Num estudo, em modelo animal
Um estudo, recentemente publicado na revista científica Advanced Science, demonstrou que os exossomas de células estaminais...

O vitiligo é a causa patológica mais comum de falta de pigmentação da pele, caracterizando-se por manchas brancas dispersas pelo corpo que têm origem na destruição de melanócitos, as células responsáveis pela produção de melanina.

Em termos clínicos, as lesões iniciais do vitiligo são frequentemente caracterizadas pela infiltração local de células T, que desempenham um papel essencial no sistema imunológico, e pela consequente perda de melanócitos na pele afetada. No vitiligo, a função das células T reguladoras (Tregs) está comprometida, o que contribui para a progressão da doença.

Embora a causa exata do vitiligo ainda seja incerta, há evidências que sugerem uma forte ligação com fatores autoimunes e stress oxidativo. Até ao momento, não existe uma terapia eficaz que trate simultaneamente esses dois aspetos da doença, o que torna urgente o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas.

A ação terapêutica das células estaminais mesenquimais do cordão umbilical (UC-MSCs) está associada à secreção de vesículas extracelulares, em particular de exossomas, que, devido às suas propriedades imunorreguladoras e antioxidantes, apresentam potencial para o tratamento de doenças autoimunes, como o vitiligo.

O estudo publicado investigou o impacto dos exossomas derivados de UC-MSCs no tratamento do vitiligo em modelo animal. Os animais foram divididos em três grupos distintos: animais doentes (grupo controlo), animais doentes aos quais foram administrados exossomas obtidos a partir de um meio de cultura em 2D, e animais doentes aos quais foram administrados exossomas obtidos a partir de um meio de cultura em 3D, que permite replicar de forma mais fiel o ambiente fisiológico.

Após 10 semanas de tratamento, os resultados mostraram que as áreas de despigmentação nos animais tratados com exossomas eram significativamente menores comparativamente ao grupo controlo, apresentando o grupo tratado com exossomas obtidos a partir de um ambiente 3D os melhores resultados.

Além disso, os investigadores observaram uma redução considerável no número de linfócitos T infiltrados na pele e no sangue dos animais tratados, sugerindo que os exossomas, principalmente aqueles obtidos através de um meio de cultura 3D, desempenham um papel crucial na regulação do sistema imunológico e na proteção dos melanócitos contra o stress oxidativo.

Os resultados obtidos nesta primeira fase demonstraram que exossomas de UC-MSCs contribuíram simultaneamente para a redução da infiltração e da ativação dos linfócitos T e para o aumento do número de células reguladoras do sistema imunitário.

Numa segunda fase, os testes in vitro também mostraram que os exossomas derivados de células estaminais mesenquimais do cordão umbilical são eficazes na proteção dos melanócitos, diminuindo a acumulação de compostos tóxicos responsáveis pela sua destruição celular (apoptose), o que sugere a atividade antioxidante e antiapoptótica dos exossomas em resposta ao stress oxidativo.

Este estudo representa um avanço significativo no desenvolvimento de terapias com base em exossomas, oferecendo novas perspetivas para o tratamento do vitiligo. As vesículas extracelulares derivadas das células estaminais demonstraram um efeito duplo, atuando tanto nos mecanismos imunológicos quanto no stress oxidativo, ambos subjacentes à doença.

“A capacidade dos exossomas de atuar simultaneamente sobre os mecanismos imunológicos e de stress oxidativo subjacentes ao vitiligo coloca estas vesículas como um tratamento promissor e alternativo para doenças do foro autoimune. No entanto, são ainda necessários mais estudos que permitam alcançar um maior conhecimento acerca da utilização e eficácia desta abordagem terapêutica para que possa vir a ser implementada na prática clínica.”, refere Eduardo Carvalho, do Departamento de I&D da Crioestaminal.

Sessões práticas de pilates, zumba, alongamentos, karaté e outras modalidades
No próximo dia 28 de setembro, a Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) vai reunir mais de 50 sociedades científicas...

“O objetivo deste evento é sensibilizar a população e os profissionais de saúde para a importância do exercício físico no controlo e melhoria da qualidade de vida dos portadores de doenças crónicas”, começa por explicar a presidente da SPLS, Cristina Vaz de Almeida. “Foi por este motivo que a iniciativa conseguiu agregar dezenas de parceiros: é o momento de, em conjunto, lutarmos pelo bem-estar destas pessoas”. 

Sob a coordenação da SPLS com INATEL, CIDEFES — Universidade Lusófona, Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Direção-Geral da Saúde e Plano Nacional de Envelhecimento Ativo e Saudável, os participantes terão acesso a diversas atividades físicas adequadas às suas condições de saúde. O programa foi desenhado para promover a prática de exercício de forma segura e eficaz, com o acompanhamento de especialistas em fisiologia do exercício. 

“Com esta ação, pretendemos criar um movimento nacional que incentive os doentes crónicos a adotar estilos de vida mais saudáveis e ativos, através de uma abordagem multidisciplinar e colaborativa. Além das atividades práticas, o evento inclui momentos de sensibilização e informação, com a presença de profissionais de saúde e representantes das várias entidades participantes”, continua. 

O programa conta com sessões práticas de pilates, zumba, alongamentos, karaté e outras modalidades. Estão ainda programadas diferentes palestras sobre artrose, fibromialgia, comportamentos sedentários, gestão de stress e capacitação para autogestão da DPOC, por exemplo. O programa completo pode ser consultado aqui.  

“Esperamos que esta iniciativa possa ter um impacto positivo na promoção da literacia em saúde e na adesão a práticas de autocuidado por parte da população com doenças crónicas, desafiando mitos e medos em torno da atividade física nestas condições”, conclui Cristina Vaz de Almeida. 

A iniciativa conta com o apoio científico da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF). Todas as informações podem ser encontradas no website oficial da SPLS, aqui

 
Inflamação dos tendões
A saúde dos ombros desempenha um papel fundamental nas nossas atividades diárias.

O que é a Tendinite do Ombro?

A tendinite do ombro é uma patologia dolorosa que afeta os tendões da articulação do ombro. Caracteriza-se por inflamação dos tendões, resultando em dor e restrição dos movimentos.

A tendinite da coifa dos rotadores é uma das formas mais comuns de tendinite do ombro. A coifa dos rotadores é um grupo de tendões que envolve a cabeça do úmero e é responsável pela estabilidade e mobilidade do ombro.

Quando estes tendões estão danificados ou inflamados, ocorre a tendinite da coifa dos rotadores.

Causas da Tendinite do Ombro

A tendinite do ombro pode ser causada por uma variedade de fatores.

Fatores de risco, como atividades repetitivas que envolvem movimentos do ombro, lesões agudas, envelhecimento, fraqueza muscular e desequilíbrios musculares, podem contribuir para o desenvolvimento da tendinite.

Além disso, má postura, falta de alongamento e aquecimento adequados antes da atividade física e ergonomia inadequada no ambiente de trabalho também podem aumentar o risco.

Sintomas da Tendinite do Ombro

Os sintomas mais comuns da tendinite do ombro incluem dor localizada na região do ombro, sensibilidade ao toque, dificuldade em levantar objetos pesados, restrição de movimento e dor que pode irradiar para o braço e pescoço.

A dor geralmente é pior durante a atividade física ou ao levantar o braço acima da cabeça e muitas vezes surge dor durante a noite. É importante estar ciente desses sinais para buscar diagnóstico e tratamento adequados.

Devo colocar quente ou frio?

A aplicação de calor ou frio pode ser benéfica no alívio dos sintomas da tendinite do ombro. A aplicação de gelo é recomendada nas fases agudas da inflamação, pois ajuda a reduzir o inchaço e a dor. O gelo deve ser aplicado na área afetada por 15 a 20 minutos, várias vezes ao dia.

