula. Podem não estar a ser usadas “as formas de monitorização mais adequadas” ou o impacto poderá sentir-se “só daqui a oito ou nove anos”.

Há açúcar escondido em alguns alimentos. O resultado? Cáries
“Há açúcar escondido em alguns alimentos? Há! Por exemplo no ketchup e no pão dos cachorros e dos hambúrgueres”. O alerta aparece em cartazes que estão a ser distribuídos pelos consultórios dentários, escolas e unidades de saúde do país. Foi para chamar a atenção para a relação entre os alimentos que ingerimos e a saúde oral que a Direção-Geral da Saúde (DGS) decidiu este ano distribuir nove mil cartazes “apelativos”.

“Sabemos hoje que existe uma relação entre o desenvolvimento da cárie dentária e a frequência de ingestão de certos alimentos ou bebidas açucaradas”, avisa a DGS, que aposta nesta iniciativa para assinalar o Dia Mundial da Alimentação, em conjunto com a Rede de Bibliotecas Escolares, o Plano Nacional de Leitura e a Ordem dos Médicos Dentistas.

Chegar às famílias é a prioridade. O diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, Pedro Graça, adianta também que, para envolver e apoiar os pais, a partir desta sexta-feira renova-se e alarga-se às famílias uma ferramenta informática que já existia, o SPARE (Sistema de Planeamento e Avaliação de Refeições Escolares), que ajuda a fazer escolhas saudáveis e é oferecida pela DGS e pela Universidade do Porto.

Também o site do programa (www.alimentacaosaudavel.dgs.pt) vai ser renovado a partir desta sexta-feira, agregando o blogue nutrimento (www.nutrimento.pt) que tem cerca de mil utilizadores por dia e mais de 400 mil visualizações desde que foi lançado, há um ano. O blogue disponibiliza sugestões para se comer barato que passam por adequar o tipo e corte de carne ao método de confeção, além de muitas receitas saudáveis.

Para encontrar receitas que além de saudáveis são baratas pode ainda consultar www.alimentacaointeligente.dgs.pt. “Como temos poucos recursos, investimos no digital, esta é uma forma de dar resposta às dúvidas e ansiedades das pessoas”, explica Pedro Graça.

Para ajudar a comer fora de casa, vai também ser lançado esta sexta-feira um manual de alergias alimentares.

Dia Mundial da Alimentação
A DECOJovem, da associação de defesa do consumidor DECO, desafiou as escolas a ajudar os alunos a escolher de forma sustentável...

O concurso 'Chef Fish', lançado a marcar o Dia Mundial da Alimentação, que hoje se assinala, convida as escolas a refletir sobre a temática da alimentação com atividades de sensibilização e informação lúdico-pedagógicas, escreve o Diário Digital.

Na edição deste ano da iniciativa todos os alunos, do 1º ciclo do ensino básico ao ensino secundário e profissional, podem participar e elaborar receitas originais, explica uma informação da DECO.

Os alunos podem pedir a ajuda dos professores e constituir equipas para produzir vídeos com receitas culinárias de pescado.

O objetivo é "sensibilizar a comunidade escolar e consequentemente as suas famílias, para a adoção de comportamentos mais sustentáveis, na escolha e consumo do pescado, em prol do respeito e preservação do oceano e dos seus recursos", mas também para a alimentação saudável, realça a associação de defesa do consumidor.

Os participantes podem utilizar vários elementos como material de apoio para compreender melhor a importância de escolher produtos do mar obtidos através de uma pesca sustentável, ou seja, que respeita os ecossistemas e os seus ritmos de reprodução, de modo a permitir a recuperação dos recursos.

Também estará disponível informação sobre a disponibilidade dos stocks marinhos, a melhor forma de escolher e conservar peixe, os novos rótulos relacionados com o processo sustentável ou com a origem.

O concurso vai ainda alertar para a importância do peixe numa alimentação saudável e equilibrada, nomeadamente através de pratos com alternativas diferentes, conjugando vários alimentos.

O projeto 'Chef Fish' é desenvolvido pela DECO e cofinanciado a 85% pelo EEA Grants, uma iniciativa que junta a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega no contributo para a redução das disparidades sociais e económicas entre países europeus.

Portugal excluído
A fome e a pobreza afetam 16% dos cerca de 250 milhões de lusófonos, excluindo Portugal, com Guiné-Bissau e Guiné Equatorial a...

Ao longo da última década, porém, Angola, Brasil e Cabo Verde têm melhorado os respetivos índices, com particular destaque para o país sul-americano que, em 12 anos, "desapareceu" do mapa mundial da fome (de 10% em 2002 para 1,7% em 2014), já abaixo do limite de 2,3%, considerado pela FAO o patamar de "erradicação", envolvendo, ainda assim, 3,4 milhões de pessoas, segundo dados do Governo.

