Modelo de aconselhamento
O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde publicou, esta semana, o modelo...

O modelo de aconselhamento é um guia de referência que contempla diversas ferramentas que podem ser utilizadas pelos diferentes profissionais de saúde no contexto da sua prática clínica. As ferramentas possibilitam uma abordagem inicial, breve, que em média não deve exceder os 10 minutos, e assentam nos modelos de intervenção motivacional, reconhecendo assim as dificuldades inerentes à mudança do comportamento alimentar.  

Pretende-se que a implementação do modelo de aconselhamento breve e das ferramentas nele contempladas possa conferir uma maior qualidade às abordagens nas áreas da promoção da alimentação saudável, da prevenção e do controlo das doenças crónicas.  

As orientações técnicas baseadas na evidência e a harmonização de práticas e procedimentos permitem níveis elevados de eficácia e ganhos em saúde. Por outro lado, a padronização de protocolos confere uma maior eficiência ao funcionamento dos serviços, garantindo uma base de intervenção comum facilitadora da monitorização e avaliação.  

A implementação generalizada do aconselhamento breve para a alimentação saudável nos cuidados de saúde primários e a identificação precoce de indivíduos que necessitem da intervenção diferenciada aumenta ainda as oportunidades de referenciação para os Cuidados Personalizados de Nutrição e uma melhor articulação entre os nutricionistas e demais profissionais de saúde.

A carga da doença associada às doenças crónicas (diabetes mellitus, obesidade, doenças cardiovasculares, dislipidemia...) é elevada na população portuguesa e os hábitos alimentares inadequados estão entre os cinco fatores de risco que mais contribuem para a perda de anos de vida saudável e para a mortalidade.

A elevada prevalência de doenças crónicas associadas à alimentação inadequada na população portuguesa exige que o aconselhamento para uma alimentação saudável seja uma constante na prestação de cuidados de saúde. Este deve ocorrer quer no contexto da prevenção quer no contexto da terapêutica e controlo destas doenças, já que a intervenção assente na mudança de estilos de vida, nos quais a alimentação se inclui, faz parte das guidelines para a terapêutica das doenças crónicas mais prevalentes.

A intervenção precoce ao nível dos cuidados de saúde primários e´ uma abordagem que pode contribuir para a diminuição da progressão para doença (ex: pré-diabetes e pré-obesidade), para o melhor controlo após a sua instalação, para o menor risco de complicações associadas e, consequentemente, para a menor utilização de serviços de saúde especializados no futuro (ex: cuidados hospitalares).

Agência Europeia dos Medicamentos
A EMA recomendou a concessão de uma autorização de comercialização condicional para a vacina COVID-19 Moderna. Esta é a...

O comité de medicamentos humanos (CHMP) da EMA avaliou minuciosamente os dados sobre a qualidade, a segurança e a eficácia da vacina e recomendou, por consenso, que uma autorização formal de comercialização condicional seja concedida pela Comissão Europeia. Isso garantirá aos cidadãos da UE que a vacina atende aos padrões da UE e coloca em prática as salvaguardas, controlos e obrigações para apoiar as campanhas de vacinação em todos os estados-membro.

"Esta vacina é mais uma ferramenta para superar a emergência atual", disse Emer Cooke, diretor executivo da EMA. "É com o esforço e compromisso de todos os envolvidos que conseguimos uma segunda recomendação positiva de vacina pouco menos de um ano desde que a pandemia foi declarada pela OMS.

"Como em todos os medicamentos, monitoraremos de perto os dados sobre a segurança e a eficácia da vacina para garantir a proteção contínua do público da UE. Nosso trabalho será sempre pautado pelas evidências científicas e pelo nosso compromisso de salvaguardar a saúde dos cidadãos da UE."

Um vasto estudo clínico mostrou que a vacina COVID-19 da Moderna foi eficaz na prevenção do COVID-19 em pessoas a partir dos 18 anos de idade.

Esta avaliação envolveu cerca de 30.000 pessoas no total. Metade recebeu a vacina e metade recebeu injeções placebo. As pessoas não sabiam se receberam a vacina ou as injeções placebo.

A eficácia foi calculada em cerca de 28.000 pessoas de 18 a 94 anos que não tinham sinais de infeção anterior.

O estudo mostrou uma redução de 94,1% no número de casos sintomáticos de COVID-19 nas pessoas que receberam a vacina (11 das 14.134 pessoas vacinadas receberam COVID-19 com sintomas) em comparação com pessoas que receberam injeções placebo (185 das 14.073 pessoas que receberam injeções falsas receberam COVID-19 com sintomas). Isso significa que a vacina demonstrou uma eficácia de 94,1% no ensaio.

O estudo também mostrou 90,9% de eficácia nos participantes com risco de COVID-19 grave, incluindo aqueles com doença pulmonar crónica, doença cardíaca, obesidade, doença hepática, diabetes ou infeção pelo HIV. A alta eficácia também foi mantida entre géneros, grupos raciais e étnicos.

A vacina da Moderna consiste em duas injeções no braço, com 28 dias de intervalo. Os efeitos adversos mais comuns - dor e inchaço no local da injeção, cansaço, calafrios, febre, linfonodos inchados ou macios sob o braço, dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas e vómitos - foram geralmente leves ou moderados e melhoraram em poucos dias após a vacinação.

A segurança e a eficácia da vacina vão continuar a ser monitorizadas à medida que for usada em toda a UE, através do sistema de farmacovigilância da UE e de estudos adicionais da empresa e das autoridades europeias.

