Fipronil
Portugal é um dos 26 Estados-membros afetados pelo comércio ou distribuição de ovos contaminados com o pesticida tóxico...

Segundo os dados mais recentes, na União Europeia só na Croácia e a Lituânia não foram ainda detetados ovos contaminados, uma crise que atinge ainda a Noruega, o Liechtenstein, a Suíça e a Rússia.

A fraude que conduziu à contaminação de ovos pelo inseticida fipronil remonta a setembro de 2016, disse há uma semana a Comissão Europeia, precisando na altura que 34 países, a maioria na Europa, foram atingidos pela situação.

A contaminação de dezenas de milhões de ovos, resultante da desinfestação de explorações de galinhas poedeiras por um produto contendo fipronil, um antiparasitário forte estritamente proibido na cadeia alimentar, foi divulgada em agosto.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões de Portugal continental e a Madeira apresentam hoje risco ‘muito elevado’ e ‘elevado’ de exposição à radiação...

Apenas os distritos de Viana do Castelo e Leiria têm risco ‘elevado’, tal como a ilha das Flores, nos Açores.

As restantes ilhas açorianas estão com valores ‘baixo’ ou ‘moderado’

Para as regiões com risco 'muito elevado' e ‘elevado’, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

No caso de risco ‘moderado’ são aconselhados óculos de Sol e protetor solar.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o UV é 'baixo', 3 a 5 ('moderado'), 6 a 7 ('elevado'), 8 a 10 ('muito elevado') e superior a 11 ('extremo').

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se muito nublado no litoral oeste até ao meio da manhã, podendo essa nebulosidade persistir em alguns locais da faixa costeira a norte do Cabo Raso.

A previsão aponta também para vento fraco a moderado do quadrante norte, soprando moderado, com rajadas até 60 quilómetros por hora, no litoral oeste e nas terras altas, em especial a partir do início da tarde.

Está também prevista neblina ou nevoeiro matinal, pequena descida da temperatura mínima e pequena subida da máxima.

Na Madeira prevê-se períodos de céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha e vento moderado predominando de nordeste, tornando-se moderado a forte nas terras altas a partir da tarde.

No Funchal, as temperaturas vão oscilar entre 20 e 27.

Para os Açores, o IPMA prevê céu muito nublado, com abertas durante a tarde, períodos de chuva ou aguaceiros, que poderão ser fortes durante a madrugada, condições favoráveis a ocorrência de trovoadas durante a madrugada (no grupo central) e vento do quadrante leste fraco a bonançoso.

Em Ponta Delgada (ilha de São Miguel) as temperaturas vão variar entre 21 e 27, em Angra do heroísmo (ilha Terceira) entre 21 e 26 e em Santa Cruz das Flores (ilha das Flores) entre 20 e 25.

Em Lisboa as temperaturas vão variar entre 17 e 27 graus Celsius, no Porto entre 15 e 24, em Braga entre 14 e 29, em Viana do Castelo entre 14 e 24, em Vila Real entre 14 e 30, em Viseu entre 13 e 30, em Bragança entre 13 e 31, na Guarda entre 13 e 28, em Coimbra entre 16 e 27, em Leiria entre 16 e 24, em Castelo Branco entre 17 e 35, em Portalegre entre 15 e 33, em Santarém entre 16 e 30, em Évora e Beja entre 14 e 34, em Aveiro entre 17 e 22, em Setúbal entre 16 e 30 e em faro entre 19 e 30.

Governo cabo-verdiano
O Governo cabo-verdiano anunciou hoje um reforço de medidas para combater a malária, numa altura em que o país regista 167...

Segundo dados disponibilizados à imprensa pelo diretor do Programa Nacional de Luta contra o Paludismo (PNLP) de Cabo Verde, António Moreira, até hoje o país registou um total de 167 casos, entre autóctones e importados.

Os números são os mais altos desde 1991, segundo a evolução de que há registo e disponibilizada no site do Ministério da Saúde, em que o maior número até agora (autóctones e importados) tinha sido 140, registados em 2000, seguido de 125 casos em 1995.

Tal como em anos anteriores, a maioria dos casos surgiu na cidade da Praia, com um total de 153 locais e três importados, o maior número registado na capital cabo-verdiana, cujo máximo tinha sido 102 (95 locais e 7 importados) em todo o ano de 2001.

Segue-se a ilha de São Vicente, com seis casos, todos importados, e com registo de uma morte, de um cidadão de nacionalidade estrangeira que chegou doente à ilha.

António Moreira, que falava à imprensa após um reunião convocada e presidida pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, avançou que há registo de mais três casos na ilha do Sal e dois em Santo Antão, todos também importados.

O ministro da Saúde e da Segurança Social, Arlindo do Rosário, avançou que o Governo, em parceria com todas as instituições com responsabilidade na matéria, vão intensificar as campanhas para tentar eliminar os viveiros e focos de mosquitos, que já estão identificados.

Salientando que as atividades terão maior incidência na Praia, o ministro indicou que serão realizadas ações no terreno, para eliminar águas estagnadas e todas as situações propiciadoras para o desenvolvimento dos mosquitos.

O governante pediu, por isso, envolvimento das várias estruturas do país e da sociedade civil para combater a doença, que tem 24 pessoas internadas no Hospital Agostinho Neto, na Praia.

O ministro recusou a ideia de qua as autoridades de saúde do país terão "baixado a guarda" para o surgimento de dezenas de casos nas últimas semanas, lembrando que o paludismo é urbano e que acompanha o desenvolvimento rápido da cidade da Praia.

Arlindo do Rosário salientou que Cabo Verde tem um "serviço de vigilância que funciona", que "diagnostica atempadamente as situações" e há um seguimento e acompanhamento dos casos, com internamento preventivo durante algum tempo para evitar aumento do parasita no sangue.

O também médico referiu que, apesar do aumento exponencial de casos desde meados de julho, a incidência da malária em Cabo Verde é de 0,25 por mil habitantes, e que um país é considerado de estar em fase de pré-eliminação pelo menos quando existe um caso por 1000 habitantes.

"Cabo Verde continua a ser um país em fase de pré-eliminação, mas em todos os países onde existe o vetor, em determinado momento pode haver surtos epidémicos, o que tem de ser diagnosticado e combatido", afirmou.

Em janeiro, Cabo Verde foi distinguido pela Aliança de Líderes Africanos contra a Malária (ALMA) com o prémio Excelência 2017, pelos resultados alcançados no combate à doença.

A Organização Mundial da Saúde estima que o país tenha reduzido a sua taxa de incidência e de mortalidade associada à malária em mais de 40% no período decorrente e prevê também que tenha capacidade de eliminar a transmissão regional até 2020.

