Previsões da tutela
Ministra da Saúde apresenta hoje o Orçamento que Adalberto Campos Fernandes construiu. 12,1% da despesa primária das...

O Ministério da Saúde prevê que este ano se aposentem entre 800 a 1.000 médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Ainda assim, o número de médicos vai ser maior no final do ano passado do que em 2017. Os números fazem parte da apresentação que a ministra da Saúde, Marta Temido, preparou para os deputados, e que não adianta informações sobre as alterações no modelo de financiamento dos hospitais que o Governo está a preparar.

“Até ao final do mês de setembro de 2018 aposentaram-se 662 profissionais, o que constitui um valor superior ao ocorrido no mesmo período do ano anterior (621 profissionais aposentados), pelo que se prevê que, no final do ano, este valor possa situar-se na ordem dos 800 a 1.000 profissionais”, lê-se na apresentação que a nova ministra enviou para a Assembleia da República, referindo-se aos médicos.

“No que respeita aos Médicos de Medicina Geral e Familiar, prevê-se que, no final de 2018, existam cerca de 370 em condições de se aposentarem”, acrescenta o ministério referindo-se ao caso particular dos médicos de família.

Apesar disso, o SNS deverá terminar o ano com mais médicos do que em 2017. Segundo o mesmo documento, em 2018 o SNS contará com 29.035 médicos, mais 426 do que em 2017. Ou seja, são mais 1,5%.

Também nos enfermeiros é esperado um acréscimo do número de profissionais este ano. No final de 2018 deverão existir mais 1.872 enfermeiros, atingindo os 45.431. Os enfermeiros mantêm-se assim como “o mais representativo, com 33,4% do total de pessoal”.

A 22 de novembro, os enfermeiros começam uma greve que decorre até 31 de dezembro e que tem como reivindicações a revisão da carreira e a exigência de mais pessoal.

No total, envolvendo as Entidades do Setor Público Administrativo, os hospitais em regime de Entidade Pública Empresarial e os que estão em Parceria Público Privada, o Ministério da Saúde espera chegar ao final deste ano com 136.000 profissionais, um aumento de 3% face a 2017.

Sindicato dos Médicos deixa o alerta
De acordo com a edição de hoje do Jornal Económico, o Sindicato dos Médicos afirma que os vales-cirurgia estão a ser...

Segundo o SIM, atingido o tempo de espera máximo legalmente estabelecido para a cirurgia no SNS, os utentes recebem um Vale Cirurgia que lhes permite serem operados fora do SNS, nomeadamente em hospitais privados.

No entanto, “a maioria dos doentes não quer ser operado fora do hospital do SNS onde foi inscrito. E se o utente não recusar ativamente o Vale- Cirurgia, a sua inscrição cirúrgica é cancelada”, revela o sindicato.

“Os doentes quem querem ser operados no SNS têm de facto enormes dificuldades, incluindo serem empurrados para fora do SNS e serem obrigados a agir para não o serem”, alerta o SIM.

O SIM explica aqui que confrontados com a receção em casa do Vale Cirurgia, os utentes têm de interpretar, preencher e assinar a declaração de recusa e enviá-la por correio, fax ou email para continuarem a poder ser operados no hospital do SNS onde foram inscritos.

“Se não fizerem nada disto, a inscrição cirúrgica é cancelada”, conclui.

Os vales de cirurgia foram uma novidade introduzida no SNS em 2004, com a criação do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) que veio regular toda a atividade cirúrgica programada e abarcar todas as etapas do processo de gestão do utente, desde a sua inscrição na lista cirúrgica até à conclusão do processo, após realização da cirurgia. A informação relativa à atividade cirúrgica programada e à realizada pelos serviços de urgência é obrigatoriamente registada e transferida para o Sistema Informático de Gestão da Lista de Inscritos para Cirurgia (SIGLIC), que está centralizado na ACSS.

Entre os objetivos do SIGIC destacam-se a redução do tempo de espera, garantir a equidade do acesso, promover a eficiência global do sistema através da optimização da gestão da Lista de Inscritos para Cirurgia e dos recursos afectos e garantir a qualidade e a transparência da informação.

Reportagem
Marta está “saturada de promessas”, Margarida sente “revolta” e Clara desabafa “mágoa e impotência”, sem conseguir “gritar mais...

Em entrevista à Lusa, estas mães de crianças recentemente internadas naquele centro hospitalar descrevem “quartos minúsculos sem janelas”, “cartão a tapar buracos na parede”, portas vedadas com “adesivo do hospital”, isolamentos “sem casa de banho”, “uma sanita e duche para os 40 ou 50 pais” e um “gabinete dos médicos que parece uma despensa”.

“Saturei. Cansei. De discussões de orçamentos, de inaugurações de pedra sobre pedra. As instalações não são dignas. É Serviço Nacional de Saúde. É preciso avançar com a obra” da Ala Pediátrica, reclama Marta após “20 internamentos” da filha de cinco anos, diagnosticada aos oito meses com “um tumor inoperável na cabeça”.

Referindo-se aos contentores provisórios desde 2011, Marta lembra que “as promessas dos governos têm anos”.

“Não quero saber de culpas. Quero que avancem. Ou venham ver. Ofereço-me para uma visita guiada”, desafia.

“Fala-se muito nas crianças com cancro mas há outros casos muito complicados nas mesmas condições péssimas”, assegura.

De acordo com a ex-gestora de marketing, existem uma “casa de banho e um duche” partilhados por “40 ou 50 pais”, muitos dos quais “não são do Porto” e pernoitam ali “semanas e meses”.

