A partir de 2018
O teor de sal no pão vai baixar ainda mais a partir do próximo ano, de acordo com um protocolo que será hoje assinado entre o...

Segundo o texto do protocolo, a que a agência Lusa teve acesso, haverá uma redução gradual do teor de sal no pão entre o próximo ano e 2021.

Atualmente, a lei determina um teor de 1,4 gramas de sal por 100 gramas de pão, que vai baixar para 1,3 gramas já em 2018. No ano seguinte, essa quantidade desce para 1,2 gramas, em 2020 para 1,1 e até final de 2021 chegará ao 1 grama de sal por 100 gramas de pão.

Esta redução será maior e antecipada no pão fornecido nas escolas que, até 31 de dezembro de 2018, deve ter menos de um grama de sal por 100 gramas de pão.

As medidas visam ajudar a cumprir a meta de reduzir em 10% a média de quantidade de sal presente nos principais fornecedores alimentares de sal à população.

O pão já tinha visto o teor de sal ser reduzido em 2010, quando a legislação impôs um máximo de 1,4 gramas.

No caso dos pães considerados “produtos tradicionais com nomes protegidos” - como o Pão de Mafra, o Pão Alentejano ou a Broa de Avintes – o protocolo estabelece que seja feito um trabalho de caracterização e monitorização dos seus teores de sal e que se avance com um plano para a redução gradual.

No protocolo que será assinado hoje, Dia Mundial da Alimentação, a indústria da panificação e pastelaria compromete-se a reduzir os ácidos gordos trans (artificiais) dos seus produtos para valores inferiores a dois gramas por 100 gramas de gordura ou a 0,5 gramas na dose de produto consumida. Esta redução deve atingir-se no final de 2019.

A par destas reduções, será dinamizada uma campanha nacional para promover o consumo de pão.

A população portuguesa apresenta um consumo médio de sal de 7,3 gramas, um valor acima das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de cinco gramas por pessoa, por dia.

Cancro
Uma em cada três pessoas em tratamento no Instituto Português de Oncologia, no Porto, acaba por pedir o apoio da psico...

As mulheres são quem mais recorre àquele serviço, o que decorre do facto de o cancro da mama continuar a ser, a par do cólon, o que mais atinge a população atendida.

Além do Instituto Português de Oncologia (IPO), a psico-oncologia é disponibizada nos centros hospitalares de São João e do Porto (que inclui Hospital de Santo António) desde a fase de diagnóstico e, em alguns casos, só cessam para além do momento da alta médica.

Em declarações a responsável pela equipa de psicologia do serviço de psico-oncologia do IPO, Eunice Silva, explicou que a prática segue "o que se passa por toda a Europa", funcionando desde 2004 e dispondo atualmente de quatro psicólogos e três psiquiatras.

"Não é por ter doença oncológica que tem de ser referenciado pela psico-oncologia. Ela pode acontecer mais tarde por indicação do médico ou do enfermeiro", explicou.

Disse ainda que “cerca de 30% das pessoas em tratamento acabam por pedir a intervenção” da equipa de psico-oncologia “por não estarem a conseguir lidar com a situação, entrando em quadros de depressão, pânico, problemas existenciais ou confronto com as perdas".

Ao todo, desde 2004, foram atendidas 52 mil pessoas pelos quatro psicólogos no IPO, que regista por ano 10 mil novos casos, num atendimento, explicou Eunice Silva.

O diretor do serviço de Oncologia do Centro Hospitalar do Porto, António Araújo, realçou o facto de o cancro ter "um grande impacto físico na pessoa que sofre", requerendo por vezes apoio para além da família.

"Há mais de 12 anos disponível" naquele centro hospitalar que inclui o Hospital de Santo António, o serviço psico-oncologia tem atualmente um psiquiatra e uma psicóloga, números insuficientes para António Araújo que reclama "pelo menos mais três de cada especialidade".

Salientando que "muitos dos doentes estão referenciados", especificou que "cerca de 2.400 dos 4.000 novos casos por ano" aderem às consultas.

"A psico-oncologia deve fazer parte do acompanhamento dos doentes oncológicos desde o diagnóstico", defendeu o diretor do serviço, alertando que as consultas, por vezes, vão para além da alta médica devido às "cicatrizes de nível psicológico".

Psicóloga do serviço de oncologia médica do Centro Hospitalar São João, Susana Samico considera que o doente "tem de ser visto de uma forma holística" e a parte psicológica "é fundamental para a adesão aos tratamentos".

"Aqui, nem todos passam pela consulta, pois há alguns que estão ajustados e nem necessitam da mesma abordagem", argumentou, revelando que em 2016 o “São João” acompanhou 426 novos casos num total de 1803 novos doentes oncológicos.

Com duas psicólogas a fazer as consultas num serviço a funcionar desde 1993 no maior hospital da região Norte, "uma grande maioria dos doentes continua a ser seguida após receber a alta".

Este facto "obriga a uma gestão muito grande de agendas e de horários" buscando uma resposta à procura, revelou a psicóloga, não excluindo que “a chegada de mais colegas ajudaria no acompanhamento".

São as doentes do cancro da mama, "que tal como os do cólon, são em maior número, quem mais acorre ao serviço", explicou Susana Samico, sendo também frequente a presença de doentes de cancros hepatobiliares, "que, devido à agressividade dos tratamentos, acabam por procurar apoio".

Reunidas em livro
O mais antigo sobrevivente de um transplante de medula em Portugal submeteu-se a esta intervenção há 30 anos, aos três anos de...

A história de Joel é a primeira de 30 que constam de um livro que será lançado no próximo dia 18, com o qual a Unidade de Transplante de Medula (UTM) do Instituto Português de Oncologia (IPO) Lisboa está a assinalar o pioneirismo da instituição nesta área.

Tal como Joel, outros 29 doentes dão o seu testemunho nesta publicação, que conta ainda com um depoimento do médico que dirige o departamento de hematologia e o serviço de transplantação de progenitores hematopoiéticos neste IPO, Manuel Abecassis, responsável pelo primeiro transplante.

O médico recorda que, “ao longo destes 30 anos, realizaram-se no IPO de Lisboa 1.858 transplantes (1.061 autólogos e 797 alogénicos), o que corresponde a um total de 1.665 doentes tratados”, sendo que “alguns foram submetidos a mais de um transplante”.