Já o calor pode ser utilizado nas fases de recuperação, para relaxamento muscular e aumento do fluxo sanguíneo. Pode-se aplicar calor através de uma compressa quente ou banho quente. É importante seguir as orientações médicas sobre quando e como aplicar cada método.

Como Prevenir a Tendinite no ombro

A prevenção desempenha um papel crucial na saúde dos ombros. Algumas dicas e estratégias para prevenir a tendinite do ombro incluem:

  • Praticar alongamentos e exercícios de fortalecimento dos músculos do ombro regularmente. Isso ajuda a manter a flexibilidade e fortalecer os músculos, reduzindo o risco de lesões.
  • Adotar uma postura adequada durante as atividades diárias, como sentar e trabalhar em uma mesa.
  • Utilizar técnicas ergonômicas no ambiente de trabalho, como ajustar a altura da cadeira e do monitor para manter o alinhamento adequado do corpo.
  • Evitar movimentos repetitivos excessivos que possam sobrecarregar os tendões do ombro.
  • Realizar pausas frequentes durante as atividades físicas ou no trabalho que exijam esforço do ombro.
  • Realizar aquecimento adequado antes de exercícios físicos intensos, para preparar os músculos e tendões para a atividade.
  • Evitar o levantamento de objetos pesados de forma inadequada. Sempre dobre os joelhos e use os músculos das pernas para levantar objetos pesados, em vez de sobrecarregar o ombro.
  • Manter um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada, exercícios regulares e descanso adequado, para fortalecer o sistema imunológico e promover a saúde dos tecidos.

Opções de Tratamento para a Tendinite do Ombro

O tratamento inicial para a tendinite do ombro geralmente envolve medidas conservadoras. Isso pode incluir repouso, imobilização temporária usando uma tipoia ou tala, modificação de atividades para evitar movimentos que agravem a dor, uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos para alívio da dor e redução da inflamação e aplicação de RICE: Rest, Ice, Compression, Elevation (Descanso, Gelo, Compressão, Elevação).

A terapia com gelo reduz o inchaço e a inflamação, enquanto a compressão e a elevação ajudam a reduzir a dor e melhorar a circulação sanguínea.

Além das medidas conservadoras, a fisioterapia desempenha um papel crucial no tratamento da tendinite do ombro.

O fisioterapeuta médico irá desenvolver um programa de exercícios específico para fortalecer os músculos do ombro, melhorar a flexibilidade e restaurar a amplitude de movimento.

A terapia também pode incluir técnicas de mobilização articular, massagem e modalidades de fisioterapia, como eletroterapia e ultrassom, para aliviar a dor e promover a cicatrização.

Em casos mais graves de tendinite do ombro, quando o tratamento conservador não é eficaz, pode ser considerada a intervenção cirúrgica.

A cirurgia é geralmente reservada para casos em que há lesão grave nos tendões ou rutura do manguito rotador. a coifa dos rotadores.

Durante a cirurgia, o médico pode reparar os tendões danificados, remover esporões ósseos ou realizar outros procedimentos necessários para restaurar a função normal do ombro.

Quando se deve fazer cirurgia para a tendinite do ombro

Embora a maioria dos casos de tendinite do ombro possa ser tratado com abordagens conservadoras, em alguns casos a intervenção cirúrgica pode ser necessária.

A decisão de optar pela cirurgia dependerá de vários fatores, incluindo a gravidade dos sintomas, a resposta ao tratamento conservador e o impacto na qualidade de vida do paciente. Aqui estão algumas situações em que a cirurgia pode ser considerada:

  1. Falha do tratamento conservador: Se após um período adequado de tratamento conservador, os sintomas persistirem ou piorarem, a cirurgia pode ser recomendada. Isso ocorre quando outras opções de tratamento não conseguiram proporcionar alívio adequado da dor e restaurar a função do ombro.
  2. Lesão grave nos tendões: Em casos de lesões graves nos tendões do ombro, como uma rutura de um ou mais tendões da coifa dos rotadores, a cirurgia pode ser necessária para reparar os tendões danificados. Isso geralmente é considerado quando a lesão interfere significativamente nas atividades diárias e na função do ombro.
  3. Impacto nas atividades diárias: Se a tendinite do ombro causar restrições severas na capacidade do indivíduo de realizar atividades essenciais, como levantar objetos, vestir-se ou dormir, a cirurgia pode ser uma opção para restaurar a função normal do ombro e melhorar a qualidade de vida.
  4. Lesões crônicas recorrentes: Em alguns casos, a tendinite do ombro pode se tornar crônica e recorrente, com episódios repetidos de inflamação e dor. Se isso ocorrer e a qualidade de vida do paciente for significativamente afetada, a cirurgia pode ser considerada como uma medida para resolver o problema de forma mais permanente.

É importante ressaltar que a decisão de realizar a cirurgia para a tendinite do ombro deve ser feita em conjunto com o médico especialista, levando em consideração a avaliação completa do caso e os objetivos individuais do paciente. O médico irá fornecer informações detalhadas sobre o procedimento cirúrgico, benefícios esperados, riscos potenciais e tempo de recuperação.

 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No valor de 7 mil euros cada
A Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação (SPMFR) tem disponíveis bolsas de investigação científica no valor...

As bolsas são dedicadas a médicos fisiatras e internos de medicina física e reabilitação, que já se podem candidatar à sua atribuição. Na mesma altura, a SPMFR promove o XXIV Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, o mais importante evento científico nacional de Medicina Física e de Reabilitação.

O evento acontece nos dias 26, 27 e 28 de setembro de 2024, em Évora. Para além de um programa científico abrangente e diversificado, que incluirá palestras, mesas-redondas, workshops e cursos, o congresso contará com a presença de especialistas nacionais e internacionais prestigiados em diferentes áreas. É o caso de Matteo Cesari, responsável pelo programa de Envelhecimento Saudável das Nações Unidas, e também Almudena Fernández-Bravo, especialista em Medicina Desportiva, teaching musculoskeletal ultrasound e ultrasound-guided interventions.

Para Renato Nunes, presidente da SPMFR, “o congresso contribui para promover a partilha de conhecimento, a atualização científica e a discussão de temas relevantes para a especialidade. Será também uma oportunidade de encontro entre colegas e amigos, com atividades culturais, momentos de convívio e networking, nos quais poderemos promover a proximidade e fortalecer a colaboração e a união entre todos, partilhar e contribuir para alcançar o mais elevado nível de desenvolvimento da ciência e da técnica”.

Ainda durante os três dias, estão reservados momentos de homenagem aos médicos fisiatras que dedicaram a sua vida profissional ao desenvolvimento da especialidade e serão atribuídos prémios científicos.

Opinião
É unânime que a educação é a forma mais eficaz para o desenvolvimento de uma sociedade.

A aprendizagem é a aquisição de conhecimento pelos indivíduos que, por sua vez, lhe atribuem efetivamente um significado, contribuindo para os capacitar e transformar, exercendo posteriormente a sua ação no contexto comunitário.

Assim, poderemos afirmar que a aprendizagem é um processo contínuo, em que o ser humano está em constante evolução, através da interação com o meio envolvente, onde ensinar e aprender são essenciais para a existência e crescimento humano, para a participação cívica ativa e para a responsabilização de cada pessoa, dentro das suas comunidades. O desenvolvimento das capacidades humanas e das oportunidades bem distribuídas, asseguram um crescimento equilibrado e equitativo das sociedades.

Neste âmbito, o paradigma da aprendizagem ao longo da vida, foi apresentado no relatório da UNESCO, e abriu novas perspetivas para pensar o processo educativo. Nomeadamente em retirar da escola o pilar basilar do ensino e aprendizagem.

