Ordem dos Enfermeiros
Num documento enviado ao ministro da Saúde, a Ordem dos Enfermeiros manifesta preocupação com a falta de enfermeiros no...

A Ordem dos Enfermeiros alertou, no final do mês passado, o Ministério da Saúde para casos de suicídio entre enfermeiros, afirmando que, só este ano, quatro profissionais já puseram termo à própria vida. O alerta surge num documento enviado, em junho, pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, a que o Observador teve acesso.

O documento transmite ao ministro várias preocupações dos profissionais de saúde do serviço de doenças infecciosas do Centro Hospitalar de São João, onde se verifica uma “situação de falta de enfermeiros”. Segundo se lê no ofício, assinado por Ana Rita Cavaco, a carência de profissionais naquela unidade já tinha sido comunicada ao ministério “em novembro do ano passado”, mas, seis meses depois, “nada aconteceu”.

“Neste serviço, como se verifica pela exposição em anexo, a situação agravou-se com rácios de enfermeiro/doente assustadores e incapazes de proteger a vida das pessoas”, escreve a bastonária. O documento anexado, a que a bastonária se refere, indica que, naquela unidade de saúde, chegou a haver 10 doentes por cada enfermeiro e que os profissionais chegaram “a um limite físico e psicológico”.

Ana Rita Cavaco lembra, no mesmo documento, que o São João “é o hospital onde este mês, noutro serviço com grave carência de enfermeiros, pôs termo à vida mais um enfermeiro”. “Em vários hospitais do país, é já o quarto enfermeiro desde o início do ano”, acrescenta a bastonária, dizendo perder “a fé num sistema que não está a conseguir proteger a vida de todos nós”.

Contactada pelo Observador, a Ordem dos Enfermeiros escusou-se a comentar o teor do documento enviado ao Ministério da Saúde ou a estabelecer uma ligação direta entre os casos de suicídio reportados à bastonária e as condições de trabalho dos enfermeiros nos hospitais portugueses.

Os sindicatos, por seu turno, mostraram-se divididos quanto ao assunto. José Azevedo, presidente do Sindicato dos Enfermeiros (SE), disse ao Observador que tem conhecimento direto de pelo menos três casos de suicídio e conhecimento indireto de um quarto caso, mais recente, na zona norte do país, e garantiu que não tem dúvidas de que os casos estão relacionados com as condições de trabalho dos enfermeiros.

“Não tenho dúvidas. Eram pessoas que iam acusando um grande desgaste por causa do excesso de trabalho e da falta de condições”, afirmou José Azevedo. Para o líder sindical, os enfermeiros “ou endurecem ou acabam por também se ir abaixo”. “Tudo isto está relacionado com a falta de condições”, assegurou, sublinhando que as reivindicações dos enfermeiros “não são meras reivindicações sindicais, têm a ver com a qualidade do trabalho”.

Já o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) mostrou-se mais cauteloso na avaliação destes casos. Confirmando que o sindicato recebe “informações relacionadas com suicídios”, a dirigente sindical Guadalupe Simões destacou que não tem “informação compilada” sobre o assunto e preferiu “não relacionar o suicídio com as condições de trabalho”.

“É óbvio que as condições de trabalho se têm vindo a degenerar, que os enfermeiros são poucos e não chegam, que têm períodos de descanso curtos ou muitas vezes não os têm. Este é um fator que, associado a outros fatores pessoais, pode conduzir a uma situação que pode terminar em suicídio. Mas não será só pelas experiências que as pessoas vivenciam no local de trabalho”, disse a responsável sindical.

Contactada pelo Observador, fonte oficial do Ministério da Saúde recusou comentar o assunto.

Um estudo de 2016, levado a cabo pela Universidade do Minho em colaboração com a Ordem dos Enfermeiros, concluiu que um em cada cinco enfermeiros portugueses (17,8%) apresentavam sintomas de burnout — exaustão física e emocional.

Europol alerta para riscos para a saúde
Um valor recorde de 360 toneladas de pesticidas contrafeitos foram apreendidos na Europa em resultado da "Silver Axe III...

Segundo foi divulgado, a operação durou 20 dias e incidiu nos maiores portos, aeroportos e fronteiras, bem como nos locais de produção e armazenamento de 27 países, incluindo Portugal, Bulgária, Croácia, Espanha, França, Finlândia, Reino Unido, Ucrânia, Holanda, Itália, Grécia, Hungria, Irlanda e Lituânia.

Os pesticidas são um dos produtos mais fiscalizados no mundo moderno e o seu comércio e utilização na União Europeia só é permitido mediante padrões de segurança e controlo das autoridades, escreve o Sapo.

A operação "Silver Axe" foca-se na venda e importação de pesticidas contrafeitos, nomeadamente falsificação de marca e violação dos direitos de propriedade e comércio. A iniciativa visou ainda combater o comércio ilegal de pesticidas contrafeitos.

Riscos para a saúde pública
Durante a ação, os especialistas da Europol analisaram e trocaram informações com os países participantes e com as 43 empresas privadas envolvidas na produção e comércio de pesticidas, enquanto a Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) forneceu à Europol informação vinda de diversos países sobre 180 fretes marítimos suspeitos de transportar pesticidas contrafeitos.

A Europol considera que a cooperação entre a indústria privada e os vários organismos internacionais, incluindo os ligados à agricultura, foi crucial para o sucesso desta ação policial.

Wil Van Genert, diretor executivo da Europol, salientou a importância desta operação e a quantidade recorde de pesticidas contrafeitos que foram apreendidos na terceira operação do género, sublinhando que a comercialização ilegal daqueles produtos colocaria em risco o mercado e a população europeia.

"A complexidade e a escala desta fraude exige cooperação policial transnacional e a colaboração de múltiplas agências e empresas do setor privado", disse.

Segundo o diretor de relações públicas da Associação Europeia para a Proteção das Colheitas, Graeme Taylor, dados recentes indicam que os pesticidas ilegais na UE podem chegar até 14% do mercado, alertando para os riscos ambientais e de saúde pública.

Em tempo de férias
Uma campanha contra a mutilação genital feminina regressou, em época de férias, aos aeroportos portugueses, por onde passam...

Desde 2016 que a campanha "Direito a viver sem mutilação genital feminina" é afixada nos períodos de férias nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro.

Cartazes e panfletos são os meios para alertar os cidadãos de países como a Guiné-Bissau, onde esta forma de violência persiste por razões de tradição, escreve o Sapo.

A mutilação tira às mulheres "o seu direito à integridade física e psicológica", refere-se numa nota da secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade.

Quase 240 casos de mutilação genital feminina foram detetados em Portugal entre 2014 e 2017, avançou a secretária de Estado da Igualdade, defendendo que estes “números dramáticos” têm de ser combatidos intensificando a luta contra esta prática.