A filha, Mariana, “vê sombras”, mas identifica o Ruca na televisão, desce e sobe sozinha dois lanços de escadas para mostrar a boneca Rosita, salta, canta, dança, anda de triciclo e skate, oferece abraços e quebra o gelo com quem acabou de conhecer com um “És muito fofo” que nunca mais se esquece.

“Se ela está viva e é feliz, é graças à equipa do São João e a todas as valências do hospital. Enquanto viver, a vida dela e a minha, vai ser lá. Já tivemos uns 20 internamentos. Acho que foi isso que me cansou. Farta de promessas, farta. Não se faz. Nem aos miúdos nem aos profissionais”, desabafa.

Quando, em 2017, começou a ouvir as queixas de Jorge Pires, atual porta-voz da APOHSJ – Associação Pediátrica Oncológica, Marta achava que “ele estava sempre a mandar vir”.

“A doença cansa tanto, absorve tanto, que uma pessoa não se queixa. Ele tinha essa força para criticar. Até que pensei: ele está sempre a reclamar, mas tem razão, em tudo”, recorda.

Clara Miranda, de Barcelos, acompanhou a filha de 15 anos em “todo o tipo de exames, duas operações, sete ciclos de quimioterapia e radioterapia”, entre o verão de 2016 e o de 2017.

“Pensar que a última imagem” do filho de alguém “pode ser a das paredes cinzentas” daqueles contentores “é uma mágoa insuportável”, confessa.

“Porque é que nos descarregaram aqui? Era isso que eu perguntava. O meu marido chegou a colar um cartão na parede do quarto para tapar uma corrente de ar”, recorda.

Uma ressonância “má” faz perspetivar novo internamento e Clara teme voltar a ser “descarregada” num “quarto minúsculo” e “frio”, com “aquele barulho de buzinas imensas em hora de ponta”.

“Não é justo. É uma miséria. Os pais não sabem o que fazer mais. Já gritámos, já perdemos vidas”, descreve.

“Não consigo entender porque não arrancam as obras. Quando está nas mãos do poder fazer alguma coisa e não fazem nada, é uma impotência”, desabafa.

Clara elogia os profissionais “competentíssimos” e “amigos”, desde “enfermeiros a auxiliares, que dão no duro danado para que não falte nada às crianças quando lhes falta tudo”.

Abel Silva e Margarida Correia tiveram o filho a receber tratamentos no São João entre novembro de 2014 e março de 2016.

O menino passou por um “quarto minúsculo, sem janela, paredes meias com a copa”, até “aparecer uma vaga nos isolamentos”.

“Às vezes, os médicos andam ali a jogar, a ver quem fica melhor um bocadinho para uma cama ser libertada. É indigno para qualquer contribuinte e desumano para qualquer criança”, afirmam.

Sentem “revolta” e insistem estar “na altura de arranjar condições dignas”.

“Não podemos continuar à espera. Não consigo perceber como se gasta tanto dinheiro em autoestradas e continuamos, neste século, a ter aqueles contentores”, afirma Margarida.

A 24 de outubro, o primeiro-ministro disse que o reforço do orçamento da Saúde permitirá "avançar com o lançamento" do concurso para a ala pediátrica, mas a nova ministra da tutela, Marta Temido, afirmou não haver data para o procedimento.

O Hospital de São João não autorizou a Lusa a fazer reportagem nas suas instalações, acrescentando que "não comenta o assunto".

Contactado pela Lusa, o Ministério da Saúde disse, através de fonte oficial, que não vai "fazer comentários além dos esclarecimentos que já foram prestados".

Revisão do plano
O Governo de Moçambique está a rever o Plano Estratégico Nacional da Resposta ao HIV/Sida para permitir que o país reduza de...

João Leopoldo, citadopelo diário Notícias, disse que 150 especialistas das áreas de HIV, tuberculose e hepatites estão envolvidos na revisão do plano.

"Este plano estratégico estabelece como principais objetivos a redução da incidência do HIV por transmissão sexual em 50% até 2020", afirmou Leopoldo.

A ação visa aferir o grau de cumprimento dos planos, apontar os progressos alcançados e identificar as boas práticas no âmbito da resposta ao HIV/Sida, acrescentou.

O vice-ministro da Saúde de Moçambique assinalou que o plano estratégico pretende igualmente reduzir para menos de 5% a transmissão do HIV/Sida de mães para bebés até 2020, a mortalidade relacionada com a doença em 49% até 2020 e a eliminação do estigma e da discriminação.

 

Proposta conjunta
As duas estruturas sindicais de enfermeiros que convocaram a greve entre 22 de novembro e 31 de dezembro entregaram ontem ao...

Em declarações à Lusa, Lúcia Leite, da Associação Sindical Portuguesa de Enfermeiros (ASPE), que, em conjunto com o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor), convocou a paralisação dos enfermeiros a serviços cirúrgicos de cinco centros hospitalares, disse esperar que até à próxima reunião com a tutela, agendada para dia 15, a nova ministra da Saúde, Marta Temido, analise a proposta e frisou que até dia 22, quando se inicia a greve, há ainda muito tempo para negociar.

A dirigente sindical entende, no entanto, que a “proposta fechada” e “pronta a publicar” entregue pelas duas estruturas “é razoável e equilibrada” e “reflete os princípios gerais enunciados pelos sindicatos dos enfermeiros”, não diferindo muito de outra proposta anterior da autoria da ASPE.