Neste contexto, o documento estrutura-se em torno de dois grandes eixos inovadores: a ideia de aprendizagem ao longo da vida e de cidades educativas e inclusivas, independentemente da idade. Na base destes eixos está o pressuposto biológico e filosófico de que o Homem é um ser inacabado, com implicações incomensuráveis para a educação exigindo ao ser humano, para sobreviver e evoluir, uma aprendizagem constante, em todas as idades e na multiplicidade de situações e circunstâncias da vida diária, retirando à instituição escolar o monopólio da Educação e transferindo essa responsabilidade para toda a sociedade.

A aprendizagem ao longo da vida refere-se a todas as atividades de aprendizagem intencional ou não, desenvolvidas ao longo da vida, em contextos formais, não-formais ou informais, com o objetivo de adquirir, desenvolver ou melhorar conhecimentos, aptidões e competências, numa perspetiva pessoal, cívica, social e/ou profissional, enquanto processo autorregulador e adaptativo, essencial para o desenvolvimento pessoal que inclui a saúde e bem-estar e a vida social e comunitária.

A aprendizagem ao longo da vida é fundamental para a construção de sociedades em que o conhecimento é partilhado por todos e visto como um bem público comum, que possibilita aos indivíduos a aquisição de recursos para uma participação ativa no meio onde estão inseridos, promovendo comunidades mais participativas e progressivamente mais desenvolvidas.

Possibilitando o constante desenvolvimento dos indivíduos, que ocorre através da comunicação e interação, sendo que este estabelecimento de relações humanas, torna-nos seres ensinantes e aprendentes, ou seja, qualquer individuo, independentemente da idade tem capacidades de ensinar e aprender.

Em 1996, a UNESCO apresentou o livro de Jacques Delors designado de “Educação: um tesouro a descobrir para o séc. XXI”. E descreve os quatro pilares da aprendizagem ao longo da vida, que são: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

Baseado na ideia de que a aprendizagem deve assumir-se como um fator de coesão, procurando ter em conta a diversidade dos indivíduos e das comunidades, este livro propôs a organização da educação em torno destes quatro pilares fundamentais “que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento”.

Juntos, estes pilares traduzem uma conceção de aprendizagem e do processo educativo mais ajustada ao período contemporâneo, porque o foco já não é apenas a aquisição do conhecimento e a sua mobilização no sentido do saber fazer, valorizando-se também a dimensão do desenvolvimento pessoal e social e a dimensão do aprender a conhecer num contexto de mudança permanente, sendo essenciais para o crescimento e desenvolvimento humano, ou seja, caracterizam e essência da pessoa.

Referências: 

European Commission. (2019). Key competences for lifelong learning, Publications Office. Bruxelles. https://data.europa.eu/doi/10.2766/569540 

European Commision. (2021). The 2021 ageing report - Publications Office of the EU 2021. Bruxelles. doi:10.2765/84455 

UNESCO (1996). Learning: the treasure within; report to UNESCO of the International Commission on Education for the Twenty-first Century (highlights) - UNESCO Digital Library. https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000109590 

UNESCO. (2022). 5th global report on adult learning and education. Citizenship education: Empowering adults for change. UNESCO Institute for Lifelong Learning. Hamburg: UIL. 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Idade, raça, peso a condição física são fatores que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardíacas
As doenças cardíacas em animais de companhia são frequentemente silenciosas e os sinais clínicos podem passar despercebidos. A...

Sendo considerada a quarta causa de morte mais comum nos cães, a doença cardiovascular pode ser controlada, mediante vigilância médica adequada. Entre as patologias mais frequentes nos animais de companhia, encontramos as seguintes:

  • Doença Degenerativa Valvular Mitral (DDVM): Também designada por doença mixomatosa da válvula mitral, é a doença cardíaca adquirida mais frequente em cães adultos, representando mais de 70% das doenças cardíacas na espécie canina. A sua prevalência aumenta com a idade sendo mais frequente em cães de raça pequena, como Cavalier King Charles Spaniel e Poodle.
  • Cardiomiopatia Dilatada (CMD): Mais comum em cães de raças grandes, como Doberman Pinscher e Boxer. A CMD é caracterizada pelo enfraquecimento do músculo cardíaco, que se dilata e perde a capacidade de bombear o sangue de forma eficiente. É a segunda forma mais prevalente de doença cardíaca em cães, sendo responsável por 10% dos diagnósticos cardíacos.
  • Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH): A doença cardíaca mais prevalente em gatos, afetando até 15% dos felinos, especialmente os das raças Maine Coon e Ragdoll. A CMH leva ao espessamento das paredes do coração, dificultando o bombear de sangue e podendo resultar em insuficiência cardíaca ou tromboembolismo.
  • Doenças Cardíacas Congénitas: Afetam cerca de 1% a 2% dos cães e gatos e incluem defeitos de nascença como estenose pulmonar, comunicação interventricular e persistência do canal arterial. Estes problemas exigem diagnóstico precoce e, muitas vezes, intervenção cirúrgica.

Tosse, cansaço excessivo, dificuldades respiratórias e desmaios são alguns dos sintomas que devem ser motivo de ida ao veterinário. Segundo Rui Máximo, médico veterinário do AniCura Atlântico Hospital Veterinário, “o diagnóstico precoce e o acompanhamento regular são fundamentais para o controlo destas patologias e para a melhoria da qualidade de vida dos nossos animais”.

O recomendável são consultas regulares e exames complementares, como ecocardiogramas e eletrocardiogramas, especialmente em raças predispostas ou em animais com mais de sete anos de idade. “A prevenção e o acompanhamento médico são essenciais. Assim como cuidamos do nosso coração, devemos também cuidar do coração dos nossos amigos de quatro patas”, acrescenta.

Atribuída bolsa no valor de 35 mil euros
A leucemia mieloide aguda é responsável por 62% das mortes por leucemia. E ajudar a dar resposta às necessidades não...

O estudo liderado por Delfim Duarte, investigador do i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, da Universidade do Porto, em conjunto com o Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, é o vencedor do Prémio FAZ Ciência 2024, numa edição que contou com 24 candidaturas.

A leucemia mieloide aguda afeta, anualmente, 15 adultos em cada 100 mil pessoas, apresentando-se como uma doença cuja sobrevida global continua baixa, sobretudo num conjunto mais pequenos de doentes, que apresentam uma mutação no gene TP53, o que torna o cenário ainda mais difícil. O projeto “Uncovering the immune and stromal microenvironment of TP53-mutated acute myeloid leukemia” procura contribuir para desvendar os mecanismos da doença e desenvolver novas terapêuticas para os doentes que sofrem de leucemia com esta mutação.

Maria do Céu Machado, presidente da Fundação AstraZeneca, refere que “o apoio à investigação científica e os contributos que daí resultam são fundamentais para os doentes e para os profissionais de saúde e contemplam a missão da Fundação AstraZeneca. Tal como em edições anteriores do Prémio FAZ Ciência, mantém-se a área da Oncologia por se considerar prioritária e oportunidade de divulgar a investigação que se faz em Portugal relativamente a novas terapêuticas e técnicas de diagnóstico e prevenção cuja excelência deve ser prestigiada e distinguida”.

Com o objetivo de distinguir os melhores projetos de investigação translacional (que englobem pesquisa empírica e trabalho de campo) em oncologia, a nível nacional, os projetos candidatos ao Prémio “FAZ Ciência” foram avaliados por uma Comissão de Avaliação composta por cinco especialistas nacionais na área da Oncologia: Bruno Silva-Santos, Vice-Diretor do Instituto de Medicina Molecular (iMM Lisboa) e Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; José Carlos Machado, Vice-presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup) e Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; José Pedro Carda, Hematologista no Hospital da Luz, em Lisboa, e Clínica da Luz, em Odivelas, e Assistente Convidado da Faculdade de Medicina da Universidade Católica; Luís Costa, Chefe do Departamento de Oncologia do Hospital de Santa Maria e Professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa; Maria-João Cardoso, Coordenadora da Equipa Cirúrgica da Unidade de Mama da Fundação Champalimaud e Professora Associada da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Campanha #Safe2Eat
A campanha #Safe2Eat tem como objetivo ajudá-lo a descobrir mais sobre a segurança dos alimentos na Europa e como pode tomar...

