Universidade de Coimbra
O cientista Manuel Gameiro da Silva, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), desenvolveu um...

Considerando a intensidade da fonte, a dimensão do espaço, o caudal de ar existente – que possa atenuar a carga viral –, o uso ou não de máscara e o tempo de permanência previsto, o modelo informático consegue determinar a quantidade de vírus inalada no período de permanência nesse ambiente.

De acordo com o catedrático da FCTUC, esta ferramenta pode ser muito útil para a gestão de edifícios (escolas, escritórios, etc.), «pois consegue prever os mais diversos cenários, possibilitando assim a adoção de medidas para evitar o risco de contágio. Imaginemos uma sala de aula: sabendo a dimensão da sala, os alunos que vão estar presentes, a duração da aula e o caudal de ar no espaço, o simulador permite prever o nível de exposição a que cada utilizador vai estar sujeito em cada momento, o que permite tomar medidas para mitigar o risco, por exemplo, abrir janelas para renovar o ar ou reduzir o tempo de permanência na sala de aula».

A vantagem deste simulador, designado “Covid-19 - calculador da dose de exposição”, reforça o investigador, «é que simula simultaneamente as evoluções das concentrações do vírus e do CO2 metabólico, com base no conjunto dos fatores que são importantes na cadeia de transmissão da Covid-19, permitindo uma abordagem mais informada na tomada de decisões relacionadas com a gestão de edifícios e respetivos equipamentos».


Imagem do simulador desenvolvido por Manuel Gameiro da Silva

O investigador tenciona agora adaptar o modelo a uma App (aplicação informática) simples e intuitiva, de modo a que qualquer cidadão possa utilizar esta ferramenta.

Alternativa fiável, segura e confortável
Depois de lançados os testes rápidos de antigénio para diagnóstico de COVID-19 e os testes DUO de diagnóstico de COVID-19 e...

De uma forma mais simples e sem o desconforto associado aos convencionais testes de antigénio que utilizam as zaragatoas para recolha de amostra, o novo sistema de diagnóstico permite detetar, em apenas 15 minutos e de uma forma não invasiva, possíveis casos positivos de COVID-19. Como explica Carlos Monteiro, CEO e fundador da farmacêutica BioJam, “a realização dos convencionais testes de antigénio, apesar de constituírem um processo rápido, não deixam de ser mais desconfortáveis, sobretudo para crianças, adolescentes e até adultos com sensibilidade ao método da zaragatoa. Além disso, poderão ser muito úteis em aeroportos, escolas, empresas ou atividades desportivas, para identificar assintomáticos em período infecioso. Com os novos testes de saliva conseguimos eliminar o desconforto mantendo a segurança dos testes que apresentam uma especificidade de 100% e uma sensibilidade de mais de 94%”.

O teste rápido PCL COVID19 Ag Gold saliva é um dispositivo médico de diagnóstico in vitro que se baseia no Teste imunocromatográfico (ICA) para a deteção qualitativa do antigénio SARS-CoV-2 na saliva humana. Ainda que não seja um teste invasivo, o mesmo só estará disponível para realização em clínicas e laboratórios de análises clínicas devidamente registadas na ERS para tal, por profissionais de saúde ou sob o acompanhamento destes, esperando que estes também possam ser distribuídos pelas farmácias comunitárias. “A ideia é que seja supervisionado por um profissional e realizado numa clínica, hospital ou, eventualmente, farmácia. Além de eliminar o desconforto da zaragatoa, deixa de ser necessário ter profissionais de saúde especificamente habilitados para a colheita, como acontece atualmente, aliviando a logística e os custos”, acrescenta Carlos Monteiro.

“No início de setembro, em conformidade com a legislação para Dispositivos Médicos de Diagnóstico In Vitro, notificámos o INFARMED para a distribuição dos testes rápidos antigénio NADAL® COVID-19 Ag, os quais viriam a integrar a lista inicial de testes indicados pelas entidades regulamentares de saúde pública em Portugal. Recentemente, no início de novembro, lançámos no mercado um único dispositivo médico para diagnóstico de COVID-19 e Gripe. Hoje preparamo-nos para lançar um teste que irá permitir um diagnóstico menos invasivo e mais acessível a todos aqueles para quem o processo acaba por ser extremamente incómodo e até difícil de concretizar, reitero que há crianças, adolescentes e adultos que não propõem testar pelo desconforto da zaragatoa”, acrescenta Carlos Monteiro.

Nutrição
Os atletas têm necessidades superiores de nutrientes, o seu gasto calórico é mais elevado, a recuper

Os micronutrientes (vitaminas e minerais) têm um papel relevante em todos os indivíduos, sendo igualmente essenciais em atletas, não só pela sua atividade antioxidante, como também na resposta imunitária, na recuperação e prevenção de lesões, e na participação na produção de energia.

A vitamina C é um poderoso antioxidante que ajuda a combater os radicais livres e a reduzir o stress oxidativo. Em termos concretos atua contra a peroxidação lipídica, mantendo as membranas celulares funcionais. Para além disso, esta vitamina é também importante na manutenção da integridade dos eritrócitos ou glóbulos vermelhos, que fazem o transporte de oxigénio no sangue.

A vitamina C tem então efeitos benéficos na oxidação, mas nos atletas a sua ingestão e suplementação deve ser moderada. Isto porque nesta população a produção de radicais livres é maior em resultado do consumo de oxigénio e por isso o excesso de antioxidantes pode tornar-se pró oxidante.

