Dados Infarmed
Quase 113 mil unidades de medicamentos foram interceptadas pelas autoridades portuguesas no primeiro semestre de 2017, por...

Entre janeiro e junho do ano passado, foram identificadas pela Autoridade Tributária e Aduaneira 2.716 embalagens de medicamentos suspeitas de serem ilegais ou falsificadas, num total de 112.986 unidades intercetadas que foram retidas ou devolvidas ao remetente.

A maioria dos medicamentos detetados nas alfândegas nacionais no primeiro semestre de 2017 pertenciam às categorias de analgésicos (23%), disfunção erétil (20%) e outros (12%).

Doze por cento destinavam-se ao sistema nervoso, 11% eram psicofármacos e 8% anti-inflamatórios, adiantam os dados divulgados a propósito do XII Encontro das Autoridades Competentes de Medicamentos dos Países Ibero-Americanos (Rede EAMI), que decorre em Lisboa até sexta-feira e que reúne 17 países

O Infarmed emitiu 2.094 pareceres relativos a estes medicamentos, numa média de 16,6 produtos por dia, 898 dos quais foram no sentido de reter para destruição (18%), três para se proceder a recolha para colheita e em 1.124 casos foi aconselhada a devolução ao remetente (187 das quais por falta de informação dos produtos).

Em 28 ocasiões o produto encontrava-se fora do âmbito do protocolo e em 38 situações o Infarmed não era a entidade competente para avaliar, tendo sido esse o parecer emitido nestes casos, referem os dados.

O reforço do combate aos medicamentos falsificados é uma das prioridades da Rede EAMI, que esta manhã discutiu formas de ligar o projeto europeu ao sistema Ibero-americano (Fakeshare e FALFRA), garantindo um controlo mais apertado da vigilância, identificando mais situações de fraude e prevenindo problemas de saúde pública.

Durante o encontro, salientou-se "a necessidade de encontrar soluções fortes e duradouras para problemas e desafios comuns aos 22 países da rede, que têm uma população total de cerca de 625 milhões", refere o Infarmed em comunicado.

O combate aos medicamentos falsificados, às vendas online e à promoção da investigação através de ensaios clínicos, são algumas áreas em que se prevê um reforço de medidas conjuntas.

"O Infarmed irá reforçar a participação no combate aos medicamentos falsificados, no aumento da visibilidade da rede junto de organismos europeus e internacionais e no reforço da formação, nomeadamente em parceria com Espanha", disse a presidente do Infarmed, Maria do Céu Machado.

A partilha de informação técnica e científica, a melhoria das práticas e da experiência efetiva entre os países membros vão contribuir para garantir o contínuo acesso dos cidadãos a medicamentos de qualidade, eficazes e seguros.

As conclusões deste encontro, com o tema "Tendências atuais e futuras dos sistemas regulamentares do medicamento e produtos de saúde da Ibero-américa e as propostas para o plano estratégico da Rede deverão fazer parte da agenda da próxima Cimeira Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, prevista para Novembro de 2018.

 

IPMA
Os arquipélagos da Madeira e dos Açores e 13 distritos do continente apresentam hoje um risco muito elevado de exposição à...

De acordo com o IPMA, em risco muito elevado de exposição à radiação UV estão as ilhas do Faial, Terceira e São Miguel, nos Açores, a ilha da Madeira e os distritos de Porto, Aveiro, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Leiria, Santarém, Portalegre, Lisboa, Setúbal, Évora, Beja e Faro, no continente.

Em risco elevado estão os distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança e Coimbra, a ilha do Porto Santo (Madeira) e a ilha das Flores, nos Açores.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje no continente períodos de céu muito nublado, apresentando-se geralmente muito nublado no litoral oeste até meio da manhã, tornando-se pouco nublado na região Sul a partir da tarde e possibilidade de ocorrência de períodos de chuva fraca no litoral oeste das regiões Centro e Sul até final da manhã.

Durante a tarde, segundo o IPMA, estão previstas condições favoráveis à ocorrência de aguaceiros e trovoada no interior das regiões Norte e Centro.

A previsão aponta ainda para vento fraco a moderado do quadrante oeste e neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais.

As temperaturas mínimas no continente vão oscilar entre os 12 graus (Guarda, Viseu e Portalegre) e os 17 (em Aveiro e Faro) e as máximas entre os 22 (Aveiro, Porto, Viana do Castelo e Leiria) e os 29 graus (em Castelo Branco).

Para a Madeira prevê-se céu muito nublado, tornando-se geralmente muito nublado a partir da tarde, períodos de chuva, em geral fraca, a partir do final da manhã, em especial nas terras altas e vento fraco a moderado do quadrante oeste, soprando por vezes forte nas terras altas.

No Funchal as temperaturas vão variar entre 20 e os 25 graus.

No grupo ocidental dos Açores (Flores e Corvo) prevê-se céu muito nublado com boas abertas, tornando-se encoberto, aguaceiros fracos e vento norte bonançoso, tornando-se moderado.

Para o grupo central (Graciosa, S. Jorge, Terceira, Pico e Faial) a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros fracos e vento norte bonançoso, tornando-se moderado.

No grupo oriental (S. Miguel e Santa Maria) prevê-se céu muito nublado com abertas, aguaceiros geralmente fracos e vento norte bonançoso a moderado.

Em Santa Cruz das Flores as temperaturas vão oscilar entre os 21 e os 25 graus Celsius, na Horta entre os 20 e os 24, em Angra do Heroísmo entre os 20 e os 25 e em Ponta Delgada e entre os 19 e os 25.

Equipa de cuidados continuados
O projeto-piloto nacional, a decorrer em Évora, de uma equipa de Cuidados Continuados Integrados a doentes referenciados, com...

“A iniciativa continua a ser um projeto-piloto nacional e estamos com excelentes resultados”, ao nível dos utentes e cuidadores e em termos de custos, disse à agência Lusa José Robalo, presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo.

Promovido pela ARS, através do Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Central, o projeto-piloto, iniciado em dezembro de 2016, intitula-se Equipa de Cuidados Continuados Integrados 24 (ECCI24) e integra profissionais de diferentes áreas, que prestam serviços domiciliários a doentes referenciados.

