Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil
«Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» é o maior programa gratuito de educação para a saúde em Portugal que mobiliza...

Antecipando o Dia Mundial da Obesidade que se assinala amanhã (11 de outubro de 2017) a APCOI (Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil) reforçou esta manhã, o convite a todos os professores e educadores para inscreverem as suas turmas na 7ª edição do projeto através do site oficial ou pelo telefone 210961868 até ao final desta semana. «Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável» que é atualmente a maior iniciativa gratuita de educação para a saúde do país e pretende mobilizar toda a população portuguesa através das escolas, para a importância de prevenir a obesidade e o excesso de peso que afeta atualmente 28,5% das crianças em Portugal.

“Comer legumes para aumentar os super poderes” é o tema do ano desta 7ª edição do projeto «Heróis da Fruta» e tem como principal meta “motivar as crianças a ingerir legumes na quantidade diária recomendada pela Organização Mundial de Saúde, ou seja, pelo menos duas porções”, refere Mário Silva, presidente e fundador da APCOI acrescentando ainda que “dadas as impressionantes estatísticas de sucesso obtidas nos anos letivos anteriores em relação ao aumento do consumo de fruta nas crianças participantes, será muito interessante estender estes resultados positivos aos legumes e conseguir pôr as crianças em Portugal a comer mais saladas e vegetais no prato, ao almoço e ao jantar, todos os dias”.

Depois de fazer a inscrição, sem qualquer custo em www.heroisdafruta.com, a escola recebe acesso aos materiais pedagógicos de que necessita para implementar o projeto nas suas turmas. “Trata-se de um modelo chave-na-mão que qualquer estabelecimento de ensino público ou privado poderá colocar em prática de uma maneira simples, eficaz e gratuita”, referiu Mário Silva.

A primeira etapa do projeto decorre de 17 de outubro de 2017 a 19 de janeiro 2018 e propõe às escolas participantes a realização de cinco tarefas entre as quais o «Hino dos Heróis da Fruta», na qual as turmas terão de inventar uma letra inspirada no tema do ano e gravar um vídeo criativo com os alunos a cantar. O Júri composto por músicos e vários artistas nacionais elege como vencedores os cinco mais criativos, mas este ano para aumentar o envolvimento dos encarregados de educação no projeto, o público também terá um papel decisivo na escolha de dois vencedores adicionais: o hino mais votado e o hino mais partilhado.

Mudanças nos hábitos dos alunos participantes na edição anterior do projeto «Heróis da Fruta»:

A equipa de investigadores da APCOI, analisou os efeitos da implementação da 6ª edição do projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» nas alterações de hábitos alimentares dos alunos participantes. Comparando os dados iniciais, com os recolhidos após as 12 semanas de participação no projeto «Heróis da Fruta» observou-se que globalmente 41,9% das crianças aumentou o seu consumo diário de fruta.

Também observou-se que a percentagem de crianças com obesidade reduziu de 12,7% para 11,3%, correspondendo a uma descida média de 1,4%. Todas as regiões verificaram uma redução da prevalência de obesidade com a participação no projeto «Heróis da Fruta», tendo a Região da Madeira registado a maior descida com uma percentagem de 2,9%.

Foi também a Região da Madeira que registou as maiores e mais positivas diferenças no momento pós intervenção do projeto «Heróis da Fruta», em todas as categoriais do Estado Nutricional, nomeadamente: redução de Pré-Obesidade (1,5%), redução de Baixo Peso (1,9%) e aumento de Peso Normal (6,2%). Destaca-se ainda a Região do Algarve que conseguiu alcançar a maior redução do baixo peso com uma percentagem de 2,8%.

A 7ª edição do projeto «Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável» é realizada com o apoio solidário da Associação Mutualista Montepio através do Clube Pelicas, Aquafresh, Lusíadas Saúde, Staples e Vitacress que nesta inédita edição, vão oferecer muitos mais prémios às crianças: mais de 50 escolas serão visitadas por nutricionistas que realizarão divertidas sessões lúdico-pedagógicas sobre alimentação saudável. Além disso, todas as escolas que concluírem as tarefas da primeira etapa vão receber um prémio surpresa.

As inscrições estão abertas para jardins de infância, escolas de 1º ciclo do ensino básico, bibliotecas escolares, ATL’s, públicos ou privados, de todo o país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, sendo apenas necessária uma inscrição gratuita no site oficial do projeto ou do telefone 210961868 até 13 de outubro de 2017.

Dia Mundial de Saúde Mental
Mais de 4% da população dos Açores entre os 20 e os 74 anos afirma sofrer de depressão, enquanto mais de 5% declara sentir...

Os números foram avançados hoje pela diretora regional da Saúde, Tânia Cortez, no âmbito do seminário “Saúde Mental no Local do Trabalho”, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, para assinalar o Dia Mundial de Saúde Mental, numa organização do Centro Paroquial de Bem Estar Social São José, em parceria com a Associação para a Promoção da Saúde Mental (ANCORAR) e o Hospital do Divino Espirito Santo.

A governante, em declarações aos jornalistas, referiu que “4,4% da população açoriana entre os 20 e 74 anos afirma sofrer de depressão e 5,4% de ansiedade, segundo um inquérito de 2015”, acrescentando que "um terço da população açoriana, entre os 20 e 74 anos, afirmou sentir-se com alterações psicológicas, de acordo com os dados do inquérito regional de saúde em 2014".

Tânia Cortez disse que não existem na região "estudos propriamente concretos que definam quantas pessoas sofrem de depressão, ou quantas têm ansiedade ou esquizofrenia".

"Não existe ainda este estudo totalmente definido por patologia, existem inquéritos nacionais que depois abordam a região num modo generalista", sustentou, frisando que "é preciso combater o estigma da doença mental", através de uma intervenção desde "a infância até à idade adulta".

Tânia Cortez adiantou ainda que já foi nomeado o responsável pela Rede de Cuidados Continuados ao nível mental.

"Temos que incluir a comunidade no tratamento destes doentes, mas temos que perceber que existem instituições que devem ser usadas quando é necessário, porque nem todos os doentes precisam de institucionalização", referiu.

Um estudo, cujos dados preliminares foram divulgados no seminário, sobre fatores de risco psicossociais no local de trabalho, permitiu inquirir 577 dos 1600 trabalhadores do Hospital de Ponta Delgada, sendo que cerca de 30% dos inquiridos estão expostos a um risco relacionado com síndrome de 'burnout' que é caracterizado por exaustão ou por falta de motivação em relação ao trabalho devido a exigências emocionais ou cognitivas.

