Estudo
Cerca de 2,5 milhões de pessoas são anualmente infetadas com o VIH, número que tem diminuído pouco nos últimos dez anos, ao...

Divulgado hoje pela revista Lancet HIV para coincidir com a Conferência Internacional sobre SIDA, a decorrer em Durban, África do Sul, o estudo revela que o número de novos casos de infeção por VIH caiu apenas 0,7% por ano entre 2005 e 2015, quando no período entre 1997 e 2005 a queda era de 2,7% anuais.

O relatório revela "uma imagem preocupante do lento progresso na redução das novas infeções por VIH", disse o principal autor do estudo, Haidong Wang, do Instituto para a Métrica e a Avaliação da Saúde (IHME, na sigla em inglês), da Universidade de Washington, em Seattle.

O pico do número anual de novas infeções foi em 1997, quando se registaram 3,3 milhões de novos casos da infeção pelo vírus, que desde os anos 1980 matou mais de 30 milhões de pessoas.

Segundo o estudo, 38,8 milhões de pessoas vivem hoje com o VIH, um importante aumento face aos 27,96 milhões de 2000, que se deve ao aparecimento das terapias antirretrovirais em 1997.

Estas terapias contribuíram também para reduzir o número anual de mortes associadas ao vírus de 1,8 milhões em 2005 para 1,2 milhões em 2015.

A proporção de pessoas com VIH a receber terapias antirretrovirais aumentou de 6,4% em 2005 para 38,6% em 2015, nos homens, e de 3,3% para 42,4% nas mulheres.

Ainda assim, a maioria dos países ainda está longe de alcançar a meta da ONUSIDA de cobrir 81% das pessoas infetadas até 2020.

Para o diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, Peter Piot, que é também fundador e diretor executivo da ONUSIDA, o número de novas infeções por VIH no mundo é "provavelmente o fator mais perturbador anunciado na conferência de Durban".

"Significa que a sida não acabou", disse.

O problema poderá agravar-se com as reduções no financiamento dos programas e medicamentos de combate à doença, alertam os autores do estudo.

"Em 2015, [o financiamento] caiu abaixo do nível de 2014 e em muitos países de baixo rendimento os recursos são escassos e estima-se que aumentem devagar, se aumentarem", avisou Wang numa conferência de imprensa em Durban.

"Temos de reduzir as taxas de novas infeções", acrescentou.

O diretor do IHME, Christopher Murray, disse em comunicado que os países e as agências internacionais precisam de aumentar em muito os seus esforços se quiserem alcançar os 36 mil milhões de dólares (33 mil milhões de euros) necessários para alcançar o objetivo de acabar com a sida até 2030.

Nos últimos 15 anos, os países dedicaram 110 mil milhões de dólares em "ajuda ao desenvolvimento" para programas de combate ao VIH/Sida.

Até hoje, não existe uma cura ou uma vacina para a sida e as terapias antirretrovirais apenas suprimem o vírus, permitindo às pessoas viverem mais anos, mas os medicamentos são caros e têm efeitos secundários.

Outro fator que ajudou a reduzir a taxa de mortalidade associada à doença foi a sensibilização e os medicamentos que previnem a transmissão do vírus de mulheres grávidas para os fetos.

O estudo baseia-se em dados recolhidos desde 1980 e até 2015 em 195 países.

UNICEF
Os programas para evitar a transmissão do vírus da Sida de mãe para filho evitaram desde o ano 2000 a infeção de 1,6 milhões de...

Segundo os dados da UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância, os programas para evitar a transmissão do vírus entre mãe e filho nos países com alta prevalência de Sida permitiram que ao nível mundial a infeção de mãe para filho caísse 70% nos últimos 15 anos.

Isso equivale a evitar a infeção de 1,6 milhão de menores. Já a introdução de antirretrovirais no tratamento de milhares de pessoas salvou outros 8,8 milhões de vidas em todo o mundo.

"Mesmo assim, a Sida é a segunda causa de morte para quem têm entre 10 e 19 anos ao nível mundial, e a primeira em África", lembrou o diretor-executivo da UNICEF, Anthony Lake.

Segundo dados de outras agências da ONU, a primeira causa de morte entre os adolescentes são os acidentes de trânsito, a segunda a Sida e a terceira o suicídio.

No início do século, no entanto, a Sida não estava entre as dez primeiras causas de morte entre os adolescentes. Desde então a infeção pelo vírus triplicou, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo diz a UNICEF em comunicado, "ainda há muito trabalho a ser feito para proteger as crianças e adolescentes da infeção, da doença e da morte".

De acordo com os dados da ONU, no ano passado a cada hora pelo menos 29 adolescentes entre os 15 e 19 anos foram infetados pelo vírus.

Cerca de 65% dos novos infectados são menores do sexo feminino. Só na África Subsaariana, onde se concentra 70% de toda a população mundial seropositiva, três em cada quatro novos adolescentes infetados são mulheres.

Investigação
Os substitutos artificiais do açúcar natural afetam as áreas do cérebro que estimulam a fome e, por isso, incentivam a ingestão...

A investigação científica foi publicada na revista especializada Cell Metabolism.

Charles Perkins da Universidade de Sydney e o Instituto Garvan de Investigação Médica concluíram que os adoçantes artificiais estimulam o apetite e alteram as percepções de sabor.

Apesar de terem na prática menos calorias do que o açúcar natural, os adoçantes provocaram aumento de peso nos animais testados, refere a investigação.

"Depois da exposição crónica a uma dieta com adoçante a base de sucralose, vimos que os animais começaram a comer mais", comenta Greg Neely, principal autor do estudo e professor na Universidade de Sydney.

"Descobrimos que dentro do cérebro, a sensação de doce é similar ao do conteúdo energético. Quando se perde o equilíbrio entre o doce e a energia durante um determinado período de tempo, o cérebro procura a necessidade de aumentar o total de calorias consumidas", explicou.

A primeira parte do estudo foi conduzida em moscas da fruta. Após serem expostas por cinco dias a adoçantes artificiais, aumentaram o consumo de calorias em 30% em relação à dieta anterior, à base de frutas com açúcar natural.