A ECCI24 atua em termos de cuidados médicos, de enfermagem, de reabilitação e de apoio social, entre outros, a pessoas com dependência funcional, doença terminal ou em convalescença e que, não precisando de internamento, não podem deslocar -se de forma autónoma.

Enquadrado na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, o projeto, realçou o presidente da ARS Alentejo, tem deixado satisfeitos utentes e cuidadores”.

“A possibilidade de entrar em contacto telefónico com um dos elementos da equipa descansa logo os utentes, que estão muito satisfeitos, e mesmo os cuidadores aceitam de forma muito positiva este tipo de apoio”, disse.

E, contrariando “a ideia de que as coisas no domicílio saem mais caras”, frisou, a iniciativa tem permitido reduzir custos: “Têm sido muito mais baixos do que o internamento de que estas pessoas precisariam se não tivessem este tipo de prestação de serviços domiciliários”.

José Robalo, que admitiu a possibilidade de alargar o projeto-piloto a Estremoz (Évora), nesta primeira fase, falava à Lusa no dia em que a Fundação Eugénio de Almeida (FEA) e a ARS assinaram um protocolo de colaboração para constituir uma Bolsa Dedicada de Voluntariado para apoio à ECCI24.

“Este protocolo é o ponto de partida para que voluntários passem a colaborar com a equipa”, sobretudo para “ajudar pessoas que não tenham cuidadores informais e que precisem de apoio para ir a uma consulta ou buscar medicamentos, tratar de qualquer assunto ou conversar”, indicou o presidente da ARS.

Segundo a FEA, a Bolsa Dedicada de Voluntariado vai arrancar com 10 voluntários, que já finalizaram a formação específica, ministrada pela instituição, para apoio a Cuidados Continuados.

A iniciativa, explicou a fundação, pretende apoiar e acompanhar no domicílio os utentes, familiares e cuidadores dos utentes do projeto ECCI24, contribuindo para o seu “suporte e apoio emocional”.

“Propiciar o descanso de cuidadores, fazer companhia, conversação, em suma, dignificar a sua estada no domicílio e desenvolver um conjunto de distintas atividades” para “a melhoria da qualidade de vida dos utentes, familiares e cuidadores” serão também tarefas dos voluntários.

Falta de Recursos Humanos
Ordem dos Farmacêuticos assume a existência de risco de rutura nas farmácias dos hospitais, como não há memória no país.

A Ordem dos Farmacêuticos assumiu que existe um risco de rutura nos medicamentos, que coloca em risco o tratamento dos doentes.

A noticia é avançada pela “RTP” que indica, que os efeitos deste problema podem começar a ser sentidos já na próxima segunda-feira, quando os doentes com cancro poderem não ter acesso a quimioterapia, ou doentes sem acesso à medicação para o HIV, ou hepatites e até crianças sem medicamentos personalizados e vitais.

Na origem desta situação está a passagem das 40 horas, para as 35 horas semanais, sem que tenham sido asseguradas em tempo útil, os recursos humanos para garantir os serviços.

 

Medida de rastreio
Um professor da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) construiu o primeiro instrumento específico para avaliação da...

MentaHLiS (Mental Health Literacy Scale) é o nome desta nova escala, produzida pelo docente e investigador Amorim Gabriel Santos Rosa  e que, a partir de agora, pode ser utilizada como medida de rastreio da literacia, mas também, em estudos longitudinais, como medida de avaliação do impacto das intervenções de Enfermagem ao nível da promoção da saúde mental dos adolescentes.

A Mental Health Literacy Scale foi construída no âmbito de um estudo de doutoramento, realizado entre 2013 e 2017, no qual participaram 757 adolescentes (estudantes de estabelecimentos do 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário) e cuja tese o docente da ESEnfC defendeu, no início deste mês, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto.

«Até à realização deste estudo, não existiam em Portugal instrumentos específicos para avaliar a literacia em saúde mental em adolescentes, criados de raiz com esse objetivo e adaptado à nossa especificidade cultural», afirma o professor Amorim Rosa.

De acordo com o investigador, «os instrumentos que têm sido utilizados nos escassos estudos realizados em Portugal, após serem sujeitos a processos de adaptação e validação para a nossa população, além de não serem específicos para adolescentes, pela sua dimensão, são difíceis de utilizar, dificultando a adesão aos estudos e comprometendo a respetiva validade».

A MentaHLiS traz, pois, consigo a vantagem de ser «de fácil aplicação, tanto no contexto escolar, como no contexto da prática clínica», sublinha o professor da ESEnfC.

Por outro lado, «ao avaliar unicamente os componentes mais relevantes para a intervenção de Enfermagem no âmbito da promoção da saúde», a nova escala de avaliação «revela-se simples de aplicar, exigindo apenas alguns minutos para o seu preenchimento», nota ainda Amorim Rosa.

Pode ser, prossegue o professor da ESEnfC, «um instrumento importante para melhorar o conhecimento sobre as questões da saúde mental e contribuir positivamente para a redução do estigma, a procura de ajuda profissional e para o aumento do número de adolescentes a receber tratamento no futuro».

20% terão problemas de saúde mental antes dos 18 anos

O professor Amorim Rosa considera que «avaliar a literacia em saúde mental nos adolescentes é um aspeto fundamental para a conceção e implementação de programas de educação e sensibilização para a saúde mental, especificamente no contexto escolar, dada a elevada prevalência de perturbações mentais neste grupo específico, e a necessidade de intervenções ajustadas».

«Apesar de todo o esforço» ao nível da promoção da saúde mental e da literacia dos adolescentes, «sobretudo nos últimos dez anos, como forma de dar cumprimento aos objetivos, valores e áreas de ação estratégica do Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016, os resultados em termos de literacia em saúde mental estão ainda muito aquém do desejável», observa o investigador Amorim Rosa.

«A adolescência é uma fase crítica para o início das perturbações mentais. As estimativas mais recentes apontam para que uma em cada cinco crianças e adolescentes venham a ter problemas de saúde mental com expressão antes dos 18 anos de idade, implicando diminuição da qualidade de vida e aumento do consumo de cuidados de saúde. Contudo, na maioria das situações, os adolescentes não recebem a ajuda adequada ou recebem-na com muito atraso, já numa fase muito avançada de doença, estando este fator associado, sobretudo, a défices de literacia em saúde mental», explica o docente da ESEnfC.