Por outro lado, a vitamina C participa na formação e reparação do colagénio, uma proteína presente nas articulações e cartilagem. A ingestão de gelatina com esta vitamina está associada à produção de colagénio em exercício intermitente, reduzindo a dor articular e reforçando as cartilagens. Por isso esta vitamina tem um papel importante no crescimento e recuperação musculares, podendo ser benéfica na recuperação de uma lesão.

É verdade que os atletas têm necessidades de vitamina C mais elevadas: 95-520mg /dia para atletas do género masculino e 55-230mg/dia para atletas do género feminino. Todos sabemos que a laranja é um dos alimentos ricos em vitamina C, que pode ser consumido inteiro ou em sumo, fresco ou de pacote. Para além disso, esta vitamina existe ainda no kiwi, no tomate, pimentos e nas crucíferas. Uma ingestão destes alimentos regularmente ao longo do dia será suficiente para obter os efeitos benéficos da vitamina C e reduzir o stress oxidativo, contribuindo para a performance e a recuperação após o exercício, sem comprometer a saúde.

Referências:

  • Braakhuis AJ. Effect of vitamin C supplements on physical performance. Curr Sports Med Rep. 2012 Jul-Aug;11(4):180-4. doi: 10.1249/JSR.0b013e31825e19cd. PMID: 22777327.
  • DePhillipo NN, Aman ZS, Kennedy MI, Begley JP, Moatshe G, LaPrade RF. Efficacy of Vitamin C Supplementation on Collagen Synthesis and Oxidative Stress After Musculoskeletal Injuries: A Systematic Review. Orthop J Sports Med. 2018 Oct 25;6(10):2325967118804544. doi: 10.1177/2325967118804544. PMID: 30386805; PMCID: PMC6204628.
  • Dutra MT, Martins WR, Ribeiro ALA, Bottaro M. The Effects of Strength Training Combined with Vitamin C and E Supplementation on Skeletal Muscle Mass and Strength: A Systematic Review and Meta-Analysis. J Sports Med (Hindawi Publ Corp). 2020 Jan 8;2020:3505209. doi: 10.1155/2020/3505209. PMID: 31970196; PMCID: PMC6973181.
  • Guest NS, Horne J, Vanderhout SM, El-Sohemy A. Sport Nutrigenomics: Personalized Nutrition for Athletic Performance. Front Nutr. 2019 Feb 19;6:8. doi: 10.3389/fnut.2019.00008. PMID: 30838211; PMCID: PMC6389634
  • Higgins MR, Izadi A, Kaviani M. Antioxidants and Exercise Performance: With a Focus on Vitamin E and C Supplementation. Int J Environ Res Public Health. 2020 Nov 15;17(22):8452. doi: 10.3390/ijerph17228452. PMID: 33203106; PMCID: PMC7697466.
  • Maughan RJ, Burke LM, Dvorak J, et al. Br J Sports Med2018;52:439–455
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde pública
O Secretário de Estado Adjunto da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou hoje no Algarve que “tem corrido tudo muito bem” na...

“Os profissionais têm tido uma adesão à vacinação muito grande, o que dá um sinal de confiança para as pessoas e para os portugueses”, defendeu o governante no decorrer de uma visita ao centro de vacinação improvisado no Hospital de Portimão.

António Lacerda Sales sublinhou que cada vacina que é administrada a um profissional de saúde é “uma garantia na resposta a cada um dos cidadãos portugueses”, assegurando que essa “mensagem e essa confiança tem passado” para os cidadãos.

Em relação aos números atuais da pandemia em Portugal, o Secretário de Estado lembra que “a incerteza é muito grande” apesar de o país estar “numa fase decrescente, ainda assim com uma incidência ainda alta”.

“Vamos viver um período pós-festas e não sabemos os números que teremos. Estamos a preparar-nos o melhor possível para o que possa acontecer. Garantidamente estamos a preparar-nos para números menos bons, mas se não acontecerem melhor ainda”, declarou.

O governante afirmou que a estratégia de vacinação dos idosos ainda está a ser definida, mas garantiu que quando chegar a altura dos lares, em janeiro, haverá uma “manifesta mensagem de solidariedade na proteção das faixas mais vulneráreis”.

 

Vacinação
Nos últimos dois dias foram vacinados 7.585 profissionais de saúde contra o novo coronavírus, em cinco centros hospitalares,...

Segundo Graça Freitas foram administradas cerca de 80% das doses de vacinas disponibilizadas para estes hospitais na atual fase.

A Diretora-Geral da Saúde insistiu que a vacinação não dispensa, nesta fase, “de forma alguma”, as medidas de proteção recomendadas, como o distanciamento físico, a lavagem frequente das mãos e o uso de máscara, bem como o arejamento de espaços fechados.

Graça Freitas apelou a todos os cidadãos para cumprirem as regras em vigor em cada concelho, no que diz respeito à mobilidade e ao ajuntamento de pessoas.

“Comemorem o Ano Novo, de preferência, com as pessoas com quem coabitam”, declarou.

 

Campanha
A Direção-Geral da Saúde (DGS) lança hoje uma campanha de promoção da saúde mental infantil, que pretende mostrar como os...

Com o mote «Somos o que Brincamos» esta campanha, promovida pelo Programa Nacional para a Saúde Mental da DGS em parceria com a livraria Fonte de Letras (Évora), tem como objetivo mostrar a importância dos contos de fadas na promoção da saúde mental infantil.