A malária, também conhecida por paludismo, é uma doença provocada por um parasita do género Plasmodium, que é transmitido aos seres humanos através da picada de uma fêmea do mosquito Anopheles.

Ainda sem vacina, é uma doença "instável", de transmissão sazonal, cujo maior período vai de julho a dezembro, toda a população é vulnerável, mas tem baixo risco de epidemia.

O ministro da Saúde confirmou que o Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP) cabo-verdiano, com apoio da OMS e do BAD, está a realizar um estudo sobre a capacidade de resistência dos mosquitos aos produtos utilizados, bem como ao mapeamento dos viveiros.

Palácio de Belém
O Presidente da República visitou ontem a Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, a quem manifestou o...

Marcelo Rebelo de Sousa esteve ao final da tarde de ontem na Casa Acreditar de Lisboa - a associação tem outras duas casas, em Coimbra e no Porto -, que se situa junto ao Instituto Português de Oncologia e vai expandir-se para um edifício ao lado, cedido pela Câmara Municipal de Lisboa.

No final da visita, o presidente da associação, João de Bragança, disse que esta é "uma casa longe de casa" para muitas crianças e jovens com cancro e para as suas famílias, e referiu que as obras de expansão vão custar à Acreditar cerca de "um milhão e 700 mil euros".

"Contamos com a sociedade civil para nos ajudar", declarou João de Bragança. Depois, dirigindo-se ao chefe de Estado, deixou-lhe um apelo: "Naquilo que nos puder ajudar, fica aqui o nosso pedido de sensibilização".

Marcelo Rebelo de Sousa ouviu também o pai de uma das crianças pedir-lhe para utilizar "a sua influência" para "ajudar esta casa".

Em seguida, rodeado de crianças, o Presidente da República destacou a campanha internacional de sensibilização para o cancro pediátrico "Setembro Dourado", que a Acreditar está a promover em Portugal.

"É uma campanha que se destina a todas as portuguesas e a todos os portugueses, para entenderem e, se o considerarem possível e adequado, apoiarem aquilo que é um trabalho já com muitos anos. Já são 23 anos, e a primeira casa há 15 anos. É muito tempo", afirmou.

"Está dado esse patrocínio, esse apoio a esta campanha e ao vosso trabalho em geral", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa realçou a importância das três casas desta associação "para meninos e meninas e suas famílias que vêm de longe, que vêm de fora, que têm a sua casa noutra casa, mas que utilizam estas três casas para garantirem o acompanhamento dos tratamentos".

"Continuamos a ter meninas e meninos que todos os anos precisam deste tratamento e deste apoio, todos os anos, e por isso é que tem de crescer a capacidade de acolhimento destas casas", considerou.

Antes de se despedir, o Presidente da República convidou as crianças e jovens apoiados pela Acreditar a visitarem-no no Palácio de Belém.

"Não é a minha casa, a minha casa, onde eu moro, é outra. Mas depois trabalho num sítio que se chama Palácio de Belém - é, tem o nome de palácio. Eu trabalho lá. Querem visitar-me um dia no Palácio de Belém?", perguntou.

Marcelo Rebelo de Sousa propôs que fossem todos visitá-lo, com as famílias, e que depois continuassem a visitar-se com frequência: "De vez em quando convidam-me para eu vir cá. Da próxima vez, convidem-me para eu comer qualquer coisa com vocês. Hoje não deu, fui só ver a cozinha. E outras vezes eu convido-os para vocês irem comer comigo".

Projeto de sustentabilidade
O Hospital da Senhora da Oliveira, em Guimarães, vai implementar um projeto de sustentabilidade e eficiência no uso de recursos...

Em comunicado a unidade hospitalar vimaranense adianta que o investimento será de 3,6 milhões de euros, sendo que terá comparticipação pelo Fundo de Coesão da União Europeia em 95%, ao abrigo do programa Portugal 2020, e que estará "totalmente implementado em 2019".

Segundo o texto, a poupança será conseguida "através da produção autónoma de energia por fontes renováveis e pela redução do próprio consumo de energia", tendo por objetivo "uma gestão sustentável, integrada e racional da energia nos edifícios" do hospital.

"É um importante passo para o Hospital, quer no que toca à poupança energética, quer na utilização sustentável dos recursos. Será uma grande intervenção nos edifícios do Hospital, mudando de forma radical toda a gestão energética e tornando o hospital mais sustentável e amigo do ambiente", refere o administrador do Hospital, Delfim Rodrigues.

O responsável adianta ainda que a poupança resultante deste projeto "permitirá investirmos noutras áreas de atividade do Hospital, beneficiando os cidadãos que procuram os nossos serviços".

Para cumprir aqueles objetivos, "será feita a aplicação de isolamento térmico nas paredes e coberturas exteriores dos edifícios hospitalares, a substituição de vãos envidraçados por soluções mais eficientes com caixilharia em PVC e aplicação de película sombreadora".

Ao nível dos sistemas técnicos, o novo sistema "prevê a substituição dos atuais chillers, a passagem das caldeiras para biomassa e a colocação de variadores de frequência nos elevadores, a colocação de iluminação led no interior e exterior dos edifícios, a instalação de um sistema de produção de energia elétrica para autoconsumo, baseado em painéis fotovoltaicos e a instalação de um sistema e equipamentos para gestão do consumo de energia (Energy Manager)".

Além da "redução da fatura energética mensal", o investimento terá como "benefícios indiretos" a "poupança em manutenção, o conforto dos utilizadores e a segurança no abastecimento".

Evitar uso abusivo
A Ordem dos Farmacêuticos quer voltar a ter apenas nas farmácias alguns medicamentos não sujeitos a receita médica que hoje se...

Em declarações, a bastonária dos farmacêuticos, Ana Paula Martins, explicou que a proposta da Ordem, que deverá ser entregue ao Infarmed até final do ano, surge “não tanto pelas características farmacológicas das substâncias (…), mas pela sua utilização”.

Ana Paula Martins dá como exemplo a contraceção de emergência, afirmando: “se uma jovem todas as semanas usar contraceção de emergência pode tornar-se uma questão de saúde pública”.

Exemplifica ainda com o paracetamol, “um medicamento com uma das melhores relações beneficio-risco que se conhece” e que no Reino Unido, há uns anos, “começou a ser usado para intoxicação voluntária”.

Para a bastonária, a farmácia “garante uma disponibilização mais cuidada, mais avaliada e mais conscienciosa”.

“Na farmácia existem técnicos, existem farmacêuticos e um diretor técnico, que está lá”, afirmou.

A vontade de aumentar a lista dos medicamentos não sujeitos a receita médica de venda exclusiva em farmácias foi hoje revelada pelo jornal Correio da Manhã, que escreve que Portugal é o país da Europa com mais medicamentos fora das farmácias e critérios de segurança mais permissivos.