Os resultados obtidos através da aplicação da MentaHLiS junto da amostra de 757 adolescentes envolvidos no processo de construção e validação do instrumento revelam, como «situação mais preocupante», a «baixa capacidade de reconhecimento da depressão», assim como «as significativas dificuldades evidenciadas ao nível dos comportamentos de procura de ajuda e primeira ajuda em saúde mental».

E apelam à existência de nutricionista escolar
A Ordem dos Nutricionistas congratula-se com as novas regras para a alimentação nas escolas, que incluem a abertura das...

As novas medidas, que foram hoje conhecidas, fazem parte do Despacho de Ação Social Escolar, redigido pelo Ministério da Educação, que pretende melhorar a alimentação disponibilizada nos estabelecimentos de ensino públicos.
 
Para a Ordem dos Nutricionistas, a obrigatoriedade de todas as escolas públicas terem as cantinas abertas nas férias de Natal e da Páscoa é “uma medida excelente, que poderá atender às necessidades de muitas crianças. É preciso, no entanto, que nessas alturas as crianças tenham o acompanhamento necessário para se verificar, não só a quantidade, como também a qualidade das refeições que são servidas.”
 
A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, considera “importante existirem alternativas ao leite de vaca, dando outras possibilidades às crianças que, por exemplo, têm alergia à proteína do leite de vaca. No entanto, a medida para ser perfeita deveria excluir a opção de leite achocolatado e as bebidas vegetais com adição de açúcar.”
 
“A disponibilização de fruta ao pré-escolar é uma medida muito bem-vinda, não só para a diminuição de desigualdades sociais, como também para a redução do problema da obesidade infantil. É imprescindível que as escolas disponibilizem lanches saudáveis às crianças, cinco vezes por semana. Será, ainda, fundamental desburocratizar as candidaturas das autarquias ao Regime da Fruta Escolar para que todas as crianças tenham acesso a esta fruta”, conclui Alexandra Bento.
 
A Ordem dos Nutricionistas relembra ainda que, para que a alimentação escolar funcione em pleno, deverá ser criada a figura do nutricionista escolar, prevista numa Resolução da Assembleia da República que data de 2012.
 
Recorde-se que Portugal é o quinto país com mais crianças com sobrepeso na Europa, com uma em cada três a apresentar excesso de peso ou obesidade.

Tratamento
Sessenta reclusos infetados com hepatite C receberam hoje a visita no Estabelecimento Prisional de Lisboa de uma equipa do...

Cerca das 09:00, a equipa do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), constituída por cinco médicos, três enfermeiras, um técnico administrativo e um técnico informático, chegou à prisão, onde estavam à sua espera dezenas de reclusos que aguardavam pacientemente a sua vez para serem observados.

No gabinete de enfermagem, os reclusos fizeram a colheita de sangue para análise, pesaram-se e realizaram um exame, denominado Fibroscan, que avalia o estado do fígado, seguindo depois para a consulta médica para iniciar o tratamento, no âmbito do programa “Eliminar a Hepatite C nos Estabelecimentos Prisionais até 2020”, estabelecido entre os ministérios da Saúde e da Justiça

“É um projeto do Governo de ligação dos hospitais às prisões com o objetivo de tratar a hepatite C” nesta população, onde o risco e a prevalência da infeção são mais elevados, disse à agência Lusa o coordenador da equipa e diretor do Serviço de Gastrenterologia do CHLC, Rui Tato Marinho.

No fundo, “é trazer o hospital à comunidade”, facilitando o acesso aos cuidados de saúde e beneficiando as duas instituições. Em duas manhãs poupam-se cerca de 200 deslocações entre a prisão e o hospital para fazer exames ir à consulta, bem como a mobilização de vários guardas prisionais, cerca de 600.

Por outro lado, também se humanizam os cuidados, explicou o médico.

“Para nós, é um bocado traumático atender os presos no hospital, muitas vezes algemados, com os guardas”, uma situação que causa “sempre algum distúrbio no sistema hospitalar e até na prisão”, contou.

Detido há dois anos e oito meses no Estabelecimento Prisional de Lisboa, um jovem recluso disse à Lusa que ficou “muito satisfeito” quando foi informado que podia ser observado por profissionais de saúde na prisão.

“Disse logo que sim, porque quero saber como está minha saúde”, disse o jovem, minutos antes de ser chamado pelas enfermeiras que, durante a recolha de análises, iam respondendo às dúvidas e questões levantadas pelos reclusos e explicavam em que consiste o tratamento.

Esta iniciativa “incorpora uma nova abordagem à doença e ao doente e um conceito inovador quer na forma, a deslocação de uma equipa multidisciplinar a um estabelecimento prisional, quer no conteúdo, levar saúde restaurativa ao mundo prisional, dando mais qualidade e esperança média de vida aos detidos infetados com o vírus da hepatite C”, explicou o presidente do CHLN, Carlos Martins.

Segundo Carlos Martins, o trabalho desta equipa vai proporcionar “múltiplos benefícios”, como a redução do risco de evolução para cirrose e cancro, redução do cansaço, aumento de peso e redução ou mesmo desistência do consumo de bebidas alcoólicas, sendo o objetivo final “a erradicação da infeção com o vírus da hepatite C neste estabelecimento prisional”.

Os medicamentos usados nestes tratamentos são “os de terapêutica mais inovadora disponíveis no mercado”, disse o presidente do CNLN, explicando que o tratamento, com um custo de cerca de 6.500 euros, consta de uma toma de comprimidos por dia, durante oito ou 12 semanas, sem efeitos secundários conhecidos e com eficácia de 98%.

Cuidados Cuidados Continuados
O Ministério da Saúde anunciou hoje o alargamento da resposta na área da saúde mental no âmbito da Rede Nacional de Cuidados...

Em comunicado enviado à agência Lusa, o ministério afirma ter contratualizado com a Associação de Familiares, Utentes e Amigos do Hospital Magalhães Lemos 30 lugares em Unidade Sócio Ocupacional, "permitindo assim a mais utentes o acesso a espaços lúdicos onde podem desenvolver várias atividades".

