Oito conselhos essenciais para ter em conta durante a época natalícia
Conhecido como a época dos excessos, o Natal deve celebrar-se com alguns cuidados em casa de pessoas com diabetes. E, este ano,...

“A época natalícia pode ser extremamente desafiante para quem lida com a diabetes. É preciso saber antecipadamente quais os cuidados a ter. Isto não significa evitar participar nos jantares familiares ou fazer esforços maiores do que os já recomendados para a vida diária. O objetivo é que uma pessoa com diabetes consiga controlar e estabilizar os nível de glicose no sangue, evitando um pior controlo de glicemia”, afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Como tal, a solução para controlar a diabetes não passa por evitar ocasiões especiais, como o Natal, mas ter cuidados. A APDP deixa alguns conselhos a ter em conta durante este período:

  1. Opte por cozinhar os pratos e doces em casa. Desta forma poderá saber mais facilmente o que come e o seu impacto na glicemia;
  2. Substitua alguns ingredientes e ajuste os métodos culinários ao cozinhar os pratos típicos. Uma ceia de Natal mais saudável pode ser composta por pratos tradicionais e com o mesmo aspeto e sabor, mas com menos calorias. Optar pelo leite e iogurtes magros, não deixar que os alimentos fritos absorvam muito óleo e reduzir a quantidade de açúcar das receitas são algumas das possibilidades;
  3. Controle a quantidade de comida e calcule os hidratos de carbono que ingere. O controlo dos hidratos de carbono é uma ferramenta fundamental, visto que os hidratos de carbono são o principal nutriente com efeito na glicemia após a refeição. Um método cada vez mais utilizado em pessoas com diabetes tipo 1, com esquemas de insulina intensivos, nos quais a dose de insulina de ação rápida é ajustada de acordo com a quantidade de hidratos de carbono de cada refeição. A associação disponibiliza as tabelas aqui;
  4. Pode comer um doce sem que a glicemia fique desnivelada. A estratégia é muito simples: num dia especial, como o de Natal, pode eliminar ou reduzir outros hidratos de carbono de uma refeição, como o pão, as batatas, o arroz ou a massa, para conseguir incluir um doce. O ideal será fazê-lo se tiver um controlo aceitável da diabetes e apenas poucas vezes;
  5. Evite ir comendo enquanto cozinha. Este hábito impede o controlo da quantidade de comida ingerida;
  6. Faça caminhadas, dance ou faça outra atividade física mesmo durante a quadra festiva. Em conjunto com a alimentação saudável, a atividade física faz parte do tratamento das pessoas com diabetes;
  7. Faça as compras com antecedência. Desta forma, terá tempo para fazer uma lista dos pratos e doces que vai confecionar, comprando apenas aquilo de que necessita.

As recomendações não ficam por aqui. Num ano marcado pela pandemia, os cuidados deverão passar também pela prevenção do contágio pela COVID-19.

“Apesar de não terem mais probabilidade de contrair COVID-19 do que a população em geral, as pessoas com diabetes são um dos grupos mais vulneráveis em relação ao risco de complicações graves. Como tal, durante o Natal é crucial continuar a adotar cuidados redobrados para evitar o contágio”, explica João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

Desde o distanciamento físico, evitando estar com a família alargada muito tempo em espaços fechados, ao uso de máscaras, a APDP reforça que, em caso de infeção por COVID-19, deverá continuar a tomar a medicação para a diabetes, sem nunca interromper o tratamento com insulina, fazer a recolha dos dados de glicemia de quatro em quatro horas, beber mais líquidos para evitar a desidratação, e verificar a temperatura diariamente, de manhã e à noite.

A associação tem ainda disponível um manual de apoio para as pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2 e seus cuidadores com as principais normas e recomendações durante este período. Junte-se ainda a Linha de apoio Diabetes disponível todos os dias, entre as 9h e as 17 horas, através do número 213 816 161. 

 

Estudos revelam
De acordo com investigações recentes sobre o efeito das células mesenquimais derivadas do cordão umbilical no tratamento da...

A artrite reumatoide está clinicamente definida como uma doença crónica, inflamatória e autoimune que se caracteriza pela inflamação das articulações e que pode conduzir à destruição do tecido articular e periarticular. O conhecimento adquirido por vários cientistas a nível mundial sobre o potencial terapêutico das células estaminais, tem levado ao aparecimento de vários ensaios clínicos recentes sobre esta temática.

Em 2018, investigadores do departamento de reumatologia de vários hospitais de Seoul em conjunto com os institutos de medicina regenerativa e centros de investigação da Coreia do Sul avaliaram 11 doentes com artrite reumatoide. Destes, 78% são mulheres com uma idade média de 57 anos e com uma duração média da doença de 9 anos e meio. Após 24h da infusão das células mesenquimais provenientes do cordão umbilical, observou-se diminuição significativa de várias citocinas pro-inflamatórias (IL-1β, IL-6, IL-8, e TNF-α). Tal facto comprova a capacidade imunomodulatória destas células. Este estudo abriu a possibilidade de explorar o tratamento e a melhoria de doenças imunomediadas, incluindo doenças autoimunes, como a artrite reumatoide1.

Mais recentemente, em 2019, foi realizado outro ensaio clínico com o propósito de estudar o efeito da infusão das células mesenquimais provenientes do cordão umbilical nesta patologia com um período de seguimento mais alargado (3 anos). Sessenta e quatro doentes (87% mulheres) com idades compreendidas entre 18-64 anos foram submetidos a uma infusão intravenosa com células mesenquimais do tecido do cordão umbilical. Após o primeiro e terceiro ano da infusão, os doentes foram avaliados em três categorias: Marcadores inflamatórios sistémicos, Segurança e Eficácia. Após três anos, os marcadores inflamatórios sistémicos reduziram significativamente, realçando a capacidade destas células diminuírem o ambiente inflamatório evidenciando a eficácia do uso destas células como terapia2.

Para além disso, as células mesenquimais do tecido do cordão umbilical apresentam uma capacidade de proliferação e diferenciação únicas, assim como a aptidão de, depois de estarem na corrente sanguínea, se dirigirem para o local inflamado exercendo os seus efeitos benéficos (homing). Esta capacidade de “homing”, associada à vantagem de terem propriedades hipoimunogénicas, ou seja, de não reagirem à infusão de células como um agente estranho que possa despoletar resposta imunológica, permitem realizar tratamentos com células do próprio indivíduo (autólogos) ou de outros indivíduos (alogénicos), possibilitando a utilização destas células como um alvo terapêutico muito eficaz e seguro.