Joana Moreira, enfermeira do Serviço de Psiquiatria do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, que realizou o estudo, ao longo deste ano, no âmbito da tese de mestrado em psicologia, explicou que foram inquiridos colaboradores entre os 18 e 60 anos, mas "na generalidade os mais velhos não estão tão expostos ao risco de desenvolver 'burnout' e sintomas depressivos", acrescentando que quanto à questão do bem estar no trabalho "os resultados são bastantes positivos".

O presidente da direção do Centro Paroquial de Bem Estar Social de São José, Duarte Melo, defendeu a necessidade de um trabalho em rede com várias instituições e parceiros públicos e privados, frisando que "nos Açores consomem-se imensos depressivos, indicadores que nos devem por em alerta para uma ação concertada".

Nesta legislatura
O Governo dos Açores vai investir nesta legislatura 15 milhões de euros na modernização do parque e equipamentos do Serviço...

“Somando outras obras de menor montante, estamos perante um novo ciclo de modernização do parque e equipamentos do Serviço Regional de Saúde que representa um investimento nesta legislatura de cerca de 15 milhões de euros”, afirmou o secretário regional da Saúde.

O governante discursava após visitar a obra do centro de saúde da Calheta, em São Jorge, onde também foi descerrada a placa do Programa Nacional de Acreditação em Saúde da Direção-geral da Saúde, no âmbito da visita estatutária que o Governo dos Açores está a fazer à ilha.

Os trabalhos de remodelação e ampliação estão orçados em cerca de um milhão de euros e deverão estar concluídos em agosto do próximo ano.

Já no que diz respeito à empreitada de beneficiação do centro de saúde de Velas, na mesma ilha, o objetivo do Governo Regional é que “arranque o mais rápido possível”.

“Trata-se da melhoria de duas infraestruturas determinantes nos cuidados primários prestados aos jorgenses e que representa um investimento global de cerca de três milhões de euros nesta ilha”, adiantou Rui Luís, para sublinhar que este processo de requalificação de infraestruturas “não se fica por aqui”.

A este propósito referiu ainda a reabilitação dos centros de saúde de Santa Cruz das Flores e das Lajes do Pico, assim como dos serviços de urgência do hospital de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, que tem o arranque das obras previsto para 2018.

“Seguem-se o bloco C do hospital da Horta, a unidade de saúde de ilha do Faial e a remodelação” de outros serviços no hospital de Ponta Delgada, informou o secretário regional da Saúde.

Sobre a acreditação do centro de saúde da Calheta, Rui Luís referiu que representa “a garantia de maior qualidade e de mais segurança na prestação de cuidados aos utentes”, destacando os resultados da cooperação entre a Secretaria Regional da Saúde e a Direção-geral da Saúde.

Segundo Rui Luís, “o primeiro passo para o processo de acreditação na região foi dado pela unidade de saúde da ilha do Faial”, o ano passado, sendo que atualmente já são seis os centros de saúde acreditados, além do da Calheta: Praia da Vitória e Angra do Heroísmo (ilha Terceira), Vila Franca do Campo (São Miguel) e Velas.

“Com os centros de saúde que estão em processo de autoavaliação e de acreditação estamos convictos que, num curto espaço de tempo, teremos mais de metade dos centros de saúde da região certificados, sendo nosso objetivo que esta acreditação possa, a prazo, abranger todos os centros de saúde”, 17 no total.

Para Rui Luís, a região está perante “um objetivo que está em linha de conta com o que tem sido propósito do Serviço Regional de Saúde, a melhoria contínua dos cuidados prestados e a consequente maior satisfação de utentes e profissionais”.

Considerando que o processo de acreditação não constitui um fim em si mesmo, mas “uma metodologia de trabalho destinada a impulsionar a melhoria contínua da qualidade nos serviços”, o governante destacou as vantagens evidentes, como a diminuição do risco clínico, o estímulo ao trabalho em equipa, a racionalização de recursos humanos e técnicos, e a redução de custos.

Estudo
O Porto está entre as cinco cidades favoritas para acolher Agência Europeia do Medicamento, aparecendo classificada com ...

Feito pela consultora Ernst & Young, a pedido da Associação Comercial do Porto (ACP), o estudo "A posição do Porto no processo de relocalização da EMA” coloca a candidatura portuguesa “entre as mais fortes” na corrida à relocalização da agência (que vai deixar o Reino Unido), juntamente com Amesterdão, Copenhaga, Estocolmo e Viena.

“O Porto está em jogo para ganhar”, frisou Eurico Castro Alves, representante da Câmara do Porto na Comissão de Candidatura Portuguesa à relocalização da EMA, durante a apresentação da análise “crítica e independente” às 19 candidaturas.

De acordo com um dos autores do estudo, Hermano Rodrigues, o Porto “destaca-se pelo equilíbrio da candidatura”, já que “está sempre entre o primeiro e o segundo campeonato em todos os critérios”, obtendo a pontuação máxima em quatro critérios e a segunda melhor classificação nos restantes seis, algo que não acontece com Copenhaga ou Amsterdão, por exemplo.

De acordo com o relatório, “o Porto surge com a classificação máxima em quatro dos seis critérios, estando no segundo patamar no que respeita às acessibilidades da cidade e transportes e na oferta educativa dos filhos dos funcionários da EMA”.

“Uma notação elevada, e estável, nos seis critérios, é um argumento importante na distinção entre boas candidaturas”, acrescenta o documento.

A classificação máxima diz respeito às “características do edifício” para acolher a sede da agência”, à “integração social das famílias” dos seus funcionários”, à “capacidade para assegurar o funcionamento da EMA durante o período de transição” e à “distribuição geográfica” de agências internacionais.

“Foram analisadas também as outras candidaturas e colocadas comparativamente, numa lógica de rating e não de ranking. Isto foi feito à luz dos critérios definidos e da nossa interpretação dos critérios, que é, necessariamente, subjetiva. Mas o objetivo foi fazer um estudo incisivo, crítico e independente”, frisou Hermano Rodrigues, um dos autores do estudo.

Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto, destacou que o Porto “está entre as cinco cidades favoritas” para acolher a EMA, pelo que “tudo pode acontecer” e “pode mesmo ganhar”.