A posição da Ordem dos Farmacêuticos surge uma semana depois de a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) ter manifestado a expetativa do setor em alargar a lista de medicamentos não sujeitos a receita médica comercializados nos seus espaços.

"A expectativa do setor da distribuição" é de que "haja aqui um caminho que se faça no sentido de aumentarmos a lista dos produtos dos medicamentos não sujeitos a receita médica que podem ser vendidos e comercializados no espaço da distribuição", afirmou a diretora-geral da APED, Ana Isabel Trigo Morais, na semana passada, na apresentação do barómetro de vendas do primeiro semestre, que decorreu em Lisboa.

Segundo a responsável, "é expectativa dos associados da APED e do setor que os reguladores, nomeadamente o Ministério da Saúde e o Infarmed, revejam esta lista de medicamentos que podem ser vendidos nestes espaços de saúde [da distribuição] e que, à semelhança daquilo que acontece noutros países que começaram a experiência há muitos mais anos, nós possamos ter uma oferta ao consumidor mais diversificada, sempre no cumprimento do que são os requisitos para a realização desta venda".

Ordem/Norte
A secção do Norte da Ordem dos Médicos está a recomendar aos diretores dos hospitais e diretores dos serviços de Ginecologia e...

O presidente da Secção Regional da Ordem dos Médicos/Norte, António Araújo, afirmou que a recomendação, que está a ser feita hoje, visa alertar os responsáveis para a necessidade de “tomarem medidas para que os serviços não sofram diminuição de qualidade” na prestação de serviços à população, “designadamente em Obstetrícia”, face à possibilidade dos enfermeiros especialistas deixarem de integrar as equipas multidisciplinares.

Esta recomendação surge na sequência do protesto dos enfermeiros especialistas, muitos deles a trabalhar em blocos de partos e que estão a entregar na sua Ordem, desde a passada semana, o título de especialidade, o que impede que exerçam funções nos serviços especializados.

Esta ação dos enfermeiros visa exigir a revalorização salarial das suas funções como especialistas.

António Araújo afirmou estar convencido que esta ação dos enfermeiros especialistas “não terá grande impacto” na região Norte, contudo, “se de alguma maneira faltarem enfermeiros [nas equipas multidisciplinares porque entregaram o título], os diretores dos serviços irão reforçar as equipas médicas”.

“Todos os enfermeiros que entregarem a sua cédula deixam de ser especialistas e deixam de poder estar presentes nas equipas multidisciplinares”, sublinhou.

Para o responsável, “as grávidas não deverão ter receio, porque os médicos estão capacitados para exercer todas as funções”.

Questionado sobre a eventualidade de não existirem ginecologistas e obstetras suficientes para o reforço das equipas, António Araújo respondeu que, “nesse caso, alguma atividade dos serviços, sobretudo programada, irá ter que diminuir”.

Na região Norte, a recomendação é enviada para os centros hospitalares Douro e Vouga, Gaia/Espinho, Porto, São João, Vila do Conde/Póvoa de Varzim, Médio Ave, Trás-os-Montes e Alto Douro, unidades locais de saúde de Matosinhos, do Nordeste e do Alto Minho, bem como para os hospitais de Braga e Guimarães.

A OM está preocupada com impacto do protesto dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica, que anunciaram entregar os títulos que os habilita profissionalmente para a especialidade, tendo já aconselhado estes profissionais a reportar casos de falhas nas equipas multidisciplinares que asseguram os partos e que reúnam as condições mínimas de funcionamento dos serviços.

Numa nota hoje publicada no seu ‘site’, o Colégio de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos faz recomendações na sequência dos protestos dos enfermeiros especialistas em Saúde Materna e Obstétrica, manifestando preocupação com as grávidas e com a qualidade das condições de trabalho das equipas multidisciplinares.

“Sempre que a composição das equipas não esteja assegurada, os médicos podem e devem apresentar por escrito um requerimento dirigido ao Conselho de Administração do hospital, ao diretor clínico, ao diretor de Serviço de Ginecologia Obstetrícia, e com conhecimento do bastonário da Ordem dos Médicos, salientando que a composição da equipa não obedece às condições mínimas de funcionamento dos blocos de partos como se encontram definidas na Norma Complementar 1/2013”, lê-se na nota.

Para tal, a Ordem disponibiliza uma minuta de requerimento no portal da Ordem dos Médicos (www.ordemdosmedicos.pt.).

Direção-Geral da Saúde
A médica internista Maria do Rosário Rodrigues é a nova diretora do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e Resistência...

Segundo uma nota divulgada pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Maria do Rosário Rodrigues é atualmente diretora de medicina interna do Instituto Português de Oncologia do Porto, onde é também coordenadora do Projeto “STOP Infeção Hospitalar!”.

O anterior diretor do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e Resistências a Antibióticos apresentou a sua demissão porque queria estar dedicado a tempo inteiro ao Programa, o que não foi possível, segundo confirmou à agência Lusa o diretor-geral da Saúde, Francisco George, há cerca de uma semana.

Paulo André Fernandes, médico no Centro Hospitalar Barreiro Montijo, queria ter sido substituído no hospital para se poder dedicar integralmente ao programa prioritário da Direção-geral da Saúde, o que não chegou a ocorrer.

Projeto EDUFLUVAC
Este projeto denomina-se EDUFLUVAC e pretende desenvolver uma vacina que possa proporcionar uma proteção mais prolongada, e...

Como é de conhecimento geral, a vacinação anual é a principal forma de prevenção contra a gripe sazonal provocada pelo vírus Influenza. Esta é também a melhor forma de nos protegermos contra potenciais pandemias como a que se registou em 2009 com o vírus H1N1. Contudo, devido à elevada propensão do vírus Influenza para mutações, a composição das vacinas da gripe sazonal necessita de ser atualizada e novas vacinas têm de ser formuladas, produzidas e administradas anualmente, se não com maior frequência em caso de pandemias. O desenvolvimento de uma vacina “universal” para o vírus Influenza, capaz de induzir resposta imunitária contra diferentes estirpes do vírus dentro do mesmo subtipo ou transversal a vários subtipos tornou-se uma prioridade a nível mundial. Este é o objetivo que este projeto pretende alcançar.

“O grande potencial deste projeto passa pela geração de uma vacina da gripe “universal” que consiga proteger de forma eficaz não só os mais vulneráveis (crianças e idosos) como os adultos contra a gripe sazonal que todos os anos nos afeta, especialmente no inverno, e que ainda possa oferecer um grau de proteção elevado contra potenciais pandemias. Em última instancia, a plataforma tecnológica resultante deste projeto poderá permitir a redução dos custos de produção em grande escala de uma vacina da gripe, tornando deste modo esta vacina da gripe mais acessível a países em desenvolvimento” refere Paula Alves, CEO do iBET.