A mutilação genital feminina, que causa lesões físicas e psíquicas permanentes, é mantida em cerca de 30 países africanos, entre os quais a lusófona Guiné-Bissau, onde se estima que 50 por cento das mulheres sejam afetadas.

 

Estudo
Os humanos atuais são resultado de grupos distintos, que viveram em várias regiões de África e em habitats variados, desde...

O trabalho, liderado por Eleanor Scerri, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e que teve a colaboração do investigador do Instituto Gulbenkian de Ciência Lounes Chikhi, defende, ao contrário das teses prevalecentes, que "milénios de separação deram origem a uma desconcertante diversidade de formas, uma mistura" de antepassados que acabou por moldar a espécie humana.

"A evolução das populações humanas em África foi multi-regional. Os nossos antepassados foram multi-étnicos. E a evolução do nosso material cultural foi multi-cultural", afirma Eleanor Scerri no estudo.

Os investigadores salientam que os humanos atuais não derivam de uma só população de antepassados, com origem numa só região de África, como é aceite e referido com frequência em várias áreas do conhecimento, escreve o Sapo.

Olhar para África para compreender a evolução humana
O trabalho, divulgado na publicação da Cell 'Trends in Ecology and Evolution', vem desafiar a visão estabelecida com base no estudo de ossos, artefactos de pedra e análises genéticas, a que se juntaram reconstituições mais detalhadas do clima e habitats de África, nos últimos 300 mil anos.

Os cientistas resumem as suas conclusões numa expressão: "uma espécie, várias origens" e defendem que é necessário "olhar para todas as regiões de África para compreender a evolução humana".

Eleanor Scerri aponta que utensílios de pedra e outros artefactos foram encontrados em vários locais e são de diferentes tempos. "Há uma tendência continental para uma cultura material mais sofisticada [mas], esta 'modernização' claramente não tem origem numa região ou não ocorre num período de tempo", afirma.

Quanto aos fósseis humanos, "quando olhamos para a morfologia dos ossos humanos nos últimos 300 mil anos, vemos uma complexa mistura de características arcaicas e modernas em diferentes locais e em diferentes tempos", explica Chris Stringer, investigador no London Natural History Museum, que também participou no estudo.

Na análise genética, "é difícil conciliar os padrões genéticos que vemos nos africanos vivos e o DNA extraído dos ossos dos africanos que viveram nos últimos 10 mil anos com a existência de uma população humana ancestral", explica ainda Mark Thomas, especialista nesta área e investigador na Universidade College London.

O estudo agora divulgado não põe em causa a teoria geralmente aceite de que após surgir como espécie distinta, o 'Homo sapiens' coexistiu durante bastante tempo com outras espécies de humanos, como o 'Homo floresiensis', o 'Homo neanderthalensis' ou o 'Homo naledi', que foram desaparecendo face à expansão da espécie humana atual.

Presidente do Politécnico
A construção de uma nova escola de Saúde é uma das ambições do presidente do Instituto Politécnico de Bragança, Orlando...

“Crescer” continua a ser a aposta do novo presidente do instituto com cerca de sete mil alunos, dois mil dos quais estrangeiros de 70 nacionalidades, espalhados pelos cursos das cinco escolas superiores do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em Bragança e Mirandela.

Uma dessas escolas é a de Saúde, que Orlando Rodrigues tem a ambição de “ampliar o campus”, deixando as atuais instalações para criar um projeto de raiz, na mesma zona, junto ao principal hospital da região, o de Bragança.

“É um projeto que tem de ser trabalhado, amadurecido. Há muitas parcerias que têm que ser feitas, muitos problemas que têm de se resolver, mas gostaríamos, na área da Saúde, de ter um polo importante na nossa região”, afirmou, na cerimónia da tomada de posse.

O novo presidente do politécnico não se compromete com prazos, “porque depende de financiamentos” que a instituição não controla, mas avança que a ideia é “fazer alguma parceria com a Unidade Local de Saúde (ULS do Nordeste) deixar as atuais instalações para outras utilizações e criar um edifício novo de raiz".

O propósito é “que possa desenvolver não só as atividades letivas e de investigação, mas também outras em parceria com as instituições de saúde da região”.

Em matéria de infraestruturas, faz parte também dos planos de Orlando Rodrigues construir um pavilhão coberto para o departamento de artes e desporto da Escola Superior de Educação para oferecer melhores condições, nomeadamente no trabalho feito com a comunidade na promoção de hábitos de vida saudável, da atividade física, sobretudo dos mais idosos.

Orlando Rodrigues sucede a Sobrinho Teixeira, de quem foi vice-presidente durante 12 anos. Foi também diretor da Escola Superior Agrária e é docente do Politécnico de Bragança desde 1986. Vai ter como vice-presidentes Luís Pais e Albano Alves.

A internacionalização continua a ser uma das apostas da nova direção do instituto “que tem mais estudantes internacionais, embora a concorrência das outras instituições esteja a aumentar”, como vincou o presidente.

Trabalhar diretamente com as empresas e para a região continua a fazer parte da estratégia, dando resposta às necessidades da realidade local e procurando combater a baixa taxa de empregabilidade dos diplomados, como apontou o presidente.

 

Administração
O Centro Hospitalar de Lisboa Central garante que o recurso à radiologia à distância no período noturno no hospital de São José...

“Esta opção não é estratégica para o Centro Hospitalar nem definitiva. Nesta especialidade não temos número de pessoas suficientes para aguentar a urgência”, afirmou a presidente da administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), que integra o São José, onde vários chefes de equipa se demitiram por falta de condições na urgência.

Em entrevista, Ana Escoval afirma que esta não é a situação ideal para a administração e garante que assim que tiver condições vai reverter a decisão.

No mês passado, o hospital de São José deixou de ter radiologista no local no período entre as 00:00 e as 08:00, sendo os exames necessários feitos com recurso a uma empresa, por telerradiologia, como acontece já em outros hospitais.

“Isto não são decisões de gestão levianas nem leves. Só avançamos para essas situações porque não temos alternativas. A partir do momento que consiga o mínimo de possibilidade de reverter a situação, reverto-a de imediato”, declarou Ana Escoval.

A presidente da administração do CHLC adiantou ter tentado encontrar outra solução junto dos profissionais, mas indicou que tem muitos especialistas a trabalhar em tempo parcial ou que já não realizam urgência devido à idade.

Ana Escoval adiantou ainda que durante a madrugada “há muito menos” casos que necessitam de radiologia, que as imagens feitas pela empresa à distância ficam logo disponíveis para os profissionais e que o relatório médico chega de forma célere.