“Manual de Instruções” para pais e educadores
A Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA) é uma Perturbação do Desenvolvimento in

A PHDA é a perturbação neurocomportamental infantil mais frequente, chegando a afetar até 7% das crianças em idade escolar, sendo os rapazes até nove vezes mais afetados do que as raparigas. Pode manifestar-se muito cedo na vida da criança, embora seja mais facilmente detetada no período pré-escolar e no início da escolaridade, uma vez que são alturas em que o controlo da atenção e da atividade se tornam fundamentais ao seu desenvolvimento académico e integração social e educativa.

Mesmo sendo uma perturbação do desenvolvimento, não está associada a qualquer diminuição cognitiva ou sensorial do cérebro, nem tão pouco resulta de pouca estimulação escolar ou de falta de motivação da criança para estudar e aprender. No entanto, à semelhança do que acontece com outras perturbações do desenvolvimento, a criança com PHDA terá necessariamente um percurso mais desafiante para conseguir os mesmos desempenhos que uma criança sem PHDA, não só no percurso escolar e académico, como também no seu dia-a-dia.

Tipos de PHDA

Os efeitos da PHDA podem variar de pessoa para pessoa, assim como ao longo das diferentes etapas da vida de cada pessoa. De acordo com o DSM-V-TR (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), existem três tipos de PHDA dependendo do sintoma que predomina na criança:

PHDA predominantemente caracterizada pela desatenção:

A criança tem muitas e permanentes dificuldades de concentração, mas sem hiperatividade-impulsividade significativa. Isto é, as crianças com este tipo de PHDA têm limitações significativas em focar e manter a atenção em assuntos que lhes pareçam pouco estimulantes em termos audiovisuais. De igual modo, não têm iniciativa para organizar tarefas e resolver problemas, ou para aprender algo novo, sentindo-se facilmente aborrecidas passados apenas alguns minutos.

PHDA predominantemente caracterizada pela hiperatividade-impulsividade:

Crianças hiperativas têm dificuldades sérias em permanecer quietas e silenciosas, mesmo quando o contexto ou a situação assim o exigem (por exemplo na sala de aula ou à mesa). Crianças impulsivas frequentemente não são capazes de controlar as suas reações imediatas ou de pensar antes de agir (por exemplo fazer comentários inadequados e ter reações agressivas sem pensar nas consequências). Nestes casos, a criança não apresenta problemas atencionais significativos.

PHDA de tipo misto:

A criança apresenta sintomas de ambos os tipos.

Causas da PHDA

Crianças com PHDA são muitas vezes, preconceituosamente, vistas como sendo irremediavelmente indisciplinadas ou desmotivadas para a aprendizagem. Pais de crianças com esta perturbação questionam-se frequentemente sobre se terão feito algo de errado na educação dos seus filhos, acarretando isso um doloroso sentimento de culpa e excessiva autorresponsabilização. No entanto, o crescente conhecimento sobre o assunto nos últimos anos vem desmentindo esta perceção do problema, havendo cada vez mais evidências de que a sua origem não está no tipo de ambiente familiar e educacional, mas em causas biológicas, podendo ocorrer em pessoas de todos os contextos socioeconómicos e níveis intelectuais.

Importa referir que, embora estas crianças tenham mais dificuldades em focar e manter a sua atenção naquilo que respeita à aprendizagem formal, a sua irrequietude intrínseca frequentemente resulta numa imensa curiosidade em relação a tudo o que as rodeia, tornando-as pessoas particularmente capazes de reparar em detalhes que nos passariam despercebidos, e em usufruir de tudo aquilo que as envolve e capta a sua atenção.

Origem genética da PHDA

Estudos feitos ao longo das duas últimas décadas indicam que a PHDA poderá ter origem genética, apresentando uma taxa de hereditariedade estimada em 25%. Mais recentemente, estudos baseados em imagens de alta resolução do cérebro realizados no National Institute of Mental Health nos Estados Unidos, indicam que a PHDA poderá estar associada a um menor volume em várias regiões do cérebro, nomeadamente ao nível dos lobos frontais, os quais são responsáveis pela nossa capacidade de resolver problemas, planificar, compreender o comportamento dos outros e controlar os nossos impulsos.

Origem ambiental e/ou adquirida da PHDA

Outros estudos apontam para o consumo de álcool e tabaco durante a gravidez, assim como a exposição a certos elementos tóxicos, como fatores de elevado risco para o subdesenvolvimento do cérebro da criança e maior probabilidade de ocorrer PHDA. Também tem sido sugerido que uma alimentação demasiado rica em açúcar refinado e aditivos poderá causar e/ou amplificar os sintomas associados a esta perturbação.

À semelhança do que acontece com outras perturbações do desenvolvimento, a PHDA também pode resultar de uma lesão cerebral provocada por algum tipo de acidente (como uma trombose ou um traumatismo craniano). Isto aplica-se no caso de pessoas que nunca tenham tido problemas de concentração e autocontrolo durante a sua vida e cujo traumatismo tenha ocorrido em áreas do cérebro que afetam direta ou indiretamente estas áreas. No entanto, são poucos os casos conhecidos de crianças com PHDA que tenham sofrido um tal traumatismo.

Diagnosticar a PHDA

As principais características de uma criança com PHDA - falta de atenção, hiperatividade e impulsividade – aparecem cedo na sua vida. Dado que muitas crianças podem também, ocasionalmente, apresentar estes sintomas, cuja origem pode também estar noutras causas – como a depressão e ansiedade - o diagnóstico da PHDA não é fácil de fazer.

