Bastonário
A Ordem dos Médicos vai rever a forma como é utilizada a telerradiologia nos hospitais, considerando que tem havido um recurso...

O bastonário dos Médicos, Miguel Guimarães, disse que vai pedir aos colégios de especialidade uma revisão “do que é a utilização da telerradiologia”, lembrando que muitos hospitais apenas fazem exames de radiologia durante a noite à distância.

“A telerradiologia não foi implementada para ser feita como está a ser. A utilização da telerradiologia tem de ser feita de acordo com as nossas normas deontológicas”, afirmou.

Miguel Guimarães lembra que os radiologistas são “médicos como os outros”, que necessitam de contacto com os doentes e com os outros médicos para realizar bons diagnósticos.

Muitos hospitais centrais estão há vários anos sem serviço de radiologia presencial durante o período da noite, sobretudo a partir da meia-noite, recorrendo à telerradiologia quando é necessário.

Um dos casos mais recentes apontado pela Ordem e também pelo Sindicato Independente dos Médicos foi o do hospital de São José, que deixou de ter radiologistas em presença física durante a noite, recorrendo à telerradiologia.

Mas no Norte do país, por exemplo, os hospitais já só recorrem à telerradiologia durante o período noturno há muitos anos.

O bastonário dos Médicos recordou ainda o caso recentemente divulgado no Centro Hospitalar do Oeste, em que uma doente acabou por morrer depois de ter sido examinada por telerradiologia.

O caso ocorreu em dezembro de 2015, mas foi no mês passado alvo de uma recomendação da Entidade Reguladora da Saúde e ainda está a ser alvo de análise pela Ordem.

Estudo
Uma equipa de cientistas, liderada pelo português Edgar Gomes, identificou um mecanismo nas células que permite gerar um...

"Observámos que há umas células [não musculares], os miofibroblastos, que se aproximam da célula muscular e depositam uma proteína, a fibronectina, que desencadeia um sinal dentro da célula muscular que estimula o movimento do núcleo do centro da célula para a periferia", descreveu Edgar Gomes, investigador do Instituto de Medicina Molecular (IMM) João Lobo Antunes.

Nas pessoas com lesões ou doenças musculares, o posicionamento do núcleo na periferia das células musculares, que são as maiores do corpo, não está correto.

No estudo, cujos resultados foram publicados na revista científica Developmental Cell, o grupo de investigadores debruçou-se sobre o músculo estriado esquelético, "o que existe em maior abundância no corpo" e que permite executar movimentos e exercer força, explicou Edgar Gomes.

Os cientistas diferenciaram no laboratório células musculares obtidas de ratinhos e socorreram-se da microscopia para acompanhar "a dinâmica do processo".

Segundo Edgar Gomes, que coordena o laboratório de Arquitetura Celular do IMM, proteínas como a fibronectina "podem agora ser potenciais alvos" para novas terapias para as distrofias musculares, doenças musculares hereditárias.

Esgotamento e «Burnout»
Apenas 5% dos professores não defendem mudanças no regime de aposentação, sendo que 84% é a favor da reforma antecipada, revela...

Durante os meses de fevereiro e março, cerca de 19 mil professores responderam a um questionário com mais de 100 perguntas que resultou no “Inquérito Nacional sobre as Condições de Vida e Trabalho na Educação em Portugal”, hoje apresentado em Lisboa.

Dos inquéritos recebidos foram validados mais de 15 mil que revelam que “mais de 75% dos professores estão com exaustão emocional” e “95% é a favor de mudanças no sistema de aposentadoria”, anunciou hoje a investigadora da Universidade Nova de Lisboa, Raquel Varela, que é coordenadora do trabalho pedido pela Federação Nacional de Professores (Fenprof).

Hoje foram divulgados apenas alguns dos resultados do estudo, que ainda não está concluído, uma vez que os investigadores receberam “mais de dois milhões de dados”, explicou Raquel Varela, saudando o trabalho da Fenprof em garantir a distribuição e recolha de milhares de inquéritos pelas escolas de todo o país.

Dos professores com exaustão emocional, a investigadora sublinha que cerca de metade apresentam “sinais preocupantes”: 11,6% revelam sinais intensos de esgotamento emocional, 15,6% sinais críticos e 20,6% marcas plenas de exaustão emocional.

Apenas 23,6% não revelaram ter este problema, segundo os dados hoje apresentados.

Segundo Raquel Varela, esta situação leva a que os docentes “anseiem pelo sábado e detestem a segunda-feira”, um sintoma que deve ser olhado com atenção.

A exaustão emocional faz com que “esta categoria profissional queira deixar de trabalhar, porque este é um sentimento de defesa contra a loucura do trabalho”, explicou.

A investigadora lembrou que quando os profissionais entram em sofrimento no local de trabalho usam várias estratégias para se defender, tais como a toma de medicamentos ou o absentismo.

“Constatamos no nosso dia-a-dia tantas dificuldades de colegas que não se encontram bem e sabemos que deveriam ir para casa descansar, mas não vão”, corroborou o presidente do Sindicato de Professores da Madeira, Francisco Oliveira, durante o Encontro Internacional sobre o Desgaste dos Professores, que decorreu no Fórum Lisboa.

A atual situação laboral dos docentes leva a que “84% seja a favor da reforma antecipada” e “95% a favor de mudar o sistema de aposentadoria”, segundo o inquérito.

“O resultado deste estudo vem realçar e dar força às reivindicações da Fenprof”, sublinhou José Alberto Marques, presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL), referindo-se a exigências dos sindicatos como a revisão da aposentação e a clarificação dos horários de trabalho.

A excessiva burocracia e a indisciplina dos alunos são duas das razões que levam aos “índices elevadíssimos” de exaustão emocional, que atinge mais os docentes com mais de 55 anos.

As outras duas características de ‘burnout’ - a despersonalização e diminuição da realização pessoal e profissional - não apresentam níveis tão elevados, apesar de o índice de realização ser preocupante: Quase metade dos professores (42,5%) não se sente realizado profissionalmente.

Já os índices de despersonalização são “baixíssimos”, segundo Raquel Varela que explicou que este sintoma se verifica quando o professor deixa de ver os alunos como indivíduos, mas sim “como uma linha de montagem”, passando a haver um afastamento emocional.

