Nenhuma decisão foi tomada
O Governo ainda não tomou qualquer decisão sobre o modelo da reforma da ADSE e não está a ponderar privatizar o subsistema de...

A mesma fonte destacou que até ao final do ano, o ministério vai avançar com a escolha do modelo do subsistema e assegurou que o ministro da Saúde, Adalberto Campos, “não está a ponderar privatizar a ADSE”.

O relatório final da Comissão de reforma da ADSE (Assistência na Doença aos Servidores do Estado), tornado público na terça-feira, defende que a nova entidade deverá ser pessoa coletiva de direito privado, de tipo associativo, sem fins lucrativos e de utilidade administrativa”.

Uma fonte do Ministério da Saúde disse que ainda não há uma decisão governamental sobre o modelo da ADSE.

“O relatório da Comissão de reforma do modelo da ADSE é um contributo importante e vai ser tido em conta pelo Ministério da Saúde, tal como vão ser as recomendações do Tribunal de Contas e Entidade Reguladora da Saúde”, salientou.

A Comissão de reforma do modelo da ADSE recomenda que a nova entidade se torne uma “pessoa coletiva de direito privado”, na qual o Estado não tem responsabilidade financeira, mas acompanha e fiscaliza.

Em termos de figurinos institucionais foram consideradas diferentes possibilidades, sendo a associação mutualista e a associação privada sem fins lucrativos de utilidade pública as que a comissão considerou mais adequadas para assegurar a robustez institucional do novo modelo.

Quanto à responsabilidade do Estado, “é consensual para a comissão que o Estado não se poderá desligar completamente da ADSE, mas a sua intervenção será remetida para a monitorização do modelo de governação da nova entidade jurídica que venha a ser criada”.

Assim, o Estado acompanha e fiscaliza a atividade da nova entidade, mas não assume responsabilidade financeira, devendo o equilíbrio entre receitas e despesas ser alcançado pela adequada definição de contribuições e/ou benefícios.

Em declarações , o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), José Abraão, rejeitou a possibilidade de privatização da ADSE, defendendo que esta deve manter-se na esfera pública.

Por sua vez, a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, considerou hoje que a proposta de privatização da ADSE significa a extinção deste subsistema de saúde e acusou o Governo de ceder a pressões das seguradoras.

Relatório revela
Entre 2013 e 2015, a ADSE perdeu cerca de 37 mil beneficiários, mas o “pico” de renúncias aconteceu em 2014, refere o relatório...

Os custos com cuidados de saúde subiram mais de 6% entre 2014 e 2105 — ano em que totalizaram mais de 450 milhões de euros. No entanto, face aos números de 2010, a despesa diminuiu substancialmente, mais de 100 milhões de euros, a crer nos dados que constam no documento.

O custo médio por beneficiário tem vindo a subir desde 2011, escreve o jornal Público. Foi de 386,6 euros no ano passado, mais 25 euros do que no ano anterior, enquanto o reembolso médio rondou os 271 euros, em 2015.

Quanto à despesa com consultas médicas, essa ascendeu no último ano a 36,1 milhões de euros, com a especialidade de medicina geral e familiar naturalmente à cabeça, seguida da oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia e ginecologia.

“A distribuição dos custos da rede por escalões de despesa e número de beneficiários permite constatar que parte significativa dos beneficiários gera um encargo inferior a 500 euros/ano" e os "maiores encargos individuais dos beneficiários poderão significar as situações graves de doença”, lê-se no relatório. "O somatório dos compromissos dos beneficiários que realizaram despesas individuais anuais superiores a cinco mil euros representa apenas 24% da atividade da rede", frisa-se.

A bebida de eleição do Verão
As águas aromatizadas são uma solução prática para promover a ingestão de água ao longo do dia, de f

A água é essencial para o bom funcionamento do nosso organismo, para regular a temperatura corporal, eliminar toxinas, hidratar a pele e para a nossa saúde e bem estar, mas nem sempre é fácil beber 1,5 a 2 litros de água por dia.

De forma a que a ingestão de água seja mais agradável, o truque pode passar por aromatizar a água com sabores que vão ao encontro das preferências de cada pessoa.

As águas aromatizadas resultam da combinação de diferentes ingredientes como fruta, vegetais, ervas aromáticas, especiarias ou sementes.

Além do sabor,  têm um aspeto irresistível, colorido e fresco.

Estas bebidas caseiras são uma alternativa saudável, natural e económica às águas com sabor, tisanas ou sumos artificiais que podem conter cerca de 2 pacotes de açúcar por copo e ingredientes artificiais como corantes e adoçantes.

Preparação

A preparação é muito fácil!

Basta lavar bem os ingredientes, cortá-los aos pedaços ou às rodelas e juntar à agua num jarro ou recipiente fechado.

Depois, deixe a água repousar, antes de servir.

Pode ainda, deixar a sua água aromatizada no frigorífico, de forma a preparar uma bebida fresca para acompanhar a refeição ou para beber ao longo de uma tarde quente de verão.

Se preferir, prepare um refrigerante saudável utilizando água gaseificada.

Para um toque especial e original, numa cuvete para fazer gelo ou numa forma de silicone, coloque as folhas de hortelã aos pedaços, a fruta cortada ou os frutos vermelhos como mirtilos ou framboesas.

Propriedades das águas aromatizadas

Água com rodelas de limão e gengibre – antioxidante, anti-inflamatória, facilita o processo digestivo (diminui as náuseas e as indigestões)

Água com rodelas de pepino – Refrescante e com propriedades anti-inflamatórias

Água com hortelã e abacaxi - Sabor intenso e com propriedades diuréticas

Água com rodelas de laranja – Rica em vitamina C, reforça o sistema imunitário e promove a absorção do ferro.

Água com frutos vermelhos – Sabor levemente adocicado, rica em antioxidante.