Os casos mais extremos ocorrem na Guiné-Bissau e Guiné Equatorial, em que ambas registam três casos de pobreza por cada quatro habitantes, facto agravado por a primeira manter 45% dos 1,7 milhões de habitantes em pobreza extrema e de a segunda não conseguir obter melhorias nos resultados, apesar de ter o maior rendimento ‘per capita’ da África subsaariana.

A mesma situação acontece em Moçambique, onde o índice de pobreza, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), se manteve estável na última década, apenas com uma ténue melhoria, descendo de 54,7%, para 54% o total da população (de cerca de 26 milhões de habitantes) considerada pobre, o que representa pouco mais de mais de 13 milhões de habitantes.

Moçambique, aliás, referem o Banco Mundial (BM) e o FMI, "falhou" no objetivo de redução da pobreza, que deveria ter chegado aos 42% em 2014, embora ambos se mostrem otimistas face à diminuição da fome (de 56% no final da década de 1990 para 24% em 2014).

Os resultados práticos, porém, são trágicos, porque Moçambique regista uma média de 80 mil mortos por ano devido à desnutrição crónica, que afeta cerca de 40% da população.

Outra situação grave acontece em São Tomé e Príncipe. Um estudo do Governo com apoio da Organização Internacional o Trabalho (OIT) indica que 63% dos cerca de 195 mil habitantes é considerado pobre, com 14% deles em pobreza extrema e uma taxa de desemprego entre a população ativa a rondar os 70%.

Timor-Leste, por seu lado, tem reduzido gradual, mas também tenuemente, o índice de pobreza no país, segundo a FAO, em que, atualmente, cerca de 41,1% da população vive abaixo do limiar da pobreza, com a subnutrição a registar níveis mais animadores, descendo de 400 para 300 mil o número de subalimentados.

Caso relativo de sucesso passa-se em Angola, onde as estatísticas do FMI e do Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica destacam o facto de que, em 2000, quase 92% da população vivia com menos de dois dólares/dia, valor que, dez anos mais tarde, baixou para 54%, prevendo-se que, em 2015, possa descer ainda mais, atingindo os 36,7%.

No entanto, indicam também os mesmos números, alguns deles contraditórios, há ainda entre 7,1 e 9,2 milhões de angolanos na pobreza.

Cabo Verde, segundo os dados das Nações Unidas, é o país lusófono que mais reduziu a pobreza crónica na última década e meia, passando de 49% na década de 1990 para cerca de 26% em 2014, reduzindo, também no mesmo período, a subnutrição crónica na faixa etária entre os zero e os cinco anos de 16% para 9,7% e a subnutrição aguda de 6% para 2,6%.

 

Hoje assinala-se o Dia mundial da Alimentação, tendo sido criada, nesta data, em 1945, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), enquanto a 17 de outubro comemora-se o Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza.

Governo da Madeira
O Conselho do Governo Regional da Madeira aprovou a proposta de diploma que cria o programa de recuperação de listas de espera...

O decreto legislativo regional, que será submetido à aprovação da Assembleia Legislativa da Madeira, estabelece os princípios e objetivos do denominado Sistema Integrado de Gestão dos Inscritos em Cirurgia- Madeira, refere o texto da reunião do executivo madeirense que decorreu sob a presidência de Miguel Albuquerque.

Na área da saúde, o Conselho aprovou uma outra proposta legislativa que regula o exercício de funções dos médicos da área hospitalar, que sejam deslocados para assegurar a prestação de cuidados na ilha do Porto Santo.

O plenário do Governo decidiu aprovar uma resolução relativa ao regulamento de bolsas de estudo para novos cursos técnicos profissionais e garantir que os anteriores apoios concedidos não sejam considerados rendimentos dos agregados familiares.

O Governo insular deliberou um voto de louvor ao madeirense Cristiano Ronaldo pela conquista da quarta bota de outo, considerando que este feito marca, “uma vez mais, a sua brilhante carreira de desportista de dimensão mundial, o que muito honra a Região Autónoma da Madeira”.

O executivo decidiu ainda celebrar três contratos programa com entidades desportivas na ordem dos 232 mil euros para apoiar a participação de atletas nos campeonatos e provas regionais e nacionais.

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde admitiu que pelo menos três pessoas morreram em resultado da infeção pela bactéria multirresistente...

“Ocorreram oito óbitos em doentes portadores de Klebsiella pneumoniae, dos quais três resultaram da infeção por esta bactéria”, refere um comunicado da Direção-Geral da Saúde (DGS).