De acordo com Conceição Tavares de Almeida, do Programa Nacional para a Saúde Mental, “hoje em dia, com o politicamente correto, o branqueamento de conflitos e a aposta no sucesso e na eficácia, achámos que era importante voltar a uma filosofia em que se pudesse reabilitar algumas figuras importantes para o desenvolvimento das crianças, que têm que ver com o universo imaginário, em particular das narrativas e personagens dos contos de fadas”.

O Alentejo interior (distrito de Évora) será o primeiro cenário onde se vai desenrolar a ação, para crianças entre os 4 e os 10 anos e para as suas famílias e educadores. A intenção é, porém, alargar esta campanha a outros pontos do país, contando sempre com apoio das livrarias locais.

Enquanto ferramenta de promoção de competências sócio-emocionais, serão oferecidas atividades para crianças e educadores, em torno das histórias contadas, dos livros, do jogo dramático encenado, da construção de material pedagógico, sempre acompanhadas por um momento de reflexão e discussão sobre a promoção da saúde mental da criança, orientado por um profissional de saúde mental.

O desenvolvimento do projeto contou com contributos de professores universitários na área da literatura, educadores de infância, artistas ilustradores, contadores de histórias, técnicos de saúde mental, crianças, pais e cuidadores.

A apresentação deste projeto decorre esta terça-feira, pelas 18 horas, num formato online, que pode acompanhar aqui: https://youtu.be/a9VMQvYm0LM.

 

Covid-19 em Portugal
Portugal registou mais 3.336 novos casos de covid-19 e 74 mortes associadas à doença nas últimas 24 horas. Os dados, divulgados...

A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde ocorreram a maior parte dos óbitos das últimas 24 horas, com 33 das 74 mortes por covid-19. Segue-se o Norte, com 24 óbitos, o Centro, com9, o Alentejo, com seis mortes a lamentar, e o Algarve com uma.

Quanto aos novos casos, no Norte foram diagnosticadas 1.494 novas infeções, em Lisboa e Vale do Tejo 995 e no Centro 628. No Alentejo há mais 52 casos e no Algarve mais 90. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 50 infeções e no dos Açores mais 27.

O boletim da DGS desta terça-feira revela ainda que o número de internados diminuiu. Há agora 2.930 pessoas internadas nos hospitais portugueses devido à covid-19, menos 37 do que ontem. Os dados mostram que houve também uma diminuição dos doentes internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). São agora 486, menos 17 do que ontem.

Nas últimas 24 horas venceram a doença 6.112 pessoas, elevando para 327.794 o total de recuperados no país.

Há agora 65.457 casos ativos de covid-19 em Portugal, menos 2.850 que ontem, e as autoridades de saúde têm sob vigilância 91.141 contactos (menos 1.995).

 

 

Conferência de imprensa
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a vacina contra a Covid-19 não vai acabar com o vírus. Mark Ryan, líder do programa de...

“Esta é uma chamada de atenção. Estamos a aprender agora como fazer melhor as coisas -, ciência, logística, treino e liderança governamental, como nos comunicar melhor. Mas o planeta é frágil”, afirmou Mark Ryan, líder do programa de emergências da OMS, na já habitual conferencia de imprensa sobre a pandemia.

“Resta saber o quão bem as vacinas são tomadas, quão perto chegamos de um nível de cobertura que pode dar-nos uma oportunidade de eliminarmos o vírus”, disse. “A existência de uma vacina, mesmo com alta eficácia, não é garantia de eliminação ou erradicação de uma doença infeciosa. Essa é uma barreira muito alta que devemos superar”, sublinhou.

“Se há uma coisa que precisamos de retirar desta pandemia, com todas as tragédias e perdas, é que precisamos de agir juntos. Precisamos de honrar aqueles que perdemos, melhorando o que fazemos todos os dias”, apelou o especialista.

David Heymann, líder do grupo para a estratégia e aconselhamento técnico para o risco de infeção da OMS, por seu lado alertou para o facto do vírus se vir a tornar endémico, ou seja, numa doença frequente do nosso dia a dia.

“Parece-nos que o destino da Sars-Cov-2 é tornar-se endémico, tal como outros quatro coronavírus se tornaram”, explicou, acrescentando que o vírus irá continuar a sofrer mutações à medida que infeta e se reproduz entre as células.

No entanto, o nível de perigo será inferior. “Temos ferramentas para salvar vidas e essas ferramentas, em combinação com uma boa saúde pública, permitirão aprender a viver com a Covid-19”, explicou o epidemiologista.

 

Saúde Pública
Arrancou no passado domingo, 27 de dezembro, a campanha de vacinação contra a Covid-19.

Embora o plano de vacinação contra a Covid-19 possa sofrer alterações, “em função da evolução do conhecimento científico e das indicações e contraindicações que venham a ser aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos”, ficou estabelecido que este será constituído por três fases de vacinação, para as quais foi definido um critério de prioridades “norteados por princípios científicos (imunológicos e epidemiológicos), éticos (nomeadamente de beneficência, não-maleficência, equidade e respeito), de aceitabilidade e exequibilidade”. Para a definição dos grupos prioritário foram ainda tidos em conta:

  • os diferentes níveis de disponibilização das vacinas;
  • as diferentes fases da pandemia e a epidemiologia da doença no momento da vacinação;
  • fatores diretamente relacionados com as caraterísticas da população, tais como o risco acrescido de desenvolvimento de complicações associado à infeção por SARS-CoV-2;
  • a probabilidade de exposição à COVID-19 e a preservação dos serviços essenciais do setor da saúde e de outros relevantes para a sociedade;
  • princípios de equidade.