Com a assinatura do protocolo, a Região de Saúde do Norte "conta já com um total de 117 lugares devidamente protocolados e em atividade" na área da saúde mental.

Os 30 lugares agora contratualizados aumentam para 55 esta resposta, acrescendo 24 em residência máxima, 14 em residência autónoma, seis em treino autónomo na infância e adolescência, 10 na área sócio ocupacional na infância e adolescência e oito seguidos diariamente pelas equipas de apoio no domicílio.

 

 

Estudo
Um relatório divulgado na publicação académica Archives of Sexual Behavior afirma que as mulheres que melhor reconhecem os...

As mulheres que têm um olfato apurado têm uma vida sexual mais ativa e também experienciam mais orgasmos. De acordo com um novo relatório divulgado pela publicação académica Archives of Sexual Behavior, as que melhor reconhecem os cheiros divertem-se mais na cama do que as que têm um olfato menos desenvolvido. Os autores do documento chegaram a essa conclusão depois de analisar a vida sexual de 70 pessoas.

Segundo os dados recolhidos depois de inquirida a amostra de voluntários reunida para a experiência, composta por 42 mulheres e 28 homens com idades compreendidas entre os 18 e os 36 anos, há uma primeira conclusão imediata. "A informação que temos sugere uma influência positiva da sensibilidade olfativa na vida sexual dos participantes, [pessoas] novas e saudáveis", afiançam os autores do estudo.

"A perceção dos odores corporais, como [os dos] fluidos vaginais, do esperma e do suor parecem enriquecer a experiência sexual", garantem os especialistas, que não tiveram no entanto em conta o ciclo menstrual das voluntárias, conhecido por influenciar a maneira como as mulheres identificam e reagem aos cheiros, aquando da realização da experiência, como revelam no novo relatório internacional agora divulgado.

 

Estudo
O New York Times publicou um artigo sobre uma nova investigação, por parte do National Institutes of Health (EUA), que mostra...

O estudo, publicado na revista científica Neuron, revela que o vírus interage com a informação genética, desempenhando um papel no desenvolvimento e progressão da doença. Estes dois tipos de vírus do herpes – HHV-6A e HHV-7 - conseguem ficar em estado de dormência, ou seja “inativos”, durante vários anos.

Os autores do estudo sublinham que estes dois vírus não causam Alzheimer, mas defendem que estes possam causar uma resposta por parte do sistema imunitário que leva à produção em excesso e acumulação de amiloide, fribrilas proteicas que podem desencadear a doença.

Contudo, um dos investigadores, John Morris, refere que “esta é uma doença muito complexa e a resposta não será encontrada facilmente.”

Neste estudo, foram analisados 950 cérebros humanos.

"Caminhar pela Diferença"
Foi em pleno domingo solarengo que a iniciativa “Caminhar pela Diferença” da Fundação AFID Diferença andou pelas ruas de...

Às 10h00 já estavam todos os participantes a postos para o inicio da caminhada na sede da Fundação AFID Diferença. Após uma breve aula de zumba para aquecer os mais sonolentos, a caminhada partiu do Parque da Ribeira, ao lado dos terrenos da Fundação, com passagem marcada pelos vários edifícios da instituição.

Os cerca de 250 participantes reuniram-se num passeio solidário em Alfragide para chamar a atenção para a temática da deficiência e às atitudes de inclusão que devem ser exigidas a todos os elementos da comunidade, num percurso de 5km.

 Além disso, esta iniciativa tinha como objetivo aproximar a comunidade da instituição, consciencializar para a inclusão da pessoa com deficiência no desporto, a promoção de um estilo de vida mais saudável e ainda o convívio entre clientes da Fundação, seus familiares e colaboradores e amigos da AFID.

Para Carla Tavares, presidente da Câmara Municipal da Amadora “é sem dúvida, o dia-a-dia da Fundação AFID Diferença e o seu percurso enquanto instituição nesta área, que fala por si. E é também uma aposta da Câmara Municipal da Amadora, a cidade não seria nada sem as suas instituições. A Câmara só pode estar disponível e colaborar nestes momentos como forma de assinalar a importância de trabalhar o que é diferente, com a preocupação de integração e coesão territorial. Essa coesão consegue-se com todos, naturalmente e em particular com estas organizações”

“Caminhar pela diferença é construir a cidade, que se constrói com todos, e é uma forma de enriquecer o conceito de construir cidade, de construir território, integração e coesão social”, conclui.

Ana Moreno, coordenadora da Divisão de Intervenção Social da Câmara Municipal da Amadora acrescenta que “este grande envolvimento de todos os parceiros da cidade, permite-nos dar expressão àquilo que é diferente e promovendo a ação social. Estamos e dizemos sempre presente a todos os desafios que a AFID e as outras instituições nos vão colocando. Temos de viver com essa diferença, porque é a nossa riqueza e promove a integração social”.

“Somos 178 mil pessoas, e neste número somos todos diferentes, portanto, somos todos iguais. Estas caminhadas são exemplo disso”, conclui.

Já Domingos Rosa, presidente do Conselho de Administração da Fundação AFID Diferença acrescenta que “o nosso sonho, o meu e das pessoas que me rodeiam, é sempre, nesta área da diferença, criar uma família. E acho que essa família tem de crescer e tem vindo a crescer. Na primeira caminhada tivemos um número significativo de pessoas e penso que nesta tivemos um pouco de mais. No próximo ano teremos de duplicar o número de participantes, queremos passar para as 600/700 pessoas. Porque a família, a AFID é uma instituição que nasceu num seio familiar e é uma instituição, mesmo crescendo e modernizando-se tecnicamente tem de manter as suas raízes familiares. A convivência entre as pessoas é fundamental”

“As pessoas que caminham pela diferença estão do lado daqueles que são mais desfavorecidos ou que a vida lhes foi madrasta. E, portanto, são solidários,” sublinha. 

Córtex pré-frontal ainda está em desenvolvimento
A neurocientista britânica, Sarah-Jayne Blakemore, afirma que os adolescentes estão sujeitos a mudanças “sísmicas” no cérebro e...