“Vamos lutar até à última pela vitória”, vincou.

Questionado sobre qual o lugar que o Porto ocupa entre as cinco melhores classificadas no estudo realizado, Nuno Botelho vincou: “Interessa-nos é acabar em primeiro”.

Para Ricardo Valente, também representante da comissão de candidatura, o estudo demonstra “que o Porto faz parte de uma primeira liga europeia” e que a cidade “é capaz de ser uma centralidade relevante para o país”.

O também vereador da Câmara do Porto notou que o Porto “é a única candidatura com luz verde para as três localizações propostas”, nomeadamente para a da praça D. João I, tendo garantido em Bruxelas, a 06 de outubro, que o edifício Palácio Atlântico, com 29 mil metros quadrados, “tem capacidade para acolher 1300 pessoas”.

“As localizações do Porto são um ponto forte e o Porto é a única cidade a apresentar três localizações que se enquadram nos critérios definidos pela União Europeia”, frisou.

Ricardo Valente admitiu que as ligações aéreas do Porto a outras capitais europeias “são um problema que não há como esconder”, mas frisou tratar-se de um problema resolúvel.

Isto porque o aeroporto “tem capacidade de expansão para um aumento da oferta” até aos 20 mil passageiros por ano e “porque se a EMA vier para o Porto as companhias aéreas certamente irão colmatar as falhas atualmente existentes”.

“Estamos a sensibilizar Bruxelas para esta questão”, vincou.

Dia 12 de outubro
A Associação Nacional das Farmácias vai anunciar o vencedor do Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia a 12 de outubro,...

Foram submetidas 13 candidaturas ao prémio que pretende apoiar e premiar projetos originais que acrescentem valor para a sociedade portuguesa e que desenvolvam o conhecimento em saúde. Depois de ponderada deliberação, o júri decidiu dar particular destaque a cinco projetos, a partir dos quais será escolhido o vencedor da edição de 2017 do Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia.

O Prémio João Cordeiro é uma iniciativa única em Portugal. Dirige-se a todos aqueles que têm boas ideias e vontade de as implementar e não apenas a farmacêuticos. O facto de premiar projetos a concretizar e não realizações passadas contribui também para a sua singularidade. O valor do prémio é de 20 mil euros.

Finalistas
O projeto “Via Verde no FarmaDrive”, apresentado pela Farmácia Silveira do Rosário, visa facilitar a ida à farmácia. Tendo patenteado o FarmaDrive em Portugal, os candidatos pretendem instalar a Via Verde neste sistema, de forma a tornar o serviço ainda mais simples, mais conveniente e, sobretudo, mais rápido. Em Portugal, existem já cerca de 50 FarmaDrives.

O Instituto de Higiene e Medicina Tropical e a Universidade da Beira Interior concorrem ao prémio com a “Rede das Farmácias Amigas do Viajante”. Aproveitando a rede de farmácias comunitárias e o conhecimento especializado do farmacêutico, o projeto pretende apoiar o viajante na prevenção da doença através de um aconselhamento adequado, fácil e ágil, com recurso a uma aplicação móvel.

“Personalização de medicamentos por impressão tridimensional” foi apresentado por um conjunto de investigadores de áreas diferenciadas. Os candidatos propõem a implementação nas farmácias de uma nova tecnologia de produção de medicamentos personalizados de forma a atender às necessidades de utentes com particularidades individuais, como existem na pediatria ou geriatria.

O projeto “Formular com Ideias”, de investigadores da Faculdade de Farmácia de Lisboa, consiste numa proposta integrada de formação, consultoria e desenvolvimento de formulações delineada para promover a qualidade dos medicamentos manipulados. Uma plataforma digital permitirá dar apoio e formação científica nesta área e proporcionar uma via de comunicação entre profissionais de saúde.

Por último, “drBox”, apresentado por um grupo de profissionais de áreas distintas, pretende ser uma plataforma agregadora de dados de saúde. Através do registo contínuo de dados personalizados de cada utente, ao qual este pode dar acesso, os profissionais de saúde podem seguir a evolução dos registos médicos e farmacêuticos daquele utente. Poderá ser utilizado com uma base para estudos na área da saúde pública.

Inquérito revela
Poupar dinheiro, progredir profissionalmente e viajar são as prioridades das mulheres portuguesas. Assim o revela o inquérito ...

Concretamente, 69% das mulheres preocupa-se perante a possibilidade de uma gravidez não planeada e 64% considera que a gravidez afetaria a sua vida social e laboral. Perante esta situação, 60% das mulheres considera a possibilidade de recorrer à pílula do dia seguinte para evitar uma gravidez não planeada. Neste sentido, 58% tem medo de perder oportunidades de trabalho ou de concluir os estudos devido a uma gravidez, sendo as mais preocupadas as mulheres mais jovens, pertencentes à Geração Z, onde a média de idades é de 21 anos (69%) e Millenialls, cuja idade média é de 30 anos (59%).

Para Teresa Bombas, médica especialista em ginecologia e obstetrícia e presidente da Sociedade Portuguesa da Contraceção (SPDC), “estes dados espelham bem a tendência da sociedade atual, uma vez que a idade média da mulher quando tem o primeiro, e grande parte das vezes único filho, tem vindo a aumentar na última década”.

Apesar de querer evitar uma gravidez não planeada, 34% das mulheres tiveram uma relação sexual desprotegida nos últimos 12 meses. As mulheres pertencentes às gerações “millenial” e “X” são as que mais se expõem a relações sexuais de risco (35% cada). Relativamente aos motivos para esta exposição ao risco, 17% considerou que a possibilidade de ficar grávida era reduzida e 27% manteve relações sexuais desprotegidas por esquecimento de tomar a pílula. Nesse sentido, é importante destacar que 17% recorreu ao coito interrompido porque o considerou um método seguro.

A pílula do dia seguinte, uma segunda oportunidade
Perante relações sexuais desprotegidas e a possibilidade de uma gravidez não planeada e indesejada, existe uma segunda oportunidade como a pílula do dia seguinte. Trata-se de um método contracetivo de emergência que supõe ser uma alternativa caso tenha havido relações sexuais desprotegidas, quer por não utilização ou falha do método contracetivo regular.