Segundo Lúcia Leite, o “único capítulo em branco” na proposta entregue é o que diz respeito às normas transitórias, que apenas poderá ser preenchido pelos sindicatos quando souberem, da parte da tutela, o que é ou não aceite no documento.

A dirigente sindical explicou que a proposta apenas vai ser tornada pública dentro de dois dias, porque as estruturas não querem misturar a negociação dos serviços mínimos da greve com a divulgação do documento.

Contudo, adiantou, por exemplo, que a tabela remuneratória proposta pelas duas estruturas é praticamente igual à de 2010, com duas alterações significativas: introduz a categoria de enfermeiro-especialista, o que significa que a carreira passa a ter três categorias, ao invés de duas, e elimina os dois índices remuneratórios mais baixos da carreira de enfermeiro.

O objetivo é que estes profissionais tenham no início de carreira salários semelhantes aos de outros profissionais de saúde, disse Lúcia Leite.

A dirigente da ASPE quis ainda esclarecer que os sindicatos, apesar de reconhecerem a iniciativa como “boa, inovadora e entusiasmante”, não têm qualquer intervenção na campanha de angariação de fundos ‘online’ lançada por um grupo de enfermeiros, nem na recolha, nem na distribuição dos fundos angariados, sublinhando que isso seria uma ação ilegal da parte dos sindicatos.

A única forma a que as estruturas sindicais poderiam recorrer para apoiar financeiramente uma paralisação seria um fundo de greve, que têm previsto nos seus estatutos.

A greve abrange o Centro Hospitalar Lisboa Norte, o Centro Hospitalar Universitário de São João (Porto e Valongo), o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, o Centro Hospitalar Universitário do Porto e o Centro Hospitalar de Setúbal, afirmou Lúcia Leite.

O objetivo de angariar pelo menos 300 mil euros foi superado, e contou com donativos sobretudo de enfermeiros, mas também de médicos, anestesistas e outros profissionais, além de amigos e familiares.

A greve pretende parar, principalmente, as cirurgias programadas, mas os sindicatos apelam também a que os efeitos se façam sentir no serviço de cirurgia adicional nos hospitais não abrangidos pelo pré-aviso de greve.

Este serviço é prestado fora do horário normal de cirurgias, para doentes que estão há demasiado tempo em listas de espera, e é pago em valores bastante mais elevados do que o serviço normal dos enfermeiros e que funciona quase como “um serviço privado” dentro do Serviço Nacional de Saúde, esclareceu Lúcia Leite.

“Por questões éticas”, os sindicatos apelam aos enfermeiros dos cinco centros hospitalares abrangidos que suspendam também este serviço de cirurgia adicional, para não poderem ser acusados de querer obter um benefício económico por não paralisarem nas cirurgias melhor remuneradas.

O incêndio ontem num hotel na Praça da Figueira, em Lisboa, esteve “circunscrito à cobertura”, informou fonte dos bombeiros,...

“O fogo esteve circunscrito à cobertura”, disse fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, informando que quatro pessoas sofreram inalação de fumos, três das quais foram encaminhadas ao hospital de São José.

O incêndio levou à evacuação do hotel na Praça da Figueira.

Segundo a agência Lusa constatou no local, pelas 18:15, as chamas eram visíveis no topo do edifício e estavam a ser combatidas por 28 operacionais, apoiados por nove viaturas.

No local estiveram elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros e dos Bombeiros Voluntários de Lisboa, além de elementos das forças policiais.

 

Governo
O secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, disse ontem que os diplomas setoriais da Educação e da Saúde, no...

“Estes dois diplomas estão na mão do primeiro-ministro, que os levará a Conselho de Ministros quando bem entender e que espero seja ainda esta semana”, disse Carlos Miguel.

O secretário de Estado das Autarquias Locais falava durante um painel dedicado à descentralização de competências para os municípios, durante o 38.º colóquio nacional da ATAM - Associação dos Trabalhadores da Administração Local, que decorre entre hoje e quarta-feira, em Aveiro.

Destacando o “caráter universal” do processo de descentralização, que envolve todos os setores do Governo, Carlos Miguel disse que há 16 diplomas aprovados em Conselho de Ministros que estão à espera de promulgação por parte do Presidente da República.

O governante referiu ainda que há cinco diplomas que "não estão prontos": portos, transportes fluviais, áreas protegidas, apoio social e freguesias.

De acordo com o secretário de Estado, os quatro primeiros estão “consensualizados” com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), mas dependem de portarias que ainda não estão prontas.

Quanto ao diploma das freguesias, está “consensualizado” com a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) e “não está consensualizado” com a ANMP, explicou Carlos Miguel, adiantando que “deverá ser formalmente aprovado em breve”, fechando este ciclo de descentralização.

“Com esta descentralização passamos a ter uma Administração Pública mais equilibrada, um pouco menos central, um pouco mais local”, observou, adiantando, contudo, que por muito que se descentralize agora neste processo, “ainda temos muito mais para descentralizar para que a Administração Pública seja muito mais eficiente do que aquilo que consegue ser ao dia de hoje”.

Na mesma ocasião, o presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves (PSD/CDS/PPM), disse que esperava “um passo bem maior” no processo de descentralização, afirmando que Portugal “é um dos dois países mais centralizados da Europa, o que é péssimo para a Democracia e para a mobilização dos cidadãos para a causa pública”.

O autarca realçou ainda a importância de lutar para acabar com a “’hiperburocracia’” existente no país, adiantando que a situação “está pior” do que quando começou a ser presidente da Câmara, há 21 anos.