A segunda parte da análise foi realizada com ratinhos de laboratório que, depois de sete dias a consumir adoçantes artificiais, passaram a comer uma maior quantidade de alimentos devido a uma visível alteração nas redes neuronais.

"O consumo crónico de adoçante artificial aumenta a intensidade do doce em relação ao açúcar real e consequentemente incentiva o animal a comer mais", conclui Neely citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Este aumento do consumo de calorias gerado pelos adoçantes artificiais pode, por isso, aumentar o risco de obesidade ou excesso de peso, supõe ainda a investigação.

Investigação
Tomar um banho quente é uma boa forma de aliviar os músculos após fazer exercícios, mas e se pularmos directamente para o duche...

O investigador Steve Faulkner, da Universidade de Loughborough, realizou uma experiência que compararia no Reino Unido os efeitos no corpo de um longo banho com os de uma hora de pedalada.

Nesse estudo, um grupo de voluntários teve os seus níveis de açúcar no sangue monitorizados continuamente. Mantê-los em patamares considerados normais é uma medida importante para avaliar o nosso condicionamento "metabólico".

Outro equipamento ainda media quantas calorias seriam queimadas, e um termómetro retal indicaria a temperatura interna do organismo.

A primeira parte da pesquisa foi muito relaxante: consistia em tomar um longo banho quente.

Enquanto estavam sentados na banheira, mantida a 40ºC, a temperatura dos voluntários era acompanhada. Após esta subir e manter-se num determinado valor, os voluntários foram autorizados a sair da água para uma refeição ligeira.

Depois, o teste foi repetido, só que com uma sessão de uma hora numa bicicleta ergométrica em vez do banho. O resultado?

«Uma das coisas que monitorizamos», segundo Steve, «é o gasto de energia do corpo enquanto se esteve na banheira, e descobrimos um aumento de 80% só por estar sentado na água quente por uma hora.»

O total de energia dispendida no banho - 140 calorias - não chega perto do gasto calórico de uma pedalada de uma hora - 630 calorias -, mas foi equivalente a uma caminhada de 30 minutos.

E quanto ao nível de açúcar no sangue?

«Começamos a ver diferenças quando verificamos o pico de glicemia», adiantou Steve.

O pico de glicemia é o aumento do nível de açúcar no sangue após uma refeição. É um indicador de risco para diabetes tipo 2 e outros problemas metabólicos.

«O pico foi menor com o banho em comparação com o exercício, o que é totalmente inesperado.»

De facto, o pico de glicemia dos voluntários com o banho ficou, em média, 10% menor do que com o exercício. Mas porque é que isso acontece?

Steve acredita que se deve em parte à libertação de proteínas de choque térmico pelo organismo, que, como o nome diz, são proteínas libertadas em resposta ao calor. O gatilho para isso também podem ser outros tipos de stresse, como infecções, inflamações ou exercícios.

Estas proteínas fazem parte no nosso sistema de defesa e ajudam a prevenir danos no corpo, mas estudos com animais sugerem que também podem desviar o açúcar no sangue para os músculos. Manter o nível de glicose baixo é importante, porque, se ficar em patamares elevados, pode danificar artérias e nervos.

Para Steve, tomar um banho ou fazer sauna não substitui o exercício físico. Ele continua a recomendar 150 minutos por semana de exercício de intensidade moderada. Mas acredita que as pesquisas sobre os efeitos de aquecer o corpo por completo podem ser úteis para quem tem dificuldades de controlar o nível de açúcar no sangue ou de se exercitar.

Então, um banho quente tem de facto benefícios surpreendentes, mas e quanto à chamada «imagética motora»? É possível fortalecer os músculos apenas imaginando que se está a fazer um determinado exercício?

Não é tão estranho quanto parece. É algo muito usado por atletas de elite. Para descobrir os efeitos disso num grupo de voluntários sedentários, o cientista Tony Kay, da Universidade de Northampton, fez uma experiência.

Primeiro, fez alguns exames básicos. Testou a força dos participantes pedindo que empurrassem com a maior força possível uma placa ligada a sensores.

Depois, usou um ultrassom para medir o efeito no organismo. Finalmente, para saber exactamente o quanto destes músculos estavam a ser usados para pressionar a placa, deu leves choques eléctricos neles.

Com os parâmetros básicos em mãos, Tony pediu aos voluntários para passarem 15 minutos por dia a pensar no mesmo movimento contra a placa, imaginando que a estavam a pressionar com a maior força com que eram capazes.

O que aconteceu? Bem, para grande surpresa, só pensar no exercício realmente aumentou a força dos voluntários. Ao repetir o teste um mês depois, os seus músculos estavam, em média, 8% mais fortes.

Não porque ficaram maiores (isso não aconteceu), mas porque, depois de um mês a pensar num exercício específico, passaram a usar mais fibras musculares para fazer o mesmo movimento de antes.

«Eles ficaram melhores em aplicar os músculos de determinada forma», diz Tony, «por isso, conseguiram activar uma percentagem maior de músculo. Isso produziu mais força, então, sim, eles ficaram mais fortes.»

O pesquisador diz que, além de ajudar atletas, esta pode ser uma boa forma de evitar perder força quando se está magoado ou não é possível fazer exercício.

Campanha «Olhe Pelas Suas Costas»
Com o início do Verão, chegam as idas frequentes à praia ou à piscina. A campanha «Olhe Pelas Suas Costas» alerta para os...

«É importante sensibilizar toda a população para os riscos associados aos mergulhos durante a época balnear, ainda que estas situações sejam mais frequentes na população mais jovem. Um mergulho mal executado ou em locais onde a profundidade da água não é suficiente pode significar uma lesão permanente na coluna com um grande impacto na qualidade de vida e é fundamental que as pessoas saibam quais as consequências potenciais destes erros», alerta Paulo Pereira, coordenador nacional da campanha.
 