Água com pau de canela – Com efeito termogénico

Benefícios

- Hidrata

- Isenta de calorias

- Sem açúcar

- Rica em vitaminas, minerais e antioxidantes

- Económica

- Fácil e rápida de preparar

 

Saiba mais em: https://amesacomcatarinaoliveira.wordpress.com/

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
As pessoas infetadas com o parasita que origina a elefantíase têm duas vezes maior risco de contrair o vírus VIH/sida, segundo...

O parasita “wuchereria bancerofti” é responsável pela filariose linfática, uma doença tropical transmitida por insetos, geralmente designada elefantíase, devido ao inchaço e engrossamento da pele e tecidos subjacentes que provoca.

O estudo divulgado na revista médica britânica Lancet foi desenvolvido entre 2006 e 2011 em 2.699 habitantes numa cidade da Tanzânia.

O parasita que provoca a elefantíase está presente na maioria das regiões de África e também na Ásia, na América do Sul e Caraíbas.

As pessoas estudadas foram examinadas anualmente ao longo de cinco anos, sendo-lhes feitas análises de sangue e urina para detetar infeções pelo VIH, pelo parasita em causa na análise e outros eventuais agentes infecciosos.

Foi ainda determinado se a atividade sexual dos participantes traria risco de contrair VIH.

Os investigadores constataram que os portadores do parasita “wuchereria bancerofti” eram duas vezes mais suscetíveis de ter também o vírus da sida. O impacto era mais elevado entre os adolescentes e jovens adultos.

Os cientistas admitem, contudo, que se trata de uma correlação e não de uma ligação de causa e efeito.

Outras infeções, em particular genitais, como a clamídia ou sífilis, são conhecidas por aumentar a suscetibilidade de contrair VIH/sida.

Comissão de reforma
A Comissão de reforma do modelo da ADSE recomenda que a nova entidade se torne uma “pessoa coletiva de direito privado”, na...

O relatório final da Comissão de reforma da ADSE (Assistência na Doença aos Servidores do Estado) defende que “a nova entidade deverá ser pessoa coletiva de direito privado, de tipo associativo, sem fins lucrativos e de utilidade pública administrativa”.

Em termos de figurinos institucionais foram consideradas diferentes possibilidades, sendo a associação mutualista e a associação privada sem fins lucrativos de utilidade pública as que a comissão considerou mais adequadas para assegurar a robustez institucional do novo modelo.

Quanto à responsabilidade do Estado, “é consensual para a comissão que o Estado não se poderá desligar completamente da ADSE, mas a sua intervenção será remetida para a monitorização do modelo de governação da nova entidade jurídica que venha a ser criada”.

Assim, o Estado acompanha e fiscaliza a atividade da nova entidade, mas não assume responsabilidade financeira, devendo o equilíbrio entre receitas e despesas ser alcançado pela adequada definição de contribuições e/ou benefícios.

Aqui coloca-se a questão da sustentabilidade do modelo financeiro.

“A discussão da retirada da ADSE do perímetro do Orçamento do Estado não se pode alhear da preocupação de esse movimento ser compatível com uma sustentabilidade financeira, a médio e longo prazo. É relevante assegurar que esse movimento de saída não implica forçosamente a insustentabilidade financeira da ADSE e o seu desaparecimento em breve”, diz o relatório.

Como é relevante, acrescenta, a “credibilidade do Estado não voltar a financiar o sistema em caso de dificuldades financeiras do mesmo”.

Isto é – explica o documento -, se o sistema ADSE vier a estar no futuro tecnicamente falido, voltará ou deverá o Estado voltar a contribuir? “Resolver esta questão é essencial para eliminar o risco para o Orçamento do Estado da ADSE no novo modelo organizativo”.

Para a Comissão, o requisito essencial é que não seja um modelo que determine uma situação de insustentabilidade financeira.

A nova entidade que substituir a ADSE tem por atribuições recolher as contribuições dos seus associados e gerir a sua aplicação na prestação de cuidados de saúde.

Defende ainda que “a nova entidade pode prestar serviços a terceiros mediante a cobrança da correspondente receita a valores de mercado”.

A Comissão afirma que a sustentabilidade se garante com receitas que satisfaçam as responsabilidades e que o aumento dessas receitas pode ser realizada aumentando as contribuições ou o conjunto de contribuintes.

Contudo, considera que não deve indicar qual a taxa de contribuição a ser cobrada aos titulares e/ou qual a sua evolução ao longo do tempo, devendo também ser deixada à gestão futura a decisão sobre alargamento, ou não, do universo admissível de titulares.

O documento propõe ainda a separação das duas componentes da ADSE, mantendo-se no futuro apenas a proteção na doença, enquanto a cobertura de acidentes de trabalho passa a ser financiada pelo Estado, porque é obrigação da entidade empregadora.

No âmbito da nova entidade, passam igualmente a ser financiadas integralmente pelo Estado “as políticas sociais que o Estado entenda vir a desenvolver, desde que tenham repercussões na receita ou nos custos da nova entidade”.

“O Estado deverá assegurar as contribuições devidas correspondentes aos cidadãos que declare isentos de contribuição”, afirmam os responsáveis.

Para a Comissão, é preferível uma transição gradual, num período de 2 anos, para transformar a ADSE na nova entidade.

Estudo
Depois de cinco anos de estudo, um grupo de cientistas desenvolveu uma lista de 788 ‘biomarcadores’ encontrados no sangue que...

Os cientistas esperam agora desenvolver um teste ao sangue para verificar dezenas de tipos de cancro. Este teste poderá permitir aos médicos detetar a doença antes de esta se espalhar ou tornar mortal e segundo um estudo poderá estar disponível daqui a dez anos.

Os 788 ‘biomarcadores’ encontrados no sangue - pelos cientistas do grupo de 40 organizações Early Cancer Detection Consortium (ECDC) - podem indicar que o cancro está presente no corpo, mesmo quando o paciente ainda não sofre de qualquer sintoma, escreve o Notícias ao Minuto.

O professor Ian Cree, patologista molecular e diretor do ECDC contou que a seguir querem reduzir esta lista pata 50 ‘biomarcadores’ e criar um teste ao sangue para os identificar nos pacientes, como reporta o Daily Mail.