“A justificação de uma ridícula despesa está hoje levada a um tratado de justificações legais inadmissível e ridículo”, disse, criticando aquilo que afirma serem “regras ridículas para acabar com a despesa”.

Previsão reflete aumento de despesa face ao previsto
O Ministério da Saúde estima que o défice do Serviço Nacional de Saúde (SNS) seja de 238 milhões de euros este ano, segundo...

A previsão do défice em 2018 reflete “um aumento de despesa, face ao valor inicialmente previsto, de 231 milhões de euros, atingindo a despesa total 9.898 milhões de euros”, bem como uma subida da despesa com capital, comparando a execução estimada para 2018, face a 2017, num valor de 24.8 milhões de euros, um crescimento de cerca de 20%, refere uma nota do Ministério da Saúde.

A estimativa do défice tem ainda em conta um aumento da receita com origem em transferências do Estado de 217 milhões de euros, totalizando 8.812 milhões de euros.

“Este crescimento reflete o aumento do número de efetivos (devido à alteração do período normal de trabalho para 35 horas semanais), a reposição salarial integral e a reposição do valor das horas extraordinárias e de qualidade, a processar progressivamente durante 2018”, refere a nota explicativa do Ministério da Saúde para o Orçamento do Estado (OE) para 2019, que será apresentado na terça-feira pela ministra da Saúde, Marta Temido, no parlamento.

Reflete ainda um crescimento de cerca de 50 milhões de euros nas compras e de 16 milhões de euros nos fornecimentos e serviços externos.

De acordo com o documento, a despesa do SNS em 2019 significará 12,1% da despesa primária das Administrações Públicas, ganhando peso na afetação global dos recursos públicos.

Em comparação com o Orçamento do Estado 2018, o orçamento do SNS em 2019 beneficiará de um aumento com origem nas transferências do OE de 612 milhões de euros.

“Este aumento inclui a previsão da cobrança da taxa sobre os produtos açucarados, a ser transferida para o SNS ao longo de 2019 (79 milhões de euros) e a utilização da dotação para a redução de passivos não financeiros”, adianta.

As despesas com pessoal aumentam 186 milhões de euros (+5%), retratando “o crescimento dos efetivos e a reposição de direitos em matéria salarial, horas extraordinárias, horas de qualidade, a uniformização do período normal de trabalho no SNS e os novos ingressos”.

O crescimento da despesa é igualmente ditado pelo aumento de encargos com os medicamentos, bem como pelo incremento da despesa com os fornecimentos e serviços externos.

Relativamente ao défice do SNS em 2019, o documento afirma que “deverá apresentar uma ligeira melhoria face ao valor provisional de 2018 em 165 milhões de euros”.

Prevê ainda um aumento da receita face ao valor previsto para 2018 de 246 milhões de euros, suportado por um aumento das transferências do OE de 243 milhões de euros.

Relativamente ao investimento, o Governo prevê que atinja 160 milhões de euros em 2019, um crescimento de 20 milhões de euros face a 2018.

Equipa de Apoio Psicossocial
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, considerou hoje que os cuidados paliativos são uma forma de...

Miguel Albuquerque, que presidiu hoje, no Hospital Dr. Nélio Mendonça, à apresentação do Projeto “Equipa de Apoio Psicossocial (EAPS)”, integrado no Programa Humaniza da Fundação La Caixa, disse que, apesar da evolução científica e técnica, "o ciclo da vida não mudou e as pessoas devem ser tratadas com dignidade".

Está a decorrer o período de formação de equipas de apoio psicossocial, com a ida para o terreno prevista para o final do mês, estimando-se que, por ano, cerca de 250 doentes e 500 familiares serão beneficiados com este tipo de apoio.

O Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, através da Unidade de Cuidados Paliativos, foi uma das dez unidades do país selecionadas para a constituição de uma Equipa de Apoio Psicossocial (EAPS), no âmbito do Programa Humaniza da Fundação La Caixa, projeto que visa reforçar o apoio a pessoas com doenças avançadas.

Este programa teve início em Espanha em 2009 e tem alcançado resultados positivos no apoio aos doentes em cuidados paliativos e familiares.

A EAPS tem visa complementar a resposta oferecida às necessidades dos doentes e dos seus familiares no que concerne às exigências específicas de apoio psicossocial e espiritual, bem como de acompanhamento no luto e apoio às equipas de profissionais que cuidam de pessoas com doenças avançadas e as suas famílias.

Cada equipa é constituída por dois assistentes sociais, um psicólogo a tempo inteiro e outro a tempo parcial.

 

Optometristas portugueses integram iniciativa mundial focada na visão das crianças
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) acaba de estabelecer uma parceria com a campanha global Our...

“Se pretendemos atingir o acesso universal aos cuidados para a saúde da visão e produzir um impacto no desenvolvimento sustentado, necessitamos de o fazer todos em conjunto. A Our Children’s Vision está a ajudar a consciencializar para os problemas da visão e como eles influenciam os mais novos e a APLO está orgulhosa de fazer parte da divulgação desta mensagem. Esta é uma oportunidade para combinar os nossos esforços e partilhar experiências na prestação de cuidados efetivos às crianças”, disse Raúl Alberto de Sousa, Presidente da APLO.

A Our Children’s Vision tem atualmente 85 organizações parceiras, distribuídas por 63 países. A filosofia é trabalhar em conjunto para que todas as crianças, independentemente do seu género, estatuto económico ou localização geográfica, tenham a oportunidade para ver nitidamente. Até à data a campanha alcançou e prestou cuidados para a saúde da visão a 27 milhões de crianças.