E acrescenta: «Embora sejam muitas vezes desvalorizados, estes traumatismos da coluna cervical relacionados com mergulhos são a terceira causa de lesões na espinal medula, a seguir aos acidentes de viação e às quedas de grandes alturas, estas últimas mais associadas a acidentes de trabalho.»
 
De acordo com o neurocirurgião Paulo Pereira: «Todos os anos surge um número elevado de internamentos de jovens, na sua maioria do sexo masculino, vítimas de acidentes de mergulho em águas rasas. Estes são tipicamente aqueles mergulhos em que a vítima corre até à água do mar, mergulha e bate com a cabeça na areia ou numa rocha que estava encoberta sob a superfície da água, provocando um traumatismo da coluna cervical que pode ter como desfecho uma paraplegia ou tetraplegia.»
 
«As pessoas ficam parcial ou totalmente dependentes para o resto da vida e os jovens devem estar conscientes destes riscos, sabendo ainda que, em casos mais graves, este tipo de acidentes pode mesmo ter como desfecho a morte da vítima», conclui.

Sobre a campanha Olhe Pelas Suas Costas
A campanha Olhe pelas Suas Costas visa sensibilizar a população em geral para as dores nas costas, alertar para as suas consequências na vida pessoal e profissional dos portugueses, e educar sobre as formas de prevenção e tratamento existentes. A campanha conta com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral, da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, da Sociedade Portuguesa de Neurocirurgia, da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação e da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia.

Protocolo
A Câmara de Vila Nova de Gaia vai atribuir benefícios às mulheres grávidas acompanhadas nas instituições públicas de saúde do...

Através de um protocolo com o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, a autarquia vai lançar o “Cartão da Grávida” e o “Cartão do Bebé” permitindo aos seus utilizadores o acesso, de forma vantajosa, a produtos, serviços e bens, disse hoje o presidente do município, Eduardo Vítor Rodrigues, no final da reunião do executivo.

O autarca explicou que os portadores destes cartões terão reduções de preços na utilização de equipamentos municipais, nas visitas ao Parque Biológico de Gaia e na realização de compras em lojas aderentes.

O “Cartão da Grávida” e o “Cartão do Bebé” deverão entrar em vigor a 01 de janeiro de 2017.

O objetivo desta iniciativa é valorizar o Centro Materno Infantil de Vila Nova de Gaia/Espinho porque tem um nível enorme de consultas em saúde materna e um grande acompanhamento de mulheres grávidas, mas depois os partos são feitos fora do concelho.

“Há esta discrepância. Há um investimento ao longo de nove meses, mas depois contabilisticamente as crianças vão nascer fora do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho”, salientou Eduardo Vítor Rodrigues.

Além disso, o autarca realçou que esta iniciativa pretende ainda estimular e potenciar a procura de vigilância e acompanhamento médico da gravidez para que os cuidados de saúde pré-natais cheguem a um maior número de mulheres, contribuindo para a prevenção na doença da grávida e do nascituro.

ONU
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou hoje à comunidade internacional que atue de forma rápida para acabar com a sida...

“Como comunidade global, devemos atuar de forma rápida e decidida para alcançar os objetivos que nos ajudem a pôr fim a esta epidemia”, disse Ban Ki-moon durante a inauguração da conferência internacional sobre a sida que se celebra na cidade sul-africana de Durban.

Até à próxima sexta-feira, mais de 18.000 líderes, cientistas, ativistas e profissionais de saúde vão participar neste fórum para definir as estratégias que permitam acabar com a sida até 2030, um dos objetivos da agenda para o desenvolvimento promovida pela ONU.

O secretário-geral afirmou que é necessário estender o acesso ao tratamento, já que apesar dos progressos significativos alcançados até ao momento, mais de metade dos afetados pelo Hiv/sida ainda não têm acesso a eles.

Isto acontece porque as novas ferramentas de prevenção do Hiv/sida ficam fora do alcance da maioria dos que precisam, segundo um comunicado divulgado pela organização.

A atriz sul-africana, Charlize Theron, que também participou na cerimónia, falou sobre o impacto da doença, especialmente entre os adolescentes, uma geração “a que não se tem dado atenção”.

Segundo dados da ONU, em todo o mundo, no ano passado 29 adolescentes, entre os 15 e os 19 anos de idade, eram infetados a cada hora pelo vírus da sida.

Cerca de 65% dos novos infetados em todo o mundo são menores do sexo feminino. Só na África subsaariana, onde se concentra cerca de 70% de toda a população mundial seropositiva, três em cada quatro novos adolescentes infetados são raparigas.

Pelo seu lado, o presidente da Sociedade Internacional da Sida (SIS), Chris Beyrer, insistiu que para poder combater a sida em todas as partes do mundo, “é necessário garantir que cada ação que se tome seja baseada na ciência, respeite os direitos humanos e se financie na sua totalidade”.

“Se não tomamos decisões estratégicas corretas, corremos o risco de retroceder nos avanços alcançados com tanto esforço. Isso seria equivalente a uma derrota”, alertou.

ULSAM
A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) vai passar a dispor, a partir de outubro, de 16 médicos novos especialistas para...

"Estimamos que durante o mês de outubro os 16 médicos especialistas estejam colocados na ULSAM que, atualmente, está carente de alguns especialistas. A ULSAM responde às necessidades de uma área geográfica extensa e serve cerca de 250 mil habitantes", afirmou à agência Lusa o presidente do conselho de administração da ULSAM, Frankelin Ramos.

A ULSAM integra os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima, 13 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença e serve uma população residente superior a 250 mil pessoas.

Segundo aquele responsável aqueles profissionais de saúde vão preencher "áreas fundamentais", onde a ULSAM "tem poucos especialistas".

"Com a colocação destes médicos a ULSAM fica numa situação muito boa tendo em conta a realidade do país e tendo em conta que o distrito de Viana do Castelo apesar se ser uma região do litoral tem características de interior e não é fácil captar profissionais para aqui", sustentou Frankelin Ramos.