A perita em ciências cognitivas e autora de vários livros sobre o cérebro infantil e juvenil sugere que os exames escolares deveriam ser descartados porque ocorrem “na pior fase possível” do desenvolvimento.

“Obviamente que são uma má solução, pois acontecem numa altura em que muitos jovens estão a lutar com grandes alterações físicas e emocionais”, declarou Blakemore ao Daily Mail, explicando que “aos 16 anos eles estão sujeitos a mudanças sísmicas no cérebro, isto enquanto realizam provas extremamente exigentes e stressantes, o que pode deixar muitos deles vulneráveis a problemas de saúde mental”.

“Até pode parecer que o jovem fala, veste-se e age como um adulto, mas sabemos que o córtex pré-frontal é a última parte do cérebro a desenvolver-se completamente e que passa por alterações significativas até aos 20 anos”, justifica.

“Essa zona do cérebro é o principal comando emocional”, explica a neurocientista, revelando que “aí está sediado o controlo dos impulsos, a capacidade de antever e julgar consequências, a possibilidade de agir de forma apropriada e a de travar gestos desadequados e a ferramenta que controla reações a pessoas e a eventos”.

O facto de o “edifício” estar ainda em construção serve para explicar muita coisa. “Um adolescente pode até perceber que fazer isto ou aquilo é perigoso, ou errado, mas falta-lhe o hardware para trabalhar esses pensamentos da forma que o adulto os trabalha”, defende a cientista. E lembra que é por isso que os jovens são particularmente bons recrutas militares: a capacidade de avaliar riscos ainda não está amadurecida. Da mesma maneira, muitos jovens desistem de carreiras militares aos 20 anos quando a parte do cérebro que avalia o risco de perigo fica completamente formada.

Sarah-Jayne defende ainda que a compreensão da evolução do cérebro juvenil é determinante para manter certas regras, nomeadamente no que toca à autorização para conduzir, beber ou votar.

E fala de outros ‘dossiers’ delicados: “Enquanto, na maioria dos casos, um adulto que vê pornografia é capaz de entender que aquilo não é um modelo a seguir, o adolescente pode acreditar que sim e acabar por deformar a sua ideia de sexo em função disso”. O impacto dos videojogos violentos e o uso desregrados das redes sociais – por vezes com a publicação de mensagens ou imagens completamente desapropriadas – assentam na mesma questão: a imaturidade do cérebro.

Estima-se que três quartos das doenças mentais, como a depressão, ansiedade, distúrbios alimentares ou esquizofrenia, surgem antes dos 24 anos, período de grande vulnerabilidade. Os especialistas usam o termo “tempestade perfeita” para falar da explosão de mudanças que varre a vida dos jovens nesta altura:  mudanças hormonais, neurológicas, sociais, pressões exteriores (as alterações que se vão operar no cérebro indicam precisamente que o jovem é particularmente suscetível ao stress do exterior).

Ordem dos Médicos
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, considerou que os dados ontem divulgados na Conta Satélite da Saúde...

A despesa global em saúde aumentou 3% em 2017, equivalente a 17,3 mil milhões de euros, representando uma redução em relação a 2015 (3,3%) e 2016 (4,4%), referem os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), segundo os quais a despesa dos portugueses com a saúde subiu 4,5% em 2016, em especial no recurso ao setor privado.

“O que a Conta Satélite revela é que o desinvestimento na saúde continua a agravar-se, porque o Orçamento do Estado para a saúde cobre cada menos as despesas globais em saúde do país e os portugueses, tal como o relatório deixa claro, nos últimos anos, 2017 ainda vai ser avaliado, gastam cada vez mais diretamente do seu bolso ou através de seguros na saúde”, disse Miguel Guimarães à agência Lusa.

Portanto, vincou, “aquilo que é a essência do Serviço Nacional de Saúde está claramente a ser afetado naquilo que é o seu código genético, os seus objetivos primordiais, que é ser um serviço universal, tendencialmente gratuito, e equitativo para todos os portugueses”.

Miguel Guimarães considerou que, neste momento, não se conseguem cumprir estes objetivos e advertiu que se nada for feito “entre este e o próximo ano a situação vai de tal maneira agravar-se” que a despesa global em saúde vai depender em mais de 50% diretamente dos bolsos dos portugueses e menos de 50% do orçamente do Estado.

“A tendência cai nesse sentido”, disse, considerando que estes dados significam “uma chamada de atenção para o Governo” que tem que “valorizar mais a saúde das pessoas”.

Para o bastonário, o Governo “não pode continuar a ter objetivos puramente economicistas no sentido de reduzir o défice e ter uma imagem externa mais forte”.

“Eu sei que isso é importante, mas não podemos apostar tudo numa área e desvalorizar completamente as outras”, que é o que está a acontecer na Saúde, Educação e Justiça que precisam claramente e com urgência de mais investimento, defendeu.

A despesa com Saúde aumentou 3% em 2017, o que significa uma redução em relação aos dois anos anteriores, tendo atingido os 17,3 milhões de euros, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os portugueses gastaram sobretudo nos prestadores privados (40,8% em prestadores de cuidados de saúde em ambulatório e 14,3% em hospitais), em farmácias (24%) e nas outras vendas de bens médicos (10,3%).

Em 2015, as famílias suportavam já 27,7% do total de despesa em Saúde, acima da média da União Europeia, que se situava nos 15,3%.

Para Miguel Guimarães, esta tendência tem de ser contrariada, esperando que as estimativas preliminares do INE para uma desaceleração das despesas familiares em 2017 se confirmem.

Ecologia
Uma equipa de Celorico de Bastos está a desenvolver um projeto para a criação de fertilizantes naturais com recurso a minhocas,...

 "A nossa sociedade perdeu a ligação à terra. Não sabemos de onde vêm os nossos alimentos, nem para onde vão os nossos desperdícios", disse à agência Lusa Pierre Del Cos, responsável pelo projeto Revolução das Minhocas (‘Worm Revolution') que, este mês, chegou à final nacional da ClimateLaunchpad, uma competição da Comissão Europeia que apoia ideias inovadoras com vista à redução do impacto ambiental e que decorreu no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC).