Segundo o Plano de Vacinação contra a Covid-19, a definição de prioridades envolve a seleção dos grupos que serão primeiramente vacinados e a quem será disponibilizada a vacina numa situação de recursos limitados. Quando as vacinas COVID-19 estiverem disponíveis em maior quantidade, a vacinação será alargada aos grupos subsequentes até que se abranjam todos os grupos prioritários e, posteriormente, a restante população.

A 27 de dezembro arrancou primeira fase deste plano de vacinação, estimando-se que esta decorra até abril. Segundo este plano de vacinação, até fevereiro de 2021 serão vacinados todos os profissionais de saúde envolvidos na prestação de cuidados a doentes; profissionais das forças armadas, forças de segurança e serviços críticos, profissionais e residentes em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) e instituições similares; e os profissionais e utentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

A partir de fevereiro de 2021 começam a ser vacinadas as pessoas com mais de 50 anos com pelo menos uma das seguintes patologias associadas: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal, DPOC ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.

A segunda fase de vacinação arranca no mês de abril. Nesta fase vão ser vacinadas as pessoas com mais de 65 anos que ficaram de foram do critério de prioridades estabelecido para a primeira fase e aquelas que, entre os 50 e os 64 anos, apresentem uma das seguintes patologias: diabetes, cancro, doença renal crónica, insuficiência hepática, hipertensão arterial, obesidade e “outras patologias com menor prevalência que poderão ser definidas posteriormente, em função do conhecimento científico” como fatores de risco para agravamento da doença por Covid-19. 

A terceira fase de vacinação ainda não tem data marcada no calendário, estando dependente da data de conclusão da segunda fase. De acordo com a informação avançada pelas autoridades de saúde, esta fase irá incidir sobre a restante população.

Vale a pena ainda reforçar que a vacina contra Covid-19 é universal, ou seja, destina-se a qualquer pessoa presente em Portugal, “desde que a vacina esteja clinicamente indicada para essa pessoa”, gratuita e será administrada faseadamente “no Serviço Nacional de Saúde (SNS) através de pontos de vacinação, expansíveis num momento posterior à primeira fase”.

A vacina será administrada em dois momentos, ou seja, para completar o percurso vacinal terá de tomar duas doses. A segunda dose é administrada três semanas (cerca de 21 dias) após a primeira. 

A garantia deixada é que a vacina é segura, no entanto, há que saber que, tal como qualquer outro medicamento, também a vacina contra a Covid-19 pode ter reações adversas. A maioria delas são ligeiras e de curto prazo e nem todas as pessoas as identificam.

Assim, após a sua administração pode ocorrer: dor no local de injeção, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, dor nas articulações ou febre (nunca alta). Geralmente, estes efeitos desapareceram ao fim de 24 a 48 horas.

As autoridades de saúde alertam, no entanto, para a persistência dos sintomas. Assim, “em caso de persistência dos sintomas ou se surgir outra reação que o preocupe, contacte o seu médico assistente ou a Linha SNS24 (808 24 24 24)”.

Importante saber ainda que a vacinação deverá ocorrer por agendamento e que o Serviço Nacional de Saúde estabelecerá o contacto quando chegar a sua vez de ser vacinado.

Até ao momento, há uma vacina que apresenta 95% eficácia

Apesar de existirem várias vacinas em desenvolvimento e a Comissão Europeia ter chegado a acordo seis empresas farmacêuticas para a aquisição de potenciais vacinas contra a Covid-19, uma vez comprovada a sua segurança e a eficácia, apenas uma obteve, até ao momento, aprovação de introdução no mercado - a Vacina Comirnaty (da BioNTech/Pfizer).

Segundo a informação disponibilizada no portal sobre a vacinação Covid-19, “o ensaio clínico principal que suportou a autorização de introdução desta vacina no mercado, e envolveu no total cerca de 44.000 pessoas, demonstrou que a vacina tem uma eficácia de 95%”.

Mesmo depois vacinado deve cumprir medidas de prevenção e proteção

É ponto assente: “mesmo após ser vacinada, a pessoa deve continuar a observar todas as medidas preconizadas para a sua proteção e contenção da transmissão, incluindo o uso de máscara”, reforçam as autoridades de saúde.

O motivo? Por um lado, um vacinado só se deve considerar protegido de doença sete dias depois da toma da segunda dose da vacina. Este é o período que dá garantia de uma resposta robusta por parte do seu sistema imunitário.

Por outro, desconhece-se ainda se estar vacinado impede infeção assintomática. As vacinas conferem proteção contra a doença, mas desconhece-se ainda se protegem também contra a infeção e a possibilidade de mesmo sem sintomas transmitir o vírus a outro. As máscaras e o distanciamento evitam que possamos infetar outras pessoas caso sejamos portadores do vírus sem o saber.

Para mais informações consulte a página: https://covid19.min-saude.pt/vacinacao/

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
2ª edição Life Enablers
A ByOhope venceu a 2ª edição do concurso de inovação em saúde Life Enablers, com o projeto de desenvolvimento e integração de...

O júri, composto por médicos, enfermeiros, representantes de associações de doentes, teve ainda a oportunidade de sugerir que o projeto evoluísse também para resolver outras necessidades e eventuais ideias, como, por exemplo, transporte de medicamentos, sangue ou monitorização de doentes à distância.