A maioria de nós preocupa-se com o que a nossa comida contém, quer estejamos a fazer compras no supermercado, a cozinhar em casa ou a comer fora com amigos e família. Os ingredientes influenciam o sabor da nossa comida e, em certa medida, o preço que pagamos. É importante referir que, na Europa, os ingredientes alimentares, desde aditivos e aromas até aos derivados de novas tecnologias, devem ser comprovados como seguros antes de serem introduzidos nos alimentos.

Alguns ingredientes são perfeitamente seguros para a maioria de nós, mas podem ser prejudiciais para pessoas com alergias alimentares, intolerâncias ou condições médicas especiais. Por isso, além do valor nutricional dos alimentos embalados, os alergénios e as intolerâncias devem ser indicados nos rótulos dos produtos e nos menus dos estabelecimentos alimentares, para que as pessoas com esses problemas consigam fazer escolhas alimentares seguras.

A ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica na qualidade de Ponto Focal Nacional da EFSA, participa uma vez mais, e pelo 4.º ano consecutivo, na campanha #Safe2EatEU com a EFSA, cuja missão é reforçar a confiança dos consumidores no sistema de segurança dos alimentos da EU.

Deve-se ter especial atenção aos aditivos alimentares?

Na União Europeia, os ingredientes alimentares, incluindo aditivos, aromas e substâncias derivadas de novas tecnologias, são rigorosamente avaliados antes de serem aprovados para consumo. A EFSA assegura que qualquer aditivo, como corantes, conservantes e adoçantes, passe por avaliações científicas detalhadas para garantir que o seu consumo não representa um risco para a saúde.

Por isso, os aditivos alimentares, quando utilizados dentro dos limites estabelecidos, são considerados seguros. No entanto, é sempre prudente estar atento à quantidade e tipo de aditivos nos alimentos que consumimos regularmente.

Para que servem os rótulos dos alimentos?

Os rótulos dos alimentos fornecem informações valiosas sobre o seu valor nutricional e os ingredientes que contêm, permitindo que os consumidores façam escolhas informadas para manter uma dieta equilibrada. Em Portugal, assim como em toda a União Europeia, os rótulos devem seguir diretrizes rigorosas, indicando claramente a quantidade de açúcar, gordura, sal, energia, entre outros componentes. Para Filipa Melo de Vasconcelos, Subinspetora-Geral da ASAE, esta transparência “é essencial para que os consumidores compreendam o que estão a consumir. Além das informações nutricionais, os rótulos também devem destacar a presença de aditivos e indicar os alergénios mais comuns, como o glúten, o leite, os ovos, frutos secos e a soja”.

Ler os rótulos com atenção pode ajudar a evitar ingredientes indesejados e promover escolhas alimentares mais saudáveis. A Subinspetora-Geral da ASAE comenta ainda que: "A marcação de prazos nos nossos alimentos é baseada na ciência. Informação clara e correta nas embalagens e uma melhor compreensão e utilização da marcação de datas nos alimentos pode ajudar a reduzir o desperdício alimentar na UE, bem como garantir a segurança alimentar.".

Se tem uma alergia alimentar grave, como pode verificar se existem vestígios de alergénios nos alimentos?

Para pessoas com alergias alimentares graves, a leitura atenta dos rótulos dos alimentos é crucial para evitar reações alérgicas. Na União Europeia, é obrigatório que os alergénios mais comuns estejam destacados nos rótulos e menus de restaurantes, permitindo que os consumidores identifiquem facilmente se um produto contém substâncias que possam desencadear uma reação alérgica. Contudo, além da presença direta dos alergénios, os consumidores devem estar atentos à possibilidade de contaminação cruzada, que ocorre quando pequenas quantidades de alergénios entram em contacto com outros alimentos durante o processo de fabrico.

Os rótulos dos alimentos podem conter menções como “pode conter vestígios de…” ou “produzido numa fábrica que também processa…”, indicando a possibilidade de vestígios de alergénios. Estas informações são cruciais para quem sofre de alergias graves, pois até pequenas quantidades de alergénios podem desencadear reações perigosas. Se estiver a comer fora, não hesite em perguntar diretamente aos funcionários sobre os métodos de preparação dos alimentos e a possibilidade de contaminação cruzada.

Este ano, a campanha #Safe2EatEU amplia o seu alcance, com 18 países a congregar esforços para ajudar os consumidores a tomar decisões informadas sobre as suas escolhas alimentares. Os países participantes em 2024 incluem Portugal, a Roménia, a Chéquia, a Hungria, a Grécia, a Estónia, a Croácia, a Itália, a Letónia, Chipre, a Eslovénia, a Espanha, o Luxemburgo, a Eslováquia, a Áustria, a Polónia, Montenegro e a Macedónia do Norte.

 
Investigação do Laboratório Europeu de Biologia Molecular
Muitos medicamentos humanos podem inibir diretamente o crescimento e alterar a função das bactérias que constituem o nosso...

Num estudo inédito, investigadores dos grupos Typas, Bork, Zimmermann e Savitski do EMBL Heidelberg, e muitos antigos alunos do EMBL, incluindo Kiran Patil (MRC Toxicology Unit Cambridge, Reino Unido), Sarela Garcia-Santamarina (ITQB, Portugal), André Mateus (Universidade de Umeå, Suécia), bem como Lisa Maier e Ana Rita Brochado (Universidade de Tübingen, Alemanha), compararam um grande número de interações droga-microbioma entre bactérias cultivadas isoladamente e as que fazem parte de uma comunidade microbiana complexa. As suas conclusões foram recentemente publicadas na revista Cell. 

Para o seu estudo, a equipa investigou a forma como 30 medicamentos diferentes (incluindo os que visam doenças infeciosas ou não infeciosas) afetam 32 espécies bacterianas diferentes. Estas 32 espécies foram escolhidas como representativas do microbioma intestinal humano com base em dados disponíveis nos cinco continentes. 

Descobriram que, quando juntas, certas bactérias resistentes aos medicamentos apresentam comportamentos comunitários que protegem outras bactérias sensíveis aos medicamentos. Este comportamento de “proteção cruzada” permite que essas bactérias sensíveis cresçam normalmente quando em comunidade, na presença de medicamentos que as teriam matado se estivessem isoladas. 

“Não estávamos à espera de tanta resiliência”, disse Sarela Garcia-Santamarina, antiga pós-doutorada do grupo Typas e coautora do estudo, atualmente líder de um grupo no Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB), Universidade Nova de Lisboa, Portugal. “Foi muito surpreendente verificar que, em metade dos casos em que uma espécie bacteriana foi afetada pelo medicamento quando cultivada isoladamente, não foi afetada na comunidade.” 

Os investigadores aprofundaram então os mecanismos moleculares subjacentes a esta proteção cruzada. “As bactérias ajudam-se mutuamente, absorvendo ou decompondo os medicamentos”, explicou Michael Kuhn, investigador do Grupo Bork e coautor do estudo. “Estas estratégias são designadas por bioacumulação e biotransformação, respetivamente”. 

“Estas descobertas mostram que as bactérias intestinais têm um potencial de transformação e acumulação de medicamentos maior do que se pensava”, afirmou Michael Zimmermann, chefe de grupo do EMBL Heidelberg e um dos colaboradores do estudo. 

No entanto, há também um limite para a força desta comunidade. Os investigadores verificaram que concentrações elevadas de fármacos provocam o colapso das comunidades do microbioma e que as estratégias de proteção cruzada são substituídas pela “sensibilização cruzada”. Na sensibilização cruzada, as bactérias que normalmente seriam resistentes a certos medicamentos tornam-se sensíveis a eles quando estão numa comunidade - o oposto do que os autores viram acontecer em concentrações mais baixas de medicamentos. 