De acordo com o responsável, 99% dos alimentos consumidos provêm da agricultura convencional, química ou não orgânica, sendo produzidos com fertilizantes criados a partir de recursos minerais limitados.

Além disso, "99% das coisas compradas vão para o lixo em menos de seis meses", acabando a "maior parte deles num aterro, sem reincorporar o ciclo", referiu.

Vermicompostagem é o futuro

O projeto, que arrancou no passado mês de janeiro, procura criar valor a partir dos resíduos, construindo, simultaneamente, "um futuro mais limpo", através do desenvolvimento da vermicompostagem (compostagem com minhocas) em Portugal.

A equipa está a desenvolver minhocários (casa das minhocas), com recurso a materiais naturais e reciclados, fertilizantes de minhoca e com as próprias minhocas, oferecendo "soluções locais para problemas globais".

As minhocas mantidas nos minhocários "ajudam a transformar a maior parte dos resíduos da cozinha em fertilizantes naturais, em casa, de maneira divertida e higiénica", o que permite "reduzir a pegada ecológica do lixo orgânico, cultivar alimentos saudáveis e a promover a agricultura sustentável".

Além disso, a compostagem com minhocas pode ser feita no interior, tendo a vantagem de ser adaptável ao meio urbano, esclareceu o responsável do projeto.

Peirre Del Cos contou que, embora já existam minhocários no mercado, a grande maioria é de plástico e nenhum é fabricado em Portugal, não existindo ainda, no Norte do país, produção de minhocas.

Também, no âmbito do projeto, está a ser desenvolvido um sistema de saneamento com minhocas para casas, para criar valor a partir dos resíduos provenientes dos banhos, de forma "a reduzir o impacto negativo no ambiente, sem custo energético nenhum".

Esta ideia surgiu depois de Pierre Del Cos morar vários meses em quintas biológicas, "onde todos os recursos e resíduos são reaproveitados".

De regresso à cidade diz ter-se sentido  "desiludido ao ver a quantidade de lixo que aí é produzida", para além do facto de "ninguém conhecer bem as consequências" desses resíduos "nem para onde vão".

"Sabia que se podia aproveitar a maior parte para agricultura, e já tinha visto um minhocário, então decidi começar a compostar os meus resíduos em casa, com minhocas", conseguindo obter resultados "mesmo positivos".

Em março, o projeto foi selecionado para a Incubadora Regional de Impacto Social, em Amarante.

Medidas
O Ministério da Educação quer que os refeitórios de todas as escolas estejam ao serviço durante as férias escolares da época de...

As cantinas de todas as escolas públicas vão estar em funcionamento durante todo o ano letivo 2018/2019, incluindo as férias de Natal e da Páscoa, por decisão do Ministério da Educação, noticia o “Jornal de Notícias” esta quarta-feira.

De acordo com o despacho de Ação Social Escolar, assinado pela secretária de Estado Adjunta da Educação, Alexandra Leitão, e citado pelo JN, haverá também novas regras na alimentação dos estudantes. Após a introdução de refeições vegetarianas, as escolas  terão de oferecer uma alternativa ao leite de achocolatado e ao leite simples, distribuído às crianças do Ensino Pré-Escolar e do 1.º Ciclo durante os intervalos.

O documento da tutela define a obrigatoriedade de as escolas disponibilizarem pacotes de leite sem lactose e bebidas vegetarianas alternativas ao leite e que a distribuição de fruta seja assegurada junto de todas as crianças nestes estabelecimentos.

Atualmente, 59% das crianças das escolas primárias públicas não recebem fruta  ao lanche. O regime de distribuição gratuita de fruta no 1.º Ciclo não convence os responsáveis da tutela.

 

Segurança no trabalho
Cada vez mais a saúde no trabalho se assume uma preocupação crescente para várias empresas e entidad

Nessa medida, várias foram as atividades laborais que precisaram de adquirir os chamados equipamentos de proteção individual (EPI), como capacetes, calçado de segurança, entre outros, destinados a serem utilizados pelo trabalhador para se proteger dos riscos quando estes não possam ser evitados ou limitados, ou quando as medidas de proteção integradas e de proteção coletiva não são suficientes para garantir a segurança e a saúde da pessoa.

No que concerne ao calçado de segurança, todos os equipamentos desta categoria têm de apresentar um certificado de qualidade, denominado por marcação CE, bem como uma indicação dos níveis de proteção. Esta marcação é concedida por laboratórios competentes e acreditados, devendo o fabricante apresentar amostras do seu calçado aos laboratórios para que se proceda à análise necessária. Só depois deste processo é que será concedida uma autorização de produção legal do artigo.

Caso o calçado não tenha uma marcação CE, então não é calçado de segurança, sinal que prova que o equipamento em questão não responde aos critérios necessários à sua acreditação. Para efeitos de obtenção a certificação exigida por lei, um calçado adequado à proteção de um trabalhador deve apresentar as seguintes caraterísticas:

  • Eficácia (adequado aos riscos a proteger);
  • Robustez;
  • Praticabilidade;
  • Comodidade;
  • De fácil limpeza e conservação.

Não descorando o que foi referido anteriormente, importa também que cada empresa, antes de eleger qual o equipamento de proteção individual a utilizar, efetue uma análise que afira quais as condições e riscos a que o trabalhador está exposto. Ainda assim, de modo geral, os membros inferiores devem ser protegidos contra o risco de esmagamento, de perfuração (por pregos, varões, etc.), de resistência ao contacto com corrente elétrica, deve ter resistência térmica e ao fogo, resistência a produtos químicos e a óleos, absorção de energia e características antiderrapantes.

Estando garantidas todas as medidas de segurança, verifica-se ainda que existem alguns fatores que não podem ser colmatados com calçado de segurança ou outros equipamentos. Em muitos casos, principalmente na indústria e construção civil, o desgaste dos pés e o surgimento de problemas associados a movimentos e posições de elevado esforço físico, e algumas vezes a comportamentos incorretos, levam a que seja crucial uma intervenção especializada.