Fiona Osgun, investigadora do Cancer Research UK, disse: "A deteção precoce é uma área vital da pesquisa (...). Um exame de sangue para detetar diferentes tipos de cancro é uma ideia entusiasmante, mas antes de um teste como este poder ser usado, é necessário que haja uma forte prova de que é preciso, pode salvar vidas, e os seus benefícios superam os riscos – tal como a possibilidade de diagnosticar cancros que nunca teriam provocado danos".

Estudo
Comer proteínas magras, como nozes, frango e peixe, reduz o risco de morte, em comparação com uma dieta rica em carnes...

As conclusões confirmam o que muitos especialistas em Saúde defendem há décadas, mas também revelam surpresas. Por exemplo: dietas ricas em carnes vermelhas e proteínas gordurosas, como ovos e queijo, não estão ligadas a um maior risco de morte prematura em pessoas saudáveis.

No entanto, para as pessoas com algum fator de risco - como beber álcool, ter excesso de peso, ser sedentário, ou fumar - o risco de morte pode aumentar com o consumo de carnes vermelhas.

Liderado por investigadores da Universidade de Harvard, o estudo observacional abrangeu um período de três décadas e mais de 130.000 pessoas. No entanto, não analisou as razões biológicas relacionadas com as mudanças no risco de morte segundo a dieta, nem demonstrou relações de causa e efeito.

"As nossas descobertas sugerem que as pessoas devem considerar comer mais proteínas vegetais do que proteínas animais e, quando tiverem de escolher entre as fontes de proteína animal, peixe e frango são provavelmente as melhores", comentou o coautor Mingyang Song, investigador no Hospital Geral de Massachusetts.

Os cientistas descobriram ainda que carnes vermelhas processadas e não processadas, incluindo carne de porco e de vaca, são os tipos de proteínas mais ligados a um maior risco de mortalidade precoce.

A taxa de mortalidade mais baixa foi observada em pessoas que ingerem proteínas a partir do pão, cereais, massas, feijão, nozes e leguminosas.

Mingyang Song diz que os cientistas se surpreenderam ao ver que não havia um maior risco aparente de morte prematura entre pessoas saudáveis que comem carne vermelha.

O cientista ressalta, porém, que um olhar mais atento sobre os dados mostra que os membros do grupo com estilo de vida não saudável consomem mais carnes vermelhas, ovos e laticínios ricos em gordura, enquanto o grupo com estilo de vida saudável consome mais peixe e aves.

Cancro de Cabeça e Pescoço
Mais frequente a partir dos 40 anos, o cancro de Cabeça e Pescoço tem como principais fatores de ris

O cancro de cabeça e pescoço corresponde a qualquer tipo de cancro que possa ser encontrado na região da cabeça ou do pescoço, com exceção dos olhos, cérebro, orelhas e esófago. “Tem origem na pele ou nos tecido moles, na parte superior dos aparelhos respiratório e digestivo: Cavidade Oral, Glândulas Salivares, Seios Perinasais e Fossas Nasais, Faringe (Nasofaringe, Orofaringe, Hipofaringe), Laringe e Gânglios Linfáticos”, explica Ana Castro, médica oncologista e Presidente do Grupo de Estudos Cancro de Cabeça e Pescoço.

De acordo com os dados internacionais, este tipo de cancro é o sexto mais comum na Europa, apresentando metade da incidência do cancro do pulmão, mas sendo duas vezes mais comum do que o cancro do colo do útero. Só em 2012 foram diagnosticados cerca de 150 mil novos casos de cancro de Cabeça e Pescoço em território europeu.

No entanto, apesar da sua crescente incidência, a população continua pouco sensibilizada para esta doença e suas consequências.

Estima-se que cerca de 60 por cento dos casos de cancro de Cabeça e Pescoço sejam diagnosticados num estádio avançado da doença o que limita o sucesso do tratamento e, consequentemente, a sua cura.

Ao longo dos últimos anos, o Grupo de Estudos Cancro da Cabeça e Pescoço (GECCP), tem tentado alertar para esta patologia, através da realização várias ações de sensibilização, de modo a inverter esta tendência.

Este ano, o GECCP associou-se ao evento desportivo “Volta a Portugal em Bicicleta”, levando ações de rastreio aos pontos de chegada de cada etapa, e que irão decorrer até ao próximo dia 7 de Agosto.

“O consumo de tabaco e álcool são dois grandes fatores de risco e a junção dos dois aumenta muito a probabilidade de vir a sofrer desta doença. Os fatores de risco dependem também do tipo de cancro de cabeça e pescoço em causa”, revela a especialista.

De acordo com a médica oncologista, “os tumores mais frequentes são dos da laringe (apresentando uma incidência de 25%) e Cavidade Oral (22%)”.

Os principais sintomas do cancro da laringe são rouquidão, tosse persistente, dificuldade em respirar, perda de peso, mau hálito, dor ao engolir e dor de ouvidos. Já o cancro da Cavidade oral apresenta como principais sintomas feridas que não cicatrizam na língua ou mucosa da boca, inchaço no maxilar, mancha branca ou vermelha nas gengivas e sangramento anormal ou dor na boca.

“Se o doente tiver algum destes sinais ou sintomas que não se resolve em três semanas deve consultar um médico”, adverte Ana Castro.

De acordo com a avaliação do especialista, e caso a lesão seja suspeita, poderá ser necessário a realização de uma biópsia para diagnóstico.  “Se o diagnóstico for cancro, o médico terá de avaliar o estadio e para isso serão necessários exames de imagem, como a TAC ou RMN”, explica.

Ana Castro acrescenta ainda que “os cancros de cabeça e pescoço são classificados conforme o tamanho e a localização do tumor original, o número e tamanho de metástases nos gânglios linfáticos do pescoço e a evidência de metástases em outros órgãos”, sendo considerado o estadio I o menos avançado e o IV o último grau (e também o mais grave) de evolução da doença.