Um e três anos após o tratamento, todos os valores das análises sanguíneas de rotina mantiveram-se sem alterações comparativamente com a fase anterior ao tratamento. As funções hepática e renal também não sofreram alterações, demonstrando que o tratamento com células mesenquimais do tecido do cordão umbilical é seguro. O cálculo do desenvolvimento da artrite reumatoide (score DAS28) diminuiu significativamente um ano depois do tratamento, continuando a diminuir até ao terceiro ano. O mesmo resultado foi observado na avaliação da capacidade funcional dos doentes (Health Assessment Questionnaire). Este questionário avalia de 0 a 3 as capacidades quotidianas do indivíduo, desde conseguir vestir-se até abrir torneiras, frascos, subir escadas, entre outros2.

A eficácia deste tratamento é real e pode ser também observada naturalmente por qualquer pessoa. Na figura ilustrada em baixo estão retratadas as mãos de um paciente antes (figura A) e após três anos do tratamento com células mesenquimais derivadas do tecido cordão umbilical (figura B). Trata-se de um paciente com 68 anos que foi diagnosticado com artrite reumatoide desde os seus 53 anos de idade. Na figura C e D está, respetivamente, representado o antes e um ano depois da infusão com células mesenquimais do tecido do cordão umbilical numa doente com 33 anos com artrite reumatoide desde os seus 29 anos de idade com queixas de muitas dores. Como se pode observar em ambas as situações, os doentes não conseguem esticar os dedos devido à inflamação existente nas junções articulares. No entanto, após o tratamento existe uma melhoria substancial permitindo um maior movimento dos membros, sublinhando a eficácia desta terapêutica. Para além disso, os efeitos terapêuticos das células mesenquimais mantêm-se durante o período de acompanhamento, sempre com resultados clínicos estáveis, melhorando de forma substancial a qualidade de vida dos doentes com artrite reumatoide2.

Figura retirada do artigo Wang L,et al. (2019) Drug design, Development and Therapy 2

De forma a estudar e desenvolver um tratamento mais potente contra a artrite reumatoide, a utilização das células mesenquimais do cordão umbilical também tem surgido em combinação com outras terapias. Este ano, um outro ensaio clínico realizado com 63 doentes, demonstrou que a aplicação das células mesenquimais do cordão umbilical com interferão-γ aumenta significativamente a taxa de resposta em 93,3% (American College of Rheumatology 20 response rates) ao terceiro mês de acompanhamento. Ou seja, considerando a resposta à doença, a terapia combinada com as células mesenquimais do cordão umbilical leva a uma melhoria substancial dos doentes com artrite reumatoide quando comparada com uma terapia sem o uso das células mesenquimais. Assim, estes autores sugeriram esta terapia combinada como uma nova estratégia clínica para o tratamento da artrite reumatoide dado que se observou uma sinergia na eficácia do tratamento sem quaisquer efeitos colaterais durante um período observacional de 1 ano3.

Andreia Gomes, responsável pela Unidade de Investigação & Desenvolvimento da BebéVida, afirma “É necessário salientar que em todos estes estudos e os critérios de segurança destas infusões durante e após o tratamento foram continuamente avaliados, concluindo que esta terapêutica é segura e não é tóxica, uma vez que todos os sinais vitais e clinicamente relevantes se mantiveram estáveis”.

“A eficácia de um tratamento é um fator determinante para a cura de certas doenças, como a artrite reumatoide, bem como o aumento da qualidade de vida dos doentes. No entanto, a avaliação da segurança da aplicação destas células é a principal prioridade”, reforça Andreia Gomes.

1Park EH, Lim HS, Lee S, Roh K, Seo KW, Kang KS, et al. Intravenous infusion of umbilical cord blood-derived mesenchymal stem cells in rheumatoid arthritis: A phase Ia clinical trial. Stem Cells Translational Medicine. 2018;7(9):636-42.

2Wang L, Huang S, Li S, Li M, Shi J, Bai W, et al. Efficacy and safety of umbilical cord mesenchymal stem cell therapy for rheumatoid arthritis patients: A prospective phase I/II study. Drug design, Development and Therapy. 2019;13:4331-40.

3He X, Yang Y, Yao M, Yang L, Ao L, Hu X, et al. Combination of human umbilical cord mesenchymal stem (stromal) cell transplantation with IFN-γ treatment synergistically improves the clinical outcomes of patients with rheumatoid arthritis. Annals of the Rheumatic Diseases. 2020;79(10):1298-304.

Cristina Ferreira é a figura de capa
A Fundação AFID Diferença lança o calendário “Super-heróis sem capa”, de tributo a todos os profissionais que, de forma...

O calendário conta com a participação Cristina Ferreira, madrinha da Fundação AFID, como figura de capa, representando todos os profissionais da comunicação e entretenimento, que, além de informarem, acompanharem e distraírem toda a população, deram voz a todos os outros profissionais que ajudam a população diariamente.
 
Cada mês é, depois, dedicado a cada um destes profissionais. Aparecem, assim, colaboradores da Fundação AFID Diferença, profissionais do INEM, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, de enfermagem e da saúde, da GNR, dos bombeiros, dos supermercados e minimercados, das farmácias, dos serviços municipalizados, de medicina, de padaria e pastelaria e, finalmente, da PSP.
 
“Depois de um ano como o que passou, nada faz mais sentido do que homenagear aqueles que, diariamente, estiveram na linha da frente, para garantir a segurança da população, os seus cuidados de saúde, o seu bem-estar físico e emocional”, afirma Domingos Rosa, Presidente do Conselho Executivo da Fundação AFID Diferença.
 
As fotografias foram realizadas em contexto real, pelo fotógrafo André Boto, e contaram com a disponibilidade e colaboração total de todas as instituições representadas, contando ainda com a presença do Chef Vítor Sobral como padeiro.
 
O calendário está disponível na sede da instituição, no site da Fundação AFID Diferença e no site www.comprasolidaria.pt, pelo valor de 1,5€, como forma de donativo.

AVC continua a ser a primeira causa de morte e invalidez em Portugal
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) abriu as candidaturas à Bolsa de Investigação em Doença Cerebral...

Já é uma tradição anual a SPAVC atribuir uma bolsa de investigação destinada a financiar, parcial ou totalmente, projetos científicos dedicados ao estudo da doença vascular cerebral.

O Prof. Doutor José Castro Lopes, presidente da direção da SPAVC, sublinha a importância da investigação nesta área clínica “uma vez que o acidente vascular cerebral (AVC) continua a ser a primeira causa de morte e invalidez de Portugal”. Esta realidade poderá agravar-se tendo em conta os dados que têm vindo a público: muitos doentes desvalorizam a sintomatologia e adiam a ida aos serviços de saúde por medo da infeção pelo novo coronavírus, pondo em risco a vida e a possível recuperação do AVC. “Mais do que nunca, importa promover a investigação sobre AVC, para que não fique esquecido e possamos continuar a publicar evidência com potencial impacto na prática clínica e/ou na melhoria dos cuidados prestados aos doentes”.