Descrição do projeto e das suas potencialidades
O projeto EDUFLUVAC tem como objetivo a geração de uma vacina da gripe “universal” que seja amplamente reconhecida pelo sistema imunitário e desta forma ofereça proteção contra vários subtipos de vírus Influenza circulantes, aumentando significativamente o tempo de vida útil da vacina (cerca de 5 anos) quando comparada com as tradicionais vacinas da gripe sazonal. Estas novas vacinas serão baseadas em partículas semelhantes a vírus (VLPs), estruturas compostos por uma ou várias proteínas que mimetizam o vírus nativo mas que não apresentam DNA ou RNA, o que torna as VLPs inócuas e boas candidatas a vacinas. As vacinas contra a hepatite B e o vírus do papiloma humano, produzidas pelas empresas farmacêuticas GlaxoSmithKline e Merck Sharpe and Dohme são talvez os exemplos mais marcantes da aplicação de VLPs na área das vacinas.

“As diferentes VLPs que temos estado a fabricar para o projeto EDUFLUVAC estão a ser produzidas no iBET usando células de inseto e baculovirus (vírus que apenas infetam células de inseto), um conceito que apesar de já ter duas décadas de existência apenas nos anos mais recentes tem tido a sua aplicação pratica na indústria como é o caso da vacina da gripe Flublok licenciada em 2013 pela empresa Protein Sciences (EUA)” salienta Paula Alves.

As competências nesta área estão a ser apoiadas pela Unidade Piloto do iBET, uma infraestrutura única na Península Ibérica, que suporta igualmente o desenvolvimento de novos biofármacos e anticorpos para diversas multinacionais da área farmacêutica.

Atualmente já foram produzidas no iBET 31 VLPs desenhadas como potenciais candidatas a vacina universal contra a gripe e que foram já testadas em ratos de forma a avaliar a sua capacidade para gerar anticorpos contra vários subtipos do vírus Influenza e assim proteger estes animais contra doses letais do(s) vírus da gripe. Das 31 potenciais vacinas, 6 apresentaram resultados muito promissores e estão agora em fase de estudos de imunogenicidade em furoes e primatas não-humanos, estudos que se prevêem decorram até ao segundo semestre de 2017. 

Saúde
O presidente da Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, a central de compras estatal para a área da saúde, quer seguir o...

Criada em 2013, a plataforma da transparência da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) permite consultar online os patrocínios e apoios concedidos pela indústria farmacêutica a profissionais de saúde, sociedades médicas, associações de doentes e até a hospitais públicos. Obrigatório por lei, este registo que permite detetar eventuais conflitos de interesses somou, entre Fevereiro de 2013 e Fevereiro de 2016 (último balanço global feito pela tutela), mais de 159 milhões de euros em patrocínios declarados.

“Estamos a pensar começar a fazer isto nas próximas semanas para dissipar dúvidas e dar o exemplo de transparência máxima”, explica o presidente do conselho de administração da Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Henrique Martins, que pôs o lugar à disposição, na sequência da divulgação da viagem à China de cinco outros dirigentes e funcionários da central de compras, numa visita a convite da Huawei e que foi paga pela NOS, em 2015. 

Além de Henrique Martins, os cinco quadros da SPMS envolvidos puseram o lugar à disposição, quando a notícia do Expresso foi publicada no sábado. Mas, na segunda-feira, o ministro da Saúde disse que ia aguardar pelas conclusões da averiguação pedida com urgência à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) para decidir se aceita ou não os pedidos de demissão.

Henrique Martins defende agora que deveriam ser as próprias empresas tecnológicas a divulgar os patrocínios e adianta que há algumas que até estariam dispostas a avançar neste sentido, caso esta atitude fosse generalizada, escreve o jornal Público. “Se a comunicação social tratasse este assunto de uma forma equilibrada e séria tornar-se-ia evidente que não foram só cinco as pessoas a participar em visitas deste tipo. São muitas pessoas”, enfatiza, frisando que houve “altos dirigentes de vários ministérios” a integrar comitivas em visitas deste tipo ao longo dos anos, o que “pode ser consultado online, por exemplo no Facebook de alguns”.

Num “esclarecimento” e “direito de resposta” publicado no site da SPMS esta semana, o conselho de administração da SPMS lamenta que se tenha passado a ideia de que tais práticas “só ocorreram com colaboradores” da central de compras. E adianta que, além da viagem à China em 2015, que serviu para visitar o Zheng Zhou Hospital, “um dos maiores hospitais do mundo com competências em telessaúde”, houve “participações institucionais” de dirigentes e colaboradores da SPMS em sucessivas edições do Open World San Francisco (Oracle), em 2015 (cinco participantes), 2013 (três), no ano seguinte (um ), e ainda em 2016 (seis participantes, entre os quais um membro do conselho de administração, tendo quatro deslocações sido suportadas pela SPMS). A participação de 2016, frisam, mereceu mesmo a aprovação “no circuito da saúde na Secretaria de Estado de Saúde”.

A partir de Setembro passado, quando foi publicado o código de conduta do XXI Governo Constitucional, na sequência da polémica das viagens pagas pela Galp a políticos para irem a jogos do Euro, os governantes e membros dos gabinetes ministeriais deixaram de poder aceitar ofertas superiores a 150 euros, mas Henrique Martins nota que o código prevê exceções a esta regra, caso fique provado “o superior interesse público”.

Estudo
Uma experiência qualificada como a "mais realista até ao momento sobre o aquecimento do oceano" aponta que os efeitos...

Investigadores do Instituto Antártico Britânico e do centro de investigação meio ambiental Smithsonian decidiram aquecer uma fina camada de água do fundo do mar à volta da estação de Rothera, na Antártida, onde foram instalados painéis especiais.

O aquecimento foi de um e dois graus acima da temperatura ambiente, escreve o Sapo, que é o aumento global da temperatura que se acredita que poderá acontecer nos próximos 50 e 100 anos, respetivamente. Como resultado foram observadas "enormes consequências no conjunto marítimo", já que as taxas de crescimento de alguns organismos quase duplicaram.

"Surpreendeu-nos bastante", afirmou em comunicado o membro da equipa Gail Ashton.

Ashton indicou que passou a maior parte da sua carreira a trabalhar em climas temperados, onde as comunidades de organismos experimentam oscilações da temperatura muito maiores e não esperava "uma reação tão grande com apenas um grau de mudança". Predizer como os organismos e comunidades que vivem nestas águas podem responder à mudança climática no futuro "continua a ser um desafio fundamental".

