DIA MUNDIAL DO CÉREBRO
O alerta é deixado pela Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) que se une ao mote da World Federation of...

“Entre as várias doenças neurológicas que aumentam de prevalência com o envelhecimento salienta-se o acidente vascular cerebral (AVC), que é a doença neurológica mais comum na população mundial neste grupo etário”, refere Patrícia Canhão, neurologista do Hospital de Santa Maria (Centro Hospitalar de Lisboa Norte) e vice-presidente da SPAVC.

“Cerca de 75% dos casos ocorrem em pessoas com mais de 65 anos. Representa uma das principais causas de mortalidade e é a primeira causa de incapacidade no mundo”, acrescenta.

Referindo-se a Portugal, a especialista afirma que “é pertinente falar de AVC neste Dia Mundial do Cérebro porque o AVC é a primeira causa de morte e incapacidade em Portugal e porque existe possibilidade de tratar os doentes com AVC, desde que cheguem rapidamente aos locais adequados para o tratamento”.

Para isso, os doentes ou acompanhantes deverão reconhecer os sinais de AVC (assimetria da face, alteração da fala, diminuição de força num dos membros) e solicitar ajuda imediata, através do número de emergência 112.

“A outra razão de se falar em AVC neste dia é precisamente porque esta doença catastrófica pode ser prevenível. E todas as medidas de prevenção devem ser iniciadas nas pessoas, mesmo ainda quando são jovens. São bem conhecidos os seus fatores de risco: a hipertensão arterial, diabetes, dislipidémia, problemas cardíacos como a fibrilhação auricular, tabagismo, obesidade e sedentarismo. Muitos destes fatores de risco são modificáveis e tratáveis. Controlar estes fatores de risco previne o AVC”, acrescenta a vice-presidente da SPAVC.

Neste contexto, Patrícia Canhão deixa algumas medidas simples a adotar para manter um “Cérebro Saudável” no indivíduo em envelhecimento, prevenindo algumas das doenças neurológicas mais frequentes no idoso:

- manter-se mental e socialmente ativo;

-  manter atividade física regular;

- adotar uma dieta saudável;

- controlar o peso, a pressão arterial, o colesterol e o açúcar no sangue;

- não fumar;

- evitar lesões cerebrais traumáticas (exemplo, usar cintos de segurança, capacetes).

Temperaturas elevadas
A Direção-Geral da Saude alertou hoje a população para as elevadas temperaturas que se prevêem para os próximos dias,...

"Estamos preocupados com a população em geral, mas sobretudo com os grupos mais vulneráveis, que podem ter mais suscetibilidade aos efeitos do calor, desinadamente as crianças, as pessoas com mais de 65 anos, os doentes crónicos e quem desenvolve atividade no exterior, sejam estas profissionais ou de lazer", disse à Lusa Andreia Silva, diretora do serviço de prevenção da doença e promoção da saúde da DGS.

A especialista explicou ainda que este alerta serve sobretudo para a população de risco, mas também para a população em geral, tendo em conta a subida brusca das temperaturas, a manutenção durante alguns dias do tempo muito quente e ao facto de as temperaturas mínimas se manterem igualmente elevadas, levando às chamadas "noites tropicais", o que não permite o arrefecimento natural das casas.

"Devemos estar atentos a nós, mas também aos que nos rodeiam, a quem sabemos que pode ter mais suscetibilidade aos efeitos do calor, a idosos que vivam isolados, familiares ou vizinhos que sabemos estar dentro deste grupo de risco", acrescentou.

A DGS aconselha a população a manter o corpo fresco e hidratado, usar roupas largas, procurar sombras e locais frescos ou climatizados com recurso a ar condicionado, usar protetor solar, óculos de sol e chapéus de aba larga.

O tempo quente e seco estará de regresso no fim de semana, com previsão de temperaturas máximas de 39/40 graus e mínimas a rondar os 20, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Segundo o IPMA, as temperaturas mínimas vão subir no sábado e no domingo, ficando próximas dos 20 graus, podendo em algumas regiões ser superiores.

Mitos e Verdades sobre remoção a laser
Hoje, é possível, com o avanço da tecnologia a laser, remover tatuagens de forma segura e eficaz.

As tatuagens passaram a estar na moda, no entanto, são muitos os que se arrependem de as ter feito. Ou porque não ficaram como imaginaram, ou porque o motivo pelo qual as fizeram perdeu o todo seu significado.

A verdade é que, de acordo com um estudo realizado pela Syneron Candela, que incidiu sobre um universo de mais de 30 mil pessoas maiores de 18 anos, 41 por  cento dos inquiridos com tatuagens mostra-se arrependido de as ter feito.

Um em cada sete não gosta da sua tatuagem porque representa uma recordação de um antigo namoro, enquanto 31 por cento afirma que o seu desenho se tornou “ultrapassado e de mau gosto”. Na realidade, o nome de antigos companheiros(as) é citado, neste inquérito, como a tatuagem que mais arrependimentos gerou, seguido das que foram feitas por causa de uma brincadeira ou desafio, e dos tributos a bandas ou celebridades.

Sabe-se que, por estes motivos, a procura pelo procedimento de remoção de tatuagens aumentou mais de 400 por cento, nos últimos 10 anos, só nos Estados Unidos.  Não só graças ao aperfeiçoamento como ao acesso à técnica a laser.

No entanto, ainda existem alguns mitos sobre a remoção de tatuagem que é importante desconstruir. Maria e Filipe Safont da Clínica Clean Ink esclarecem alguns:

Remover uma tatuagem pouco tempo depois de ser feita é prejudicial para a pele.
Verdade. Devemos esperar pelo menos 30 dias para permitir que a pele cicatrize totalmente após a realização da tatuagem.

A remoção é mais eficiente em algumas partes do corpo do que em outras.
Mito. O laser atua de forma constante em qualquer parte do corpo.

Remover uma tatuagem dói.
Mito. Os pacientes descrevem frequentemente uma sensação de “formigueiro” durante a remoção. No entanto, a sensibilidade à dor e a zona a tratar podem aumentar ou diminuir essa sensação.

Não é possível refazer uma tatuagem na pele que passou por uma remoção.
Mito.  É possível voltar a tatuar qualquer zona do corpo após a remoção.

Tatuagens com cor são mais difíceis de remover.
Verdade.  O laser é menos eficaz em algumas cores mas não significa que não seja possível fragmentar esse pigmento específico.

Tatuagens mais pequenas saem numa sessão.
Mito.  São necessárias várias sessões para que o laser fragmente o pigmento de tinta da tatuagem. No entanto, quanto menos tinta existir mais rápida será a remoção da tatuagem.

