OE2018
O Governo quer taxar os alimentos com elevado teor de sal, como batatas fritas e bolachas a partir do próximo ano, segundo uma...

Segundo uma versão preliminar da proposta de Orçamento de Estado para 2018 (OE2018), datada de quinta-feira, dia da reunião do Conselho de Ministros, e a que a agência Lusa teve hoje acesso, o Governo quer introduzir uma nova taxa sobre os alimentos, consoante o seu nível de sal.

Assim, ficam sujeitos a este imposto as bolachas, biscoitos, cereais e batatas fritas, “quando tenham um teor de sal igual ou superior a 1 grama por cada 100 gramas de produto” ou 10 gramas por quilo.

Cada quilo destes alimentos pagará uma taxa de 0,80 cêntimos, lê-se na versão preliminar a que a agência Lusa teve acesso, ficando isentos as bolachas, batatas fritas e cereais com menos de um grama de sal por cada 100 gramas de produto.

Esta nova taxa é aditada ao Código dos Impostos Especiais de Consumo (IEC) e a receita obtida é “consignada à prossecução dos programas para a promoção da saúde e para a prevenção da doença geridos pela Direção-Geral da Saúde”.

Nos próximos anos
A Unidade de Intervenção Cardiovascular do Hospital dos Covões, em Coimbra, pretende aumentar nos próximos anos o número de...

"Estamos a falar de uma intervenção bastante sofisticada, que se integra na estratégica de promover a elevada diferenciação dos procedimentos e da oferta de tratamentos e diagnósticos aos doentes, e que tem sempre à frente a primazia da qualidade", disse Gonçalves, diretor do serviço de cardiologia daquele hospital integrado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

O acidente cardiovascular cerebral (AVC) é um problema de saúde pública "gravíssimo", que é a primeira causa de incapacidade prolongada dos doentes em Portugal, sendo que mais de 20% dos casos "tem uma relação direta com a fibrilhação auricular", explicaram os médicos Lino Gonçalves e Marco Costa.

"Uma parte substancial desses AVC tem origem cardioembólica, ou seja há um trombo que sai do coração e pode obstruir uma artéria no cérebro. Este cardioembolismo tem muito a ver com a fibrilhação auricular (arritmia), que afeta mais de 140.000 pessoas em Portugal (cerca de 2,5% da população com mais de 40 anos)", precisou Marco Costa.

Segundo o cardiologista, esta arritmia é tratada com fármacos anticoagulantes, que são a "primeira escolha" para os doentes, embora, "infelizmente, tenham alguns problemas e contraindicações", que impedem alguns doentes de beneficiar desta terapêutica.

Os doentes que não podem beneficiar dos fármacos anticoagulantes podem sujeitar-se à intervenção de encerramento do apêndice auricular esquerdo, onde, "de acordo com os estudos, 90% dos trombos podem ter origem".

"Se encerrarmos este apêndice auricular esquerdo, estamos a ajudar a que não se formem os trombos que podem causar um AVC", frisou.

Este tipo de intervenção teve início há seis anos no Serviço de Cardiologia do Hospital dos Covões, quando estava a começar "em todo o mundo", e, em setembro, atingiu o número 100.

O cardiologista Marco Costa salienta que os resultados hoje são francamente satisfatórios devido ao amadurecimento e simplificação da técnica, que permite atualmente uma taxa de complicações "muitíssimo baixa e uma probabilidade de benefício do doente muitíssimo alta, nomeadamente quanto à redução dos AVC e complicações hemorrágicas".

Mas o objetivo é aumentar o número de intervenções para 50 por ano, sublinhou o médico, que considera o número atual de intervenções "muito aquém", quando o serviço tem capacidade de resposta para "fazer mais e melhor".

"Cinquenta intervenções por ano na zona Centro parece-nos que seria uma boa resposta para as necessidades", perspetivou.

Associada à questão da diferenciação e da qualidade desta intervenção, o diretor do serviço de cardiologia B do Hospital dos Covões realçou também a internacionalização do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra na abertura de dois centros em França e na Bélgica, "onde estão a ser utilizadas algumas técnicas usadas como rotina neste serviço, nomeadamente nesta área do encerramento dos apêndices do auricular esquerdo".

Lino Gonçalves destacou ainda que aquela unidade é um dos quatro Centros de Referência Nacional em Intervenção Estrutural e, desde há vários anos, um centro de treino nacional e internacional, por onde já passaram cerca de três dezenas de médicos de vários países europeus.

"Face aos relevantes resultados obtidos, tendo como razão primeira o elevado empenho e saber de profissionais integrados numa equipa altamente motivada, reitero o firme apoio a esta área de intervenção", realçou o presidente do conselho de administração do CHUC.

De acordo com Fernando Regateiro, "é com atividades diferenciadas e de qualidade como esta, que se constrói, no dia-a-dia, a confiança dos doentes e se garante o futuro sustentável do CHUC".

Governo
O secretário de Estado do Ambiente disse que, com 6.600 mortes associadas à poluição do ar por ano, Portugal está "numa...

"No contexto das 400 mil situações identificadas para a Europa, as 6.600 identificadas para Portugal, colocam o país, apesar de tudo, numa das melhores situações do ponto de vista europeu", afirmou Carlos Martins.

Um relatório da Agência Europeia do Ambiente (EEA na sigla em inglês), divulgado na quarta-feira, com base em dados de 2014, estima que em Portugal morram prematuramente 6.630 pessoas devido a problemas associados à má qualidade do ar.

O governante especificou que aquele indicador "não mede diretamente uma relação inequívoca entre uma coisa e outra, trata-se de uma questão de morte prematura".

"Relativamente ao número português, é uma tendência que não sofre uma alteração de grande significado relativamente àquilo que é o passado recente, ou seja, anos anteriores àquele agora avaliado", acrescentou.

"Foram identificadas em Portugal duas situações com alguma criticidade, alguns eixos centrais de Lisboa e Porto, sempre associados à questão do transporte e aos veículos e também há uma ou outra situação ligada à questão do ozono, que tem muito a ver com as situações climáticas", explicou.

Este ano, continuou, regista-se "uma situação adversa dos incêndios que veio perturbar um pouco a qualidade do ar porque há mais partículas em suspensão", conjugadas com as temperaturas elevadas e ausência de vento.

"Portugal, felizmente nessa matéria, até pela sua situação geográfica, mas também pelo seu tecido industrial, pelas medidas que tem vindo a ser tomadas pelas indústrias para reduzir as emissões, tirando Lisboa e Porto, não tem uma situação que mereça grande preocupação", insistiu Carlos Martins.

Por isso, naquelas duas cidades, admitiu que em algumas condições climáticas mais desfavoráveis "possam ter de vir a ser tomadas medidas complementares".