“Isto significa que a composição da comunidade permanece robusta a baixas concentrações de fármacos, uma vez que os membros individuais da comunidade podem proteger espécies sensíveis”, afirmou Nassos Typas, líder do grupo EMBL e autor sénior do estudo. “Mas, quando a concentração do fármaco aumenta, a situação inverte-se. Não só mais espécies se tornam sensíveis à droga e a capacidade de proteção cruzada diminui, como também surgem interações negativas que sensibilizam outros membros da comunidade. Estamos interessados em compreender a natureza destes mecanismos de sensibilização cruzada no futuro”. 

Tal como as bactérias que estudaram, os investigadores também adoptaram uma estratégia comunitária para este estudo, combinando os seus pontos fortes científicos. O Grupo Typas é especialista em abordagens experimentais de microbioma e microbiologia de alto rendimento, enquanto o Grupo Bork contribuiu com a sua experiência em bioinformática, o Grupo Zimmermann realizou estudos metabolómicos e o Grupo Savitski realizou as experiências proteómicas. Entre os colaboradores externos, o grupo do antigo aluno do EMBL Kiran Patil na Unidade de Toxicologia do Conselho de Investigação Médica, Universidade de Cambridge, Reino Unido, forneceu conhecimentos especializados em interações bacterianas intestinais e ecologia microbiana. 

Como experiência prospetiva, os autores também utilizaram este novo conhecimento das interações de proteção cruzada para montar comunidades sintéticas que pudessem manter a sua composição intacta após o tratamento com medicamentos.  

“Este estudo é um passo em frente para compreender como os medicamentos afectam o nosso microbioma intestinal. No futuro, poderemos utilizar este conhecimento para adaptar as receitas médicas de modo a reduzir os efeitos secundários dos medicamentos”, afirmou Peer Bork, chefe de grupo e diretor do EMBL Heidelberg.

“Para atingir este objetivo, estamos também a estudar a forma como as interações entre espécies são moldadas pelos nutrientes, de modo a podermos criar modelos ainda melhores para compreender as interações entre bactérias, medicamentos e o hospedeiro humano”, acrescentou Patil. 

Investigação Mayo Clinic
Uma doença hereditária rara de declínio cognitivo conhecida como Perturbação Relacionada com o CSF1R (CSF1R-RD) tem o seu nome...

Este facto realça a prevalência da doença e abre caminho a futuros tratamentos individualizados. A descoberta também sugere que fatores genéticos e ambientais podem influenciar a doença. Por exemplo, os esteróides utilizados para tratar a inflamação e as respostas imunitárias podem reduzir a neuroinflamação e prevenir a ocorrência de sintomas em portadores assintomáticos de mutações no gene CSF1R, segundo a equipa de investigação.

Os investigadores analisaram uma série de dados - demografia, genótipo, história familiar, estado clínico - recolhidos em 14 famílias das Américas, Ásia, Austrália e Europa. Encontraram 15 mutações CSF1R, incluindo oito mutações não registadas anteriormente. Existem cerca de 200 mutações conhecidas associadas a esta doença.

Este estudo contribui para a compreensão global da hereditariedade e da prevalência global de doenças neurodegenerativas raras em pessoas com e sem história familiar da doença”, afirma o autor sénior do estudo, Zbigniew Wszolek, um neurologista e neurofisiologista clínico da Mayo Clinic. A descoberta permitirá aos cientistas direcionar tratamentos modificadores da doença específicos para estas mutações do gene CSF1R”.

As variações genéticas podem complicar o diagnóstico da CSF1R-RD porque os sintomas podem imitar outras doenças, explica Wszolek. O diagnóstico preciso e a gestão médica da doença requerem critérios de diagnóstico e opções de tratamento actualizados, acrescenta.

A equipa de investigação afirma que são necessários mais estudos para analisar os portadores assintomáticos e sintomáticos das mutações do gene CSF1R, a fim de compreender melhor a doença. Salientam que os conhecimentos adquiridos com esta investigação irão melhorar o aconselhamento genético, orientar o desenvolvimento de intervenções terapêuticas e melhorar a previsão do risco de aparecimento da doença.

Wszolek e a sua equipa de investigação descobriram o gene CSF1R em 2011. Um dos estudos anteriores da equipa sobre a doença relacionada com o CSF1R, também conhecida como leucoencefalopatia relacionada com o CSF1R, examinou um tratamento que modifica a doença.

O estudo, agora publicado, pode ser conslutado aqui: https://www.neurology.org/doi/10.1212/NXG.0000000000200187

3º edição regressa ao Oeiras Padel Academia, a 19 de outubro
A Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Sul (LPCC-NRS) volta a ser parceira do torneio ‘Pink Padel Open’, cuja...

As inscrições já abriram para cerca de 288 jogadores, repartidos por 14 categorias. Por ser já o terceiro ano deste projeto singular, a agência The Stage, promotora do evento, introduziu algumas novidades: abriu-se pela primeira vez a categoria de ‘Padel Inclusivo’ e reforçou-se a aposta nos jovens atletas, alargando os Sub14 a duas categorias de Femininos e Masculinos.

Outra das grandes surpresas é o apoio da prestigiada pintora Graça Morais, que prontamente se solidarizou com o trabalho desenvolvido pela LPCC e ofereceu a ilustração das t-shirts oficiais do torneio deste ano, inspirada nas flores do seu jardim e que apresentam a seguinte mensagem: “Quero partilhar estas pinturas feitas em estado de graça, inspiradas nas flores do meu jardim, com todas as Mulheres que enfrentam e já enfrentaram o cancro de mama. A todas, desejo muita coragem e esperança por uma vida com mais saúde e muitos momentos de alegria”.

Para Marta Pojo, Diretora dos Projetos de Saúde da LPCC – NRS, é com muita gratidão que a Liga Portuguesa Contra o Cancro se alia a esta iniciativa pelo terceiro ano consecutivo. “Só podemos agradecer o empenho de todos que dão vida a este projeto que, além de promover um estilo de vida ativo, permite-nos dar continuidade ao nosso trabalho no apoio ao doente oncológico e cuidadores, na prevenção e diagnóstico precoce do cancro e também no apoio à formação e investigação em Oncologia. Todas as receitas que possamos angariar são muito importantes para podermos apoiar quem mais necessita”, apelou.

Estima-se que 1 em cada 11 mulheres na União Europeia desenvolva cancro da mama antes dos 74 anos. Os números mais recentes, referentes a 2022, divulgados pela Organização Mundial de Saúde sobre Portugal, mostram que o Cancro da Mama é o segundo tipo de cancro com mais prevalência no país e o quarto que mais mata, registando-se já 8 954 novos casos por ano.

As inscrição para a terceira edição do ‘Pink Padel Open’ estão abertas aqui.

27 de setembro
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH], em parceria com a Unidade Local de Saúde do Nordeste, promove...

Dedicada ao tema “Cuidar em proximidade: desafios e inovação no Nordeste" esta edição vai incidir sobre áreas e projetos implementados ou em curso, bem como desafios e oportunidades na ULS do Nordeste no contexto da inovação nos cuidados de saúde: da integração de cuidados, aos modelos de proximidade, a sessão contará com a participação de diversos profissionais de saúde da ULS do Nordeste que irão abordar e debater como “Cuidar em proximidade”. 