É mais fácil remover uma tatuagem nova do que uma antiga.
Verdade. Os pigmentos de tinta das tatuagens mais recentes tendem a estar a uma profundidade menor, o que leva a que o laser tenha um desempenho mais eficaz.

Remover uma tatuagem deixa cicatriz.
Mito. Os lasers desenvolvidos para remoção de tatuagens não causam danos na pele nem nas áreas circundantes, já que estão programados para apenas fragmentar os pigmentos de tinta.

Depois de remover uma tatuagem, a pele tratada fica mais clara.
Mito. A pele da zona tratada não é afetada pela ação do laser. Se forem cumpridos todos os cuidados antes e depois das sessões de remoção e evitada a exposição solar directa, não há motivo para o aparecimento de manchas na pele.

Não se pode apanhar sol antes da remoção da tatuagem.
Verdade. Não se pode expor ao sol a zona a tratar nos 30 dias antes da sessão de remoção e 30 dias depois da sessão.

Os equipamentos de depilação também removem tatuagens.
Mito. Os lasers de depilação causam queimaduras permanentes e não devem ser usados na remoção de tatuagens.

Remover tatuagens a laser provoca cancro.
Mito.  Os lasers de remoção de tatuagens são equipamentos médico-estéticos que cumprem todos os requisitos da EU e da FDA. Os lasers emitem uma radiação não-iónica, a mesma que uma lâmpada.

Não é preciso fazer um intervalo entre sessões de remoção.
Mito. É recomendável fazer um intervalo de 4 a 6 semanas entre sessões para permitir que os fragmentos de tinta sejam eliminados e também permitir que a pele recupere totalmente e esteja apta para uma nova sessão. Quanto mais tempo entre sessões, mais tempo têm os macrófagos de eliminar a tinta. Um a dois meses é um tempo mais que aceitável.

Para remover uma tatuagem a laser é necessário anestesia geral.
Mito. É aconselhável a aplicação de creme anestésico tópico na zona a tratar 30 minutos antes da sessão de remoção para minimizar a sensação de formigueiro que a remoção da tatuagem possa causar.

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um estudo liderado por um cientista português ajuda a perceber perturbações no cérebro que levam algumas pessoas a não parar de...

"Além de percebermos a fisiologia do que se passa no cérebro, no dia a dia, [este trabalho] dá um nova visão, apoiada pelas doenças neuropsiquiátricas, de como podemos tratar doenças do movimento e doenças psiquiátricas", disse à agência Lusa Rui Costa, do Centro Champalimaud, que liderou a investigação.

As pessoas que sofrem de transtorno obsessivo-compulsivo não conseguem parar de executar certas tarefas motoras, como lavar as mãos, enquanto aquelas afetadas por perturbação de hiperactividade e deficit de atenção, não conseguem sustentar a mesma ação motora, durante muito tempo, explica uma informação hoje divulgada pela Fundação Champalimaud.

Rui Costa descreveu à Lusa o trabalho desenvolvido e que tem como autor principal Fatuel Tecuapleta, agora a trabalhar na Universidade Nacional Autónoma de México, na Cidade do México.

"Há uma grande necessidade de compreender porque decidimos fazer umas coisas e não outras, o que determina a opção por uma ação e não por outra e por parar o que estava a fazer", referiu.

Muitas das doenças que afetam a área do cérebro chamada gânglios da base, explicou, implicam problemas em que as pessoas ficam muito repetitivas a fazer só uma coisa, como as compulsões na doença de autismo, nas adições, ou em que a pessoa está sempre a mudar, como a hiperatividade ou a esquizofrenia.

São duas as vias principais para a obtenção do movimento nestes casos: uma via direta e uma via indireta, e os especialistas pensavam que a via direta era para fazer o movimento e a indireta para parar, como se "uma fosse o acelerador e a outra o travão".

Mas, salientou Rui Costa, afinal, "uma é a que está a dizer o que fazer e a outra aprova ou não" e são as duas necessárias.

Em caso de existir um problema, como a hiperatividade, "a pessoa gostava de se focar e continuar a fazer a atividade, mas, de repente, o cérebro está sempre a mudar, não consegue focar-se ou ter atenção a uma só coisa" e, neste caso, "pensamos que a via indireta está perturbada", explicou o cientista do Centro Champalimaud.

Ao contrário, nas doenças em que há compulsão, adição ou comportamento repetitivo e a pessoa não consegue parar, "a via direta estaria a dizer vou continuar a fazer isto e a via indireta não consegue vetar", continuou.

Assim, o estudo permite concluir que, em vez de um acelerador e de um travão, existiria um proponente e um aprovador.

"É um desequilíbrio entre a atividade" destas duas vias e "a nossa esperança é que modificações subtis desse equilíbrio possam restabelecer" a normalidade, resumiu o cientista, que vai continuar o trabalho para perceber o funcionamento do cérebro, mas também vai, "provavelmente em colaboração com farmacêuticas, tentar perceber como é que se consegue usar isto para melhorar terapias".

Centro Hospitalar de Lisboa Central
O Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) garantiu hoje que desde o final de dezembro de 2015 assegura “de forma...

Em resposta à agência Lusa, a propósito da deliberação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) que detetou falhas no atendimento de um jovem que morreu sem a necessária cirurgia a um aneurisma roto, por inexistência de equipas ao fim de semana, o CHLC recordou que desde final de dezembro de 2015 assegura “o tratamento destas situações de forma ininterrupta”.

Esta unidade de saúde integra, desde 01 de fevereiro deste ano, “a Urgência Metropolitana de Lisboa – Modelo para o Doente Neurovascular - que determinou a reorganização da oferta de cuidados de saúde na região de Lisboa e Vale do Tejo, no âmbito da Via Verde do AVC e na resposta a situações de urgência de patologias do Sistema Nervoso Central de etiologia vascular que ocorrem em toda a zona sul do País, através do estabelecimento de uma rede/parceria de quatro Unidades Hospitalares desta região”.

“Estas unidades possuem os recursos humanos e materiais necessários para, de forma articulada, assegurarem a disponibilidade permanente – 24 horas por dia, 365 dias por ano - dos recursos exigíveis face à natureza não programável, imprevisível e flutuante da incidência destas patologias”, prossegue a resposta do CHLC.

No seguimento da deliberação da ERS, este regulador instruiu o CHLC no sentido de este “implementar, atualizar ou introduzir as alterações tidas por adequadas nos procedimentos atinentes ao serviço de urgência” para “garantir, a todo o momento, que aqueles são aptos a assegurar de forma permanente e efetiva o acesso aos cuidados de saúde” e “em tempo útil”.