O secretário de Estado disse que o Governo "conhece bem a situação" relacionada com a poluição do ar e já publicou uma estratégia nacional para a qualidade do ar, com um conjunto de medidas e orientações em várias áreas como o conhecimento e informação, iniciativas setoriais para reduzir as emissões atmosféricas, investigação e desenvolvimento e governança.

A rede de recolha de dados da qualidade o ar está a ser modernizada, com um investimento superior a dois milhões de euros, através do Fundo Ambiental e de fundos das cinco Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

A associação ambientalista Zero alertou que, na terça e quarta-feira, a avenida da Liberdade, em Lisboa, registou excedências do valor máximo permitido em dois poluentes e defendeu a necessidade de avisar a população, mas também de avançar medidas preventivas, como restringir o trânsito.

Em termos de qualidade do ar, os dois parâmetros - as partículas inaláveis e os óxidos de azoto - afetam a saúde humana.

Através da Direção-Geral da Saúde (DGS), as autoridades alertaram hoje para "uma persistência das condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes, nos próximos dias, com efeitos adversos na qualidade do ar, e a ocorrência de eventos naturais de partículas nas regiões do Alentejo e Algarve".

Governo
Lisboa e Vale do Tejo terá até ao final do ano um plano para situações de poluição do ar, estando a ser ponderadas medidas como...

"Estamos em véspera de ter aprovado na CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional] de Lisboa e Vale do Tejo, um plano orientado para esse tipo de [ações], ou seja, conforme a criticidade da situação [de poluição do ar] assim sejam adaptadas um conjunto de medidas, sobretudo para a cidade de Lisboa", disse o secretário de Estado do Ambiente.

Carlos Martins referiu estar convicto que, "até final do ano, o plano estará aprovado e passará a ser a referência de conduta relativamente a este tipo de problemas".

Entre as medidas previstas no plano, está a possibilidade de "inibir os veículos de irem para determinadas zonas da cidade, inibir mesmo a sua entrada, reduzir o número de veículos através das matrículas ou através do combustível que consomem", explicou o governante.

"O plano está em vias de ser aprovado e passar a ser uma referência para a política do ar em Portugal, esperamos que essas medidas possam ser levadas a outras cidades", num desafio em conjugação com os municípios, acrescentou.

Esta é uma das decisões do Governo que também já aprovou uma estratégia nacional para a qualidade do ar e iniciou a modernização da rede de recolha de dados para controlar as situações de poluição atmosférica, com um investimento superior a dois milhões de euros, através do Fundo Ambiental e de fundos das cinco CCDR.

A avenida da Liberdade, em Lisboa, registou excedências do valor máximo permitido em dois poluentes, na terça e quarta-feira, revelou a Zero, que defende a necessidade de avisar a população, mas também de avançar medidas preventivas, como restringir o trânsito.

Com condições climatéricas excecionais, com vento fraco, temperaturas elevadas, pouca dispersão de poluentes, e mais tráfego, há concentração de poluentes, como partículas finas ou dióxido de azoto que afetam a saúde, principalmente dos grupos mais frágeis.

"Foram identificadas em Portugal duas situações com alguma criticidade, alguns eixos centrais de Lisboa e Porto, sempre associados à questão do transporte e aos veículos, e também há uma ou outra situação ligada à questão do ozono, que tem muito a ver com as situações climáticas", apontou o secretário de Estado do Ambiente.

Este ano, "tivemos uma situação adversa dos incêndios que veio perturbar um pouco a qualidade do ar porque há mais partículas em suspensão que conjugada com as temperaturas elevadas e com ausência de vento", acrescentou.

Por isso, "em conjugação com a saúde [fizemos sair] um aviso à população para ser mais cuidadosa, para ter medidas que possam minimizar a exposição a essa situação", disse ainda Carlos Martins.

Através da Direção-Geral da Saúde (DGS), as autoridades alertaram para "uma persistência das condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes, nos próximos dias, com efeitos adversos na qualidade do ar, e a ocorrência de eventos naturais de partículas nas regiões do Alentejo e Algarve".

Associação Zero
A avenida da Liberdade, em Lisboa, registou na terça e quarta-feira valores superiores aos permitidos de dois poluentes, revela...

Nesses dois dias, "ocorreram 12 excedências do valor máximo permitido”, disse Carla Graça, da Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero, acrescentando que “por lei só são permitidas, por ano, 18 excedências [de partículas inaláveis] e, neste momento, já estamos nas 20".

Sete excedências aconteceram na quarta-feira e cinco na terça-feira, ou seja, "dois terços das excedências permitidas por ano [aconteceram] em dois dias", alertou.

Também os valores de óxido de azoto, calculados com base na média observada ao longo do ano, "até agora já excedem em muito o valor permitido médio e dificilmente recuperaremos o défice que existe" até final de dezembro, explicou a ambientalista.

Em termos de qualidade do ar, estes dois parâmetros - as partículas inaláveis e os óxidos de azoto - "são críticos para a saúde humana", resumiu Carla Graça.

Para a Zero, "é necessário, além dos avisos à população - que não estão a acontecer -, tomar medidas de emergência e até preventivas", para tentar, pelo menos, diminuir o impacto do tráfego automóvel na qualidade do ar.

As condições climatéricas excecionais, com vento fraco, temperaturas elevadas, pouca dispersão de poluentes, e mais o tráfego, levam a "uma concentração de poluentes e não há condições para a dispersão", especificou Carla Graça.

A ambientalista defendeu que "isto era previsível até pelas próprias indicações do instituto de meteorologia [Instituto Português do Mar e Atmosfera - IPMA] que já previa as condições atmosféricas".

Entre as medidas de emergência que a Zero defende estão a proibição de circulação e de estacionamento de automóveis em determinadas zonas, a disponibilização gratuita de transportes públicos ou a redução obrigatória de velocidade em zonas alargadas.

Carla Graça recordou que a situação se verificou na estação de monitorização da avenida da Liberdade, em Lisboa, "uma zona bastante bem servida de transportes coletivos".

A Zero considera, assim, que Lisboa e Porto, à semelhança de outras cidades europeias, como Madrid, Paris ou Bruxelas, com episódios de poluição semelhantes aos verificados nos últimos dias em Portugal, devem ter um plano de emergência, a ser ativado com a brevidade possível.

O dióxido de azoto, em concentrações elevadas, pode causar irritação dos olhos e garganta, afetar as vias respiratórias, provocando diminuição da capacidade respiratória, dores no peito, edema pulmonar e danos no sistema nervoso central e nos tecidos, afetando principalmente as crianças, os asmáticos e os indivíduos com bronquites crónicas.