O inquérito mostra que, “para a maioria dos professores, os alunos continuam a ser importantes. Apesar do elevado grau de exaustão emocional, os professores gostam dos alunos”, sublinhou.

 

Investigadores CINTESIS
Uma ferramenta tecnológica que fornece informação adaptada às necessidades dos familiares cuidadores de pessoas dependentes...

Desenvolvido pelas investigadoras em enfermagem do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) Teresa Martins e Maria José Lumini, o Intent-Care apresenta conteúdos de apoio à prestação de cuidados em casa em diversas áreas de intervenção, como a alimentação, o posicionamento, a transferência de um local para o outro, o apoio ao banho, a melhor forma de vestir o doente, entre outras informações.

O Intent-Care é uma ferramenta digital interativa criada com o objetivo de fornecer informação adaptada às necessidades dos familiares cuidadores de doentes dependentes no autocuidado, de forma a complementar a orientação fornecida por profissionais de saúde para promover a sua autonomia, baseada na disponibilização de recursos multimédia (imagem, vídeo, áudio e texto) com vista a ajudar os cuidadores a compreender os procedimentos de prestação de cuidados.

“Em Portugal, os cuidados a pessoas dependentes são assegurados essencialmente pelas famílias. Aos cuidadores é cada vez mais solicitada uma corresponsabilização nos cuidados de saúde, submetendo-os, muitas vezes, a situações stressantes. A crescente utilização de plataformas educativas na área da educação para a saúde pode constituir-se como um recurso para esta população”, salientam, em comunicado, as investigadoras.

Para a conceção desta ferramenta foram realizados dois estudos prévios de determinação das necessidades e dificuldades dos familiares cuidadores. A construção e validação da ferramenta interativa contou com a colaboração de um painel de peritos. Finalmente foram realizados estudos com amostras de cuidadores no sentido de validar a usabilidade da ferramenta.

Teresa Martins e Maria José Lumini explicam que “a acessibilidade e simplicidade desta plataforma constituiu uma preocupação principal no seu desenvolvimento. Pelo seu uso e acesso livre esta plataforma permite aumentar a acessibilidade aos cuidados de saúde”.

Proporciona, ainda, aos profissionais, a oportunidade de melhorar seu trabalho, direcionando a sua atenção para aspetos mais relevantes, em particular a promoção e o bem-estar de indivíduos e famílias.

A Semana de Investigação em Enfermagem é um evento promovido pela Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP) e pelo CINTESIS que vai reunir mais de 300 individualidades nacionais e internacionais, “com o objetivo de discutir as questões relacionadas com a investigação, a inovação e o desenvolvimento das ciências da saúde, particularmente, a área da Enfermagem”, explica Carlos Sequeira, professor na ESEP e líder do grupo de investigação em enfermagem do CINTESIS.

Este evento incluirá 'workshops' de ciência, seminários temáticos, mostra de projetos e um congresso internacional e permitirá contribuir para a disseminação da investigação ao nível do ensino, das unidades de investigação e da prática clínica, com especial destaque para a apresentação de projetos inovadores na área da saúde, como é exemplo o trabalho desenvolvido por investigadores CINTESIS e docentes ESEP.

Estudo
Esta tecnologia é muito mais rápida e consistente que o embriologista para classificar embriões.

Historicamente o papel do embriologista tem sido fundamental na avaliação e seleção dos embriões viáveis para serem transferidos para o útero materno nos tratamentos de procriação medicamente assistida. Esta realidade é o ponto de partida do estudo intitulado: “Using Artificial Intelligence (AI) and Time-Lapse to improve human blastocyst morphology evaluation”, que Marcos Meseguer, embriologista do IVI Valencia, apresentou esta semana no decorrer da 34º Congresso da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE), celebrado este ano em Barcelona.

Esta investigação mostra como a Inteligência Artificial (IA) é muito mais rápida e precisa que a avaliação do embriologista para classificar embriões usando imagens de Time-Lapse. Além de apresentar maior concordância nos processos, relativamente à variabilidade e heterogeneidade que se verifica no trabalho do operador humano, explica o autor do estudo.

Esta é a conclusão do trabalho, no qual participa a Universidade Estadual Paulista (UNESP), e que fizeram parte cinco embriologistas de 4 países diferentes, que analisaram 223 embriões segundo os critérios de morfologia convencionais, necessários para a seleção embrionária. A IA aprendeu a medir, a interpretar, a analisar e a distinguir as diferentes partes do embrião e a selecioná-los segundo estes critérios, aperfeiçoando o seu processo à medida que amplia o número de embriões avaliados.

“A aplicação da IA à classificação do blastocisto humano é económica, não invasiva e mais fiável que a classificação por parte de um operador. Em vez de um humano ver milhões de imagens, a IA avalia, aprende e quantifica continuamente informação adicional. Como se demonstrou, esta tecnologia pode melhorar significativamente as nossas capacidades de avaliação da viabilidade embrionária”, acrescenta.

Uma das maneiras de reduzir a subjetividade que afeta o processo de seleção dos embriões, é o processamento de imagens digitais e as técnicas de IA, em colaboração com o Time-Lapse. Este sistema permite escolher o momento para avaliar o embrião, sempre à mesma hora, o que contribui para a eficácia do processo e uma avaliação precisa da viabilidade embrionária. Esta análise é feita de forma idêntica em qualquer parte do mundo, uma vez que se realiza em função de imagens fixas e estandardizadas de Time-Lapse.

Em qualquer caso, os blastocistos humanos apresentam desafios para o reconhecimento das imagens da IA, pelo que requerem mais estudos independentes para demonstrar a reprodutibilidade antes de se estabelecer a sua aplicação clínica.

Após diagnóstico
A Fundação Portuguesa Comunidade Contra a Sida lembrou hoje que há trabalho a fazer para Portugal ter as pessoas diagnosticadas...

"Devemos manifestar contentamento com os resultados obtidos, mas não podemos ser vítimas do sucesso", afirma a organização em comunicado, acrescentando que vai pedir uma reunião ao regulador do mercado farmacêutico, o Infarmed, para pedir mais rapidez na entrada de terapias novas e na entrada de doentes no tratamento, imediatamente após o diagnóstico.