Além disso, garante que a responsável da radiologia tem estado a fazer um controlo de qualidade dos relatórios feitos pela empresa de telerradiologia contratada, acrescentando que não foi encontrado nenhum erro.

A falta de radiologistas em presença física no período de madrugada foi criticada na carta entregue pelos chefes de equipa do São José que apresentaram a demissão: “Considerando a importância da imagiologia nos cuidados prestados a situações complexas e como forma diagnóstica e por vezes terapêutica, é impensável a utilização de cuidados imagiológicos por telemedicina num hospital de última linha, como este”.

A presidente da Administração negou ainda que haja internos a realizar urgência sozinhos, sem especialistas, no hospital de São José, situação também referido na carta dos chefes de equipa demissionários.

Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
Dados do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce, conhecido como “teste do pezinho”, indicam um total de 41.786 nascimentos no...

Coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, este programa cobre a quase totalidade de nascimentos.

Entre janeiro e junho, foram feitos 41.786 “testes do pezinho”, tendo sido no primeiro mês do ano que se registou o valor mais alto: 7.789 testes.

O valor referente aos primeiros seis meses deste ano representa um ligeiro crescimento face ao mesmo período de 2017, tendo sido feitos mais 97 “testes do pezinho”, ou seja, mais 0,2%.

Já em relação a 2016, o número deste ano representa uma queda de 2,2% no número de nascimentos, já que no primeiro semestre daquele ano foram feitos 42.758 “testes do pezinho”.

Os dados referentes a este ano mostram que o maior número de nascimentos aconteceu nos distritos de Lisboa e do Porto, com a capital a registar 12.501 testes e o Porto 7.462.

Na ponta oposta ficaram os distritos de Bragança e Portalegre, onde os números de nascimentos foram os menores do país: 279 e 332, respetivamente.

O “teste do pezinho” é realizado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.

Estudo
A digitalização de processos nas empresas é hoje uma realidade e o destino claro no futuro dos negócios. Ao longo dos últimos...

O objetivo passou por perceber como as empresas atuam dentro de cada um dos seus setores de atividade, desvendar como investem e identificar os impulsionadores internos da transformação digital. O estudo deixa perceber que há empresas e setores que aderem à transformação digital do negócio de forma proativa, outras estão num grau de maturidade estável e, por fim, há ainda as menos recetivas em aplicar estratégias digitais.

Endereçado a diretores e administradores com poder de decisão, pretendeu analisar o papel e a postura destes líderes e avaliou a visão do digital como parte integrante do negócio. A análise incidiu, ainda, sobre o nível de desenvolvimento tecnológico e de implementação das ferramentas mais relevantes no cenário atual, como o uso de cloud services, a análise de dados com recurso a software, as redes sociais como negócio ou a utilização de criptomoedas.

Após um primeiro contacto direto por e-mail, SMS ou através das redes sociais dos decisores das empresas inquiridas, as respostas foram obtidas através de um chatbot (conversação virtual) e os resultados individuais foram cedidos às entidades imediatamente após a participação. A escolha desta abordagem em detrimento do tradicional questionário online traduziu-se numa maior adesão dos decisores.

Na componente cultural, o coeficiente do setor da Saúde e Farmácia fixou-se nos 4,21 pontos num máximo de 5 (media geral de 3,52), a melhor pontuação entre os 11 setores de atividade. O coeficiente tecnológico foi de 3,19 ponto (média geral de 3,11). O setor obteve, assim, um coeficiente global de 3,70 pontos (média geral de 3,48 pontos) – o terceiro melhor.

Para além da Saúde e Farmácia, o estudo estendeu-se ainda aos setores da Educação, Automóveis e Transportes, Distribuição, Tecnologia, Indústria, Retalho, Banca, Financeiras e Seguros, Telecomunicações e Media, Construção e do setor público.

Os setores da Educação e da Tecnologia e o setor público apresentam-se, também, entre os mais bem preparados para uma transformação digital. No lado oposto da balança, surgem os setores da Distribuição e da Construção, com os coeficientes cultural e técnico mais baixos.

Os resultados demonstram que as organizações nacionais estão a orientar-se cada vez mais para uma cultura de desenvolvimento das ferramentas tecnológicas e que já se verifica, em muitos casos, a implementação efetiva.

Quase 50% dos inquiridos garantem que há um claro compromisso dos administradores e CEO em desenvolver uma estratégia de transformação digital e que são estes os impulsionadores da cultura digital nas empresas e sobre os quais recai o poder de decisão sobre esta matéria (80% das respostas).

O setor da Saúde e Farmácia é o melhor classificado relativamente ao compromisso com a melhoria contínua da estratégia de transformação digital, com uma pontuação final de 4,66 pontos.

Ainda assim, mais de 40% dos empresários de todos os setores não entende que a visão digital seja totalmente compartilhada por todos os colaboradores.

Já no que respeita à operacionalização dos projetos digitais, é ao departamento de marketing que as empresas atribuem mais frequentemente esta função, ainda que mais de um quinto dos respondentes afirmem que o outsourcing continua a ser um recurso comum.

O estudo revela, ainda, que a preocupação com a experiência do utilizador está presente no mindset das empresas nacionais, com 60% dos inquiridos a selecionar as respostas mais positivas relativamente a um cuidado particular com a otimização do website das suas empresas nas várias plataformas de visualização.

A visão dos executivos portugueses sobre a estratégia digital é, também, observável na forma como encaram novas ferramentas como as redes sociais – 60% das empresas inquiridas olham já para estas plataformas como uma parte integrante e ativa do seu negócio. Por outro lado, as criptomoedas são ainda olhadas com uma clara desconfiança, com mais de dois terços dos inquiridos a rejeitar a sua utilização.

As novas empresas e start-ups nascem, hoje, no ceio de uma digitalização quase inata do negócio. O estudo afere, contudo, que são as empresas com maior volume de faturação que mais apostam na digitalização, podendo indicar que a Transformação Digital está, para já, mais dependente do investimento financeiro do que da cultura digital incutida nas empresas.

O índice ou coeficiente global foi ponderado a partir dos coeficientes respetivos às duas componentes analisadas – cultural e técnica. Estes coeficientes inserem-se numa escala de cinco patamares que pretendem descrever a situação atual das empresas. O patamar inicial descreve uma empresa na fase embrionária de abordagem à transformação digital. Seguem-se os patamares de definição, ativo, de desenvolvimento e o patamar avançado, que inclui os coeficientes mais elevados e em que o seu valor máximo (5,00 pontos) reflete um negócio que assenta em pleno no digital.

O estudo e os resultados estão disponíveis na íntegra em https://impacting.digital/estudo-transformacao-digital.

 

Este verão
As praias de Vila Nova de Milfontes e de Zambujeira do Mar, em Odemira (Beja), no litoral alentejano, voltam a ser reforçadas...