As autoridades alertaram, através da Direção-Geral da Saúde (DGS), para "uma persistência das condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes, nos próximos dias, com efeitos adversos na qualidade do ar, e a ocorrência de eventos naturais de partículas nas regiões do Alentejo e Algarve”.

Relatório
Os centros de saúde “não estão preparados nem equipados” para dar resposta a uma tragédia como a ocorrida durante os incêndios...

A comissão designada para analisar estes fogos ouviu os responsáveis pelos centros de saúde de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, tendo alguns deles referido a “dificuldade em garantir alguns consumíveis”.

“Os centros de saúde não estão preparados nem equipados para responder a uma emergência desta dimensão. Por esse motivo, a complementaridade com o INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) foi bastante relevada”, refere o relatório.

Entre 17 e 22 de junho, o INEM prestou assistência a 198 pessoas no incêndio de Pedrógão (distrito de Leiria) e a 57 no de Góis (distrito de Coimbra). O relatório refere que, além das 64 vítimas mortais, o INEM registou 48 bombeiros, três elementos da GNR e um outro militar feridos gravemente e 87 evacuações de unidades de saúde.

No que respeita ao incêndio de Pedrógão Grande, segundo o relatório, no dia 17, os centros de saúde encerraram às 18:00, mas reabriram antes das 24:00.

“Não se verificaram contactos com o PCO (Posto de Comando Operacional) nem daí receberam quaisquer indicações. O trabalho foi articulado e coordenado com o INEM, estando ao cuidado deste as situações de maior gravidade”, explica.

No documento pode ler-se que “alguns recursos médicos tiveram dificuldade em chegar aos centros de saúde por força do corte dos acessos motivado pelos incêndios”, tendo a abertura do de Castanheira de Pera sido garantida por um médico dentista.

“Houve médicos, enfermeiros e auxiliares que se mantiveram em funções durante longos períodos de tempo, garantindo que, durante todo o fim de semana, os centros de saúde permanecessem abertos”, acrescenta.

O INEM teve sempre um oficial de ligação junto do PCO, “foram-lhe atribuídas as respetivas missões e, a partir daí, fazia o despacho de meios de acordo com a necessidade dos pedidos”, explica.

No caso do incêndio de Pedrógão Grande, foi instalado junto do PCO de Avelar um Posto Médico Avançado. Para esta ocorrência foram mobilizados 37 operacionais, 16 veículos e um helicóptero.

O relatório refere que “a atuação do INEM contou com o apoio prestado pelas unidades de saúde locais e pela Segurança Social e também pelas instituições particulares de solidariedade social”.

No incêndio de Góis, a área médico-sanitária foi igualmente coordenada pelo INEM, tendo sido mobilizados 31 operacionais, 14 veículos e um helicóptero.

“No âmbito dos contactos realizados, foi igualmente sublinhado o apoio prestado pelas unidades de saúde locais, Segurança Social e outras instituições de solidariedade social. As iniciativas do INEM beneficiaram de um forte envolvimento da Cruz Vermelha Portuguesa”, pode ler-se no relatório.

Para prestar apoio às operações de evacuação, além das ambulâncias dos corpos de bombeiros, “foram mobilizados dois grupos de evacuação sanitária, sempre devidamente articulados com o INEM”, sendo “um do distrito de Lisboa, com 13 ambulâncias de socorro, e outro de Castelo Branco, com seis ambulâncias de socorro”, acrescenta.

O fogo que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho só foi extinto uma semana depois, tal como o incêndio que teve início em Góis. Os dois fogos, que consumiram perto de 50 mil hectares em conjunto, mobilizaram mais de mil operacionais no combate às chamas.

O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande, tendo alastrado a vários municípios vizinhos, causou 64 mortos e cerca de 200 feridos.

Cientistas portugueses
Cientistas portugueses identificaram um mecanismo molecular que mantém ativa uma proteína existente na bactéria que causa a...

Uma equipa liderada pelo investigador do Instituto de Medicina Molecular (iMM) Gonçalo Bernardes identificou uma molécula de água que mantém funcional a proteína fosfatase, presente em bactérias patogénicas como a 'Mycobacterium tuberculosis', na origem da maior parte dos casos de tuberculose.

A molécula de água "evita a degradação da proteína", sintetizou à Lusa o cientista, coordenador do laboratório de Biologia Química e Biotecnologia Farmacêutica do iMM, acrescentando que a descoberta permitirá "desenhar estratégias para atacar" a proteína envolvida em diversas doenças infecciosas, nomeadamente a tuberculose.

Numa nota de imprensa, o iMM adianta que "para desenhar novos medicamentos, é essencial compreender os mecanismos moleculares por trás do funcionamento de proteínas presentes em bactérias patogénicas".

Para identificarem a molécula de água, os cientistas modificaram quimicamente os componentes da família proteínas fosfatases, recorrendo a técnicas de química orgânica, bioquímica, biofísica e computação biológica.

Os resultados da investigação, que envolveu a participação da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, foram publicados na revista científica Chem.

Programa Abem
O programa Abem, da Associação Dignitude, que procura combater a exclusão no acesso ao medicamento, distribuiu 36.616 fármacos...

O projeto conta com a adesão de 280 farmácias, de 21 concelhos, referiu a diretora executiva Maria João Toscano, citada num comunicado da instituição enviado à agência Lusa, no âmbito da atribuição de uma Menção Honrosa ao programa, na categoria de "Sustentabilidade Económico-Financeira".

A responsável salienta que é preciso unir esforços "no sentido de se encontrar uma solução para o problema que representa para todos, enquanto sociedade, o facto de um em cada cinco portugueses não ter acesso aos medicamentos de que necessita".

"A Menção Honrosa atribuída ao Programa Abem na categoria de Sustentabilidade Económico-Financeira foi para nós não só um reconhecimento importante do trabalho que vem sendo desenvolvido junto dos nossos beneficiários, mas também um meio precioso para dar maior visibilidade à missão e objetivos do programa", sublinhou.

O reconhecimento do Programa Abem "aumenta a responsabilidade social” da organização e dá um “maior estímulo para junto com os parceiros se continuar no caminho de unir esforços para ajudar a diminuir o sofrimento de quem mais necessita", referiu, por seu lado, José Martins Nunes, presidente do comité de "fundraising" (angariação de recursos) do projeto.

“O Programa Abem, desenvolvido pela Associação Dignitude, visa garantir que as pessoas não deixem de ter acesso aos medicamentos que lhes são indispensáveis por razões de insuficiência de rendimentos. Como sabemos, o abandono ou o não início de uma terapêutica necessária tem graves consequências na saúde de uma população, para além dos enormes prejuízos do ponto de vista social e económico. Graças ao Programa Abem, os mais de três mil beneficiários já apoiados, em cerca de nove distritos do país, não precisaram de escolher entre comer ou tomar os medicamentos de que necessitam”, refere Maria de Belém Roseira, uma das fundadoras.