ByOhope é uma equipa de estudantes universitários da Universidade da Beira Interior, da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa e da Universidade do Minho que recebe agora o prémio financeiro de 4.000€ e ao longo dos últimos 12 meses teve a possibilidade de interagir com diversas sociedades cientificas como a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), empresas como a Vodafone, associações de doentes como a Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino, Colite Ulcerosa e Doença de Crohn (APDI) ou os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

A Life Enablers, uma iniciativa da Takeda Portugal, dirigida a estudantes do Ensino Superior, pretende acelerar ideias que melhorem a qualidade de vida de doentes e das suas famílias. Candidataram-se 120 alunos de ensino superior/recém-diplomados com 41 equipas iniciais e ideias.  Dispositivos médicos inovadores, aplicações móveis para a saúde e soluções tecnológicas baseadas na Inteligência Artificial constituem o foco dos projetos que estiveram a concurso.

As equipas finalistas, de instituições académicas de todo o país, integram jovens criativos das áreas da Engenharia Aeronáutica; Engenharia Eletrotécnica; Fisioterapia; Enfermagem Médico-cirúrgica; Gestão da Informação; Publicidade e Marketing; Ciências Farmacêuticas e Arquitetura.

 

Distinção
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) entregou ontem à noite os Prémios de Jornalismo no valor de 10 mil euros, nas...

O Prémio de Audiovisual e Rádio, no valor de 5 mil euros, foi entregue ao jornalista da Rádio Renascença, André Rodrigues, com a peça “A vida não se descarta como no ecoponto”.

O Prémio de Imprensa, no mesmo valor, foi entregue à jornalista Cláudia Pinto pelo artigo "O lado invisível do Cancro Pediátrico", publicado na Notícias Magazine.

Foi ainda atribuída uma menção honrosa à jornalista Paula Castanho, pela peça de televisão “Cancro da Próstata - Retratos de Saúde", da Sic Mulher.

Estes prémios contaram com o apoio institucional do Sindicato dos Jornalistas e da farmacêutica AstraZeneca.

 

Projeto Intelli4COVID
A unidade de Data Intelligence da Unilabs implementou, no decorrer da pandemia, o projeto Intelli4COVID, que se materializou...

A estratégia de IA materializou-se em seis linhas de atuação: a CovidHub, uma plataforma de recolha e processamento em real time do ecossistema e streams de dados gerados; a CovidDrive, um sistema de gestão inteligente de postos drive-thru; a CovidAlarm, com um sistema inteligente de alarmística data-driven; a CovidLab, um sistema inteligente e integrado de rastreio de amostras para a realização de testes e a CovidGeoIntelligence, um sistema capaz de processar informação geográfica assente em algoritmos inteligentes para apoio à previsão da evolução do surto. Foi ainda desenvolvido um dashboard de analítica inteligente de casos infetados designado por CovidInsightsPortal. 

A implementação do projeto, financiado pelo Compete (48952 | POCI-01-02B7-FEDER-048952), permite à Unilabs uma maior eficácia, colocada ao serviço das populações, na prestação de rastreios e realização de testes de diagnóstico. Esta eficácia resulta da gestão de forma inteligente e preditiva, da capacidade instalada de diagnóstico, conseguindo, deste modo, dar uma resposta equitativa e em tempo útil à população, e também procurar prever a progressão da epidemia no espaço geográfico, tirando partido dos mais avançados algoritmos de inteligência artificial e de informação geográfica. 

Este projeto inovador possibilita que, em toda a organização, as equipas recebam data insights fundamentais para agirem e melhorarem continuamente a operação de resposta a esta pandemia. Estes insights vão desde a visibilidade imediata sobre um atraso no laboratório de um determinado teste através de um SMS enviado por um robot de dados, a uma chamada perdida no call center que é sinalizada em tempo real, à previsão do local onde deve ser colocado o próximo drive-thru para melhor servir a população, ou mesmo à análise diária pelas equipas do terreno dos feedbacks de cada cliente sobre o cuidado que estes profissionais tiveram a fazer o teste a um dos seus filhos. A capacidade de ligar todos estes dados e de informar a organização no imediato sobre os problemas que estão a acontecer, é um instrumento crucial para se agir de forma rápida e eficiente na resposta à população. 

 

A segurança do bebé em casa
A Síndrome de Morte Súbita do Latente (SMSL) tal como indica, é uma morte súbita, sem explicação de

A SMSL ocorre sobretudo durante o período de sono, daí também ser conhecido pela “morte no berço”, contudo, alguns hábitos e medidas simples, podem reduzir significativamente a taxa de mortalidade por SMSL.

Em que posição devo colocar o meu bebé a dormir?

Sempre de costas (decúbito dorsal). O risco de SMSL aumenta se o bebé for colocado a dormir de bruços ou mesmo de lado. O risco de bolsarem ou de aspirarem o vómito não aumenta se o bebé estiver a dormir de costas.

Quando o seu bebé está acordado pode e deve ser colocado noutras posições, nomeadamente de bruços para fortalecer a musculatura do pescoço e costas.

Que cuidados devo ter quando coloco o meu bebé a dormir?

  • O bebé deve ter o seu próprio berço. O berço preferencialmente deve ser de grades, de colchão firme e adaptado ao berço (normas da U.E.).
  • O berço deve crescer com o bebé. Os pés do seu filho devem bater no fundo da cama, de modo que durante o sono não haja espaço para que o bebé desça para debaixo das cobertas.
  • Não sobreaqueça o bebé. O cobertor não deve passar dos ombros, a cabeça não deve ser tapada. A temperatura do quarto deve rondar os 18 a 22ºC. 
  • O bebé não precisa de almofada para dormir.
  • O berço não deve ter bonecos ou outro tipo de objetos que podem abafar o bebé.