Da responsabilidade da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA), o reforço, a partir de domingo e até ao final de agosto, pretende garantir os primeiros socorros aos milhares de veraneantes que todos os anos frequentam as duas zonas balneares.

“Será prestado apoio ao nível de injetáveis, pensos, pequenas feridas, picadas de peixe aranha ou de insetos e os casos mais urgentes serão direcionados para outras unidades”, explicou hoje à agência Lusa Horácio Feiteiro, diretor clínico dos Cuidados de Saúde Primários da ULSLA.

Os postos, assegurados pela Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), vão funcionar diariamente com um enfermeiro por turno, num total de quatro profissionais, que estarão disponíveis, entre as 11:00 e as 18:00, até 31 de agosto.

“O serviço de Vila Nova de Milfontes vai funcionar junto ao Farol, em instalações cedidas pela Polícia Marítima, e estará sinalizado com uma bandeira da Cruz Vermelha e o posto de Zambujeira do Mar ficará instalado, no centro da aldeia, na antiga extensão de saúde”, adiantou o responsável.

“Nos outros locais, ao longo da costa alentejana, não temos postos, porque não existem unidades móveis e as extensões de saúde do Carvalhal e de Melides, no concelho de Grândola (Setúbal), garantem a assistência aos veraneantes”, acrescentou.

No entanto, Horácio Feiteiro reconheceu haver necessidade de uma unidade móvel ou de postos de saúde em zonas onde a afluência de turistas aumenta nos meses de julho e agosto.

“Seria importante investir nalguma zona que nos disponibilize algum espaço físico ou, eventualmente, uma viatura para assegurar este tipo de apoio em praias como São Torpes (Sines), Comporta, Melides e Carvalhal (Grândola), que, sem unidade móvel, são áreas mais complicadas”, apontou o responsável.

De acordo com o diretor clínico, no ano passado, foram prestadas mais de mil assistências nos postos de saúde de Vila Nova de Milfontes e de Zambujeira do Mar, um número que tem vindo a aumentar, desde 2008, quando o reforço foi implementado.

“Este serviço já existe há dez anos e já está muito institucionalizado nestas duas zonas balneares, tanto que o ano passado o posto de Zambujeira do Mar prestou apoio a mais de 700 pessoas e o de Vila Nova de Milfontes assistiu mais de 400 veraneantes”, indicou.

“Pelo menos 50 por cento destas pessoas teria recorrido ao Serviço de Urgência Básica de Odemira e assim conseguimos aliviar esse serviço e garantir a assistência aos banhistas”, concluiu.

Prática permite o alívio dos sintomas em caso de doença crónica
Uma prática milenar que promove a saúde e o bem-estar, o yôga é responsável por inúmeros benefícios

“Quando se tem uma doença crónica há momentos muito negros, e o yôga deu-me as ferramentas para ultrapassar esses momentos, através da meditação, do controlo da respiração e do pensamento positivo”, começa por explicar Lara Venade que convive com duas doenças crónicas: Crohn e Fibromialgia.

“Fui diagnosticada aos 15 anos com Crohn e aos 35 com Fibromialgia…”, conta assegurando que teve de lidar, desde cedo, com algumas limitações. Ou não fossem estas duas patologias que condicionam (e muito!) o dia-a-dia dos doentes. “Por muito que tente contorná-las, tive que me adaptar e mudar várias coisas em mim e no meu dia-a-dia”, afiança Lara que, desde sempre, pode contar com o apoio condicional da sua família. “A nível pessoal, felizmente, tenho o apoio da minha família a 200%, o meu marido está sempre ao meu lado e adaptou a vida dele à minha”, revela acrescentando que foi a nível social que teve de fazer as principais alterações.

“Os sintomas da fibromialgia impedem-me, muitas vezes, de sair com os amigos ou obrigam-me a voltar mais cedo para casa. Tive que aprender a aceitar isso e perceber que, por mais que queira estar com os outros, o meu bem-estar físico é mais importante”, admite.

O primeiro contato com o yôga chega depois deste último diagnóstico, por recomendação da reumatologista que a aconselhou a prática de atividade física. “A nível físico ajuda os meus músculos a não ficarem tão tensos e as articulações menos rígidas. Permite-me relaxar o corpo e, claro, a mente melhorando a minha concentração, assim como aliviar as dores e ansiedade que me causam”, explica quanto aos principais benefícios desta prática.

A verdade é que além da dor generalizada, a Fibriomialgia é responsável ainda por outros sintomas como fadiga, distúrbios do sono, desconforto gastrointestinal, ansiedade e depressão.

De acordo com os especialistas, exercícios físicos mais tranquilos, como os que se praticam no yôga, podem ser fundamentais para aliviar os sintomas da doença, uma vez permitem conectar o corpo e a mente em uma única atividade, melhorando a condição física, ativando a circulação da energia e atuando diretamente sobre o equilíbrio mental.

Ao trabalhar diariamente posturas, respirações, meditações e o relaxamento profundo, o doente com fibromialgia experiencia um enorme bem-estar, aumentando gradualmente a sua qualidade de vida. Algo que Lara também pôde comprovar.

“Quando iniciei a prática, uma das primeiras coisas que aprendi foi que o yôga, quando praticado com regularidade, vai entrando na nossa vida de uma forma muito subtil. No espaço de seis meses vi que estava a transformar a minha vida. Além da prática física, existe a meditação e muitos valores positivos que se vão tornando parte de nós”, revela acrescentando que é a isto que os praticantes chamam de “yôga fora do tapete”.

Com a prática, para além do alívio dos sintomas próprios da doença, Lara aprendeu a relativizar muito do que acontecia na sua vida. E hoje, garante, consegue viver o presente, aproveitando cada instante.

“O yôga veio ajudar-me a aceitar a doença, a combatê-la, a viver a vida sem pressas. Hoje sei aproveitar cada detalhe, cada pormenor. Seja ele um cheiro, um sabor, uma música ou o silêncio”, revela admitindo que esta prática lhe trouxe a maior bênção de todas: a gratidão. Lara é grata por tudo o que vive e, mesmo com o diagnóstico de duas doenças condicionantes, é feliz.

“O yôga é uma prática excelente para a nossa saúde física e mental. Mas também para o nosso espírito, alma, energia, existência, essência, ser, o que lhe queiram chamar. Todas as designações são válidas porque a finalidade é a positividade e a promoção de uma vida saudável”, afirma.

«Não adianta ter pressa. O yôga também nos ensina isso»

Inês Peres esteve durante mais de um ano sem conseguir mover o pescoço, na sequência de um acidente de automóvel que lhe provocou várias lesões ao nível da coluna. “Foi um período muito difícil… Para além da falta de mobilidade, tinha dores terríveis nas costas, nas ancas e dores de cabeça insuportáveis”, recorda a jovem de 33 anos.