A celebração deste 30º aniversário ocorre numa altura em que a UTM se prepara para dar uma resposta mais adequada à procura, tendo em conta que atualmente nem todos os doentes que precisam encontram a devida resposta, por falta de capacidade.

“A resolução deste problema passa pelo aumento da capacidade de resposta da UTM, com a construção de uma nova unidade de internamento para doentes transplantados, um investimento de um milhão de euros”, segundo o IPO de Lisboa.

Este hospital adiantou que “a UTM será aumentada para 12 quartos individuais, todos adequados às especificidades dos doentes que necessitam de internamentos de longa duração, em ambiente de baixo teor microbiano (isolamento) e com os níveis de conforto, higiene e segurança recomendados”.

“Com este investimento, conseguiremos melhorar a qualidade dos serviços prestados aos doentes, que passarão a ser transplantados e internados em instalações adequadas, com conforto e em segurança. Os ganhos de produção também serão significativos: a abertura de mais cinco camas permitirá a realização de mais cinco transplantes por mês, 61 por ano, o que quase duplica a capacidade de resposta do IPO Lisboa”, indica a instituição.

A construção desta nova unidade de transplantação de medula deverá permitir a realização de 147 transplantes no primeiro ano e 156 transplantes a partir do segundo ano, após o período de adaptação da equipa de saúde à nova estrutura de internamento.

Francisco Ramos, presidente do conselho de administração do IPO de Lisboa, escreveu no livro “30 anos – 30 escolas” que a sua equipa está determinada “a continuar a fazer história”.

“Queremos continuar na vanguarda das atividades médica, científica, assistencial e de formação. Queremos responder em tempo útil às necessidades dos doentes que precisam de ser transplantados. Queremos responder em tempo útil às necessidades dos doentes que precisam de ser transplantados. Queremos continuar a prestar cuidados de saúde de qualidade. Queremos continuar a tratar e a cuidar com humanidade e a ser merecedores da confiança que os doentes e a sociedade depositam”, lê-se no livro.

No dia do lançamento deste livro será igualmente lançada a Agenda Solidária 2018, cuja verba resultante das vendas contribuirá para a construção da nova UTM do IPO de Lisboa.

O livro conta com o alto patrocínio do Presidente da República – que estará presente no lançamento do livro “30 anos – 30 histórias” e da Agenda Solidária 2018 – e reúne textos de 12 personalidades que partilham uma história importante sobre uma “primeira vez” que fez a diferença no seu percurso de vida e na sua entrega aos outros.

Guilherme de Oliveira Martins, Rita Blanco, Frei Fernando Ventura, Fátima Lopes, Rodrigo Guedes de Carvalho, Maria Manuel Mota, Rui Patrício, Patrícia Reis, Zé Pedro, Clara Ferreira Alves, Bruno Nogueira e Maria Teresa Horta são os autores dos 12 textos.

Rumo
A importância de dar apoio psicológico em português a quem vive longe do país fez surgir a plataforma online Rumo, que em breve...

A ideia surgiu ao doutorando na Universidade de Leicester, no Reino Unido, na sequência de uma experiência pessoal, quando necessitou de se submeter a um processo psicoterapêutico, em 2015.

"Comecei à procura em Leicester, onde estava há oito meses, e comecei a perceber que não havia serviço de psicoterapia só para emigrantes. Havia algumas clínicas que faziam online, mas não um serviço exclusivo dedicado à emigração", recordou.

Valente Gonçalves acabou por ser acompanhado em inglês na própria universidade mas, confessou, "havia muitas situações em que queria dizer alguma coisa e não sabia como traduzir”, apesar de o seu inglês “ser bom".

Em discussão com colegas de várias nacionalidades, perceberam que "falar na própria língua poderia ter alguns benefícios" e formulou a ideia de oferecer terapia no chamado Síndrome de Ulisses, a inteligência cultural.

Juntamente com Carolina Oliveira Borges, começaram a trabalhar numa plataforma ‘online’ [www.rumo.solutions], em que é possível marcar uma sessão e escolher o profissional com quem pretende ter a consulta, que é feita através do programa de comunicação à distância Skype.

A Rumo foi lançada publicamente em dezembro de 2016, no Fórum Anual de Graduados Portugueses no Estrangeiro, realizado em Coimbra e desde então atraiu cerca de 40 “clientes”, termo usado pelos psicólogos para designar os seus pacientes.

A maioria é da área da academia e da ciência, com um perfil de trabalho especializado, e em cargos de chefia, como líderes de investigação, ou a realizar doutoramentos e pós doutoramentos no Reino Unido.

"Nos académicos ou pessoas de cargos de chefia sente-se muito a exaustão, a necessidade de resolver conflitos com pessoas de outras culturas. É interessante pôr as pessoas a pensar e a promover a inteligência emocional e a empatia para conseguirem resolver esses conflitos num meio onde estão culturalmente integrados, ou sem tanta empatia, e com pessoas com as quais não partilham a cultura", refere Valente Gonçalves.

Um outro grupo de "clientes" são trabalhadores com profissões menos qualificadas, cujos problemas estão sobretudo relacionados com o isolamento social e ansiedade do quotidiano.

O psicólogo disse que, para "essas pessoas faz sentido falar na própria língua”. “Tivemos um cliente que nos disse: vocês dão conforto cultural".

Recentemente, a Rumo também promoveu experiências no campo da responsabilidade social, a pessoas sem capacidade económica ou em duas ocasiões excecionais este ano, na sequência do atentado terrorista de Manchester, em maio, e do incêndio na torre de Grenfell, em junho.

Francisco Valente Gonçalves encontra-se a terminar a tese de doutoramento relacionada com ciências forenses, mas entretanto iniciou atividade como consultor de recursos humanos com trabalho, em Portugal.

Porém, mantém-se empenhado neste projeto, no qual o investimento inicial de 60.000 euros já foi recuperado.

Até ao final do mês, a equipa vai triplicar e em breve será aberto um programa piloto em língua inglesa, francesa e alemã, em parceria com grupo hospitalar de Loulé, onde existem muitos emigrantes.