Por um lado, uma criança impulsiva que age e fala sem pensar pode ser facilmente confundida como tendo falta de disciplina ou regras. Por outro lado, uma criança mais lenta e passiva pode ser interpretada como meramente desmotivada. De igual modo, é mais fácil reparar no comportamento disruptivo de uma criança impulsiva e/ou com hiperatividade, em comparação a uma criança que seja mais discreta e que passe muito tempo alheada de tudo, a “sonhar de olhos abertos”.

A importância de um diagnóstico precoce

Para além das limitações ao nível do desempenho escolar e social, a PHDA afeta muitas vezes a autoimagem e a autoestima da pessoa que a apresenta. Sendo uma perturbação do desenvolvimento permanente, uma vez diagnosticada vai acompanhar a pessoa durante toda a sua vida. Crianças com PHDA podem sentir-se menos inteligentes e menos capazes do que na realidade o são; e o desgaste de repetidas situações de stress relacionadas com problemas escolares e sociais resultam muitas vezes numa crescente desmotivação em prosseguir os estudos. Para evitar esta espiral negativa, o diagnóstico e a intervenção precoce fazem toda a diferença na qualidade de vida da criança.

Geralmente, a impulsividade e a hiperatividade antecedem a falta de atenção. É quando estes sintomas começam a afetar a sua performance escolar e as suas relações socio-afetivas que se começa a suspeitar de uma possível PHDA.

Para isso, é fundamental que pais e educadores estejam atentos a determinados sinais de alerta na criança, quer no que toca à sua competência escolar, quer na sua comunicação com os pares e adultos (por exemplo, se tem dificuldades persistentes em manter-se quieto e silencioso na sala de aula; se dá respostas descontextualizadas às perguntas do professor; se demora demasiado tempo a concretizar as tarefas escolares, independentemente da sua complexidade; se é irrequieta de forma permanente).

Todos estes sinais poderão dar pistas importantes aos pais e aos educadores/professores sobre como a criança se adapta a este mundo complexamente organizado que é a escola e, de uma forma geral, o mundo social. Uma boa comunicação entre pais, professores e técnicos especializados, é determinante para identificar sinais e despistar a PHDA ou outras perturbações de desenvolvimento em idade precoce.

Uma vez diagnosticada, torna-se possível implementar estratégias de desenvolvimento das capacidades da criança. Quanto mais cedo for feita a intervenção, mais hipótese a criança terá de desenvolver a sua capacidade de concentração, organização e controle, devido à maior “plasticidade” do cérebro infantil em comparação com o cérebro adulto.

Sinais de Alerta da PHDA

Crianças com apenas quatro anos de idade já podem ser diagnosticadas com PHDA com bastante exatidão, embora os sintomas associados a esta perturbação se tornem particularmente notórios na entrada para o ensino formal, altura em que a criança vai ser desafiada com uma maior exigência em termos da sua capacidade de foco e da sua interação com os seus pares e professores. Neste sentido, podem e devem ser considerados os seguintes sinais de alerta:

Dificuldades em:

  • Prestar atenção a detalhes;
  • Prestar atenção ao que lhe é dito;
  • Cumprir regras e seguir instruções;
  • Ficar sentado por períodos de tempo mais longos;
  • Ser paciente e esperar pela sua vez.

Tendência para:

  • Desviar a sua atenção para outras atividades diferentes da que está a realizar;
  • Não concluir as diferentes tarefas/atividades que inicia;
  • Ser desorganizado;
  • Evitar atividades que exijam da sua parte um esforço cognitivo continuado e persistente;
  • Distrair-se frequentemente com coisas alheias àquilo que está a fazer;
  • Esquecer-se de compromissos e tarefas previamente estabelecidos;
  • Esquecer-se e aborrecer-se facilmente com tarefas que considera demasiado complexas;
  • Apresentar agitação motora (por exemplo, mexer os pés e/ou as mãos), mesmo quando se encontra sentado;
  • Mexer-se demasiado em situações inapropriadas (por exemplo, na sala de aula, à mesa das refeições, entre outros);
  • Ser demasiado barulhento em atividades de lazer;
  • Ser excessivamente agitado;
  • Falar em excesso e para não pensar antes de falar;
  • Responder a perguntas antes de as ter escutado até ao fim;
  • Interromper as pessoas, e intrometer-se em conversas alheias ou jogos nos quais não está a participar.

Para além destes sintomas, existe uma probabilidade de cerca de 20-30% de que crianças diagnosticadas com PHDA, venham a apresentar uma ou mais dificuldades de aprendizagem, sendo as mais comuns em contexto escolar, a dislexia, a disortografia e a discalculia.

Importa sublinhar que, embora a criança possa apresentar a maioria destes sintomas, isso não significa necessariamente que estejamos perante um quadro de PHDA. É absolutamente fundamental ter em consideração estes sintomas, enquanto potenciais sinais de alerta, mas recorrendo a uma avaliação profissional e especializada para obter um diagnóstico acertado.

Sempre que crianças ou jovens revelem alguns dos sinais de alerta relacionados com a PHDA, pais e professores devem procurar o quanto antes uma avaliação mais detalhada junto de técnicos especializados, dado que o sucesso da intervenção será tanto maior quanto mais cedo forem detetadas e intervencionadas estas situações. O diagnóstico e a intervenção na PHDA podem ser realizados por psicólogos clínicos, psicólogos educacionais e neuropediatras. A avaliação consiste geralmente numa entrevista inicial aos pais, seguida de quatro/cinco sessões com a criança e de uma entrevista aos seus professores, sendo igualmente entregues questionários para serem preenchidos pelos pais e professores. Nesta fase de decisão é fundamental ter-se em conta os diferentes fatores que estão a provocar o comportamento inerente ao quadro de PHDA para posteriormente se decidir pela intervenção terapêutica mais adequada às necessidades de cada criança.