O Programa Abem, rede solidária do medicamento, é o primeiro programa dinamizado pela Associação Dignitude, que tem sede em Coimbra e que pretende dar resposta aos problemas de acesso ao medicamento motivados pelo atual contexto socioeconómico.

Esta associação e o programa Abem ambicionam atingir 25 mil beneficiários até ao final do próximo ano e 50 mil até ao final de 2019.

A criação da Associação Dignitude, em novembro de 2015, foi promovida pela Associação Nacional de Farmácias, Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, Cáritas e Plataforma Saúde em Diálogo e resulta de várias parcerias instituídas com entidades a nível local, autarquias, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e outras instituições da área social.

Além de Ramalho Eanes, António Arnaut e Maria de Belém Roseira, são embaixadores da associação os farmacêuticos Odette Ferreira, Francisco Carvalho Guerra, João Gonçalves da Silveira e João Cordeiro.

Conselho Português de Ressuscitação
O Conselho Português de Ressuscitação vai ensinar as técnicas de Suporte Básico de Vida a polícias, nas escolas e até em...

Em comunicado, o Conselho Português de Ressuscitação (CRP) informa que as iniciativas estão previstas para Porto, Torres Novas, Lisboa, Cascais, Évora e Funchal, decorrendo sob o lema "A comunidade salva vidas".

Representante em Portugal do European Resuscitation Council, o CRP participa no esforço de "consciencialização das pessoas para a problemática da paragem cardíaca", numa iniciativa que tem o apoio do Parlamento Europeu.

Anualmente, "milhares de homens e mulheres colapsam e morrem de enfarte do miocárdio" na Europa, lembra o CRP, frisando que tal poderia "ser evitado se os serviços de emergência fossem ativados de imediato e a reanimação cardiopulmonar iniciada imediatamente".

“Uma rápida e coordenada resposta da comunidade é a chave para o aumento da taxa de sobrevivência nas paragens cardiorrespiratórias que ocorrem fora do hospital", alerta a associação sediada no Porto.

A distribuição das iniciativas de segunda-feira pelas várias cidades permite também um âmbito mais alargado de alvos, sendo que em Lisboa estão previstas formações em massa de Suporte Básico de Vida no Centro Hospitalar Lisboa Central (Hospital D. Estefânia), tendo como destinatários os agentes do Comando Metropolitano de Lisboa.

No jardim interior do Hospital da Luz, as formações não terão público-alvo específico, mas todas as pessoas que se dirijam aquela unidade.

Nos comboios, haverá ações para os próprios passageiros, enquanto em Cascais, na Escola dos Salesianos de Manique, a formação dirige-se a alunos, pais, professores e outros convidados de escolas do concelho e da Câmara Municipal.

Em Torres Novas, Abrantes e Tomar as iniciativas distribuem-se por três escolas secundárias, com o apoio do Centro Hospitalar Médio Tejo, para cerca de 300 crianças.

Em Évora, o núcleo de formação da Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus fará uma ação em frente à Câmara Municipal e tendo por público-alvo funcionários municipais até um máximo de 100.

No Funchal, um grupo de instrutores vai procurar ensinar transeuntes enquanto no Porto se farão também formações em massa na estação de metro da Trindade.

“Manifesto pela Eliminação da Hepatite C”
Representantes do Governo Português, políticos, especialistas, médicos e associações de doentes e grupos de ativistas na área...

O evento sucede a primeira Cimeira Política Europeia dedicada à eliminação do vírus da Hepatite C na Europa que aconteceu em Fevereiro de 2016, em Bruxelas, e durante a qual foi apresentado o Manifesto pela Eliminação da Hepatite C, que delineava questões políticas para a eliminação da hepatite C na Europa até 2030.

Carlos Zorrinho, deputado do Parlamento Europeu, anfitrião do evento, comentou: “Saúdo o facto da Cimeira sobre a eliminação da Hepatite C ser a primeira a dar concretização à Estratégia Europeia para erradicar a Hepatite C até 2030, isso é possível não apenas pela consciência da importância do problema em Portugal mas também porque os serviços de saúde e as associações de pacientes portugueses têm criado um vibrante dialogo procurando encontrar as melhores soluções”.

Fernando Araújo, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde de Portugal, sublinhou que "Portugal teve extraordinários progressos na abordagem à Hepatite C nos últimos anos. O Governo Português está profundamente empenhado em acabar com a epidemia da Hepatite C até 2030 e acreditamos que iremos atingir esse objetivo antes dessa data.

De forma a faze-lo, a primeira Estratégia Nacional para as Hepatites Virais em Portugal foi lançada este ano. Baseia-se na universalidade (acesso ao tratamento a todas as pessoas com hepatite C, elegíveis para tratamento), na equidade (harmonização do tratamento a nível nacional) e na qualidade (o tratamento mais adequado segundo a evidência cientifica), mas também focado na prevenção, informação, conhecimento e rastreios dirigidos.

Adicionalmente, pela primeira vez, foi dada atenção especial aos grupos vulneráveis: reclusos, trabalhadores do sexo, sem-abrigo e emigrantes, que têm tido dificuldade no acesso ao tratamento. De agora em diante, esta realidade irá mudar: juntos conseguimos atingir os objetivos de 2030!”

Ricardo Baptista-Leite, membro do Parlamento de Portugal, afirmou: “No seguimento da liderança que Portugal assumiu em termos de acesso sustentável ao tratamento universal em 2015, existe agora a necessidade de se assumir a eliminação da hepatite C como um objetivo de saúde pública o que exige que se tenha uma liderança determinada, um reforço do papel dos cuidados de saúde primários e maior investimento em prevenção, rastreios, diagnóstico e ligação aos cuidados de saúde. Existe uma necessidade particular de desenvolver programas dirigidos, juntamente com as associações não-governamentais da sociedade civil, particularmente para populações específicas como reclusos, pessoas que injetam drogas e migrantes.”

Luís Mendão, Presidente do GAT- Grupo de Ativistas em Tratamentos, Diretor do EATG - European AIDS Treatment Group e da Coalition Plus, comentou, "Portugal deu passos gigantes na sua resposta à hepatite C desde fevereiro de 2015. Os restantes desafios para garantir a eliminação da hepatite C até 2030 estão relacionados com melhor conhecimento, prevenção e rastreio baseados no conhecimento, nos direitos humanos e no acesso universal ao tratamento a custo comportável (não deixando para trás as pessoas que injetam drogas e as pessoas nas prisões) – tudo isto é fazível com liderança política. As autoridades Portuguesas podem, nesse caso, contar com o apoio da sociedade civil, das comunidades chave e das pessoas que vivem com a doença e todos os stakeholders devem estar prontos para trabalharem em conjuntos na obtenção deste objetivo comum.”