No centro hospitalar de Gaia foram identificados, desde 7 de agosto, 30 doentes portadores da bactéria multirresistente Klebsiella Pneumoniae, uma bactéria multirresistente que terá surgido em consequência do uso de antibióticos, é de rápida disseminação, transmite-se pelo toque, sobrevive na pele e no meio ambiente e desconhece-se a sua durabilidade.

Sobre o surto de infeção do hospital de Gaia, a DGS garante que “foi já identificado o mecanismo de resistência da bactéria” e que “o surto está controlado e a evoluir para a resolução”.

Em comunicado assinado pelo diretor-geral da Saúde, Francisco George, é confirmado que desde o seu início “foram cumulativamente identificados 30 doentes portadores da bactéria” e que "atualmente estão internados 14 doentes nos quais foi isolada esta bactéria".

"No entanto, apenas um deles apresenta infeção”, acrescenta.

Refere ainda que “dos 13 doentes que são portadores da bactéria sem terem infeção, oito foram identificados através da pesquisa ativa conduzida pela equipa do Centro Hospitalar Gaia/Espinho”.

Segundo a DGS, aquela unidade “implementou medidas que permitiram a identificação precoce do caso índice [o primeiro], rastreio para identificação e isolamento de todos os doentes portadores ou infetados pela bactéria e estabeleceu medidas de controlo de infeção para evitar o aparecimento de novos casos de acordo com as normas do programa”.

O hospital suspeita que a origem do surto tenha sido numa doente que fez vários ciclos de antibiótico e que partilhou, no dia 29 de junho, a mesma unidade de pós-operatório com o primeiro paciente infetado.

Os rastreios e análise do percurso dos outros pacientes arrancaram no final de agosto e o último doente portador foi identificado no rastreio efetuado na passada sexta-feira.

 

“As infeções hospitalares têm sido alvo de medidas preventivas e de controlo em todo o país, incluindo, naturalmente, aquela unidade hospitalar no âmbito do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções de Resistência aos Microbiano”, salienta a DGS, referindo ainda estar a acompanhar a situação “em colaboração estreita” com o centro hospitalar Gaia/Espinho.

Estudo
Mais de 80% dos medicamentos não sujeitos a receita médica são comprados nas farmácias, em detrimento das parafarmácias, sendo...

Entre setembro de 2014 e agosto de 2015, a compra dos medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) atingiu os 1.060.299.036 euros, sendo que 82% provêm das farmácias, face aos 18% vendidos nas parafarmácias, indica o estudo da consultora IMS Health.

Relativamente só aos medicamentos vendidos fora das farmácias, o estudo destaca que 85% foram comprados em grandes superfícies, enquanto os restantes 15% foram adquiridos em parafarmácias independentes.

No mesmo período verificou-se um crescimento do segmento de MNSRM de 4,5%, em valor, face ao mesmo período dos anos anteriores. No entanto, este crescimento foi mais evidente nas farmácias (5,1%) do que nas parafarmácias (2,1%).

O mercado de MNSRM engloba produtos com classificação de medicamento e classificação de não medicamento (produtos de beleza e suplementos vitamínicos).

Do ponto de vista de peso relativo de cada uma das classificações dos MNSRM, os medicamentos representaram 38% das vendas em valor, no período em análise, sendo que os produtos de beleza e suplementos atingiram os 62%.

Relativamente apenas aos MNSRM classificados como não medicamentos, 497.530.530 euros corresponderam a vendas no canal Farmácia, face aos 155.037.427 euros registados nas parafarmácias.

Neste segmento, os produtos mais vendidos nas farmácias incluem as categorias de produtos de beleza feminina, unissexo e suplementos vitamínicos.

Já nas parafarmácias, os produtos de beleza feminina e produtos de beleza unissexo ocupam a mesma posição relativa face às farmácias, sendo os suplementos vitamínicos substituídos por produtos de cuidado capilar.

Quanto ao crescimento da venda destes produtos, as farmácias registaram um aumento em valor na ordem dos 5,8%. Tanto as parafarmácias independentes como as das grandes superfícies acompanharam esta tendência, com crescimentos em valor na ordem dos 1,2% e 6,3%, respetivamente.

Sobre o segmento de MNSRM classificados como medicamentos (quer de marca, quer genéricos), os produtos para tosse, constipações e resfriados, a par de analgésicos, produtos digestivos, instrumentos para medições/testes de diagnóstico e terapia dermatológica representaram aproximadamente 80% do negócio nas farmácias, num total de 287.888.398 euros.

Tanto nas farmácias como nas parafarmácias, a categoria de produtos para tosse, constipações e resfriados, é a que regista o maior número de vendas, em unidades e em valor.