“Estamos entusiasmados com o facto da APLO se ter juntado à nossa campanha e promover a nossa causa em Portugal. Assegurar-nos que as crianças tenham visão saudável é uma causa que todos podem apoiar. Sabemos que as crianças em Portugal necessitam de cuidados para a saúde da visão – e também correção dos problemas da visão – e nós sabemos de facto que nem todas o estão a receber. A APLO está a trabalhar para mudar isso”, disse Hasan Minto, Diretor do programa Our Children’s Vision.

A Our Children’s Vision é uma iniciativa global que aumenta, acelera e expande os serviços de cuidados para a saúde da visão para mais crianças em todo o mundo. A campanha está a trabalhar para fornecer cuidados para a saúde da visão a 50 milhões de crianças até 2020.

 

Infarmed
Lotes de um mediamento antidepressivo da farmacêutica portuguesa Bluepharma já tinham sido voluntariamente recolhidos do...

Segundo um comunicado emitido pela Autoridade do Medicamento (Infarmed) em meados de outubro, a farmacêutica recolheu lotes de fluoxetina por ter detetado “um resultado fora da especificação nos estudos de estabilidade”, mas sem que tal comprometa a segurança de utilização do medicamento.

“Apesar de não parecer comprometer a segurança de utilização do medicamento, mas como medida de precaução, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização” de dois lotes de fluoxetina Bluepharma de 20 mg, refere o comunicado.

Os lotes em causa são o L170713 e o L1707131.

Hoje, as autoridades de Macau anunciaram que vão recolher do mercado lotes do antidepressivo produzido em Portugal para "proteger a saúde pública”.

Em causa está o "antidepressivo 'Fluoxetina Bluepharma 20mg Cápsulas', com número de lote L1707131, produzido pelo fabricante português Bluepharma-Indústria Farmacêutica, SA", que já terá sido recolhido voluntariamente pelo importador, pode ler-se no comunicado hoje divulgado pelas autoridades de Macau.

A decisão de se proceder à recolha do medicamento surge "após resultados dos testes de estabilidade terem confirmado que a qualidade padrão era inferior ao estabelecido".

O antidepressivo faz parte da convenção de medicamentos dos serviços de saúde de Macau, apenas fornecido aos utentes nas farmácias aderentes.

"De forma a proteger a saúde pública, os Serviços de Saúde solicitaram a exportadores e importadores e firmas de venda por grosso dos produtos referidos", bem como "às farmácias aderentes à convenção para procederem à recolha dos medicamentos em causa", refere-se mesma nota.

Contudo, sublinha-se no comunicado, "os utentes não devem parar a administração dos medicamentos antes de obtenção do medicamento substituto", mas sim "pedir informações junto de farmacêuticos, para eventual substituição", caso provenham do lote L1707131.

Prevenção
O Presidente da República elogiou hoje a "continuidade institucional" no que respeita à política de vacinação contra...

Numa cerimónia no Museu dos Coches, em Lisboa, que assinalou o 10.º aniversário da vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV), que pode causar cancro do colo do útero, Marcelo Rebelo de Sousa observou: "Tantas vezes encontramos o contrário, que é as mudanças políticas ou administrativas serem acompanhadas de ruturas no domínio de prioridades. Isso não faz sentido".

Numa curta intervenção, de cerca de sete minutos, o chefe de Estado agradeceu a todos os que contribuíram para o "sucesso de Portugal" na prevenção do HPV nestes dez anos e referiu que "dizem especialistas que talvez faça sentido alargar o rastreio e a vacinação aos homens, e fazê-lo rapidamente".

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, este poderá ser "o grande desafio" a enfrentar agora: "Dizem especialistas, mas o Presidente da República não é suposto ser especialista na matéria".

"Eu pergunto-me se não será de pensarmos numa outra fase. E essa outra fase tem a ver com a noção que temos hoje de que este problema não é só um problema de mulheres, é também um problema de homens, e com um âmbito etário que é um pouco mais vasto do que aquele que se tinha pensado", expôs.

No início do seu discurso, o Presidente da República saudou a presença de anteriores ministros da Saúde nesta cerimónia, além da atual titular da pasta, Marta Temido, afirmando que representam "uma continuidade institucional" nesta matéria.

Em seguida, considerou que está em causa "o êxito daquilo que foi uma política definida e consistentemente aplicada", que é "um bom símbolo relativamente à ligação entre a democracia e a saúde em Portugal".

No seu entender, "houve sucesso porque houve a exata noção da prioridade da intervenção pública neste domínio: era preciso intervir, através de uma discriminação positiva, para um público-alvo, era preciso intervir rapidamente, era uma corrida contra o tempo".

"Era preciso mobilizar todas as energias, era preciso sensibilizar a opinião pública, a começar no público-alvo, e era preciso contar com a dedicação os profissionais de saúde. Isso aconteceu", prosseguiu.

Dirigindo-se aos antigos ministros da Saúde, entre eles, o anterior, Adalberto Campos Fernandes, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou: "Mas era preciso mais. Era preciso haver continuidade institucional. E essa continuidade institucional está representada pela participação de vossas excelências, sucessivos ministros desta pasta, que são um símbolo também de como, mudando os governos, não mudou uma prioridade nacional".

"Sabemos que se deve planear para o médio-longo prazo e não propriamente estar a gerir o curto prazo. Aqui planeou-se e executou-se numa dimensão de largo fôlego", enalteceu.