Nos dados divulgados quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde, estão cumpridas duas das três principais metas definidas da ONU para 90 por cento dos doentes.

Há 90% de pessoas diagnosticadas, 90% com o tratamento a funcionar, mas ainda não há 90% das pessoas diagnosticadas em tratamento.

"É necessário concentrar aí os esforços garantindo que os doentes iniciam tratamento logo após o diagnóstico e não estejam em situação de espera", defende a Fundação Portuguesa Comunidade Contra a Sida (FPCCSida), que salienta que costuma demorar dois meses a iniciar o tratamento.

Outras prioridades são evitar que os doentes abandonem o tratamento, destacam, tal como terapias inovadoras que garantam maior qualidade de vida às pessoas.

Investigação
Farmacêutica que investiga insulina para toma oral garante que não desistirá da ideia de substituir as “estigmatizantes”...

A diabetes alastra a uma velocidade vertiginosa, é a pandemia do século XXI. Atinge mais de 420 milhões de pessoas em todo o Mundo e dentro de 25 anos serão mais de 700 milhões os afetados. É um fardo pesado para os doentes, um sorvedouro de recursos económicos dos países e um desafio permanente para cientistas e indústria farmacêutica. Nas últimas décadas deram-se passos importantes na investigação e os próximos anos podem ser decisivos para os doentes.

Há cada vez mais esperança na cura da diabetes tipo 1, que surge mais frequentemente nas crianças e nos jovens. Para esta doença autoimune que destrói as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, a investigação com células estaminais parece cada vez mais promissora, escreve a Notícias Magazine.

A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, o maior produtor mundial de insulina, está na linha da frente da investigação nesta área. Durante as últimas décadas, os cientistas focaram-se em usar as células estaminais para mimetizar as células beta, produtoras de insulina. E conseguiram, mas o problema era descobrir como transplantá-las para o organismo sem que o sistema imunitário voltasse a atacá-las. Segundo anunciou recentemente a Novo Nordisk, empresa que a “Notícias Magazine” foi convidada a visitar em maio, há progressos significativos no desenvolvimento de uma espécie de cápsula para proteger as células beta das investidas do sistema imunitário. A Novo Nordisk prevê iniciar o primeiro ensaio clínico dentro de poucos anos.

Já o tipo 2 da diabetes é um quebra-cabeças para os investigadores. Surge em idade mais tardia, consequência dos estilos de vida de um mundo desenvolvido onde a obesidade e o sedentarismo ganham terreno. A esmagadora maioria dos diabéticos (90%) tem este tipo da doença e não há perspetivas de cura, pelo menos num futuro próximo. Porém, tem havido evoluções significativas na tecnologia e nos fármacos para controlar a progressão da patologia e melhorar a qualidade de vida dos doentes.

A substituição das injeções de insulina por comprimidos é a ideia mais ambiciosa. A investigação sofreu um revés no último ano, mas ainda não foi abandonada.

Falta uma peça do puzzle até ao “santo graal”
A Novo Nordisk persegue este objetivo há anos. Chegou a fazer ensaios clínicos de insulina em comprimidos, mas em novembro do ano passado anunciou a suspensão dos testes porque os resultados ao nível da absorção da insulina pelo corpo não eram satisfatórios em termos clínicos. Na atual situação, para que um comprimido de insulina fizesse o mesmo efeito de uma injeção, era necessário aumentar a produção daquela hormona para níveis insustentáveis.

Falta uma peça do puzzle: descobrir o mecanismo que permitirá conduzir a molécula até à corrente sanguínea. “Não desistimos. Fizemos avanços muito significativos. Quando começámos a falar na insulina oral, há mais de duas décadas, a concorrência chegou a rir-se de nós. Agora já ninguém se ri”, realçou Mads Thomsen, um dos vice-presidentes da empresa, durante uma conferência para jornalistas de todo o Mundo. Para Thomsen, transformar as injeções diárias em medicamentos orais será o “santo graal” dos doentes. “A picada no dedo até dói mais, mas os diabéticos não gostam de se injetar, ninguém gosta, é estigmatizante”, explicou.

Também já há outras soluções, como a insulina inalada, comercializada nos Estados Unidos, mas a aceitação não tem sido a esperada porque a absorção não é tão eficaz como as injeções, assinala à NM Rui Raposo, diretor clínico da Associação Protetora dos Diabéticos Portugueses (APDP).

Enquanto a insulina oral não avança, a Novo Nordisk continua apostada em transformar outros injetáveis em comprimidos. É o caso do GLP-1 (peptídio semelhante a Glucagon 1) que é administrado a doentes com diabetes tipo 2. Este antidiabético chegou ao mercado nos anos 90, numa fórmula injetável de aplicação diária (liraglutide), e anos depois evoluiu para uma fórmula de administração semanal (semaglutide), bem mais cómoda para os doentes. Dentro de alguns anos será um comprimido. Os resultados da fase III dos ensaios clínicos para a versão oral do semaglutide foram positivos e a empresa acredita conseguir chegar ao mercado em 2023.

Também na tecnologia a evolução é assinalável. Há quase cem anos, os diabéticos injetavam-se com agulhas grossas, que deixavam marcas a cada picada. As seringas ficaram mais modernas, as agulhas mais finas, até que surgiram as canetas com pontas quase invisíveis. Bombas de insulina associadas a sensores de glicemia, sensores que se colocam no braço e enviam informação e alertas sobre os níveis de açúcar para o telemóvel do doente são novidades mais recentes. “A evolução vai sempre no sentido de termos menos complicações no futuro”, explica Rui Raposo. Porque controlar a doença significa diminuir a probabilidade de problemas cardiovasculares, falência renal, amputações dos membros, cegueira, entre outros riscos a que os diabéticos estão sujeitos.

Boletim Polínico
As concentrações de pólenes no ar vão estar muito elevadas em quase todas as regiões de Portugal continental nos próximos sete...