Em casos de PHDA mais ligeiros, deverá optar-se por uma intervenção essencialmente psicopedagógica através de atividades em que são estimuladas e otimizadas diversas competências da criança. Os programas de intervenção mais eficazes no tratamento da PHDA consistem numa a duas sessões por semana, durante as quais são aplicadas estratégias de modificação de comportamento e treinadas as funções de atenção/concentração adequadas às necessidades da criança e aos seus diferentes contextos quotidianos. A reeducação comportamental e o treino da concentração e do controlo baseiam-se em atividades profundamente estruturadas e sistematizadas, assim como na implementação de atividades lúdico-pedagógicas. É absolutamente fundamental que o técnico mantenha uma comunicação estreita com os professores e com os pais da criança, de forma a conciliar as estratégias educativas utilizadas.

Em casos de PHDA mais severos, o neuropediatra poderá recomendar a intervenção farmacológica para conseguir controlar os sintomas associados a esta perturbação do desenvolvimento. No entanto, sabe-se que esta abordagem deverá ser sempre acompanhada pela abordagem de reeducação psicopedagógica.

Se não for acompanhada com uma intervenção adequada a PHDA pode colocar sérios entraves ao sucesso escolar e à progressão académica da criança. Esta perturbação torna as crianças menos disponíveis para a aprendizagem pelo seu elevado nível de atividade, falta de atenção e/ou impulsividade, dificultando muito a aprendizagem. É por isso necessário, implementar estratégias de intervenção alternativas para que a criança aprenda a aprender. Através destas e de um treinamento focalizado, as dificuldades atencionais nestas crianças podem ser muito atenuadas e até largamente reeducadas.

*Este conteúdo foi desenvolvido pelo Centro SEI para o Atlas da Saúde.
O SEI é um centro de referência no tratamento das perturbações do desenvolvimento e da aprendizagem. Fique a conhecê-lo através da página https://www.centrosei.pt/

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Recomendações
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê a continuação de temperaturas baixas até ao próximo dia 7, o que...

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) alerta, assim, para os principais problemas de saúde relacionados com o frio.

As exposições a baixas temperaturas, no interior e no exterior, podem causar riscos sérios ou letais para a saúde. Permanecer em casa pode ser uma medida adequada a várias situações, mas também aqui poderá encontrar perigos vários que importa conhecer. Muitas casas estarão frias devido à falta de energia ou pelo sistema de aquecimento não ser adequado à temperatura. Quando somos forçados a utilizar aquecedores e lareiras aumenta o risco de incêndio, bem como o de intoxicação por monóxido de carbono.

O INEM recorda que com o tempo frio aumenta também o risco de dificuldade respiratória, hipotermia ou queimaduras provocadas pelo frio.

O INEM apela à colaboração dos cidadãos, solicitando que liguem para o Número Europeu de Emergência – 112 apenas em caso de emergência médica. Todas as situações referentes a aconselhamento têm a sua disposição o número do Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde, através do 808 24 24 24, o que permitirá que aos Centros de Orientação de Doentes Urgentes do INEM cheguem apenas chamadas referentes a verdadeiras emergências médicas.

Mantenha-se informado, hidratado e quente! Se ficar doente, não corra para as urgências: ligue SNS 24 (808 24 24 24).

 

 

Opinião
A propósito do centenário da descoberta da insulina (1921-2021), sigamos a evolução do tratamento da

Contemos a história de como era tratar um jovem cuja diabetes aparece depois de 1921...

Seguimos o João:

O João tinha 14 anos, quando um dia chegou a casa do seu jogo de futebol, mais cedo do que era habitual. O João vinha muito cansado e a mãe estranhou. Acerca-se dele e pergunta-lhe se está bem! O jovem responde com voz arrastada:

“Sinto-me muito cansado!”

Preocupada, a mãe insiste! “Passa-se alguma coisa?” “Não, mãe, só me sinto mais cansado”, responde João. Deita-se, mas nada o ajuda a recuperar as forças.

Passa agora os dias a dormir. Perde peso e está sempre a beber água. Os pais resolvem levar o João ao Dr. Sérgio, médico da família.

O médico ouve atentamente a história, faz um breve exame e pede uma amostra de urina.

O Dr. Sérgio chama os pais à parte e, solene dá-lhes a notícia: "Lamento dizer que seu filho tem diabetes." A mãe, que teve uma avó com diabetes, entende muito bem o que o médico realmente lhes diz.

Em agosto de 1922, um especialista de Chicago ouve falar do novo tratamento descoberto em Toronto e consegue - através de colega amigo - fornecer ao Dr. Sérgio insulina recém-descoberta.

O médico do João começa a administrar insulina, por via subcutânea, antes das três refeições e ao deitar. João rapidamente começa a urinar menos, e lentamente a recuperar o peso. Um mês depois já joga futebol e regressa à escola.

O João recupera assim uma certa normalidade na sua vida. Tudo devido ao “milagre” da insulina.

Saltemos para 1936

Progressos técnicos permitem desenvolver insulinas com tempo de ação mais prolongado: as Insulinas protamina e protamina-zinco. O João passa a fazer duas administrações por dia. Gosta! É mais cómodo.