Nas Farmácias, foram vendidas 13.818.611 embalagens nesta categoria, o que corresponde a 90.719.766 euros, sendo o paracetamol o mais vendido, atingindo os 16.247.574 euros, ou seja, 17,9% das vendas.

O paracetamol foi igualmente líder de vendas nas parafarmácias.

Quanto ao crescimento do segmento de medicamentos entre os MNSRM, o estudo refere um aumento de 4,7% em valor nas farmácias, tendência que também se registou nas parafarmácias das grandes superfícies, com uma subida de 2,7%.

Apenas as parafarmácias independentes registaram uma quebra das vendas, na ordem de 1%.

Lésbicas, gays, bissexuais e transgénero
Coadoção, procriação medicamente assistida e acesso ao processo de adoção são as três vertentes da parentalidade que as...

O mote para a conversa é o quarto encontro europeu de famílias arco-íris (lésbicas, gays, bissexuais e transgénero), que pela primeira vez decorre em Portugal, e é no âmbito desse tema que a presidente da ILGA (Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero) aponta para as questões da parentalidade como o último reduto destas famílias.

“De uma forma geral, as questões da parentalidade são o último reduto, a última fronteira e o que falta fazer é desde já a aprovação da coadoção, ou seja, de uma forma muito simples reconhecer as famílias que já existem como tal”, defendeu Isabel Advirta.

Mas as questões da parentalidade não se resumem à coadoção e a responsável entende que os casais LGBT devem ter as mesmas possibilidade que os casais formados por pessoas heterossexuais.

“Nomeadamente os casais de lésbicas ou mulheres solteiras, viúvas ou divorciadas poderem recorrer às técnicas de procriação medicamente assistida (PMA) sem terem de gastar rios de dinheiro, mas também as pessoas em casal poderem candidatara-se à adoção, poderem adotar e poderem passar pelo processo de candidatura a adoção tal como qualquer outro casal”, defendeu.

Isabel Advirta sublinhou que as famílias de pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgénero (LGBT), mais do que terem direito a adotar, querem ter direito a passar pelo processo e se forem uma boa família querem ter o direito a que isso seja reconhecido, tal como acontece com qualquer casal heterossexual.

“Coadoação, acesso à PMA e acesso a candidatura a adoção, são estas três vertentes da parentalidade que queremos ver reconhecidas a breve prazo e achamos que pode voltar ao Parlamento muito brevemente”, disse a responsável.

A presidente da ILGA Portugal lembrou que tanto o Partido Socialista (PS), como o Partido Comunista Português (PCP) e o Bloco de Esquerda se mostraram disponíveis para avançar com as alterações legislativas necessárias para a coadoção.

“Estas famílias e estas crianças não podem esperar mais e não há nenhum motivo para que esta mudança não aconteça e muito rapidamente”, defendeu, acrescentando que “não há nenhum motivo a não ser o preconceito para que este passo não seja dado”.

Isabel Advirta sublinhou ainda que a demora em alterar a lei está a por em causa uma série de famílias que já existem, quando o que se pretende é proteger crianças e dinâmicas familiares que já existentes.

Algumas destas famílias e destas crianças vão estar em Portugal para participar no encontro europeu de famílias arco-íris, que decorre até domingo, em Oeiras.

Enfermagem
As doenças reumáticas são crónicas e afetam todas as idades.

A enfermagem é para mim uma partilha constante de responsabilidades, atitudes, técnicas, conhecimentos, reflexões e dedicação; sendo assim gostaria de partilhar o meu trabalho na consulta externa de reumatologia do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E. Sou enfermeira há 23 anos com experiência dedicada aos cuidados de saúde diferenciados, e iniciei o meu caminho nesta consulta em 2012. É um trabalho aliciante, agora mais interventivo na promoção, recuperação e prevenção de complicações.

Refletir sobre o caminho percorrido em relação aos cuidados de enfermagem específicos ao doente reumático que exigiu novos conhecimentos e aprendizagens, com a vontade e motivação de querer agir sempre melhor. É hoje motivo de grande satisfação quando sentimos que os nossos objetivos são alcançados, obtendo-se novos ganhos profissionais e pessoais, contribuindo para tal também as relações interpessoais e a organização de trabalho de toda a equipa.

A Organização Mundial de Saúde descreve "doenças crónicas como sendo doenças de duração prolongada e progressão lenta que exigem tratamento continuado ao longo de anos ou décadas". Apesar de não terem cura, é possível diminuir a sua gravidade e assim melhorar a qualidade de vida do doente. O papel de enfermagem é muito importante no sentido de prevenir ou adiar estados de saúde e os benefícios são evidentes não só na doença mas também no aumento da longevidade a que assistimos. É imprescindível que a pessoa com doença crónica tenha um papel ativo e responsável na sua saúde, sendo tarefa principal de enfermagem nesta consulta ajudar o doente a promover a sua saúde bem como a prevenir complicações.