"Só vamos meter novos profissionais porque já percebemos que isto resulta", vincou. 

Associação Zero
Os portugueses vão poder ter acesso a informação, através do telemóvel, sobre a presença de substâncias químicas perigosas nos...

A Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero, é o parceiro para Portugal do projeto Life AskReach, financiado pelo Programa Life da União Europeia (UE), liderado pela Agência Ambiental Alemã e envolvendo 13 países.

O objetivo da iniciativa é sensibilizar os cidadãos e as empresas para a "necessidade de estarem informados sobre a presença de substâncias químicas perigosas em artigos e promover a sua substituição", permitindo tomar decisões responsáveis, refere um comunicado da Zero.

Os consumidores poderão usar uma aplicação para 'smartphone' e obter informação sobre estas substâncias ou enviar pedidos de esclarecimento aos fornecedores.

Realçando que se trata de divulgar artigos com menos químicos perigosos, a associação ambientalista explica que nem todos os cidadãos têm conhecimento que alguns dos artigos comprados, como roupa, calçado, móveis, materiais de construção e mesmo livros, "poderão não ser tão seguros como parecem".

Os produtos podem conter substâncias que 'Suscitam Elevada Preocupação' (SVHC), incluindo "carcinogéneos, desreguladores endócrinos" e elemento que podem afetar o ambiente.

Além de informar os cidadãos europeus, o projeto Life AskReach pretende sensibilizar a indústria e os retalhistas para a presença daquelas substâncias, promovendo a sua substituição.

O regulamento europeu sobre substâncias químicas - REACH – determina que, se uma substância classificada como SVHC está presente num artigo com uma concentração acima de 0,1%, essa informação tem que ser comunicada ao longo da cadeia da produção e fornecimento.

"Os consumidores também têm o direito a solicitar esta informação e podem usá-la para tomar decisões informadas quando vão adquirir um produto ou artigo", realça a Zero.

A associação avança que várias grandes empresas "já expressaram o seu apoio ao projeto e serão os primeiros" a colocar a sua informação numa base de dados, sobre a presença ou não de substâncias químicas que suscitam elevada preocupação nos seus produtos.

Entre os 20 parceiros do projeto estão entidades cuja atividade está relacionada com esta assunto, institutos de investigação, organizações não-governamentais de ambiente e organizações de defesa dos consumidores.

Opinião
Hoje é o Dia Mundial da Alimentação.

Se nós somos o que comemos, então devemos fazê-lo de uma forma que nos permita manter jovens e saudáveis.

Se o homem é um ser eminentemente inteligente porque não aplica essa característica à sua nutrição? A escolha dos alimentos deve, assim, ser uma opção informada e preocupada não só com o nosso próprio bem-estar e prevenção de doenças, mas também com a preservação do planeta e, acima de tudo, das gerações futuras.

Se podemos fazer escolhas porque não optar por uma alimentação biológica que nos fornece maior riqueza vitamínica, mineral e antioxidante, que contribui para um stress oxidativo mais controlado, para um menor aporte tóxico, para favorecer a desintoxicação hepática e para otimizar o perfil inflamatório.

São já muitos “ses” que devem desaparecer rapidamente do nosso quotidiano.

O aumento da taxação dos produtos com maior teor de sal e açúcar previsto no Orçamento de Estado de 2018 pode ajudar a evitar a sua aquisição, mas não lhes retira a vontade. Afinal, trata-se apenas de um pequeno passo de uma maratona que ainda falta percorrer; é preciso apostar muito forte em informação e prevenção que passam pela formação e pela consciencialização.

Se a isto acrescentarmos boas práticas e cumprimento e fiscalização das regras que devemos autoimpor-nos, então já teremos percorridos uns bons quilómetros dessa prova que nos conduzirá à saúde e ao bem-estar.

Torna-se, pois, cada vez mais imperativo a criação de uma corrente de opinião que alerte para a necessidade da criação de uma consciência da importância que a alimentação biológica e inteligente tem para a saúde humana. E esta convicção permitirá ao ser humano um futuro com mais saúde e com melhores condições de vida. O Estado, por seu lado, também sairá beneficiado porque reduzirá fortemente os custos associados ao tratamento das doenças crónicas.

Com a alimentação inteligente e Biológica podemos prevenir mais de 50% das doenças cronicas, reduzir os gastos com medicamentos e despesas medicas.

Alimentação saudável – a única opção para viver mais e manter-se jovem e saudável!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Deloitte
O preço dos cereais, batatas fritas e bolachas pode aumentar até 65% no próximo ano devido ao novo imposto sobre o elevado teor...

De acordo com a proposta de OE2018 entregue na sexta-feira à noite ao parlamento, o Governo quer criar um novo imposto de 0,80 euros por quilo sobre as bolachas, biscoitos, batatas fritas e desidratadas e flocos de cereais, quando estes alimentos tiverem mais de 1 grama de sal por cada 100 gramas de produto.

A taxa é devida pelos produtores ou por quem introduza no consumo este tipo de produtos e, segundo uma análise da consultora Deloitte, assumindo que os produtores e comerciantes passarão a totalidade do custo com o novo imposto para os consumidores, poderá haver aumentos até 65% nestes produtos.

A Deloitte dá o caso de um pacote de 200 gramas de bolacha Maria: neste caso, o novo imposto será de 0,16 euros, ao qual terá de se adicionar o IVA correspondente, ou seja, um total de 0,20 cêntimos adicionais por cada pacote.

"Considerando que existem no mercado pacotes de bolacha Maria com um preço de venda ao público de 0,30 euros, passarão a custar 0,50 euros, um aumento superior a 65% no preço do produto", explica o fiscalista Afonso Arnaldo.

Já no caso de uma embalagem de 'corn flakes' de 500 gramas, que até aqui custaria cerca de um euro, o novo imposto será de 0,40 euros, o que significa um aumento de 0,49 euros (incluindo os 0,09 euros de IVA). Assim, a partir de 2018, este produto passa a custar 1,49 euros, um aumento de 49,2%.

No exemplo de um pacote de batatas fritas, pode haver aumentos de 16,4% no preço final do produto. Se até aqui, o consumidor paga 1,50 euros por um pacote de 250 gramas, com este novo imposto passa a pagar 1,75 euros (0,20 euros do novo imposto mais 0,05 euros do IVA).