O “Caminho dos Hospitais” é uma iniciativa da APAH que teve o seu início em julho de 2016, traduzindo-se numa aposta na proximidade à comunidade hospitalar que visa atenuar situações de periferia através de visitas e reuniões programáticas às instituições do SNS, de forma descentralizada, dando especial enfoque a questões da atualidade. A par da articulação com os Administradores Hospitalares locais, na sua génese está a comunicação, a cooperação e a excelência no contacto com os Conselhos de Administração, inteirando-se da realidade e dos desafios de cada hospital e promovendo a qualidade da gestão hospitalar. Em paralelo são organizadas conferências/debate temáticas para as quais a APAH convida todos os associados e a comunidade hospitalar e da saúde a participar.

No Campo Pequeno
A Sonae Sierra e a Associação Alzheimer Portugal celebraram uma parceria com a Câmara Municipal de Lisboa com vista a criar, a...

As sessões deste novo Café Memória vão realizar-se aos quartos sábados de cada mês, das 10h00 às 12h00.

“Vamos falar sobre Demências” marca o primeiro encontro na cidade de Lisboa, sendo  iniciativa é gratuita e sem necessidade de inscrição prévia.

Rosário Zincke, Presidente da Direção Nacional da Associação Alzheimer Portugal, destaca: “com mais de 10 anos de existência o Café Memória é uma iniciativa de sucesso que tem vindo a contribuir de forma significativa para o envolvimento social de todos os que participam nas nossas sessões, muito em especial cuidadores familiares, conforme resulta das avaliações que temos recebido”.

Elsa Monteiro, Diretora de Sustentabilidade da Sonae Sierra, acrescenta: “O apoio de parceiros locais é fundamental e tem permitido levar o Café Memória a um maior número de pessoas.

Por isso, é gratificante contar com a participação da Câmara Municipal de Lisboa na abertura de mais um ponto de encontro.”

Sofia Athayde, Vereadora da Câmara Municipal de Lisboa com o Pelouro dos Direitos Humanos e Sociais refere que: “é com grande satisfação que nos juntamos à Associação Alzheimer Portugal e à Sonae Sierra para a concretização do Café Memória do Campo Pequeno, na Biblioteca Municipal do Palácio Galveias, espaço acessível e, simultaneamente, emblemático na cidade de Lisboa. Este projeto insere-se num conjunto de outras dinâmicas e apostas que o Município está a desenvolver na área do envelhecimento. É nosso propósito contribuir para a saúde e bem-estar das pessoas com problemas de memória e demência da nossa cidade, bem como dos seus cuidadores informais. Por outro lado, sabemos que estamos a contribuir para a sensibilização da comunidade para esta problemática de importância crescente na nossa sociedade. Temos de ter especial enfoque em quem nos deu e devemos tanto. Também é para eles que construímos cidade.”

O Café Memória é uma resposta específica para Pessoas com Demência e respetivos Cuidadores, amigos e familiares, que visa reduzir o isolamento social e contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida, bem como consciencializar a comunidade para a relevância crescente do tema das demências, diminuindo, assim, o estigma que lhe está associado. 

A rede conta atualmente com 20 espaços físicos em vários pontos do país (Almada, Cascais, Évora, Esposende, Guimarães, Loures, Lisboa – com duas localizações, Madeira, Marinha Grande, Mirandela, Oeiras, Pombal, Portimão, Porto, Sesimbra, Sintra, Viana do Castelo, Viseu, e, agora, Lisboa – Campo Pequeno).

Desde o início do projeto em 2013 até dezembro de 2023, realizaram-se 1579 sessões que contaram com a presença de mais de 5.557 participantes e perto de 22.350 participações.

APIFARMA apresenta
“Análise ao investimento SNS com medicamentos 2018-2026” é o estudo que a APIFARMA vai apresentar amanhã, dia 25 de Setembro,...

 

A conferência integra as celebrações do 85.º aniversário da APIFARMA e é realizada com o objectivo de debater modelos de financiamento de medicamentos e analisar investimentos em saúde.

 

 

 

Alimentação e Diabetes
A diabetes mellitus tipo 2 é uma doença altamente prevalente e com incidência crescente nos países d

A diabetes mellitus tipo 2, muitas vezes, está relacionada à genética: se há casos de pessoas diabéticas na família, provavelmente, haverá predisposição ao surgimento da doença. Porém, são fatores como a má alimentação e sedentarismo que explicam este crescente número de diabéticos. O diagnóstico precoce é uma prioridade de saúde pública, de modo a identificar e iniciar rapidamente o tratamento da doença, e assim prevenir o aparecimento de complicações, que mais elevam os custos de saúde associados.

A prevenção da doença é conseguida através da melhoria da qualidade da alimentação e do nível de atividade física, fatores estes que também são 2 dos 3 pilares de tratamento da doença, a par da medicação e/ou insulina: alimentação e prática de exercício físico são importantes na melhoria do controlo metabólico, controlo do perfil lipídico (colesterol e triglicéridos) e da tensão arterial, bem como para manter um peso saudável, com o intuito de prevenir o aparecimento das complicações da diabetes.

No que diz respeito à alimentação, estão bem documentados os nutrientes e alimentos que, consumidos em maior quantidade, aumentam o risco de desenvolver a doença e suas complicações. São eles, o consumo excessivo de gorduras, particularmente de gorduras saturadas e de gorduras trans, presentes em grande quantidade na charcutaria, carnes vermelhas, laticínios gordos, manteiga, creme de culinária, peles e gorduras de animais (banha, toucinho), óleo de coco e coco, sendo que as margarinas de culinária, salgadinhos, bolachas, confeitaria industrial, refeições pré-preparadas, e tudo o que contenha “gordura hidrogenada”, são também ricas em gorduras trans.

São também prejudiciais o consumo excessivo de sal (em particular, de sódio), presente em maior quantidade na charcutaria, manteiga e margarina, batatas-fritas de pacote e outros aperitivos, conservas de peixes e hortícolas, azeitonas e tremoços, queijos curados, molhos preparados, refeições prontas a consumir e de fast-food (pizzas, massas, hambúrgueres) ou desidratadas (sopas, molhos), assim como o consumo excessivo de açúcar e de hidratos de carbono de alto índice glicémico, presentes em qualquer tipo de açúcar em natureza, “natural” ou não, pastelaria e confeitaria caseira ou industrial, bolachas e biscoitos, gelados, refrigerantes e sumos de fruta, conservas de fruta, compotas, geleia e marmelada, gomas, rebuçados, bombons e chocolate em geral, e até cereais de pequeno-almoço e pão preparado com farinhas mais refinadas.

Mostraram ser benéficos na prevenção e tratamento da diabetes tipo 2 o consumo de alimentos ricos em ácidos gordos monoinsaturados, presentes no azeite, azeitonas, óleo de amendoim, amendoim e abacate, assim como o consumo de fibras alimentares presentes nos cereais integrais e farinhas integrais ou menos refinadas, leguminosas, legumes e hortaliças, e frutas. Enquanto os alimentos integrais e os legumes e hortaliças têm, em geral, baixo índice glicémico, as frutas têm diferentes índices glicémicos, o que nem sempre as torna alimentos adequados para serem consumidas de forma isolada por diabéticos, devendo ser integradas numa refeição (como sobremesa, entrada ou mesmo fazendo parte do “prato”) ou consumidas com outros alimentos às merendas (com um punhado de frutos secos oleaginosos, iogurte ou queijo magro ou tosta ou pão integrais).

O consumo de peixe, magros e gordos, e o consumo de produtos lácteos magros (leite magro, iogurte natural ou de baixo teor de açúcar, queijos de menor teor de gordura, incluindo queijo fresco e requeijão) são também benéficos na prevenção e tratamento da diabetes. Não foi encontrada relação prejudicial ou preventiva no consumo de frutos secos oleaginosos em geral (noz, avelã, amêndoa, …), assim como no consumo de leguminosas (feijão, grão de bico, feijão frade, ervilhas, lentilhas, …), embora estes alimentos devam ser incluídos no âmbito de uma alimentação saudável, pelo papel benéfico que têm na saúde em geral.