Isto “independentemente de se tratar de prestação de cuidados de saúde no decorrer do normal funcionamento do serviço, como, em especial, no decurso de fins de semana e feriados”, lê-se na instrução.

A cirurgia de que David Duarte necessitava não foi realizada por não existirem equipas organizadas para atendimento ao fim de semana, tendo sido adiada para segunda-feira, não tendo chegado a realizar-se, por morte do utente.

Lisboa
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) vai monitorizar a atuação de uma clínica da unidade de hemodiálise Diaverum onde seis...

Uma deliberação da ERS, publicada hoje, visou averiguar as circunstâncias em que os seis doentes foram infetados com o vírus da hepatite C na clínica da Diaverum, em Lisboa, e avaliar se a empresa “cumpre os normativos referentes às medidas gerais de controlo de infeção, em geral, e no que toca à infeção do vírus da hepatite C, em especial”.

A ERS recorda que, entre 19 de outubro e 29 de outubro de 2015, foi dado conhecimento da existência de seis doentes infetados com hepatite C durante a realização de hemodiálise naquela unidade.

O regulador constatou “não conformidades que podem pôr em causa a prevenção da transmissão de infeções nos doentes”, entre as quais o facto de o único equipamento de proteção individual utilizado serem as luvas e as viseiras.

“De acordo com as normas de prevenção de infeção devem ser usadas também batas descartáveis e/ou avental aquando dos procedimentos aos doentes”, lê-se no relatório.

Apesar do plano de higiene determinar que o chão deve ser lavado no final de cada turno nas salas de tratamento (preferencialmente após a saída dos doentes da sala) e nas outras áreas uma vez por dia, a ERS verificou que “não se aguarda pelo término do turno para se limpar determinadas zonas da sala e até se verificou que antes do turno da tarde terminar havia já máquinas com circuitos montados, o que pode facilmente ser contaminado pela existência de utentes na sala em tratamento”.

A preparação da heparina também não esteve totalmente de acordo com os procedimentos, como a existência de “um frasco de heparina aberto e já consumido em cerca de três quartos na caixa das heparinas novas, o que vai contra o procedimento apresentado pela entidade”.

Segundo a ERS, do alegado pelo prestador em sede de audiência dos interessados não resultou eliminada a necessidade de adequação do comportamento.

Por esta razão, o regulador instruiu a empresa no sentido desta “atualizar ou introduzir as alterações tidas por adequadas nos procedimentos já implementados, atinentes à prevenção e controlo de infeções”.

O objetivo é garantir que os procedimentos “estão em conformidade com as regras e orientações aplicáveis em matéria de controlo de infeções e segurança do utente e são aptos quer a assegurar de forma permanente e efetiva a prestação de cuidados de saúde de qualidade, quer a assegurar o respeito pelos direitos e legítimos interesses dos utentes”.

A empresa deve ainda “adotar todas as diligências tidas por necessárias e adequadas no que toca à organização e funcionamento das unidades de diálise, no sentido de os conformar com as regras e orientações aplicáveis”.

A ERS vai ainda abrir “um processo de monitorização para acompanhamento da atuação futura da Diaverum” para garantir que esta “se coaduna com as regras e orientações, a cada momento aplicáveis, em matéria de controlo de infeções e segurança do utente”.

IPMA
Onze distritos de Portugal continental vão estar sob ‘Aviso Amarelo’ entre sábado e segunda-feira, devido ao tempo quente, com...

De acordo com o IPMA, os distritos de Évora, Porto, Setúbal, Santarém, Lisboa, Leiria, Beja, Aveiro, Coimbra, Portalegre e Braga vão estar sob ‘Aviso Amarelo’ entre as 09:00 de sábado e as 06:00 de segunda-feira devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.

O 'Aviso Amarelo' é o terceiro mais grave numa escala de quatro e significa "risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica".

Na quinta-feira, a meteorologista do IPMA, Cristina Simões adiantou à agência Lusa que a partir do fim de semana as temperaturas máximas vão voltar a subir, podendo atingir os 39/40 graus Celsius.

“A partir do fim de semana, as temperaturas máximas voltam a subir, atingindo os 39/40 graus Celsius no interior e até no vale do Tejo vão estar acima de 37. Vamos ter no sábado e no domingo céu pouco nublado ou limpo, vento a soprar mais intenso no litoral e nas terras altas, podendo atingir os 30/35 quilómetros por hora no litoral, em especial durante a tarde”, adiantou.

Segundo Cristina Simões, as temperaturas mínimas vão subir no sábado e no domingo, ficando próxima dos 20 graus, podendo em algumas regiões ser superiores.

“No fim de semana vamos ter noites quentes, tropicais”, referiu.

No que diz respeito ao início da semana, Cristina Simões indicou que as temperaturas deverão baixar na segunda-feira no litoral e terça-feira no interior.

Entidade Reguladora da Saúde
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) identificou “falhas no acesso e na qualidade dos cuidados prestados” pelo Hospital de São...

Uma deliberação da ERS hoje publicada refere que o jovem (David Duarte) não viu, da parte do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), a que pertence o Hospital de São José, acautelado “o seu direito de acesso de universal e equitativo ao serviço público de saúde, bem como o seu direito à prestação de cuidados de saúde de qualidade”.

A ERS identificou “falhas no acesso e na qualidade dos cuidados prestados” a este jovem, transferido do Hospital de Santarém para o serviço de urgência do Hospital de São José, a 11 de dezembro do ano passado, numa sexta-feira.

Apesar de necessitar de uma cirurgia para clipagem do aneurisma, a mesma não foi realizada porque na altura o Hospital de São José não dispunha de equipas multidisciplinares disponíveis à sexta-feira e durante o fim-de-semana, pelo que ficou a intervenção adiada para segunda-feira.

Entre as falhas identificadas pela ERS está o facto do CHLC- HSJ não possuir “capacidade para a prestação de cuidados de saúde específicos, nomeadamente, realização de cirurgia em situação de rotura de aneurisma cerebral por falta de recursos humanos especializados, essenciais à sua realização, após ter sido diagnosticada a rotura do aneurisma”.

Mas também porque esta unidade de saúde, “considerando que o utente demonstrava já sinais de agravamento clínico”, não procurou “uma alternativa efetiva de acesso para o utente, seja através de convocação da equipa necessária para a realização da cirurgia” ou “através de transferência do utente para outra unidade hospitalar”.

O hospital poderia ainda ter adotado “uma intervenção de tipo 'life saving'”, prossegue o regulador.