A falta de conhecimento, em geral, a respeito do cancro de cabeça e pescoço faz com que os seus sintomas sejam, muitas vezes negligenciados, ou facilmente confundidos com outras patatologias benignas. “Por isso, o que se recomenda é que uma ferida/lesão, rouquidão, dor de garganta, nódulo no pescoço que não se resolve em três semanas deve ser alvo de observação médica”, sublinha a especialista. “Como em qualquer outro cancro, a taxa de sobrevivência será maior quanto mais cedo for feito o diagnóstico”, justifica.

Apesar de ser mais frequente a partir dos 40 anos, tem-se assistido a uma taxa de incidência cada vez mais elevada em jovens com menos de 30 anos, “devido ao facto da doença estar associada ao estilo de vida e sobretudo, ao consumo excessivo de tabaco e álcool”. Pelo mesmo motivo, afeta mais homens que mulheres, “por estes serem maiores consumidores destas substâncias”.

Nas últimas décadas tem-se assistido ao aumento da taxa de sobrevivência da doença, sobretudo graças ao diagnóstico precoce. “A sobrevivência em cinco anos deste cancrou passou de 50 para 70 por cento (de 1960 a 2009) quando diagnosticado em estádios precoces. Este crescimento foi possível graças ao desenvolvimento de novas modalidades de tratamento”, justifica a presidente do GECCP.

“Os avanços tecnológicos ao nível da medicina permitiram a redução da mortalidade associada a este cancro. Os instrumentos utilizados – endoscópios, navegação intra operativa e imagens de excelente qualidade – são altamente sensíveis e permitem um diagnóstico mais precoce”, acrescenta.

No entanto, revela que também o tratamento é cada vez mais eficaz, uma vez que envolve abordagens com mais do que uma opção terapêutica. “Por exemplo, quimioterapia concomitante com radioterapia”, exemplifica Ana Castro.

Não obstante esta evolução, a especialista em oncologia defende a prevenção como a melhor arma contra a doença. “A melhor forma de prevenir este tipo de cancro é evitar os fatores de risco (consumo de tabaco e álcool), ou seja, adotar um estilo de vida saudável. As idas regulares ao dentista podem permitir a identificação de lesões pré-cancerígenas na cavidade oral”, afiança.

Por outro lado, os rastreios são igualmente importantes. “Os pacientes apresentam frequentemente tumores em estadios avançados (grandes tumores ou mesmo cancro metastático), o que diminui a probabilidade de cura. Assim, é necessário reforçar a ideia de que um diagnóstico precoce é a chave para um prognóstico positivo, e isso poderá ser feito através de um rastreio”, reforça a oncologista.

Estes rastreios, que consistem na avaliação da cavidade oral e do pescoço através de exame objetivo, permitem “sensibilizar as pessoas para estarem atentas a alterações que possam surgir no futuro e alertar o seu médico de família se isso acontecer”.

Embora o plano de tratamento para os doentes com cancro de cabeça e pescoço dependa de fatores como a localização do tumor, estadio do cancro ou estado geral do doente e idade, as três formas de tratamento mais frequente são a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conselhos para um verão mais saudável
Conselhos do Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna para um verão mais saudável.

Numa altura em que as temperaturas altas têm sido uma constante, o Núcleo de Estudos de Geriatria (GERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) recorda que todos os anos as temperaturas altas são responsáveis pela procura dos serviços de urgência por parte de muitos idosos. A hidratação e os cuidados com o sol não podem ser descurados pelos mais velhos, entre outras atitudes preventivas que o GERMI aconselha.

João Gorjão Clara, coordenador do GERMI, defende que estes conselhos são válidos para todos os idosos mas em particular para os doentes crónicos. “Com o tempo seco e quente podem exacerbar-se, ou ficarem fora de controlo várias doenças crónicas dos idosos, como diabetes, doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), hipertensão arterial e a insuficiência cardíaca”, explica o especialista em geriatria.

Cuidado com o sol e as temperaturas elevadas
Em resposta ao calor , antes de sair de casa, os idosos devem vestir uma roupa clara para evitar a absorção dos raios solares, utilizar sapatos confortáveis e arejados com meias de algodão para prevenir o humedecimento excessivo dos pés. Proteger a cabeça da exposição direta aos raios solares, utilizando um chapéu de abas largas e óculos com lentes escurecidas também é recomendado.

Nas partes do corpo que não se encontram protegidas pela roupa utilize protetor solar (fator elevado) para prevenir queimaduras solares, especialmente na cara em redor do nariz e das orelhas, onde a pele é mais sensível.

A exposição direta ao sol nas horas de maior calor (das 11h às 16h) deve ser evitada e os banhos ou duches devem ser tomados com água morna para diminuir a temperatura do corpo. Na rua, o ideal é caminhar pela sombra e fazer várias pausas em locais frescos (climatizados) para não desidratar.

É também fundamental evitar permanecer de pé durante muito tempo sem caminhar e elevar as pernas ao sentar para evitar que fiquem inchadas.

O perigo das insolações e do esgotamento por calor
A insolação ou golpe de calor é uma situação grave que pode causar morte e tem os seguintes sintomas: febre alta, pele vermelha e sem suor, pulso rápido, dores de cabeça, tonturas, confusão e perda de consciência.

No caso de o idoso se sentir mal com o calor, deverá procurar um lugar fresco e pedir ajuda médica através do 112.

Já o esgotamento devido ao calor surge quando há uma perda excessiva de água através da transpiração. Esta situação provoca sensação de sede, cansaço, cãibras, náuseas, vómitos, dores de cabeça e desmaio, frequentemente provocado por tensão arterial baixa.

Quer no caso de insolação, quer no de esgotamento, mesmo pedindo ajuda médica, deve colocar-se a pessoa num local ventilado e fresco, refrescá-la com panos húmidos ou salpicos de água fria, elevar as pernas e, em caso de desmaio, tentar despertá-la.

A importância da hidratação
É muito importante o reforço da hidratação antes, durante e depois do contacto com o calor, porque o sistema principal de arrefecimento é a evaporação de suor, o que implica uma grande perda de água que se não for devidamente reposta, leva à desidratação com potenciais complicações para a saúde.