De acordo com os dados extraídos do inquérito, 60% das mulheres utilizaria a pílula do dia seguinte para evitar uma gravidez não planeada. Concretamente, 42% delas já recorreu a este método e, destas, 33% fê-lo nos últimos 12 meses, sendo este método contracetivo de emergência mais utilizado por mulheres nas faixas etárias mais elevadas.

Por oposição, 40% das mulheres rejeita o uso da pílula do dia seguinte. De facto, este tipo de contraceção ainda é rejeitado por muitas mulheres, que persistem em considerá-lo um método abortivo (36%) ou uma ‘bomba hormonal’ (24%).

Para Teresa Bombas, “A classe médica tem vindo a trabalhar para desconstruir os mitos associados à contraceção de emergência, mas, de algum modo, as ideias erradas de que a pílula do dia seguinte possa ser abortiva ou, de algum modo, uma bomba hormonal prejudicial à saúde da mulher persistem. É algo que devemos combater, pois a contraceção de emergência é segura e a sua utilização para evitar uma gravidez não planeada é um ato de responsabilidade do casal”. 

Publicado em Diário da República
Os doentes que necessitem de cuidados paliativos e os utentes referenciados para consultas na sequência de ações de rastreio...

O decreto-lei, publicado em Diário da República, vem alargar o regime de isenção de taxas moderadoras “a grupos da população no âmbito das prestações de cuidados de saúde que são inerentes ao tratamento de determinadas situações clínicas ou decorrem da implementação de programas de rastreio, medidas de prevenção e de diagnóstico precoce”.

Por outro lado, e com “o intuito de facilitar o alívio do sofrimento dos utentes que padecem de uma doença grave e/ou prolongada, incurável e progressiva”, este benefício também é alargado aos doentes que necessitam de cuidados paliativos.

Segundo a legislação, passam a estar isentos do pagamento de taxas moderadoras as consultas e atos complementares de diagnóstico e terapêutica, realizados no decurso de rastreios de base populacional, rastreios de infeções VIH/SIDA, hepatites, tuberculose pulmonar e doenças sexualmente transmissíveis, de programas de diagnóstico precoce e de diagnóstico neonatal.

Ficam também isentos do pagamento cuidados de saúde, no âmbito da profilaxia pré-exposição para o VIH, promovidos no âmbito dos programas de prevenção da Direção-Geral da Saúde.

A nova legislação altera o decreto-lei n.º 113/2011, de 29 de novembro, que regula o acesso às prestações do Serviço Nacional de Saúde por parte dos utentes, no que respeita ao regime das taxas moderadoras e à aplicação de regimes especiais de benefícios.

Este decreto-lei estabeleceu as categorias de isenção e dispensa do pagamento de taxas moderadoras com base “em critérios de racionalidade e discriminação positiva dos mais carenciados e desfavorecidos, ao nível do risco de saúde ponderado e ao nível da insuficiência económica”.

As alterações agora publicadas pretendem “contribuir para uma maior justiça social”, lê-se no Diário da República,

“Não pondo em causa a racionalização da utilização dos cuidados de saúde, mostra-se agora necessário conferir uma maior proteção a determinados grupos populacionais no âmbito das prestações de cuidados de saúde que são inerentes ao tratamento de determinadas situações clínicas ou decorrem da implementação de programas de rastreio, medidas de prevenção e de diagnóstico precoce”, sublinha.

Saúde mental
O número de suicídios em Portugal mantém-se estável, situando-se em cerca de mil casos por ano, sublinhou hoje o diretor-geral...

Para Francisco George, este é um dos indicadores mais relevantes do novo relatório sobre a situação da saúde mental em Portugal referente a 2016.

"O suicídio estabilizou. Em cada 100 mil habitantes mantém-se a probabilidade de dez se suicidarem", referiu Francisco George, na cerimónia que assinalou em Lisboa o Dia Mundial da Saúde Mental.

O número de suicídios é mais significativo no Alentejo e a taxa de mortalidade por suicídio tem maior incidência na faixa etária igual ou superior a 65 anos.

Segundo o relatório da Direção-geral da Saúde, o suicídio verifica-se sobretudo em pessoas com doenças mentais graves, na sua maioria tratáveis e integra o grupo de mortes potencialmente evitáveis.

Quanto ao consumo de psicofármacos em Portugal, o diretor-geral da Saúde notou que houve uma descida nos ansiolíticos (para a ansiedade), uma estabilização dos fármacos para as psicoses e um aumento do consumo de antidepressivos.

Os portugueses compraram cerca de 20 milhões de embalagens de psicofármacos no ano passado, o que corresponde a um gasto de 216 milhões de euros.

Governo
O financiamento dos hospitais na área da saúde mental vai mudar no próximo ano, passando as unidades a receber por doente e não...

No dia em que se assinala mundialmente a saúde mental, o secretário de Estado adjunto e da Saúde adiantou que em 2018 vai ser alterado o financiamento dos hospitais quanto ao tratamento de doentes do foro mental.

“O objetivo desta alteração é não fazer o pagamento por consulta ou por internamento mas o pagamento compreensivo por doente”, adiantou Fernando Araújo aos jornalistas, à margem de uma cerimónia que assinalou em Lisboa o Dia Mundial da Saúde Mental.

Segundo o governante, esta nova forma de o Serviço Nacional de Saúde (SNS) pagar aos hospitais permite tratar mais facilmente os doentes na comunidade ou no domicílio, desinstitucionalizando-os, sem que as unidades de saúde percam o financiamento.

Fernando Araújo sublinhou que é uma forma de motivar os hospitais a tratar os doentes sem os institucionalizar.

O secretário de Estado considerou ainda que Portugal tem “um dos planos de saúde mental mais ambiciosos da Europa”, lembrando que “é um dos mais bem considerados pela Organização Mundial da Saúde”.

Durante seis a nove meses
Cerca de cinco mil utentes de centros de saúde portugueses vão participar no primeiro estudo que vai avaliar as causas da...

Segundo a Sociedade Portuguesa de Nefrologia, Portugal tem cerca de 12 mil pessoas a necessitar de diálise e todos os anos surgem perto de dois mil doentes a precisar destes tratamentos de substituição da função renal. Além disso, há cerca de seis mil doentes transplantados do rim.

“Este estudo é pioneiro em Portugal e tenta dar resposta a uma questão que é colocada a nível nacional, pelo facto de termos uma prevalência muito elevada de insuficiência renal nos estádios mais graves”, afirmou o presidente da Sociedade de Nefrologia, Aníbal Ferreira.