Aumento do tamanho de algumas espécies
A experiência concluiu que, com um aumento da temperatura em um grau, a população de uma só espécie de ectoprocta (Fenestrulina rugula), um pequeno tipo de animal que cria colónias, cresceu rapidamente e acabou por dominar a comunidade, o que levou a uma redução global da diversidade de espécies e à uniformidade em dois meses.

Além disso, os exemplares de um verme marinho conhecido como Romanchella perrieri aumentaram o seu tamanho em 70% em relação àqueles que permaneceram em condições ambientais normais.

Já com o aumento de dois graus centígrados da temperatura, a resposta dos organismos foi muito mais variada e a taxa de crescimento foi diferente dependendo das espécies, da idade e da estação do ano.

O relatório aponta que as espécies cresceram geralmente mais rápido com o aquecimento durante o verão.

Estes resultados sugerem, segundo os cientistas, que a mudança climática "pode inclusivamente ter maiores efeitos nos ecossistemas polares marítimos do que o previsto" e que, à medida que o planeta for se aquecendo, "haverá vencedores - como os ectoproctas - e perdedores", indica o comunicado.

Estudo
Cientistas holandeses dizem ter estabelecido o teto máximo da longevidade humana em 115,7 anos para as mulheres e em 114,1 anos...

Investigadores de estatística das universidades de Tilburg e Roterdão analisaram dados das últimas três décadas de uma amostra de 75.000 holandeses, começa por revelar John Einmahl, um dos três cientistas que dirigiu o estudo.

"Em média, hoje vivemos mais tempo, mas os que têm mais idade não envelheceram mais nos últimos 30 anos", explicou à agência de notícias France Presse John Einmahl.

"Certamente há uma espécie de muro na idade", continuou o cientista. Mas "evidentemente a esperança de vida aumentou", indicou, observando que o número de pessoas que chegaram aos 95 anos na Holanda quase triplicou na última década. "No entanto, o teto em si não mudou", concluiu.

Os resultados deste estudo holandês surgem, segundo o Sapo, depois de dados publicados por um grupo de cientistas nos Estados Unidos, que determinou um limite similar no ano passado. Einmahl e os seus colegas demonstraram que a longevidade máxima não apresentou quase nenhuma flutuação nas últimas décadas.

O investigador acrescentou, no entanto, que ainda havia algumas pessoas que eram exceção à norma, como Jeanne Calment, o ser humano que viveu mais anos entre as pessoas cuja data de nascimento foi certificada. A francesa morreu em 1997, aos 122 anos e 164 dias de idade.

Estudo
Novos estudos confirmam o efeito preventivo dos pelos no rosto. Os especialistas alertam, no entanto, para a necessidade de...

Um estudo publicado na revista Radiation Protection Dosimetry já tinha revelado que os homens que mantêm a barba com cerca de quatro centímetros correm, em comparação com outros que se barbeiam diariamente, menores riscos de vir a ter cancro de pele no rosto. A barba densa e os pelos grossos e/ou encaracolados impedem os raios UV de penetrarem na epiderme, mimetizando um fator de proteção solar de cerca de 90%, escreve o Sapo.

Agora, uma outra investigação, levada a cabo pela Universidade de Queensland, na Austrália, vem defender a mesma teoria, aumentando no entanto a percentagem para os 95%. Os especialistas defendem, contudo, a utilização de produtos fotoprotetores, sobretudo por parte de homens com a barba mais rala, uma situação que lhes cria espaços abertos no rosto e lhes deixa a epiderme mais desprotegida.

Além do uso diário de um protetor solar, independentemente do seu tipo de pele e do tamanho da barba, também devem utilizar diariamente um creme hidratante. “A exposição solar é a causa primária do fotoenvelhecimento e dos danos da epiderme, por isso faz sentido que o rosto esteja coberto por uma barba densa”, defendeu também publicamente Adam Freidmann, um reputado dermatologista.

Coreia do Norte
A China acionou, neste domingo, um plano de emergência para controlar o nível de radiação ao longo de sua fronteira com a...

A medida foi acionada pelo governo de Pequim depois do novo teste nuclear realizado por Pyongyang, anunciou o ministério chinês do Meio Ambiente.

As autoridades chinesas acionaram às 03H46 GMT (00H46 de brasília), pouco depois do teste, o "plano de emergência" para realizar "medidas de controlo de radiação", de acordo com um breve comunicado do ministério, escreve o Sapo.

Dependendo do tipo de radioatividade a que a pessoa foi exposta, esta pode causar queimaduras, cancro, hemorragias, problemas digestivos, infeções ou doenças autoimunes.

A Coreia do Norte anunciou no domingo ter testado, com sucesso, uma bomba de hidrogénio desenvolvida para ser instalada num míssil balístico intercontinental. O anúncio do "total sucesso" do teste de uma bomba de hidrogénio, conhecida como "bomba H", foi feito pela pivô da televisão estatal norte-coreana, horas depois de Seul e Tóquio terem detetado uma invulgar atividade sísmica na Coreia do Norte.

Segundo a KCTV, o ensaio nuclear, o sexto conduzido pelo regime de Pyongyang, foi ordenado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Míssil que sobrevoou Japão
A Coreia do Norte lançou um míssil que sobrevoou território japonês, segundo o governo nipónico.

O projétil foi disparado de Pyongyang na madrugada de terça-feira, cerca das 05:57 locais (21:57 de segunda-feira, em Lisboa). O sistema de alerta do governo nipónico aconselhou as pessoas do norte do Japão a tomar precauções.

Artigo de Opinião
O Dia Mundial da Saúde Sexual instituído, desde 2010, pela Associação Mundial para a Saúde Sexual (W

Várias questões podem ser levantadas nesta área tão sensível e em que muito falta fazer, destas começo por salientar os temas tabu na esfera sexual, os mitos e os preconceitos quer de ordem religiosa quer socio-culturais, sendo necessário e urgente mudar o paradigma.

Num passado muito recente, e exemplo destes preconceitos inaceitáveis, relembro a notícia divulgada nos vários meios de comunicação e que transcrevo a que foi publicada no Jornal Publico: “Portugal foi condenado pelo Tribunal Europeu dos Direitos do Homem por causa da controversa sentença que reduziu a indemnização de uma vítima de negligência médica, com base no pressuposto de a atividade sexual depois dos 50 anos já não ser assim tão importante para as mulheres.”

O direito à educação sexual, a viver a sexualidade sem discriminação do sexo, orientação sexual, doença ou deficiência e sem “limite” de idade deve ser universal e transversal.

A correta informação e interação em torno da saúde e direitos sexuais deve passar pelo estreitamento da comunicação entre público em geral, media, sociedades científicas e profissionais de saúde provenientes das mais distintas áreas, de modo a sensibilizar para a persistência de vários fatores lesivos da saúde e cidadania sexual.