Gravidez e teste pré-natal não invasivo
Numa altura em que existem cada vez mais marcas de testes de rasteio pré-natal não invasivos disponí

Com um preço, não comparticipado pelo Sistema Nacional de Saúde, que oscila entre os 395 e os 750 euros, os testes de rastreio pré-natal não invasivos têm vindo a ser, cada vez mais, procurados por grávidas com o objetivo de evitar uma aminocentese. No entanto, os especialistas adiantam que estas análises não substituem o procedimento, ainda que possam contribuir para a redução do número dos exames invasivos, já que permitem a redução até <0,1 por cento dos falsos positivos que resultam nos testes convencionais (os designados testes pré-natais combinados do 1º trimestre).

Não obstante a sua utilidade, há ainda alguma «desconfiança» e falta de informação, que leva uma larga maioria a considerar este um negócio.

Para Jorge Branco, Professor Associado de Medicina (Obstetrícia e Ginecologia) na Faculdade de Ciências Médicas (UNL), “ainda existe pouco conhecimento sobre o seu interesse no despiste das principais trissomias” junto da generalidade das grávidas e que se deve ao facto destas serem análises novas, disponibilizadas recentemente no mercado português.

Por outro lado, explica que “todas as inovações em Medicina, por acarretarem um novo custo para o doente ou para o Sistema de Saúde, são vistas como um «negócio». Estes testes inovadores não podiam ser exceção”.

“Por serem muito recentes, não são ainda comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde”, justifica o especialista em Obstetrícia e Ginecologia. 

No entanto, admite que os seus resultados “trazem uma grande confiança e tranquilidade à grávida e ao médico assistente”.

Importa, por isso, explicar em que consistem e em que casos são recomendados.

“O teste pré-natal não invasivo (NIPT), na sua vertente mais simples, baseia-se na deteção do ADN do feto no sangue da grávida, de forma a rastrear as trissomias mais frequentes: Trissomia 21 (ou Sídrome de Down), Trissomia 18 (ou Síndrome de Edwards) e Trissomia 13 (ou Síndrome de Patau)”, começa por explicar Jorge Branco.

Por outro lado, dá a opção, à grávida, de saber o sexo do bebé, se assim o desejar.

“Numa vertente mais complexa, o teste pré-natal pode também avaliar as aneuploidias dos cromossomas sexuais”, acrescenta.

A designada deteção do ADN é feita através de uma simples amostra de sangue materno. “A fração de ADN fetal é purificada, ampliada e, na maioria dos testes comerciais disponíveis, sequenciada. Os diferentes testes de rastreio pré-natal não invasivos diferem na metodologia da análise do ADN e no algoritmo de interpretação dos dados de sequenciação”, explica o especialista.

Embora admita que as opiniões sobre a necessidade de realização deste teste sejam relativas e muito distintas, eles são eficazes. “A verdade é que a especificidade do rastreio convencional é de aproximadamente 95 por cento, o que significa que, em média, em cada 100 gestações de fetos saudáveis, cinco serão classificadas como «rastreios positivos», podendo levar a procedimentos invasivos que possivelmente colocam a mãe e o feto em risco”, começa por explicar.

De acordo com os dados disponíveis, a elevada especificidade dos testes pré-natais de nova geração permite reduzir o número de falsos positivos até <0,1 por cento, “evitando um elevado número de procedimentos invasivos desnecessários”, como é o caso da amniocentese.

Sabe-se ainda que estes testes apresentam uma taxa de deteção de 99,9 por cento para Trissomia 21 e 99,8 por cento para Trissomia 18.

“Outra vantagem é o ganho de tempo que proporcionam. Quanto mais cedo a grávida fizer o teste, e quanto mais rápido receber os seus resultados, mais célere será a atuação perante um resultado positivo (que implicará um procedimento invasivo que, a ser realizado, é recomendado que seja nas fases mais precoces da gravidez”, afirma.

Estes testes são, habitualmente, recomendados às grávidas com rasteio convencional, comumente conhecido como pré-natal combinado do 1º trimestre, positivo.

Uma vez que a elevada especificidade do teste pré-natal não invasivo possibilitará esclarecer a maioria dos casos de rastreios “falsos positivos”, ele deve preceder a realização da amniocentese.

“A amniocentese consiste na recolha do líquido amniótico para análise genética dos cromossomas do feto”, explica o ginecologista Jorge Branco.

O facto de se tratar de um processo invasivo, uma vez que a recolha da amostra de líquido amniótico é efetuada através de punção abdominal, realizada sob controlo ecográfico, comporta o risco (ainda que inferior a 1 por cento) de perda fetal.  Talvez por isso, seja tão temido junto das grávidas.

No entanto, ao contrário da amniocentese, que é considerada uma técnica de diagnóstico que “permite evidenciar a maioria das alterações cromossómicas do feto, quer por citogenética que por biologia molecular”, o teste pré-natal é apenas uma análise de rastreio, “realizado através de uma amostra de sangue e que deteta a probabilidade de existência das trissomias mais frequentes no feto”, pelo que não a pode substituir.

“A análise do líquido amniótico colhido por amniocentese é a única com caractér diagnóstico e que analisa de uma forma global todos os cromossomas”, acrescenta.

“Porém, a mair sensibilidade dos NIPT comparativamente às anteriores análises de rastreio, diminui muito a necessidade de confirmação e, consequentemente, a realização de testes invasivos como a amniocentese. Assim sendo, estas novas análises por serem testes de rastreio não vêm substituir a amniocentese ou outras técnicas diagnósticas invasivas”, justifica o especialista.

No entanto, dada sua especificidade são altamente recomendados, sobretudo, no caso de gestações tardias em que “é maior o risco de aneuploidias, pelo que é mandatório o rastreio das trissomias mais comuns”.

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IPMA
Todas as regiões do país apresentam hoje risco ‘Muito Elevado’ de exposição à radiação ultravioleta (UV), informou o Instituto...

Nas regiões com risco com níveis 'Muito Elevado' e 'Elevado', o instituto recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Elevado'), 8 a 10 ('Muito Elevado') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje, no continente, céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se geralmente muito nublado no litoral a norte do Cabo Raso até meio da manhã e para o final do dia, podendo essa nebulosidade persistir em alguns locais da faixa costeira.

Está também previsto vento fraco a moderado de noroeste, soprando moderado a partir do final da manhã no litoral oeste e sendo por vezes forte e com rajadas até 60 quilómetros por hora a sul do Cabo Carvoeiro.

Nas terras altas, prevê-se vento moderado de noroeste, tornando-se moderado a forte durante a tarde e com rajadas até 60 quilómetros por hora.

A previsão aponta ainda para uma pequena descida da temperatura máxima, exceto no sotavento algarvio e neblina ou nevoeiro matinal no litoral norte e centro.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul, vento fraco a moderado de nordeste, soprando por vezes forte nas terras altas e pequena descida da temperatura máxima nas terras altas.