As candidaturas devem ser enviadas por via eletrónica à direção da SPAVC, através do endereço [email protected], num formulário disponível no website da SPAVC, fazendo-se acompanhar do projeto científico pormenorizado relativo à investigação a desenvolver. Segundo o regulamento da candidatura, que pode ser consultado em www.spavc.org, os projetos apresentados devem ter uma duração máxima de dois anos, iniciada no momento de atribuição da bolsa e terminada quando for entregue relatório final em formato de artigo científico. É ainda referido que apenas serão admitidos os projetos de trabalhos científicos a serem realizados, pelo menos parcialmente, em instituições portuguesas.

No documento pode ainda ler-se que o júri de avaliação “terá em conta o interesse e mérito da candidatura, assim como o mérito científico dos candidatos e instituições participantes” e é referido que, após a divulgação do projeto vencedor, a direção da SPAVC constitui-se em comissão de acompanhamento do trabalho, zelando pelo seu cumprimento de acordo com o projeto inicialmente apresentado, sendo de referir a obrigatoriedade de apresentação de relatório semestral à referida comissão.

Os resultados da investigação irão ser apresentados em reuniões da SPAVC e deverão ser publicados em revista nacional ou internacional de reconhecido mérito científico no prazo de dois anos.

O vencedor da Bolsa de Investigação será divulgado publicamente no encerramento do 15º Congresso da SPAVC, que decorrerá em formato virtual, entre os dias 4 e 6 de fevereiro de 2021, com a correspondente atribuição monetária.

Hospitais não podem deixar de receber estes doentes
Com o acesso aos cuidados de saúde condicionados pela pandemia, médicos pneumologistas deixam o alerta.

Numa fase em que a pandemia de COVID-19 continua a atingir picos de incidência no nosso país e em que o acesso aos cuidados de saúde volta a estar condicionado para os doentes crónicos, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia alerta para a importância das exacerbações de DPOC e para a necessidade de as prevenir.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma doença respiratória progressiva que resulta da obstrução das vias áreas e cujos principais sintomas se caraterizam por tosse, expetoração e dispneia (falta de ar). O diagnóstico é realizado por um teste respiratório simples, a espirometria, que mede a quantidade de ar que entra e saí do pulmão e a rapidez com que o ar circula dentro e fora do pulmão.

Tal como um enfarte do miocárdio ou um AVC, uma exacerbação grave de DPOC implica o recurso a uma urgência hospitalar e eventual internamento, pelo que os doentes não podem ficar em casa à espera que os sintomas se resolvam espontaneamente.

“Há situações que podem ser resolvidas com apoio médico através de teleconsulta e intensificação da terapêutica farmacológica, mas há outras que só podem ser resolvidas no hospital”, explica António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Numa campanha que a SPP está a desenvolver em parceria com a BIAL, vários pneumologistas juntam-se para reforçar a mensagem de que, apesar das pressões impostas pela COVID-19, nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde, continuam disponíveis para acompanhar os seus doentes com DPOC. Também no âmbito desta campanha é reforçada a importância de um bom controlo da DPOC para a prevenção das complicações associadas à COVID-19.

“A prevenção das exacerbações e o bom controlo da DPOC passa por uma boa adesão à terapêutica, com o devido respeito pela técnica inalatória, pela prática de atividade física, de acordo com as recomendações médicas, pela vacinação antigripal e antipneumocócica”, reforça Marta Drummond, pneumologista do Centro Hospitalar de São João, reforçando que, “em nenhuma circunstância o doente deve suspender a sua medicação para o tratamento da DPOC”. De acordo com Ana Sofia Oliveira, pneumologista do Hospital de Pulido Valente, “Uma das melhores formas de combater a COVID-19 é ter a DPOC bem controlada, já que o risco de complicações da COVID-19 é maior nestes doentes”.

Esta campanha será promovida nas plataformas digitais da SPP e da BIAL, nomeadamente nos sites e redes sociais, visando alertar e sensibilizar todos os doentes para a importância do controlo e manutenção do tratamento da DPOC face à pandemia COVID-19.

Em Portugal a prevalência de DPOC nos indivíduos com idade superior a 40 anos situa-se nos 14%, sendo que para a DPOC moderada, grave e muito grave a prevalência é de aproximadamente 7%. A DPOC continua a representar uma das principais causas de morte em Portugal – de acordo com o Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, em 2016, foi responsável por 2791 óbitos, 20,7% das mortes registadas por doença respiratória.

Em tempos de pandemia
A lavagem e desinfeção dos espaços e das superfícies podem ser cruciais para um Natal mais seguro.

O Natal aproxima-se e, devido à pandemia de Covid-19, vai ser vivido de forma diferente. Assim, torna-se crucial a vivência deste tempo de forma segura, através do cumprimento de várias regras.

Na celebração desta época festiva, a distância física e o uso de máscara deverão continuar a ser cumpridos. No entanto, e de acordo com a Direção-Geral de Saúde, há outros cuidados a ter em consideração.

Nesse sentido, a Inokem, start-up 100% portuguesa, especialista no desenvolvimento de soluções premium de desinfeção, limpeza, higienização pensadas para o bem-estar dos consumidores, e focada na inovação e sustentabilidade com opções eco-friendly, apresenta quatro dicas para que as famílias vivam um Natal mais seguro. A desinfeção e o arejamento de espaços e a lavagem e a desinfeção de mãos com frequência são algumas das ações que todos podem fazer:

1. Lavar as mãos – como já vem sendo preconizado, é importante lavar e desinfetar frequentemente as mãos, uma vez que ao longo do dia tocamos em superfícies e objetos que podem estar contaminadas com o vírus. A utilização de um sabonete líquido desinfetante vai permitir a eliminação da sujidade e, simultaneamente, a desinfeção das mãos. Já para desinfetar, é importante escolher um desinfetante adequado. Geralmente à base de álcool (o indicado é ter o valor mínimo de 70% de álcool), deve permitir a desinfeção das mãos sem necessidade de enxaguamento. Outros fatores a considerar são a presença de princípios ativos que garantam uma melhor ação viricida, bactericida, germicida e fungicida; o facto de manter um tempo de contacto mínimo de 20 segundos em toda a superfície das mãos; a garantia de que os ingredientes utilizados são de boa qualidade; e, devido à frequência com que são utilizados, a incorporação de um bom hidratante para proteger a pele da agressividade do álcool.

