Comissão Europeia
O comité de peritos da União Europeia sobre o glifosato decidiu hoje adiar um voto sobre o prolongamento da licença para o uso...

Na terça-feira, a Comissão Europeia fez saber que ia pedir uma renovação por cinco a sete anos, em vez dos dez previstos, na sequência de um voto não vinculativo do Parlamento Europeu (PE) defendendo a proibição do produto a partir de 2022.

Perante o novo adiamento de uma decisão no comité de peritos, o executivo comunitário salientou que vai refletir sobre os argumentos dos representantes dos Estados-membros e agendar em breve a data de uma nova reunião.

No comité de peritos, é necessária uma maioria qualificada de 55% dos Estados-membros que representem 65% da população da União Europeia (UE) para ser aprovada ou rejeitada uma proposta da Comissão Europeia.

O PE, no texto aprovado, nota que documentos internos da Monsanto, a empresa proprietária e fabricante de Roundup, um produto cuja substância ativa é o glifosato, lançam “dúvidas sobre a credibilidade de alguns estudos, tanto os patrocinados pela Monsanto como os estudos presumivelmente independentes, que figuravam entre os dados utilizados pela EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos) e ECHA (Agência Europeia dos Produtos Químicos) para a sua avaliação de segurança do glifosato”.

No texto adotado, o Parlamento Europeu defendeu a proibição de quaisquer utilizações de glifosato em parques públicos, parques infantis e jardins públicos, ou nas suas imediações, após 15 de dezembro deste ano.

A 09 de outubro passado, a Comissão Europeia anunciou ter recebido uma iniciativa de cidadania europeia para proibir o uso de herbicidas à base de glifosato, que recolheu mais de um milhão de assinaturas de cidadãos da UE.

A iniciativa de cidadania europeia, a quarta a ser apresentada, pede a Bruxelas que “proponha aos Estados-membros a proibição do glifosato, reforme o procedimento de aprovação de pesticidas e estabeleça, ao nível da UE, metas de redução obrigatórias para a utilização de pesticidas”.

Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
Mais e melhor prevenção, consolidação da rede de Unidades de AVC e melhores tratamentos e um encaminhamento mais célere através...

A propósito do Dia Mundial do AVC, que se assinala a 29 de outubro, a especialista chama a atenção para a necessidade de um acesso rápido por parte dos doentes a determinados tratamento e intervenções, que podem fazer a diferença. Aliás, Maria Teresa Cardoso, referindo-se às terapêuticas de reperfusão de vaso ocluído, defende mesmo que esta rapidez “é a chave no sucesso e constitui um enorme desafio na reorganização do sistema de saúde. Há ainda um enorme potencial de crescimento para estas estratégias terapêuticas”. Medidas às quais acrescenta o “aumento dos centros de intervenção e/ou a criação de estratégias de transporte direto dos doentes para esses centros após avaliação de indicação”, obrigam a uma reorganização rápida dos recursos. “É pois um grande desafio tornar as novas estratégias terapêuticas na fase aguda do AVC rapidamente acessíveis  à maioria da população.”

De acordo com os dados publicados pela Direção-Geral da Saúde (Relatório do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares 2017), tem-se assistido a “uma diminuição progressiva da mortalidade por AVC nos últimos anos em Portugal (19,7%), particularmente no AVC isquémico abaixo dos 70 anos (redução de 39%)”, o que se traduziu em “menos 1261 óbitos entre 2013 e 2014. Estes resultados refletem uma melhor prevenção (lei da cessação tabágica, legislação sobre o conteúdo de sal no pão, tratamento da hipertensão, anticoagulação na fibrilhação auricular, controlo da diabetes entre outros), uma consolidação da atividade nas unidades de AVC, uma melhoria no encaminhamento dos casos de AVC agudo através da via verde e a uma enorme evolução no tratamento da fase aguda do AVC”.

A estes números juntam-se outros, aqueles que revelam que “em 80,7% dos casos decorreram menos de duas horas entre a identificação dos sinais e sintomas de AVC e o encaminhamento através da Via Verde do AVC”, cuja ativação “leva a uma resposta célere, mais adequada e eficaz dos serviços de saúde. E aqui assume particular relevância a educação das populações para o reconhecimento precoce dos sinais de alarme e da forma de acionar os meios específicos de auxílio (112)”, reforça a médica. 

Administração Central do Sistema de Saúde
A presidente da Administração do Sistema de Saúde admitiu hoje que as listas para consultas hospitalares foram expurgadas em...

Marta Temido está a ser ouvida pelos deputados sobre as conclusões do relatório da auditoria do Tribunal de Contas (TdC) relativo ao acesso a cuidados de saúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Este relatório refere que, no triénio 2014-2016, ocorreu “uma degradação do acesso dos utentes a consultas de especialidade hospitalar e à cirurgia programada”.

Nessa data, “ocorreu um aumento do tempo de espera no acesso a consultas de especialidade, que constituiu um entrave ao acesso às consultas hospitalares no SNS”, lê-se no documento.

O relatório motivou fortes críticas dos deputados que confrontaram a presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) com algumas das conclusões do documento e quiseram saber quem deu as ordens para a alegada eliminação dos utentes em listas de espera.

Marta Temido começou por afirmar que o organismo a que preside não se revê em algumas acusações do TdC, tendo recordado que “os procedimentos administrativos de alegada limpeza não são uma realidade nova”, como o que terá acontecido em 2013.

A presidente da ACSS admitiu que, em 2016, este organismo procedeu à eliminação da inscrição de elementos que tinham faltado à consulta, sem justificação válida, mas “não com a intenção de falsear” dados, mas antes de “melhorar a informação”.

Este procedimento terá sido realizado com a participação de hospitais, centros de saúde e de administrações regionais de saúde, afirmou Marta Temido, acrescentando ter em seu poder um conjunto de mensagens de alguns elementos destes organismos a afirmarem que não se revêm nas conclusões do TdC.

Marta Temido, para quem o sistema informático é o “calcanhar de Aquiles” da ACSS, admitiu ainda alguns “procedimentos manuais” que terão atrasado o processo de encaminhamento de utentes e que tal se deve ao facto de a plataforma informática que sustenta o acesso não permitir melhorias e estar, por isso, bloqueado.