Os conselhos do especialista
O coordenador do GERMI recomenda a todos os idosos que nesta altura do ano “privilegiem as bebidas naturais (água e sumos), as verduras, os alimentos frescos (carne, ovos e peixe). Devem ser evitados os alimentos não conservados no frio, não frescos, não preparados na altura e as bebidas alcoólicas”.

Caso escolham esta altura do ano para viajar, João Gorjão Clara recomenda aos mais velhos que “procurem percursos à sombra, de manhã cedo ou ao fim do dia, levem roupa folgada de algodão, branca ou de cores claras e não levem sapatos novos. Façam as vacinas aconselhadas para os lugares para onde vão e se tomam medicamentos levem-nos em quantidade que dê para o tempo de ausência. É muito importante que não esqueçam o guia terapêutico onde estão discriminados todos os remédios que tomam para que, se necessário, um médico possa entender de que doença ou doenças sofrem”.

A visão e as férias de verão
No verão, o reflexo da luz solar na areia e na água pode desencadear lesões na córnea e, a observação direta do sol pode...

No verão e com a chegada das férias, o aumento dos índices de raios ultravioleta (UV) e a maior exposição à radiação solar pode acarretar importantes consequências a nível ocular. A Sociedade Portuguesa de Oftalmologia deixa o alerta: em período de férias, os olhos ficam particularmente expostos a certos agentes agressores, pelo que a prevenção de potenciais lesões oculares é fundamental que seja tida em conta.

As férias são sinónimo de maior exposição à radiação solar que pode acarretar importantes consequências a nível ocular tendo em conta os efeitos provocados pela radiação ultravioleta. “Em casos extremos pode haver um sério compromisso da função visual”, explica a Dra. Rita Flores, oftalmologista e secretária geral da SPO. “A radiação UV pode propiciar o aparecimento de catarata, desenvolvimento de tecidos anómalos na superfície ocular como os pterígios e neoplasias malignas. Para além disso, o reflexo da luz solar na areia e na água pode ainda desencadear lesões na córnea e a observação direta do sol pode provocar retinopatia solar (queimadura na macula) ”.

Todas as pessoas, independentemente da idade ou da sua pigmentação cutânea, estão suscetíveis aos danos que a radiação UV pode provocar. Contudo, como afirma a Dra. Rita Flores, “as crianças e indivíduos de pele clara são particularmente vulneráveis a este tipo de lesão e estudos demonstraram que certas doenças oculares como as distrofias retinianas podem aumentar esta vulnerabilidade”.

Alguns conselhos úteis a ter em conta:

  • Apesar de não anular o risco de doença ocular, a proteção com recurso a chapéu e a óculos de sol com filtros adequados minimiza a probabilidade de lesão por exposição ao sol. Os olhos são particularmente sensíveis ao calor e à desidratação, originando desconforto, prurido, olho vermelho e sensação de corpo estranho a nível ocular. Contudo, o refúgio no ar-condicionado não é propriamente saudável, uma vez que os ambientes refrigerados também diminuem a produção de lágrima.
  • O uso excessivo do computador ou tablet irá agravar a sintomatologia. O pestanejo e uso de lágrima artificial são as principais armas no combate do olho seco. Para além disso, uma alimentação rica em ómega 3 e uma hidratação adequada são essenciais.
  • Na praia, os grãos de areia podem provocar lesões importantes na superfície ocular. Caso permaneçam alojados no interior das pálpebras, após a lavagem abundante com soro fisiológico, ou persistam sintomas após a sua remoção, deverá procurar a avaliação urgente por um médico oftalmologista.
  • Outro importante agressor nesta altura do ano é o cloro utilizado na desinfeção da água das piscinas. Este produto químico pode provocar lesões ao nível da superfície ocular pelo que uso de óculos de natação nestes ambientes é aconselhável. Por outro lado, a água das piscinas pode representar uma ameaça se estiver conspurcada com organismos potencialmente infeciosos. Assim sendo, a exposição direta a estes agentes é novamente desaconselhada.

A Dra. Rita Flores e a SPO deixam assim o alerta e alguns conselhos que se refletem em importantes medidas de prevenção para as férias, salientando ainda “cuide dos seus olhos também durante as férias mas lembre-se que qualquer sintoma anómalo como baixa de visão, dor ou olho vermelho deve motivar a procura por uma observação oftalmológica”.

Avaliação SINAS, da ERS
Os hospitais de Braga e Vila Franca de Xira, geridos pela José de Mello Saúde em regime de Parceria Público Privado estão entre...

O Hospital de Braga é o segundo hospital do país, com a classificação máxima - excelência clínica de nível III atribuída em seis áreas clínicas: Neurologia - AVC, Cardiologia - Enfarte Agudo do Miocárdio, Obstetrícia – Partos e Cuidados Pré Natais, Ortopedia – Artroplastia da Anca e Joelho, Unidade de Cuidados Intensivos e Tromboembolismo Venoso no Internamento.

No caso da área de tromboembolismo Venoso no Internamento, a qual é uma área transversal a todos os serviços com internamento do hospital, o Hospital de Braga é uma das duas únicas unidades de saúde do país a ser classificada com o nível máximo de excelência clínica.

Também o Hospital Vila Franca de Xira ocupa uma posição de destaque ao obter a classificação mais alta, de excelência clínica III nas áreas de Cuidados Intensivos, Ginecologia, Obstetrícia e Ortopedia. As especialidades de Cardiologia, Cirurgia de Ambulatório, Cirurgia Geral, Neurologia e Pediatria obtiveram o nível de excelência clínica II.

O Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS) visa avaliar, de forma objetiva e consistente, a qualidade dos cuidados de saúde em Portugal, com base em indicadores de avaliação que permitam obter um rating dos prestadores. A publicação deste rating garante o acesso dos Utentes a informação adequada e inteligível acerca da qualidade dos cuidados de saúde nos diversos prestadores, promovendo a tomada de decisões mais informadas e a melhoria contínua dos cuidados prestados.