Outra questão prende-se com o acesso a cuidados de saúde na área da medicina sexual no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, quer nos cuidados primários (Centros de Saúde) quer nos Centros Hospitalares, os quais são escassos ou mesmo inexistentes, limitando e condicionando a procura.

A ausência de comparticipação na maioria das consultas, nos exames auxiliares de diagnóstico, nas terapêuticas (médicas ou cirúrgicas) é uma das causas da não procura de consultas ou aconselhamento, do abandono de terapêuticas ou mesmo do seu início, devido ao preço proibitivo para a maioria da população.

Uma última questão é a informação disponibilizada pela Internet, e que é, sem dúvida, inquietante, pois permite o anonimato, está disponível 24 horas por dia e não requer qualquer interação pessoal. A recolha de informação na rede não obriga a assumir um problema perante outro ser humano, seja ele parceiro sexual ou profissional de saúde, e ao não o assumir, não se torna real.

Na Internet não há vergonha ou exposição, mas também não há regulação, sendo estas revelações preocupantes, pois sabemos que os riscos que a navegação cibernética descontrolada pode trazer a (des)informação, assim como o acesso e consumo de  “medicamentos” contrafeitos  com elevado risco para a saúde.  

No momento atual compete-nos motivar as estruturas de saúde a melhorar as condições de acesso, promover a formação e especialização de profissionais na área da medicina sexual de modo a que esta não seja desvalorizada e criar as pontes necessárias entre os vários profissionais de saúde permitindo promover a saúde sexual como parte integrante da saúde global.

O próprio Estado, que deveria ter um papel protecionista, falha quando se esquece do real valor social e económico de uma boa saúde sexual e como consequência uma boa saúde global pelo que é urgente reverter esta situação.

Não podemos esquecer, nomeadamente num pais em crise, que a saúde é o motor da economia e que sem saúde não há economia que resista nem crescimento sustentado.

Dr. Augusto José Pepe Cardoso

Urologista - Andrologista
Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE
Clinica de St.º António; SA (Grupo Lusíadas)
Presidente da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa de Andrologia, Medicina Sexual e Reprodução (SPA)
Membro do Conselho Consultivo da Sociedade Portuguesa de Andrologia, Medicina Sexual e Reprodução (SPA)
Membro do Comité Executivo da Sociedade Europeia de Medicina Sexual (ESSM)
Membro do Conselho Consultivo da Associação Ibero-americana de Sociedades de Andrologia (ANDRO)

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ordem dos Médicos
A Ordem dos Médicos aconselhou hoje estes profissionais a reportar casos de falhas nas equipas multidisciplinares que asseguram...

Numa nota hoje publicada no seu site, o Colégio de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos faz recomendações na sequência dos protestos dos enfermeiros especialistas em Saúde Materna e Obstétrica, manifestando preocupação com as grávidas e com a qualidade das condições de trabalho das equipas multidisciplinares.

Enfermeiros especialistas, muitos deles a trabalhar em blocos de partos, estão a entregar na sua Ordem, desde a passada semana, o título de especialidade, o que impede que exerçam funções nos serviços especializados, uma ação para exigir a revalorização salarial das suas funções como especialistas.

“Sempre que a composição das equipas não esteja assegurada, os médicos podem e devem apresentar por escrito um requerimento dirigido ao Conselho de Administração do hospital, ao Diretor Clínico, ao Diretor de Serviço de Ginecologia Obstetrícia, e com conhecimento do Bastonário da Ordem dos Médicos, salientando que a composição da equipa não obedece às condições mínimas de funcionamento dos blocos de partos como se encontram definidas na Norma Complementar 1/2013”, lê-se na nota.

Para tal, a Ordem disponibiliza uma minuta de requerimento no portal da Ordem dos Médicos (www.ordemdosmedicos.pt.).

Segundo a Ordem, este processo reivindicativo dos enfermeiros especialistas em Saúde Materna e Obstétrica e a previsão de uma greve dos enfermeiros para os próximos dias 11 a 15 de setembro podem afetar na sua composição as equipas multidisciplinares de assistência às grávidas e dos blocos de partos dos hospitais.

A composição destas equipas, do ponto de vista da qualidade e da segurança dos atos médicos a praticar, segundo a Ordem dos Médicos, deve obedecer às condições mínimas de funcionamento dos blocos de partos, conforme se encontram definidas na Norma Complementar 1/2013 do Colégio de Especialidade de Ginecologia Obstetrícia (homologada pelo Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos em 28.02.2014).

De acordo com a referida norma complementar, os blocos de partos devem cumprir diversas regras, nelas se incluindo a necessidade da presença de dois enfermeiros, um dos quais obrigatoriamente com a especialidade de enfermagem obstétrica.

“O atendimento das grávidas, muitas vezes, é subsumível ao conceito de atendimento urgente/emergente, o que fundamenta o dever de os enfermeiros assegurarem a prestação de serviços mínimos, tal como os médicos, e que, igualmente, se refere no requerimento disponível no portal”, lê-se na nota.

Os enfermeiros especialistas estão em protesto há duas semanas, não cumprindo as funções especializadas pelas quais ainda não são pagos. O protesto seguiu-se a outro, nos mesmos moldes, ocorrido em julho e que foi interrompido para negociações com o Governo.

No final de agosto, os profissionais queixaram-se de ameaças por parte dos conselhos de administração dos hospitais e acusaram o ministro da Saúde de desonestidade e de ter enganado os profissionais.

Em comunicado, o movimento que representa estes enfermeiros anunciou no sábado o endurecimento da luta e a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, disse à Lusa que alguns profissionais já começaram a entregar os títulos que os habilitam para a especialidade.

Ana Rita Cavaco explicou que esta suspensão de título retira-lhes a possibilidade de exercer competências especializadas que só podem ser exercidas por pessoas detentoras do mesmo, sendo-lhe passado o título de generalistas.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
O mês de agosto em Portugal continental foi quente em relação à temperatura e seco no que diz respeito à precipitação, segundo...

De acordo com o resumo do boletim climatológico disponível hoje na página do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na Internet, o mês de agosto foi o nono mais quente desde 2000.

O documento indica que “o valor da temperatura máxima do ar foi de 30,86 graus Celsius, mais 2,06 graus acima do valor normal, e corresponde ao 7.º valor mais alto desde 2000.

“Os maiores valores da máxima ocorreram em 2003, 2016, 2010, 2005, 2001 e 2013”, é referido no documento.

O IPMA indica também que o valor médio da temperatura mínima do ar (15,19 graus Celsius) foi inferior ao valor normal.

O relatório destaca também que “os dias 03 e 06 e o período de 11 a 26 de agosto foram quentes, com valores altos da temperatura do ar, em particular da máxima”.