De acordo com o Presidente da República, outra "razão do sucesso" na prevenção do HPV foi "uma revolução cultural, uma mudança cultural" que aconteceu em Portugal: "O que era inesperado, surpreendente, estranho há umas décadas passou a ser assumido como uma realidade natural".

O eventual alargamento do rastreio e da vacinação aos homens implicará "uma nova revolução cultural, habituados que se encontram a considerar ser um problema das mulheres, e não da sociedade como um todo envolvendo os próprios homens", disse.

Alegada falta de qualidade
As autoridades de Macau anunciaram hoje que vão recolher do mercado um antidepressivo produzido em Portugal para "proteger...

Em causa está o "antidepressivo 'Fluoxetina Bluepharma 20mg Cápsulas', com número de lote L1707131, produzido pelo fabricante português Bluepharma-Indústria Farmacêutica, SA", que, já terá sido recolhido voluntariamente pelo importador, pode ler-se no comunicado hoje divulgado pelas autoridades de Macau.

A decisão de se proceder à recolha do medicamento surge "após resultados dos testes de estabilidade terem confirmado que a qualidade padrão era inferior ao estabelecido".

O antidepressivo faz parte da convenção de medicamentos dos serviços de saúde de Macau, apenas fornecido aos utentes nas farmácias aderentes.

"De forma a proteger a saúde pública, os Serviços de Saúde solicitaram a exportadores e importadores e firmas de venda por grosso dos produtos referidos", bem como "às farmácias aderentes à convenção para procederem à recolha dos medicamentos em causa", refere-se mesma nota.

Contudo, sublinha-se no comunicado, "os utentes não devem parar a administração dos medicamentos antes de obtenção do medicamento substituto", mas sim "pedir informações junto de farmacêuticos, para eventual substituição", caso provenham do lote L1707131.

O medicamento contém a substância ativa fluoxetina que pertence a um grupo de medicamentos antidepressivos chamados inibidores seletivos da recaptação da serotonina e é utilizado no tratamento, entre os adultos, de episódios depressivos major, perturbação obssessivo-compulsiva e bulimia nervosa.

 

Projeto vai "facilitar a performance dos cuidadores informais
O Centro de Inovação em Tecnologias e Cuidados de Saúde (CiTechCare) do Politécnico de Leiria apresentou hoje a plataforma...

Considerado pelo presidente do IPLeiria, Rui Pedrosa, um "marco" na investigação da área da saúde, o projeto vai "facilitar a performance dos cuidadores informais", contribuindo para uma "maior qualidade de vida das pessoas".

Para Rui Pedrosa, a equipa multidisciplinar - que inclui as diferentes escolas do Politécnico de Leiria - vai colocar "o conhecimento ao serviço da comunidade" através de um projeto de investigação que desenvolve um modelo de capacitação dos cuidadores informais e da pessoa dependente para o autocuidado.

O modelo inclui um manual de apoio ao cuidador em formato físico, áudio e vídeo, acessíveis e de fácil compreensão, uma plataforma ‘online' com ‘website' público, ‘backoffice' para os profissionais de saúde e aplicação para os cuidadores informais, e um guião com o modelo de capacitação.

A coordenadora do CiTechCare e deste projeto, Maria dos Anjos Dixe, explicou que a plataforma vai "dar resposta às necessidades dos cuidadores", que têm à sua responsabilidade pessoas parcial ou totalmente dependentes, após a alta hospitalar.

"Não se trata de substituir o profissional de saúde, mas será um contributo para diminuir as falsas urgências. Por vezes, os cuidadores vão ao hospital, porque não conseguem administrar comida através de uma sonda ou porque esta se soltou. Através desta plataforma têm resposta às suas dúvidas", exemplificou Maria dos Anjos Dixe.

Esta plataforma permite que, após a alta hospitalar, o utente e cuidador tenham um ficheiro interligado, onde de imediato é disponibilizada informação sobre os cuidados necessários. Está disponível a possibilidade de serem colocadas perguntas ‘online’, cuja resposta será dada por um profissional de saúde, associando ao ficheiro os materiais alusivos às dúvidas.

Além do esclarecimento, a plataforma visa contribuir para a diminuição da sobrecarga do cuidador e das falsas urgências.

Os conteúdos da plataforma foram produzidos por investigadores, profissionais de saúde e estudantes, e estão em permanente atualização, sendo que a plataforma ‘online' e a ‘app' resultam da auscultação de alguns cuidadores e da resposta de profissionais de saúde às questões dos utilizadores.

O projeto financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Compete 2020 e União Europeia, vem dar resposta a uma necessidade premente na região Centro e no país, face ao aumento do número de cuidadores informais, "que se estima chegar aos 800 mil no país", salientou Maria dos Anjos Dixe.

O Help2Care resulta de um projeto em rede, interdisciplinar e de investigação baseada na prática, que envolve estudantes, docentes e profissionais de saúde, e que é liderado pelo CiTechCare do Politécnico de Leiria e copromovido pela Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco, pela Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Santarém e pelo Centro Hospitalar de Leiria.

 

Investimento
A requalificação das instalações do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia-Espinho e a construção do Centro Pediátrico do...

Esta informação consta na nota explicativa do Ministério da Saúde para o Orçamento do Estado para 2019, hoje disponível na página da Internet do parlamento.

O documento, que será apresentado pela ministra da Saúde na terça-feira no âmbito da discussão na especialidade do orçamento da Saúde, refere que, além do Centro Pediátrico do S. João e das obras no hospital de Gaia, está prevista "a construção de um novo edifício para o Serviço de Urgência do Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, e a requalificação e ampliação da Unidade de Queimados e Serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Lisboa Norte”.