Com o progresso imparável, aparece, entretanto, a insulina NPH (Neutral Protamine Hagedorn), com uma duração ligeiramente superior e mais estável. Continua a fazer a sua vida social e profissional.

Em 1953

Em 1953, aparecem as insulinas de combinação com o zinco. As insulinas semi-lentas, lentas e ultralentas. Com a insulina lenta apenas precisa de tomar uma vez por dia.... Parece-lhe um grande avanço.

Em 1970

O João sabe pelo seu médico assistente que surgiram novos tipos de insulinas. Mais puras e, portanto, com menos efeitos secundários e, ao que dizem, mais eficazes. Eram as Monocomponentes (MC). Decide mudar logo, achando ter ficado mais estável.

Em 1980

No início da década de 1980, o João ouve que atribuem a deficiente compensação da diabetes ao aparecimento das chamadas complicações tardias.

Por isso, aceita logo a sugestão do seu médico e passa a fazer duas administrações de insulina de ação lenta (pequeno almoço e jantar), com insulina rápida às refeições. Melhora logo a médias das suas glicémias que faz com tiras teste, agora de sangue e recentemente aparecidas.

Com a melhoria da tecnologia e do conhecimento dos anos 80, João passa para as insulinas humanas. Insulinas com uma constituição exatamente igual à insulina das próprias pessoas. Oferecia mais estabilidade e provocava menos hipoglicemias.

No início deste século, propuseram-lhe mudar para os análogos de insulina.

O João desde logo adotou estas insulinas, nas rápidas - tinham um início de ação muito mais célere, e que permitiam dar insulina às refeições - e nas de ação prolongada, com o seu tempo de ação mais estável e em quase todas serem superior a um dia. João sente-se mais seguro e estável.

Já nos finais dos anos 70 e início dos 80, soube que começaram a ser desenvolvidos dispositivos eletrónicos que permitiam a infusão contínua de insulina. João é uma das

primeiras pessoas com diabetes a utilizar um desses aparelhos, que permitem a administração de insulina de forma contínua e com ajustes horários.

O João foi uma pessoa que aceitou a sua diabetes, sabia gerir a sua diabetes e estava integrado socialmente na sociedade.

Neste processo evolutivo, há a registar três marcos importantes no tratamento da diabetes. O uso das tiras testes de sangue; a HbA1c e, mais recentemente, os sensores da glicémia. Este último é considerado uma autêntica revolução.

Mas, como em tudo na vida, o importante mesmo são as pessoas. As equipas médicas sempre dispostas a apoiar os doentes, e as restantes equipas multidisciplinares.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Covid-19
Durante o dia de hoje a Agência Europeia do Medicamento (EMA) deverá tomar uma decisão relativamente à vacina contra a Covid-19...

O objetivo é que os especialistas da EMA tenham mais tempo para analisar os dados clínicos e de laboratórios postos à sua disposição pela farmacêutica norte-americana.

Numa nota de imprensa divulgada ontem era afirmado que se estava a trabalhar de forma árdua para que fosse dada aprovação à vacina da Moderna, depois de a mesma ter recebido luz verde nos Estados Unidos a 19 de dezembro.

A conclusão da avaliação à vacina permitirá à Comissão Europeia (CE) autorizar uma licença condicional ao uso do fármaco no território europeu.

 

Acolhimento realizado em formato virtual
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) deu ontem, dia 4 de janeiro de 2021, as boas-vindas a 200 novos médicos,...

Atendendo aos constrangimentos impostos pela pandemia, estes novos profissionais foram acolhidos através da plataforma TEAMS.

Luís Trindade, diretor do internato médico do CHUC, proferiu as primeiras palavras de e boas-vindas e facultou informações sobre esta nova etapa que agora vão iniciar. Nuno Devesa, diretor clínico do CHUC, deixou aos novos internos uma mensagem com o desejo de “sucesso nesta nova etapa das vossas vidas, tanto a nível profissional, como a nível pessoal. Dou-vos as boas vindas à nossa instituição com a certeza de que a vossa presença, participação e trabalho a irão enriquecer verdadeiramente “.

Carlos Santos, presidente do Conselho de Administração (CA) do CHUC e Rosa Reis Marques, presidente da ARS Centro enviaram as suas mensagens por vídeo as quais foram transmitidas a todos os novos médicos. O presidente do CA do CHUC relevou, na sua mensagem, a capacidade formativa e a qualidade técnica, científica e de investigação deste centro hospitalar, apresentou também os eixos de orientação estratégica e os objetivos estratégicos, bem como realçou o valor e a importância das políticas ativas de humanização deste hospital, a sua missão, visão, valores e os princípios orientadores da gestão.

Esta sessão contou ainda com a participação online de Henrique Cabral do conselho nacional do médico interno da Ordem dos Médicos, Filipa Coutinho da comissão de médicos internos do CHUC e Isaías Craveiro do Serviço de Gestão de Recursos Humanos que prestaram esclarecimentos aos novos internos, nas suas respetivas áreas.

Foi também estabelecida, pelas 11h, ligação com o Webinar nacional do Ministério da Saúde.

As atividades de integração prosseguem hoje e quarta-feira, com a passagem de vídeos do foro científico e contarão com a participação de João Carlos Ribeiro, presidente do Conselho Nacional do Internato Médico, e de Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

 

 

Universidade de Coimbra
Os cursos avançados do Programa Doutoral em Biologia Experimental e Biomedicina (PDBEB) estão de regresso, oferecendo formação...