Como parte do tratamento, Inês fez fisioterapia, massagens terapêuticas que, apesar de conseguirem aliviar a pressão na sua coluna não resolveram o problema das cefaleias.

“Eu não conseguia dormir. Não havia comprimido que tomasse que me ajudasse a suportar aquelas dores…”revela.

Por indicação do especialista em medicina de reabilitação, iniciou-se na prática do yôga. “Desconfiada, é verdade”, decidiu que não tinha nada a perder.

“Vamos ouvindo falar, aqui e ali, dos benefícios do yôga, mas a verdade é que só depois de experimentar e sentir o que esta prática pode fazer por nós, é que acreditamos!”, afirma Inês que sempre fora muito cética quanto ao que lhe parecia ser um conceito alternativo.

“Eu sempre pratiquei desporto e via o yôga quase como uma prática alternativa, sem que entendesse muito bem para o que servia. Confesso que, antes, eu não entendia como o yôga poderia ter assim tantos benefícios para o nosso corpo físico e mental”, comenta.

Hoje está completamente rendida às evidências. “Não só, foi possível recuperar os movimentos com yôga, como as dores de cabeça desapareceram. Foi preciso tempo, mas aprendi que não adianta tem pressa. Nada na nossa vida se resolve à pressa. O yôga também nos ensina isso”, afirma deixando entender que hoje existe uma nova Inês. Uma Inês que se reinventou com a prática do yôga.

“Já lá vão quase quatro anos, e posso dizer que o yôga mudou mesmo a minha vida”, garante reforçando o poder transformador desta prática milenar. “Não é só uma transformação física. É verdade, sim, que o yôga pode auxiliar no tratamento de várias doenças, mas também tem a extraordinária capacidade mudar a formar como pensamos. Hoje, sem dúvida, existe uma Inês mais calma, que saber apreciar a vida tal como ela é”.

Entre muitos outros benefícios, o Yôga previne dores nas articulações, melhora a circulação sanguínea, aumenta a imunidade, atua sobre a pressão arterial, melhora a qualidade do sono e contribui para a prevenção da depressão e controlo da ansiedade.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Glifosato
Terá a empresa de químicos Monsanto ocultado deliberadamente os riscos do herbicida glifosato? Essa é uma das perguntas para a...

A denúncia de Dewayne Johnson, de 46 anos, que usou o pesticida Roundup durante dois anos, é a primeira relacionada com este produto e com os seus possíveis efeitos cancerígenos a chegar a tribunal.

O processo teve início em meados de junho com a designação de um juiz, mas os debates aprofundados começaram na segunda-feira, depois de uma série de audiências técnicas. O julgamento está previsto terminar dentro de três semanas em São Francisco, na Califórnia, escreve o Sapo.

Vendido há mais de 40 anos, o Roundup, um dos pesticidas mais usados no mundo, contém glifosato, uma substância muito controversa que é alvo de estudos científicos contraditórios sobre o seu caráter cancerígeno.

Monsanto nega ligação
A Monsanto, que pode ser obrigada a pagar milhões de dólares em indemnizações, nega há anos a existência comprovada de qualquer ligação entre casos de cancro e glifosato.

Dewayne Johnson "luta pela vida" desde que foi diagnosticado com linfoma não-Hodgkin incurável há dois anos, afirma um dos seus advogados, David Dickens, do escritório Miller, especializado na defesa de vítimas de produtos com defeitos. 

"Não foi um azar", não se deve a um problema "genético", "foi pela exposição contínua ao Roundup e ao Ranger Pro" (produto similar da Monsanto), que ele pulverizou entre 2012 e 2014 nos terrenos escolares da cidade de Benicia, na Califórnia. "Isto poderia ter sido evitado", afirma o advogado, acusando a Monsanto - que acaba de ser adquirida pela farmacêutica alemã Bayer - de deliberadamente ocultar do público os riscos dos seus produtos.

Os advogados de Johnson ainda não estabeleceram - pelo menos de forma pública - o valor que pretendem reivindicar, mas falam de uma "ação de vários milhões de dólares".

No entanto, o processo não será fácil para Johnson. Os seus advogados terão que provar uma ligação entre a sua doença e o glifosato. A pergunta é: "Terá a exposição de Johnson ao glifosato causado o tumor?". "Não", responde Sandra Edwards, do escritório Farrella, Braun e Martel, uma das advogadas da Monsanto.

Há "estudos que acompanharam durante anos as pessoas que usaram estes produtos" sem concluir que estas substâncias são cancerígenas, defende a jurista.

"Legalmente, é extremamente difícil responsabilizar uma empresa por casos específicos de cancro ou outras doenças relacionadas com pesticidas", diz Linda Wells, da ONG Pesticide Action Network North America. Mas "se o senhor Johnson vencer este caso, será um grande golpe para toda a indústria de pesticidas", acrescenta.

Glifosato na lista de substâncias cancerígenas
Contrariando a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), as autoridades de saúde da Califórnia colocaram o glifosato na lista de susbtâncias cancerígenas. O glifosato também está classificado como "provavelmente cancerígeno" desde 2015 pelo Centro Internacional de Investigação do Cancro, organismo da Organização Mundial da Saúde (OMS). O mesmo não aconrece nas agências europeias Efsa (segurança alimentar) e a Echa (produtos químicos).

O glifosato é particularmente polémico na Europa. Após a decisão da União Europeia, em novembro, de renovar a licença do pesticida por mais cinco anos, o governo francês comprometeu-se a deixar de usar esta substância em locais públicos.

 

Electroporação Irreversível
A técnica da Electroporação Irreversível é um tratamento focal guiado por tecnologia de fusão de imagens de ressonância...

O urologista José Sanches de Magalhães, especialista em urologia oncológica e fundador do Instituto de Terapia Focal da Próstata, no Porto, é dos únicos médicos em Portugal a realizar o tratamento do cancro da próstata com recurso à técnica da Eletroporação Irreversível.

Trata-se de uma técnica inovadora para tratamentos oncológicos, escreve o Sapo, já utilizada a nível internacional com sucesso também nas patologias oncológicas do fígado e dos rins, por exemplo.

"É uma técnica que não danifica os tecidos e estruturas adjacentes às lesões, porque em vez de usar calor ou frio extremos, utiliza impulsos elétricos para destruir as células cancerígenas. Para além disso, como não tem incisões, possui um tempo de recuperação mínimo, com menos dor no pós-operatório", explica Sanches de Magalhães.

"O facto de ser um tratamento focal, guiado por tecnologia de fusão RMN/ecografia permite tratar apenas a zona com doença clinicamente significativa, preservando o resto da glândula, minimizando o aparecimento de efeitos secundários associados aos tratamentos radicais, como incontinência e impotência", acrescenta o especialista.