“Depois de 25 anos de pesquisa, os investigadores desenvolveram os meios para se curar a hepatite C com eficácia, tornando a eliminação da hepatite C na Europa na próxima década uma possibilidade genuína. Mas a ação política ao nível nacional tem de tornar isto possível, especialmente num País como Portugal onde a infeção por hepatite C é um enorme desafio de saúde pública,”, afirma o Prof Angelos Hatzakis, Presidente da Associação Hepatitis B and C Public Policy. “O nosso Manifesto pela Eliminação serve de plataforma de reunião para políticos e ativistas Europeus e nacionais. Se agirmos agora, a Europa estará livre da hepatite C em 2030,” continuou o Prof Hatzakis.

Sobre a Hepatite C na Europa e Portugal
VHC é um grave problema global de saúde pública com taxas significativas de morbilidade e mortalidade. Cerca de 180 milhões de pessoas estão infetadas mundialmente. Entre 350,000-500,000 pessoas morrem anualmente de causas relacionadas com VHC.

Na Europa, 15 milhões de Europeus estão infetados e morrem mais pessoas com o VHC do que com HIV.

Apesar do controlo efetivo Europeu da epidemia, o VHC continua a propagar-se de forma não detetável, como uma “pandemia silenciosa” na Europa, pois as pessoas raramente têm sintomas durante os primeiros 20-30 anos. Adicionalmente ao sofrimento dos doentes, o custo económico da doença é significativo devido aos custos diretos da saúde e indiretos com a perda de produtividade de trabalho.

Em Portugal, a partir de Julho de 2017, mais de 17,591 pessoas foram diagnosticadas com VHC crónica e incluídos no registo nacional de VHC. Todos os seus tratamentos foram autorizados e, desses, 11.792 pessoas com VHC já começaram o tratamento. Por fim, 6.639 pessoas com VHC estão clinicamente curados com taxa de resposta de 96,5% SVR.

Como apresentado na Conferência do EASL, o programa de tratamento, desde fevereiro de 2017, assegurou que fossem evitados 3.477 mortes prematuras por doença do fígado, 339 transplantes do fígado, 1.951 cancros do fígado e 5.417 casos de cirrose. 62.869 anos de vida foram ganhos e 271.4 milhões de Euros em custos complicações relacionadas com o tratamento da hepatite c foram poupados. Por tudo isto, tratar pessoas com a infeção pelo vírus VHC hoje vai não só evitar dor e sofrimento desnecessários, mas também ser mais custo efetivo e de poupança para o futuro do Serviço Nacional de Saúde Português.

Sobre a Eliminação
A eliminação de uma doença destina-se a reduzir a zero a incidência de uma doença específica em uma área geográfica definida como resultado de esforços deliberados.

A eliminação do VHC foi tornada possível por avanços terapêuticos recentes, que tornaram o vírus curável na maioria dos casos - as taxas de cura evoluíram de 6% em 1991 (primeiro tratamento com interferão aprovado para VHC) para mais de 90% em 2014 (antivirais de ação direta introduzidos).

Abordagens e estratégias holísticas para melhorar o conhecimento geral, aumentar os testes para pessoas em risco e encaminhar as pessoas infetadas a cuidados de saúde específicos precisam de ser desenvolvidos.

Sobre o “Manifesto pela Eliminação da Hepatite C”

Signatários
Os signatários do Manifesto pela Eliminação da Hepatite C comprometem-se a:

- Tornar a hepatite C e sua eliminação na Europa uma prioridade clara de saúde pública a ser perseguida a todos os níveis
- Assegurar que doentes, grupos da sociedade civil e outras partes interessadas sejam diretamente envolvidas no desenvolvimento e implementação de estratégias de eliminação de hepatite C
- Dar especial atenção à ligação entre a hepatite C e a marginalização social
- Introduzir uma Semana Europeia de Consciência sobre a Hepatite

O Manifesto pela Eliminação é apoiado pelas seguintes organizações:

European Liver Patients Association (ELPA)
European Association for the Study of the Liver (EASL)
Viral Hepatitis Prevention Board (VHPB)
The Correlation Network
The International Center for Migration Health and Development (ICMHD)
The World Hepatitis Alliance (WHA)
Hepatitis B and C Public Policy Association

Os autores principais do “Manifesto pela Eliminação da Hepatite C” são:

Prof Jeffrey V. Lazarus, University of Copenhagen (Denmark)
Prof Mark Thursz, Imperial College, London (UK)
Prof Pierre Van Damme, Viral Hepatitis Prevention Board, Vaccine and Infectious Disease Institute, Antwerp (Belgium)
Prof Angelos Hatzakis, Athens University Medical School (Greece)

Polícia Judiciária
A Polícia Judiciária deteve quatro homens por suspeitas de corrupção envolvendo organismos do Sistema Regional de Saúde dos...

Um comunicado da Polícia Judiciária (PJ) adianta que "o Departamento de Investigação Criminal de Ponta Delgada, no âmbito de um inquérito dirigido pela secção de Ponta Delgada do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) dos Açores, cuja investigação se iniciou em 2015, deteve quatro homens e constituiu outros dois como arguidos, por suspeitas da prática dos crimes de corrupção ativa e passiva e associação criminosa".

Segundo a PJ, os detidos, entre os 46 e os 57 anos, têm "ligações profissionais às áreas médica, de gestão e comercial".

No decurso da operação, designada Asclépio, que ocorreu nas ilhas de S. Miguel e Terceira, foram realizadas 25 buscas, entre domiciliárias e não domiciliárias, que envolveram "todo o efetivo de inspetores deste DIC, dois inspetores da UNC3T e cinco magistrados", segundo o comunicado da PJ.

Além das detenções, foram "apreendidos diversos equipamentos informáticos e de comunicações, bem como acervo documental com interesse probatório, relacionado com a prática das atividades criminosas em investigação".

De acordo com a PJ, "estão, sobretudo, em causa práticas ilícitas que visavam obter posições indevidas de privilégio na realização de contratos de fornecimento de bens a organismos prestadores de serviços de saúde, a troco de contrapartidas pecuniárias e outras, lesivas do interesse público".

Os detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial com vista à aplicação de medidas coativas tidas por adequadas.