De acordo com o presidente do conselho de administração da ULSAM os médicos vão preencher vagas nas especialidades de anestesiologia, cardiologia, gastroenterologia, ginecologia / obstetrícia, medicina física e de reabilitação, medicina interna, oftalmologia, oncologia, ortopedia, pediatria médica, pedopsiquiatria, pneumologia, urologia, imuno-hemoterapia e neurologia.

O responsável adiantou que a contratação dos novos profissionais surge na sequência da abertura, pelo Ministério da Saúde, de um concurso publicado em Diário da República, no passado dia 11.

Frankelin Ramos salientou que as vagas agora atribuídas “decorreram das necessidades identificadas pela ULSAM e que mereceram a concordância da Administração Regional de Saúde do Norte e Ministério da Saúde, nada tendo a ver com a autarquia”.

Em junho passado o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, José Maria Costa afirmou que os hospitais da região estão a trabalhar numa situação "limite".

"Começa a ser algo insustentável porque, no fundo, são os cuidados de saúde que estão em causa, apesar do extraordinário trabalho que tem sido desenvolvido pelas equipas médicas e de enfermagem. Temos vindo a ser prejudicados ao longo dos anos, não modernizando equipamentos e não tendo recursos humanos o que coloca esta área de intervenção no limite", afirmou na altura à Lusa José Maria Costa.

Na ocasião o socialista que é também presidente da Câmara de Viana do Castelo defendeu a necessidade de reavaliação do modelo de financiamento da ULSAM.

Já no início de julho, e após uma reunião realizada em Lisboa com o ministro da Saúde, o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho anunciou que o governante vai deslocar-se, em agosto, ao distrito de Viana do Castelo para conhecer ‘in loco' os "problemas" dos hospitais da região.

Técnica milenar, apesar de popular, ainda causa muito cepticismo no ocidente
Do vício à dor, até à conotação hippie, a acupunctura tem sido objecto de desconfiança na Medicina Ocidental, fomentando a...

Embora exista há mais de 4000 anos e tenham sido realizados, apenas na última década, milhares de estudos em torno da sua eficácia, há ainda quem considere que o seu efeito é apenas placebo. Hélder Flor, especialista em Medicina Tradicional Chinesa, desmistifica e contrapõe algumas das ideias que mais dúvidas suscitam nos seus pacientes:

1. A acupunctura e a dor: ao contrário do que se possa pensar, as agulhas utilizadas nas terapias não provocam dor. “A sua espessura, equivalente a dois fios de cabelo humano, em nada se assemelha à das habituais agulhas utilizadas, por exemplo, para retirar sangue. Por esse motivo, mesmo quem sente a picada inicial, deixa de ter qualquer reacção em poucos segundos não sentido, na maioria das vezes, que tem uma destas agulhas no corpo.” Explica o especialista.

2. O efeito da acupunctura é apenas placebo: “Ainda que possamos considerar, como em qualquer outro tratamento, que quem acredita na sua eficácia consiga ter (ou acreditar que tem) melhores resultados, limitar os efeitos da acupunctura ao mesmo é bastante redutor.” Começa por frisar Hélder Flor. As investigações realizadas nos últimos anos, demonstram inclusive que o cérebro liberta químicos como endorfinas (analgésicos naturais) na sequência dos tratamentos, que têm ainda diversos efeitos anti-inflamatórios no corpo. 

3. A acupunctura vicia: “Todos gostamos de fazer algo que nos aumente a sensação de bem-estar. Não quer isso dizer que exista qualquer substância ou efeito viciante associado à acupunctura. Quanto muito, poderemos falar de pacientes crónicos que a prolongam no tempo, não por vício mas por necessidade.”  Salienta Hélder Flor.

4. A acupunctura só trata dor física: “Embora seja verdade que a sua eficácia localizada e para dores físicas é enorme, também é uma ajuda preciosa no desbloqueio de várias patologias mentais, como o stresse, a ansiedade, a depressão, entre outros.”- destaca.

5. Não se reutilizam agulhas: “Ao contrário daquilo que várias pessoas ainda pensam, as agulhas utilizadas na acupunctura não são reutilizadas em nenhuma circunstância” (nos sítios recomendados). Cada especialista deve possuir agulhas devidamente embaladas, esterilizadas e estas têm de ser descartáveis, pois estamos a falar de um instrumento que entra em contacto com o sangue do paciente.

6. As agulhas introduzem substâncias no corpo: “Apesar de serem introduzidas na pele, estas não possuem qualquer tipo de substância injectável. A agulha, simplesmente, estimula uma zona nervosa do organismo e é por isso que tem efeitos.”- remata o terapeuta com uma das perguntas que mais frequentemente lhe colocam em consulta.

Projeto europeu cria
Um projeto europeu coordenado pelo Instituto Tecnológico de Plástico (AIMPLAS), de Valência, Espanha, anunciou hoje um...

O AIMPLAS disse que terminou as investigações que possibilitaram o desenvolvimento de novos biopolímeros (produzidos a partir de matérias-primas de fontes renováveis, como o milho), a partir dos quais se poderão fabricar novas garrafas, sacos e tampas biodegradáveis, num projeto em que participam duas empresas portuguesas (Vizelpas e a Espaçoplas).

Estes produtos apresentam-se como resistentes à esterilização, bem como à pasteurização, (esterilização através do calor, como a do leite), para que seja possível conter produtos lácteos como o leite fresco, batidos e iogurtes, com probióticos (organismos que quando administrados trazem benefícios à saúde do hospedeiro como facilitar a digestão ou a absorção de nutrientes), lê-se num comunicado do instituto, citado pela agência noticiosa Efe.

Após a sua utilização, as embalagens poderão ser transportadas juntamente com os restantes resíduos orgânicos e transformadas em fertilizantes, através de condições de compostagem.

O projeto denomina-se por ‘Biobottle’, é desenvolvido dentro do Sétimo Programa-Quadro da União Europeia, é coordenado pelo AIMPLAS e conta com um financiamento de um milhão de euros.

O desenvolvimento contou com a participação de sete empresas e centros tecnológicos, de cinco países distintos, nomeadamente, a Vizelpas e a Espaçoplas (Portugal), a VLB (Alemanha), a OWS (Bélgica), a CNR (Itália) e as Almuplas e Aljuan (Espanha).