2. Desinfeção de utensílios - É importante proceder à limpeza, higienização e desinfeção dos vários objetos através de uma solução detergente germicida, bactericida e virucida com bio álcool, uma vez que as gotículas que transmitem o vírus pousam em objetos e nas superfícies. Assim, os utensílios utilizados e partilhados, como os talheres, pratos, copos, entre outros, devem ser desinfetados, e, preferencialmente, não devem ser partilhados. Cada um deve ter os seus próprios utensílios e evitar o contacto com os objetos que não sejam os seus. Deve ainda ser realizada a desinfeção de materiais tecnológicos, de brinquedos, de puxadores e de acessórios de casa de banho, aos quais deve ser diretamente aplicada uma solução desinfetante, sendo que, no caso dos brinquedos laváveis, devem ser enxaguados.

3. Desinfeção de espaços comuns – O mesmo deve acontecer para as zonas alimentares, como as bancadas das cozinhas, que são espaços que, geralmente, juntam várias pessoas. Também os pavimentos e os sanitários devem ser desinfetados frequentemente com desinfetante contra germes, vírus e bactérias, à base de bio álcool. Já o ar dos espaços fechados deve ser desinfetado com um purificador de ar, que elimine bactérias e vírus em suspensão no ar, pulverizando os espaços até que se forme uma ligeira neblina. Este tratamento descontamina o ar temporariamente, pelo que deve ser repetida a aplicação periodicamente, em função das condições existentes.

4. Roupas e calçado - Finalmente, as roupas, os tecidos e o calçado devem ser desinfetados com produto próprio, uma vez que podem, também eles, ser veículos do vírus. Esta desinfeção deve ser feita em todo o tipo de têxteis que habitualmente existem em nossas casas, tais como: sofás, colchões, tapetes, alcatifas, cortinas, toalhas, acessórios de casa, roupas no geral e calçado. Utilizando uma solução diretamente nas roupas, tecidos, calçado ou equipamento de proteção individual (EPI) por pulverização manual, que deve ser fina de partículas pequenas, para a abranger a maior área possível, é aconselhável uma aplicação antes de sair de casa ou iniciar determinado tipo de trabalhos profissionais e uma aplicação quando finalizado o trabalho ou ao chegar a casa. A Inokem aconselha ainda o uso de outra solução como desinfetante diretamente na máquina de lavar roupa ou na lavagem manual da mesma.

Dar a conhecer a doença
Chama-se “A barriga Estragada da Mamã” e é o primeiro livro português que aborda a problemática da endometriose, uma doença...

“A Endometriose é ainda pouco falada e conhecida. É uma doença com um diagnóstico, geralmente, demasiado tardio. A falta de informação e a desvalorização da sintomatologia fazem com que muitas mulheres vivam anos sem saber que sofrem desta condição, inclusive, por verem as suas queixas desvalorizadas clinicamente. Mas a Endometriose existe, é real, leva órgãos, sonhos e vidas. E é por isso que este livro é tão importante. Porque chega com o intuito de sensibilizar não só as crianças como os seus cuidadores!”, afirma Susana Fonseca, autora do primeiro livro infantil do mundo sobre Endometriose, lançado com a chancela da Sana Editora e com ilustrações de Inês de Freitas.

“A Barriga Estragada da Mamã é uma história fantástica pela simplicidade com que é contada. A ambivalência de um percurso de vida marcado pela dor e pelo sofrimento provocado pela doença e a felicidade de ter conseguido ser mãe é contada com ajuda das perguntas inocentes de Bi, dando a conhecer a doença, que continua a ser desconhecida para muitos. A endometriose é uma doença crónica que pode afetar dramaticamente a qualidade de vida da mulher e interferir na sua relação familiar e social, pelo que a perceção e diagnóstico precoce é de suprema importância. Só assim é possível agir atempadamente através de uma equipa multidisciplinar, minimizando as consequências da doença. Está na mão de todos nós ouvirmos e reconhecermos estes sinais de alarme e incentivar a procura de ajuda especializada pois ter dor menstrual incapacitante não é normal”, comenta Filipa B. Osório, Ginecologista do Hospital da Luz Lisboa

A Endometriose - que se caracteriza pelo aparecimento de tecido similar ao do endométrio fora do útero -, é uma doença complexa que provoca dores pélvicas crónicas incapacitantes, infertilidade e outros sintomas de relevo. Existem diversas teorias sobre a sua origem não havendo ainda um consenso. Esta patologia afeta sobretudo as mulheres em idade reprodutiva, entre 10 a 15%. Nas mulheres com infertilidade, essa prevalência aumenta para cerca de 30 a 50%. A doença costuma ser diagnosticada entre os 25 e os 35 anos, apesar dos primeiros sinais se poderem manifestar anos antes, com o início da menstruação.

De um modo geral, a Endometriose provoca o aparecimento de sintomas, sendo que, em 80% dos casos a dor é a principal manifestação da doença. Em 20% dos casos, a Endometriose associa-se a infertilidade podendo também ser, embora mais raramente, assintomática.

“A dor intensa durante a menstruação, a cólica do período, existe e afeta a qualidade de vida de muitas mulheres. Dêmos voz a quem tem voz. a dor tem voz e juntos poderemos ser mais fortes sem dor. Esta dor tem muitas vozes.... É cruel... tem género e tem um nome.... chama-se endometriose. Hoje, é possível fazermos mais e melhor para aliviar e tratar esta dor que é de todos”, afirma Hélder Ferreira, Diretor da Unidade de Endoscopia e Endometriose do Centro Materno Infantil do Norte

Evolução do casos
O sistema Gripenet, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) desde 2015, está a recrutar participantes...

Os objetivos deste estudo passam por monitorizar a curva de incidência sazonal de gripe e a sua distribuição por idade e região. Este ano, devido à pandemia, o projeto visa também identificar sintomas compatíveis com a covid-19, de modo a identificar tendências na evolução do número de infeções.

Os participantes devem preencher semanalmente um questionário onde relatam os seus sintomas da gripe e/ou da covid-19.

“Um dos segredos do sucesso do Gripenet é sua simplicidade de uso e rapidez no preenchimento dos sintomas, bem como a transparência no tratamento dos dados, sabendo os participantes como o sistema interpretou o seu caso particular”, indica um comunicado do INSA. De referir que os dados são anónimos e são depois disponibilizados numa plataforma pública online.

“Devido às suas caraterísticas, o sistema Gripenet possibilita uma deteção precoce de eventuais anomalias, e uma captação de pessoas que recuperam da gripe sem recorrer aos serviços de saúde, com uma assinalável economia de recursos”, revela o instituto.

 

Covid-19
Uma nova investigação descobriu que níveis elevados de um marcador no sangue - o Fator propeptídeo von Willebrand – estão...

O estudo, liderado por investigadores da Universidade de Medicina e Ciências da Saúde do RCSI, foi publicado na edição atual do British Journal of Heematology.