“A ACSS procurou, com as entidades hospitalares e centros de saúde, identificar quais os utentes com estes sistemas de informática que justificavam uma colocação diferente daquela que o sistema estava a ler”, explicou.

Segundo Marta Temido, “o que houve foi um trabalho de cruzamento de dados”.

Este cruzamento terá tido como objetivo “dispor de dados para livre acesso e circulação dos utentes no SNS”.

Relativamente à emissão dos vales cirúrgicos, Marta Temido atribuiu alguns atrasos registados a questões relacionadas com os procedimentos concursais na emissão.

A atribuição dos vales cirúrgicos “depende de um processo automático, em que os sistemas de medição de tempos emitem mensagens. Essa operação de envio de vales e de notas de transferências confrontou-se com alguns problemas, em termos de respostas, devido a procedimentos concursais”.

Segundo o relatório do TdC, “no último trimestre de 2016, num período de apenas 23 dias (entre 03 e 26 de outubro) foram emitidos 49.495 vales cirurgia e notas de transferência, 60,5% do total de emissões do ano. Nos anos anteriores (2014 e 2015), a emissão de vales cirurgia e notas de transferência ocorreu, como seria expectável, ao longo de todo o ano”.

Profissionais de saúde
O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência publicou hoje um novo guia de respostas a problemas relacionados com a...

O guia, “Respostas sanitárias e sociais aos problemas relacionados com as drogas: um guia europeu”, é baseado nas análises de 30 países e explica por exemplo como dar resposta a problemas de consumo de heroína por parte de pessoas com mais idade, como abordar mortes provocadas por drogas potentes, ou como evitar danos causados por consumos de droga e álcool em festivais e bares.

Em comunicado o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA) explica que o guia foi concebido para ajudar quem aborda os problemas da droga na perspetiva do planeamento da saúde pública, como os técnicos e profissionais de saúde.

O novo guia “proporciona orientações práticas a fim de permitir conceber, orientar e concretizar de forma mais eficaz as respostas no domínio da droga, fornecendo os elementos de base para o desenvolvimento e a boa execução das intervenções”, explica o Observatório no comunicado.

Nas palavras de Alexis Goosdeel, diretor do Observatório citado no documento, o guia analisa alguns dos principais desafios atuais em matéria de saúde pública no que respeita às drogas e “proporciona um roteiro para as várias fases de conceção, orientação e concretização de respostas eficazes”.

Ainda segundo o comunicado, o guia aborda os problemas associados a diferentes tipos de droga e padrões de consumo, a necessidades de grupos diferentes (mulheres, migrantes ou jovens, por exemplo), e a problemas em diferentes cenários (prisões, festivais ou escolas, por exemplo).

E porque os problemas relacionados com as drogas estão frequentemente associados a outros, sanitários e sociais, o guia salienta a importância da criação de parecerias com serviços de outras áreas, e dá exemplos de “uma variedade de abordagens colaborativas na Europa”, das prisões aos donos de bares, da polícia aos serviços de emergência e às autarquias.

Por outro lado, se a internet, as redes sociais e as novas tecnologias estão a mudar a forma de comprar drogas, são também ferramentas que devem ser usadas “para apoiar uma melhor execução das iniciativas em matéria de prevenção, tratamento e redução de danos”, diz o guia.

Nele analisa-se ainda os progressos realizados até agora em matéria de prevenção e redução de danos, a ligação droga-hepatite C, as mortes por “overdose”, o aparecimento rápido de novas substâncias psicoativas, as mudanças de políticas em relação à canábis, ou mesmo a vulnerabilidade dos migrantes em matéria de drogas.

“O presente guia é, até ao momento, a nossa primeira e mais ambiciosa tentativa de reunir informação de uma forma acessível sobre as respostas disponíveis nas áreas sociais e de saúde relacionadas com o consumo de drogas na Europa. Ao realçar as lacunas no conhecimento e nas práticas, bem como as oportunidades de melhoria e de desenvolvimento, o guia oferece a base para um programa de trabalho atualizado neste domínio para os próximos anos», disse Alexis Goosdeel, citado no comunicado.

Em Lisboa está a decorrer entre hoje a quinta-feira a segunda Conferência Europeia sobre Comportamentos Aditivos e Dependências, coorganizada pelo EMCDDA, pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), e pela International Society of Addiction Journal Editors (ISAJE).

João Goulão, diretor do SICAD, disse à Lusa que a conferência “Lisbon Addictions 2017” junta 1.200 participantes de 71 países.

Aliança M8
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e a Universidade de Teerão (Irão), que integram a Aliança M8, considerada o G8...

O acordo, segundo um comunicado do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), foi assinado no dia 15 de outubro, em Berlim, durante a Cimeira Mundial da Saúde.

"As partes acordaram neste memorando, que tem a duração de três anos renováveis por iguais períodos, explorar toda a sua potencialidade colaborativa e troca de experiências em áreas como o ensino, a prestação de cuidados de saúde e projetos de investigação", lê-se na nota.

Portugal, representado pelo consórcio CHUC e Universidade de Coimbra, foi admitido a 11 de outubro de 2015 na Aliança M8, cuja rede é a base académica de excelência e na qual está assente a organização da Cimeira Mundial de Saúde, fórum anual para o diálogo sobre os cuidados de saúde.

As duas entidades portuguesas assumiram, no dia 17 de outubro, a presidência da Cimeira Mundial da Saúde e da Aliança M8, que tem como missão principal a melhoria da saúde a nível global, promovendo a investigação translacional, bem como a inovação na abordagem da prestação de cuidados, almejando o desenvolvimento de sistemas de saúde eficazes na prevenção da doença.

A conferência intercalar da Cimeira Mundial de Saúde de 2018 vai realizar-se em Coimbra, a 19 e 20 de abril, dedicada ao tema da "Medicina de Fronteira".

De acordo com o consórcio português CHUC/UC, são esperados na conferência intercalar de abril de 2018 cerca de 700 especialistas provenientes de todo o mundo, da Europa à Ásia, passando pela África, Médio Oriente, América do Norte, Central e do Sul, que se vão reunir no Convento São Francisco.