Se tivermos conhecimento do que preconiza a dieta mediterrânica, os seus princípios “encaixam” muito bem nestas recomendações. Sendo uma dieta considerada uma das melhores no que respeita à promoção da saúde, e que se identifica com a cultura e filosofia mediterrânica, onde se inclui Portugal, a adoção da dieta mediterrânica trará benefícios para a saúde e prevenção/tratamento da diabetes mellitus, mas também para a proteção do ambiente e outras preocupações ecológicas atuais, pois preconiza a preferência por alimentos de produção local - menos propensos à presença de grandes quantidades de agroquímicos e com muito menores distâncias percorridas desde a produção até ao consumo, por vezes sem intermediários, conferindo menor pegada ecológica e defendendo o ambiente para as gerações futuras.

Autora: Ana Isabel Neves Ferreira - Nutricionista 1218N sócia da www.girohc.pt
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 12 de outubro
No dia 12 de outubro (sábado), o Parque Urbano do Jamor, na Cruz Quebrada (Oeiras) acolhe pelas 10h00, a II edição da P-Race:...

“A partir dos 50 anos, os homens devem consultar um urologista (ou depois dos 45, se existir historial de cancro da próstata na família), mesmo quando não existem sintomas. Por outro lado, se o doente tiver queixas antes desta idade, deverá na mesma ser avaliado por um especialista, embora nestes casos, regra geral, esses sintomas não representam cancro”, sustenta José Santos Dias, médico urologista e Diretor Clínico do Instituto da Próstata. E acrescenta: “Se os cancros da próstata forem diagnosticados precocemente, as taxas de cura podem atingir os 98% aos 10 anos. No entanto, se o diagnóstico for mais tardio ou em casos de tumores muito agressivos, esta percentagem diminui”.

Os dados indicam que em Portugal surgem cerca de 6000 novos casos de cancro da próstata por ano e que o rácio de óbitos é de 2000/ano, razão pela qual a aposta no diagnóstico precoce é fundamental. A P-Race – Corrida da Próstata é uma organização conjunta do Instituto da Próstata, da Associação Portuguesa de Doentes da Próstata e da Associação de Atletismo de Lisboa, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras e de Recordati, entre outros parceiros. O objetivo principal é sensibilizar a população portuguesa para esta doença.

No dia 12 de outubro (sábado), pelas 10h00, o Parque Urbano do Jamor acolhe homens e mulheres, de todas as idades, para correrem (10 quilómetros), marcharem ou caminharem (apenas 5 quilómetros). Este evento desportivo e lúdico é igualmente solitário, na medida e que o valor da inscrição (que varia entre os €7 e os €15) reverte integralmente para a Associação Portuguesa de Doentes da Próstata além de poder ser descontado na primeira consulta no Instituto da Próstata e Incontinência Urinária, em Lisboa. Além dos tradicionais sacos, t-shirts e ofertas variadas para todos os participantes, os vencedores da corrida recebem ainda uma estadia de duas noites nos PortoBay Hotel & Resorts.

“Infelizmente, o número de casos tem vindo a aumentar, em virtude do envelhecimento da população mundial (e também portuguesa), pelo que é inexorável. No entanto, existem outros fatores que promovem o diagnóstico precoce e cada vez mais frequente da doença, que surge em doentes cada vez mais jovens. Torna-se cada vez mais importante consciencializar a população portuguesa para a importância do diagnóstico precoce e da necessidade de campanhas de alerta como esta”, afirma José Santos Dias. 

Estima-se que no Hospital da Lapa tenham nascido mais de cem mil Bebés
Setembro é o mês de celebração do 120.º aniversário do Hospital da Lapa, que, desde 1904, abraça a cidade do Porto, o Norte de...

Com uma imagem renovada, de braço dado com a tradição e o futuro, o Hospital prepara-se para anunciar o lançamento de novos serviços clínicos e de medicina interna que irão complementar a aposta realizada no último ano, nomeadamente nas áreas de obstetrícia, gastroenterologia, cardiologia, imagiologia, entre outros. 

Para comemorar os 120 anos o Hospital da Lapa vai lançar ainda o Cartão Lapa, que permitirá o acesso aos serviços do Hospital com condições preferenciais, podendo os seus titulares beneficiar de campanhas exclusivas.  

Além do anúncio de novos serviços clínicos e do Cartão Lapa a celebração dos 120 anos do Hospital da Lapa será, também, marcada pelo debate do estado da Saúde em Portugal. “Será que o Estado confia no privado e no social?” é uma das questões que estará em cima da mesa e que contará com os testemunhos de Miguel Guimarães, médico e ex-bastonário da Ordem dos Médicos, e António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, com moderação do ex-Ministro da Saúde, Manuel Pizarro. Por sua vez, Dom Manuel Clemente, Patriarca de Lisboa Emérito, juntar-se-á a Dom Manuel Linda, Bispo do Porto, para refletir sobre os hospitais e se “Ainda são locais onde se sentem gestos de humanidade”. A conversa será moderada por Carlos Soares Alves, Advogado e Doutor em Direito.

Recorda-se que os novos serviços implementados no Hospital da Lapa surgem no seguimento da entrada da Lapacare - uma joint-venture entre o grupo UNISANA Hospitais (detido pela Atena Equity Partners e pela 3T Portugal) e a HLine - na gestão e exploração da unidade de saúde, no âmbito do Acordo de Parceria celebrado com a Irmandade da Lapa, que conserva a propriedade do Hospital da Lapa, exatamente como quando foi fundado, em 28 de setembro de 1904. 

Único Data Centre na Península Ibérica com certificação ECRIN
A Associação para Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem (AIBILI) celebra 35 anos dedicados à transformação de...

“A AIBILI tem três tempos. Um passado, do qual muito nos orgulhamos, em que contribuiu para o posicionamento de Coimbra e Portugal como referências internacionais em investigação clínica em oftalmologia. Um presente, no qual temos uma extensa e especializada equipa que apoia investigadores, empresas farmacêuticas e outras instituições ligadas à saúde na realização de investigação clínica. Um futuro, que esperamos ser ainda mais brilhante, com cada vez mais parcerias nacionais e internacionais, que permitam a identificação de biomarcadores de imagem para monitorização da progressão de doenças associadas ao envelhecimento, análise automática de imagens e inteligência artificial com aplicação no diagnóstico preventivo e em medicina personalizada.”, afirma Conceição Lobo, Presidente da AIBILI.

“A falta de uma cultura de investigação clínica no Serviço Nacional de Saúde, associada à ausência de tempo dedicado a esta atividade, torna extremamente desafiadora a conciliação entre a investigação e a prática clínica. Pensar ciência, escrever protocolos, realizar candidaturas e obter financiamento são processos muito morosos, que exigem uma equipa dedicada, sendo muitas vezes infrutíferos, pela elevada competitividade em conseguir financiamento. A AIBILI tem uma estrutura reconhecida internacionalmente que dá resposta a muitos destes desafios nomeadamente o desenho, planeamento, implementação e coordenação de estudos clínicos assim como um Data Centre certificado pelo ECRIN para a recolha, gestão e armazenamento de dados clínico de acordo com todos os requisitos regulamentares.”, afirma Cecília Martinho, CEO da AIBILI.

Centro reconhecido pelo Ministério da Economia

A AIBILI é um Centro de Tecnologia e Inovação (CTI) na área da saúde dedicada ao desenvolvimento e investigação clínica de novos produtos para terapia médica e diagnóstico por imagem. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, fundada em 1989, estabelecida para apoiar a investigação translacional e a transferência de tecnologia na área da saúde. O reconhecimento pelo Ministério da Economia como CTI na área da saúde, identifica a AIBILI como parceiro facilitador entre as instituições científicas, as empresas e a indústria, com o objetivo de trazer novas soluções para o mercado da saúde.