Fazem também parte dos planos do Ministério da Saúde para 2019 “a construção do novo edifício para o ambulatório no Hospital Garcia de Orta e o alargamento e remodelação da Urgência Polivalente do Centro Hospitalar Tondela-Viseu”, assim como “a beneficiação e remodelação do Bloco Operatório da unidade de Chaves do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro e a ampliação e remodelação do Serviço de Urgência num dos polos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra”.

Constam ainda no documento “a substituição de equipamento obsoleto na radioterapia do Instituto Português de Oncologia de Coimbra, a construção de novo Bloco Operatório no Hospital da Figueira da Foz e a remodelação do Bloco Operatório Central do Instituto Português de Oncologia de Lisboa”.

Em articulação com o Ministério das Finanças, está também previsto o lançamento de quatro novos hospitais: Hospital de Lisboa Oriental; Hospital Central de Évora; Unidade Hospitalar do Seixal e a Unidade Hospitalar de Sintra.

Orçamento do Estado
O número de profissionais do Serviço Nacional de Saúde e do Ministério da Saúde, incluindo os hospitais em regime de Parceria...

“Em termos relativos, em 2018, o grupo dos enfermeiros continuará a ser o mais representativo, com 33,4% do total, seguido do pessoal médico, com 21,3%, e dos assistentes operacionais, com 20% do total de trabalhadores”, segundo dados da nota explicativa do Ministério da Saúde para o Orçamento do Estado (OE) para 2019, que será apresentado na terça-feira pela ministra da Saúde, Marta Temido, no parlamento.

Não incluindo os hospitais em regime de Parceria Público-Privada (PPP), estima-se que os recursos humanos afetos ao SNS e Ministério da Saúde atingirão, em dezembro de 2018, um total de 129.170 efetivos, valor que também revela um aumento de 3% relativamente ao ano anterior.

De acordo com a nota explicativa, publicada no ‘site’ da Assembleia da República, estima-se, no final de 2018, um crescimento de 1,25% do número de médicos, incluindo internos, passando de 28.609, em 2017, para 29.035 este ano, e de 4,43% no número de enfermeiros, crescendo de 43.559 para 45.431.

O número de técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica deverá aumentar 4,77%, passando de 8.206, em 2017, para 8.592 em 2018, e o dos assistentes operacionais 3,71%, subindo de 26.317 para 27.268.

A análise da distribuição etária dos recursos humanos do Ministério da Saúde evidencia “um padrão que se aproxima de uma distribuição normal ao nível agregado, ainda que com diferentes comportamentos numa análise por grupo profissional”, refere o documento.

No grupo profissional dos enfermeiros, predominam os recursos humanos mais jovens, “o que sugere uma menor probabilidade de constrangimentos decorrentes da passagem à aposentação nos próximos anos, embora com correspondentes reflexos ao nível do absentismo por parentalidade”, refere o documento.

No grupo profissional dos médicos, observa-se “uma distribuição mais assimétrica, com um número significativo de médicos em condições potenciais de aposentação”, adianta, salientado que esta “é uma situação mais evidente no curto prazo, que poderá ser compensada pela entrada de novos médicos no sistema”.

“A comparação do potencial de aposentações nos médicos especialistas de Medicina Geral e Familiar é superior ao potencial de aposentações nos médicos das especialidades hospitalares”, sublinha a nota explicativa.

Como exemplo, aponta que, em 2018, existem no SNS 2.057 médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar com idade igual ou superior a 62 anos e 1.901 no conjunto das especialidades hospitalares.

Até ao final de setembro aposentaram-se 662 profissionais, mais 41 face ao período homólogo de 2017, prevendo o Governo que, no final do ano, este valor possa situar-se na ordem dos 800 a mil.

Relativamente aos médicos de Medicina Geral e Familiar, as previsões apontas que, no final do ano, existam cerca de 370 em condições de se aposentarem.

Projeto em desenvolvimento
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) está a desenvolver um dispositivo que...

Segundo a ESTeSC-IPC, com o projeto do novo dispositivo, que foi distinguido com uma bolsa ‘StartUp Voucher’, pelo IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, “identificar o grupo a que pertence uma amostra de sangue poderá passar a ser um processo mais rápido, simples e económico do que o atual”.

“A ideia passa por criar uma microplaca que permitirá analisar 12 amostras de sangue em simultâneo, reduzindo, assim, para mais de metade, os custos com o procedimento de determinação sanguínea”, explica a ESTeSC em comunicado hoje enviado à agência Lusa.

A investigação está a ser desenvolvida por Cristiana Mourato (que em julho terminou a licenciatura em Ciências Biomédicas Laboratoriais na ESTeSC) sob orientação do docente Fernando Mendes, com a colaboração de Diana Martins (docente da ESTeSC) e de Ricardo Teixo (investigador, mestre em Bioquímica pela Universidade de Coimbra).

Segundo a nota, atualmente existem vários procedimentos para realizar análises de determinação sanguínea, mas “todos implicam a utilização de equipamentos onerosos e permitem apenas a observação [de] amostras isoladas”.

Cristiana Mourato, citada no comunicado, salienta que “a CARD, que é a estratégia mais utilizada, implica a utilização de uma centrifugadora específica e dispendiosa, que só é utilizada neste tipo de análise”.

O dispositivo que está a ser desenvolvido na ESTeSC-IPC “dispensa a utilização deste tipo de equipamentos adicionais, o que - a par com a possibilidade de analisar 12 amostras em simultâneo - permitirá reduzir significativamente os custos do procedimento”.