Segundo a proposta de OE2018, o Governo prevê que novo imposto sobre os alimentos com elevado teor de sal renda aos cofres do Estado uma receita de 30 milhões de euros, que é "consignada ao Serviço Nacional de Saúde, para a prossecução dos programas para a promoção da saúde e para a prevenção da doença".

Instituto de Medicina Molecular
No biobanco do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa, que guarda milhares de amostras de sangue, soro ou tumores para...

Criado há seis anos, o biobanco ocupa um espaço exíguo no mesmo edifício que alberga o instituto.

Passando uma porta, logo à entrada, Fabiana Rodrigues, técnica responsável pela gestão de pedidos de amostras, extrai com uma pipeta porções de soro recolhidas de doentes com artrite reumatoide, uma doença autoimune e uma das várias patologias crónicas representadas no biobanco.

O pedido de amostras de soro de doentes com artrite reumatoide chegou de um investigador que, como noutras situações, pretende testar um medicamento ou pesquisar novos biomarcadores da doença.

Por detrás de Fabiana Rodrigues, em cima de prateleiras, dispõem-se frascos com as tampas coloridas de pequenos tubos de plástico que hão de receber as novas amostras que chegarem ao biobanco.

Ângela Afonso, uma outra técnica, que faz a gestão da base de dados, explica que, para facilitar o trabalho, as diferentes doenças, às quais estão associadas as amostras, são identificadas pela cor das tampas dos tubinhos.

O laranja é para os cancros, o verde para os acidentes vasculares cerebrais e outras doenças neurológicas, o castanho para as pulmonares, o azul para as relacionadas com o movimento, o rosa para as patologias do sangue, o preto para as do aparelho gástrico, o roxo e o vermelho para as reumáticas.

Há ainda as tampas amarelas para as amostras de material biológico de crianças e as transparentes para as amostras de dadores saudáveis.

Ao todo, o biobanco do Instituto de Medicina Molecular (IMM) reúne cerca de 167 mil amostras biológicas - sangue e soro, em maior número, osso, tecidos tumorais, ADN, saliva e líquido de cartilagens - doadas por quase 16 mil pessoas, a maioria doentes.

No caso das amostras dos doentes, o principal fornecedor do biobanco, pela sua localização próxima, é o Hospital de Santa Maria, que, com o Instituto de Medicina Molecular, a Faculdade de Medicina e o Hospital Pulido Valente, forma o Centro Académico de Medicina de Lisboa.

A colheita das amostras de controlo, de pessoas saudáveis, tem sido feita na própria faculdade, em associações e empresas.

A próxima campanha de recolha decorrerá em 30 e 31 de outubro, por iniciativa do Fundo IMM-Laço, destinado à investigação sobre o cancro da mama, e que desafia os cidadãos, de boa saúde ou não, a darem sangue no instituto.

No biobanco, que a equipa técnica arrisca a dizer que é único em Portugal, dada a diversidade de amostras de material biológico disponíveis, as coleções distribuem-se, num minúsculo compartimento, por quatro arcas congeladoras e dois potes com azoto líquido, que, quando abertos, fumegam.

Nas arcas conservam-se a 80 graus negativos amostras mais recentes, até cinco anos. Numa delas estão 48.000 tubinhos e numa outra 60.000, conta a técnica Ângela Afonso, depois de abrir, com duas grandes luvas azuis calçadas, uma das arcas.

Lá dentro, depois de aberta uma das gavetas, não se vislumbra quase nada devido ao gelo, a não ser as cores das tampas dos tubinhos, arrumados em caixas.

Nos potes, as amostras, que são retiradas dos recipientes com uma pega fininha, são preservadas a 196 graus negativos e por mais tempo. No pote mais pequeno estão 3.500 e no maior 6.000, precisa Ângela Afonso.

Para saberem exatamente em que parte das caixas e em que sítio da arca ou do pote estão os tubos com as amostras pretendidas, os técnicos do biobanco socorrem-se de um 'software' informático, o mesmo que dá um código a cada amostra, para salvaguardar a identidade do dador, e o associa à informação clínica da pessoa.

Regularmente, são feitos testes de qualidade às amostras para verificar o estado das proteínas ou do ADN, esclarece um dos codiretores do biobanco, Sérgio Dias.

São sobretudo cientistas que trabalham em Portugal quem mais procura os serviços do biobanco. Mas já tem havido solicitações da Alemanha, Espanha, França e dos países nórdicos, adiantou, acrescentando que os pedidos de amostras (que são pagas) são avaliados por uma comissão ética e científica tendo em conta a pertinência da investigação.

O biobanco não é um mero armazém, segundo Sérgio Dias. Pretende estar à disposição dos cientistas, pelo que a ideia é ter "o maior número possível de coleções atraentes para os investigadores fazerem perguntas", sublinhou.

Além de reunir coleções de material biológico, com as quais é possível acompanhar a evolução da doença de um dador, o biobanco do Instituto de Medicina Molecular isola células do sangue e de tumores e cultiva, a partir de biópsias de pele, fibroblastos, células que têm a capacidade de se diferenciarem noutras, como as de tecido muscular, ósseo, cartilaginoso e adiposo, sendo por isso importantes para a regeneração de órgãos.

Em marcha está a possibilidade de o biobanco vir a recolher e guardar cérebros, peças de estudo preciosas para os neurocientistas.

Sérgio Dias gostava que o serviço que dirige tivesse também equipamentos para conservar amostras de fezes, essenciais para estudar o microbioma (a população de microrganismos, como as bactérias, que vive no intestino).

Mas, para tal, assinalou, serão necessárias instalações mais amplas do que as atuais, que, ao contrário das tampas dos tubinhos com as amostras, são praticamente monocromáticas.

ASAE
Cerca de 21 toneladas de pescado congelado, no valor de 64 mil euros, foram apreendidas pela Autoridade de Segurança Alimentar...

Segundo a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), foram alvo das ações de fiscalização, um entreposto frigorífico em Montemor-o-Novo e uma indústria de preparação e transformação de produtos da pesca, no concelho de Viseu, sendo o objetivo das operações “garantir o cumprimento dos requisitos gerais em termos de Segurança Alimentar”.