As doenças reumáticas afetam em todas as idades
As doenças reumáticas afetam todas as idades e são um problema importante, não só para a pessoa, mas também a nível social e económico, sendo forte motivo de ausência esporádica ou definitiva do trabalho. São muitas as doenças do aparelho musculosquelético principalmente as inflamatórias, degenerativas, peri-articulares, doenças metabólicas e sistémicas associadas as mais frequentes.

As principais queixas do doente são a dor, rigidez, tumefação, limitação da mobilidade e fadiga. O sofrimento causado pela incapacidade para a realização das N.H.B como cuidar da higiene pessoal, preparar alimentos, vestir-se ou despir-se, deslocar-se dentro de casa, deitar e levantar da cama é enorme com repercussões no próprio, na família, no trabalho, na relação com os amigos, não esquecendo as repercussões socioeconómicas. Ajudar o doente/família a aceitar com atitude positiva a mudança que a doença traz, e a necessária adaptação envolvendo-o sempre no seu projeto, é fundamental para que o seu estado de saúde seja melhorado. Esta consulta é feita através da relação interpessoal atendendo às prioridades do doente informando-o sempre do que é necessário.

Doente bem informado é doente bem tratado
“Não há dúvidas que um doente bem informado é um doente bem tratado. Há de fato uma melhor adesão ao tratamento e uma maior aceitação às recomendações feitas na consulta" BARCELOS, A.2014; Painetwork pág.13.

As ações independentes dirigem-se para a importância da vigilância do estado de saúde, incentivo aos estilos de vida saudável, como a alimentação, hidratação, exercício adequado, repouso e descanso, assim como riscos específicos do aparelho locomotor ligados à doença reumática tendo em atenção posturas, gestão de energia, a proteção articular, calçado, ou outras ajudas. Os cuidados a ter com doenças concomitantes como hipertensão, diabetes, excesso ponderal, hipercolesterolémia, etilismo ou tabagismo, que influenciam não só a doença reumática mas a saúde em geral, também são alvo importante.

"A minimização da dor permite não só devolver a aptidão para a realização de tarefas rotineiras, mas também impedir o isolamento e até o desenvolvimento de co morbilidades como a depressão "BARCELOS,A.2014; Painetwork pág.10.

A atenção dirigida aos cuidados a ter com a terapêutica prescrita pelo médico, nomeadamente anti-inflamatórios, corticoides, DMARDS (agentes modificadores da doença), biológicos, anti osteoporóticos e polimedicação, são também motivo importante de ensino. O trabalho de toda a equipa é centrado e realizado com o doente. As ações interdependentes são partilhadas e cada uma das partes tem a sua responsabilidade e competência própria, sendo o objetivo único o melhor estado de saúde do doente.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Dia Internacional da Bengala Branca
A Liga Portuguesa Contra o Cancro lançou um projeto destinado a mulheres cegas e amblíopes que visa dar-lhe informação sobre o...

O Dia Internacional da Bengala Branca, assinalado hoje, foi a data escolhida pela Liga para divulgar o projeto “Educação para a saúde sobre cancro da mama para mulheres cegas e amblíopes”, realizado em parceria com a ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal.

Em declarações, o presidente do núcleo regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Carlos Oliveira, adiantou que o projeto visa “estender a literacia em saúde a determinados grupos que tem maior dificuldade de acesso”, nomeadamente os cegos e amblíopes.

O oncologista explicou que a informação de prevenção e sensibilização para o cancro da mama é, muitas vezes, “uma mensagem escrita, televisiva, com pouco áudio” que não é captada na totalidade por esta população.

Com este projeto, a Liga pretende “transmitir as mensagens que transmite à população dita normal para as mulheres cegas e amblíopes no sentido de lhes dar toda a informação sobre cancro da mama que necessitam saber e, além disso, estimular a sua participação nos programas de rastreio que a Liga desenvolve”, sublinhou.

Em parceria com a ACAPO, a LPCC tem promovido sessões públicas sobre o projeto e desenvolveu instrumentos específicos para pessoas cegas e com baixa visão, nomeadamente brochuras em braile e com letra ampliada e uma aplicação informática para ‘smartphones’ e ‘tablets’ com “um conjunto de dados” que é apresentada hoje em Coimbra.

Esta aplicação apresenta informação sobre cancro da mama de forma simples e acessível, focando aspetos relativos à epidemiologia, prevenção, tratamento e apoio à mulher com cancro da mama.

Segundo a LPCC, esta ferramenta foi construída atendendo a critérios de acessibilidade que permitam que esta aplicação seja utilizada por toda a população, incluindo mulheres cegas.