Segundo o IPMA, os dias 20 e 21 de agosto foram os dias mais quentes do mês com valores de temperatura média de 27,4 graus Celsius (mais 5,2 graus em relação ao normal) e 27 graus (mais 4,8 em relação ao normal), respetivamente.

No resumo do boletim é também referido que no dia 20, a temperatura máxima foi de 37,3 graus (mais 8,5 em relação ao normal), salientando que neste dia 66% das estações meteorológicas registaram valores superiores a 35 graus Celsius (dias muito quentes).

Ainda no dia 20, o IPMA salienta que 27% das estações meteorológicas registaram valores superiores a 40 graus (dias extremamente quentes).

De acordo com o IPMA nos dias 04 e 21 de agosto ocorreram valores de temperatura máxima superiores a 40 graus nas regiões do Norte e Centro, registando-se valores mais altos em Alvega, distrito de Santarém (43,7 graus) Lousã, em Coimbra (43,6), Santarém (43,3) e Tomar, distrito de Santarém (43,1).

No que diz respeito à mínima, nos dias 20 e 21 de agosto foram registadas temperaturas de 17,5 e 18,6 graus Celsius. Nestes dias, em cerca de 25% das estações observaram-se valores maiores ou iguais a 20 graus (noites tropicais).

Em relação à precipitação, o mês de agosto classificou-se como seco, com um valor médio de precipitação em Portugal continental de 8,2 milímetros, o que corresponde a 60% do valor médio.

“Durante o mês apenas ocorreu precipitação nos últimos dias, em particular nos dias 28 e 29 em que se registaram valores de quantidade de precipitação significativos acompanhados de granizo e trovoada”, é indicado.

Os maiores valores de precipitação diários ocorreram em Coimbra, Montalegre (Bragança), Lousã (Coimbra), Viseu, Elvas (Beja) e Beja.

Saúde materna e obstétrica
A Ordem dos Médicos está preocupada com impacto do protesto dos enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica, que...

Enfermeiros especialistas, muitos deles a trabalhar em blocos de partos, estão a entregar na sua Ordem, desde a passada semana, o título de especialidade, o que impede que exerçam funções nos serviços especializados, uma ação para exigir a revalorização salarial das suas funções como especialistas.

Em declarações, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, disse que será emitida uma nota aos médicos para que estejam alertados para a situação.

Nesse sentido, a Ordem disponibiliza hoje um requerimento que os médicos devem entregar nos respetivos hospitais no sentido de terem alguma proteção no caso de acontecer alguma coisa fora do normal.

“É uma situação muito preocupante. Tenho tido contacto com colegas de obstetrícia que estão preocupados porque o objetivo principal é assegurar cuidados de saúde às grávidas e as grávidas têm muitas situações urgentes a que os hospitais têm de dar resposta”, disse.

Miguel Guimarães explicou que, se os enfermeiros especialistas deixarem de fazer as suas tarefas, os médicos terão uma pressão maior o que poderá ter consequências negativas para as próprias grávidas.

“O que me preocupa é garantir a segurança das grávidas e o seu bem-estar e de alguma forma também a segurança dos próprios médicos de obstetrícia e ginecologia”, disse.

A nota que será publicada na página da Ordem dos Médicos, explicou Miguel Guimarães, alerta os médicos para a eventualidade de deixarem de ter enfermeiros especialistas nas suas equipas.

Este enquadramento de equipa multidisciplinar na especialidade (médicos e dois enfermeiros, um deles especialista), adiantou, foi criado pela própria Ordem dos Médicos, mas face à situação que agora se coloca não será possível cumprir, diminuindo a qualidade das condições de trabalho.

Os hospitais, frisou, também terão de definir o que fazer relativamente a esta matéria.

Os enfermeiros especialistas estão em protesto há duas semanas, não cumprindo as funções especializadas pelas quais ainda não são pagos. O protesto seguiu-se a outro, nos mesmos moldes, ocorrido em julho e que foi interrompido para negociações com o Governo.

No final de agosto, os profissionais queixaram-se de ameaças por parte dos conselhos de administração dos hospitais e acusaram o ministro da Saúde de desonestidade e de ter enganado os profissionais.

Em comunicado, o movimento que representa estes enfermeiros anunciou no sábado o endurecimento da luta e a bastonária da Ordem dos Enfermeiros disse hoje à Lusa que alguns profissionais já começaram a entregar os títulos que os habilitam para a especialidade.

Ana Rita Cavaco explicou que esta suspensão de título retira-lhes a possibilidade de exercer competências especializadas que só podem ser exercidas por pessoas detentoras do mesmo, sendo-lhe passado o título de generalistas.

“Temos de dar a suspensão do título, porque o título é deles, a vontade é deles e há procedimentos a fazer como a recolha da atual cédula profissional, que é o que os identifica para trabalhar em Portugal ou no mundo inteiro como especialistas”, disse.

O título de especialista, adiantou, é pago pelos próprios enfermeiros, tal como a formação que é feita em horário pós-laboral.

“Eles pagam a formação do seu bolso e até isto está errado. Não entendo como é que um país, um Estado, um Governo que sabe que há uma formação para a qual não contribuiu se acha no direito de usar este benefício em proveito próprio sem lhes dar dinheiro a mais”, disse Ana Rita Cavaco.

Esta situação, adiantou a bastonária, surge porque estes enfermeiros começaram a ser ameaçados pelos conselhos de administração dos hospitais com processos disciplinares, o que levou a Ordem a preparar uma intimação para proteção de direitos, liberdades e garantias dos enfermeiros.

“Essa tentativa de abertura de processos disciplinares, ameaças e coação diárias começou a acontecer nos hospitais e levou a este limite. Ninguém consegue trabalhar assim”, frisou.

A bastonária sublinhou que os enfermeiros estão exaustos, não têm carreira profissional e levam para casa menos de mil euros por mês, tanto os generalistas como os especialistas, trabalhando 35 ou 50 horas por semana.

Instituto Gulbenkian de Ciência
Num laboratório há sons que se confundem com um instrumento de música, gráficos de computador que parecem arte contemporânea e ...

Durante um mês, a Lusa acompanhou Paulo Durão, Lília Perfeito e Claudia Bank, investigadores do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), em Oeiras, no processo de testar os efeitos de um composto químico similar a um medicamento para o cancro numa levedura da cerveja e numa bactéria intestinal.

Deste trabalho podem sair pistas sobre o uso do fármaco na quimioterapia contra células cancerígenas com mínimo impacto nas células saudáveis.

A bactéria ‘Escherichia coli’ (E. coli) como a levedura ‘Schizosaccharomyces pombe’ (S. pombe), os organismos-modelo utilizados nesta experiência, são seres vivos simples, com uma só célula.