Como resultado destas ações foram instaurados dois processos de contraordenação por falta de requisitos em géneros alimentícios e por se encontrarem prontos para serem introduzidos no mercado pescado congelado e marisco, cuja rotulagem omitia da lista de ingredientes os aditivos utilizados na sua vidragem, adianta a ASAE em comunicado.

Na sequência das fiscalizações, foram “apreendidas cerca de 21 toneladas de pescado congelado, num valor total que ronda os 64 mil Euros”.

As ações foram realizadas pela Unidade Regional do Sul da ASAE e pela brigada especializada de fiscalização das indústrias de produtos de origem animal da Unidade Regional do Centro.

A ASAE afirma no comunicado que “continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos e de forma a garantir a Segurança Alimentar dos produtos”.

Estudo
Mais de 90% dos inquiridos num estudo sobre cuidados paliativos disseram saber o que são estes cuidados, mas apenas 75%...

O estudo “Cuidados Paliativos: o que sabem os portugueses”, promovido pela Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP)e que envolveu 795 pessoas, com 18 ou mais anos, visou conhecer a realidade portuguesa face ao desenvolvimento dos cuidados paliativos nos últimos dez anos em Portugal.

As conclusões do estudo, apresentadas sábado, no seminário “Vida com dignidade e qualidade até fim”, na Fundação Gulbenkian, revelam que existe um “bom conhecimento acerca do conceito, objetivos e forma de trabalho dos cuidados paliativos”.

Contudo, ainda há 6,6% que pensa que estes cuidados visam atrasar ou adiar a morte, um número que preocupa a APCP, promotora do estudo divulgado no mês dos Cuidados Paliativos (outubro).

“É preocupante termos perto de um milhão de pessoas [traspondo os números para a população em geral] que acha que os cuidados paliativos são apenas para atrasar a morte, isto contraria um princípio filosófico”, disse o presidente da APCP, Manuel Capelas.

“É preciso todos nós fazermos mais para clarificar verdadeiramente o que são os cuidados paliativos”, porque “não basta as pessoas saberem só a definição”, defendeu.

Para o responsável, é necessário “levar uma mensagem mais adequada” às pessoas, tendo em conta a idade, as habilitações literárias e o nível socioeconómico, para que “entendam em que é que constam este tipo de cuidados” e saibam que têm direito a usufruí-los e a exigi-los junto dos profissionais de saúde.

Segundo o estudo, 90,4% dos inquiridos entendem o que são os cuidados paliativos.

As mulheres são as que apresentam o melhor nível de entendimento, assim como os mais novos, os solteiros e pessoas com habilitações literárias mais elevadas e maiores rendimentos, adianta o estudo.

Para Manuel capelas, estes dados indicam que há “uma grande franja da população que tem dificuldade em perceber e não entende o que são os cuidados paliativos”, o que exige um “maior dinamismo de disseminação destes conhecimentos junto da população”.

Os dados apontam também que 64,9% nunca tiveram qualquer contacto com equipas de cuidados paliativos, embora já tivessem ouvido falar delas, enquanto 6,7% desconheciam a sua existência

Cerca de 19% já tinham contactado com estas equipas por motivos familiares, 5,3% por motivos pessoais e 4,6% por motivos pessoais e familiares.

Mais de 80% disseram que gostariam de ser cuidados (84,6%) ou que o seu familiar (85,7%) fosse cuidado por uma equipa de cuidados paliativos.

Mais de metade dos inquiridos (51,9%) associou os cuidados paliativos às palavras médicos, 50,2% ao bem-estar, 49,2% à tranquilidade, 46,8% ao hospital e 43,8% ao sofrimento.

Houve ainda pessoas que associaram estes cuidados às palavras psicólogos (42,3%), morte (41,6%), fármacos (38,6%), cancro (36,9%), esperança (20,9%), vida (17,1%), vontade (15,1%), lares (13,6%), alegria (8,1%), centro de saúde (7,8%) e cura (4,5%).

Manuel Capelas observou que as pessoas não associam estes cuidados às palavras "casa" e "centros de saúde", o que "até faz uma certa antítese com o local em que as pessoas desejam morrer e ser cuidados, que é na própria casa".

OE2018
O Governo fixou em 0,80 euros por quilo o valor da taxa do imposto para os alimentos com elevado teor de sal, com a qual espera...

“A taxa do imposto é de 0,80 euros por quilograma”, lê-se no documento entregue pelo Governo na sexta-feira à noite no parlamento.

Este valor representa uma alteração face aos 0,80 cêntimos que constava numa versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), noticiada pela Lusa e datada de quinta-feira.

Ficam sujeitos a este imposto “bolachas e biscoitos pré-embalados, alimentos que integrem flocos de cereais e cereais prensados, pré-embalados, batatas fritas ou desidratadas, pré-embaladas, própria para alimentação nesse estado”.

Estão isentos de imposto os produtos que tenham um teor de sal inferior a 1 grama por cada 100 gramas de produto.

A proposta de OE contempla aumentos do imposto sobre a cerveja, as bebidas espirituosas e os vinhos licorosos em torno de 1,5%.

As cervejas vão passar a pagar um imposto que começa nos 8,34 euros por hectolitro para os volumes de álcool mais baixos e que vai até aos 29,30 euros por hectolitro no caso dos volumes de álcool mais elevados.

Com a entrada em vigor do Orçamento do Estado de 2017, o imposto aplicado às cervejas começava nos 8,22 euros e ia até aos 28,90 euros por hectolitro, o que significa que, no próximo ano, o Governo quer aumentar o imposto sobre a cerveja em cerca de 1,5%.

No caso das bebidas espirituosas, nas quais se inclui gin e vodka, por exemplo, a taxa de imposto aplicável também vai sofrer um aumento, mas de 1,4%, passando dos 1.367,78 euros por hectolitro atualmente em vigor para os 1.386,93 euros por hectolitro em 2018.

A taxa de imposto aplicável aos produtos intermédios, ou seja, os vinhos licorosos, aumenta de 75,05 euros por hectolitro para 76,1 euros, uma subida de 1,4%.