Na quarta-feira, o Governo dos Açores emitiu uma nota a informar que a Polícia Judiciária (PJ) "desencadeou" esta manhã "um conjunto de diligências em várias estruturas do Serviço Regional de Saúde sobre processos de aquisição de bens e serviços".

A mesma nota sublinhava que "a secretaria regional da Saúde reforçou as orientações a todas as unidades orgânicas do Serviço Regional de Saúde para o cumprimento reforçado e diligente de todos os colaboradores no fornecimento de todas as informações e elementos que sejam solicitados".

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Uma concentração de poeiras vindas do Norte de África entrará durante o dia de hoje em Portugal continental, segundo o...

Segundo Patricia Gomes, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), de acordo com a informação disponível no final da manhã, estas poeiras vindas do Norte de África “entram na circulação de um anticiclone que está centrado na região de Cádis” e deverão subir por Portugal continental, podendo chegar até à Madeira.

Contudo, sublinhou a meteorologista, a camada de poeiras é pouco espessa e, mesmo podendo alastrar para Norte, a maior concentração será sempre na região Sul.

A especialista do IPMA disse ainda que estas poeiras deverão manter-se em Portugal continental até meio do dia de sábado.

Numa nota disponível no site da Direção-Geral da Saúde (DGS) a propósito da poluição atmosférica, as autoridades já tinham alertado para “uma persistência das condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes, nos próximos dias, com efeitos adversos na qualidade do ar, e a ocorrência de eventos naturais de partículas nas regiões do Alentejo e Algarve”.

Na mesma informação, recordam que nos últimos dias foram excedidos o limiar de informação ao público do ozono e os valores-limite de dióxido de azoto e partículas em suspensão nalgumas zonas do território do continente.

Atribuindo a situação às condições meteorológicas e à influência dos incêndios florestais, as autoridades lembram que esta libertação de poluentes para a atmosfera tem efeitos na saúde humana, sobretudo nas populações mais vulneráveis: crianças, idosos, grávidas, pessoas com problemas respiratórios crónicos e doentes do foro cardiovascular.

Dia Mundial da Visão
Metade dos portugueses tem problemas de visão, apontou hoje a Direção-Geral da Saúde, que destaca a importância de rastrear...

Assinalando o Dia Mundial da Visão, que hoje se assinala, a DGS indica que, a partir de 2018, haverá em todo o país rastreios.

Os rastreios decorrem, desde o ano passado, em unidades de saúde na região Norte com o Programa de Rastreio da Saúde Visual Infantil.

Em Portugal, "cerca de 20% das crianças, tal como 50% dos adultos, sofrem de erros refrativos significativos", salienta a DGS.

Nos dados globais da Organização Mundial de Saúde, há 36 milhões de pessoas cegas em todo o mundo e 217 milhões com problemas moderados ou graves.

A organização internacional considera que 80% das causas destes problemas podem ser evitados ou tratados.

‘Debaixo do Seu Nariz’
A Operação Nariz Vermelho vai assinalar o 15.º aniversário com uma exposição centrada na figura do palhaço, e espera, até ao...

A exposição ‘Debaixo do Seu Nariz’, na Gare Marítima da Rocha de Conde d’Óbidos, em Alcântara, patente até 19 de novembro, tem abertura ao público marcada para dia 14 deste mês.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que concedeu o Alto Patrocínio da Presidência da República à exposição, recebe hoje num encontro informal, uma comitiva da associação Operação Nariz Vermelho (ONV), por não poder marcar presença no evento inaugural, dia 13.

De acordo com Carlota Mascarenhas, porta-voz da ONV, esta exposição que se centra na figura do palhaço pretende abordar a personagem em diferentes facetas, com “vários enfoques” e chegar a diferentes públicos, de diferentes idades.

“Com esta exposição, o que tentámos fazer foi criar várias frentes do contacto com quem segue o nosso trabalho e apoia, e deixar que se relacionassem connosco da forma que lhes faz mais sentido”, explicou, precisando que a exposição se centra numa mostra de arte contemporânea, mas que será acompanhada de outros eventos, como debates sobre o impacto do trabalho dos ‘doutores palhaços’ no setor da saúde, atuações dos palhaços com humoristas nacionais convidados como Pedro Tochas, Maria Reuff ou Ana Bola, e ‘workshops’ para crianças e famílias.

Em 15 anos a ONV chegou a 41 mil crianças em 14 hospitais do país, e pretende até ao final do ano atingir a meta dos “15 anos, 15 hospitais”, disse Carlota Mascarenhas, que acrescentou que o crescimento da presença dos palhaços que trabalham com crianças nos hospitais, com o objetivo de minimizar o impacto dos internamentos, aconteceu sempre de forma gradual, para que os “doutores palhaços” nunca tivessem de sair de hospitais onde tenham chegado.

Os 23 profissionais que desempenham este trabalho já passaram por mais de 80 serviços de internamento de crianças, com características diferentes que exigiram formação específica e uma profissionalização deste trabalho, mas garantiram à ONV “o reconhecimento e credibilidade do setor da saúde”, disse a porta-voz.

Na sombra trabalham para a ONV outros 12 profissionais, os quais asseguram o orçamento anual mínimo de 800 mil euros para manter a operação a funcionar, angariados através de donativos de empresas, mas cada vez mais de particulares.

O peso dos donativos particulares é já de 40% e o objetivo é que em dois anos seja de 50%, ficando a par dos donativos empresariais.

Especialista alerta
Os portugueses apresentam atualmente um nível de carência de vitamina D, que pode ser produzida através do sol, superior às...

"Não basta estar sol lá fora. É preciso expor a nossa pele ao sol e os portugueses são pouco dados a isso, pois quando está bastante calor tendem a fugir do sol", disse à agência Lusa Pereira da Silva.

O especialista, que integra a comissão organizadora da terceira edição do "Fórum D", que decorre no sábado em Coimbra, salientou que os "nórdicos quando está sol e calor apanham-no, porque sabem que não têm muitas oportunidades".

Já os portugueses, acrescentou, se apanhassem sol com alguma regularidade, dado que o clima proporciona vários meses de exposição solar, "deviam, de facto, ter menos falta de Vitamina D do que esses países".

"O que se passa é que tradicionalmente em Portugal não apanhamos sol nas horas de maior calor, que são aquelas em que o sol é mais capaz de produzir a vitamina D, que é entre as 11:00 e as 16:00, entre abril e outubro, e nas quais evitamos fazê-lo", sublinhou.

Uma situação que contrasta com o apelo das autoridades de saúde para que as pessoas evitem a exposição solar naquelas horas, mas que o professor Pereira da Silva considera que a mensagem deveria ser no sentido das pessoas terem cuidado "com a exposição excessiva ao sol".