Com o objetivo de prevenir e tratar possíveis alterações nos pés, o Centro Clínico do Pé e a TOWORKFOR desenvolveram o Personal Orthosis Service (POS), um processo clínico a partir do qual são realizados estudos biomecânicos para a posterior conceção de uma ortótese plantar personalizada a ser utilizada pelo paciente em contexto de trabalho. Este dispositivo visa responder, principalmente, a dores localizadas nos dedos, antepé, calcanhar, meio do pé, entre outros.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Equipa médica
A 'convocatória' portuguesa para os Jogos do Mediterrâneo inclui 11 fisioterapeutas, um enfermeiro e seis médicos,...

José Gomes Pereira, diretor de medicina desportiva do Comité Olímpico de Portugal (COP), descreveu à agência Lusa a parafernália de máquinas que teve de chegar até à Vila Mediterrânea instalada em Tarragona para apoiar os 232 atletas de 29 modalidades que compõem a delegação portuguesa dos Jogos do Mediterrâneo.

São centenas de caixas de comprimidos e pomadas, vários equipamentos completos de eletroterapia e de termoterapia, equipamentos mais diferenciados como um laser de alta intensidade ou dedicados a terapias analgésicas e terapias para conter a dor, bem como aparelhos individuais que os atletas podem levar para o quarto que servem para combater a inflamação ou relaxar o musculo, entre outras situações.

"Ao longo dos 14 dias [os Jogos do Mediterrâneo tiveram início na quinta-feira e prolongam-se até 01 de julho] não estão todos os atletas, porque uns chegam mais tarde e outros partem mais cedo, mas há um momento de grande fluxo em que estão praticamente todos presentes e temos de ter capacidade de resposta", explicou Gomes Pereira, médico que acompanha o COP há cerca de um ano e meio e foi 11 anos diretor clínico do Sporting.

O responsável relatou momentos que fazem parte das rotinas dos atletas como o serem massajados ou as sessões de fisioterapia, isso independentemente de estarem lesionados ou não, e outros momentos inesperados, como uma gastroenterite a meio da noite que obriga a ativar um dos números de prevenção.

"Temos atendimento 24 horas. Existem dois números de chamada que são ativados se for necessário. Até agora só ocorreram coisas simples como uma gastroenterite", descreveu o médico, que falava à Lusa ao quinto dia de competição na Vila Mediterrânea, altura em que estavam a chegar atletas de várias modalidades.

Num total de 360 pessoas ligadas a esta Missão do COP, 232 são atletas e 18 fazem parte da equipa médica, sendo eles quem mais partilha o centro médico instalado junto ao espaço reservado ao escritório, local pelo qual poderão vir a passar ao mesmo tempo cerca de 280 pessoas.

Já a Vila Mediterrânea junta vários países, de um total de 26 representados nuns Jogos do Mediterrâneo nos quais Portugal se estreia, estimando-se que pelo menos 5.000 pessoas use as instalações e hotéis do 'Port Aventura World', espaço temático da cidade espanhola de Tarragona.

De acordo com Gomes Pereira a "farmácia completa" da seleção portuguesa tem medicamentos para todo o tipo de situações, desde manifestações alérgicas, síndromes gripais, antibióticos, anti-inflamatórios ou relaxantes musculares.

"Nesta fase não temos tido situações de lesão, mas as mais frequentes são as entorses, estiramentos musculares e mialgias", acrescentou o diretor de medicina desportiva do COP.

Além de profissionais diretamente ligados ao comité português, a equipa médica presente dos Jogos do Mediterrâneo soma médicos ligados às várias federações, o que é explicado com o facto de ser "desejável que os atletas se sintam o mais apoiados possível e não estranhem".

"Privilegiámos nesta equipa médica os técnicos de saúde que estão ligados às federações e conhecem melhor os atletas, mas há uma questão de princípio que deixamos claro desde o princípio quando convidamos a integrar a Missão é que apesar de serem incluídos por pertencerem à Federação x, y ou z, não iriam tratar só os atletas dessa Federação. Tem de haver um espírito de corpo", contou José Gomes Pereira.

O centro médico é uma das três áreas que os 'oficiais' do COP montaram no espaço dedicado a Portugal na Vila Mediterrânea antes que chegassem os atletas e as equipas. Soma-se o escritório e o contentor que serve de oficina de ciclismo, modalidade que entra em ação hoje.

Portugal arrecadou até ao momento 10 medalhas - dois ouros, três pratas e cinco bronzes - nos Jogos do Mediterrâneo, competição na qual está representada por 232 atletas em 29 modalidades.

IPMA
Os 18 distritos do continente e o arquipélago da Madeira apresentam hoje um risco muito elevado de exposição à radiação...

Com este risco estão os distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Coimbra, Santarém, Leiria, Lisboa, Portalegre, Setúbal, Évora, Beja, Aveiro, Viana do Castelo, Braga, Porto e Faro e o arquipélago da Madeira.

Nos Açores, as ilhas das Flores e Faial (grupos ocidental e central) apresentam risco elevado e a Terceira (grupo central) e São Miguel (grupo oriental) estão com níveis moderados.

Para as regiões com risco muito elevado e elevado, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, ‘t-shirt’, guarda-sol e protetor solar, além de desaconselhar a exposição das crianças ao sol.

Os índices UV variam entre 1 e 2, em que o risco de exposição à radiação UV é baixo, 3 a 5 (moderado), 6 a 7 (elevado), 8 a 10 (muito elevado) e superior a 11 (extremo).

O IPMA prevê para hoje nas regiões a norte do sistema Montejunto-Estrela céu geralmente muito nublado, sendo em especial por nuvens altas a partir do final da manhã e vento fraco, soprando temporariamente moderado de noroeste nas terras altas e durante a tarde no litoral.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais, pequena descida da temperatura mínima e subida da máxima no litoral Norte.

Nas regiões a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, o IPMA prevê céu pouco nublado, apresentando-se geralmente muito nublado no litoral oeste até meio da manhã, vento fraco a moderado de noroeste e neblina ou nevoeiro matinal em alguns locais.

As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 11 graus Celsius (Guarda e Viseu) e os 17 (em Faro) e as máximas entre os 21 (Aveiro e Porto) e os 31 (em Faro).