De acordo com o boletim, entre hoje e 12 de julho em Lisboa e Setúbal os pólenes vão estar com níveis muito elevados, com predomínio dos pólenes das ervas gramíneas, da erva parietária e da árvore castanheiro, o mesmo acontecendo em Coimbra (região da beira Litoral), em Vila Real (região de Trás-os-Montes e Alto Douro) e no Porto (região de Entre Douro e Minho).

Em Portimão (região do Algarve) e em Castelo Branco (região da Beira Interior) os pólenes encontram-se em níveis elevados, predominando o pólen das ervas gramíneas, seguido pelo pólen da árvore castanheiro.

Também em Évora (região do Alentejo), os pólenes encontram-se em níveis elevados na atmosfera, com destaque do pólen das ervas gramíneas.

No que diz respeito a Ponta Delgada (Região Autónoma dos Açores), os pólenes encontram-se em níveis moderados, com predomínio dos pólenes das ervas gramíneas, parietária e tanchagem e das árvores palmeiras.

Ao contrário das regiões do continente, os pólenes estarão em níveis baixos na Madeira, destacando-se as ervas gramíneas e parietária.

O Boletim Polínico efetua a divulgação semanal dos níveis de pólenes existentes no ar atmosférico recolhidos através da leitura de postos em várias regiões do país.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Os arquipélagos da Madeira e dos Açores e os 18 distritos do continente apresentam hoje um risco muito elevado de exposição à...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em risco muito elevado estão as ilhas do Faial, Terceira e Flores, nos Açores, as ilhas da Madeira e do Porto Santo e os distritos de Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Setúbal, Viana do Castelo, Porto, Aveiro, Braga, Coimbra, Leiria, Lisboa, Santarém, Évora, Beja e Faro no continente.

O IPMA colocou também a ilha de São Migue, grupo oriental dos Açores em risco elevado.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje nas regiões do Norte e Centro períodos de céu muito nublado, tornando-se pouco nublado no litoral durante a tarde, condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros e trovoada nas regiões do interior durante a tarde, em especial nas zonas montanhosas.

A previsão aponta ainda para vento fraco, soprando moderado de noroeste no litoral, em especial a partir da tarde, e nas terras altas, onde soprará do quadrante norte, neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais e pequena subida de temperatura no interior.

Na região Sul prevê-se céu pouco nublado, apresentando períodos de maior nebulosidade até ao meio da manhã e vento em geral fraco predominando de noroeste, soprando moderado no litoral e nas terras altas, neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais e pequena subida da temperatura máxima.

As temperaturas mínimas no continente vão oscilar hoje entre os 12 graus Celsius (Guarda e Viseu) e os 18 (em Faro) e as máximas entre os 22 graus (Viana do Castelo e Porto) e os 31 (Faro, Évora, Beja e Castelo Branco).

Na Madeira prevê-se céu muito nublado, diminuindo de nebulosidade nas vertentes sul da ilha a partir do final da manhã, possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos nas vertentes norte e terras altas até meio da manhã.

Está também previsto vento fraco a moderado de nordeste, soprando temporariamente moderado a forte nas terras altas e pequena descida da temperatura máxima.

No Funchal as temperaturas vão variar entre os 19 e os 25 graus Celsius.

Para o grupo ocidental (Flores e Corvo) dos Açores prevê-se céu muito nublado com abertas, tornando-se encoberto para a noite, períodos de chuva fraca a partir da noite e vento oeste moderado, rodando para sudoeste.

No grupo central (Graciosa, Terceira, S. Jorge, Pico e Faial) prevê-se céu geralmente pouco nublado e vento oeste bonançoso.

No grupo oriental (S. Miguel e Santa Maria) prevê-se céu geralmente pouco nublado e vento fraco a bonançoso de oeste, rodando para noroeste.

Em Santa Cruz das Flores as temperaturas vão oscilar entre os 20 e os 26 graus Celsius, na Horta e em Angra do Heroísmo entre os 20 e os 25, em Ponta Delgada entre os 19 e os 25.

Parlamento
O coordenador do grupo de trabalho sobre a transferência da sede do Infarmed para o Porto assumiu ontem que o processo tem...

"Há riscos, mas, se não quiserem ir, há a formação de novos quadros", afirmou no parlamento Henrique Luz Rodrigues, reconhecendo, no entanto, que a questão dos "recursos humanos" é a que "coloca mais problemas" à deslocalização.

O ex-presidente do Infarmed e coordenador do grupo de trabalho foi ontem ouvido na comissão parlamentar de Saúde, a pedido do PSD, a propósito do relatório de avaliação dos "cenários alternativos" da transferência da sede da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) de Lisboa para o Porto.

Dados de um inquérito feito a trabalhadores que constam no relatório referem que a maioria desaprova a transferência.

Assumindo os resultados como um risco, Henrique Luz Rodrigues disse que a formação de novos quadros demorará "um a dois anos", quase tanto tempo quanto o necessário para construir novas instalações no Porto, e que o relatório sugere para o edifício a antiga Manutenção Militar, cujas obras decorreriam durante dois anos e meio com um custo estimado de 17 milhões de euros.

Uma solução em alternativa aos 8,4 milhões de euros que seriam gastos com o aluguer e a manutenção de um imóvel durante 15 anos, de acordo com o relatório, que foi complementado com uma avaliação externa à atividade do Infarmed.

O relatório, apresentado em linhas gerais aos deputados, que se queixaram de terem tido acesso aos documentos depois de terem saído notícias na imprensa, aponta para os recursos humanos o "esgotar dos mecanismos da mobilidade" previstos na lei, a formação através de plataformas de ensino à distância e a criação de bolsas de recrutamento.

Henrique Luz Rodrigues assinalou que a extensão do apoio à mobilidade de funcionários depende de "decisão política", com o jurista Licínio Lopes Martins, igualmente membro do grupo de trabalho, a avisar que os "incentivos à mobilidade territorial" dos funcionários públicos, como subsídios de residência, fixação ou deslocação, se aplicam apenas ao trabalhador que "não adere voluntariamente" à mobilidade e "entra no processo de valorização profissional" com o seu acordo.