Atualmente, as embalagens para este tipo de produtos são fabricadas a partir de polietileno, o qual ainda é facilmente reciclável, no entanto, na maioria das vezes, a sua vida útil é terminada em aterros devido aos problemas de odor provocados pelos resíduos deste produto.

Por este motivo, e também pela grande quantidade de lácteos que são consumidos na União Europeia, torna-se cativante o desenvolvimento destes recipientes biológicos e compostáveis, enuncia a mesma fonte.

O objetivo do projeto visava alcançar que as novas embalagens biodegradáveis fabricadas com os biopolímeros desenvolvidos no projeto, cumprissem com as exigências mecânicas e térmicas requeridas para a sua aplicação, e que, superassem as análises microbiológicas, sem afetar as propriedades organoléticas do produto.

Os resultados obtidos foram, garrafas e tampas com monocamadas e sacos com multicamadas, capazes de resistir a temperaturas até os 95 graus centígrados.

Foi possível modificar os materiais comerciais existentes, de forma a cumprir todas as expectativas, e também que estes fossem processáveis através dos métodos convencionais, de maneira a obter os distintos formatos de embalagens.

Este resultado foi praticável atendendo a um processo de extrusão reativa, um processo contínuo, mas com um tempo de residência curto, o qual utiliza uma extrusora como reator contínuo, uma máquina que força material para um molde de maneira a ficar com o formato pretendido.

A partir dos novos biopolímeros desenvolvidos, que superaram as provas de compostagem realizadas, irá ser possível obter-se os recipientes para os produtos lácteos, segundo o instituto.

Relativamente aos preços correntes dos materiais biodegradáveis, estes novos materiais aumentaram em menos de 10% no custo final do produto embalado e colocado nas prateleiras.

IPMA
Seis regiões do país estão hoje em risco ‘Extremo’ de exposição à radiação ultravioleta (UV), enquanto outras 17 estão com...

De acordo com o instituto, em risco ‘Extremo’ estão as regiões de Bragança, Castelo Branco, Guarda, Penhas Douradas, Vila Real e Funchal.

O IPMA colocou também as regiões de Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Viseu, Porto Santo e Ponta Delgada em risco ‘Muito Alto’ e Santa Cruz das Flores e Angra do Heroísmo com nível ‘Alto’.

A Horta apresenta hoje risco ‘Moderado’ de exposição à radiação UV.

Segundo o instituto, nas regiões com risco ‘Extremo’ a população deve evitar a exposição ao sol.

Nas regiões com níveis 'Muito Alto' e 'Alto' recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre menor do que 2, em que o UV é 'Baixo', 3 a 5 ('Moderado'), 6 a 7 ('Alto'), 8 a 10 ('Muito Alto') e superior a 11 ('Extremo').

O IPMA prevê para hoje, no continente, tempo quente com céu pouco nublado ou limpo, apresentando períodos de maior nebulosidade, com neblina ou nevoeiro, no barlavento Algarvio e no litoral oeste até final da manhã, podendo persistir em alguns locais da faixa costeira a norte do Cabo Raso.

Durante a tarde, está previsto aumento temporário de nebulosidade no interior da região norte com possibilidade de aguaceiros.

A previsão aponta também para vento fraco, soprando moderado de sueste no Algarve até meio da tarde, e sendo moderado a forte do quadrante sul, por vezes com rajadas até 70 quilómetros por hora, nas terras altas da região sul.

Está ainda prevista uma pequena descida da temperatura mínima na região sul e pequena descida da máxima.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, diminuindo temporariamente de nebulosidade durante a tarde e vento em geral fraco do quadrante norte, soprando por vezes moderado de sul nas terras altas a partir do início da manhã.

Para os Açores, a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros, geralmente fracos e vento noroeste moderado a bonançoso.

No que diz respeito às temperaturas, em Lisboa vão oscilar entre 19 e 32 graus Celsius, no Porto entre 16 e 26, em Braga entre 17 e 35, em Viana do Castelo entre 15 e 24, em Vila Real entre 21 e 37, em Viseu entre 21 e 35, em Bragança entre 18 e 38, na Guarda entre 23 e 32, em Coimbra entre 16 e 34, em Castelo Branco entre 22 e 37, em Santarém entre 17 e 37, em Portalegre entre 21 e 35, em Évora entre 17 e 38, em Beja entre 19 e 35, em Faro entre 22 e 29, no Funchal entre 20 e 25, em Ponta Delgada entre 18 e 25, na Horta entre 18 e 24 e em Santa Cruz das Flores entre 19 e 23.

Entram até agosto
Cerca de 525 mil portugueses até aqui sem médico de família vão passar a ter um clínico atribuído tendo em conta os 276 novos...

Terminou hoje o processo de escolha dos agrupamentos dos centros de saúde por parte dos médicos de família recém-especialistas. Nesta primeira fase do concurso foram preenchidas 276 das 338 vagas, segundo números hoje avançados pelo Ministério da Saúde.

Estes 276 médicos, que devem entrar em funções até início do próximo mês, vão permitir cobrir uma população de cerca de 525 mil utentes até agora sem médico de família.

Das 338 vagas que estavam disponíveis, 175 estavam na zona de Lisboa e Vale do Tejo, 68 no Norte, 54 no Centro, 30 no Algarve e 11 no Alentejo.

Nesta primeira fase houve 290 candidatos, mas oito foram excluídos. A segunda fase do concurso decorre entre outubro e novembro.

Estudo
Um total de 66% dos atletas portugueses de alto nível recorre a suplementos alimentares, a maioria combinando quatro produtos...

"Estes dados vão a encontro do que se passa noutros países", disse Mónica Sousa, coordenadora do projeto, indicando que em Portugal os suplementos mais utilizados são os multivitamínicos/minerais, as bebidas desportivas, o magnésio e a proteína.

Os resultados surgem no âmbito do projeto "Suplementos nutricionais e alimentação no desporto", cujo um dos objetivos era caracterizar a utilização de suplementos nutricionais dos atletas de alta competição em Portugal.