Os tópicos principais em análise serão as abordagens das doenças infecciosas nos países em desenvolvimento; as políticas globais de saúde que melhor respondem às necessidades desses países; os desafios e as oportunidades associadas à translação da inovação para os cuidados de saúde; e ainda, num mundo em mudança, o melhor modo de fazer educação médica e biomédica.

Estudo
Cientistas da Universidade de Surrey, Reino Unido, desenvolveram “nanopartículas inteligentes”, que aquecem o suficiente para...

As novas nanopartículas podem ser usadas em breve como parte da termoterapia no tratamento de pessoas com cancro, segundo um estudo publicado na revista científica Nanoscale.

A termoterapia tem sido usada para o tratamento do cancro mas é uma técnica complicada, não sendo fácil tratar as pessoas sem provocar danos noutras células. As células tumorais podem ser enfraquecidas ou mortas sem afetar os restantes tecidos se a temperatura for controlada com precisão entre os 42 e os 45 graus.

Cientistas do Instituto de Tecnologia Avançada da Universidadade de Surrey, em conjunto com outros cientistas da Universidade de Tecnologia de Dalian, na China, criaram as nanopartículas agora apresentadas e que quando implantadas numa sessão de termoterapia podem induzir temperaturas até 45 graus.

Alem de serem autorreguláveis, as nanopartículas também são de baixa toxicidade e não deverão causar danos permanentes no corpo humano.

Ravi Silva, responsável do Instituto de Tecnologia Avançada, disse que este método pode evitar os efeitos secundários graves de outros tratamentos.

“É um desenvolvimento muito emocionante”, disse, referindo-se às possibilidades de tratamento com as nanopartículas.

Bruxelas vai votar licença
Ambientalistas e grupos de consumidores continuam em desacordo com a indústria acerca da utilização do herbicida glifosato, os...

O Parlamento Europeu defendeu ontem a proibição do glifosato na União Europeia (UE) a partir de 2022, com restrições até essa data, opondo-se à proposta da Comissão Europeia para renovar a licença deste herbicida por mais 10 anos.

A resolução do Parlamento Europeu, não vinculativa, foi ontem aprovada, na véspera de os Estados-membros votarem a proposta de renovação de autorização do glifosato.

Nos últimos meses sucederam-se as críticas ao glifosato e as petições para que deixe de ser usado, com a apresentação de estudos científicos a provar que é cancerígeno, enquanto a indústria de químicos se baseia igualmente em trabalhos de cientistas para defender o contrário.

Segundo a Avaaz, que se apresenta como uma comunidade de 45 milhões de membros, mais de dois milhões de pessoas, entre os quais 17 mil portugueses, assinaram uma petição dirigida a várias entidades europeias, como o comissário de Saúde da UE, Vytenis Andriukaitis, a pedir a suspensão imediata do glifosato.

"Como cidadãos de todas as partes do mundo, ficamos alarmados ao saber que o glifosato é 'possivelmente cancerígeno para seres humanos' e apelamos para que os senhores exerçam o princípio de precaução e suspendam imediatamente a aprovação do glifosato, presente em herbicidas como o 'Roundup' da Monsanto", refere aquela petição.

"Até que seja comprovada a segurança do glifosato, os senhores devem garantir que as pessoas não sejam expostas a este perigo", acrescenta.

Na segunda-feira, também a organização ambientalista Greenpeace entregou uma petição a dois comissários europeus em Bruxelas, assinada por 1,3 milhões de pessoas, pela proibição do glifosato.

A petição foi baseada num estudo da Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro, um órgão da Organização Mundial de Saúde, que o classificou como "carcinogénico provável para o ser humano" em 2015, ao contrário das agências europeias para a Segurança Alimentar e dos Produtos Químicos.

O diretor executivo da Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA), António Lopes Dias, transmitiu a preocupação que "o Parlamento Europeu esteja a ser influenciado pelas ONG" (organizações não governamentais), cujas alegações "já foram contrariadas por entidades científicas".

"São 500 milhões de europeus que necessitam ser alimentados", o que exige a utilização de glifosato na agricultura, referiu, realçando que "não há qualquer indício ou parecer" a apontar para a perigosidade do herbicida.

António Lopes Dias insistiu ainda que não renovar a licença para o glifosato "seria um sério revés para a economia portuguesa".

Em julho, a Comissão Europeia manifestou-se favorável à renovação da licença, apoiando-se no relatório da Agência Europeia de Segurança Alimentar (AESA) de 2015, segundo o qual não há razões para classificar o glifosato como cancerígeno. Parte desse relatório, dizem os jornais, terá sido copiado de um documento da empresa que produz o herbicida.

Em 2014, a Quercus lançou uma campanha nacional a apelar aos municípios para que deixem de utilizar pesticidas para eliminar ervas daninhas em jardins e outros locais públicos, com o argumento de que são responsáveis por danos na saúde, podendo provocar cancro.

Em janeiro, o Governo aprovou a proibição de uso de pesticidas em espaços públicos como jardins infantis, parques e jardins urbanos, escolas e hospitais “com o objetivo de reduzir e controlar os efeitos sobre a saúde pública”.

Na União Europeia
O Parlamento Europeu defendeu hoje a proibição do glifosato na União Europeia a partir de 2022, com restrições até essa data,...

A resolução do Parlamento Europeu, que não é vinculativa, foi hoje aprovada no hemiciclo de Estrasburgo com 355 votos a favor, 204 contra e 111 abstenções, na véspera de os Estados-membros votarem a proposta de renovação de autorização do glifosato.

No texto hoje aprovado, os eurodeputados notam que documentos internos da Monsanto, a empresa proprietária e fabricante de Roundup, um produto cuja substância ativa é o glifosato, lançam “dúvidas sobre a credibilidade de alguns estudos, tanto os patrocinados pela Monsanto como os estudos presumivelmente independentes, que figuravam entre os dados utilizados pela EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos) e ECHA (Agência Europeia dos Produtos Químicos) para a sua avaliação de segurança do glifosato”.