A microplaca permitirá “realizar a análise direta e reversa [células e plasma] do sangue em simultâneo”, o que representa mais uma vantagem face aos equipamentos existentes, de acordo com Cristiana Mourato.

Com o projeto que está a ser desenvolvido em Coimbra, “o processo passará a ser mais simples, económico e facilmente reprodutível”.

Com o apoio da bolsa ‘StartUp Voucher’, iniciada na sexta-feira, Cristiana Mourato dedicar-se-á em exclusivo e durante um ano ao desenvolvimento do projeto, sendo que o objetivo é “ter o dispositivo pronto a comercializar no final deste período”.

O projeto da ESTeSC já tinha conquistado, em 2017, o 2.º prémio do concurso regional Poliempreende e a fase final do concurso Arrisca C.

Revela uma meta-análise
O consumo de sumos de fruta 100% tem impacto neutro no controlo glicémico, revela um estudo publicado no Journal of Nutritional...

A investigação, uma meta-análise de 18 ensaios clínicos aleatorizados envolvendo 960 adultos, examinou o impacto da ingestão de sumo de fruta 100% nos marcadores de controlo glicémico.

O estudo, que incluiu participantes com excesso de peso ou fatores de risco metabólicos, como hipercolesterolemia ou diabetes tipo 2 (DM2), revelou que, em comparação com os grupos de controlo, os sumos de fruta 100% não tiveram um impacto significativo na glicemia de jejum, HOMA-IRa, insulina nem nos níveis de hemoglobina glicosilada (um marcador de níveis de glicose a longo prazo).

Os resultados acompanham os de uma meta-análise anterior que examinou 12 ensaios clínicos aleatorizados em 412 adultos obesos ou com fatores de risco para DM2 ou para doença cardiovascular. Em metade dos estudos, a ingestão de sumos de fruta 100% foi ≥ 400g por dia. Observou-se que o consumo de sumo de fruta 100% não afetou significativamente os níveis de glicose de jejum nem a secreção de insulina.

A análise de subgrupo revelou que os resultados não foram afetados pelos níveis basais de glicose, pela duração do estudo, pelo tipo de sumo de fruta, pelo índice glicémico do sumo de frutas ou pela qualidade do estudo, o que sugere um efeito consistente transversal a estas populações de risco.

“Dois fatores podem justificar estes resultados. Por um lado, os sumos de fruta 100% não possuem um índice glicémico alto. As tabelas de índice glicémico internacionais revelam que o sumo de maçã 100% tem um índice glicémico de 41, enquanto que o sumo de laranja 100% tem um índice glicémico de 50 - ambos inferiores aos dos alimentos com baixo índice glicémico , tais como o pão integral ou a aveia cozinhada” refere a nutricionista Maria João Campos, que colabora com o programa Fruit Juice Maters.

“Os elevados níveis de polifenóis nos sumos de fruta 100% podem também ser uma explicação dado que estes compostos têm um papel importante na regulação da glicose-insulina, inibindo a absorção de glicose, estimulando a secreção de insulina e a captação de glicose pelas células, além de modularem as vias de sinalização celular, bem como a expressão genética”, acrescenta.

proibição definitiva
França proibiu os pesticidas à base de metam-sódio, afirmou hoje a agência de segurança sanitária Anses, que considerou esses...

A proibição definitiva surge depois de a utilização dos pesticidas ter sido suspensa por causa de várias intoxicações no oeste do país.

"O seu uso representa um risco para a saúde humana e o ambiente", afirma a agência, que reexaminou todas as licenças de introdução no mercado de produtos com metam-sódio e agora intimou os fabricantes a pararem de os vender.

Os produtos com metam-sódio são usados para desinfetar solos, eliminando cogumelos e ervas antes das culturas, especialmente tomates e plantas usadas para saladas cultivados em explorações familiares.

Em França, cerca de 700 toneladas destes pesticidas são usadas todos os anos, especialmente no oeste, onde vários casos de intoxicação foram comunicados desde o fim de setembro.

A agricultura de pequena propriedade representa 60% dos empregos do setor na zona de Loire-Atlantique, 4.600 postos de trabalho responsáveis pela produção de grandes quantidades de aipos, pepinos ou tomates.

Existem alternativas ao metam-sódio, mas na agricultura de escala familiar ainda não são utilizadas e prefere-se o metam-sódio pela sua eficácia.

 

Dados DGS
Cerca de 750 mil jovens raparigas vacinaram-se contra o vírus do HPV em Portugal nos últimos dez anos, o que corresponde a 86%...

Os dados foram divulgados pela Direção-Geral da Saúde na cerimónia que assinala hoje em Lisboa o 10.º aniversário de vacinação contra o vírus do papiloma humano (HPV), que pode provocar cancro do colo do útero.

A vacina contra o HPV, com a vacina incluída no Programa Nacional de Vacinação, arrancou em outubro de 2008.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, destacou hoje os elevados níveis de vacinação atingidos, que "colocam Portugal na vanguarda mundial de prevenção primária do HPV".

Segundo os dados oficiais, 750 mil jovens mulheres estão totalmente vacinadas contra o HPV, o que representa 86% da população alvo para a vacina.

A secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte, frisou que este indicador "está muito acima" da meta traçada pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS).

Cerca de 90% dos cancros do colo do útero podem ser prevenidos pela vacinação, mas a doença é ainda uma das principais causas de morte entre jovens mulheres, sendo o segundo tipo de cancro mais comum em mulheres entre os 15 e os 44 anos.

 

 

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