Para obtenção dos dados foram avaliados 304 desportistas de diversas federações (ciclismo, atletismo, triatlo, ginástica, râguebi, basquetebol, voleibol, judo, natação, basebol, andebol, boxe e esgrima), de diferentes idades, através de dois questionários.

Constatou-se que os atletas que usavam suplementos eram aqueles que "já se alimentavam melhor e que apresentavam uma menor probabilidade de ter carências em micronutrientes", nomeadamente em alguns minerais, indicou a nutricionista.

Noutro estudo associado a este projeto, pretendia-se verificar quais os efeitos resultantes da substituição dos suplementos por uma alimentação combinada.

Tendo sido a aceleração da recuperação muscular a principal razão indicada para a ingestão de suplementos, os investigadores compararam as diferenças entre o consumo de um batido com uma mistura de alimentos e o de um suplemento, tendo ambos uma composição nutricional semelhante.

Depois de medidas algumas variáveis, como é o caso do dano e do desconforto muscular, da recuperação funcional, do 'stress' oxidativo e de parâmetros metabólicos, chegou-se à conclusão de que o "padrão de recuperação era o mesmo".

A nutricionista indica que 15% dos suplementos utilizados pelos atletas estão potencialmente contaminados, podendo conter substâncias que acusam positivo no teste de 'dopping', o que pode afastar o atleta da prática desportiva oficial.

Apesar de serem "mais práticos" de utilizar e ideias para viagens, outras duas desvantagens associadas a estes produtos são o preço elevado e o sabor. "Nem sempre são fáceis de beber e podem tornar-se enjoativos com o passar do tempo", explicou a investigadora.

"Os alimentos podem ser uma alternativa a alguns suplementos desde que se façam as combinações adequadas, para além de serem mais seguros e terem uma matriz alimentar muito mais rica", afirmou ainda.

No entanto, para que as combinações alimentares resultem, "é necessária a atuação de um profissional", neste caso de um nutricionista, enquanto o suplemento já traz a composição nutricional preparada, podendo ajustar-se mais facilmente ao peso do atleta.

O projeto, desenvolvido na FCNAUP e na FADEUP, no âmbito do doutoramento em Ciências do Desporto, contou com a colaboração de investigadores da Faculdade de Medicina da UP e do Instituto de Saúde Pública do Porto e profissionais do Hospital São João.

Defesa do AC Milan
O defesa do AC Milan e da Seleção Nacional da Colômbia, Christian Zapata, foi hoje operado ao tornozelo esquerdo pelo Prof....

A equipa da Clínica do Dragão – Espregueira-Mendes Sports Centre FIFA Medical Centre of Excellence - a única clínica em Portugal reconhecida como "Centro Médico de Excelência da FIFA".–, continua desta forma, a afirmar-se como destino preferencial para realizar cirurgias a atletas de alta competição de clubes como o FC Porto, FC Paços de Ferreira, SC Braga, Real Madrid, AC Milan, Wigan, Tottenham, Al Ahli, Al Jazeera, Nothingam Forest, Verona, entre outros.

Recordamos que foram já realizadas por esta equipa uma série de cirurgias de traumatologia desportiva relacionadas com diversas lesões dos ligamentos, cartilagem, menisco, tornozelo, entre outras, recuperando atletas internacionais de diversas áreas desportivas e de várias nacionalidades. 

No Algarve
Dermatologistas, personalidades da televisão e do desporto juntam-se no sábado (16.07) para um dia de sensibilização sobre ...

Desportistas como a campeã olímpica de atletismo Rosa Mota, personalidades da televisão como o apresentador Jorge Gabriel e o realizador de novelas Atílio Riccó entres outros irão estar juntos com a população, na Praia da Falésia em Vilamoura, no Algarve, para lembrar quais os cuidados a ter com o Sol neste Verão, na praia e no Desporto, bem como dar o seu testemunho como pacientes que tiveram Cancros da Pele.

Na ação de sensibilização, escreve o Sapo, vão estar presentes também dermatologistas da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) que, junto da população, vão disponibilizar informação sobre a melhor maneira de se protegerem do Sol, bem como ensinar a reconhecer os vários tipos de Cancros da Pele, e promovendo o auto-exame.

Serão disponibilizadas em Vilamoura informações sobre a importância dos índices das radiações ultravioleta (UV) (que este verão têm assumido níveis bastante elevados), com consequente risco de queimaduras solares, alergias ao Sol e maior risco de cancros da pele.

Será disponibilizada informação sobre o correto uso de protetor solar (nem todos os protetores protegem adequadamente) e a importância do chapéu e do tipo de roupa (não porosa, com design adequado).

Existirão ainda cartazes exemplificando os vários tipos de cancros da pele, quais os sinais com risco e sem risco de evoluírem para cancros da pele bem como ensinar a efetuar o auto-exame da pele.

12 mil novos casos de cancro cutâneo em Portugal
A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o Mundo estimando-se que em Portugal sejam diagnosticados, em 2016, mais de 12 mil novos casos de cancros da pele sendo cerca de mil os novos casos de melanoma.

Correm riscos acrescidos de cancro de pele as pessoas:

·         De pele clara ou propensa a queimaduras

·         Adultos que sofreram queimaduras solares na infância, adolescência ou adultos jovens que estão ou costumavam passar demasiados tempo expostos ao sol

·         Expostas a sol intenso e durante períodos curtos de tempo (exemplo: férias, sobretudo tropicais)

·         Que frequentaram ou frequentam solários

·         Os que têm mais de 50 sinais (nevos) na pele

·         Com antecedentes familiares de cancro da pele

·         Transplantados de órgão

A exposição solar é útil se lenta e progressiva, evitando as horas de maior intensidade, entre as 11 e as 17 horas, sobretudo nos dias de maior índice UV.

É essencial evitar os solários, pois está demonstrado que mesmo exposições episódicas aumentam significativamente o risco de cancro cutâneo e acelera o envelhecimento da pele. Reforce a hidratação, bebendo bastante água, consumir frutas e legumes.