O Parlamento solicita à Comissão e aos Estados-Membros que garantam que a avaliação científica dos pesticidas para aprovação regulamentar pela UE se baseie apenas em “estudos publicados analisados pelos pares e independentes que tenham sido encomendados por autoridades públicas competentes”.

No texto adotado, o Parlamento Europeu defende que devem ser proibidas quaisquer utilizações de glifosato em parques públicos, parques infantis e jardins públicos, ou nas suas imediações, após 15 de dezembro deste ano.

De acordo com a assembleia, a Comissão Europeia e os Estados-membros também não devem aprovar “qualquer utilização agrícola do glifosato após 15 de dezembro de 2017, quando os sistemas integrados de gestão de pragas forem suficientes para o controlo necessário das ervas daninhas”.

A Comissão Europeia deverá adotar as “medidas necessárias para eliminar progressivamente a substância ativa glifosato na União Europeia até 15 de dezembro de 2022, assegurando que nenhuma utilização de glifosato seja autorizada após essa data”, defende o Parlamento.

Cerca de 76% da utilização de glifosato a nível mundial ocorre na agricultura, sendo este herbicida também muito utilizado em aplicações florestais, urbanas e de jardim.

A 09 de outubro passado, a Comissão Europeia anunciou ter recebido uma iniciativa de cidadania europeia para proibir o uso de herbicidas à base de glifosato, que recolheu mais de um milhão de assinaturas de cidadãos da UE.

A iniciativa de cidadania europeia, a quarta a ser apresentada, pede a Bruxelas que “proponha aos Estados-membros a proibição do glifosato, reforme o procedimento de aprovação de pesticidas e estabeleça, ao nível da UE, metas de redução obrigatórias para a utilização de pesticidas”.

Em Lisboa
A adaptação da medicina tradicional chinesa às necessidades de regulamentação do mundo ocidental vai estar em foco nas quartas...

O percurso de modernização da medicina tradicional chinesa, com componentes tradicionais e culturais, e a abertura ao mundo ocidental vai cruzar-se com o debate sobre a regulamentação em Portugal do exercício legal das terapias complementares.

O encontro, promovido pelo Instituto de Medicina Tradicional (IMT), vai decorrer no Centro Científico e Cultural de Macau.

Sob o tema “Da tradição à modernidade”, esta quarta edição conta com o apoio institucional do Parque Científico de Medicina Tradicional Chinesa do Governo de Macau e do Comité para a Promoção e Regulamentação da Medicina Tradicional Chinesa da World Federation of Chinese Medicine Societies.

Em setembro, no fórum de cooperação de Medicina Tradicional Chinesa, o secretário para a Economia e Finanças de Macau, Lionel Leong Vai Tac, afirmou que um dos objetivos do Governo é melhorar a certificação e regulamentação desta indústria, nos próximos anos.

A OMS criou em 2015, em Macau, o centro de cooperação de medicina tradicional chinesa, uma plataforma para a região se afirmar na formação de especialistas e na cooperação internacional.

A produção de medicamentos chineses em Macau registou um crescimento pelo terceiro ano consecutivo, com receitas no valor de 48,70 milhões de patacas, de acordo com dados oficiais de 2016.

Na China, no ano passado, o valor da produção industrial de medicina tradicional foi de 865 mil milhões de yuan (111 mil milhões), com a sua difusão em 183 países e regiões.

No Porto
O Centro de Mama do Centro Hospitalar São João, no Porto, criou uma consulta para pessoas com cancro da mama e com idade igual...

Segundo Fernando Osório, médico responsável pela consulta, este é “o subgrupo etário onde a doença oncológica e o cancro da mama, em particular, tem uma elevada (e crescente) prevalência”.

“Pretende-se com esta oferta dar-se uma atenção particular a um subgrupo etário muito heterogéneo do ponto de vista clínico e social, em franco crescimento na sociedade, pois é o subgrupo demográfico que mais, e mais rapidamente, cresce neste momento, como reflexo direto da grande evolução da Medicina”, sustenta o clínico.

Informação disponibilizada pelo Centro Hospitalar de São João, na sua página na Internet, esclarece que a consulta visa “a promoção de cuidados de saúde oncológicos muito personalizados através da aplicação de ferramentas de rastreio e estratificação do risco geriátrico que permitam melhor definir a proposta de terapêutica na consulta de grupo multidisciplinar”.

De acordo com Fernando Osório, o objetivo, “por um lado, é identificar a fragilidade individual - conceito muito específico deste grupo etário - que obriga a uma adaptação do tratamento oncológico proposto e, por outro lado, minimizar o tão praticado subtratamento, ou seja evitar que um doente com uma idade cronologicamente avançada, mas física e biologicamente capaz, seja excluído de um tratamento oncológico ‘standard’”.

"A criação desta consulta motivou o surgimento de um estudo científico prospetivo que visa a validação de um modelo, uma ‘clinical pathway’, desenvolvido especificamente nas nossas doentes com cancro da mama em idade geriátrica e que permitirá, espero eu, evoluir para a criação a nível institucional de uma avaliação geriátrica compreensiva multidisciplinar de modo a corresponder às recomendações de várias sociedades científicas internacionais”, acrescenta.

Investigação
Uma equipa internacional de investigadores, incluindo o português Sandro Alves, desenvolveu um modelo animal capaz de...

A chamada "fase silenciosa" começa cerca de 20 anos antes do diagnóstico atual e o objetivo do modelo é replicar essa fase mais precoce da doença para desenvolver novos fármacos, explicou Sandro Alves.

"A grande vantagem é que o modelo vai permitir ser utilizado para testar e desenvolver medicamentos específicos na fase silenciosa da doença, fase na qual a patologia ainda é reversível porque se agirmos tarde demais já vai ser impossível tratar", explicou o investigador.

Sandro Alves, que participou no projeto liderado pelo francês Jérôme Braudeau, sublinhou que o novo modelo, batizado ‘AgenT', vai também possibilitar o desenvolvimento de "um diagnóstico sanguíneo que vai tentar permitir fazer o diagnóstico 10 a 15 anos antes do diagnóstico atual".