Para os Açores está previsto períodos de céu muito nublado com boas abertas, possibilidade de aguaceiros fracos e vento noroeste bonançoso na madrugada, tornando-se fraco.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 17 e 26 graus Celsius, no Porto entre 15 e 22, em Viseu entre 13 e 27, em Vila Real entre 15 e 27, em Bragança entre 15 e 31, na Guarda entre 14 e 26, em Coimbra entre 16 e 26, em Castelo Branco entre 18 e 33, em Portalegre entre 16 e 31, em Santarém entre 15 e 29, em Évora e Beja entre 15 e 34, em Faro entre 21 e 37, no Funchal entre 20 e 26, em Ponta Delgada entre 18 e 26, na Horta entre 21 e 26 e em Santa Cruz das Flores entre 20 e 25.

Cientistas americanos desenvolvem
Uma equipa de cientistas dos Estados Unidas desenvolveu uma técnica de imagiologia no cérebro que será aplicada a doenças como...

Os resultados da investigação, realizada na Universidade de Yale, em Connecticut, concluíram que através desta técnica será possível diagnosticar distúrbios e doenças cerebrais comuns, não só no caso de Alzheimer como noutras doenças neuro-degenerativas e epilepsia.

A novidade desta técnica é a análise aprofundada das sinapses, isto é, a transmissão dos impulsos nervosos que até então só poderiam ser analisados numa autópsia.

“Esta é a primeira vez que temos medidas de densidade sináptica em seres vivos. Até então as medidas da densidade de sinapses eram 'postmortem'”, explicou o professor de radiologia e biomedicina que Richard Carson que liderou a investigação.

Através deste método é possível conhecer o número de sinapses e a sua densidade em cérebro vivos, sendo possível obter muita informação sobre os transtornos cerebrais.

Esta técnica é uma combinação entre a bioquímica e o exame de imagem conhecido como tomografia por emissão de pósitrons (PET), o mais utilizado nos dias de hoje para a doença de Alzheimer.

Desta forma, foi desenvolvido um composto químico que injetado no paciente atua como um marcador radioativo desenhando uma trajetória das reações que ocorrem no cérebro.

Através do exame de diagnóstico PET, os cientistas coletam a “trajetória” que depois decifram através de cálculos matemáticos.

A técnica já foi testada em primatas e em seres humanos, e em ambos os casos foi provada a sua efetividade.

As aplicações potenciais desta investigação são muitas, principalmente para o Alzheimer, uma doença neuro-degenerativa progressiva que se caracteriza pela perda de memória, da fala, controlo emocional e a capacidade de raciocinar e tomar decisões lógicas.

Projeto de lei
O projeto de lei do BE para permitir a gestação de substituição, com alterações introduzidas após o veto do Presidente da...

O novo diploma foi aprovado com os votos favoráveis do BE, PS, PEV, PAN e 20 deputados do PSD, votos contra da maioria dos deputados do PSD, do PCP, do CDS e de dois deputados do PS, e a abstenção de oito deputados sociais-democratas.

O presidente do PSD e ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, absteve-se, bem como Carlos Abreu Amorim, Berta Cabral, Sara Madruga da Costa, Laura Magalhães, Joana Barata Lopes, Emília Cerqueira, Joel Sá.

Votaram a favor os deputados do PSD Margarida Mano, Margarida Balseiro Lopes, António Leitão Amaro, Simão Ribeiro, Duarte Marques, Lima Costa, Sérgio Azevedo, Paula Teixeira da Cruz, Costa Silva, Teresa Leal Coelho, Álvaro Batista, Miguel Santos, Fátima Ramos, Ângela Guerra, Firmino Pereira, Luís Vales, Regina Bastos, Pedro Pinto, Rubina Berardo, Cristóvão Norte.

Os deputados do PS que votaram contra foram Renato Sampaio e Isabel Santos.

O PSD apresentou um requerimento para o adiamento deste diploma para a próxima sessão legislativa, mas o pedido foi rejeitado pelo plenário, com os votos a favor do PSD e CDS-PP, abstenção do PCP, votos contra do PS, BE, PEV e PAN.

Durante a manhã, Pedro Passos Coelho, que votou a favor quando a primeira versão do diploma foi aprovada em maio, apelou ao PS para que viabilizasse o adiamento e disse que poderia mudar o seu sentido de voto caso tal não acontecesse.

"É importante não criar uma divisão entre o parlamento e o Presidente", afirmou Pedro Passos Coelho.

"Espero que o líder do PS e primeiro-ministro, António Costa que tem obtido do Presidente da República um apoio permanente - e penso que tem sido importante mesmo do ponto de vista externo para o Governo - possa ser sensível a esta matéria", acrescentou.

No requerimento, o PSD invocava a apresentação de uma petição à Assembleia da República, subscrita por mais de 4 mil pessoas, pedindo um referendo sobre a matéria, e que o grupo parlamentar social-democrata considerava dever constituir-se "como um contributo útil à discussão" e que "mereceria ser apreciada antes de terminado este processo legislativo em curso".

No dia 13 de maio, a primeira iniciativa do BE foi aprovada em maio com os votos favoráveis do proponente, do PS, PEV e PAN e 24 deputados do PSD, entre os quais o presidente e ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. A maioria da bancada do PSD votou contra, assim como PCP, CDS-PP e dois deputados do PS. Três sociais-democratas abstiveram-se.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, usou pela primeira vez o veto político ao fim de quase três meses de mandato, em 07 de junho, precisamente face ao decreto que introduz a possibilidade de recurso à gestação de substituição, aprovado na Assembleia da República a 13 de maio.

Rebelo de Sousa decidira com base nos pareceres no Conselho Nacional de Ética e para as Ciências da Vida, devolvendo o diploma ao parlamento para uma "oportunidade de ponderar, uma vez mais, se quer acolher as condições preconizadas".

A legislação em causa introduz a possibilidade de uma mulher suportar uma gravidez por conta de outrem e entregar a criança após o parto, renunciando aos poderes e deveres da maternidade, a título excecional e com natureza gratuita, para casos como a ausência de útero.

As alterações agora introduzidas pelo BE estabelecem essencialmente a necessidade de um contrato escrito entre as partes, "que deve ter obrigatoriamente disposições sobre situações de malformação do feto ou em que seja necessário recorrer à interrupção voluntária da gravidez", de acordo com o deputado bloquista Moisés Ferreira.

"Poupe na Receita”
A “Poupe na Receita” possibilita ainda a localização de farmácias na proximidade do utilizador.

A “Poupe na Receita” está disponível para sistemas iOS e Android

O Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) actualizou e melhorou a aplicação mobile gratuita “Poupe na Receita”, que permite consultar os preços dos medicamentos, facilitando a identificação das opções mais baratas.