Por sua vez, as bebidas fermentadas, como os espumantes, vão pagar um imposto de 10,44 euros por hectolitro, um aumento de 1,4% face aos 10,30 euros por hectolitro durante 2017.

Nos refrigerantes, o Governo avança com um aumento até 1,5% do imposto a pagar e define uma nova reforma de taxar os concentrados.

O Governo pretende taxar a 8,34 euros por hectolitro (100 litros) as bebidas cujo teor de açúcar seja inferior a 80 gramas por litro e a 16,69 euros por hectolitro as bebidas cujo teor de açúcar seja igual ou superior a 80 gramas por litro.

Isto representa um aumento de 1,5% do IABA (o imposto sobre o álcool, as bebidas alcoólicas e sobre, desde 2017, as bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes) sobre os refrigerantes.

Quanto às bebidas concentradas, se para 2017 a taxa definida foi igual à estipulada consoante as gramas de açúcar por hectolitro (8,22 euros por hectolitro até 80 gramas de açúcar e 16,46 euros por hectolitro acima dessa quantidade de açúcar), para 2018 o Governo pretende que os concentrados sejam tributados também consoante a sua forma (líquida ou sólida).

EUA
O governador da Califórnia, Jerry Brown, declarou, na sexta-feira, o estado de emergência devido a um surto de hepatite A, que...

A medida tem como objetivo aumentar o fornecimento de vacinas para imunizar a população, a “ferramenta mais eficaz” para prevenir a propagação do vírus, afirmou a diretora do Departamento de Saúde Pública da Califórnia (CDPH), Karen Smith.

O surto começou em novembro de 2016 na área de San Diego, no sul do estado, onde, desde então, 490 pessoas foram infetadas, das quais 342 tiveram de ser hospitalizadas e 18 morreram.

O condado de Los Angeles declarou que o surto chegou à região oficialmente em 19 de setembro, após ter sido sinalizada a ocorrência de dois casos sem relação com o surto ocorrido em San Diego.

O de Santa Cruz, no norte da Califórnia, contabiliza mais de 70 casos.

Desde o início do ano, as autoridades da Califórnia distribuíram mais de 80 mil vacinas, sendo que a declaração do estado de emergência permite ao Departamento de Saúde Pública daquele estado a compra de doses adicionais diretamente aos fabricantes.

“O pedido de hoje [sexta-feira] ajudará a assegurar que se possa continuar a entregar as vacinas onde são mais necessárias”, sublinhou Karen Smith em conferência de imprensa.

O anterior surto de hepatite A nos Estados Unidos remonta a 2003, à Pensilvânia, com mais de 900 casos de contágio.

A hepatite A é uma infeção aguda que tem como principal modo de transmissão a via fecal-oral através da ingestão de alimentos ou água contaminados ou por contacto próximo com pessoas infetadas.

OE2018
O Governo conta arrecadar 166 milhões de euros através de medidas como a criação de uma contribuição extraordinária dos...

Segundo a proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2018, entregue na sexta-feira pelo Governo na Assembleia da República, estão definidas seis medidas do exercício de revisão da despesa com efeito orçamental.

Através da revisão de preços e comparticipações, o executivo conta reunir 15 milhões de euros. Com a revisão do Sistema Nacional de Avaliação de Tecnologias de Saúde, a receita deverá ser de nove milhões de euros e de 23 milhões de euros na área dos dispositivos médicos e reagentes.

As medidas transversais na área do medicamento deverão resultar numa verba de dez milhões de euros, a contribuição extraordinária dos dispositivos médicos dará 24 milhões de euros e o reforço da monitorização orçamental e poupança associada ao pagamento de dívidas renderão 75 milhões de euros.

Com o combate à fraude, o governo deve obter ganhos de dez milhões de euros em 2018, a mesma verba que estava prevista para o Orçamento do Estado deste ano.

No documento lê-se que, em 2017, foi criado o Grupo de Prevenção e Luta contra a Fraude, que “está a aperfeiçoar mecanismos de monitorização e prevenção da fraude na área da saúde, tendo identificado e reencaminhado para o Ministério Público e para a Polícia Judiciária, no primeiro semestre de 2017, um conjunto de casos que perfazem 21 milhões de euros”.

Ao nível do investimento em equipamentos e infraestruturas, a aposta do Ministério da Saúde passa pela “reabilitação e reequipamento das unidades de saúde (unidades de cuidados de saúde primários e cuidados de saúde hospitalares)” e o “lançamento do concurso do Hospital de Lisboa Oriental”.

A construção do Hospital de Sintra e o início dos projetos do Hospital de Évora e do Seixal estão igualmente previstas nesta proposta.

Em relação às Parcerias Público Privadas (PPP), os valores constantes do Orçamento do Estado para 2018 “preveem um aumento dos encargos com as PPP da saúde”, face aos valores previstos para 2017.

Tal subida é explicada “sobretudo por uma revisão das projeções de produção, em linha com a tendência que tem sido verificada no setor”.

Para o próximo ano, o Governo “prevê a continuidade e o aprofundamento das políticas seguidas em 2016 e 2017, de modo a prosseguir o aumento sustentado da capacidade de resposta” do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Prosseguirá a expansão da rede de cuidados de saúde primários, aumentando progressivamente o número de portugueses com médico de família atribuído, criando novas Unidades de Saúde Familiar (USF) e promovendo o desenvolvimento de um novo tipo de respostas, para que seja possível ao cidadão, num só local, obter a consulta e os meios de diagnóstico e de terapêutica, evitando as constantes deslocações para unidades longínquas e dispersas”, lê-se na proposta de lei.

O documento define que durante o próximo ano a quota dos medicamentos genéricos deve aumentar para 53%, medida em volume de unidades.

Os medicamentos genéricos atingiram no primeiro semestre deste ano um recorde de utilização, chegando aos 47,8% em julho.

Este Orçamento do Estado é ainda marcado pela criação de uma taxa a aplicar a alguns alimentos com teores de sal mais elevados.

OE2018
O Ministério da Saúde terá para gastar no próximo ano 10.289 milhões de euros, o que representa um aumento de 2,4% face ao...

Segundo a proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2018 entregue na sexta-feira pelo Governo na Assembleia da República, trata-se de um aumento de 360 milhões de euros face ao orçamento de 2017.