Este estudo ajuda os médicos a entender por que doentes com Covid-19 desenvolvem anormalidades de coagulação sanguínea que podem desencadear o desenvolvimento de micro trombos nos pulmões. Trabalhos anteriores descobriram que o desenvolvimento desses micro trombos pode levar a um prognóstico mais reservado.

Este estudo liga a formação desses micro coágulos a níveis elevados deste marcador, o Fator propeptídeo von Willebrand, um marcador sanguíneo estabelecido para danos às células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos do corpo. Danos agudos dessas células resultam na libertação rápida do fator propeptídeo von Willebrand, mas também inicia a formação de coágulos e inflamação. O estudo observou os níveis mais altos do marcador sanguíneo em pacientes com doença Covid-19 mais grave ou aqueles que sucumbiram à infeção, indicando que os níveis do marcador podem ser preditivos para um mau prognóstico da doença.

James O'Donnell, diretor do Centro Irlandês de Biologia Vascular, RCSI e Hematologista Consultor do Centro Nacional de Coagulação do Hospital St. James disse: "Estabelecemos anteriormente que a coagulação sanguínea anormal e o desenvolvimento de micro coágulos dentro dos pulmões contribuem para um maior risco doença grave por Covid-19. Os mecanismos pelos quais o Covid-19 desencadeia a formação desses micro coágulos, no entanto, vem intrigando médicos em todo o mundo. Esta pesquisa pode ajudar-nos a entender mais claramente esses mecanismos."

Jamie O'Sullivan, Professor de Pesquisa do StAR no Centro Irlandês de Biologia Vascular do RCSI e coautor do artigo disse que "este estudo fornece mais informações sobre os danos marcados e sustentados às células que revestem os vasos sanguíneos em pacientes com Covid-19 grave e como isso pode contribuir para complicações trombóticas".

O estudo foi realizado por investigadores do Centro Irlandês de Biologia Vascular, Escola de Farmácia e Ciências Biomoleculares, Departamento de Anestesia e Cuidados Críticos e Departamento de Doenças Infeciosas do RCSI, Hospital Beaumont, Centro Nacional de Coagulação, Hospital St. James, Trinity College, Hospital Universitário de St. Vincent e o Centro Nacional de Pesquisa Infantil.

Projeto Alhambra
O Serviço de Intervenção nos Comportamento Aditivos e nas Dependências (SICAD) é o principal dinamizador do Projeto Alhambra –...

Trata-se de um projeto europeu financiado, decorrente do RARHA – Joint Action on Reducing Alcohol Related Harm (Ação conjunta para redução dos efeitos nocivos do álcool) e alargado a vários parceiros, que contará com a realização de três workshops – consumo de álcool no trabalho, consumo não registado e mensagens eletrónicas relacionadas com a saúde – e de três investigações.

Esta ação conjunta está inscrita no Convite à Apresentação de Propostas 2013 no âmbito do Segundo Programa de Ação Comunitária no domínio da Saúde (2008-2013) e contribuirá para a implementação da estratégia da União Europeia de apoio aos Estados-Membros, na redução dos efeitos nocivos do álcool.

Os resultados finais do projeto serão apresentados nos dias 21 e 22 de novembro de 2022, antecedendo a próxima edição da Lisbon Addictions.

 

Estado de emergência
À saída do Conselho de Ministros, que reexaminou as medidas do estado de emergência para o Natal e Ano Novo, António Costa...

Assim, o Primeiro-Ministro apelou a todas as famílias para “reunirem o menor número de pessoas possível” para estarem à mesa o tempo estritamente necessário, para evitarem espaços fechados, pouco arejados e para “estarem o máximo de tempo possível com máscara”.

António Costa lembrou que quando anunciou “as medidas que desejava que vigorassem até ao próximo dia 7 de janeiro”, anunciou também “que faríamos uma reavaliação em função da evolução da pandemia”.

Número de óbitos mantém-se elevado

“A evolução ao longo destas semanas confirma que continuamos a reduzir o número de novos casos, de pessoas internadas em enfermaria geral e em unidades de cuidados intensivos. Contudo, o número de óbitos continua ainda extremamente elevado”, sublinhou.

“Se repararmos bem na evolução semana após semana, o ritmo de diminuição do número de novos casos por semana tem vindo a tornar-se mais lento. Ou seja, não estamos no ponto onde desejávamos”, disse ainda.

Por isto, “os festejos de natal têm de correr com o máximo de cuidado”, disse, acrescentando que “temos de ter a consciência de que cada um de nós é um risco e o risco é tanto maior quantos mais formos e quanto menos protegidos cada um estiver”.

“Pedimos a todas as famílias que se procurem organizar para que o Natal seja um momento de partilha dos afetos, mas não do vírus”, disse acrescentando que logo a seguir ao Natal vão ter de se adotar medidas de máxima contenção para que o número de caso não se “multiplique” no início do ano.  

Neste sentido, o Governo tomou a decisão de “cortar totalmente as celebrações do Ano Novo”, sendo que a liberdade de circulação será restrita a partir das 23h de 31 de dezembro.

No dia 1, e no sábado e domingo, dias 2 e 3, a liberdade de circulação será restrita a partir das 13h.

O Primeiro-Ministro concluiu afirmando que “este sacrifício é fundamental para que o Ano Novo seja mesmo um novo ano de esperança, de podermos vencer a pandemia a recuperar plenamente a nossa liberdade”.

 

Inovaçao
Cateteres para a retenção urinária lubrificados ajudam a reduzir o risco de infeções. A lubrificação à base de glicerina e água...

O Center of Diseases Control alerta que o contágio por SARS-CoV 2 é possível após contacto direto ou indireto com superfícies ou objetos contaminados, pois o vírus pode persistir numa variedade de superfícies por tempo variável.

Por outro lado, apesar dos factos apontarem para uma baixa deteção do vírus na urina, os estudos in vitro sugerem que pode sobreviver até 10 dias na urina, à temperatura de 24. ℃, pelo que procedimentos como a cateterização intermitente requerem precaução extrema, pois não se pode excluir a infeção por esta via.

Este dispositivo vem colmatar as falhas existentes no mercado, uma vez que, através do seu sistema “100% no touch”, o utilizador não tem necessidade de manusear a parte ativa do cateter, garantindo-se assim a assepsia durante o processo de esvaziamento da bexiga, e prevenindo-se infeções.

Por outro lado, a lubrificação à base de glicerina e água, confere a este cateter propriedades bacteriostáticas, impedindo o desenvolvimento de bactérias que contribuem para o desenvolvimento de infeções. Além disso, o seu sistema de abertura simples, desenhado com as alças na extremidade, permite a abertura da embalagem com apenas uma mão, sendo adequado para pessoas com mobilidade reduzida.