Outros cuidados que podem diminuir o risco de SMSL:

  • Evite fumar durante a gravidez e mesmo depois. O risco aumenta se a progenitora fumou durante a gravidez e se continua a fumar após. Se o companheiro também fumar, este risco ainda é mais aumentado. 
  • Não permita que ninguém fume perto do seu filho;
  • O uso de chupeta pode ser um fator protetor do SMSL.

Artigo assinado pela Enfermeira Davina Ferreira, uma das profissionais das Conversas com Barriguinhas (https://www.conversascombarriguinhas.pt/) a partilhar conhecimento nas aulas online gratuitas para futuras mães.

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Campanha #UnidospeloAbraço
Para comemorar o seu 28º aniversário, a Associação Abraço criou, em parceria com a Unifardas SA, uma edição solidária de 10 mil...

A campanha #UnidospeloAbraço tem como objetivo criar um equipamento que evite a propagação do COVID-19 e, ao mesmo tempo, angariar verbas para fazer face aos custos elevados que a associação tem com os equipamentos de proteção individual de utilização única, que são diariamente utilizados por todos os funcionários, nas várias respostas sociais, nomeadamente apoio domiciliário e familiar, lar residencial, apartamentos, gabinete dentário e centros de rastreio.

As máscaras solidárias que fazem parte deste projeto 100% português estão disponíveis em https://loja.abraco.pt/, com um custo unitário de cinco euros, mas se adquirir uma caixa de cinco máscaras de modelos diferentes, a mesma tem o custo de 20 euros.

 

Alternativa aos rastreios
Com os hospitais e clínicas a lutar há quase um ano contra a pandemia Covid-19, a prevenção do cancro deixou uma prioridade....

Um estudo realizado no Reino Unido, publicado na The Lancet Oncology, destacou as consequências do diagnóstico tardio associado à pandemia covid-19. Analisando dados de quase 100 mil pacientes com cancro de mama, colorretal, esôfago ou pulmão, Camille Maringe e colegas avaliaram o impacto do diagnóstico tardio a partir de 16 de março de 2020 e 15 de março de 2021, concluindo que a sobrevida de 1 e 5 anos ao cancro cairá significativamente.

A redução da sobrevida de 1 ano variará entre 1% e 6,3%, enquanto a sobrevida de 5 anos diminuirá entre 3,5% e 6,4%. As mortes relacionadas com o cancro de mama podem aumentar 6% em 12 meses, e no mesmo período o cancro de pulmão e esófago pode aumentar, respetivamente, em 7,7% e 10,3%. No caso do cancro colorretal, as consequências podem ser ainda mais dramáticas: após 1 ano, as mortes podem aumentar 20%. As mortes por cancro de mama aumentarão ainda mais: mais de 10% em 5 anos, enquanto que o cancro de pulmão e esófago chegarão será responsável por inúmeras mortes no primeiro ano, justamente por causa do diagnóstico atrasado.

Maringe e seus colegas calcularam que os óbitos relacionados ao diagnóstico tardio dos 4 cancros analisados podem ultrapassar 3.600 casos. As estimativas são pessimistas também nos Estados Unidos. Em um editorial publicado na Science, Norman E. Sharpless, diretor do Instituto Nacional de Câncer dos EUA em Bethesda, prevê que as mortes colorretais relacionadas ao cancro de mama aumentarão pelo menos até 2030. E o observatório italiano sobre exames (Osservatorio Nazionale Screening, Ons) calculou o número de diagnósticos perdidos (2.099 no caso do cancro de mama, quase 4.000 para cancro colorretal, e mais de 1.600 para cancro do colo do útero), calculando que, até maio de 2020, levaria de 2 a 3,5 meses para recuperar o atraso no programa de rastreamento.

Biópsia líquida representa a alternativa aos programas tradicionais de rasteio

O atraso foi causado pela interrupção de exames de diagnóstico durante a pandemia, e a necessidade de reorganizar o funcionamento de clínicas e hospitais, após a retoma da atividade. A escassez de pessoal, emprestada para a batalha contra a pandemia, e a necessidade de reduzir ao mínimo o risco de infeção por coronavírus, dificultaram a retomados programas de rastreio.

Em Itália, um relatório revelou que, até maio, apenas 13 das 20 regiões envolvidas em um levantamento do Ons retomaram os exames de mamografia, 11 o rastreio colorretal e apenas 13 rastreio do cancro do colo do útero. Além disso, os doentes estão mais reticentes em ser examinados devido ao medo de aumentar o risco de serem infetados pelo Sars-Cov-2.

Em ambos os casos, a biópsia líquida representa a alternativa aos programas tradicionais de rasteio que ajudam a evitar eventos e medos de traduzir em diagnósticos perigosos e atrasados. Esta abordagem é extremamente sensível, e é baseada num simples exame de sangue. Na verdade, o sangue contém tanto células tumorais circulantes (CTCs) quanto DNA tumoral circulante (CTDNA); analisando sua presença, a biópsia líquida permite detetar a presença de um tumor sólido. Além disso, a biópsia líquida permite o perfil do genoma do cancro.