Lançada em 2014, esta aplicação permite às pessoas poupar na factura da farmácia, através da identificação prévia (ou no momento da compra) dos medicamentos mais baratos que existem para a substância activa receitada pelo médico, explica o Infarmed em nota divulgada nesta quarta-feira. Os consumidores podem assim perceber quanto terão de pagar e simular conjugações que se possam revelar mais baratas.

Mas a consulta dos preços dos medicamentos e a comparação com outros fármacos disponíveis com preços mais baixos é apenas uma das funcionalidades da aplicação. A “Poupe na Receita” possibilita também a identificação de um medicamento através da leitura do código de barras disponível na embalagem ou na receita médica, recorrendo à câmara fotográfica do telemóvel, ou pesquisando o nome do fármaco.

É ainda possível visualizar o folheto informativo do medicamento, consultar as novidades e alertas sobre medicamentos e outros produtos de saúde, localizar farmácias na proximidade do utilizador e criar um plano de tomas de medicamentos com um sistema de alertas, sublinha o Infarmed.

Disponível para sistemas iOS e Android, a “Poupe na Receita” funciona em modo online e offline, no caso de o utente não usufruir de pacote de dados no tarifário do seu telemóvel.

A aplicação pode ser descarregada em iOS na App Store e Android na Play Store. Para mais informações consulte a infografia “Poupe na Receita”.

Ministério da Saúde vai compensar hospitais que melhorem desempenho.
O recurso excessivo a antibióticos tem contribuído para o surto de infecções

O Ministério da Saúde anunciou que, a partir do próximo ano, os hospitais que apresentem boas práticas e melhorias na taxa de infecções vão receber incentivos. O problema das infecções hospitalares tem estado em destaque depois de terem sido noticiados vários surtos de uma estirpe da bactéria Klebsiella pneumoniae, microrganismo muito resistente a antibióticos, e que surgiram nos hospitais de Gaia, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e no Hospital de São João (Porto).

No Hospital de Gaia foram detectados 102 doentes portadores da Klebsiella pneumoniae resistente a carbapenemos (antibióticos de largo espectro), um surto que fez três vítimas mortais, em Novembro de 2015. O mesmo tipo de bactéria foi responsável por um surto detectado em Fevereiro passado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra em 21 doentes internados, três dos quais acabaram por morrer. Em Abril, foi conhecido um novo surto, desta vez no Hospital de S. João (Porto), onde, na sequência de um rastreio, nove doentes foram detectados com várias estirpes da Klebsiella pneumoniae.

Portugal surge no último relatório do ECDC (Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças) como um país onde já ocorrem surtos episódicos de infecção pela estirpe desta bactéria resistente ao carbapenemos, antibióticos de largo espectro. No mapa europeu, porém, a Grécia e a Itália encontram-se numa posição muito pior, dado que estão já numa situação endémica.

Centro de Controlo e Prevenção de Doenças
Um relatório divulgado recentemente mostra que o número de casos de gonorreia resistente a antibióticos no mundo aumentou mais...

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), que fica nos Estados Unidos, essa elevação alarmante faz especialistas acreditarem que, em breve, não haverá mais alternativas para tratar a doença sexualmente transmissível (DST).

A gonorreia é uma das DST mais comuns. A infecção é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae. No passado, antes da descoberta da penicilina, era considerada uma verdadeira peste, já que pode afectar outros órgãos, como a garganta, olhos e articulações.

Para piorar, os sintomas iniciais, como secreção purulenta, dores abdominais e ardor ao urinar, podem não aparecer em muitos pacientes, especialmente mulheres. A infecção pode evoluir para a doença inflamatória pélvica, que, por sua vez, pode gerar esterilidade ou até levar à morte. Além disso, a infecção pode ser transmitida de mãe para filho.

Há muito tempo, a penicilina e outros antibióticos deixaram de fazer efeito contra a Neisseria. O remédio mais usado actualmente é a azitromicina, e os novos casos de resistência demonstram que essa opção também poderá tornar-se ineficaz, deixando os pacientes sem opção, segundo as informações do CDC, noticiadas pelo site Medical Daily.

Nos Estados Unidos, estima-se que 800 mil pessoas tenham gonorreia a cada ano. Apesar disso, só metade recebe o diagnóstico, porque certos pacientes não apresentam sintomas, ou não fazem exames. A melhor maneira de se prevenir é usar preservativo em todas as relações sexuais, além de procurar o médico sempre que algum sinal diferente aparece, como corrimentos ou secreções.

EUA
As autoridades sanitárias da Flórida, no sudeste dos EUA, anunciaram que estão a examinar um prov+ável caso de Zika que terá...

Os serviços sanitários da Flórida “estão ativamente a realizar uma investigação epidemiológica”, indica um comunicado do departamento de Saúde da Flórida, divulgado na terça-feira, depois de um possível caso ter surgido em Miami-Dade.

Até agora não há nenhuma prova de que os mosquitos "aedes aegypti", vetores do vírus Zika, tenham chegado ao território continental dos Estados Unidos, mas as autoridades de saúde têm alertado que esta possibilidade está iminente. O território norte-americano de Porto Rico registou um aumento de casos nos últimos meses.

O comunicado refere também que ‘kits’ de prevenção do vírus, assim como produtos anti mosquitos vão estar disponíveis nos serviços de saúde e ser distribuídos na zona sob observação.

“Os ‘kits’ Zika são destinados às mulheres grávidas”, declararam os serviços de saúde.

O serviço de luta contra os mosquitos “já levou a cabo ações de redução e de prevenção na zona em causa”, precisou o departamento de saúde da Flórida.

Em meados de julho, as autoridades sanitárias norte-americanas tinham já contabilizado 1.306 casos de Zika no território continental dos Estados Unidos e no Havai.

Nenhum destes casos resultou de uma picada de mosquito ocorrida nesta área. Catorze dessas pessoas foram infetadas através de relações sexuais e outra por contacto acidental com uma amostra de sangue em laboratório.

O vírus Zika pode causar uma grande variedade de sintomas, incluindo erupções cutâneas, dores nas articulações e músculos, mas na maior parte dos casos a infeção passa despercebida.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) previu um crescimento acentuado do surto nas Américas, com até quatro milhões de pessoas infetadas.

O vírus espalhou-se rapidamente pela América Latina, com um grande número de casos no Brasil.

O vírus Zika está presente em 60 países e o Brasil é o país mais afetado pela atual epidemia, com 1,5 milhões de casos registados.

O Zika é um vírus transmitido pela picada de mosquitos e não existe um tratamento ou uma vacina para a doença.