Durante a audição, os deputados quiseram saber, sem obter respostas, quais os custos associados à formação de novos quadros, se a transferência da sede do Infarmed para o Porto é essencial para melhorar a sua atividade e se a mesma faz sentido quando há riscos como o de a maioria dos seus funcionários estar contra.

O coordenador do grupo de trabalho escudou-se que se tratou apenas de "uma avaliação técnica, e não mais do que isso", da deslocalização da sede do Infarmed.

A transferência do Infarmed de Lisboa para o Porto, que o Governo pretende para 2019, foi anunciada em novembro pelo ministro da Saúde, tendo sido recebida com surpresa e desagrado pelos trabalhadores.

O anúncio foi feito depois de se saber que a candidatura do Porto a sede da Agência Europeia do Medicamento não tinha sido vencedora.

Em dezembro, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, criou, por despacho, um grupo de trabalho para avaliar esta deslocalização liderado pelo médico e professor universitário Henrique Luz Rodrigues.

Ordem dos Nutricionistas
A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas propôs ontem ao presidente do Governo Regional dos Açores que dote todas as unidades...

“A proposta foi que houvesse um nutricionista por cada unidade orgânica escolar. Contas feitas, estamos a falar de 40 nutricionistas para as escolas da Região Autónoma dos Açores”, adiantou, em declarações, Alexandra Bento, que se reuniu ontem com o presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro.

Segundo a bastonária, a contratação de nutricionistas para todos os centros de saúde dos Açores, em 2009, permitiu que a região tivesse registado o maior decréscimo da taxa de obesidade infantil do país, mas ainda há uma elevada prevalência de excesso de peso no arquipélago.

“De 2008 para 2016 desceu 15 pontos percentuais, contudo não nos podemos esquecer que 31% destas crianças ainda têm peso a mais e se nós formos comparar os Açores com outras zonas geográficas, os Açores colocam-se nas piores situações”, salientou, acrescentando que destas crianças 17% têm obesidade.

Os Açores são também a região do país com mais excesso de peso entre os adultos e com maior prevalência de diabetes, hipertensão arterial e colesterol, pelo que Alexandra Bento defende ser urgente tomar medidas para mudar hábitos alimentares.

“É muito mais eficiente promover a saúde antes que a doença chegue. O melhor sítio para fazer a promoção da saúde futura da população é nas escolas, tratando de pôr as nossas crianças a alimentarem-se melhor”, frisou.

Atualmente, existem apenas dois nutricionistas a trabalhar na direção regional da Educação, o que para a bastonária é “muito pouco” para a necessidade das crianças.

“Os nutricionistas têm de estar diretamente nas escolas para poderem acautelar aquilo que é a qualidade das refeições servidas às crianças, mas também para acautelarem aquilo que é a educação alimentar destas mesmas crianças”, afirmou.

Alexandra Bento disse estar convencida de que a proposta verá a luz do dia em breve, alegando que o presidente do executivo açoriano se mostrou “muito sensível”.

“É uma situação muito preocupante”, reiterou a bastonária, acrescentando que “exige medidas que sejam rápidas”.

 

Vendido no Lidl
O fornecedor belga Greenyard procedeu à recolha em venda do ultracongelado "Mistura de legumes com milho", Freshona,...

O produto em causa foi vendido nas lojas Lidl e para garantir a proteção dos clientes, a cadeia de hipermercados reagiu de imediato e retirou o produto de venda.

Desta forma, o artigo pode ser devolvido em qualquer das lojas do Lidl e o respetivo reembolso será assegurado, mesmo sem a apresentação do talão de compra, refere uma nota informativa do fornecedor.

"A razão para esta recolha prende-se com o facto de não poder ser excluída a hipótese do artigo estar contaminado com Listeria monocytogenes. A Listeria monocytogenes pode despoletar infeções gastrointestinais (Listeriose) e os sintomas são semelhantes a um quadro gripal", indica a mesma nota.

Em determinados grupos de pessoas (grávidas, crianças pequenas, idosos e pessoas com um sistema imunitário fragilizado), a Listeria monocytogenes pode levar a estados mais graves e, dado o risco para a saúde, os clientes deverão ter em consideração esta recolha e não consumir o produto, lê-se na nota.

A nota garante ainda que outros artigos ultracongelados vendidos nas lojas Lidl, em particular da marca Freshona, de outros fornecedores, não são afetados por esta recolha.

Por último, o fornecedor belga Greenyard pede desculpa a todos os clientes afetados por eventuais incómodos causados.

 

NOVA Medical School
Cientistas da faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa participam num projeto europeu para desenvolver um...

O grupo de investigadores do Centro de Estudos de Doenças Crónicas (CEDOC) da NOVA Medical School - Faculdade de Ciências Médicas, liderado por Miguel Seabra, integra a equipa internacional do projeto europeu ERA-NET, denominado "Biomembrane", que está a desenvolver um modelo 'in vitro' tridimensional de olho humano.

O modelo tem "potencial de comercialização [e é] capaz de potenciar e acelerar a investigação de novas estratégias terapêuticas para doentes com degenerescência macular relacionada com a idade (DMI)", explica uma informação divulgada pela instituição.

Atualmente, segundo a NOVA Medical School, não existe uma terapêutica eficaz para aquela doença, sendo "urgente clarificar os mecanismos moleculares subjacentes" à patologia para que se possam desenvolver terapias mais eficientes.

"Uma das limitações farmacêuticas existentes é ter que usar animais para a investigação" científica, para testar novos tratamentos, pelo que "o desenvolvimento de um olho biónico tridimensional é um modelo extremamente atrativo e necessário", defende a informação.

O projeto "Biomembrane" pretende desenvolver um sistema que recrie as estruturas do olho e permita a cultura de células diferenciadas, sendo uma alternativa para substituir o recurso a animais nas investigações na indústria farmacêutica.

Está integrado num consórcio internacional com cinco parceiros, dois dos quais empresas biofarmacêuticas. A equipa de investigadores do CEDOC é responsável pelo 'know-how' de biologia celular da retina e, atualmente, o grupo usa células isoladas de olho de porco e métodos de diferenciação de células humanas a partir de células estaminais.