Esta solução é indicada para pessoas com retenção urinária, ou seja, com incapacidade de urinar, que se caracteriza por um fluxo urinário reduzido ou intermitente, acompanhado de um enorme esforço ao urinar e de uma sensação de esvaziamento incompleto e de hesitação.

A retenção urinária tem uma maior prevalência entre os homens. Existem diversos fatores que contribuem para esta situação nomeadamente: a obstrução do trato urinário, o enfraquecimento do músculo da bexiga ou complicações neurológicas.

A obstrução do trato urinário pode ser sinal de doenças como hiperplasia prostática benigna, uma doença caracterizada pelo aumento de volume da próstata, que resulta na obstrução da uretra.

 

Divulgação
A partir de hoje, a Fénix – Associação Nacional de Bombeiros e Agentes da Proteção Civil conta com o Atlas da Saúde para a...

Constituída em 2017, Fénix- Associação Nacional de Bombeiros e Agentes da Proteção Civil é uma associação sem fins lucrativos, que conta com a dedicação de bombeiros, agentes de proteção civil e civis, que se constituem como um corpo de voluntários de proteção civil.

Com o objetivo de fazer mais e melhor por esta área, esta associação tendo vindo a estabelecer “contactos com outras Associações do setor, com empresas e com Instituições, públicas e privadas, nacionais e internacionais celebrando acordos e parcerias”, com o intuito de informar e formar populações na prevenção dos riscos coletivos, cooperar em ações de socorro e assistência, bem como em ações de apoio integradas no Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro.

No âmbito formativo, criou a Academia Fénix, “um polo de estudo e partilha de conhecimento, que visa o desenvolvimento de formação especializada”, dirigida bombeiros e agentes de Proteção Civil, bem como a empresas; instituições como escolas, municípios e população em geral.

Para além deste trabalho, a Fénix- Associação Nacional de Bombeiros e Agentes da Proteção Civil é responsável pela organização de Seminários e Workshops na área da Proteção Civil.

 

 

 

Campanha
O Natal é conhecido como a época perfeita para dar, receber e, acima de tudo, ajudar quem mais precisa. Como tal, a Federação...

“Como a federação já tem vindo a alertar, continua a ser necessário reforçar as reservas nacionais de sangue. Neste momento, devido ao gradual regresso à normalidade hospitalar precisamos de contar com a ajuda de todos os portugueses que possam dar sangue. Os centros de recolha estão preparados para receber todos os que queiram ajudar e com as condições de segurança garantidas.”, explica Alberto Mota, presidente da FEPODABES.

A campanha especial de Natal, que arranca já no próximo dia 21 de dezembro, conta com o apoio do Instituto Português de Sangue e Transplantação, do Ministério da Saúde, do Serviço Nacional de Saúde, da Junta de Freguesia do Parque das Nações e da Associação Nacional de Freguesias. As colheitas realizam-se entre as 9h00 e as 13h00 nos dias 24 e 31 de dezembro e entre as 15h00 e as 20h00 nos restantes dias, excluindo o dia de Natal (25), no qual não haverá recolha.

A FEPODABES reforça que mesmo em tempo de pandemia continua a ser seguro doar sangue, uma vez que nos centros de recolha são adotados todos os cuidados necessários para evitar o contágio da COVID-19. Além disso, o processo não demora mais de 30 minutos e consiste na colheita de cerca de 450mL de sangue.

Para saber mais sobre a doação de sangue e o trabalho desenvolvido pela FEPODABES, basta visitar os sites www.fepodabes.pt e www.dador.pt.

 

 

 

Cancro da Próstata
O urologista Pedro Bargão Santos acaba de concluir o seu doutoramento em Medicina na especialidade de Investigação Clínica, na...

"Which epigenetic and inflammation-related biomarkers can identify clinically aggressive prostate cancer” é o tema da tese de doutoramento de Pedro Bargão Santos, que teve como principal objetivo investigar novos biomarcadores que pudessem aperfeiçoar a estratificação dos doentes de acordo com o risco de progressão para cancro da próstata letal, possibilitando uma avaliação mais precisa do prognóstico e a definição da estratégia terapêutica de forma mais personalizada. 

No decorrer da investigação o Urologista do Hospital CUF Descobertas e do Hospital CUF Tejo correlacionou, entre outras variáveis, o conhecimento científico existente sobre biomarcadores pouco estudados no cancro da próstata comparando-o com as características clínicas e patológicas de progressão da doença (PSA, recorrência bioquímica e resultados clínicos de doentes, contemplando sobrevivência específica da doença, sobrevivência livre de doença e sobrevivência global). 

A principal conclusão do estudo é a validação do biomarcador CXCR7 como preditor independente de pior sobrevivência livre de doença, após a realização de prostatectomia radical. “Os resultados da investigação apontam que este pode vir a ser um bom marcador de recidiva de doença, após a cirurgia, mesmo antes da subida do PSA”, indica o investigador. O estudo retrospectivo vem, também, corroborar uma das teorias para a génese do cancro da próstata, a da inflamação prostática crónica, visto ser um marcador relacionado com a inflamação. 

O investigador acredita que este trabalho abre novas portas na compreensão e avaliação do comportamento do cancro da próstata, mas aponta que “mais investigações devem ser realizadas para que possamos usar estas ferramentas e melhorar substancialmente a forma como cuidamos dos doentes num futuro próximo”.

O que são?
Numa época de pandemia, onde existe renitência em recorrer a consultas ou hospitais devido ao medo d

A lesão traumática, as queimaduras, o descolamento de retina e a oclusão da artéria central da retina estão entre as urgências mais comuns.

A avaliação inicial deve incluir a acuidade visual, exceto no caso das queimaduras. A aplicação de anestésicos tópicos pode ser necessária se esta avaliação for difícil por motivos de dor ocular. O exame físico do olho inclui as pálpebras, os globos oculares, a motilidade extraocular e o reflexo pupilar.

Lesões traumáticas

A rutura do globo envolve compromisso à integridade da córnea e esclera. Se não for tratada adequadamente, o paciente pode desenvolver endoftalmite, uma infeção intraocular que pode levar à cegueira.

Indicadores de rutura do globo incluem:

  • dor moderada a severa
  • diminuição da visão
  • desvio da pupila
  • hemorragia subconjuntival severa.

No caso de se suspeitar de rutura do globo, deverá ser logo colocada uma proteção ocular rígida e evitar qualquer pressão no olho. De forma a diminuir a pressão no globo, deve-se administrar analgésicos e antieméticos de forma regular. Poderá ser necessário realizar uma tomografia computorizada (TAC) para avaliar a extensão da lesão. O tratamento inclui a administração de antibióticos e cirurgia.