Investigadores norte-americanos
Um grande estudo confirma a influência dos genes no risco de depressão nas pessoas de origem europeia, um passo para melhor...

Embora se saiba que a depressão não se limita apenas aos aspetos psicológicos e pode atingir famílias inteiras, a maioria dos estudos anteriores não conseguiu identificar as variações genéticas que influem no risco de depressão, em particular nas pessoas de ascendência europeia.

Realizado por investigadores norte-americanos, este novo estudo, publicado na revista especializada Nature Genetics, identificou 17 variações genéticas de risco potencial, repartidas por 15 regiões do genoma.

O trabalho descreve “as primeiras associações genéticas representativas com o risco de Transtorno Depressivo Major (TDM) nos indivíduos de origem europeia”, sublinha a revista.

Este vasto estudo, classificado como “pangenómico”, engloba mais de 121.000 pessoas que declararam ter-lhes sido diagnosticada uma depressão ou ter recebido tratamento para a doença. Estão também incluídas 338.000 pessoas que declararam não ter antecedentes de depressão.

Os investigadores utilizaram os dados provenientes da empresa norte-americana de genética 23andMe, que vende testes de ADN a particulares para avaliar o seu risco genético de desenvolver determinadas doenças.

“A identificação dos genes que têm influência no risco de uma doença é uma primeira etapa para a compreensão da biologia da própria doença”, explica Roy Perlis, do Massachusetts General Hospital, coautor do trabalho.

“Esperamos que a descoberta destes genes nos oriente para novas estratégias de tratamento”, acrescenta o especialista, também professor agregado de psiquiatria na Harvard Medical School.

Um estudo recente tinha identificado duas variações genéticas (ou mutações) que podem contribuir para o risco de desenvolver esta doença nas mulheres chinesas, mas tais mutações são extremamente raras noutras populações.

Esta análise identificou nomeadamente genes do sistema nervoso e genes envolvidos no desenvolvimento do cérebro, bem como um gene anteriormente associado à epilepsia e ao défice intelectual.

Em termos mais gerais, Roy Perlis estima que “encontrar genes associados à depressão deverá ajudar a dizer claramente que se trata de uma doença do cérebro”, esperando assim “diminuir a estigmatização” dos doentes.

A depressão atinge mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Estudo
Um dos mais poderosos antibióticos jamais desenvolvidos, capaz de nos defender contra as mais poderosas superbactérias, foi...

"Normalmente os antibióticos formam-se apenas entre bactérias de solo e em fungos" explicou o microbiologista Andreas Peschel. "A ideia que a microflora humana pode também ser uma fonte de agentes microbianos é uma descoberta nova", afirmou.

O novo antibiótico, escreve a RTP, pertence a uma nova classe e é capaz de derrotar até mesmo a poderosa bactéria multi-resistente MRSA - pelo menos em ratinhos.

O Methicillin-resistente Staphylococcus aureus ou MRSA é considerado responsável por 19.000 mortes todos os anos nos EUA e por outras tantas na Europa - muito mais do que o HIV e o SIDA. Há mais organismos super-resistentes a espalhar-se.

Os cientistas da Universidade de Tübingen, na Alemanha, começaram por analisar as bactérias nasais de 90 participantes no estudo.

A princípio, a equipa não estava à procura de nenhuma nova classe de bactéria. Mas encontraram uma, chamada Staphylococcus lugdunensis.

A partir dela desenvolveram o novo antibiótico, chamado Lugdunin, usado depois nos testes em ratinhos. Os resultados animadores sugerem que podemos ter nas nossas mãos um novo tratamento, embora não possa para já ser usado em humanos.

Os cientistas descobriram ainda que as bactérias MRSA e as Staphylococcus lugdunensis raramente se encontram ao mesmo tempo no nariz humano, o que reforça a ideia de que estas últimas podem ajudar a combater as primeiras.

Desde 1980 que não se encontrava uma classe semelhante de antibióticos e a descoberta abre a porta à luta contra as novas bactérias super-resistentes que se desenvolveram em resposta aos medicamentos desenvolvidos no século XX.

"O Lugdunin é apenas o primeiro exemplo", disse Peschel a The Verge. "Talvez seja apenas a ponta do icebergue".

É possível que existam muitos mais organismos resistentes aos antibióticos clássicos que podem ser combatidos com o Lugdunin ou qualquer outra coisa mais que exista nos nossos narizes. Mas isso só se saberá dentro de alguns anos.

Os especialistas avisam que a MRSA deverá tornar-se eventualmente resistente ao Lugdunin mas este é um raio de luz na luta contra os organismos multi-resistentes, que desenvolveram defesas contra todos os tratamentos e por isso se tornaram fatais para os seres humanos, podendo ser responsáveis por milhares de milhões de mortes até em 2050.

O Lugdunin está agora na frente da corrida do desenvolvimento de tratamentos alternativos.

Direção-Geral da Saúde
O Diretor-Geral da Saúde alerta para o risco de pessoas não protegidas contraírem sarampo através do contacto com pessoas...

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda a todas as pessoas que tencionam viajar para o estrangeiro que verifiquem se estão vacinadas contra o sarampo e, se não for o caso, que o façam por uma questão de precaução, escreve o Sapo.

Aconselha-se aos viajantes que, "preferencialmente quatro a seis semanas antes da viagem", verifiquem o seu boletim de vacinas e que se vacinem, se necessário, aconselha a subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas, em comunicado divulgado esta segunda-feira.

"O sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave ou mesmo a morte. É evitável pela vacinação e está, há vários anos, controlado em Portugal, uma vez que a grande maioria das pessoas está protegida por ter sido vacinada ou por ter tido a doença", acrescenta a médica.

"Continuam a ocorrer surtos/epidemias de sarampo na maioria dos países europeus e no continente americano, em crianças e adultos (com hospitalizações e mortes)", sendo a doença frequente em muitos países de África e da Ásia.

"Se vai viajar ou participar num evento internacional, em Portugal ou no estrangeiro, pode estar em risco de contrair sarampo", lê-se na nota.