A doença renal atravessa cinco níveis de gravidade, de 1 a 5, com este último a equivaler a uma falência renal.

Enquanto em vários países desenvolvidos com os quais Portugal se pode comparar a insuficiência renal tem uma prevalência de cerca de 6% no total, estima-se que entre os portugueses esses 6% digam respeito apenas aos doentes já em fases mais graves (fases 3 a 5 da doença).

Esta maior prevalência em Portugal trouxe a necessidade de “perceber epidemiologicamente quais as causas que a justificam”, embora Aníbal Ferreira recorde que há causas expectáveis, como a maior prevalência da diabetes e mais hipertensão, duas das principais razões que conduzem à doença renal crónica.

Mas existirão outros motivos, como “condições particulares de organização da sociedade em termos de apoio médico e de acesso às diálises e aos centros de saúde que justificam estes números tão elevados”, considera o presidente da Sociedade de Nefrologia.

Este estudo pretende assim avaliar cerca de cinco mil utentes de cem unidades de cuidados de saúde primários (centros de saúde) que sejam representativos da realidade nacional.

Durante o estudo, que deve levar de seis a nove meses, vão ser recolhidos dados demográficos e dados clínicos baseados em análises laboratoriais de sangue e urina.

O nefrologista Aníbal Ferreira sublinha que este estudo “não é só de doentes” mas sim uma avaliação de prevalência em utentes, no qual o expectável é encontrar uma esmagadora maioria de pessoas sem qualquer grau de insuficiência renal.

O estudo resulta de uma colaboração entre a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, a Sociedade de Nefrologia, a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal e a Sociedade de Diabetologia, sendo apoiado por um laboratório farmacêutico.

Programa de Saúde Prioritário na área da Saúde Mental
A maioria dos jovens entre os 13 e os 18 anos que tomou psicofármacos fê-lo através de prescrição médica, o que leva...

A ideia é levantada no relatório do Programa de Saúde Prioritário na área da Saúde Mental – 2017, que será hoje apresentado em Lisboa.

De acordo com o documento, o maior consumo de psicofármacos, nomeadamente tranquilizantes e sedativos, deu-se já perto dos 18 anos, idade em que 17,2% dos jovens consumiram estes medicamentos, mediante receita médica, e 6,1% sem a prescrição do clínico.

Aos 17 anos, a prescrição com receita médica destes fármacos atingiu os 15,6% e os 6,4% sem receita.

Os jovens com 15 anos registam uma percentagem de 12,7% com receita e cinco por cento sem prescrição.

Perante estes valores, os autores do relatório referem que “quando se verificam os resultados abaixo e que em todos os grupos etários a maioria acedeu a psicofármacos através de prescrição médica, é inevitável questionar sobre a racionalidade da prescrição destes fármacos”.

“O Sistema Nervoso Central tem um amadurecimento lento e complexo que estará concluído pelos 18 anos, o que justifica a recomendação de evitar a utilização de substâncias psicoativas até então”, lê-se no documento.

Os autores referem um aumento do consumo de medicamentos associados à área da saúde mental, em todos os grupos farmacológicos, entre 2012 e 2016, e uma “ligeira redução desde 2014” no grupo dos “Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos”.

O relatório cita dados do Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, segundo o qual “o álcool é a substância psicoativa com maior prevalência de consumo experimental (ao longo da vida) entre a população geral em Portugal com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos, oscilando entre um mínimo de 73,6% (registado em 2012) e um máximo de 86,3% (registado em 2016/17)”.

Os autores indicam que o registo de utentes com perturbações mentais – perturbações de ansiedade, depressivas e demências - nos cuidados de saúde primários tem vindo a aumentar desde 2011.

A proporção de doentes com maior registo de perturbações de ansiedade e de demência encontra-se no centro e Alentejo.

Os autores identificaram uma “ligeira redução” do número de internamentos hospitalares.

Relativamente à mortalidade de saúde mental, esta “é baixa e está relacionada quase exclusivamente com o suicídio (3,1% em 2015)”.

“O suicídio verifica-se sobretudo em pessoas com doenças mentais graves, na sua maioria tratáveis (depressão major e perturbação bipolar) e integra o grupo das mortes potencialmente evitáveis, desde que o diagnóstico da patologia de base seja realizado em tempo útil e a abordagem terapêutica eficaz”, lê-se no relatório.

Para 2020, os responsáveis do Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM) pretendem aumentar em 25% o registo das perturbações mentais nos cuidados de saúde primários e inverter a tendência da prescrição de benzodiazepinas na população através da sua estabilização.

Outra meta passa por apoiar a criação de 1.500 lugares para adulto e 500 para crianças/adolescentes em cuidados continuados integrados de saúde mental e ainda aumentar em 30% o número de ações no âmbito dos programas de promoção da saúde mental e de prevenção das doenças mentais, desenvolvidos pelo PNSM.

Dia Mundial da Saúde Mental
A depressão é classificada pela OMS como o maior contribuinte da incapacidade para a atividade produ

A depressão é uma doença psiquiátrica que se caracteriza por tristeza, diminuição do interesse e do prazer nas atividades habituais, alterações do apetite e sono, agitação ou lentificação física e psíquica, fadiga ou diminuição da energia, perda da autoestima/confiança ou sentimentos de culpa, diminuição da concentração ou da capacidade de tomar decisões e ideias recorrentes de morte, de suicídio ou comportamentos suicidários.

Estes sintomas estão presentes durante pelo menos 2 semanas, ocorrendo na maioria dos dias e causam sofrimento significativo ou têm implicação negativa no desempenho social, ocupacional ou noutras áreas do funcionamento pessoal.

A depressão classifica-se em leve, moderada ou grave. A perigosidade da depressão associa-se à incapacidade e limitações pessoais/sociais e profissionais que desencadeia e no limite ao risco de suicídio.

A prevalência da depressão é de 20% na população geral e o seu início surge por volta dos 27 anos, sendo que a depressão grave é mais prevalente na faixa etária dos 18 aos 44 anos.

A depressão surge de uma conjugação de fatores que englobam a vulnerabilidade genética, as características da personalidade, as vivências na infância, o ambiente social, as características psicológicas e os próprios fatores biológicos que envolvem alterações na atividade neuronal e no eixo hipotálamo-hipofisário que modificam a atividade dos circuitos neuronais envolvidos na regulação do humor.