Técnica minimamente invasiva
O tratamento através do sistema de Eletroporação Irreversível é minimamente invasivo, sendo realizado pelo médico em bloco operatório, sob anestesia geral, com apoio de imagens ecográficas e de ressonância magnética sobrepostas – o que oferece maior acuidade e é um fator diferenciador relativamente a outros tipos de procedimento realizados no nosso país.

O doente tem alta no dia seguinte ao tratamento.

Como funciona?
Identificada a localização exata das lesões através da imagiologia de fusão, são posicionados dois ou mais elétrodos em torno da lesão, sendo criado um campo elétrico entre eles. Uma série de impulsos de alta intensidade, mas curta duração (micro-segundos), induzem a morte das células cancerígenas. Ao contrário da crioablação ou do HIFU, que utilizam um tratamento térmico para destruir o tecido tumoral, a Eletroporação Irreversível trata a lesão cancerígena sem expor os tecidos a calor ou frio extremos, reduzindo substancialmente a inflamação decorrente do tratamento.

Uma das principais vantagens apresentadas pelo tratamento é que esta induz apenas morte celular, preservando todos os constituintes da matriz extracelular, tais como a elastina, colagénio, etc, ao contrário do que acontece com todas as técnicas que utilizam tecnologias térmicas.

Durante o tratamento, a única ação do sistema é abrir orifícios na membrana das células, causando danos irreversíveis que naturalmente induzem a morte destas. Os detritos celulares remanescentes vão ser limpos pelas células especializadas do organismo: os macrófagos.

Uma vez que a matriz extracelular permanece intacta, funcionando como “andaime”, a regeneração ocorre com um retorno a tecido normal, minimizando o aparecimento de cicatriz.

Durante o tratamento as proteínas tumorais intactas ficam expostas ao sistema imunitário, o que vai aumentar a capacidade do organismo de reagir e lutar contra a doença. Nos outros tratamentos, o calor, gelo ou radiação destroem as proteínas, não havendo resposta imunitária eficiente (em estudo).

ESEnfC
Seis projetos foram apresentados na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, no âmbito da 15ª edição do concurso de ideias e...

Um mecanismo inovador que permite reduzir o estigma associado à presença do saco coletor de urina, bem como possíveis complicações decorrentes do uso de sonda vesical, venceu a fase regional do 15º Concurso Poliempreende na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), realizada ontem, dia 10 de julho.

Catarina Isabel Bogalho e Rosa Cândida Melo, respetivamente finalista da licenciatura em Enfermagem e professora da ESEnfC, estiveram na apresentação deste projeto na área da saúde, de que são promotoras e que contou, ainda, com a colaboração das estudantes Joana Correia, Ana Penarroias, Isa Correia e Bruna Lopes.

Em setembro, o projeto da ESEnfC vai concorrer com os principais projetos de vocação empresarial de cada um dos institutos politécnicos do país, que se vão defrontar na final do Poliempreende (etapa nacional), a decorrer em Portalegre.

Seis projetos de ideias de negócio, envolvendo cerca de duas dezenas de estudantes e docentes da ESEnfC, foram apreciados por um júri constituído por Fernando Dias Henriques (vice-presidente da ESEnfC), Joaquim Macedo de Sousa (diretor executivo da HIESE - Habitat for Business Innovation in Strategic Sectors, projeto estruturante de empreendedorismo e inovação rural promovido pela Incubadora do Instituto Pedro Nunes em parceria com o município de Penela), Hugo Alexandre Raimundo (enfermeiro membro da Comissão de Qualidade e Segurança do Doente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra) e Nuno Barbosa (diretor de Marketing e Vendas da Vygon Portugal, multinacional de material médico-cirúrgico).

Em 2018, os três prémios pecuniários atribuídos no âmbito da fase regional do 15º Poliempreende na ESEnfC são patrocinados pela instituição de ensino superior público e pela Vygon Portugal.

A 15ª edição do Poliempreende é também apoiada pelo PIN - PoliEntreprenuership Innovation Network, uma rede de promoção do empreendedorismo e iniciativas empresariais, cofinanciada pelo COMPETE 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional).

O Poliempreende é um concurso que engloba a os 15 institutos politécnicos do país, três escolas superiores não integradas (Enfermagem de Coimbra, Hotelaria e Turismo do Estoril e Escola Náutica Infante D. Henrique) e as escolas politécnicas das universidades de Aveiro e do Algarve.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Todas as regiões do continente, Madeira e Açores estão hoje em risco muito elevado e elevado de exposição à radiação...

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou em risco muito elevado os distritos de Portalegre, Guarda, Évora, Beja, Vila Real, Bragança, Braga, Viseu, Aveiro, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal e Faro no continente, o arquipélago da Madeira e as ilhas das Flores, Faial, Terceira e São Miguel nos Açores.

Com níveis elevados estão apenas os distritos do Porto e Viana do Castelo.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje nas regiões do Norte e Centro do continente céu muito nublado, apresentando-se muito nublado no litoral até final da manhã, nebulosidade que poderá persistir em alguns locais da faixa costeira, tornando-se gradualmente pouco nublado a partir do meio da tarde.

A previsão aponta também para condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros, que poderão ser ocasionalmente de granizo e acompanhados de trovoada, nas regiões do interior, em especial nas zonas montanhosas e durante a tarde.

Está também previsto vento em geral fraco do quadrante oeste, soprando moderado, de noroeste no litoral a partir da tarde e de nordeste nas terras altas até meio da manhã e no final do dia, neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais e pequena descida da temperatura máxima nas regiões do interior.

Na região Sul prevê-se céu pouco nublado ou limpo, apresentando-se geralmente muito nublado no litoral oeste e interior do Alentejo até final da manhã, nebulosidade que poderá persistir em alguns locais da faixa costeira ocidental.

O IPMA prevê ainda vento em geral fraco do quadrante oeste, soprando moderado a partir da tarde, de noroeste no litoral oeste e de sudoeste na costa sul do Algarve e neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 15 graus Celsius (em Beja e em Portalegre) e os 19 (em Lisboa) e as máximas entre os 24 graus (no Porto) e os 32 (em Castelo Branco, Évora e Beja).

Para a Madeira prevê-se céu muito nublado, apresentando-se em geral pouco nublado nas vertentes sul da ilha, vento moderado do quadrante norte, soprando por vezes forte nas terras altas e no extremo leste e descida de temperatura nas terras altas.

No Funchal as temperaturas vão oscilar entre os 20 e os 25 graus Celsius.