Lançado em 2002, o PDBEB encontra-se sediado no Instituto de Investigação Interdisciplinar da Universidade de Coimbra (IIIUC), e é coordenado cientificamente pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC). Nas suas 18 edições conta com a formação de dezenas de investigadores, empreendedores, académicos e comunicadores de ciência.

“Os cursos avançados são uma ferramenta essencial, não só na formação dos nossos alunos, mas por trazerem a Coimbra especialistas de renome mundial, ajudando a criar colaborações, e a desenvolver uma cultura de exigência e qualidade ao mais alto nível”, afirma João Ramalho-Santos, coordenador do PDBEB.

Todos alunos do PDBEB e de outros programas doutorais, dentro e fora da Universidade de Coimbra, podem frequentar estes cursos avançados. No ano letivo de 2020/2021, a oferta formativa inclui tópicos em diversas áreas: plataformas tecnológicas para a investigação biomédica, comunicação de ciência, biologia computacional, metabolismo, cancro, infeção, neurociências, desenvolvimento de fármacos, terapias avançadas e proteómica.

Coordenados por investigadores do CNC, os cursos apresentam programas científicos de uma a duas semanas, sendo lecionados por especialistas nacionais e internacionais. Serão asseguradas todas as condições de segurança e saúde da Direção Geral de Saúde (DGS) de acordo com a situação pandémica nacional no momento de cada curso.

Qualquer informação adicional de cada curso poderá ser consultada no site do PDBEB , no site do CNC e nas redes sociais do CNC  (Facebook, Twitter e LinkedIn).

 

Especialistas definem medidas
A Sociedade Portuguesa de Transplantação vê a presidência portuguesa do Conselho da UE como uma janela de oportunidade para...

“A SPT, em conjunto com as outras entidades que participaram nesta mesa redonda, como o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), a Ordem dos Médicos e as Associações de Doentes, pretende fazer todos os esforços necessários para que a área de transplantação seja cada vez mais vista como uma prioridade nos sistemas de saúde e que a doação e recolha de órgãos inverta o decréscimo acentuado que tem vindo a registar ao longo dos últimos meses”, afirma Susana Sampaio, Presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação.   

As principais medidas identificadas neste evento para a área da transplantação, para o próximo ano, assentam em três eixos: melhorar a formação e coordenação das equipas no terreno, elaborar um plano de comunicação eficaz para obter mais dadores vivos e apostar na valorização dos profissionais de saúde ligados à área do transplante. Acresce ainda a importância do envolvimento político de todos os governantes, para conseguirmos aplicar estas medidas em Portugal e estendê-las a outros países europeus.  

De acordo com dados apresentados pelo IPST, Portugal tem sido um dos três países europeus com a taxa mais elevada de colheita de órgãos, por cada cem mil habitantes. No entanto, a pandemia da Covid-19 já refletiu um decréscimo do número de transplantes realizados ao longo deste ano, com uma queda de 52% do total de transplantes realizados entre janeiro e junho, acrescidos também de uma redução do número de dadores.

O medo que os dadores sentem de se dirigirem aos hospitais, durante a pandemia, para doarem órgãos para transplantes foi um dos desafios identificados pelo Bastonário da Ordem dos Médicos e pelo Presidente da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Diálise e Transplantação.  

Este debate contou com o apoio da Astellas Farma e a participação de representantes de várias entidades nacionais na área da saúde ligadas à transplantação e membros da Comissão Europeia para discutir o caminho desta área que, no entender dos participantes, deve ser prioritária.

 

Iniciativa
“Consigo desde o início” é o mote do novo site Barriga&Bebé (barrigaebebe.pt) dinamizado pelas Farmácias Portuguesas, marca...

O lançamento da plataforma foi feito através de uma campanha all media, suportada em meios above-the-line (mupis e imprensa), material de ponto de venda (farmácias) e com um especial enfoque no meio digital, designadamente display advertising, e-mail marketing, redes sociais e influencers.

Seguindo uma estratégia de proximidade, as Farmácias Portuguesas convidaram Andreia Rodrigues, Bárbara Corby, Helena Coelho e Sara Prata para partilharem o barrigaebebe.pt com os seus seguidores, revivendo alguns dos momentos mais marcantes da sua experiência enquanto grávidas ou mães, através da resposta à pergunta: “O que descobri com a maternidade/gravidez que ninguém me disse?”.

“Sabemos que as futuras e recém-mamãs constituem um grupo ávido de informação, pois esta é uma altura na vida das mulheres repleta de dúvidas e de incertezas, em que o aconselhamento personalizado e a relação de confiança com o seu farmacêutico são especialmente importantes. Com o desenvolvimento da nova plataforma Barriga&Bebé quisemos transportar este papel das farmácias também para o mundo digital. Nela, apresentamos conteúdos relevantes, credíveis e tecnicamente seguros, com a chancela do Centro de Informação do Medicamento e Intervenções em Saúde da Associação Nacional das Farmácias, assim como de outras prestigiadas entidades, como a CUF e o Hospital de São João. Adicionalmente, o Barriga&Bebé disponibiliza parcerias e promoções exclusivas para detentores de Cartão Saúda, o cartão das Farmácias Portuguesas, em marcas e parceiros bastante reconhecidos no segmento da maternidade”, afirma Susana Martins de Almeida, Diretora da Relação com o Consumidor das Farmácias Portuguesas. “Esta campanha pretende não apenas divulgar o site, mas também realçar o importante papel das Farmácias Portuguesas no acompanhamento, desde o primeiro momento, de todas as etapas da vida das famílias”, acrescenta.