Os tratamentos mais aconselhados no tratamento desta patologia são farmacológicos e psicológicos. Relativamente à terapêutica farmacológica opta-se por antidepressivos. Atualmente utiliza-se com maior frequência uma classe específica de antidepressivos chamada de Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina por serem eficazes, seguros e com poucos efeitos adversos.

A abordagem psicológica depende do próprio doente e inclui terapia de suporte, cognitivo-  comportamental, interpessoal, familiar ou psicodinâmica.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em Coimbra
No próximo dia 14 de outubro a cidade Coimbra vai ser “a capital” da Vitamina D. Tudo por causa da realização de mais uma...

Tem dúvidas sobre a Vitamina D? Na sua dosagem, benefícios e aplicação? Então o Fórum D 2017 vai responder a todas as suas questões. Agendado para o dia 14 de outubro (sábado), no Hotel D. Inês, em Coimbra, a 3ª edição deste evento pretende, acima de tudo, dar a conhecer a realidade atual da Vitamina D e o seu progresso na sociedade atual.

José António Pereira da Silva, da Comissão Organizadora do Fórum D 2017 e Professor de Reumatologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, salienta quais os principais objetivos do evento: “Vamos abordar vários aspetos relacionados com a Vitamina D, nomeadamente o progresso recente do conhecimento da Vitamina D, perspetivando a sua aplicação na prática clínica. O objetivo principal da edição deste ano é ajudar os médicos a definir estratégias de atuação relativas à Vitamina D nas mais variadas doenças.”

Conforme explica o Professor Pereira da Silva, o Fórum D “destina-se a todos os médicos já que nenhuma especialidade pode, hoje em dia, dizer que nada tem a ver com a Vitamina D. Isto é particularmente verdade para as especialidades que lidam com uma grande variedade de doenças como é o caso da Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna e Pediatria. Contudo, todos os médicos poderão colher aqui informação relevante para a sua prática. O Fórum D é também relevante para profissionais de saúde ligados à análise da Vitamina D e ainda para os que estão envolvidos em educação para a saúde, com destaque para os enfermeiros.”

Em termos de temas em evidência, o médico reumatologista revela: “Este ano vamos tratar das especificidades da análise de Vitamina D no sangue e ainda a sua relação com as doenças cardiovasculares e a mortalidade em geral. Abordaremos ainda, o impacto da Vitamina D em doenças de pele, alergias, doenças reumáticas e do tubo digestivo.”

Por fim, destaca um ponto que considera igualmente importante para quem participar neste evento: “Gostaria ainda de ressalvar, e no âmbito de algumas polémicas surgidas, que vamos também debater e resolver controvérsias recentes relativas ao doseamento e prescrição da Vitamina D em Portugal.”

Mais informação em: www.forumd.org

Estudo
Investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência descobriram uma nova população de células do sistema imunitário que contribui...

As células em causa destroem a norepinefrina, um neurotransmissor (substância química) libertado pelos neurónios simpáticos (células do sistema nervoso) e que induz a redução de massa gorda.

A estas células específicas a equipa liderada por Ana Domingos, do Laboratório de Obesidade do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), deu o nome de macrófagos SAMs.

Os macrófagos são células que, quando funcionam normalmente, protegem o organismo de infeções. Ganharam, no entanto, a designação de SAMs, por estarem em contacto com os neurónios simpáticos, interferindo no processo de perda de massa adiposa.

Ana Domingos comparou estes macrófagos a um aspirador que suga a norepinefrina com um tubo de sucção, a proteína SIc6a2, e que depois a destrói como se fosse uma incineradora.

A proteína foi identificada depois de feita uma análise genética aos macrófagos, por comparação com outras células muito parecidas, adiantou.

Numa experiência com ratinhos, a equipa de investigadores verificou que os roedores obesos, por manipulação genética ou alimentados com uma dieta rica em gorduras, tinham mais macrófagos SAMs do que os que possuíam peso normal.

Posteriormente, confirmou, a partir de análises a amostras de tecido nervoso humano, que o mesmo tipo de células imunes e o mecanismo a elas associado de eliminação do neurotransmissor responsável pela redução da gordura também existem nas pessoas, perspetivando novos tratamentos para a obesidade.

Segundo Ana Domingos, citada em comunicado do IGC, a proteína SIc6a2, que transporta a norepinefrina libertada pelos neurónios para os macrófagos, constitui, por isso, um novo alvo terapêutico, direcionado a estas células, "e que poderá superar os efeitos secundários nocivos de vários medicamentos".

Os cientistas estão a testar até que ponto as anfetaminas, drogas com efeitos nocivos no cérebro, podem ser benéficas numa zona mais periférica, no tecido nervoso, uma vez que bloqueiam a ação desta proteína.

Os resultados da investigação, realizada pelo Instituto Gulbenkian de Ciência em colaboração com instituições italianas, alemãs e norte-americanas e os hospitais de Santa Maria e Curry Cabral, em Lisboa, foram publicados na revista científica Nature Medicine.

Centro Hospitalar Cova da Beira
Amanhã, dia 10 de outubro em alusão ao Dia da Saúde Mental, a Semana do Bebé do Centro Hospitalar Cova da Beira promove uma...

Esta iniciativa terá lugar no Serviço de Pedopsiquiatria do CHCB e a dinamizar os diferentes ateliers que a compõem estão: os Serviços de Pediatria e Pedopsiquiatria do CHCB, o Projeto Remy, a escola de dança Petit Tutu e o Departamento de Psicologia da UBI.

A dinâmica desta ação contempla a visualização de excertos do filme “Divertidamente” por forma a demonstrar que é ao nível do cérebro que tudo o que fazemos e sentimos é controlado. A cada um dos 5 ateliers dinamizados estará alocada uma emoção, tal como “medo”, “raiva”, “tristeza”, “alegria” e “nojo” e nestes, as crianças irão interagir e expressar aspetos positivos e negativos de cada emoção, sensações físicas e emocionais sentidas e outros aspetos de relevo.

O objetivo desta iniciativa consiste em demonstrar que não há emoções positivas ou negativas. Todas são importantes, contudo umas são agradáveis, outras desagradáveis. Todas elas sendo passageiras não devem ser evitadas, pois têm uma função de proteção, ao dar-nos ferramentas essenciais para lidar com os demais problemas e situações inusitadas que surgem ao longo da vida.