"A vantagem é que este modelo animal vai permitir desenvolver medicamentos, estratégias terapêuticas e um teste sanguíneo naquela fase da doença que ainda não se vê, mas já sabemos que os sintomas estão lá. A vantagem de detetar a doença mais cedo é como quando há um fogo pequeno inicial e antes que o fogo se propague, nós, os bombeiros tentamos agir de forma mais precoce para tentar combater o incêndio", afirmou.

O investigador destacou que, "atualmente, não há tratamento eficaz para a doença de Alzheimer" devido à impossibilidade de detetar a doença numa fase precoce, sabendo-se que as características biológicas de Alzheimer aparecem, pelo menos, 20 anos antes da manifestação de sintomas, como a perda de memória, por exemplo.

Por outro lado, é a primeira vez que um modelo animal consegue reunir "de forma natural" as duas características patológicas comparáveis à degenerescência do cérebro humano: a agregação de proteínas Tau nos neurónios e a aparição de placas de peptídeos A’42.

"Este modelo animal reúne as características mais importantes da doença de Alzheimer, a patologia amilóide e a patologia Tau. Nós induzimos a doença no rato adulto de forma a reproduzir a progressão da patologia humana. Aquilo que nós fizemos foi tentar dar tempo ao tempo para que a patologia fosse lentamente instalada de forma similar àquilo que é observado nos doentes", acrescentou.

A investigação, feita no Molecular Imaging Research Center (MIRCen), em Fontenay-aux-Roses, nos arredores de Paris, resultou de uma colaboração entre investigadores do gabinete de energia atómica e energias e do instituto francês de saúde e investigação médica, das universidades Paris-Sud e Paris-Descartes e do centro francês da investigação científica.

O modelo animal foi patenteado, os resultados foram publicados no jornal Cerebral Cortex a 18 de outubro e Jérôme Braudeau criou a start-up AgenT para "facilitar o acesso à utilização deste modelo animal na área da investigação biomédica e para desenvolver um teste de diagnóstico sanguíneo".

Sandro Alves é atualmente diretor do departamento de investigação pré-clínica de uma empresa na área da biotecnologia, em Paris, tendo participado no estudo na qualidade de pós-doutoramento do instituto francês de Saúde e investigação médica.

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, caracterizada por "deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas", como a memória, a atenção, a concentração, a linguagem e o pensamento, refere, no seu portal na internet, a Alzheimer Portugal - Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Doentes de Alzheimer.

A patologia, associada ao envelhecimento e sem cura, deve o seu nome ao psiquiatra alemão Alois Alzheimer (1864-1915), que a descreveu pela primeira vez, afetando atualmente quase 45 milhões de pessoas em todo o mundo.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
De acordo com o Centro Internacional de Investigação do Cancro, da Organização Mundial da Saúde, estimou-se que podiam ser...

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) vai promover nos próximos dias 10 e 11 de novembro, em Coimbra, um Congresso sobre o Código Europeu Contra o Cancro (CCECC). Desenvolvido pelo Centro Internacional de Investigação do Cancro (IARC), da Organização Mundial da Saúde, este código incide nas medidas que os cidadãos podem tomar sozinhos ou pelas suas famílias para reduzir o risco de cancro. A atual formulação do código é constituída por 12 recomendações que a maioria das pessoas pode seguir sem necessitar de qualquer aptidão ou aconselhamento especial. De acordo com o IARC, quanto mais recomendações forem seguidas, tanto menor será o risco de contrair cancro.

Com a realização deste congresso, a Liga Portuguesa Contra o Cancro prossegue as iniciativas de divulgação de uma versão adaptada do Código que tem desenvolvido desde 2016 junto da população e que, desta vez, numa iniciativa nacional de âmbito científico, dirige a profissionais das áreas da saúde e educação como, por exemplo, médicos de Medicina Geral e Familiar e professores dos ensinos básico e secundário.

Contando com a participação de especialistas nacionais e europeus, o Congresso sobre o Código Europeu Contra o Cancro tem como grande objetivo a contextualização da evidência científica subjacente a cada mensagem preconizada pelo Código.

O Congresso decorre nos dias 10 e 11 de novembro, sexta-feira sábado, no Hotel Quinta das Lágrimas, em Coimbra, e tem o valor de inscrição de 20 euros, que habilita a almoço volante nos dois dias. A inscrição pode ser feita aqui, sendo possível obter informações adicionais através do número 239 487 490 / ou do email [email protected].

O primeiro dia começa com uma conferência sobre Prevenção Primária do Cancro na Europa, com a intervenção inicial de Sakari Karjalainem, da European Cancer Leagues, seguida de painéis temáticos sobre tabaco. Ainda de manhã, Roland Herrero, da International Agency for Research on Cancer, aborda “O Código Europeu Contra o Cancro - A harmonização das recomendações fundamentadas na evidência Científica e na disparidade da realidade social na Europa”. Do programa da tarde fazem parte temas como a Alimentação Saudável e Atividade Física, Exposição a Radiações e termina com uma conferência sobre Cancro profissional.

O dia seguinte acompanha várias das recomendações do código e promove intervenções sobre temas como cancro e ambiente hormonal, Álcool e carcinogénese, HPV - carcinogénese e vacina, Riscos e Benefícios do rastreio de cancro. Durante a tarde, deste segundo dia, decorre um painel sobre rastreio de cancro, onde se abordam os rastreios de cancro da mama, do colo do útero e colorretal.

No dia anterior ao Congresso, 9 de novembro, quinta-feira, decorrem dois workshops pré-Congresso sobre Educação para a Saúde (com Felisbela Lopes, Universidade do Minho; Irma Brito, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra e Maria Piedade Brandão, Universidade de Aveiro) e Voluntariado em Saúde (Susana Queiroga, Instituto São João Deus; Margarida Pinto Correia, Fundação EDP e Sofia Crisóstomo, MAIS PARTICIPAÇÃO, melhor saúde), para os quais a participação está sujeita à inscrição prévia e lotação da sala.

Ainda no âmbito deste congresso será apresentada a nova APP da Liga Portuguesa Contra o Cancro sobre Cancro Colorretal.

8º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania
Conferência, dia 27 de outubro, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Dor, sono, dieta e atividade física são outros...