"A dose necessária [de sol] para produzir a vitamina é muitíssimo inferior à dose necessária para causar uma queimadura ou para aumentar o risco de cancro da pele", frisou o médico.

Segundo o especialista, a falta de vitamina D é diretamente responsável por doenças como a osteoporose, "que já é um problema de saúde pública", e a osteomalacia, consequência direta de falta de vitamina D, o equivalente no adulto ao raquitismo.

"Um estudo indica que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) atende cada ano mais de 10 mil pessoas com uma fratura da anca, o que significa, a preços muito económicos, qualquer coisa como 260 milhões de euros de custos só para tratar estas fraturas, e esse número vai aumentar muito, porque está muito relacionado com a idade", prevê Pereira da Silva.

A osteoporose tem uma "relação muito direta com a falta de vitamina D, pois quem não tiver boa vitamina D não consegue absorver cálcio da alimentação e não havendo cálcio a entrar no sangue o organismo vai buscá-lo aos ossos, enfraquecendo-os".

O especialista em reumatologia disse ainda há uma quantidade enorme de estudos por todo o mundo que relacionam níveis baixos de vitamina D com uma variedade muito grande de doenças, entre elas a diabetes, enfarte do miocárdio, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, certas formas de cancro e de infeção.

Relativamente à relação entre as doenças oncológicas e certos tipos de infeção, o médico considera que a prova "não é absolutamente sólida, pelo que não se sabe se a falta de vitamina D é a causa ou apenas o acompanhante destas patologias".

Contudo, acrescenta, há uma relação muito forte com a longevidade.

"As pessoas que têm níveis mais baixos de vitamina D morrem mais cedo e respondem pior aos tratamentos oncológicos", adiantou o professor da Universidade de Coimbra (UC), acrescentando que a suplementação é "muito barata e segura" e que muitos países europeus já o fazem na população mais idosa.

O "Fórum D", que é o único evento totalmente dedicado a esta temática em Portugal, vai juntar duas centenas de médicos no sábado, numa unidade hoteleira de Coimbra, para "os ajudar a definir estratégias de atuação relativas à vitamina D nas mais variadas doenças".

Visão
A síndrome do Olho Seco é uma doença que afeta entre 10% a 20% da população, com uma prevalência ass

Os sintomas do Olho Seco são vários, entre os quais o ardor, a sensação de corpo estranho, a fotofobia (sensibilidade à luz), a irritação, o olho vermelho e a turvação momentânea e repetitiva de visão que melhora com o pestanejar seguida de lacrimejo, mas de forma excessiva.

A produção do filme lacrimal é afetada por fatores hormonais, pela poluição, por alérgenos ou traumatismos vários.

Nesta síndrome, o filme lacrimal está deficitário, ou porque há uma produção insuficiente de lágrimas ou porque há uma evaporação excessiva de lágrima. Esta segunda forma, a evaporação excessiva, é responsável por cerca de 80%-85% dos doentes com olho seco.

De uma forma sucinta, podemos dizer que o filme lacrimal é constituído por três camadas: camada mucínica, camada aquosa e camada lipídica, a mucínica junto à córnea (interna), a aquosa a do meio e a lipídica a camada em contacto com o ar. Uma camada lipídica deficitária facilita uma evaporação da camada aquosa. Esta camada lipídica é produzida pelas glândulas de meibomius. A deficiência da camada lipídica leva a uma excessiva evaporação das lágrimas, instabilidade do filme lacrimal e a uma resposta inflamatória da conjuntiva.

A síndrome do olho seco representa ainda um impacto financeiro considerável na sociedade e é responsável pelo decréscimo da qualidade de vida nos doentes que dela sofrem.

Até ao momento, a solução disponível era a colocação de gotas de uma lágrima artificial, várias vezes ao dia, de forma repetitiva, com custos elevados e sobretudo com uma instabilidade do filme lacrimal que pode permitir o desenvolvimento de doenças mais graves como sejam infeções conjuntivais ou micro-ulcerações do epitélio corneano.

Hoje, assistimos ao aparecimento de um aparelho que produz a emissão de uma luz pulsada policromática usando uma nova tecnologia IPL (Intense Regulated Pulsed Light) e capaz de gerar uma sequência calibrada de emissões. Este impulso vai estimular as glândulas de meibomius de forma segura e, como tal, a glândula reinicia a sua produção lipídica, restaurando o filme lacrimal com o consequente desaparecimento dos sintomas.

Estudos clínicos demonstram a eficácia de 84% depois do primeiro tratamento e uma satisfação acima de 86% dos doentes intervencionados.

No estudo clínico recente apresentado no ESCRS, comprova-se que a tecnologia da IPL melhora a qualidade do filme lacrimal e reduz os sintomas associados ao olho seco; que não foram encontrados efeitos adversos em nenhum dos doentes tratados até agora e que este tratamento produz resultados mais duradouros do que os tratamentos convencionais.

Pioneiros no tratamento a laser para o Olho Seco, com mais de 400 tratamentos feitos em menos de um ano, revelamos uma taxa de satisfação acima dos 90% e, em mais de 90% dos casos, assistimos ao desaparecimento da sintomatologia.

O tratamento a laser, que se iniciou na Europa no ano passado, está agora a ser implementado na Ásia, na América do Norte e na América do Sul.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
Pressão elevada agravada pelo excessivo número dos que procuram os serviços de urgência.

Há muito que a Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) alerta para o problema: há um excesso de recurso dos portugueses aos serviços de urgência. “Somos o país em que os cidadãos mais recorrem às urgências hospitalares. Cerca de sete em cada dez portugueses recorre a estes serviços, enquanto a média europeia é menos de metade deste valor. Além disso cerca de metade destes doentes poderia ter resposta fora das urgências”, confirma Luís Campos, presidente da SPMI. No III Congresso Nacional da Urgência, que se realiza nos dias 14 e 15 de outubro, no Centro de Congressos Bissaya Barreto, em Coimbra, o tema volta a estar em cima da mesa, assim como as consequências para os profissionais que trabalham num ambiente onde se a pressão já é grande, agrava-se ainda mais pelo excesso de doentes. “É óbvio que a pressão para quem trabalha no serviço de urgência é muito maior do que noutros serviços”, confirma João Porto, internista e presidente do congresso. “E a pressão é de tal forma forte que temos muitos colegas que, assim que conseguem, deixar de trabalhar naquele serviço.”