 Giuseppe Novelli, professor de Genética da Universidade Tor Vergata, em Roma, explica que "isso permite escolher uma terapia direcionada. A biópsia líquida está a tornar-se um poderoso instrumento para o perfil do genoma do cancro. Por meio do sequenciamento de próxima geração, permite o estudo da heterogeneidade e frequência da mutação, de forma dinâmica. Permite monitorar a resposta terapêutica e a deteção precoce de mecanismos de resistência também. A implementação dessa abordagem na prática clínica melhorará o procedimento diagnóstico direcionado e a terapia sob medida contra diversos tipos de cancro”. Pela mesma abordagem é possível analisar o DNA circulante para avaliar o nível de mutações em indivíduos saudáveis células somáticas, assim a presença de sinais de condições pré-cancerosas.

Outra vantagem da biópsia líquida é a possibilidade de detetar um tumor menor do que os detetáveis pelo rastreio tradicional baseado em técnicas de imagem. Na verdade, a biópsia líquida analisa o DNA do cancro, não sua massa, permitindo o diagnóstico precoce do tumor. Por fim, a amostra de sangue pode ser colhida em casa, evitando envolver clínicas hospitalares e reduzindo o risco de contato com o vírus.

Testes genéticos para detetar tumores sólidos são realizados rotineiramente na Bioscience Genomics, spin-off de Tor Vergata, participado pelo Bioscience Institute. “A biópsia líquida não está sujeita ao atraso que está comprometendo os programas tradicionais de rastreio", explica Giuseppe Mucci,CEO do InstitutoBioscience. “Usada como alternativa aos exames baseados em imagem, como mamografia, colonoscopia e exame de papanicolau (ou teste de HPV), a biópsia líquida pode ajudar a reduzir as consequências pandêmicas no diagnóstico de cancro, bem como, o impacto do Covid-19 na mortalidade por cancro”.

IPST garante condições de segurança e de distanciamento social no decorrer das inscrições e das colheitas. É preciso manter...

O Natal mora, para cada vez mais pessoas, nos pequenos gestos. Naqueles que, embora aparentemente insignificantes, podem representar grandes feitos. Doar sangue é doar amor, é doar vida. Ou melhor, vidas, já que cada dádiva pode salvar até três. Para aqueles que pretendam juntar-se a este movimento, sobretudo num ano em que a pandemia da covid-19 provocou uma diminuição de 15% no número de dádivas no Norte do país – zona mais afetadas pelas duas vagas de covid-19 – face a 2019, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) marcará presença no dia 29 de dezembro, entre as 14h00 e as 19h00, numa sala devidamente preparada e disponibilizada para o efeito no piso -1 do MAR Shopping Matosinhos, junto ao espaço Re-Food.

Este é o nono ano consecutivo em que o IPST e o MAR Shopping Matosinhos se unem no apelo às dádivas de sangue. Ao longo destes anos, são mais de 730 os dadores inscritos na sequência desta iniciativa que integra a política de sustentabilidade do centro comercial, “AMAR”.

Em média, Portugal precisa de 1.000 unidades de sangue diárias para poder tratar dos doentes. “E, como este bem não se produz, só através da generosidade dos dadores se pode manter um banco de sangue autossuficiente. Por outro lado, doar sangue é apenas um gesto que pode alcançar um fim sem preço – salvar vidas”, recorda Ofélia Alves, responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto. “O sangue humano continua a não ter substituto, pelo que ser dador pode fazer toda a diferença na vida de alguém. E é tão simples. Basta ser uma pessoa saudável, ter mais de 18 anos e pesar mais de 50Kg”, acrescenta.

Dádivas em segurança

O IPST garante as medidas essenciais de segurança com vista a conter a propagação do novo coronavírus. À entrada da sala, no piso -1 do MAR Shopping Matosinhos, o dador é submetido à medição da temperatura e deve higienizar as mãos. A máscara é obrigatória. Caso não preencha os requisitos fundamentais à sua elegibilidade enquanto dador, não entrará no local destinado à colheita de sangue. Garante-se ainda o distanciamento social e o seguimento de medidas escrupulosas de desinfeção de superfícies e equipamentos, de forma periódica, tendo o IPST reforçado a divulgação da informação pós-dádiva, muito importante para certificar que o dador continua saudável após a mesma.

“Dar sangue é importante em qualquer altura, mas mais ainda em momentos em que sabemos que há quebras nas dádivas. É, por isso, que o MAR Shopping Matosinhos procura com o IPST realizar estas recolhas em períodos importantes como Páscoa, férias de verão e Natal”, explica Sandra Monteiro, diretora-geral do MAR Shopping Matosinhos.

“Não há razões para os dadores terem receio e deixarem de fazer as suas dádivas. É em momentos adversos como o que estamos a atravessar que é mais importante termos estes gestos de generosidade para com o outro”, remata Ofélia Alves.

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou mais 2.093 novos casos de covid-19 e 58 mortes associadas à Covid-19 nas últimas 24 horas. Segundo os dados...

O boletim mostra ainda que foi na região de Lisboa e Vale do Tejo que ocorreram a maior parte dos óbitos das últimas 24 horas, com 20 das 58 mortes por covid-19. Segue-se o Norte, com 19 óbitos, o Centro, com 14, o Algarve, com três mortes, e o Alentejo, com duas.

Quanto aos novos casos, no Norte foram diagnosticadas 907 novas infeções, em Lisboa e Vale do Tejo 669 e no Centro 296. No Alentejo há mais 101 casos e no Algarve mais 57. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 34 infeções e no dos Açores mais 29.

A informação da DGS revela, por outro lado, que o número de internados aumentou. Há agora 2.967 pessoas internadas nos hospitais portugueses devido à covid-19, mais 97 do que ontem. Por outro lado, diminuíram os doentes em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). São agora 503, menos um do que ontem.