A APCC e seus médicos estarão a partir das 9h até às 19 h do dia 16 de Julho a sensibilizar os veraneantes na Praia da Falésia, distribuindo material informativo, chapéus e camisolas e explicando como fazer um auto-exame da pele e detetar precocemente os vários tipos de Cancros da Pele.

Hospital Garcia de Orta
O Hospital Garcia de Orta, em Almada, está a fazer rastreios de dermatologia à distância. Em menos de duas semanas, já foram...

O Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, está a disponibilizar, desde o início do mês, um serviço inovador de teledermatologia. O sistema, ainda em fase experimental, permite a realização de rastreios de dermatologia à distância, garantindo “uma rápida assistência dermatológica à população”, informa a unidade hospitalar em comunicado. “Encontra-se em funcionamento desde o início do corrente mês e conta já com mais de 30 pareceres dermatológicos realizados através deste sistema”, refere ainda o documento.

Para a implementação deste serviço, escreve o Sapo, foram adquiridas quatro máquinas fotográficas digitais que foram distribuídas por quatro unidades de saúde do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Almada-Seixal, que vão possibilitar o rastreio dermatológico à população de lesões malignas da pele. “Desta forma, o médico de medicina geral e familiar, ao detetar no utente uma situação suspeita, tira algumas fotografias que envia pelo sistema eletrónico de marcação de consultas”, explica fonte hospitalar.

Depois do Serviço de Dermatologia do HGO receber a informação e fazer a análise dermatológica da imagem, “serão transmitidas indicações de diagnóstico e tratamento ao médico da unidade de saúde ou o utente será encaminhado para consulta de dermatologia no hospital”, pode ler-se ainda no comunicado. No Algarve, onde o sistema já entrou em funcionamento, esta técnica permitiu reduzir em 20 dias tempo de espera para consulta.

Uma forma de triagem mais rápida e eficiente
Essa redução dos períodos de espera é também a grande esperança dos profissionais da unidade hospitalar de Almada. De acordo com Elvira Bártolo, diretora do Serviço de Dermatologia do HGO, “a implementação poderá representar uma diminuição efetiva do tempo de resposta ao utente bem como uma triagem mais eficaz dos doentes, estabelecendo prioridades de forma mais correta”. As vantagens não se ficam, contudo, por aqui.

“Por outro lado, poderá ainda ser evitada a deslocação de doentes sem indicação para a consulta de dermatologia e permitir que algumas situações simples sejam resolvidas nas Unidades de Saúde do ACES Almada-Seixal, através da indicação do diagnóstico e tratamento ao médico de medicina geral e familiar”, acredita a especialista. A teledermatologia possibilita o envio de informação médica dermatológica entre dois ou mais pontos separados fisicamente.

A transmissão de dados é feita “utilizando tecnologia de telecomunicação e informática, visando à promoção de saúde e educação de doentes, médicos e outros profissionais de saúde”, esclarece o hospital. “Sendo o dermatologista o profissional médico mais qualificado no reconhecimento dessas afeções, o manejo de dermatoses por médicos não especialistas pode representar atraso diagnóstico, uso de terapêuticas inadequadas, desenvolvimento de sequelas e aumento do custo de saúde”, refere ainda o documento.

Em Lisboa
São 20 camas destinadas a utentes entre os 15 e os 25 anos. A unidade está a ser construída no antigo Júlio de Matos, em Lisboa...

Há 15 anos que o país vive com apenas 20 camas - 10 em Lisboa e 10 no Porto - para internamento de crianças e jovens com problemas de saúde mental. Ao que a TSF apurou, dentro de meses, serão 46.

Primeiro vão abrir 10 camas nos Hospitais da Universidade de Coimbra, depois haverá mais no Hospital D. Estefânia e finalmente, no final deste ano ou início do próximo, abre a nova unidade no Hospital Psiquiátrico de Lisboa - tem 20 camas, metade serão para os mais novos, escreve a TSF.

A unidade que está a ser construída no antigo Hospital Júlio de Matos vai ser partilhada com o serviço de pedopsiquiatria do Hospital D. Estefânia.

O serviço de pedopsiquiatria do D. Estefânia tem a única urgência do país aberta 24 horas e só 10 camas para responder a toda a população que vive desde Leiria até ao Algarve e nas ilhas.

O diretor do serviço, Augusto Carreira, vai finalmente ter algum alívio, mas "tendo em conta o que se passa lá fora, deveríamos ter entre 100 e 120 camas. Vamos continuar a não ter uma resposta eficaz."

"Não podemos mandar para casa crianças em risco de vida"
Melhor do que é hoje será seguramente. Todos os anos há crianças internadas em serviços de adultos por falta de espaço próprio. "É uma má solução", reconhece Augusto Carreira. Mas "temos alturas é que é um verdadeiro desespero. Temos de arranjar alternativas. Não podemos enviar para casa miúdos em situação crítica, em risco de vida." É nesse estado que chegam adolescentes com distúrbios alimentares ou com comportamentos suicidários.

Os casos de anorexia pesam especialmente. "Precisam de uns 2 meses de internamento. Se temos 5 camas ocupadas com esses doentes e ainda mais difícil dar resposta aos outros..."

Chegam cada vez mais casos à urgência
A pressão crescente sente-se também na urgência. Há 4 vezes mais procura que em 2009, sobretudo jovens que estão em instituições, com famílias problemáticas ou sob vigilância das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Risco. "Está tudo ligado", explica Augusto Carreira, "essas instituições têm falta de técnicos, não têm apoios na comunidade e acabamos por ser a única porta a que bater. Aumenta a procura e aumenta a dificuldade em dar resposta."

O médico não tem dúvidas de que foi também a pressão que acabou por atingir os decisores políticos e determinou a abertura de novas camas. à falta de capacidade para criar um boa resposta, Augusto carreira concentra-se na que seria a resposta "suficiente". Termos dentro de 5 anos entre 50 a 60 camas para estes utentes, Até lá, teremos profissionais de saúde formados em número, também ele, suficiente.