“Este aumento de despesa no Programa Saúde tem associado uma previsão de aumento de investimento de 16,1%”, refere o documento.

A maior parte da despesa da área da saúde vai para a aquisição de bens e serviços, com um peso de 55,3%, aqui incluindo-se as compras de medicamentos e meios complementares de diagnóstico e terapêutica, bem como os encargos com as parcerias público-privadas.

Já as despesas com pessoal representam 38,4% de toda a despesa consolidada, totalizando 3.951,2 milhões de euros, a que acrescerá em 2018 um reforço proveniente de dotação centralizada com o descongelamento das carreiras.

No universo das entidades públicas requalificadas, onde se incluem 39 entidades públicas empresariais como hospitais ou unidades locais de saúde, vai haver um crescimento de 4%, correspondendo a 206,2 milhões de euros.

Na proposta de Orçamento do Estado para 2018 entregue na sexta-feira à noite pelo Governo no parlamento, o executivo prevê um défice orçamental de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) e um crescimento económico de 2,2% no próximo ano.

Relatório revela
A gripe e a vaga de frio terão sido responsáveis por 4.467 óbitos durante a última época gripal (2016/2017), segundo o...

O documento, elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), em colaboração com a Direção-Geral da Saúde (DGS), refere que durante a época de gripe 2016/2017 se terá registado um excesso de 4.467 óbitos em relação ao esperado.

Este excesso de mortalidade “coincidiu com um período epidémico da gripe e com um período em que se registaram temperaturas extremamente baixas, estimando-se que 84% dos excessos sejam atribuíveis à epidemia de gripe sazonal e 16% à vaga de frio”.

O relatório indica que, a nível hospitalar, “foi nos indivíduos adultos, com mais de 64 anos que se detetou uma maior percentagem de casos de gripe”.

“Foi também nos doentes mais velhos (com 65 ou mais anos) que se verificou a maior taxa de internamento hospitalar e em unidades de cuidados intensivos”, prossegue o documento, avançando que “a febre, as cefaleias, as mialgias, a tosse e os calafrios foram os sintomas mais frequentemente associados a casos de gripe confirmados laboratorialmente”.

Ao nível dos grupos de risco, “foi nos doentes com obesidade, diabetes e doença respiratória crónica que se observou a maior proporção de casos de gripe confirmada laboratorialmente, seguindo-se dos indivíduos com doença cardiovascular e doença renal crónica”.

“Nas mulheres grávidas foi observada uma maior proporção de casos de infeção pelo vírus da gripe quando comparadas com mulheres do mesmo grupo etário não grávidas”, lê-se no relatório.

Os autores lembram que “a vacina como a principal forma de prevenção da gripe é fortemente recomendada para pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos, grávidas e profissionais de saúde”.

OE2018
O ministro da Saúde sublinhou que as taxas sobre produtos menos saudáveis visam melhorar o consumo e a saúde dos portugueses e...

Questionado sobre a proposta para taxar alguns produtos com maior teor de sal que figura numa versão preliminar do Orçamento do Estado para 2018, Adalberto Campos Fernandes disse que o importante não é a receita que se venha a angariar.

“O mais importante é induzir a transformação dos agentes económicos e dos consumos”, declarou aos jornalistas à margem do Congresso dos Farmacêuticos, em Lisboa.

“Temos direito a dar aos portugueses uma vida melhor”, afirmou, aludindo à prevalência da diabetes e da hipertensão em Portugal.

O ministro da Saúde recusou referir aspetos concretos do Orçamento do Estado enquanto o documento não é entregue no parlamento, mas afirmou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai ter um reforço significativo.

Segundo uma versão preliminar da proposta de Orçamento de Estado para 2018 (OE2018), datada de quinta-feira, dia da reunião do Conselho de Ministros, e a que a agência Lusa teve hoje acesso, o Governo quer introduzir uma nova taxa sobre os alimentos, consoante o seu nível de sal.

Assim, ficam sujeitos a este imposto as bolachas, biscoitos, cereais e batatas fritas, “quando tenham um teor de sal igual ou superior a um grama por cada cem gramas de produto” ou dez gramas por quilo.

Cada quilo destes alimentos pagará uma taxa de 0,80 cêntimos, lê-se na versão preliminar a que a agência Lusa teve acesso, ficando isentos as bolachas, batatas fritas e cereais com menos de um grama de sal por cada cem gramas de produto.

Recentemente, Adalberto Campos Fernandes revelou que os portugueses vão consumir este ano menos 4.225 toneladas de açúcar graças à taxação de bebidas açucaradas, que levou a indústria a vender alternativas mais saudáveis, disse o ministro da Saúde.

O ministro sublinhou o sucesso desta taxação que, mais do que os impostos arrecadados, fez com que os portugueses ingerissem menos açúcar.

Refluxo ácido
A azia é também conhecida como refluxo ácido e ocorre quando acontece o refluxo dos ácidos gástricos
Mulher com azia

Porque acontece a azia?

O estômago está protegido da acção dos ácidos gástricos pelo muco gástrico. Quando há refluxo dos ácidos para o esófago é quando ocorrem alguns sintomas desconfortáveis, como o ardor, devido à inexistência de qualquer camada protectora, da acção dos mesmos, no esófago.

Sintomas da azia

Normalmente a azia caracteriza-se pelo ardor e sensação de desconforto na garganta ou no peito. Estes sintomas poderão agravar-se se estiver deitado ou dobrado, e poderão fazer-se sentir com maior ou menor intensidade de pessoa para pessoa.

Esta é uma situação que costuma ocorrer, na maior parte das vezes, após as refeições e pode ser desencadeada pelo consumo de alguns alimentos, álcool, o stress e também durante a gravidez.

Causas da azia:

  • Comer em demasia;
  • Comer muito rapidamente;
  • Comer antes de se deitar;
  • Ingerir alimentos gordurosos;
  • Refeições muito condimentadas com picante, tomate ou cebola;
  • Ingerir bebidas com cafeína, álcool ou de citrinos;
  • A toma de alguns medicamentos para o coração, asma ou hipertensão;
  • Excesso de peso;
  • Fumar.