Ainda no âmbito do projeto, foi dada formação aos técnicos que trabalham na área do rastreio sobre como “devem ser tratadas e acolhidas as mulheres cegas ou amblíopes que se dirigem às unidades de rastreio”, adiantou Carlos Oliveira.

Segundo o especialista, o projeto será alargado em 2016 à população surda-muda e a outros tipos de cancro, como o colorretal, do colo do útero e da próstata.

A iniciativa está englobada no âmbito das atividades da Europa Donna – organização europeia que representa os interesses das mulheres sobre cancro de mama e que em Portugal é representada pela LPCC – e conta com o financiamento da Fundação EDP – EDP Solidária.

Em Portugal, anualmente são detetados cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama e 1.500 mulheres morrem com esta doença.

Estudo
Um novo estudo científico demonstra que há uma ligação entre um parasita comum nos gatos e doenças mentais em humanos, como a...

Em causa está o parasita "toxoplasma gondii", que pode ser transferido de gatos para humanos, quando as pessoas têm contacto com as fezes dos felinos e não lavam as mãos devidamente, escreve o Jornal de Notícias.

O simples facto de conviver com gatos e fazer-lhe festas não provoca a doença. Aliás, o autor do estudo, E. Fuller Torrey, diz ser um erro considerar que ter gatos é um risco acrescido de vir a sofrer doenças mentais. "O risco é mínimo, a possibilidade de contrair esquizofrenia passa de uma em cada cem pessoas para duas ou três em cada cem", explica o diretor do Stanley Medical Research Institute.

E nem todos os gatos são portadores do parasita. Estes felinos apanham o parasita através de roedores ou pássaros infetados ou em contacto com outros gatos doentes, o que significa que é mais provável em gatos de exterior e menos frequente nos que vivem dentro de casa.

O "toxoplasma gondii" é também o responsável por uma outra doença em humanos, a toxoplasmose, responsável por sintomas semelhantes aos da gripe, lesões oculares e malformações fetais. É por esse motivo que as mulheres grávidas não imunes à doença são desaconselhadas a fazer a limpeza das liteiras dos felinos ou a fazê-lo com luvas e lavando as mãos imediatamente.

Estudo
Cientistas dinamarqueses podem ter dado um passo gigante na investigação para a cura do cancro, ao descobrirem acidentalmente...

Segundo o jornal The Independent, a proteína da malária liberta uma toxina que é eficaz na destruição das células cancerígenas, não permitindo que os tumores cresçam ou se alastrem.

Os resultados da investigação foram publicados na revista científica Cancer Cell.

Os investigadores, segundo o Sapo, estavam à procura de uma forma para proteger as mulheres grávidas da malária, doença que ataca a placenta. Durante o estudo, perceberam que a proteína da malária ataca também as células cancerígenas.

Por isso, os cientistas criaram uma combinação entre a parte da proteína que é usada na vacina contra a malária e uma toxina. Esta ao entrar na célula cancerígena aniquila-a.

O processo foi já testado com sucesso em células de laboratório e em ratinhos com cancro.

Os cientistas contam avançar para os ensaios clínicos em humanos dentro de quatro anos, embora os investigadores já tenham alertado para a possibilidade de o organismo humano não ser capaz de aguentar com a dose recomendada da toxina da malária para combater o cancro.

Campanha de alerta
O instituto britânico Teenage Cancer Trust lançou recentemente uma campanha de alerta aos jovens que tinha por objetivo...

 

A entidade sublinha que estes sintomas podem ser consequência de muitos outros problemas menos graves de saúde e que, por si só, não confirmam um diagnóstico de cancro, mas devem ser analisados por um médico, escreve o Sapo.

 

A Teenage Cancer Trust aponta como os principais sinais de alerta:

- uma dor que não passa com medicação básica;

- o aparecimento de um caroço, quisto ou inchaço em qualquer local do corpo;

- a sensação de cansaço extremo ou uma sonolência incontrolável;

- uma perda de peso significativa ou alterações em sinais na pele;

- o aparecimento de um novo sinal de aspeto diferente.

Associação de Jovens Diabéticos de Portugal
A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal organiza no próximo dia 16 de Outubro, Dia Mundial da Alimentação, a partir das...

O projeto “AJDP nas Escolas” foi criado em 2009 com o objetivo de informar sobre a diabetes e o impacto que esta condição pode ter na vida das pessoas. Neste sentido, a associação e os seus voluntários organizam sessões de esclarecimento em escolas de todo o país para debater temas relacionados com a diabetes (tipo 1 e tipo 2) como a importância da alimentação e nutrição, o impacto do desporto e exercício físico, ou os principais mitos associados a esta condição.