Nas últimas 24 horas venceram a doença 1.936 pessoas, elevando para 321.682 o total de recuperados no país.

Há agora 68.307 casos ativos de covid-19 em Portugal e as autoridades de saúde têm sob vigilância 93.136 contactos.

 

 

Estudo
Um estudo, realizado nos Hospitais Universitários de Londres, pretende descobrir se a utilização de dois anticorpos diferentes...

De acordo, com os dados avançados pela BBC, 10 pessoas receberam anticorpos como forma de proteção de emergência após serem expostas ao coronavírus, naquele que é considerado o primeiro teste desse tipo. O objetivo é encontrar uma alternativa às vacinas, não só entre aqueles que não podem ser vacinados ou que já tenham sido infetados.

Segundo a equipa de investigadores que conduzem este estudo, o tratamento com anticorpos monoclonais, desenvolvido pela empresa de medicamentos AstraZeneca, deve funcionar para neutralizar o vírus imediatamente, e espera-se que ofereça uma proteção contínua até 1 ano.

Para ir mais longe, os investigadores esperam recrutar mil voluntários, sendo que estes têm de mostrar que tiveram um contacto próximo que testou positivo à Covid-19.  

Segundo a coordenadora do estudo, Catherine Houlihan, “esta combinação de anticorpos pode neutralizar o vírus, por isso esperamos vir a descobrir que este tratamento pode traduzir-se numa proteção imediata contra o desenvolvimento de Covid-19 em pessoas que foram expostas e para as quais a vacina já chegaria tarde demais".

Terapia também está a ser testada antes da exposição ao vírus

Outro estudo já em andamento no mesmo centro hospitalar, está a analisar se o mesmo tratamento com anticorpos pode ser usado antes que alguém seja exposto ao coronavírus, para evitar que o contraia.

Isto pode ser particularmente útil para pessoas com deficiências imunológicas ou que estão a passar por um tratamento de supressão imunológica como a quimioterapia.

O consultor de doenças infeciosas, Nicky Longley, que está a conduzir o teste de pré-exposição, disse que este está a ser testado em pessoas com doenças como cancro e HIV, que "podem afetar a capacidade de seu sistema imunológico de responder a uma vacina”.

O objetivo é garantir que é possível oferecer “alternativa igualmente protetora” a todo aqueles “para quem uma vacina pode não funcionar”.

Os primeiros resultados de ambos os estudos - usando anticorpos antes e depois da exposição à Covid - são esperados para a primavera.

 

 

Vacinação Covid-19
A vacina contra a Covid-19 já foi administrada em 4.828 profissionais de saúde, avançou a Ministra da Saúde, Marta Temido, esta...

Segundo os dados do sistema de registo de vacinas, recolhidos no final do dia 27 de dezembro, já foram administradas 4.828 doses aos profissionais de saúde dos centros hospitalares do Porto, de São João, de Coimbra, de Lisboa Central e de Lisboa Norte.

No entanto, de acordo com a ministra, graças à segunda remessa da vacina, que chegou ao país esta segunda-feira, vai ser possível estender o processo de vacinação para “outros hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) – com exceção de alguns hospitais especializados que não receberam doentes Covid e que não têm nesta fase critérios de elegibilidade – e também para os agrupamentos de centros de saúde”.

Segundo a governante, espera-se que até ao final de amanhã vai estar concluído o processo de “vacinação dos profissionais elegíveis para este primeiro momento”.

Marta Temido salientou, durante a ocasião, que o setor privado não será excluído desta campanha de vacinação. “Os profissionais de saúde estão abrangidos independentemente da sua entidade empregadora e a opção de começar a fazer a vacinação no SNS prende-se com o seu caráter central no sistema de saúde português. Iremos num outro momento fazer a coleta da informação de profissionais elegíveis noutros setores e o encaminhamento das doses”, afirmou.

Relativamente ao registo de reações adversas à administração das vacinas nestes primeiros dias, a governante indicou que foram notificadas “poucas reações” e somente “ligeiras”, notando que “as reações são sempre monitorizadas, registadas e comunicadas” e que a toma de qualquer medicamento “não é isenta de risco”, independentemente de se tratar ou não da vacina contra a Covid-19.

 

 

 

Coordenadora do Departamento de Nutrição em Saúde Pública
A investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), Carla Lopes eleita para o Comité Executivo da...

Congregando as principais escolas médicas da Europa, a ASPHER tem como missão declarada reforçar o papel da Saúde Pública através desenvolvimento do ensino e da formação prática de profissionais da especialidade. Para isso, a associação fomenta a troca de boas práticas entre instituições e sistemas de saúde de toda a região, desenha modelos de ensino e formação em todos os níveis académicos e promocionais e promove a criação de alianças internacionais entre instituições e programas de ensino de Saúde Pública.

Carla Lopes conta com um vasto currículo científico na área da Saúde Pública e Epidemiologia. Além de Professora Associada da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), com Agregação em Saúde Pública; é coordenadora do programa doutoral em Saúde Pública da FMUP, coordenadora do Departamento de Nutrição em Saúde Pública do ISPUP e do grupo de investigação em Epidemiologia da Nutrição e da Obesidade, da Unidade de Investigação em Epidemiologia (EPIUnit) daquele instituto.

As suas principais áreas de investigação incidem sobre os determinantes do consumo e comportamento alimentar, a relação entre a alimentação e a saúde cardiovascular e metodologias de avaliação do consumo alimentar.

 

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