A DMI é uma doença degenerativa da área central da retina (mácula) que provoca perda da visão central, uma patologia apontada como a causa mais comum de perda de visão nas pessoas acima de 55 anos.

Embora não cause cegueira total, há uma progressiva falta de visão associada à degenerescência e alterações vasculares da mácula e a sua incidência e a prevalência têm vindo a aumentar com a maior esperança de vida.

Dados da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia indicam que haverá cerca de 355.000 pacientes com todas as formas da doença.

 

Infarmed
A Autoridade Nacional do Medicamento mandou retirar do mercado vários lotes de medicamentos contendo a substância ativa...

Segundo o Infarmed, a impureza identificada no âmbito do Sistema Europeu de suspensão de medicamentos apenas foi detetada nos fármacos cuja substância ativa valsartan foi fabricada por uma empresa na China.

“Os Estados-membros da União Europeia, em articulação com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), desencadearam, como medida preventiva, a recolha dos lotes em todo o circuito da distribuição dos medicamentos potencialmente afetados”, explica.

O Infarmed recomenda aos doentes que estejam a utilizar os medicamentos afetados que não interrompam os tratamentos e que contactem o médico ou farmacêutico para prescrição ou dispensa de um ouro fármaco em substituição.

A Autoridade Nacional do Medicamento esclarece ainda que há medicamentos com a mesma substância ativa ou com valsartan associada com outra substância que não serão retirados do mercado pois não estão incluídos na lista elaborada pelas autoridades e, por isso, vão manter-se no mercado.

Há ainda no mercado outros medicamentos disponíveis com as mesmas indicações terapêuticas e que constituem alternativa, acrescenta.

ONUSIDA
O ministro da Saúde congratulou-se hoje com o facto de Portugal integrar o grupo restrito de países que atinge pela primeira...

O programa das Nações Unidas para o VIH/sida - conhecido como 90/90/90 - pretende que, até 2020, 90% das pessoas com VIH/sida estejam diagnosticadas, que 90% dos diagnosticados estejam em tratamento e que 90% dos que estão em tratamento atinjam uma carga viral indetetável ao ponto de ser impossível transmitir a infeção.

Portugal já atingiu dois desses objetivos: a identificação das pessoas infetadas e as pessoas que têm carga viral indetetável.

De acordo com o último relatório da situação de Portugal, e com dados de 2016, 91,7% das pessoas que vivem com a infeção VIH estão diagnosticadas, 86,8% das pessoas diagnosticadas estão a ser tratadas e 90,3% das pessoas que estão em tratamento têm carga viral indetetável.

“Hoje celebramos dois dos três 90 e ficamos ao lado da Dinamarca, da Suécia e do Reino Unido. Estamos certos que, a curto prazo, o coordenador das Nações Unidas estará cá a celebrar o alcance da terceira meta e fazer prova de que Portugal está no bom caminho em matéria de saúde”, disse Adalberto campos Fernandes, em declarações aos jornalistas, numa cerimónia de apresentação do relatório “Infeção VIH e Sida – Desafios e Estratégias.

Para Adalberto Campos Fernandes, hoje “é um dia importante para Portugal, para os portugueses e para o sistema de saúde português, assim como um sinal do que tem sido feito no domínio da saúde”.

Segundo o ministro, Portugal é hoje um país liderante, tendo os portugueses "todos os motivos para confiar num sistema de saúde que responde, com políticas de saúde adequadas e cujos os resultados estão à vista e são reconhecidos".

O país, acrescentou Adalberto Campos Fernandes, partiu de um ponto inicial negativo, estando ainda hoje a recuperar o tempo perdido, incidindo agora a preocupação na realização de rastreios e diagnósticos ao maior número de pessoas.

"Um trabalho destes é de rede capilar, de malha fina, de malha estreita em que toda as pessoas contam e em que a ação de rua e trabalho, do contacto nas escolas, no trabalho e nas comunidades é fundamental", acrescentou.

O coordenador do Programa de Doenças Transmissíveis da Organização Mundial de Saúde, Masoud Dara, também presente na cerimónia de apresentação dos resultados portugueses, em Lisboa, destacou o facto de Portugal fazer parte dos países em que os números de novos casos têm vindo a descer.

“Exemplar” é o adjetivo escolhido por Masoud Dara, que coloca assim Portugal ao lado de países como a Dinamarca, a Islândia, a Suécia, a Grã-Bretanha e a Irlanda do Norte, que já alcançaram a meta dos 90-90-90.

No entanto, a média dos 53 países europeus que participam no programa revelam uma situação preocupante: apenas 69% de doentes estão identificados, a maioria não está em tratamento (58%) e apenas 36% de doentes que estão em tratamento deixaram de ser uma ameaça na transmissão do vírus, segundo dados avançados pelo responsável.

 

Tratamento de doentes
O Instituto Português de Oncologia de Coimbra anunciou hoje estar autorizado a adquirir dois aceleradores lineares para...

Em nota de imprensa, lê-se que, por despacho do “secretário de Estado do Tesouro, de 28 de junho de 2018, foi autorizada a aquisição por parte do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra de dois aceleradores lineares, investimento no valor de 4.956.000,00 euros”.

“Fica desta forma concluído o processo de autorização iniciado em abril de 2016, que irá permitir a tão desejada substituição de dois aceleradores lineares em uso na instituição desde 2006, já sem qualquer possibilidade de evolução tecnológica”, esclarece a nota.

O IPO diz também que a “aquisição destes equipamentos garante a capacidade de tratamento dos doentes, de forma eficiente, clinicamente efetiva e de acordo com os mais elevados padrões de qualidade técnica e científica”.

“Com este investimento, o IPO de Coimbra vê reforçado o seu posicionamento de instituição de referência na Região Centro no que concerne aos tratamentos de radioterapia”, assinala a informação.

Numa outra nota hoje enviada, esta estrutura de saúde diz também que, na sequência da auditoria de monitorização decorrida nos passados dias 24 e 25 de maio, o Accreditation Awards Panel do Caspe Healthcare Knowledge Systems (CHKS), em reunião de 18 de junho manteve a acreditação do IPO de Coimbra até 30 de novembro de 2019”.