O volume de trabalho e o stress é elevado. Assim como os casos de burnout - os dados do estudo nacional da Ordem dos Médicos, ‘Burnout na Classe Médica’ revelam que 66% dos médicos inquiridos encontravam-se num nível elevado de Exaustão Emocional -, um problema que vai estar em destaque no congresso, na mesa redonda ‘O Burnout associado à Urgência’, e que dará também enfoque sobre as melhores formas de evitar esta situação. “O ritmo na urgência é muito difícil de controlar, já que o número de urgências é muito superior ao que deveria ser. No serviço onde trabalho, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, temos em média 450 urgências por dia e chegamos às 600 no inverno. Um valor muito acima do que deveria ser. E isso determina um acréscimo de trabalho, que também atrasa tudo: situações que poderiam ser resolvidas em duas horas demoram quatro ou mais”, refere João Porto.

Luís Campos reforça a mensagem da necessidade de reduzir o recurso às urgências, através de um aumento da capacidade dos cuidados primários e da informação à população. “É preciso consciencializar os cidadãos para a necessidade de uma melhor utilização dos recursos e criar respostas para os doentes crónicos, que são complexos, descompensam facilmente, e têm sido tratados de uma forma fragmentada, reativa, episódica e através das urgências. Para estes, são necessárias novas formas de organização, programas integrados de cuidados com equipas multidisciplinares lideradas por médicos de família e internistas, que façam a ponte entre o hospital e os cuidados primários.”

Este é, de resto, um dos temas que Luís Campos vai abordar no congresso, na conferência de encerramento ‘Uma visão sobre os serviços de urgência em Portugal’, em que chamará a atenção para uma “abordagem sistémica do problema das urgências”.

Realizado pelo terceiro ano consecutivo, o Congresso Nacional da Urgência é dirigido aos internistas, internos de Medicina Interna e não só. “Quisemos alargar a outras especialidades”, refere João Porto, salientando uma aposta que parece ter sido ganha. “Organizamos sete cursos pré-congresso, já que o tema principal é a formação e competência em urgência, e estão todos cheios. E se, no ano passado, já tivemos mais de 200 pessoas a assistir, este ano acreditamos que vamos ultrapassar as 300.”

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde recomenda a consulta do viajante para quem pretenda viajar para a região de Lázio, no centro de Itália...

Numa nota disponível no site, a Direção-Geral da Saúde (DGS) lembra que a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou a ocorrência de um surto desta doença transmitida por mosquitos na Região de Lazio, nomeadamente na cidade de Roma e nas áreas costeiras de Anzio e Latina.

Foram igualmente notificados novos casos na Região de Calábria, município de Guardavalle.

A DGS recomenda a consulta do viajante antes da partida, sobretudo a pessoas com artrite, hipertensão artéria, doença cardíaca ou diabetes, viajantes com mais de 65 anos e grávidas em estado avançado de gravidez, “devido ao risco de doença grave para o recém-nascido cujo parto ocorra durante a doença da mãe”.

Aconselha igualmente esta consulta a viajantes com estadia prolongada, como pessoas que visitam amigos e familiares, a trabalhadores de ajuda humanitária e missionários.

Como medidas de proteção, é recomendado o uso de repelente de mosquitos em adultos e crianças, ao longo do dia. A DGS sublinha que o repelente deve ser aplicado após o protetor solar.

Aconselha igualmente a proteção das crianças em carrinhos de bebé e berços com redes mosquiteiras e o uso de vestuário largo, de cores claras e que diminua a exposição corporal à picada dos mosquitos (camisas de manga comprida, calças e calçado fechado).

A DGS diz igualmente que os viajantes devem optar por alojamento com ar condicionado. Caso não seja possível, devem usar redes mosquiteiras nas camas.

Já os viajantes que regressem das regiões afetadas e apresentem sintomas como febre, dores articulares, dores de cabeça, dores musculares e fadiga até 2 semanas após o regresso, devem contactar a Linha SNS (808 24 24 24) ou consultar o médico assistente logo que possível, referindo a viagem.

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde recomenda à população mais vulnerável que tenha cuidados redobrados na exposição ao ar livre por causa...

Numa nota conjunta, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) recordam que ocorreram nos últimos dias “excedências ao limiar de informação ao público do ozono" e "aos valores-limite de dióxido de azoto e partículas em suspensão em algumas zonas do território do continente”.

Este episódio de poluição atmosférica está associado à situação meteorológica atual, que tem “condicionado a dispersão dos poluentes atmosféricos, sendo também resultado da influência dos incêndios florestais que têm deflagrado nos últimos dias, com libertação de poluentes para a atmosfera”, refere a informação disponível no site da DGS.

Estes poluentes libertados para a atmosfera têm efeitos na saúde humana e, como a qualidade do ar é considerada fraca, a DGS aconselha cuidados redobrados às populações mais vulneráveis, designadamente “crianças, idosos, grávidas, pessoas com problemas respiratórios crónicos, principalmente asma, e doentes do foro cardiovascular”.

Os doentes crónicos devem manter os tratamentos médicos em curso e, em caso de agravamento de sintomas, contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou procurar uma unidade de saúde.

A população em geral deve evitar a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes, recorda a DGS.

Tanto a APA como a DGS alertam para “uma persistência das condições meteorológicas, desfavoráveis à dispersão dos poluentes, nos próximos dias, com efeitos diretos na qualidade do ar e a ocorrência de eventos naturais de partículas nas regiões do Alentejo e Algarve”.

Direção-Geral da Saúde
A Direção-Geral da Saúde aconselhou quem pretende viajar para Madagáscar a marcar antes uma consulta de medicina do viajante,...

De acordo com uma nota disponível no site da Direção-Geral da Saúde (DGS), no início deste mês a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou as autoridades de saúde da existência de um surto de peste, que já provocou a morte a pelo menos 45 pessoas.

Segundo a DGS, as áreas mais afetadas pelo surto de peste incluem a capital, Antananarivo, e Toamasina, na costa leste, onde fica o principal porto de Madagáscar.

Por prevenção, a DGS aconselha quem pretende viajar para Madagáscar a marcar uma consulta de medicina do viajante ou consultar o médico assistente e, quando chegar ao destino, evitar “o contacto com animais e indivíduos doentes ou mortos”.

Entre as medidas de prevenção estão o uso de repelente de insetos, para evitar a picada de pulgas.

Segundo a OMS, a peste reaparece todos os anos em Madagáscar, entre setembro e abril, mas este ano afeta as áreas urbanas do país desde agosto, contrariamente às epidemias anteriores.

A epidemia deste ano gerou uma onda de pânico entre a população, especialmente na capital.

De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde de Madagáscar, foram confirmados mais de 387 casos no território da ilha.

A bactéria da peste desenvolve-se em ratos e é transportada por pulgas. A forma bubónica da praga é a menos perigosa do que a pulmonar.

Nos seres humanos, a forma pulmonar da doença é transmissível através da tosse e pode ser fatal em apenas 24 a 72 horas.

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