É possível envelhecer sem dor? É a perda de memória inevitável? E quando dormir é um problema! A estas e outras questões vão procurar dar respostas alguns especialistas em Medicina e em Enfermagem, convidados para o 8º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania, que decorre, no próximo dia 27 de outubro, nas instalações da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) - polo B, em S. Martinho do Bispo.

Maria da Conceição Bento (Presidente da ESEnfC), Manuel Alves Rodrigues (coordenador da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem) e Maria de Lurdes Almeida (coordenadora da Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem do Idoso) darão as boas-vindas na sessão de abertura do colóquio (09h15), após a qual se seguirá o painel “Portugal sénior: que desafios em saúde” (09h40), para falarem, sobre aqueles temas, Carla Retroz Marques (anestesiologista), Joaquim Cerejeira (psiquiatra) e José Moutinho dos Santos (pneumologista e diretor do Centro de Medicina do Sono do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra).

“Bem viver, bem envelhecer” e “Comunicação e compromisso cognitivo” são as temáticas dos outros dois painéis do colóquio, o primeiro, às 11h20 – falarão Helena Loureiro, sobre “A dieta mediterrânica numa perspetiva de saúde”, e Raul Martins, acerca do “Envelhecimento, atividade física e saúde cardiovascular” – e o segundo pelas 14h15 – “Estratégias terapêuticas para aumentar a eficiência da comunicação” (Isabel Gil e João Apóstolo) e “A comunicação entre os profissionais de saúde e a pessoa idosa” (Lia Sousa) são os assuntos a tratar. Pelo meio (12h10), Cristina Batista, ortodontista e smile coach, proferirá a conferência “Como sorrir quando a vida não nos sorri?”

«Portugal encontra-se na lista dos países a envelhecer de forma mais rápida», de acordo com a Organização das Nações Unidas, segundo a qual, «em 2050, cerca de 40% da população portuguesa terá mais de 60 anos», refere a Unidade Científico-Pedagógica (UCP) de Enfermagem do Idoso, da ESEnfC, responsável pelo colóquio.

De acordo com esta UCP, «estes dados determinam a tomada de consciência não apenas do impacto socioeconómico desta situação, mas igualmente da importância de medidas que preparem a sociedade, no seu todo, para a realidade de que a vida terá de prosseguir num mundo em que as pessoas idosas se constituem como metade da população». Daí que, prossegue a organização do evento, “a acessibilidade, os meios de comunicação, a saúde, a arquitetura urbana, o lazer, bem assim como a teia de relações e a representação social da pessoa idosa, terão de ser adaptadas para aquele panorama”.

Mais informações sobre o 8º Colóquio Envelhecimento, Saúde e Cidadania podem ser obtidas no sítio do evento na Internet, em www.esenfc.pt/event/8cesc.

Acupuntura
Considerada uma terapia milenar, com origens na China, a acupuntura consiste na aplicação de agulhas

Estas agulhas, quando aplicadas sobre algumas regiões específicas produzem efeitos terapêuticos em inúmeras doenças como a artrite, enxaqueca, alergias, doenças degenerativas como o Parkinson ou Alzheimer, mesmo problemas como a depressão, ansiedade.

Segundo o Artur Morais, responsável pela Clínica de Acupuntura Artur Morais, “a acupuntura é hoje em dia uma técnica clínica reconhecida pelas mais altas instâncias da saúde. Para se perceber a importância desta técnica milenar, a Unesco declarou em 2010 a acupuntura como património cultural mundial. Também a Organização Mundial de Saúde distinguiu desde 1979 a sua eficácia em mais de 40 doenças físicas e psicológicas”.

A Acupuntura consiste na estimulação de pontos precisos do corpo, seja com agulha, massagem ou laser, tendo como objetivo tonificar os mecanismos de auto-cura e de auto-regulação do organismo. Estes mecanismos são estimulados pela ação das agulhas no sistema nervoso, vascular e endócrino justificando os efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, miorelaxantes, ansiolíticos e regeneradores da Acupuntura.

Artur Morais, destaca que, “atualmente, devido ao aperfeiçoamento das diferentes técnicas aplicadas na acupuntura, podemos perfeitamente dizer que qualquer pessoa pode realizar este tipo de tratamento. Mesmo em casos de tratamentos aplicados a crianças é possível realizar um tratamento de acupuntura sendo nestes casos aconselhado o uso de laser, evitando assim um possível medo de agulhas”.

Uma técnica multidisciplinar

A acupuntura atua em diversas áreas da saúde. Podemos destacar as 4 grandes áreas de atuação desta técnica da seguinte forma:

Acupuntura Clínica - consiste na estimulação de pontos precisos do corpo, seja com agulha, massagem ou laser, tendo como objetivo tonificar os mecanismos de auto-cura e de auto-regulação do organismo. Estes mecanismos são estimulados pela ação das agulhas no sistema nervoso, vascular e endócrino justificando os efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, miorelaxantes, ansiolíticos e regeneradores da acupuntura saúde mental (ansiedade, depressão, gestão do stress, crises de pânico). Situações clínicas como problemas do sono, alergias, doenças digestivas e degenerativas (Alzheimer, Parkinson e outras demências) ou doenças auto-imunes são algumas das áreas de dor onde o efeito da Acupuntura eficaz.

Acupuntura estética - tem como objetivo regularizar os desequilíbrios funcionais, sejam eles metabólicos, endócrinos ou emocionais, que estão na origem do excesso de peso, preparando o organismo para um emagrecimento sustentado e equilibrado. Estas terapias atuam sobretudo em situações de procura de emagrecimento no Homem ou Mulher e na prevenção e controlo de problemas como celulite através da Acupuntura Lipolítica.

Acupuntura na Fertilidade – é uma das áreas mais interessantes desta terapia aplicando-se aos casais que não tenham um motivo clínico conhecido para a sua baixa fertilidade. Outra das vertentes prende-se com a acupuntura na fertilidade Assistida, destinada a casais que tenham um motivo clínico conhecido para a baixa fertilidade ou que estejam a efetuar técnicas de procriação medicamente assistida. As sessões de acupuntura neste caso são especificamente criadas  como um complemento a estas técnicas de procriação medicamente assistida aumentando a sua taxa de sucesso.