Carlos Neves, presidente da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP), refere que “estas sessões são fundamentais para dar a conhecer às pessoas e, principalmente, aos jovens a diabetes e a importância de uma alimentação saudável e equilibrada. Neste sentido, os hábitos alimentares estão diretamente relacionados com o controlo diabetes. É essencial alertar que a diabetes tipo 2, provocada maioritariamente pela má alimentação e rotinas sedentárias, tem aumentado entre os jovens e pode ser prevenida.”

Lançamento da Campanha do Banco de Sangue do Hospital de Braga
Alan, jogador do Sporting Clube de Braga, D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, Ricardo Rio, Presidente da Câmara de Braga, e...

O Hospital de Braga reforça assim, junto dos bracarenses, o apelo à dádiva de sangue, após a abertura do Banco de Sangue em maio deste ano. Esta campanha de sensibilização pelas ruas da cidade de Braga divulga, ainda, o novo horário do Banco de Sangue: 9h às 13h e das 14h30 às 18h30.

A campanha de sensibilização de dadores de sangue, que até esta data aconteceu nas instalações do Hospital de Braga, está a partir de hoje, presente por toda a cidade de Braga. Associados a esta nobre causa estão quatro individualidades da cidade – Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal, António Cunha, Reitor da Universidade do Minho, D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz da Arquidiocese de Braga, e o futebolista Alan do Sporting Clube de Braga - que se juntam a outros tantos profissionais do Hospital como rostos desta campanha de sensibilização: António Marques| Diretor do Serviço de Imunohemoterapia, Raquel Gonçalves| Diretora do Serviço de Gastroenterologia, Alice Carvalho| Enfermeira Chefe do Serviço de Cardiologia e Ana Fernandes| Assistente Operacional do Serviço de Imunohemoterapia.

O Banco de Sangue do Hospital de Braga abriu portas no passado mês de maio, e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 13horas e das 14h30 às 18h30, para todos aqueles que quiserem salvar vidas. Como o sangue é um bem escasso e não pode ser criado artificialmente, os doentes estão dependentes da disponibilidade dos dadores. É por isso urgente dar sangue.

‘Fórum D 2015’
O primeiro fórum nacional sobre vitamina D, que se realizou no passado dia 3 de outubro, em Coimbra, debateu a importância do...

Neste encontro discutiram-se ainda as prioridades e as estratégias de combate à carência da vitamina D entre a população portuguesa.

As principais conclusões, formuladas por especialistas nas diferentes áreas da saúde, foram reunidas sob a designação de DECLARAÇÃO D. 2015, de que se citam os principais excertos. 

Vitamina D

·         A vitamina D exerce uma ação complexa e harmoniosa sobre um grande número de mediadores biológicos e vias de sinalização, numa grande variedade de tipos celulares, em todos os órgãos e sistemas. Isto torna plausível que esta Vitamina D interfira com uma grande variedade de doenças

Necessidades diárias. Fontes: dieta e sol

·         A dieta é uma fonte escassa de Vitamina D (com exceção do óleo de fígado de peixes gordos e da gema de ovo).

·         O sol é a principal fonte de Vitamina D: Em Portugal a exposição de braços e pernas ao sol, sem proteção, por 10-15 minutos, entre as 10 e as 15 horas, de Abril a Outubro poderá bastar as necessidades de todo o ano. Este tempo de exposição solar não é considerado de risco significativo para cancro da pele.

·         O aumento da coloração da pele, a idade e o uso de protetores solares diminuem - chegando mesmo a anular - a produção de vitamina D pelo organismo.

·         Para as pessoas que não apanham sol em quantidade suficiente ou tenham alguma das condições de risco apontadas mais adiante, o uso de suplementos de vitamina D na dose de 800U/dia é considerado vantajoso para a saúde em geral e seguro.

·         Muitos especialistas sugerem mesmo doses mais altas, da ordem de 1200 a 2000 U/dia, ou em toma semanal ou mensal equivalente. As pessoas obesas precisam de doses mais elevadas.

Valores Normais de Vitamina D

·         A avaliação do estado de Vitamina D deve fazer-se por medição dos níveis séricos de Vitamina 25(OH)D.

·         As recomendações atuais são unânimes em não recomendar o rastreio generalizado dos níveis de vitamina D: Só se justifica fazer a análise em pessoas com maior risco.

Estado da epidemia e do seu combate

·         Estudos epidemiológicos demonstram uma elevada prevalência de carência e de insuficiência de Vitamina D por todo Mundo, podendo atingir 60 a 80% da população.