Campanha de vacinação
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) começou ontem a administrar a vacina contra a Covid-19 aos profissionais...

A vacinação dos profissionais identificados irá decorrer, ao longo desta semana, nos quatro “Centros de Vacinação” criados nas delegações regionais e noutros locais de vacinação secundários identificados pelo INEM.

Na última semana de 2020, o INEM aplicou um questionário para aferir quais os trabalhadores que pretendiam ou não ser vacinados contra a Covid-19, tendo recolhido 1.123 respostas positivas. Os profissionais prioritários que manifestaram a sua intenção de receberem a vacina vão ser vacinados nos próximos dias.

Vacina contra a Covid-19
Depois de Santarém, é a vez do distrito de Évora dar início à campanha de vacinação nos lares de idosos. Tanto utentes como...

A vacinação nos lares arrancou esta segunda-feira. Uma idosa com 100 anos, residente num lar de Mação, foi a primeira utente a receber a vacina contra a Covid-19.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, afirmou, a propósito do arranque desta campanha de vacinação, que se estima que cheguem aos lares cerca 200 mil vacinas nos lares entre janeiro e fevereiro.

Para além dos lares assinalados, também os lares ilegais vão poder contar com a vacina. “Todas as instituições que se conheça e que sejam possíveis de identificar serão abrangidas e fazem aliás parte das listas que temos programada para a vacinação nos próximos dois meses”, sublinhou a ministra.  

 

Dispositivo tecnológico de assistência à leitura
A OrCam Technologies foi distinguida com um prémio Best of Innovation no CES 2021 Innovation Awards, na categoria de...

O programa CES Innovation Awards, é detido e produzido pela associação Consumer Technology (CTA) e é uma competição anual que pretende distinguir design e engenharia de excelência em produtos de tecnologia de consumo, divididos em 28 categorias. O painel de juízes é constituído por membros dos media, designers, engenheiros e mais, sendo os produtos avaliados com base na inovação, engenharia, funcionalidade, estética e design.

Sendo um dos 19 produtos distinguidos com este prémio, o OrCam Read representa uma nova classe de dispositivos tecnológicos de assistência à leitura para auxiliar pessoas com dificuldades na leitura, como dislexia, perda de visão moderada a baixa, fadiga de leitura ou pessoas que leem grandes volumes de texto.

O OrCam Read já está disponível em Portugal e em português, bem como em múltiplos países e tem a capacidade de ler todas as principais línguas europeias. Utilizando tecnologia baseada em inteligência artificial, o leitor portátil lê e captura em tempo real, texto de qualquer superfície ou ecrã digital. Ao apontar para o texto são ativados dois lasers-guia que fornecem ao utilizador duas opções de leitura: ler tudo ou escolher onde começar a ler. A solução wireless dá ao utilizador feedback áudio instantâneo dos jornais, livros, ecrãs de smartphone, etiquetas, entre outros.

“A OrCam investiu mais de uma década nos esforços de R&D de modo a tornarmo-nos pioneiros nos mais avançados dispositivos que convertem texto para discurso, criando uma plataforma de tecnologia de assistência. Esta inovação utiliza a visão computorizada de IA e machine learning inicialmente aplicada no wearable OrCam MyEye para pessoas cegas,” afirma Fabio Rodriguez, country manager de Portugal e Espanha. “Continuaremos a desenvolver o nosso portfólio de soluções pessoais baseadas em inteligência artificial, já que a nossa missão é dar maior independência no dia-a-dia para pessoas com um leque de desafios, sejam eles no processamento de linguagem, na visão ou na audição.”

A OrCam também foi reconhecida com o Best Innovation Award no CES 2020, pelo OrCam Hear, cujo lançamento está para breve. Este dispositivo é o primeiro aparelho de inteligência artificial com a capacidade de se integrar com os aparelhos auditivos, melhorando o seu funcionamento. Destinado a pessoas com dificuldade de audição, o OrCam Hear torna inteligente o normal funcionamento de um aparelho auditivo pois identifica e isola a voz de um locutor no meio de muitos e transmite e aumenta o volume do discurso través do aparelho auditivo, em tempo real.

Asseguradas 6 milhões de doses
Ministério da Saúde israelita assegurou a compra de 6 milhões de doses da vacina da Moderna contra a Covid-19. As primeiras...

Israel é o terceiro país a autorizar a vacina da Moderna depois dos Estados Unidos, cuja aprovação chegou a 18 de dezembro, e do Canadá.  Segundo a farmacêutica, estão atualmente em revisão autorizações adicionais na União Europeia, Singapura, Suíça e no Reino Unido.

A decisão do ministério da saúde de Israel é baseada nos dados e evidências científicas compartilhadas pela Empresa, incluindo uma análise de dados do estudo clínico principal de Fase 3 anunciado em 30 de novembro.

“A autorização de hoje é um momento marcante na história da nossa empresa e na luta global contra a COVID-19. Esta é a terceira autorização regulamentar para a vacina COVID-19 Vaccine Moderna e a primeira fora da América do Norte. Quero agradecer ao Ministério da Saúde de Israel pelos seus esforços, pois a sua equipa tem trabalhado incansavelmente ao lado da nossa para assegurar uma autorização atempada desta vacina. Esperamos continuar a obter autorizações em mercados adicionais nos próximos dias, semanas e meses", disse Stéphane Bancel, CEO da Moderna.