Até dezembro
A Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos inicia no próximo dia 12 de Outubro o 8.º Ciclo de Cinema da SRNOM. “Decantando...

Este 8.º ciclo arranca com a projeção de Sanma No Aji (O Gosto do Saké), o último filme de Yasujiro Ozu. Numa fase da vida em que o realizador Yasujiro Ozu, doente, sabia que morreria em breve, este filme fala-nos de Hirayama, ex-capitão da marinha japonesa, agora gerente de uma fábrica e que mora com a filha Michiko, de 24 anos, e o filho Kazuo. Viúvo, Hirayama procura direcionar a filha para o casamento. No entanto, Michiko prefere concentrar as suas forças e tempo nos cuidados ao pai, enquanto este for vivo.

Datado de 1962, esta história desenrola-se num Japão em plena mutação, mas com as memórias da II Guerra Mundial ainda bem presentes. Porém, esta é uma sociedade onde as mulheres procuram já conquistar o seu estatuto social à conta de um papel cada vez mais ativo no mercado do trabalho. Em vez dos casamentos negociados já se coloca a possibilidade de estes ocorrerem da atração amorosa entre os noivos.

Coordenado pelo Dr. António Vieira Lopes, as sessões do 8.º Ciclo de Cinema iniciam-se às 21h15, com uma breve apresentação do filme e terminam com uma tertúlia.

As sessões são gratuitas e abertas ao público.

Programa Completo:

12.Outubro.2017 | 21h15
Sanma No Aji / O Gosto do Saké [Yasujiro Ozu, 1962]

19.Outubro.2017 | 21h15
8 ½ / 8 ½ [Federico Fellini, 1963]

26.Outubro.2017 | 21h15
Au Hasard Balthazar / Peregrinação Exemplar [Robert Bresson, 1966]

9.Novembro.2017 | 21h15
Viskningar Och Rop / Lágrimas e Suspiros [Ingmar Bergman, 1972]

23.Novembro.2017 | 21h15
Nostalghia /Nostalgia [Andrei Tarkovsky, 1983]

30.Novembro.2017 | 21h15
Russkiy Kovcheg / A Arca Russa [Alexandr Sokurov, 2002]

7.Dezembro.2017 | 21h15
Syndromes and a Century / Síndromes e um Século [Apichatpong Weerasethakul, 2006]

16 de outubro - Dia Mundial da Coluna
Cerca de 40% das pessoas ficam em pé menos de 30 minutos por dia, no seu período laboral, evitando sair da secretária para...

Esta realidade é cada vez mais transversal, e Portugal é um país onde o número de horas laborais ultrapassa a média Europeia (41 horas por semana versus 28). Luís Teixeira, médico ortopedista especialista em patologia da coluna vertebral e presidente da associação sem fins lucrativos Spine Matters alerta, neste dia mundial da coluna, para a importância de termos atenção aos hábitos e comportamentos no ambiente laboral. O especialista aponta 9 alterações simples que podem prevenir problemas de coluna e músculo-esqueléticos. 

A conduzir, nos transportes, à secretária no escritório ou no sofá. Os cenários mudam, o ato é o mesmo - estar sentado. Faça as contas, quantas horas por dia passa sentado? Os números surpreendem e os problemas que pode causar são reais: “Desconforto, dormência, desalinhamento da coluna, lesões nas articulações e má circulação sanguínea são apenas algumas das consequências, a longo prazo, de períodos prolongados em posição sentada, estática, pouco natural para o corpo humano”, começa por explicar o médico, especialista em patologia da coluna vertebral, que indica: “O nosso corpo não está preparado para ser sedentário.” Também de acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de Queensland, na Austrália, por cada hora que uma pessoa passa sentada, depois dos 25 anos de idade, reduz a esperança média de vida em 21 minutos.

“Estar sentado implica uma distorção da curva natural da coluna, pela nova distribuição de peso que é imputada ao corpo humano, habituado a sustentar-se em pé. Essa razão leva a que novos músculos tenham que realizar esse trabalho, para que nos mantenhamos com o tronco levantado e contra a gravidade”, explica Luís Teixeira. “O preço a pagar é altíssimo. A inatividade do local de trabalho e o número de horas que passamos sentados compromete seriamente a nossa saúde e é preciso encontrar alternativas para nos levantarmos ou pagaremos por isso num curto espaço de tempo”.

1.       Não cruzar as pernas - Estar sentado com as pernas cruzadas dificulta a circulação e sobrecarrega os músculos ao redor da pélvis.

2.       2 Atenção ao telefone - Se passa muitas horas ao telefone, não o apoie no pescoço e ombros. Evite fazer multi-tasking em chamadas telefónicas e utilize um auricular para qualquer conversa que dure mais do que cinco minutos.

3.       Cabeça para cima - Procure manter a cabeça e o pescoço alinhados. O ecrã do computador deve estar ao nível dos olhos e o mesmo se aplica a tablets ou ecrãs de telefone. É aconselhável, também, que mantenha uma distância de 40 a 70 cm do seu monitor e que o rato e o teclado estejam colocados lado a lado.

4.       Pés no chão - Posicione os seus joelhos num ângulo de 90ºC e mantenha os pés apoiados e planos no chão e afastados à medida da largura dos ombros de forma a evitar tensão nas articulações.

5.       Posição na cadeira - Garanta que as suas costas estão bem apoiadas e que não ficam demasiado retas. Evite também estar sentado à ponta da cadeira para prevenir uma má postura.

6.       Levante-se de hora a hora – Faça pausas de forma a reduzir a pressão nos discos vertebrais e a promover a circulação. Levante-se a cada 50-60 minutos para ir à casa de banho, beber água, atender telefonemas ou, simplesmente, para esticar as pernas. Aproveite reuniões para estar de pé ou para dar um passeio, prefira as escadas ao elevador, estacione o carro mais longe.

7.       Exercite-se - Tente fazer alguns alongamentos durante o dia. Rode os ombros, o pescoço, estique os braços. A atividade física é crucial para contrariar os vícios posturais do local de trabalho. Fazer modalidades que reforcem a musculatura como pilates, natação ou ioga são boas opções.

8.       Hidrate-se - A água ajuda a manter as articulações e os músculos devidamente lubrificados e a evitar rigidez no pescoço, joelhos e articulações.

