Associaçao de Pevonedistat e Azacitidina apresenta resultados promissores

O estudo de fase 2 Pevonedistat-2001 avaliou Pevonedistat em associação com azacitidina versus azacitidina em monoterapia em doentes com leucemias raras, incluindo as síndromes mielodisplásicas (SMD) de maior risco. Estes resultados mostram a elevada atividade da associação de Pevonedistat + azacitidina, sugerindo uma nova abordagem terapêutica, baseada nos benefícios observados em vários parâmetros clinicamente importantes, incluindo a sobrevivência global, sobrevivência livre de eventos, remissão completa e independência transfusional, com um perfil de segurança semelhante à azacitidina em monoterapia.
O estudo Pevonedistat-2001 foi desenhado como estudo prova de conceito em doentes com SMD de maior risco, leucemia mielomonocítica crónica (LMMC) de alto risco e leucemia mieloide aguda (LMA) com baixa contagem de blastos. Apesar de não ter atingido os dados pré-definidos como estatisticamente significativos para o objectivo principal de sobrevivência global, o tratamento com a associação de Pevonedistat + Azacitidina demonstrou uma sobrevivência numericamente superior quando comparada com a azacitidina em monoterapia e uma tendência para benefício na sobrevivência livre de eventos, definida como morte ou transformação para LMA.
“Estamos muitos optimistas sobre Pevonedistat de acordo com estes resultados do estudo de fase 2, particularmente no subgrupo de doentes com SMD de maior risco pois demonstrou que a combinação de Pevonedistat e azacitidina apresentou benefícios para doentes em vários endpoints, sem preocupações de segurança adicionais. A combinação demonstrou não só uma tendência para um aumento na sobrevivência, mas também que os doentes com SMD de maior risco atingiram taxas de resposta superiores e independência transfusional aumentada”, afirmou Christopher Arendt, Head, Oncology Therapeutic Area Unit, Takeda. “Aguardamos com expectativa os resultados do nosso estudo PANTHER de fase 3, que completou o recrutamento no Outono passado e que irá suportar o registo de Pevonedistat globalmente.”
Não existiam avanços no tratamento para a SMD de maior risco há mais de uma década e as opções de tratamento atuais permitem benefícios limitados. Pevonedistat pode ser a primeira nova opção para estes doentes em uma década.
“É animador olhar para estes resultados encorajadores do ensaio Pevonedistat-2001, em particular na SMD de maior risco, uma forma agressiva de SMD associada a pior prognóstico, diminuição da qualidade de vida e uma alta taxa de transformação para LMA,” afirmou Lionel Adès, MD, PhD, Hôpital Saint-Louis, e investigador principal do estudo Pevonedistat-2001. “A adição de Pevonedistat ao tratamento convencional atual em doentes com SMD de maior risco duplicou a taxa de remissão completa, aumentou a duração da resposta e melhorou os resultados a longo prazo com um perfil de segurança semelhante à azacitidina em monoterapia, o que pode dar resposta a uma necessidade médica ainda não satisfeita das pessoas que vivem com esta doença.”
Sobre o Ensaio Pevonedistat-2001
Pevonedistat-2001 (NCT02610777) é um ensaio clínico de fase 2 global, aleatorizado, controlado, aberto, multicêntrico, desenhado para avaliar a segurança e eficácia de Pevonedistat em combinação com azacitidina versus azacitidina em monoterapia em doentes com SMD ou LMMC de maior risco, ou leucemia mielóide aguda (LMA) com baixa contagem de blastos, considerados inelegíveis para transplante de células estaminais e que não receberam terapêuticas anteriores. Aproximadamente 120 participantes foram recrutados mundialmente. O objetivo principal do estudo foi a sobrevivência global.