“Desta forma, o IPO de Coimbra mantém os elevados padrões em qualidade organizacional que lhe permitem ser acreditado desde 2005 por esta prestigiada entidade internacional. A acreditação pelo CHKS deve-se, essencialmente, ao elevado nível de profissionalismo e compromisso de todos os profissionais do IPO de Coimbra. A manutenção desta acreditação representa um reforço da confiança existente nesta Instituição”.

Estudo
Um estudo sobre violência sexual nas relações de intimidade hoje apresentado, na Maia, revela que os profissionais de saúde,...

“Reconhecem que há aqui uma sub-identificação dos problemas e um desconhecimento ou algumas dificuldades de o sistema dar resposta adequada a estas situações e a estas vítimas”, afirmou a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, na apresentação dos resultados do estudo.

Questionada pela Lusa, Rosa Monteiro considerou que este reconhecimento “é muito importante para uma boa intervenção” e para que “os serviços procurem ajustar a formação dos seus profissionais, integrando estas matérias de forma explícita, porque se existem têm de ser trabalhadas e têm de ser tratadas”.

Segundo a secretária de Estado, é fundamental “dar visibilidade para que se assuma, se reconheça e se intervenha sobre o problema”.

O diagnóstico hoje apresentado sublinha a associação das questões da violência sexual a assuntos da esfera privada, do foro íntimo, quase secreto, e o reconhecimento de que há limitações na capacidade de resposta e na resposta que é dada as vítimas de violência sexual, por parte do sistema.

A esta realidade “não são alheios estereótipos de género”, considerou a secretária de Estado, questionando: “Quantas vítimas de violência sexual numa relação de intimidade saberão que são de facto vítimas, que têm direitos e que podem pedir ajuda?”.

Rosa Monteiro referiu que esta investigação “dá um contributo fundamental à política pública nesta área, que agora vai alimentar as fases posteriores do projeto”.

Essas fases “vão focalizar um trabalho mais estreito com os próprios serviços das principais áreas da administração pública e com os seus profissionais, no sentido de criar referenciais de atuação, fornecer informação e instrumentos que permitam garantir uma maior resposta às pessoas que são vítimas e que, relatando situações de violência doméstica, nem sempre são capazes de relatar uma situação cumulativa de violência sexual”, disse.

Dar continuidade a este projeto, que tem uma duração de 30 meses, é o objetivo da equipa que o desenvolveu, coordenada pela investigadora Sofia Neves, do Instituto Universitário da Maia, por iniciativa da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.

“Vamos avançar para a produção de materiais informativos, de referenciais de intervenção e com um trabalho muito estreito de capacitação de profissionais em vários setores das cinco áreas decisivas da administração central”, afirmou Rosa Monteiro.

“Há todo um investimento que está a ser feito na capacitação de profissionais no geral, no âmbito da estratégia nacional de igualdade e não discriminação, especialmente no plano de ação de combate à violência contra as mulheres e violência doméstica e que aposta muito no setor da justiça, na educação e saúde, além das forças de segurança que têm um papel de primeira linha no atendimento e apoio a estas situações”, disse a secretária de Estado.

Referiu o estabelecimento de “vários protocolos muito focados e que integram o setor da justiça, desde a formação para oficiais de justiça, capacitação e apoio a magistrados até à questão da especialização de advogados, em parceria estreita com a Ordem”.

“O nosso foco é trabalhar de uma forma multidimensional, muito apostada no dar visibilidade aos problemas, mas uma visibilidade suportada por conhecimento produzido através de estudos, mas também muito através do trabalho fundamental das organizações não-governamentais (ONG) que estão no terreno”, acrescentou.

O estudo revela que esta forma de violência íntima praticada sobretudo no contexto do casamento e do namoro é vista como um tema “complexo e de difícil abordagem”.

Um questionário respondido por 795 funcionários em cinco áreas (saúde, justiça, segurança social, educação e forças de segurança) mostra que metade dos inquiridos acredita que “a intervenção levada a cabo pelas instituições onde trabalham não é eficaz”, enquanto 70% responderam que “as mesmas não dispõem de recursos humanos adequados”.

Já entre os 277 profissionais que participaram em 28 grupos de discussão, o sistema público é descrito de um modo geral como “desumanizado e inoperante, não garantindo a efetiva proteção das vítimas e, mais do que isso, deixando-as ainda mais vulneráveis”.

“Na luta contra a obesidade”
O Centro Hospitalar de Leiria lançou o livro digital “Na luta contra a obesidade”, com conselhos e estratégias para prevenir e...

Numa nota de imprensa, o Centro Hospitalar de Leiria (CHL) informa que o ‘e-book’ foi concebido pela Unidade de Nutrição e Dietética e “pretende clarificar algumas dúvidas, nomeadamente as relacionadas com as chamadas ‘dietas da moda'”.

Apresenta também recomendações para manter o peso saudável, com sugestões de “Marmitas 5S”, conceito criado pelas nutricionistas e dietistas do CHL, que “são ementas Saudáveis, Simples, Saborosas, Sazonais e Sustentáveis”.

“É necessário contribuir ativamente para combater a obesidade, uma consequência negativa dos tempos atuais, em que se passa muito tempo ‘parado’ e há uma oferta enorme de alimentos altamente processados, com altos valores de açúcares e com valores nutricionais desadequados”, refere a nota de imprensa, adiantando que a Unidade de Nutrição e Dietética do CHL quer “dar ferramentas aos utentes para que possam contribuir diária e ativamente para a sua saúde”.

Citada na nota de imprensa, a nutricionista Tânia Jorge explica que “a obesidade é ganha no terreno, mas, havendo uma panóplia enorme de dietas e estilos alimentares, que podem confundir as pessoas, importa clarificar sobre o que é saudável e que comportamentos são considerados adequados para manter um estilo de vida saudável, dando assim a possibilidade de fazer escolhas de forma consciente e informada e, se possível, acompanhadas por profissionais”.

O livro digital inclui as “cinco recomendações essenciais de alimentação e hidratação, e os sete passos usados a nível mundial nas sessões de educação para a alimentação saudável e exercício físico”.