Na terça-feira, uma universidade canadiana anunciou que irá realizar o primeiro teste no mundo em humanos de uma vacina contra o vírus Zika.

A vacina que se está a desenvolver será administrada em seres humanos "nos próximos dias", de acordo com um comunicado da Universidade de Laval, que se localiza na cidade do Quebec, na província com a mesma designação.

“Estamos muito orgulhosos de fazer parte da primeira equipa internacional do mundo a completar todas as etapas do processo de regulamentação" da vacina, disse Gary Kobinger, doutor em microbiologia e professor de medicina na universidade, que está a supervisionar o estudo.

Kobinger sublinhou que o desenvolvimento desta vacina contra o Zika foi autorizado pelas agências reguladoras do setor no Canadá (Health Canada) e nos Estados Unidos (FDA).

Técnica pioneira em Espanha
Um mulher com queimaduras em 70% do corpo recebeu pele fabricada a partir de células estaminais. Transplante desenvolvido pela...

Uma mulher de 29 anos que ficou com 70% do corpo queimado em abril na sequência de um acidente doméstico foi agora submetida em Espanha ao primeiro transplante do mundo de pele humana fabricada com células do próprio corpo da paciente.

A técnica pioneira combina engenharia de tecidos, nanoestruturas e técnicas de microcirurgia.

As células são combinadas com agarose, uma substância química presente em algas marinhas que melhora a elasticidade da pele artificial e aumenta a sua espessura.

Vários especialistas multidisciplinares dos hospitais de Granada e Sevilha e da Universidade de Granada desenvolveram o tecido. O projeto contou com a participação de 80 investigadores. O novo tipo de pele humana permite manipulação cirúrgica e adapta-se facilmente às necessidades do paciente.

Outros métodos já utilizados nos Estados Unidos com pele artificial servem apenas para pequenas áreas queimadas e não utilizam células do paciente, aumentando os riscos de rejeição e infeção.

A equipa utilizou duas lâminas de pele da jovem, com quatro centímetros quadrados cada, para fabricar 5,9 mil centímetros de pele, que foram implantados no corpo da jovem - membros superiores e inferiores, abdómen e tórax, região cervical e parte das costas - em duas intervenções cirúrgicas, escreve o jornal El Mundo.

Segundo o médico Miguel Alaminos, um dos responsáveis pelo procedimento, esse transplante representa um marco após uma década de trabalho para criar um biomaterial com estrutura similar à pele.

A paciente deve receber alta médica dentro de um mês se o caso evoluir de forma favorável.

Dia do Transplante
O dia do Transplante foi instituído, há oito anos, com o objetivo de alertar a população para a impo

A transplantação de orgãos sólidos constitui uma das áreas mais desafiantes e, simultaneamente, de maior sucesso da medicina moderna. Portugal, também nesta área, esteve na “linha da frente” com Linhares Furtado (em Coimbra) e João Pena (em Lisboa) a iniciarem e a desenvolverem programas de transplantação renal desde o final da década de sessenta, do século passado.

A transplantação renal é a que predomina em quase todas as séries, quer de forma isolada, quer em transplante duplo (ex: pâncreas + rim ou fígado + rim).

Ao longo de quase cinco décadas, as equipas multidisciplinares de médicos portugueses (incluindo nefrologistas,  cirurgiões, urologistas, gastrenterologistas, cardiologistas, pneumologistas, imunologistas, etc.) aprofundaram e otimizaram programas de transplantação de órgãos, que são hoje apontados como referência a nível mundial.

A transplantação de orgãos pode ser a única alternativa para manter a vida dum doente. A transplantação de orgãos sólidos constitui uma das áreas mais desafiantes e, simultaneamente, de maior sucesso da medicina moderna. (como acontece, por exemplo num transplante hepático, num transplante de coração ou num transplante de pulmão).

Pelo contrário, na transplantação de rim isolado ou de pâncreas + rim, o resultado da transplantação compara com as alternativas existentes para a manutenção da vida (hemodiálise, diálise peritoneal, insulina, etc). Por isso, nestes últimos, temos de ser ainda mais rigorosos na seleção dos candidatos, dos dadores, das terapêuticas e no despiste dos eventuais riscos, para que os benefícios ultrapassem claramente os riscos associados a qualquer grande cirurgia.

Os orgãos para transplante são um bem muito escasso e que deve ser tratado como tal, quer pela equipa terapêutica quer pelo doente transplantado. Importa salientar que o tempo de espera média por um transplante renal de dador cadáver é de três a quatro anos e que a sobrevida média de um enxerto renal é de 10 a 11 anos.

Por estes motivos, a pressão para a transplantação de orgãos sólidos tem sempre de ser balanceada com os verdadeiros ganhos em saúde e qualidade de vida para o transplantado.

Os novos fármacos imunossupressores permitem uma  modulação da resposta imunitária, atuando de forma altamente seletiva, e protegendo o hospedeiro dum risco muito aumentado de infeções oportunistas e do desenvolvimento de tumores. Estes são os principais “espinhos” da atividade de transplantação.

O binómio entre o médico responsável pelo acompanhamento do transplantado nas fases pré, per e pós transplante e o hospedeiro constitui a unidade fundamental para a otimização da atividade de transplantação. Esta relação joga-se sempre, em temos terapêuticos, num equilíbrio instável entre a deficiente imunossupressão que pode conduzir à rejeição (aguda ou crónica) e o excesso de imunossupressão que se associa a um risco muito aumentado de infeções e de tumores.

Em 2015 realizaram-se, em Portugal, 485 transplantes renais (estando incluído neste total os transplantes duplos de rim e pâncreas e de rim e fígado). Este nº de transplantes renais corresponde a 46,7 por milhão de habitantes, o que está longe dos melhores anos da transplantação renal em Portugal, que foram 2009 e 2010 com 55,8 transplantes por milhão de habitantes. No entanto são números francamente melhores que os alcançados em 2012, nos quais se registou uma queda preocupante para 40,6 transplantes por milhão de habitantes, a qual foi justificada por importantes alterações organizacionais e de coordenação da atividade de transplantação, entretanto ultrapassadas.

Quando olhamos para a área específica da transplantação renal, o sucesso a longo prazo é uma evidência, como é ilustrado pelo facto de sermos o 12º país do mundo com mais transplantes renais realizados anualmente por milhão de habitantes e subirmos para o 2º lugar a nível mundial (apenas ultrapassados pela Noruega), no nº de transplantados vivos com enxerto renal funcionante, por milhão de habitantes. Este ressultado indica que os doentes transplantados renais portugueses têm uma sobrevida prolongada e um longo periodo com enxerto renal funcionante.