Queimaduras químicas

Uma queimadura química é uma verdadeira emergência. A gravidade da lesão ocular depende do pH da substância e da natureza do químico. As queimaduras por alcalinos são mais frequentes e mais graves do que as com ácido.

As queixas dos pacientes incluem dor moderada a forte, fotofobia, visão turva e sensação de corpo estranho, assim como blefarospasmos e olho vermelho.

Na presença de uma queimadura química, deverá iniciar-se logo a aplicação de anestésicos tópicos, não só para o alívio da dor, mas também para irrigar o olho. Aliás, assim que se suspeitar de queimadura química, deve ser iniciada imediatamente, e mantida, irrigação com soro fisiológico, com o objetivo de neutralizar o pH.

Antibióticos devem ser iniciados após a estabilização do pH. Um ácido nunca deve ser utilizado para neutralizar uma base, nem vice-versa!

Oclusão da Artéria Central da Retina (OACR)

A artéria central da retina é um ramo da artéria oftálmica que transporta o sangue para a retina. A OACR, provocada por um trombo que oclui um dos vasos sanguíneos, leva rapidamente a isquemia, por falta de irrigação, o que pode levar a perda significativa de visão.

Os pacientes com OACR referem perda súbita e indolor da visão de um dos olhos. O paciente poderá referir uma perda de visão transitória, sem dor associada, de um dos olhos. Poderá apresentar a pupila dilatada e com fraca reação à luz.

Uma intervenção rápida é fundamental de forma a diminuir as perdas provocadas por OACR.

Descolamento de Retina

O descolamento de retina é a separação da camada neurossensorial da retina da coróide e do epitélio pigmentar da retina. Apesar de ser uma situação pouco frequente, o descolamento de retina rapidamente provoca uma degeneração de fotorreceptores que provocam isquemia, levando à morte das células.

O diagnóstico precoce e o tratamento podem prevenir a perda de visão. A queixa mais comum é a sensação de ver luzes ou flashes, a visão pode ficar turva ou enevoada, com a presença de moscas volantes.

Os fatores de risco para o descolamento de retina incluem a retinopatia diabética, cirurgia a catarata, miopia, idade avançada e história familiar.

Numa fase inicial, poderá ser possível fazer tratamento com laser, contudo, em muitos casos apenas com cirurgia se consegue resolver o descolamento de retina.

Em conclusão, o reconhecimento imediato e o adequado tratamento de urgências em oftalmologia são essenciais para se conseguir os melhores resultados. Apesar da situação de pandemia em que vivemos, perante uma situação de urgência oftálmica, a rapidez de atuação é fulcral. Procure sempre ajuda especializada, sem hesitar!

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Lançado plano estratégico Bio-Saúde 2030
A Associação Portuguesa de Bioindústria (P-BIO) apresentou o plano estratégico Bio-Saúde 2030, numa sessão que contou com a...

O plano transmite ideias para promover o setor das Ciências da Vida e Biotecnologia, preconizando um investimento sustentado e transversal, que poderá permitir posicionar Portugal como um centro de Investigação e Desenvolvimento em Biotecnologia e Ciências da Vida e um pilar estratégico da capacidade de produção na União Europeia (UE), tornando o nosso país na Fábrica da Europa para a Saúde.

Entre as medidas abrangidas pelo plano estratégico Bio-Saúde 2030, destaque para: promoção da investigação e desenvolvimento clínico em Portugal como motor de novo financiamento do SNS; constituição de uma reserva estratégica de capacidade produtiva para UE em saúde; promoção do emprego altamente qualificado; capacitação do tecido industrial da UE através da criação do SME Business European Enhancement Act.

Portugal como uma fábrica do futuro assente em conhecimento

A sessão apresentou novos resultados do estudo de caracterização do setor da biotecnologia em Portugal, que refere que, das empresas em Portugal que desenvolvem investigação e desenvolvimento em biotecnologia, cerca de 60% são dedicadas à biotecnologia médica, sendo as restantes 40% dedicadas à biotecnologia aplicada à bioeconomia (agroindústria, floresta, mar, industrial ou ambiental). Regista-se uma média de 4 anos entre a constituição da empresa e o lançamento do produto no mercado, pelo que há necessidade de investimento de longo prazo que permita a consolidação das empresas que consigam ter um pipeline de produtos em investigação e outros em produção para se tornarem sustentáveis ao longo do tempo. Um terço das empresas de biotecnologia em Portugal recorre a fundos próprios.

João Cerejeira, da Universidade do Minho, apresentou os resultados do estudo sobre este setor, que tem registado um rápido crescimento nos últimos anos. Com uma forte ligação aos principais clusters que respondem aos desafios colocados à União Europeia, trata-se, segundo este estudo, de um setor inovador, não apenas na academia, mas também nas empresas, com recursos humanos altamente qualificados e uma força de trabalho jovem. Os principais fatores críticos para crescimento assentam nas capacidades organizacionais, investimento/financiamento e no desenvolvimento do ecossistema.

O estudo conclui, ainda, que metade das empresas realiza exportações, havendo, por isso, uma grande abertura para o exterior neste setor. As remunerações são 1,6 vezes superiores em comparação com a média nacional. Em termos de propriedade intelectual, a biotecnologia está presente em 4 das 5 áreas em que mais se gera patentes em Portugal.

“Temos a capacidade de criar um núcleo na biotecnologia, nas áreas alimentar e de saúde”

Em 2020, a biotecnologia mostrou, mais do que nunca, a sua importância. No combate à Covid-19, é fundamental diagnosticar, ter dados epidemiológicos, desenvolver tratamento e vacina – tudo isto passa pela biotecnologia. O papel da ciência e do conhecimento na sociedade ganhou mais relevância, sobretudo na área das Ciências da Vida, levando a P-Bio a desenvolver a Estratégia Bio-Saúde 2030, que defende a criação de um cluster económico robusto capaz de servir o país, a Europa e a sociedade. Durante a sessão, Simão Soares, Presidente da P-Bio, afirmou que vivemos um “tempo de grandes desafios em que a biotecnologia pode ser essencial para desenvolver uma economia baseada em conhecimento e pessoas altamente qualificadas”.

Manuel Heitor apelou à mobilização para a criação de ideias para o setor, que deve reunir start-ups em articulação com o sistema científico e tecnológico. “Temos a capacidade, a nível competitivo, de criar um núcleo – seletivo, mas relevante – de atividade na biotecnologia, nas áreas alimentar e de saúde”, assinalou. O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior acredita que a biotecnologia pode possibilitar que exista uma Europa com mais Portugal, para que seja possível, por exemplo, contribuir para tornar a Europa mais autónoma no desenvolvimento e produção de medicamentos inovadores à escala global.