·         Em Portugal a carência de vitamina D é muito frequente entre as pessoas com fraturas, doentes institucionalizados ou admitidos a hospitais e entre crianças e adolescentes saudáveis. Estão em curso estudos alargados de base populacional.

·         A investigação nacional revela que a ingestão de alimentos ricos em Vitamina D é escassa (ingestas médias da ordem de 150 a 200 UI/dia).

·         Não havendo, em Portugal, fortificação de produtos alimentares em vitamina D, com o é comum em alguns países, resta-nos a exposição solar ou a toma de suplementos de Vitamina D.

Carência de Vitamina D - indícios clínicos e laboratoriais

·         Deveremos tomar como indícios de Carência de vitamina D: A presença de fatores de risco como pele escura, escassa exposição solar, uso regular de protetor solar, idosos, obesos, institucionalizados, doença hepática, doença renal, síndromes de mal absorção, entre outros; A presença de sintomas sugestivos ou compatíveis, tais como: dor óssea, mialgias, fraqueza muscular, fadiga inexplicada, quedas e fraturas, depressão e ou deterioração cognitiva ou infeções recorrentes; A presença de alterações laboratoriais ou radiológicas sugestivas como elevação de fosfatase alcalina, hipocalcémia e hipofosfatémia, elevação da PTH e Rx – fraturas de Looser-Milkman.

Vitamina D e doença cardiovascular - o que sabemos?

·         Há uma forte relação entre os níveis mais baixos de Vitamina D e uma maior prevalência e maior mortalidade de eventos cardiovasculares, insuficiência cardíaca e arritmias.

·         O défice de vitamina D está relacionado com a hipertensão arterial.

·         Alguns estudos mostraram que a correção da carência de Vitamina D aporta melhoria dos fatores de risco cardiovascular (HTA e resistência à insulina).

·         São, contudo, necessários mais estudos, prospetivos e randomizados, para comprovar que a correção do défice de vitamina D tem um real efeito benéfico sobre a incidência e progressão de doença cardiovascular de tipos diversos.

Vitamina D e Cancro

·         O défice de vitamina D está associado a um risco aumentado de incidência de vários tipos de cancro e com a agressividade da evolução tumoral e a mortalidade que lhes está associada.

·         Não está, contudo, ainda provado que o tratamento com Vitamina D previna o cancro ou ajude no seu tratamento.

Vitamina D e envelhecimento saudável

·         A prevalência da carência de Vitamina D é especialmente comum entre os idosos.

·         A suplementação de vitamina D em doentes com carência diminui a ocorrência de quedas, a incidência de fraturas e o défice cognitivo.

Para a mais informação visite www.forumd.org.

16 de Outubro - Dia Mundial da Alimentação
A Direção-Geral da Saúde e os dentistas uniram-se este ano para assinalar o Dia Mundial da Alimentação com alertas dirigidos...

No dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, a Direção-Geral da Saúde (DGS) vai lançar uma campanha de alerta para a ligação entre saúde oral e os alimentos que ingerimos, através de um cartaz que vai chegar a todas as Bibliotecas Escolares, com a colaboração do Plano Nacional de Leitura e do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.

A Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), por sua vez, vai distribuir os cartazes pelos médicos dentistas, para que estes possam usá-los nos consultórios e aconselhar os doentes.

A campanha dirige-se principalmente às crianças, mas também a profissionais de saúde e a professores, traçando os riscos que alguns alimentos representam para a saúde oral, através de textos curtos, simples e diretos.

Segundo a DGS, o cartaz contem “imagens divertidas e apelativas”, que explicam como o açúcar é um dos principais inimigos de uma boca saudável e contribui para a destruição do esmalte dos dentes.

Como o açúcar está escondido em muitos alimentos sob diversos nomes, o cartaz apresenta as substâncias a que é preciso estar alerta: alimentos refinados, sumos e refrigerantes e as batatas fritas também são de evitar.

A mensagem não é de proibição, mas de recomendação, aconselhando as crianças a guardarem estes alimentos para dias de festa.

Na alimentação diária, o conselho é incluir nas refeições legumes e leguminosas, fruta fresca e frutos secos, leite e seus derivados.

A saúde oral tem impacto em doenças como a diabetes e as cardiovasculares, que infelizmente são das mais comuns em Portugal, alerta a DGS, lembrando que a cárie dentária é a doença mais comum em todo o mundo, com 90% da população atingida.

Paulo Ribeiro de Melo, secretário-geral da OMD, salienta que estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) sugerem que as taxas mais altas de cárie dentária ocorrem quando o nível de ingestão de açúcares é superior a 10% da ingestão calórica total.

A OMS recomendou a redução da ingestão de açúcares, tanto em adultos como em crianças, para menos de 10% da ingestão calórica total, o equivalente a 50 gramas por dia.

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