O IPMA prevê para os grupos ocidental (Flores e Corvo) e central (Graciosa, São Jorge, Terceira, Pico e Faial) céu muito nublado com boas abertas, aguaceiros fracos durante a madrugada e início da manhã e vento do quadrante norte bonançoso.

Para o grupo oriental (S. Miguel e Santa Maria) prevê períodos de céu muito nublado com boas abertas, possibilidade de aguaceiros fracos em S. Miguel a partir da noite e vento nordeste bonançoso a moderado rodando para norte.

Em Santa Cruz das Flores, na Horta e Angra do Heroísmo as temperaturas vão variar entre os 19 e os 25 graus Celsius e em Ponta Delgada entre os 18 e os 25.

 

Universidade Católica
A Câmara Municipal de Sintra disponibilizou-se ontem para assegurar todas as condições necessárias para que a Universidade...

A disponibilidade da autarquia de Sintra (distrito de Lisboa) foi transmitida ao final desta manhã pelo presidente do município, Basílio Horta (PS), a toda a vereação, durante a reunião do executivo, e à reitora da Universidade Católica Portuguesa, através de carta.

No final da reunião, Basílio Horta referiu que a Universidade Católica manifestou interesse em instalar a nova Faculdade de Medicina no “campus de Sintra”, na localidade de São Marcos, facto que a autarquia acolheu com “bastante entusiasmo”.

“É um projeto que acolhemos com bastante satisfação e entusiasmo. A Câmara estará ao lado da Católica para fazer tudo aquilo for necessário fazer, dentro daquilo que a lei permita, para que a instalação decorra da melhor maneira possível”, apontou.

Nesse sentido, o autarca adiantou que o município vai começar “a estabelecer já um sistema de transportes” para servir o local onde irá ficar instalada a Faculdade de Medicina e o Hospital da Luz, no município vizinho de Oeiras, onde os alunos daquele estabelecimento universitário irão fazer a sua formação.

A Faculdade de Medicina vai instalar-se nas antigas instalações da Faculdade de Engenharia, junto ao Tagus Park, desativadas em 2013, devido “a problemas de acessibilidade”.

O anúncio da autarquia de Sintra (distrito de Lisboa) surge pouco mais de ano depois de a Câmara Municipal de Cascais ter assinado um protocolo com a Universidade de Maastricht e Grupo Luz Saúde para acolher o mesmo projeto.

Contactada, fonte da Universidade Católica confirmou apenas a intenção de se mudar para Sintra, recusando-se a adiantar mais informações sobre o projeto e os motivos para ter desistido da intenção de se instalar em Cascais.

 

Administrador
O administrador do Centro Hospitalar Lisboa Norte considera que a falta de autonomia dos hospitais é responsável por cerca de...

Em entrevista, na sequência de um relatório do Tribunal de Contas que traça críticas ao Centro Hospitalar Lisboa Norte, Carlos Martins reconheceu que a perda de autonomia dos hospitais, e a centralização, é “responsável por um terço” da dívida acumulada.

“Nós não temos capacidade de decidir no momento. Não temos capacidade de negociação com os fornecedores e pagamos esse custo. Se nos dessem autonomia, por exemplo para contratos plurianuais na área da alimentação, conseguiríamos negociar melhor”, afirmou.

O responsável entende que a autonomia da gestão dos hospitais “permitiria tomar decisões em tempo útil”, mas entende que a esse passo deve ser agregada a responsabilização dos gestores.

“Os contratos de gestão deviam ser anuais e feita depois a avaliação no trimestre seguinte e quem não cumprisse os objetivos devia ser afastado”, declarou.

Mesmo para a contratação de pessoal, a falta de autonomia tem sido apontada como um entrave aos hospitais, uma vez que até os contratos de substituição de funcionários estão dependentes dos ministérios da Saúde e Finanças.

“As instituições têm de ter objetivos e contratos negociados e os gestores devem ser avaliados e, depois, removidos ou premiados em função da avaliação”, declarou.

Segundo o Tribunal de Contas, o Centro Hospitalar de São João, no Porto, consegue produzir mais cuidados de saúde, com menos tempos de espera e com custos operacionais inferiores do que o Centro Hospitalar de Lisboa Norte.

O Tribunal identificou ainda que a dívida do Lisboa Norte cresceu quase sete milhões por mês em 2017, considerando que se encontrava em falência técnica em 2015 e 2016.

Carlos Martins considera, porém, que as conclusões do tribunal são injustas e estão fora de contexto.

“O Centro Hospitalar de São João é uma unidade de referência para o país. Teve uma liderança de 10 anos, estável, com rumo e continuidade ano após anos e que começou quando havia autonomia e capacidade financeira nas instituições. Nós, em contraponto, tivemos três lideranças nos últimos 10 anos. Foi aberta uma parceria público privada na nossa área de influência e perdemos 41,3% da nossa população. Continuámos com 100% dos custos e perdemos 41,3% dos ‘clientes’”, justificou.

 

Projeto de lei
O Partido Ecologista os Verdes volta à discussão da proibição do cultivo de organismos geneticamente modificados e apresentam...

Os Verdes consideram que "é de insistir na discussão de um projeto de lei que há já alguns anos o Partido Ecologista os Verdes (PEV) traz à Assembleia da República, com o objetivo de se assumir a responsabilidade de impedir o cultivo de [Organismos Geneticamente Modificados] OGM em Portugal".

O projeto de lei entregue na Assembleia da República e ontem divulgado, pretende proibir o cultivo de OGM assim como a sua libertação deliberada no ambiente para qualquer fim.

A proibição proposta pelo PEV inclui a aquisição e a receção na exploração agrícola de sementes de variedades geneticamente modificadas, bem como as operações do processo de produção e armazenamento na exploração agrícola, e ainda a entrega, pelo agricultor, dos produtos vegetais produzidos nas instalações de comercialização ou transformação.

O diploma, assinado por Heloísa Apolónia e José Luís Ferreira, contempla uma exceção nas regras de proibição dirigida a ações controladas com fins de investigação científica ou medicinais.

No projeto de lei estão definidas coimas entre 10 mil e 300 mil euros, consoante o tipo de incumprimento e do incumpridor ser pessoas singular ou coletiva.

Para os ecologistas, a agricultura é um dos setores onde se pode promover a melhor compatibilização da atividade humana com a preservação ambiental, apostando, por exemplo, em práticas agrícolas menos intensivas, relocalizando a produção e aproximando-a dos consumidores, apoiando a agricultura familiar, incentivando a produção de alimentos mais saudáveis e com menos pesticidas ou "livrando o país de culturas transgénicas".

O PEV explica que as diferentes maiorias parlamentares assumiram sempre uma postura de "aceitação incondicional" da autorização europeia, referindo que não era possível proibir o que a União Europeia (UE) aceitara, argumento que este partido nunca aceitou, defendendo que Portugal devia seguir a opção tomada por países como Alemanha, Áustria, França ou Polónia.