Fundador venceu o mais prestigiado prémio mundial

O fundador da AIBILI, José Cunha-Vaz, professor catedrático emérito de Oftalmologia da Universidade de Coimbra e atual Presidente Honorário, tem uma vida marcada por descobertas científicas, desde 1960, em Inglaterra, EUA e Portugal, que influenciaram gerações de investigadores e tiveram um grande impacto na prática clínica. A sua contribuição para o avanço da ciência tem sido amplamente reconhecida tanto a nível nacional quanto internacional, através da atribuição de diversos prémios, com destaque para o Helen Keller Prize for Vision Research, um dos prémios mundiais mais prestigiados na área da investigação em oftalmologia.

Liderança em rede europeia

A AIBILI coordena, a partir de Coimbra, a Rede Europeia de Centros de Investigação Clínica em Oftalmologia (EVICR.net), composta por 95 centros de 16 países e tem como objetivo reforçar a capacidade da União Europeia para estudar doenças oftalmológicas e desenvolver e otimizar a utilização de estratégias de diagnóstico, prevenção e tratamento em oftalmologia. No âmbito do EVICR.net foi desenvolvida a Eye Platform, com o objetivo de reutilizar dados clínicos para realizar mais investigação, permitindo evitar a duplicação de estudos e otimização de recursos, cumprindo os requisitos regulamentares associados à partilha de dados.

Referência nos ensaios clínicos

A realização de investigação clínica em ambientes assistenciais, com recursos humanos limitados e sem a disponibilização de áreas e competências especializadas têm limitado a concretização de mais e melhor investigação clínica na área da saúde em Portugal. A AIBILI dispõe, desde 1991, de um Centro de Ensaios Clínicos (CEC) dedicado exclusivamente à realização de investigação clínica, com infraestruturas e recursos humanos dedicados e equipamentos com tecnologia de ponta na área de oftalmologia. Desde a sua constituição, o CEC realizou mais de 220 estudos clínicos, quer da iniciativa dos investigadores, quer da indústria farmacêutica. Em 2023, estavam em curso 22 ensaios clínicos no CEC. Para além dos estudos em oftalmologia, a AIBILI esteve também envolvida em ensaios clínicos em outras áreas terapêuticas, nomeadamente neurologia e diabetes. 

Dia Mundial do Coração assinala-se a 29 de setembro
Em Portugal, as doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morte e invalidez, sendo responsáveis por mais de um...

As doenças cardiovasculares, que incluem problemas como ataques cardíacos, hipertensão e acidentes vasculares cerebrais, são muitas vezes associadas a fatores de risco como a má alimentação, o tabagismo, o sedentarismo e o stress. Contudo, a prática de exercício físico, combinada com uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis, pode ser determinante na prevenção e controlo destes fatores. 

Daniel Galindo, Diretor do Departamento de Experience & Innovation do VivaGym, grupo da cadeia de ginásios Fitness Hut, afirma que “numa sociedade sedentária, no meio de uma pandemia de inatividade física, a estimulação do exercício e da atividade física é mais relevante que nunca". 

Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia, a atividade física regular reduz o risco de ataques cardíacos em mais de 30%. Por outro lado, a inatividade física é uma das mais importantes causas de doença e de morte no mundo moderno.  

Benefícios da atividade física regular para o coração: 

  • Redução do colesterol: O exercício físico contribui para o aumento do colesterol HDL (o colesterol "bom") e diminui o LDL (o "mau" colesterol), ajudando a manter as artérias limpas. 
  • Melhoria da circulação sanguínea: A prática regular de atividade física melhora a circulação, aumenta a capacidade respiratória e promove um melhor funcionamento do sistema cardiovascular. 
  • Controlo da pressão arterial: Exercícios aeróbicos ajudam a manter a pressão arterial sob controlo, reduzindo o risco de hipertensão. 
  • Gestão do peso corporal: Em muitos indivíduos, o excesso de peso e a obesidade devem-se mais à inatividade física do que aos excessos alimentares. O exercício físico contribui para a perda de peso e manutenção de um peso saudável, um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas. 

Além dos efeitos positivos na saúde cardiovascular, a atividade física regular contribui ainda para reduzir os riscos de mortalidade relacionada com o cancro da mama, colorretal e da próstata, mantém a saúde mental, adia o aparecimento de demência e previne a depressão e a ansiedade. Tem ainda efeitos favoráveis no sistema músculo-esquelético, incluindo o aumento da densidade óssea e a diminuição de fraturas.  

“No Fitness Hut, estamos empenhados em promover um ambiente onde todos possam melhorar a sua saúde física e mental. Acreditamos que o exercício não deve ser visto apenas como uma forma de alcançar objetivos estéticos, mas sim como uma ferramenta essencial para o bem-estar geral e a longevidade", acrescenta. 

Para a saúde e bem-estar, a OMS recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana (ou 75 a 150 minutos de atividade vigorosa) para todos os adultos e uma média de 60 minutos de atividade física aeróbia moderada por dia para crianças e adolescentes. 

Fascite Plantar
A maioria de nós, ao longo da vida, já sentimos pelo menos 1 vez uma dor mais persistente na planta

A fascite plantar é uma inflamação na planta do pé que se caracteriza por uma dor aguda. Esta inflamação desenvolve-se devido a uma tensão ou força que é exercida numa estrutura fibrosa e pouco elástica que se chama fáscia. A sua principal manifestação clínica é a dor que ocorre no início do dia quando começamos a dar os primeiros passos, sendo mais comum ser unilateral. Melhora ao longo do dia, mas quando chega o final do dia, quando estamos em repouso ou mais tempo parados voltamos a sentir a dor. As pessoas que manifestam esta patologia têm um tipo de pé, pé cavo (excesso de curvatura) ou pé plano, o chamado pé chato (sem curvatura).

Em qualquer uma das situações, a fáscia assim que sofre alguma tensão mais brusca acaba por inflamar. Obviamente existe um tipo de população que acaba por padecer mais desta patologia, os desportistas, mas principalmente os "corredores" devido ao movimento repetitivo e tensão que é exercida durante esta prática desportiva. Obviamente, sendo provocada por excesso de tensão sobre a fáscia, a população que apresenta excesso de peso (obesidade) está também mais predisposta a esta patologia. Em ambiente laboral, as pessoas que têm atividade profissional com necessidade de estarem muitas horas de pé, com pouca mobilidade também têm risco elevado de desenvolverem a fascite. E por último, temos de mencionar que nas mulheres grávidas devido ao aumento rápido do peso pela gravidez, a estrutura do pé não está preparada e podem sofrer também com a fascite.

Na maioria das vezes não existe concretamente uma causa única e específica para o desenvolvimento desta inflamação. é comum existirem um conjunto de fatores que predispõe para o desenvolvimento desta doença. Por exemplo, sabemos que as pessoas que praticam exercício e que também têm excesso de peso são os que têm mais predisposição para desenvolver esta patologia. O uso inadequado de calçado seja na prática desportiva (ténis) ou calçado dito mais confortável (chinelos rasos ou havaianas), contribuem também para o desenvolvimento da inflamação da fáscia. A existência de outras doenças associadas pode também contribuir para este desfecho ou muitas vezes dificultar o diagnóstico.

Por este motivo, a fascite plantar exige uma avaliação clínica e deve ter uma abordagem multidisciplinar. Para que se tenha um diagnóstico correto, o profissional de saúde baseia-se em três exames complementares de diagnóstico: Raio-X em carga, Ecografia ou Ressonância Magnética.

O principal tratamento é conservador e passa pelo uso de palmilhas personalizadas, alongamentos e técnicas de fisioterapia. Em alguns casos, mais severos, poderá haver a necessidade de recorrer também a procedimentos como infiltrações ou mesmo cirurgia.

A resolução total da fascite pode ser demorada e por isso a prevenção é essencial, também com o uso de palmilhas personalizadas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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