A responsável alerta que "em viagens internacionais e em eventos onde se encontram cidadãos de vários países existe o risco de pessoas não protegidas contraírem sarampo através do contacto com pessoas doentes ou em período de incubação da doença”.

A DGS considera que estão protegidas contra o sarampo as pessoas que tiveram a doença ou que, com menos de 18 anos de idade, foram imunizadas com duas doses da vacina (VASPR2); no caso de terem 18 ou mais anos de idade, basta uma dose de vacina contra o sarampo (VAS3 ou VASPR).

A vacinação é grátis nas unidades do Serviço Nacional de Saúde.

Em caso de dúvida, ligue para a Linha Saúde 24, através do número 808 24 24 24.

Unicef diz
Cerca de 77 milhões de bebés, um de cada dois, não tomam leite materno nas primeiras horas de vida, o que lhes priva de...

“Fazer com que os bebés esperem demasiado tempo para ter o primeiro contacto fundamental com a sua mãe fora do útero diminui as possibilidades do recém-nascido de sobreviver e limita a produção de leite da mãe”, afirmou em comunicado a assessora superior de nutrição da organização, Francia Bégin.

Além disso, segundo explicou o porta-voz da Unicef em Genebra, Christophe Boulierac, se todos os bebés fossem alimentados só com leite materno desde o momento em que nascem até aos seis meses, “mais de 800 mil vidas seriam salvas a cada ano, por isso que é uma questão de vida ou morte”.

Segundo os especialistas, quanto mais o aleitamento é atrasado, maior é o risco de o bebé morrer no primeiro mês de vida, escreve o Diário Digital.

Atrasar o aleitamento materno de duas a 23 horas depois do nascimento aumenta o risco de morrer nos primeiros 28 dias de vida em 40% e atrasá-la por 24 horas ou mais aumenta o risco de morte em 80%.

Os bebés que não tomam leite materno têm 14 vezes mais probabilidades de morrer do que aqueles que se alimentam só com leite materno.

“O leite materno é a primeira vacina do bebé, a primeira e melhor proteção que tem contra a doença e os transtornos. Quase metade das mortes de crianças menores de cinco anos são de recém-nascidos, o aleitamento antecipado pode fazer a diferença entre a vida e a morte”, asseverou Begin.

Entidade Reguladora da Saúde
Mais de metade das 160 unidades de saúde avaliadas pela Entidade Reguladora da Saúde no primeiro semestre de 2016 obtiveram...

Segundo dados divulgados do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), elaborado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e publicado semestralmente, são atualmente abrangidos nesta avaliação 160 prestadores de cuidados de saúde (hospitais ou clínicas), dos quais 127 (79%) foram classificados, tendo 106 (66%) conseguido a atribuição da estrela que corresponde ao primeiro nível de avaliação.

A dimensão Excelência Clínica reflete os resultados relativos a procedimentos e/ou diagnósticos no contexto das áreas de Acidente Vascular Cerebral, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia de Ambulatório, Cirurgia do Cólon, Cirurgia Vascular, Enfarte Agudo do Miocárdio, Ginecologia, Obstetrícia, Ortopedia, Pediatria e Unidades de Cuidados Intensivos.

A ERS sublinha que nesta dimensão Excelência Clínica se verificou “uma melhoria nos valores médios de alguns dos indicadores de processo associados a diferentes áreas cirúrgicas, nomeadamente nos que se reportam à seleção, administração e interrupção da antibioterapia profilática”.

Segundo o SINAS, houve também uma melhoria nos valores médios dos indicadores das áreas de pediatria, obstetrícia, neurologia, cirurgia de ambulatório, unidade de cuidados intensivos, avaliação da dor aguda, tromboembolismo venoso no internamento.

Para obter a estrela, os estabelecimentos de saúde têm de cumprir todos os parâmetros de qualidade exigidos.

No primeiro semestre deste ano, diminuiu o número de unidades que obtiveram a estrela nas dimensões da segurança do doente e de adequação e conforto das instalações.

No que respeita à segurança do doente, foram 122 os estabelecimentos que cumpriram todos os parâmetros de qualidade nesta área, ao passo que em 2015 tinham sido 130.

Quanto à adequação e conforto das instalações, 137 unidades conseguiram obter esta classificação máxima em 2016 (139 em 2015).

Os prestadores que cumprem todos os requisitos de qualidade acedem a um segundo nível de avaliação, no qual é calculado um ‘rating’ individual com níveis de classificação de qualidade que vão do I (mais baixo) ao III (mais alto).

Neste segundo nível de avaliação, o regulador destaca o aumento de unidades que obtiveram nível de qualidade III nas áreas de obstetrícia (de 40% para 45%) e Unidade de cuidados Intensivos (de 28% para 40%), relativamente à última avaliação efetuada, referente a 2015.

Universidade de Coimbra
Uma investigadora da Universidade de Coimbra obteve um financiamento de uma associação francesa de cerca de 50 mil euros para...

Segundo um comunicado da Universidade de Coimbra (UC), o projeto, financiado pela Association Francaise Contre les Myopathies, consiste na transplantação de células estaminais neurais em ratinhos (murganhos) com a doença para avaliar se desencadeia efeitos benéficos.

"A aprovação deste projeto por uma agência de financiamento de renome internacional demonstra que o trabalho que temos desenvolvido nos últimos anos tem qualidade e relevância científica e a importância deste estudo para o avanço do conhecimento no campo da neurotransplantação", refere a investigadora Liliana Mendonça, do Centro de Neurociências e Biologia Celular, citada na nota.

O estudo, segundo a responsável, pretende demonstrar "a possibilidade de obter células estaminais neurais específicas do doente, evitando problemas de rejeição imunológica de células de indivíduos diferentes e questões éticas associadas a outras fontes de células estaminais como os embriões humanos".

"O transplante de células estaminais neurais poderá ser uma estratégia terapêutica com potencial de substituir neurónios perdidos e/ou danificados e ativar mecanismos de neuroproteção que permitem reduzir a perda neuronal que é significativa nesta doença neurodegenerativa", explica Liliana Mendonça.