Acupuntura no Desporto - A procura de melhores desempenhos em atletas amadores e profissionais, nas mais diversas modalidades desportivas, originou um aumento substancial nas cargas de treino físico. Estima-se que as cargas de treino aumentaram cerca de 20% na última década. Perante este cenário os índices de saturação física e mental poder originar lesões. Com a acupuntura desportiva é possível melhorar significativamente o desempenho desportivo e aumentar a capacidade de recuperação de lesões ou potenciar a resistência cardiorrespiratória.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um quarto das mulheres e um sexto dos homens com mais de 65 anos na Europa terão uma qualquer incapacidade física em 2047,...

A proporção manter-se-á durante as próximas três décadas mas os números absolutos vão aumentar "significativamente à medida que as populações europeias envelhecem", concluíram os investigadores no artigo publicado na edição online do British Medical Journal.

Os investigadores reuniram dados de inquéritos ao rendimento e condições de vida na União Europeia realizados entre 2008 e 2014 e projeções de esperança de vida para homens e mulheres feitas pelas Nações Unidas.

Em todos os 26 países analisados, a proporção é semelhante, e esta tendência terá que ser acompanhada de ações concretas: "poderá exigir várias medidas para atender às necessidades de um número cada vez maior de pessoas com limitações à sua atividade, tal como alargar as infraestruturas para pessoas com deficiências nos setores público e privado, bem como na formação de médicos e cuidadores", defendem os autores.

Nas suas conclusões, referem que mais mulheres que homens sofrem de incapacidade grave em resultado de problemas de saúde prolongados, além de as mulheres terem maior esperança de vida.

No entanto, tanto nos homens como nas mulheres se verifica que a saúde piora com idade ao mesmo ritmo.

Os investigadores tomaram em conta o tipo de sistemas públicos de cuidados de saúde nos países e questões culturais de cada país, notando, por exemplo, que uma em cada 10 mulheres suecas com mais de 65 anos dizem ter incapacidades graves, enquanto apenas uma em cada três dizem isso na Eslováquia.

Em Bruxelas
A organização ambientalista Greenpeace reuniu-se ontem com dois comissários europeus em Bruxelas para apresentar uma petição,...

O encontro com o primeiro vice-presidente da Comissão Europeia (CE), Frans Timmermans, e com o comissário europeu responsável pelas pastas da Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, decorreu dois dias antes de os 28 Estados-Membros votarem uma proposta de Bruxelas para renovar a licença de utilização deste herbicida por mais dez anos.

Após a reunião, o diretor para a Europa da Greenpeace, Jorgo Riss, acusou a CE de "privilegiar os interesses a curto prazo das empresas químicas”, em detrimento da saúde das pessoas e do meio ambiente.

Citado pela agência France-Presse, o responsável da organização não-governamental considera que Bruxelas “não agiu para responder às preocupações de cientistas independentes, de parlamentares e de mais de um milhão de europeus" sobre glifosato. “É uma vergonha!”, afirmou.

“A investigação científica e a experiência de milhares de agricultores biológicos mostram que os pesticidas e o glifosato não são necessários”, acrescentou o responsável da Greenpeace.

A petição apresentada ontem à CE exige “uma proibição do glifosato, uma redução geral da utilização dos pesticidas e mais transparência e independência nas avaliações dos riscos dos pesticidas”.

Após verificação, a petição assinada por mais de um milhão de pessoas deve ser discutida pela CE.

Na semana passada, a comissão de Ambiente e Saúde do Parlamento Europeu pediu ao executivo da União Europeia (UE) que retirasse a sua proposta e que pedisse a eliminação gradual do uso da substância nos próximos três anos.

O documento da UE será levado hoje a votação numa sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo, mas, segundo a Greenpeace ainda não é claro se a proposta vai receber apoio suficiente (por maioria qualificada), sendo que França, Itália, Áustria e Luxemburgo planeiam votar contra e outros países, como a Alemanha, deverão abster-se.

Esta petição, baseada num estudo da Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro, um órgão da Organização Mundial de Saúde, que o classificou como "carcinogénico provável para o ser humano" em 2015, ao contrário das agências europeias para a Segurança Alimentar e dos Produtos Químicos, volta a trazer a público a controvérsia científica em torno do debate sobre o glifosato,

O texto destaca também as centenas de queixas arquivadas nos Estados Unidos contra da multinacional Monsanto, cujo principal produto, o herbicida 'RoundUp', utiliza o glifosato como ingrediente ativo.

Comportamento
Testes comportamentais para determinar a influência de drogas nos condutores e a pouca atenção que este assunto desperta nas...

O especialista Mário Dias, do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, disse à agência Lusa à margem do terceiro simpósio internacional sobre condução sob o efeito de drogas que "tem que haver perceção na população e nos condutores" dos riscos para a condução.

"Toda a gente tem ideia de que conduzir sob o efeito do álcool traz problemas, mas como não se fala muito sobre as drogas, se calhar as pessoas não têm a mesma perceção", afirmou.

Mário Dias indicou que há que passar a informação da perigosidade das drogas na condução, indicando que se existem no sangue substâncias psicoativas, "têm potencialmente efeito sobre a capacidade do indivíduo".

Em Portugal, só um teste sanguíneo tem valor legal para demonstrar a presença de drogas, que, além de ser contraordenação, passa sempre para esfera penal, num regime de "tolerância zero".

Com vários enquadramentos legais em países diferentes, há outro problema que se avoluma quando se vai para a fronteira entre o uso recreativo de canábis e os novos medicamentos que usam a substância como princípio ativo.

Richard Compton, diretor do gabinete de pesquisa comportamental do departamento dos Transportes norte-americano, afirmou que estão em fase de investigação testes comportamentais que poderão um dia ser usados pelas autoridades quando abordam condutores em controlos rodoviários.

O responsável destacou que é difícil criar testes específicos para despistar se um condutor está sob a influência de drogas e para avaliar se tem de facto as suas capacidades diminuídas.