Portugal ocupa o 9º lugar no mundo na incidência (novos doentes / ano) de doentes com insuficiência renal crónica terminal (IRCT), isto é de doentes que para sobreviverem necessitam de fazer diálise (hemodiálise ou diálise peritoneal) ou de ser transplantados.

Subimos para o 5º lugar no mundo no que respeita à prevalência (nº total acumulado de doentes vivos) com estas características.

A esmagadora maioria dos doentes com IRCT, em Portugal, iniciam terapêutica substitutiva da função renal através de hemodiálise (89,5%). Cerca de 9,5% fazem-no através de diálise peritoneal.

Menos de 1% dos doentes foram diretamente transplantados (“pre-emptive”), sem passarem por uma das técnicas dialíticas. Só conseguiremos aumentar este número se fôr significativamente incrementada a dádiva de doação em vida.

Mesmo neste capítulo reconhecemos, com grande agrado, que a evolução tem sido muito positiva: embora os recetores prevalentes de dador vivo sejam de apenas 8%, os transplantados de dador vivo incidentes em 2015 já subiu para 12,8%.    

Para respondermos às necessidades nacionais dos candidatos a transplantação renal, que neste momento têm de esperar, em média 4 a 5 anos por um enxerto renal, é necessário:

•    aumentar as colheitas de dador cadáver, vencendo barreiras organizacionais, que parecem estar na origem de assimetrias acentuadas entre diferentes zonas do país.

•    implantar um programa nacional de transplante renal com dador em "paragem cardio-respiratória", que apesar de já ter suporte legal para implementação, coloca enormes desafios organizacionais para os hospitais envolvidos.

•    incentivar a dádiva em vida, recorrendo sempre que necessário, com mais frequência, à dádiva "cruzada" em pares de dador / recetor.

Na verdade, como dizia um slogan feliz da Sociedade Portuguesa de Transplantação, há alguns anos, a dádiva de um enxerto renal em vida, faz bem ao coração…

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Administração Central do Sistema de Saúde
A abertura do concurso para o preenchimento de 736 postos de trabalho para a categoria de assistente, das áreas hospitalar e de...

O concurso destina-se recrutar pessoal médico para a categoria de assistente, das áreas hospitalar e de saúde pública — carreira especial médica e carreira médica dos estabelecimentos de saúde com a natureza jurídica de entidade pública empresarial integrados no Serviço Nacional de Saúde.

A Administração Central do Sistema de Saúde menciona que o concurso está aberto pelo prazo de cinco dias úteis, a contar da publicação deste aviso.

De acordo com o texto publicado, o prazo de cinco dias úteis previstos para apresentação das candidaturas "fundamenta-se na urgente contratação, como assistentes, dos médicos que sejam detentores do correspondente grau de especialista e preencham os requisitos subjetivos para se apresentarem a concurso, permitindo, assim, com a maior brevidade possível, colmatar as necessidades mais prioritárias dos serviços e estabelecimentos"

"Podem candidatar-se ao procedimento concursal aberto pelo presente aviso, os médicos detentores do grau de especialista na correspondente área profissional de especialização que, tendo realizado e concluído o internato médico, não sejam detentores de uma relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado previamente constituída com qualquer serviço, entidade ou organismo do Estado incluindo do respetivo setor empresarial e não se encontrem impedido de celebrar contrato de trabalho", refere o aviso.

Segundo um levantamento do Ministério da Saúde, divulgado na semana passada, há em falta nos hospitais públicos do país 736 os especialistas, entre os quais se destacam os de medicina interna, os anestesiologistas e os psiquiatras, relativamente aos quais a tutela identificou, respetivamente, 129, 57 e 46 vagas a preencher urgentemente.

De acordo com esse levantamento, é no Centro Hospitalar do Algarve que mais se verifica falta de especialistas: um total de 51, para praticamente todas as especialidades.

Em suma, no Algarve faltam médicos de anestesiologia, cardiologia, cirurgia geral, cirurgia plástica e reconstrutiva, cirurgia vascular, dermatovenereologia, gastrenterologia, ginecologia/obstetrícia, infecciologia, medicina física e reabilitação, medicina interna, nefrologia, neurologia, oftalmologia, oncologia, ortopedia, otorrinolaringologia, patologia clínica, pediatria, pneumologia, psiquiatria, radiologia e urologia.

A outra instituição hospitalar com mais carência de médicos é o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde foram identificadas 37 vagas, para 28 especialidades, a preencher urgentemente.

Seguem-se o Centro Hospitalar de Leiria e o Hospital Espírito Santo de Évora, ambos com 31 vagas por preencher.

Os centros hospitalares de Vila Nova de Gaia/Espinho e de Entre Douro e Vouga necessitam de 26 e 25 especialistas, respetivamente.

No Instituto Português de Oncologia foram contabilizados 26 especialistas em falta, a serem distribuídos por Lisboa, Porto e Coimbra.

Entre as especialidades com carência de médicos, a cardiologia pediátrica é a que menos falta tem, com apenas uma vaga aberta para o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.

A publicação deste despacho deverá ocorrer duas vezes por ano, em janeiro e em julho, nas épocas de avaliação final (normal e especial) do internato médico.

Serviço de Verificação de Incapacidades Temporárias
Cerca de 1.500 beneficiários de subsídio de doença estão a ser convocados para as Juntas Médicas verificarem se estão ou não...

Trata-se de um “processo extraordinário de convocatórias de beneficiários de subsídio por doença a Juntas Médicas da segurança social”, ao qual acresce o processo de rotina de convocatórias.

As convocatórias dos beneficiários de subsídio de doença ao Serviço de Verificação de Incapacidades Temporárias (SVIT), designado por Juntas Médicas, é “a forma mais eficaz de deteção de fraude numa prestação social desta natureza é através da convocatória a juntas médicas, as quais verificam se o beneficiário de subsídio de doença está ou não apto para o trabalho”.

Em comunicado, o ministério especifica que “estão a ser convocados extraordinariamente a Junta Médica, pelos respetivos Centros Distritais de Segurança Social, cerca de 1.500 beneficiários de Subsídio por Doença, com baixa há mais de 40 dias consecutivos e que não tenham ainda sido convocados ou que, tendo sido, não compareceram ao SVIT”.

“Estão ainda em curso procedimentos adicionais por parte dos serviços da segurança social, com o objetivo de, ainda no decurso do corrente mês e nos meses seguintes, serem convocados, com caráter extraordinário, outros grupos de beneficiários”.

O Ministério sublinha que a medida tem “uma particular relevância e necessidade face ao acréscimo do número de beneficiários com «baixa» e da despesa associada, registados nos anos mais recentes”.

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