Associação Nacional das Farmácias
A Associação Nacional das Farmácias informou, em comunicado, que o sistema informático que permite a dispensa de medicamentos,...

A Associação Nacional das Farmácias (ANF) comunicou que o processo de dispensa de medicamentos, por via de receita eletrónica, já está totalmente regularizado.

A associação e os seus associados vão trabalhar com o Ministério da Saúde “de modo a que este instrumento tecnológico continue ao serviço dos portugueses e que os problemas técnicos recentes sejam definitivamente ultrapassados”, acrescentou o comunicado.

Muitos doentes, nos últimos dias, saíram das consultas sem as receitas para os medicamentos porque o sistema informático falhou “sistematicamente” e os médicos já não tinham vinhetas suficientes para passar a tradicional receita manual, denunciou a Ordem dos Médicos.

Só na terça-feira, os centros de saúde e os hospitais estiveram durante quatro horas impossibilitados de passar a receita desmaterializada, devido ao sistema estar em baixo.

Estudo
Um estudo publicado na revista Current Biology revelou que a exposição à luz artificial de forma constante e durante meses...

A investigação feita com experiências em ratos é liderada por Johanna Meijer, do centro médico da Universidade de Leiden, na Holanda, que realçou que este trabalho demonstra que o equilíbrio no ciclo de luz natural/escuridão é importante para a saúde e interrupções no mesmo provocam vários problemas de saúde.

Para investigar a relação entre a doença e uma alteração do ciclo luz-escuridão, os investigadores expuseram ratos à luz artificial todo o dia durante 24 semanas e mediram vários parâmetros de saúde importantes, segundo uma nota de imprensa da Cell, um grupo que edita a revista onde o artigo foi publicado.

As análises da atividade cerebral destes ratos mostraram que a exposição constante à luz reduz o ritmo cardíaco até 70% numa zona do hipotálamo chamada núcleo supraquiasmático - que controla o funcionamento do sistema nervoso.

O ritmo cardíaco é o relógio biológico dos seres vivos que se ativa a cada 24 horas e rege as funções fisiológicas.

Segundo a nota de imprensa, o que mais surpreende é que a alteração do ritmo cardíaco e dos padrões normais de luz e escuridão levaram a uma redução da função do músculo-esquelético nestes animais, que pode ser medida consoante padrões de teste de força.

Os ossos destes ratos mostraram sinais de deterioração e os animais entraram em estado pró-inflamatório, que normalmente se observa só na presença de bactérias e outros estímulos nocivos.

Contudo, os cientistas qualificam estes efeitos negativos para a saúde como reversíveis quando o ciclo natural de luz-escuridão se restabelece: quando os ratos voltaram a um ciclo normal depois de duas semanas, os neurónios da região do núcleo supraquiasmático recuperaram o seu ritmo normal e os problemas de saúde diminuíram.

O estudo mostra que a influência dos padrões de luz-escuridão na saúde não é tão neutra como se pensava.

Neste sentido, Meijer destacou que “são dados de muitos laboratórios do mundo os que apontam neste mesma direção”.

Cerca de 75% da população mundial está exposta à luz durante a noite, muitos trabalham nesse horário ou encontram-se, por exemplo, em residências ou unidades de cuidados intensivos submetidos a luz constante, lembra o comunicado.

Segundo os autores do estudo, os resultados da experiência deveriam levar as pessoas a terem em conta a quantidade de luz artificial a que estão expostas.

Face a 2015
O Governo anunciou um aumento de 1,3% da comparticipação financeira ao setor social este ano, face a 2015, para compensar o ...

Os valores das comparticipações financeiras a atribuir este ano pela Segurança Social às entidades com acordo de cooperação foram acordados entre os ministros do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde e da Educação, e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, a União das Misericórdias Portuguesas e a União das Mutualidades.

Este acordo baseia-se no compromisso do Governo em prestar “particular atenção” à cooperação com o setor solidário em áreas como o combate à pobreza, reforço no apoio às famílias e às comunidades e maior integração de grupos sujeitos a riscos de marginalização, adianta o comunicado do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

“Esse sinal havia já sido dado quando, em sede de Orçamento da Segurança Social para 2016, o Governo inscreveu uma dotação de 1.426,5 milhões de euros para as despesas de cooperação com as instituições do setor social, o que corresponde a um crescimento de 5,6% face a 2015, ou seja, um reforço de 75 milhões de euros”, sublinha.

Em 2015, o incremento na despesa com cooperação, face a 2014, situou-se em 1,9%, enquanto em 2014 foi de 3,8% (face a 2013) e, em 2013, em 1,4%, comparativamente a 2012.

Este ano, “a comparticipação financeira, devida por força dos acordos de cooperação celebrados para as respostas sociais, aumenta 1,3% face ao observado em 2015”, refere o ministério.

Deste aumento, 0,4% visa compensar os encargos decorrentes do crescimento gradual da taxa contributiva para a segurança social, e 0,9% traduz a atualização de todos os acordos de cooperação em vigor, o que representa um acréscimo de 0,3% nesta componente face ao ano anterior.

Segundo o ministério, este aumento visa “compensar o acréscimo de despesas com o funcionamento das respostas sociais e contribuir para a sustentabilidade económica e financeira das instituições”.

Na Adenda ao Compromisso de Cooperação para o Setor Social e Solidário 2015-2016, foram ainda estabelecidos compromissos nas áreas da Segurança Social, Saúde e Educação.

Na área da Segurança Social, foi decidido, entre outras medidas, retomar a proposta de reestruturação da resposta social Lar de Infância e Juventude, para crianças e jovens em perigo, proceder a “curto prazo” a alterações na legislação que regulamenta o Fundo de Reestruturação do Setor Social, por terem sido identificados constrangimentos, e fazer revisões legislativas em matérias determinantes para o funcionamento das instituições, para a sua sustentabilidade económica e financeira.

Na área da Educação, será retomado um Grupo de Trabalho para avaliar e propor mecanismos para a racionalização e agilização do funcionamento da Rede de Educação Pré-escolar.

Já na área da Saúde, a prioridade vai para a Rede de Cuidados Continuados Integrados.

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