A doença Machado-Joseph é uma doença incurável, fatal e hereditária de grande prevalência nos Açores, sendo caracterizada pela descoordenação motora, atrofia muscular, rigidez dos membros, dificuldades na deglutição, fala e visão, associadas a um progressivo dano de zonas cerebrais específicas.

A Association Francaise Contre les Myopathies está focada em doenças neuromusculares e atribui financiamentos a programas de investigação internacionais com qualidade.

Infarmed
Já há dez farmácias que têm quota de 60% nos genéricos. Campanha recorda que a opção por genéricos é um direito dos utentes.

Já existem dez farmácias no País que ultrapassaram uma quota de 60% de medicamentos genéricos por unidades, um resultado em que se têm destacado algumas unidades, sobretudo a sul de Lisboa. Mértola é o único concelho que ultrapassa os 60% em termos de quota de mercado.

Mais generalizada é a quota de 50%, que foi já ultrapassada por mais de 700 farmácias, de acordo com dados de janeiro de 2015 a fevereiro de 2016. Este retrato mostra que é possível reforçar a atual quota de mercado dos medicamentos genéricos, de 47,4%, e aproximá-la das registadas noutros países, nomeadamente nos países nórdicos ou na Alemanha.

Para que a utilização de genéricos continue a crescer, é lançada uma campanha publicitária que pretende envolver utentes, profissionais de saúde e farmácias em torno de um objetivo comum: garantir o acesso ao tratamento mais adequado, com a máxima poupança para todos os utentes e para o Serviço Nacional de Saúde.

A campanha vem alertar que, se uma doença, uma dor ou uma infeção não têm marca, também os medicamentos não têm de ser de marca para ter a mesma eficácia, qualidade e segurança. Para isso, convida o utente a escolher genéricos e a “não tornar a saúde mais cara para todos”, lembrando ainda as farmácias de que a dispensa dos medicamentos mais baratos é um dever.

Ao tratar com medicamentos que têm a mesma composição, efeitos, qualidade e segurança, mas que são mais baratos, contribui-se para uma melhor gestão dos recursos disponíveis permitindo que mais doentes, aqueles que necessitam, tenham acesso aos medicamentos verdadeiramente inovadores.

Pode aceder ao website da Campanha através do link: http://www.boasescolhas.pt/

“Papel pioneiro e de constante luta pela causa da diabetes”
Cumpriu-se um “dever de justiça nacional” e foi manifestada a “gratidão da sociedade portuguesa” a uma associação que tem tido...

“A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) tem tido um papel formativo, pedagógico, mobilizador, representando o que de melhor existe na verdadeira sociedade civil”, acrescentou, na cerimónia que decorreu no antigo Museu dos Coches, em Lisboa.

O anúncio já tinha sido feito pelo Presidente da República no 90.º aniversário da Associação, a 13 de maio, tendo sido agora, atribuída, “com honra”, a prometida insígnia. Um mérito que, para o presidente da APDP, Luis Gardete Correia, vem reconhecer “o papel já histórico da Associação na promoção da saúde pública, o seu trabalho, a dedicação, a abnegação ao longo de décadas”.

A Associação ocupa o primeiro lugar nos nove centros mundiais de educação terapêutica (International Diabetes Federation Education Center) e está catalogada como clínica de referência para o tratamento de crianças e jovens com diabetes.

No próximo ano estará encarregue da organização da 53.ª reunião europeia da EASD (European Association for the Study of Diabetes), o maior congresso mundial da área científica realizado em Portugal, que vai decorrer em Lisboa entre os dias 11 e 15 de setembro e que reunirá mais de 18 mil participantes.

Jogo combate o isolamento e promove atividade física regular
A febre do jogo Pokémon Go chegou a Portugal há poucos dias e já conseguiu mudar comportamentos: hoje, milhares e milhares de...

Ao contrário da tendência para a abolição da tecnologia e respetivos efeitos sociais, Hélder Flor, especialista em Medicina Tradicional Chinesa, reconhece bastantes vantagens na criação do jogo Pokémon Go : "Todos os jogadores procuram superar o máximo de níveis possível, e, para isso, é preciso caminhar bastante. São "obrigados" a sair de casa e a conhecer novos caminhos de forma proactiva. E, mesmo atrás de um dispositivo móvel, começam a participar em fóruns e a ganhar a confiança necessária para interagir com os seus pares ao vivo, combatendo o isolamento. Claro que a falta de atenção, em relação ao que os rodeia, e as longas horas dedicadas ao jogo podem não ser aspetos positivos, mas se o período de distração for limitado e a área a percorrer for segura, não há qualquer problema. Aliás, esta tendência originou uma ação natural e criativa para acabar com o sedentarismo. E, num país com níveis preocupantes de obesidade infantil, todas as ações que promovam o exercício físico, devem ser bem-vindas".- afirma.

A caminhada é uma atividade de baixo impacto, adaptada ao ritmo de cada um e recomendada em qualquer idade. Tem bastantes efeitos positivos ao nível da circulação, no combate à osteoporose, no combate à depressão e na melhoria da auto-estima e saúde mental em geral. De acordo com estudos efetuados na área, a caminhada é uma das atividades mais completas, simples e práticas que o ser humano pode iniciar, sem exigir uma grande preparação, oferecendo benefícios a vários níveis. Além de todos os benefícios descritos, para a Medicina Tradicional Chinesa, caminhar faz bem ao Fígado e ativa o "Qi" (energia) do corpo, que regula o bem-estar de todos os outros órgãos.

Apesar de surgirem as mais variadas reações perante do jogo que está a conquistar o mundo, Hélder Flor defende que a abordagem deve ser clara e só uma: "É fundamental percebermos e darmos destaque à dinâmica em que assenta. Até faz sentido, de forma regrada e consciente, ser apoiada por escolas e profissionais de educação, sobretudo porque permite inserir, de mais facilmente, o exercício físico nas práticas diárias e regulares das crianças."- Remata.

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