O ‘e-book’ indica também “alguns dos comportamentos que podem ser desadequados e dietas que trazem alguns riscos e que por isso devem ser analisadas, selecionadas e adaptadas a cada pessoa, como a toma desregrada de suplementos ou a eliminação de alimentos ou grupos alimentares da dieta sem orientação por profissional especializado na área da nutrição”.

Segundo a mesma nota, as “Marmitas 5S” “podem integrar um plano alimentar variado, saudável e saboroso”, pois “respeitam a sazonalidade, a economia local, a facilidade de organização e a saúde”.

No livro são partilhados quatro exemplos de ementas “5S”, sendo uma vegan e uma sem glúten para os estilos alimentares mais restritivos, elaboradas pela nutricionista Ângela Carvalho, também daquela unidade do CHL.

“Sendo o excesso de peso e a obesidade fatores de risco para diversas doenças, como problemas cardiovasculares, patologias musculoesqueléticas, respiratórias, gastrointestinais, metabólicas, entre outras, é necessário fomentar a reeducação alimentar, e uma redefinição dos estilos de vida atuais, dando informação correta às pessoas, para que sejam saudáveis e sustentáveis a longo prazo”, adiantam aquelas profissionais.

A nota acrescenta que seis em cada dez portugueses são pré-obesos ou obesos.

O Centro Hospitalar de Leiria engloba os hospitais de Leiria, Pombal e Alcobaça.

Sociedade Portuguesa de Reumatologia
Entre os dias 5 e 7 de julho, irá decorrer no Hotel Tivoli Oriente, em Lisboa, a European Summer School 2018. Esta é já a...

O evento, presidido pelo Prof. Pereira da Silva, conta com diversas sessões informativas, workshops, e guias práticos para quem exerce esta especialidade, sendo que o programa foi construído através de uma votação. Esta votação procurou, assim, apurar os interesses do público-alvo e os temas que gostaria de ver abordados e que não constam nos programas de outros eventos cursos e congressos mais generalistas.

A European Summer School conta ainda com um comité científico constituído por representantes de cada país europeu cuja sociedade contribuiu para a organização do evento: Portugal, França, Espanha, Itália, e Alemanha e terá diversas sessões em que intervirão 25 especialistas, culminando numa partilha de experiências e conhecimento de valor indubitável.

Esta iniciativa terá como base a prática clínica e, como tal, os participantes serão incitados a ter uma atitude proativa e a contribuir, interagindo com os pares e também com os convidados internacionais, numa experiência de networking. Os workshops e as apresentações, que procuram promover o conhecimento e a discussão de problemas e técnicas inerentes à prática clínica, são exemplo do desejo de partilha e natureza prática desta European Summer School.

Para a Reumatologia europeia, esta é uma oportunidade de aprendizagem mas também de luta pelo direito das pessoas com doença reumática serem seguidas pelos especialistas corretos: os reumatologistas. Ao organizar esta edição, a SPR ressalva a força e necessidade desta especialidade médica, esperando ainda que este evento seja um passo importante na abertura de caminho para a campanha Bring EULAR to Lisbon, Where Rheumatology is Always On.

Estudo
Estima-se que a enxaqueca custe anualmente 27 mil milhões de euros na Europa e 20 mil milhões de dólares só nos Estados Unidos,...

As primeiras conclusões de um dos maiores estudos internacionais sobre enxaqueca acabam de ser divulgadas. A investigação envolveu mais de 11 mil pessoas de 31 países. A enxaqueca é uma doença neurológica, com crises de gravidade variável e sintomas que incluem dor de cabeça, náuseas, vómitos e sensibilidade à luz.

O estudo "My Migraine Voice", promovido pela farmacêutica Novartis, envolveu homens e mulheres com pelo menos quatro dias de enxaqueca por mês e uma cota pré-definida de 90% de pessoas com pelo menos um tratamento preventivo.

Os resultados, apresentados na 60ª Reunião Anual da Sociedade Americana da Cefaleias (AHS), em São Francisco, revelam que a enxaqueca reduz a produtividade no trabalho para metade. Por outro lado, em média, 60% dos entrevistados referiu ter faltado a quase uma semana de trabalho (4,6 dias) no último mês devido por causa da doença, escreve o Sapo.

O estudo "My Migraine Voice" avaliou o impacto da enxaqueca no trabalho, incluindo a redução da produtividade (presenteísmo) e as horas perdidas (absentismo) devido à enxaqueca, tendo por base o questionário Produtividade no Trabalho e Incapacidade na Atividade (WPAI).

Metade da produtividade
Aqueles que tinham trabalhado na semana anterior ao estudo relataram que a produtividade foi reduzida em mais de metade (redução de 53%), percentagem esta que subiu para 56% nos trabalhadores com insucesso terapêutico em dois ou mais tratamentos preventivos.

"A enxaqueca é frequentemente subvalorizada como sendo apenas uma dor de cabeça. Estes resultados trazem uma nova perspetiva sobre uma doença invisível, ainda que debilitante”, afirma Elena Ruiz de la Torre, diretora executiva e ex-presidente da European Migraine e Headache Alliance (EMHA).

"Apesar de viverem com uma condição altamente incapacitante, estas pessoas esforçam-se por ser produtivas, mas precisam de maior alívio dos sintomas e apoio no local de trabalho, para conseguir atingir o seu potencial em pleno. A EMHA está envolvida em várias iniciativas que estão comprometidas em contribuir para esta causa", acrescenta.

Apesar do impacto devastador da enxaqueca, os entrevistados partilharam que, embora a maioria de empregadores (63%) tenha conhecimento da sua condição, apenas 18% ofereceram apoio.

Além disso, muitos afirmaram sentir-se julgados, estigmatizados ou incompreendidos ao faltar ao trabalho, ilustrando assim a necessidade de sensibilização das entidades empregadoras.

A enxaqueca ocorre frequentemente durante a idade ativa, entre os 35 e os 45 anos de idade, resultando frequentemente em incapacidade temporária durante as crises. As pessoas podem ficar incapacitadas devido aos sintomas, que podem durar dias. A enxaqueca é onerosa para a sociedade, com custos totais estimados entre 18 e 27 mil milhões de euros na Europa e cerca de 20 mil milhões de dólares nos Estados Unidos.

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