Entre os aspetos que podem ser analisados estão os processos inibitórios de decisão, que podem levar a demorar mais tempo a arrancar quando um semáforo fica verde ou até processos emocionais como o reconhecimento de emoções em expressões faciais, com que as pessoas sob o efeito de uma droga como a canábis têm dificuldades.

Richard Compton indicou que o pico da influência da canábis é atingido poucos minutos depois do consumo mas que os efeitos mais nocivos para a condução são atingidos cerca de 90 minutos depois, quando os níveis no sangue já são muito inferiores.

Além disso, destacou, o princípio ativo da canábis, o THC, deposita-se nos tecidos adiposos do corpo e pode continuar a ser libertado para a corrente sanguínea quando uma pessoa não consome há várias semanas.

Proposta
A Ordem dos Enfermeiros defende a integração destes profissionais na estrutura da Proteção Civil e vai solicitar uma audiência...

Em comunicado, a Ordem mostrou vontade em "participar na reforma da Proteção Civil".

Como justificação para a integração de enfermeiros na estrutura da Proteção Civil, a Ordem recorda alguns "relatórios já conhecidos sobre os incêndios de junho" que apontaram "falhas no socorro às vítimas".

"O relatório do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, publicado na página do Ministério da Administração Interna, refere a possibilidade de ter havido pessoas feridas que não sobreviveram por falta de socorro", lê-se no comunicado.

A Ordem refere que apresentou, no ano passado, "uma proposta ao Ministério da Saúde e Liga dos Bombeiros para integrar as ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV) nas corporações de bombeiros, ao invés dos Serviços de Urgência Básica (SUB) dos centros de saúde) e, deste modo, integrar enfermeiros nas corporações.

Esta proposta é uma mais‐valia para todos, até porque muitos bombeiros são enfermeiros mas não estão nas corporações nessa qualidade. Nestes incêndios, teria sido decisivo, tal como refere o relatório", refere a bastonária.

"A Ordem dos Enfermeiros considera que, de uma vez por todas, tem de se ouvir quem conhece o terreno e o que é preciso fazer. Tem se ouvir as pessoas e não os teóricos de gabinete. A vida real das pessoas não espera por eles", prosseguiu Ana Rita Cavaco.

Em junho, a Ordem dos Enfermeiros mobilizou mais de 400 enfermeiros, que prestaram apoio às vítimas em regime de voluntariado.

Sudorese Noturna
A sudorese noturna pode ter diversas causas e, apesar de nem sempre ser preocupante, em alguns casos
Homem na cama com as mãos na cara

Suar muito durante a noite não tem de ser sinónimo de doença. O aumento da temperatura corporal que está na sua origem pode ser causada por diversos fatores, como a prática de exercício físico, a temperatura ambiente, o consumo de alguns alimentos, como a pimenta, gengibre, álcool e cafeína – conhecidos por serem termogénicos -  ou ainda pela utilização de determinados medicamentos. Sabe-se, por exemplo, que alguns antipiréticos, anti-hipertensivos e antipsicóticos promovem o aumento da temperatura corporal.

Por outro lado, as oscilações hormonais que ocorrem em períodos pré-menstruais, ou durante a menopausa, são capazes de aumentar a temperatura basal do corpo e provocar episódios de sudorese. Uma condição benigna que tende a passar com o tempo e que atinge também o sexo masculino. De acordo com vários estudos, cerca de 20% dos homens com mais de 50 anos podem sofrer de suores noturnos, um sintoma associado à andropausa, como consequência da queda dos níveis de testosterona.

No entanto, caso este sintoma seja intenso e não apresente uma causa aparente deve procurar conselho médico, uma vez que a sudorese pode sintoma de um problema de saúde mais ou menos grave.

É  o caso de algumas infeções, agudas ou de evolução crónica, como a Tuberculose, a Histoplasmose, Endocardite, VIH ou Absesso Pulmonar que, para além de sudorese noturna, apresenta outros sintomas associados como a febre, a perda de peso, fraqueza ou a presença de gânglios inchados.

Por outro lado, os picos de hipoglicemia que atingem os doentes diabéticos podem estar na origem dos suores noturnos.

A apneia do sono pode ser outra das causas de sudorese noturna. Este distúrbio do sono, em que a pessoa para de respirar, por alguns segundos, diversas vezes durante a noite, é potencialmente grave e muitas vezes subdiagnosticado. A queda de oxigenação do sangue decorrente leva a ativação do sistema nervoso e pode provocar suores noturnos.

Por outro lado, algumas doenças neurológicas podem também estar na origem deste problema. Alguns distúrbios do sistema nervoso autónomo, responsável pelo controlo de funções que não dependem da nossa vontade, como é o caso da respiração, pressão arterial, respiração ou temperatura do corpo, podem provocar sintomas como sudorese, queda súbita de pressão ou palpitações, por exemplo.

Doenças como Parkinson, Esclerose Múltipla, Alzheimer, tumores cerebrais ou outras doenças genéticas, cardiovasculares ou endócrinas estão intimamente ligadas a estas alterações do sistema nervoso autónomo.

Também alguns tipos de cancro podem apresentar como sintoma frequente o suor noturno. É o caso do linfoma e leucemia. Perda de peso, gânglios aumentados e baixa imunidade são alguns dos sintomas associados.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Porto
Joana Barroso, aluna do doutoramento em Neurociências da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e investigadora...

Atribuída pela Fundação Grünenthal, a bolsa permitirá dar continuidade a um trabalho que visa, através de ressonâncias magnéticas, estudar os circuitos cerebrais de doentes com dor crónica e a forma como estes se relacionam com a dor.

“A dor crónica é uma condição que, em Portugal, afeta cerca de 30% da população. É comum que mesmo depois de uma intervenção, que à partida resolveria a patologia, o doente continue a sentir dor. Atualmente acreditamos que o cérebro não só se adapta à dor crónica como também são as suas características individuais que influenciam o desenvolvimento da mesma” explica, em comunicado, Joana Barroso.

“Queremos explorar de que forma esta condição está ligada ao cérebro para, assim, melhorar não só o diagnóstico, mas também o tratamento de problemas de dor crónica”, acrescenta a investigadora que está a trabalhar com pacientes que sofrem de dor associada a artrose do joelho.

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