“A biotecnologia pode ser a grande resposta”

David Braga Malta, vogal da direção da associação e coordenador do programa Bio-Saúde 2030, afirmou que a “importância da biotecnologia se fez notar como nunca em 2020”, assinalando que “se este cluster crescer da forma adequada, será fundamental para a economia nacional”. António Costa Silva, autor do Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030, corrobora esta ideia, destacando que “o setor da biotecnologia está no cruzamento dos grandes desafios que temos para o futuro”, que passam por “prevenir futuras pandemias, reforçar saúde, não ignorar a crise climática”. “A biotecnologia pode ser uma grande resposta”, assinala. Trata-se de “um cluster com potencial para crescer no futuro”, sendo um “pilar crucial para mudar a economia do país”. António Costa Silva refere que “temos todas as competências funcionais, mas falhamos nas competências estruturais”.

Isabel Rocha, Pró-Reitora na Universidade NOVA de Lisboa, sublinhou a importância de promover a transferência de conhecimento, o que poderá contribuir para o crescimento das start-ups. Isabel Rocha referiu também que “algumas start-ups demoram muito a crescer e outras nem conseguem fazê-lo”. Denota-se, por isso, “falta de financiamento e tradição de outras empresas em incorporar este conhecimento tecnológico”. Já João Gonçalves, Secretário-Geral da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED), afirmou que “o estímulo do mercado interno é importante” e a “contratação pública pode ter um papel fundamental”, contribuindo para uma maior projeção internacional das empresas portuguesas.

Ministra da Saúde
Os profissionais de saúde vão ser os primeiros a receber a vacina. Marta Temido justificou a medida, após a reunião sobre o...

De acordo com a Ministra, o primeiro lote de vacinas, que se espera que chegue até ao final deste mês, será para os profissionais de saúde, contabilizando um total de 9.750 vacinas. Em janeiro, destas, vão ser disponibilizadas cerca de 300 mil doses, em fevereiro 429 mil doses e 487,500 doses em março. As cerca de 300 mil doses previstas para o mês seguinte devem chegar a partir de 4 de janeiro.

Marta Temido, afirmou ainda que o processo de vacinação contra a Covid-19 será um “processo exigente”, e que apesar de o SNS estar habituado à vacinação, este é um processo “novo” porque “se reveste de uma expectativa diferente, acrescentando que “os portugueses podem ter confiança na sua vacinação”.

A governante garantiu que a vacinação para a Covid-19 pode começar no dia 27 de dezembro em Portugal e em outros países europeus, com a vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech.

De acordo com Marta Temido, é esperado que a Agência Europeia do Medicamento emita a 23 de dezembro a autorização condicional de introdução no mercado e que as primeiras doses de vacina cheguem a Portugal no dia 26 de dezembro.

Webinar
O papel da gestão emocional, a importância do diagnóstico precoce e a continuidade das terapêuticas em curso são os grandes...

“Mais do que nunca, torna-se crucial desmitificar as fases de adaptação à doença e a importância de manter o equilíbrio emocional após o diagnóstico. Afinal, mesmo em contexto de pandemia da COVID-19, os doentes não podem descurar a continuidade das terapêuticas nem adiar as suas consultas, uma vez que temos ferramentas digitais que permitem o acompanhamento em caso de necessidade”, refere Manuel Abecasis, presidente da APCL.

Moderado pelo jornalista Paulo Farinha, a iniciativa irá dividir-se em dois momentos. Inicialmente, Filipe Barbosa, psicólogo, fará uma intervenção na qual falará sobre o diagnóstico, fases de adaptação à doença, a importância de a manter o equilíbrio emocional e como fazê-lo; e ainda o que se espera dos cuidadores e equipa de tratamento nesse aspeto.

Posteriormente, juntar-se-á um painel de discussão composto pelos hematologistas Manuel Abecasis e Carlos Martins, a enfermeira Maria Cristina de Lacerda, Francisco Noronha dos Santos, enquanto doente, e a cuidadora Sandra Estima para abordar “A importância dos diagnósticos precoces e da continuidade das terapêuticas para os doentes hemato-oncológicos em tempos de pandemia”.

Esta sessão, de inscrição gratuita, conta ainda com um espaço para perguntas e respostas. A associação pretende desta forma proporcionar momentos de interação entre os especialistas e os doentes que estão a assistir e que poderão esclarecer as suas dúvidas.

 

DGS publica orientação
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou esta quinta-feira uma orientação relativa à presença de acompanhantes e visitas nas...

Segundo este documento os conselhos de administração dos hospitais, centros hospitalares e unidades locais de saúde devem adaptar o regulamento de visitas, podendo, em situações excecionais, permitir visitas a doentes Covid-19, desde que “reduzidas ao mínimo, quer no número, periodicidade e tempo de visita” e sempre com as medidas de proteção devidas.

O número de visitantes por utente não Covid-19 internado é, salvo em situações excecionais, de uma pessoa por dia, por um período de 30 minutos, sendo, preferencialmente, sempre o mesmo visitante.

A orientação sublinha, ainda, que os hospitais devem organizar as visitas garantindo o desfasamento de horários (por marcação), nomeadamente a doentes internados em quartos comuns. Nestes casos, e quando o doente se encontra acamado, só é permitida a presença de um visitante de cada vez.

Na organização das visitas aos utentes internados, devem ser respeitados o distanciamento físico entre visitante, utente e profissionais de saúde, a etiqueta respiratória, a utilização correta de máscara cirúrgica e a higienização frequente das mãos.

De acordo com a orientação da DGS, as visitas não podem permanecer no quarto ou enfermaria “durante a realização de procedimentos geradores de aerossóis ou durante a colheita de amostras respiratórias”, não devem utilizar as instalações sanitárias dos utentes internados, não devem interagir com outros doentes ou visitantes e não podem levar e/ou entregar qualquer objeto pessoal, géneros alimentares ou outros produtos ao utente internado sem prévia autorização.

Devem ainda informar o serviço ou unidade de saúde onde realizaram a visita sempre que, nas 48 horas seguintes, desenvolvam sintomas sugestivos de Covid-19 ou apresentem um resultado positivo para SARS-CoV-2 num teste laboratorial.

As unidades de saúde, por seu lado, devem definir circuitos devidamente sinalizados, para os visitantes e acompanhantes, incluindo as respetivas instalações sanitárias, de forma a reduzir a circulação desnecessária de pessoas.

“Mediante a avaliação da situação epidemiológica local ou regional, pode ser determinado, em articulação com a autoridade de saúde local, a aplicação de medidas restritivas de visitas ou a sua suspensão temporária, nomeadamente nos concelhos de risco epidemiológico extremo e muito elevado”, refere a orientação.

A DGS lembra ainda que os utentes internados nos serviços de saúde do SNS “têm direito à assistência religiosa (que não é contabilizada como uma visita)”.

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