Para a Madeira prevê-se céu muito nublado, períodos de chuva fraca, em especial nas terras altas, a partir do final da manhã, vento em geral fraco do quadrante oeste, soprando moderado nas terras altas a partir da tarde.

No Funchal, as temperaturas vão oscilar entre os 19 e os 24 graus.

No grupo ocidental (Flores e Corvo) dos Açores prevê-se períodos de céu muito nublado com boas abertas e vento oeste bonançoso, rodando para noroeste.

Para o grupo central (Graciosa, Faial, Terceira, S. Jorge e Terceira), a previsão aponta para períodos de céu muito nublado com abertas, aguaceiros fracos e vento fraco a bonançoso de oeste, rodando para noroeste.

No grupo oriental (S. Miguel e Santa Maria) prevê-se céu muito nublado com boas abertas, possibilidade de aguaceiros fracos para o fim do dia e vento fraco, tornando-se bonançoso a moderado de noroeste.

Em Santa Cruz das Flores as temperaturas vão variar entre os 20 e os 26 graus, na Horta entre os 19 e os 26, em Angra do Heroísmo entre os 19 e os 25 e em Ponta Delgada entre os 19 e os 25.

 

Estudo
Três em cada quatro portugueses estão preocupados ou muito preocupados com a diminuição da natalidade em Portugal, concluiu o...

Os resultados preliminares do estudo indicam que 28% da população está muito preocupada por o número de nascimentos estar a decrescer, e quase metade da população admite estar preocupada.

Os dados foram conhecidos em vésperas da discussão no plenário da Assembleia da República do tema “Políticas para a Infância e Natalidade", a pedido da bancada parlamentar do PSD e agendado para hoje.

Segundo o Observatório, o índice de fecundidade já será inferior ao necessário para repor a população (2,14 filhos por mulher), sendo de menos de um filho (0,84) por mulher.

De acordo com o documento, 15% das pessoas questionadas não querem ter filhos e 75% das que já têm algum, dizem não querer ter mais.

Entre aqueles que não têm nem planeiam ter filhos, quase dois terços explicam que a situação decorre de “uma opção pessoal ou de vida”.

Uma maior disponibilidade de creches e jardins de infância foi a medida de incentivo à natalidade mais valorizada, mas os portugueses gostariam também que houvesse redução ou flexibilidade do horário de trabalho nos primeiros três anos de vida da criança.

A terceira medida mais valorizada é, segundo o estudo, a gratuitidade dos manuais escolares do 1º. Ao 4º ano de escolaridade, sendo que de 13 medidas apontadas, os portugueses querem ainda mais benefícios fiscais no IRS e abonos de família mais elevados.

Ainda assim, 60% dos inquiridos reconheceu que não seria a existência de um montante adicional ao rendimento líquido mensal que os levaria a ponderar ter (mais) um filho, mas um em cada três admite que a estabilidade económica é o fator mais importante a alcançar para poder um filho.

O estudo do Observatório validou 1.173 questionários relativos à questão da natalidade, feitos a homens e mulheres entre os 18 e os 59 anos nas cidades de Lisboa, Évora, Coimbra e Faro.

Produtos alimentares
A comissão parlamentar de economia deverá votar na próxima semana a proposta de alteração ao Código da Publicidade que pretende...

A última reunião do grupo de trabalho criado para chegar a uma proposta de alteração ao Código da Publicidade decorreu hoje, mas sem todos os partidos representados, pelo que se decidiu não realizar a votação indiciária prevista de um texto final, até, porque apesar de se ter chegado a “uma proposta bastante consensualizada e equilibrada”, há ainda questões “a dirimir”, explicou à Lusa o coordenador do grupo de trabalho, Carlos Silva, deputado do PSD.

As questões ainda por fechar serão discutidas na reunião da comissão parlamentar de economia, na próxima semana, antes da votação da proposta final, acrescentou o deputado.

“Acabou por haver uma aproximação entre todos os partidos, que conduz, com certeza, a uma lei mais equilibrada, seja do ponto de vista da indústria, seja do ponto de vista de quem pretendemos proteger, que são neste caso as crianças e os menores de idade”, afirmou.

A idade é a principal divergência ainda por sanar: depois de uma proposta inicial do PS, PAN e Os Verdes, que apontava para restrições à publicidade a menores de 18 anos a produtos alimentares com elevado teor de açúcar, sal ou gordura, potencialmente prejudiciais à saúde e causadores de obesidade, o PSD decidiu apresentar uma proposta de alteração para restrições a partir de 12 anos, assente em estudos e consulta de especialistas, que indicam que a partir desta idade as crianças percebem o que é ou não publicidade e quando estão a ser condicionadas a um consumo específico, disse Carlos Silva.

“Entendíamos que os 18 anos era excessivo, na medida em que os adolescentes, a partir dos 16 anos podem desde praticar aborto até mudar a identidade de género na conservatória. Portanto, não poder receber publicidade para um chocolate ou para uma Coca-Cola parecia-nos bastante excessivo. Entretanto o CDS-PP fez uma proposta no sentido dos 14 anos. É sobre essa base que estamos a trabalhar e a tentar encontrar uma solução sobre isso. O Partido Socialista ficou de pensar” sobre esta alternativa, disse o coordenador do grupo de trabalho.

Ainda sem acordo entre todos os partidos está também a questão da publicidade nas escolas e na sua zona envolvente. Carlos Silva disse que para o PSD é claro que o interior da escola é uma zona de “tolerância zero”, excluindo qualquer publicidade nesses espaços, mas no que diz respeito ao exterior, “depende da idade” que ficar definida no texto para introdução de restrições.

Se a proposta se fixar nos 14 anos, Carlos Silva disse que o PSD entende que a impedir publicidade num raio de 100 metros da escola – como propõe agora o PS, que começou por propor uma área de exclusão de 500 metros – “é adequado”, mas se se fixar a idade nos 12 anos, então “deixa de fazer sentido” qualquer restrição, uma vez que até aos 12 anos as crianças costumam ser acompanhadas dos pais ou encarregados de educação até à escola.

Sobre a publicidade televisiva, o deputado adiantou que está praticamente decidido que as restrições se vão aplicar a um período de meia hora antes e meia hora depois dos programas para crianças com uma quota de audiências superior a 25%.

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