Como prevenir a azia:

  • Não exagere às refeições;
  • Coma devagar e mastigue bem os alimentos;
  • Evite beber café e outras bebidas estimulantes;
  • Evite comer chocolate;
  • Evite refeições muito condimentadas, os picantes e os fritos;
  • Beba bastante água ao longo do dia;
  • Evite fazer intervalos muito longos entre as refeições;
  • Durma com o tronco numa posição mais elevada;
  • Tente manter sempre uma postura direita.

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Esofagite

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Entidade Reguladora da Saúde
A Entidade Reguladora da Saúde recebeu 32.562 reclamações de utentes no primeiro semestre deste ano, com os procedimentos...

Segundo um relatório da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) relativo ao sistema de gestão de reclamações nos primeiros seis meses de 2017, 70,5% das queixas foram dirigidas a prestadores do setor público.

No mesmo período de 2016, chegaram à ERS 29.014 reclamações, dos quais 71,4% dirigidas a prestadores do setor público.

Já este ano, a seguir aos procedimentos administrativos, que incidiram particularmente sobre “a qualidade da informação institucional disponibilizada”, os tempos de espera merecem o maior número de reclamações.

Neste capítulo, predomina “o tempo de espera para atendimento clínico não programado superior a uma hora”.

Em terceiro lugar ficou a “focalização no utente”, ou seja, “as questões relacionadas com delicadeza/urbanidade do pessoal clínico”.

Segundo o documento, o setor público reuniu também a maioria (54,7%) dos 4.165 elogios submetidos à ERS.

“A maioria dos elogios foi dirigida ao funcionamento dos serviços clínicos das instituições, com 29,3% de ocorrências em 45,4% dos louvores, seguindo-se os louvores ao pessoal clínico”, lê-se no documento.

Em matéria de sugestões, chegaram à ERS 555 processos, dos quais 64% referentes a estabelecimentos do setor público.

“A maioria das sugestões foi dirigida à qualidade das instalações, com 28,2% de ocorrências em 31,5% dos processos”, prossegue o texto do relatório.

Alentejo Litoral
A deteção de um cavalo infetado com o vírus do Nilo Ocidental, em Alcácer do Sal, levou a Autoridade de Saúde do Alentejo...

"A situação [de infeção de um equídeo] foi identificada no âmbito das ações de vigilância dos serviços veterinários relativamente aos cavalos", disse hoje em declarações à agência Lusa a delegada de Saúde do Alentejo, Filomena Araújo, que esclareceu não existir informação de qualquer pessoa infetada até ao momento.

No entanto, para prevenir situações de eventual infeção, a Autoridade de Saúde do Alentejo Litoral emitiu esta semana um comunicado no sentido de "informar a população", bem como de divulgar "recomendações" de "medidas de proteção" em relação aos mosquitos, "que são os transmissores do vírus do Nilo".

Aplicar repelente de insetos, em particular ao amanhecer e entardecer, colocar o repelente após a aplicação do protetor solar, proteger janelas, carrinhos de bebé e berços com redes mosquiteiras, usar calças, camisolas de manga comprida e calçado fechado são as recomendações feitas pela entidade responsável pela Saúde Pública na região.

A Autoridade de Saúde recomenda ainda "eliminar os locais de reprodução de mosquitos, como poças e charcos".

"Neste momento não temos informação de haver pessoas infetadas nem de ter mosquitos também identificados", indicou Filomena Araújo, que esclareceu estar em curso a nível nacional "um programa de vigilância de mosquitos que possam transmitir este tipo de doenças" e que "também funciona na zona de Alcácer do Sal".

"Havendo esta ocorrência, importa-nos alertar as pessoas de modo a saberem como proceder para eventual risco", acrescentou a mesma responsável, que assegurou que a "situação está neste momento sob controlo".

OE2018
A bastonária da Ordem dos Nutricionistas aplaudiu hoje a taxa prevista no próximo Orçamento do Estado para alguns alimentos com...

De acordo com uma versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), a que a Lusa teve acesso, o Governo quer taxar bolachas, biscoitos, cereais e batatas fritas que tenham um teor de sal igual ou superior a 1 grama por cada 100 gramas de produto.

Defensora da medida, a bastonária Alexandra Bento entende, no entanto, que o Governo não se deve limitar a apresentar “medidas fiscais isoladas” mas sim um conjunto de iniciativas “que incentivem a população a ter uma alimentação saudável”, tais como aumentar a disponibilidade de alimentos saudáveis e de literacia nesta área.

Também o diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável acolhe positivamente a nova taxa, lembrando que “o consumo excessivo de sal é um dos principais problemas de saúde pública em Portugal”.

Pedro Graça salienta a elevada prevalência da hipertensão em Portugal, bem como o facto de as doenças do cérebro e cardiovasculares, como o AVC, serem um dos principais problemas no país.

O responsável do Programa da Direção-geral da Saúde espera que haja uma “reformulação dos produtos com excesso de sal que circulam nos supermercados”, tal como aconteceu com a taxa aprovada no ano passado para as bebidas açucaradas.

“Espero que os produtos sejam reformulados para que os cidadãos tenham umas toneladas a menos de sal à sua mesa ao fim do ano”, afirmou Pedro Graça em declarações à Lusa, ressalvando contudo que não teve ainda acesso ao conteúdo da proposta de Orçamento do Estado para 2018.

Segundo a versão preliminar, as bolachas, batatas fritas e cereais com menos de um grama de sal por cada 100 gramas de produto ficam isentos da taxa que terá um valor de 0,80 cêntimos por cada quilo de alimentos.

Esta nova taxa é aditada ao Código dos Impostos Especiais de Consumo (IEC) e a receita obtida é “consignada à prossecução dos programas para a promoção da saúde e para a prevenção da doença geridos pela Direção-Geral da Saúde”.

Em declarações à Lusa, a bastonária da Ordem dos Nutricionistas defendeu que “a verba da taxa devia ser aplicada diretamente no assunto relacionado com a taxa”, ou seja, em melhoria dos hábitos alimentares dos portugueses.

Por isso, a ON entende que os eventuais "milhões de euros" arrecadados devem ser canalizados para campanhas de promoção da alimentação saudável, para ter nutricionistas que possam atender a população, para conseguir acordos de autorregulação com a indústria alimentar e ainda conseguir envolver a restauração coletiva.

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