9.       O tipo de cadeira -  Se puder escolher a sua cadeira invista numa com as dimensões apropriadas para o nosso corpo e que não seja rígida. O assento deve ser firme e profundo o suficiente para suportar as nossas coxas sem forçar o ângulo posterior dos joelhos, ter apoio para os antebraços e as bordas anteriores do assento devem ser arredondadas.

Ordem dos Psicólogos
Um terço dos doentes com perturbações mentais graves não recebe os cuidados de saúde adequados, um dado divulgado pela Ordem...

Baseando-se em dados oficiais relativos a 2016, a Ordem dos Psicólogos refere que quase 65% de pessoas com perturbações mentais moderadas e 33,6% com perturbações graves “não recebe cuidados de saúde mental adequados”.

Para o bastonário dos Psicólogos, Francisco Miranda Rodrigues, continua a haver “muitos défices na capacidade de resposta” na área de saúde mental, mesmo para as perturbações mais graves.

“Estamos a falar de muita gente que não recebe o acompanhamento adequado ou em continuidade para as necessidades das pessoas”, afirmou o bastonário na véspera do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala terça-feira, dia em que devem ser divulgados estes e outros novos dados relativos à área em Portugal.

Para Francisco Miranda Rodrigues “não basta divulgar o número de consultas realizadas na área da saúde mental sem perceber o significado desse número, sem compreender ou medir o resultado dessas intervenções”.

“Temos de ter indicadores que permitem perceber em que medida as nossas intervenções contribuem para melhorar a eficácia da saúde dos cidadãos”, defendeu, sublinhando que o financiamento das unidades de saúde é depois feito também com base nos dados de produção de consulta, sem que se aposte em atividades preventivas na área da saúde mental.

Os dados oficiais divulgados pela Ordem dos Psicólogos, grande parte referentes a 2016, mostram que há uma “elevada prevalência anual de perturbações mentais” entre os portugueses, na ordem dos 22%, com maior predomínio para as perturbações de ansiedade e do humor.

Quanto aos casos de suicídio, situam-se numa média de três por dia, representando cerca de mil casos confirmados num ano.

De acordo com o mais recente relatório da Organização Mundial da Saúde sobre o assunto, divulgado em setembro, Portugal registou em 2015 uma taxa de 13,7 mortes por suicídio por cada cem mil habitantes, o que significa que cerca de 1.370 pessoas ter-se-ão suicidado.

Ordem dos Psicólogos
Os portugueses compraram cerca de 20 milhões de embalagens de psicofármacos no ano passado, o que corresponde a um gasto de 216...

De acordo com a Ordem, que cita dados oficiais, o encargo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na comparticipação de psicofármacos em 2016 foi de 122 milhões de euros, o que representa 56% do valor gasto nestes medicamentos para a área da saúde mental.

O bastonário da Ordem dos Psicólogos lamenta a falta de estratégia e de intervenção preventiva que evite o aumento de consumo de psicofármacos, considerando que algumas vezes são apenas uma solução mais rápida, mas que só promove a redução de sintomas.

Para Francisco Miranda Rodrigues, faltam estratégias de combate a problemas mentais que possam ser prevenidos ou rastreados de forma precoce, o que pode ser feito nomeadamente nos cuidados de saúde primários.

“Continua a não existir uma estratégia na área da saúde mental”, refere o bastonário à agência Lusa, lembrando que se passaram já dez anos da criação do Plano Nacional de Saúde Mental, sem que haja uma “verdadeira estratégia integrada para a promoção da saúde mental e para a prevenção das perturbações mentais”.

O representante dos psicólogos portugueses afirma que “não é possível inverter a situação atual” na saúde mental sem que haja investimento, nomeadamente de recursos humanos.

A Ordem dos Psicólogos recorda que no Serviço Nacional de Saúde (SNS) existe apenas um psicólogo para cada 16.500 portugueses e que se continua a aguardar que a tutela avance com a contratação de 55 psicólogos que tinham sido assumidos pelo Governo.

“Trata-se efetivamente de investimento. Porque na área da saúde mental, ao investirmos, estaremos a prevenir tanto o sofrimento das pessoas como a prevenir outros custos, como com psicofármacos”, referiu o bastonário.

Francisco Miranda Rodrigues reconhece que muitos dos psicofármacos prescritos e consumidos serão sempre necessários para casos de perturbações mais graves, mas considera que algumas perturbações de ansiedade ou depressivas podiam ser prevenidas ou encaminhadas de outras formas.

Associação Portuguesa de Dislexia
Muitos alunos com dislexia menos grave não recebem o devido apoio nas escolas por falta de recursos humanos com formação...

A propósito do Dia Mundial da Dislexia, que se assinala terça-feira, a Associação Portuguesa de Dislexia (Dislex) lança uma campanha de sensibilização com o objetivo de “derrubar ideias erradas e preconcebidas que existem em torno desta disfunção neurológica”.

Em declarações, a presidente da Dislex, Helena Serra sublinhou a importância de as crianças serem atempadamente diagnosticadas e, principalmente, de terem a resposta adequada que passa por professores que receberam a devida e específica formação.

O que não acontece, segundo Helena Serra, a uma grande quantidade de crianças que, após suspeita, são avaliadas, mas “num grau com relativa suavidade”.

“Os casos mais graves são acompanhados por professores que receberam a devida formação, embora este acompanhamento varie consoante a região onde é localizada a escola. Mas os outros casos de dislexia menos grave apenas recebem apoio educativo não especializado e que se baseia na correção de erros e outros trabalhos que aumentam a frustração do aluno”, disse.

Para Helena Serra, Portugal é, em matéria de resposta à dislexia, “uma manta de retalhos”, embora a especialista reconheça alguns avanços.

Faltam, contudo, recursos humanos específicos, sem os quais é impossível um acompanhamento eficaz destas crianças, que permita a identificação do seu “dom”, que pode não passar pelas letras, mas que tende a manifestar-se ao nível das artes, desporto ou outro.

É nesse sentido que a campanha recorda alguns génios como Einstein, Picasso, Da Vinci, Agatha Christie, Van Gogh, Churchill, todos eles disléxicos.

A dislexia é uma perturbação que afeta 600 milhões de pessoas no mundo inteiro. Em Portugal, atinge mais de 5% da população.

Com o lema “Disléxicos como Nós”, a campanha será composta por um cartaz e um vídeo que reflete os vários cenários deste problema em contexto real.

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