Critica ainda a UE por não ter sido "respeitadora da vontade dos cidadãos quando determinou que a informação ao consumidor em geral, e as normas de rotulagem em particular, não teriam que se suportar num esclarecimento cabal sobre a presença de transgénicos nos alimentos" e preferiu "deixar a porta aberta à salvaguarda dos interesses das multinacionais do setor agroalimentar".

Os riscos que os transgénicos podem representar para a saúde e para o ambiente, "designadamente ao nível da perda de biodiversidade e de contaminações acidentais ou deliberadas, justificam a sua rejeição pela população" e mais de 70% dos cidadãos recusam consumir alimentos transgénicos e cerca de 95% não admitem prescindir do direito de poderem rejeitar este tipo de alimentos, acrescentam os Verdes.

Administração
O administrador do Centro Hospitalar Lisboa Norte considera injustas e fora de contexto a esmagadora maioria das conclusões do...

“Não posso deixar de referir que, em relação às conclusões finais do Tribunal de Contas (TdC), as considero injustas, sobretudo porque estão fora do contexto na sua esmagadora maioria”, afirmou Carlos Martins, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), que integra os hospitais Santa Maria e Pulido Valente.

Segundo o Tribunal de Contas, o Centro Hospitalar de São João, no Porto, consegue produzir mais cuidados de saúde, com menos tempos de espera e com custos operacionais inferiores do que o Centro Hospitalar de Lisboa Norte.

O Tribunal identificou ainda que a dívida do Lisboa Norte cresceu quase sete milhões por mês em 2017, considerando que se encontrava em falência técnica em 2015 e 2016.

Carlos Martins entende que há um contexto que deve ser enunciado quando se compara o Lisboa Norte com o São João.

“O Centro Hospitalar de São João é uma unidade de referência para o país. Teve uma liderança de 10 anos, estável, com rumo e continuidade ano após anos e que começou quando havia autonomia e capacidade financeira nas instituições. Nós, em contraponto, tivemos três lideranças nos últimos 10 anos. Foi aberta uma parceria público privada na nossa área de influência e perdemos 41,3% da nossa população. Continuámos com 100% dos custos e perdemos 41,3% dos ‘clientes’”, justificou.

Carlos Martins entende que a “perda brutal da atividade”com a abertura do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, fez com que o Centro Hospitalar, em 2013, tivesse “batido no fundo em termos de atividade e de desempenho financeiro”, recordando que havia 300 milhões de euros de dívida.

Para o administrador do Santa Maria, a injustiça das conclusões do Tribunal de Contas reside muito no facto de não ter sido feito “um comparador com um determinado período da história da instituição”.

Carlos Martins diz ter fornecido ao Tribunal de Contas indicadores que demonstram que o Centro Hospitalar “está a recuperar do ponto de vista da atividade e do ponto de vista económico-financeiro”, mas reconhece não ter sido possível recuperar o “passivo herdado”.

O responsável, que está quase no fim do segundo mandato, sublinha ainda que o Centro Hospitalar apresentou “em tempo útil” um plano de reequilíbrio financeiro para o qual nunca teve resposta da tutela.

O plano, que foi apresentado em 2016, pretendia responder ao problema da dívida acumulada, para tentar saldar os 300 milhões de euros.

“Esse plano de reequilíbrio era um plano que não visava um apoio a 100% da tutela. Não era para que nos dessem 300 milhões para pagar as dívidas. Nós assumimos nessa altura que precisávamos de 250 milhões para reequilíbrio financeiro: 100 milhões precisaríamos da tutela, ao longo do mandato liquidaríamos 100 milhões, e depois termos o apoio do Governo para recuperarmos créditos e conseguirmos os 50 milhões que faltavam”, explicou.

Apesar do acumulado de dívida, Carlos Martins diz que a gestão do Lisboa Norte tem sido “equilibrada” e que a partir de 2014 aumentou a atividade dos hospitais e do desempenho financeiro.

Apesar de assumir que em 2017 o Centro Hospitalar continuava em falência Técnica, o responsável acrescenta que foi conseguido um “equilíbrio das contas em exercício” no ano de 2017 e de 2016.

“À data de hoje tenho a consciência tranquila de ter gerido bem o erário público. Voltaria a fazer exatamente o mesmo”, afirmou Carlos Martins.

Aprovado em junho na Assembleia da República
O Presidente da República promulgou hoje a utilização de canábis com fins medicinais que a Assembleia da República aprovou em...

A utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis foi aprovada pela Assembleia da República em 15 de junho na votação final global de um texto da comissão parlamentar de saúde originado por projetos de lei do Bloco de Esquerda e do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN).

No documento, que reforça o papel do regulador dos medicamentos - Infarmed -, introduz-se a possibilidade de o Laboratório Militar contribuir para a produção das substâncias em causa.

Estipula-se que deve ser um médico a prescrever este tipo de medicamentos ou preparações à base da planta da canábis, em que são consideradas substâncias que vão desde os óleos até à flor desidratada, mas só se outras terapêuticas convencionais tiverem efeitos adversos ou indesejados.

O Presidente promulgou também hoje o regime jurídico do internato médico, prevenindo que se implicar despesa extra Orçamento do Estado, há "riscos de inconstitucionalidade".

Numa nota publicada na página da Presidência na Internet, refere-se que tal como fez em 2016 para o diploma das 35 horas, "prevenindo sobre os riscos de inconstitucionalidade se tivesse havido aumento de despesas", Marcelo Rebelo de Sousa afirma que o diploma não pode implicar "no decurso de 2018, despesa não acolhida no Orçamento de Estado em vigor".

Doenças raras
A Raríssimas - Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras vai ter o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para...

A direção da Raríssimas "tem ativamente desenvolvido esforços no sentido de procurar, junto de organismos públicos e privados, soluções que viabilizem a continuidade e consolidação dos serviços" que presta, afirma a entidade em comunicado hoje divulgado.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é parceira da Raríssimas e já prestou a ajuda no passado. A sua decisão de atribuir um apoio financeiro (cuja soma não foi divulgada) à associação é, segundo a direção da Raríssimas, "o reconhecimento da importância do trabalho desenvolvido junto das pessoas com doenças raras e respetivas famílias".

Estão também a decorrer conversações entre a Raríssimas e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para o estudo de possíveis formas de cooperação entre as duas entidades, acrescenta a informação.

Após o escândalo que levou à destituição da antiga presidente, Paula Brito da Costa, que foi constituída arguida, a nova responsável da Raríssimas, Margarida Laygue, que tomou posse em fevereiro, apelou em conferência de imprensa para a ajuda dos portugueses, principalmente dos mecenas, para salvar a instituição.

 

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