No decurso da experiência, as culturas de células da levedura cresceram quando expostas ao composto químico, ainda que a um ritmo progressivamente mais lento, conforme aumentavam as dosagens, enquanto as da bactéria não cresceram e apresentaram mutações, alterações no seu material genético, com doses intermédias da droga e decorrido mais tempo.

Conclusão dos investigadores: se as bactérias como a E. coli parecem mais suscetíveis ao composto, podendo ganhar-lhe resistência com o aparecimento de mutações genéticas, poderá ser útil examinar os micro-organismos presentes em doentes com cancro que estão a ser tratados com quimioterapia.

Tudo começa pelo princípio, e esta experiência, como todas as experiências científicas, inicia-se com o planeamento.

Claudia Bank, Lília Perfeito e Paulo Durão dividem tarefas, sentados junto a uma bancada com prateleiras repletas de frascos de diversos tamanhos com líquidos incolores, amarelos e castanhos.

Nesta fase, ressalva Claudia Bank, que lidera o grupo de investigação de Dinâmica Evolutiva, "existem várias possibilidades, qualquer coisa pode acontecer, é indefinido".

A cientista, alemã, tem a incumbência de fazer cálculos, equações e gráficos que permitam antever em que sentido se vai direcionar a resposta à droga de milhões de células da E. coli e da S. pombe.

"As bactérias tendem a surpreender-nos com os resultados", adverte Paulo Durão, a realizar o seu segundo pós-doutoramento, desta vez, e depois de ter passado pela Alemanha, no grupo de trabalho de Biologia Evolutiva, coordenado pela cientista Isabel Gordo, perita no estudo da E. coli.

Paulo Durão vai perceber mais adiante que tem razão: a E. coli desenvolve pouca resistência ao químico na dose mais alta, ao contrário do que faria supor o historial da resistência das bactérias a certos antibióticos.

A ideia é ver se é possível "minimizar o efeito da droga e o aparecimento da resistência", assinala Lília Perfeito, investigadora-principal do grupo de Evolução e Estrutura Genómica.

No laboratório, como na cozinha, seguem-se receitas, neste caso para preparar as placas de Petri, alimentar as células e contá-las. Os ingredientes são vários: água destilada ou desmineralizada, glicose, aminoácidos, sais, vitaminas, minerais ou ágar, uma espécie de gelatina.

Os frascos que contêm as soluções líquidas com os ingredientes foram esterilizados numa 'panela de pressão' com água a 120 graus, tarefa que no IGC, está a cargo de funcionárias que todos os dias entregam às equipas de investigação os recipientes prontos a serem utilizados.

Os microrganismos são congelados a 80 graus negativos antes de serem manipulados pela primeira vez.

Pelos corredores do IGC passam cientistas com caixinhas de esferovite. Têm gelo lá dentro para conservar o material de trabalho retirado do congelador.

Há quem use auscultadores para ouvir música enquanto trabalha, mas a banda sonora que mais se ouve nos laboratórios de biologia é o som produzido por bolinhas de vidro quando as placas de Petri são agitadas, fazendo lembrar o som emitido por um ‘xequeré’ (instrumento musical africano feito com uma pequena cabaça seca).

As esferas, que são também esterilizadas para poderem ser reutilizadas, são colocadas nas placas para dispersar as células embebidas numa solução aquosa, para que depois possam ser melhor identificadas.

Lília Perfeito e Paulo Durão numeram com uma caneta de feltro azul as colónias de células, com e sem droga, que injetaram nas placas de Petri com uma pipeta, sem luvas calçadas, porque tanto a bactéria como a levedura são inofensivas, mas com a chama do bico de Bunsen acesa, para evitar a contaminação do material em estudo.

"Não queremos bactérias que não são convidadas", ironiza Paulo.

À vista desarmada, as colónias de células são gotas esbranquiçadas. Apesar dos cuidados, ao fim de uma semana surge um fungo numa das placas.

"Um erro técnico", reconhece Paulo. "Às vezes, temos convidados inesperados", afirma, com humor.

Semana após semana, há gestos que se repetem: colocar as culturas de células da E. coli e da S. pombe nas placas de Petri, selar as placas com fita, conservá-las a 32 graus numa estufa com a aparência de um minifrigorífico, esperar uns dias para ver se as células crescem, e, se sim, como aconteceu com a levedura, raspar as gotas que entretanto secaram, verter o material celular para uns tubinhos de plástico e calcular a biomassa das células registando a sua densidade ótica com um espectrofotómetro, depois de agitar as células numa solução líquida para as manter estáveis.

É o lado menos cativante, para Paulo Durão, de uma experiência científica, mas que é necessário para validá-la.

"O resultado tem de ser estatisticamente significativo", justifica. Trabalho de paciência? O cientista responde que sim, acenando com a cabeça.

Num gabinete fora do alcance de Lília e Paulo, e sentada em frente a um computador, Claudia Bank conta que, na véspera, esteve oito a dez horas a construir um modelo de uma célula a crescer e com uma mutação genética.

Na verdade, o que se vê, à medida que a investigadora vai discorrendo as imagens no ecrã, são uma espécie de desenhos gráficos, cuja configuração se vai aprimorando. Como se, assume a própria, de uma obra de arte se tratasse.

ASAE
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica identificou 85 menores nos festivais de verão que decorreram nos meses de junho...

Durante as ações de fiscalização em festivais de verão em Oeiras, Porto, Crato, Zambujeira do Mar, Costa da Caparica, Paredes de Coura e Vilar de Mouros, no âmbito das suas competências na área da segurança alimentar e saúde pública, bem como das práticas comerciais, foram fiscalizados 457 operadores económicos nos recintos dos eventos.

Em comunicado, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) explica que nesta operação intitulada “Summer Sound” foram instaurados 62 processos de contraordenação e oito processos crime, tendo ainda sido identificados 85 menores com idades compreendidas entre os 10 e os 17 anos de idade no âmbito da fiscalização da lei do álcool.

Como principais infrações de natureza contraordenacional a ASAE destaca a venda, facultar ou colocar à disposição bebidas alcoólicas, em locais públicos, a menores de idade e a inexistência de processo ou processos baseados nos princípios do HACCP (uma sigla internacionalmente reconhecida para Hazard Analysis and Critical Control Point ou Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos).

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica destaca ainda o incumprimento das regras de acesso aos espetáculos de natureza artística, a falta de afixação de informações obrigatórias, a falta de mera comunicação prévia, e, como principais infrações de natureza as criminais, a especulação na venda de bilhetes, a venda, circulação ou ocultação de produtos ou artigos contrafeitos, a imitação e uso ilegal de marca e uso de documentação de identificação alheio.

Foram ainda apreendidos diversos produtos entre bebidas alcoólicas, bilhetes de espetáculo, vestuário, bijutarias e/ou acessórios.

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