 

Reumatologia
Os corticoides ou corticosteroides são medicamentos que reduzem a inflamação e, por isso, são utiliz

Os corticoides são utilizados num vasto leque de doenças reumáticas habitualmente em baixa dose como na artrite reumatoide, artrite psoriática, polimialgia reumática, e outros tipos de artrite, noutras doenças do tecido conjuntivo em que se podem usar doses mais elevadas (como no lúpus, miosites e vasculites) e noutras patologias como a sarcoidose, uveíte, psoríase, eritema nodoso e doença inflamatória intestinal, entre outras doenças.

Se utilizados de acordo com as indicações do médico, os corticoides são medicamentos seguros e essenciais numa estratégia definida pelo reumatologista. Como todos os medicamentos podem, no entanto, provocar alguns efeitos adversos, dependendo da dose administrada e da duração do tratamento.

Os efeitos secundários mais frequentes são o aumento de peso, dos níveis de açúcar no sangue e da tensão arterial, irritabilidade, fragilidade cutânea, fraqueza muscular e osteoporose. Os corticoides podem ainda mascarar alguns dos sinais de infeção e aumentar o risco de infeções. Neste sentido, é importante a monitorização do açúcar no sangue (glicémia), da tensão arterial e de possíveis sinais de infeção.

Quando utilizados mais do que duas semanas, os corticoides não devem ser suspensos de forma abrupta ou sem vigilância médica. Por isso, se os estiver a tomar em doses mais elevadas e/ou de forma prolongada, o plano de diminuição da dose, deve ser estabelecido com o seu médico.

Os efeitos dos corticoides são dependentes da dose com que se usam bem como do tempo de duração do uso, devendo todos estes aspetos serem discutidos por si com o seu reumatologista assistente.

Sabia que…

  • A toma de corticoides é habitualmente matinal, mas quando tomados em doses mais elevadas, pode ser dividida em duas ou mais tomas.
  • Os doentes que tomam corticoides devem aumentar a ingestão de produtos ricos em cálcio, como os lacticínios e os vegetais, e podem necessitar de suplementos de cálcio e vitamina D.
  • São fármacos com indicações muito específicas, que podem causar efeitos secundários, pelo que a sua prescrição e toma deve ser sempre orientada pelo médico reumatologista.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Formação para cuidadores
A NAU - plataforma para o ensino e formação online dirigido a grandes audiências – serviço da Unidade FCCN da Fundação para a...

Tendo em conta a pandemia COVID-19, torna-se importante que os cuidadores recebam formação sobre as práticas que devem adotar nos cuidados a pessoas dependentes em contexto domiciliário, com o objetivo de se prevenirem a propagação do vírus.

O curso é liderado por docentes da Escola Superior de Enfermagem do Porto e tem como principal intuito a prevenção da transmissão da COVID-19 em pessoas dependentes, a viverem em contexto domiciliário. Desta forma, pretende-se que os participantes adquiram os conhecimentos necessários que contribuem para a prevenção da transmissão da COVID-19, nomeadamente compreenderem as medidas básicas de prevenção como a higiene das mãos, a etiqueta respiratória e o distanciamento social, a conhecer as medidas a adotar com a higiene habitacional, reconhecer as medidas de vigilância das pessoas dependentes mais vulneráveis e a importância das atividades de autocuidado a realizar à pessoa dependente e vulnerável.

As inscrições já estão disponíveis no site da NAU, e o curso inicia a 6 de janeiro de 2021. Tem uma carga horária de uma hora e trinta minutos e, após a conclusão do curso, poderá receber um certificado caso tenha uma nota final igual ou superior a 50%.

Este curso pretende capacitar os cuidadores a prestar melhores cuidados e a prevenir a infeção pelo SARS-CoV-2, e como tal está organizado em módulos que cobrem todas as temáticas, como por exemplo: alimentação à pessoa dependente/vulnerável; posicionar a pessoa dependente/vulnerável; cuidados de higiene à pessoa dependente/vulnerável; transferir a pessoa dependente/vulnerável; prevenção de úlceras por pressão dependente/vulnerável; prevenção de quedas no domicílio; gerir o regime medicamentoso da pessoa dependente/vulnerável.

Todos os interessados terão a oportunidade de participar no curso em questão até dia 31 de dezembro de 2021.

Pedro Cabral, gestor do projeto NAU reforça “a importância de os cuidadores terem apoio formativo de especialistas, numa altura como a que vivemos atualmente, uma vez que todos os cuidados são poucos na prevenção do contágio do vírus”.

 

Especialista lança o alerta
A pandemia Covid-19 pode ser o maior golpe para a saúde mental desde a Segunda Guerra Mundial. Segundo Adrian James, presidente...

Em entrevista ao jornal Guardian, o psiquiatra afirmou que a pandemia Covid-19 “é provavelmente o maior golpe para a saúde mental desde a Segunda Guerra Mundial”.

As mortes de entes queridos, o desemprego em massa e os efeitos sociais do confinamento trazem efeitos nefastos a longo prazo nesta área.

De acordo com os dados divulgados, no reino unido, houve um aumento de 15 % no encaminhamento urgente de pessoas que sofrem de crises de saúde mental, entre março e julho deste ano.

Um relatório divulgado em outubro mostrou ainda que cerca de 10 milhões de pessoas, incluindo 1,5 milhão de crianças, poderiam precisar de receber cuidados de saúde mental após a pandemia.

Segundo o Center for Mental Health, depressão e ansiedade são os distúrbios mais prevalentes nesta população.

Também os profissionais de saúde estão em risco de desenvolver condições como transtorno de stresse pós-traumático (PTSD), alertam os especialistas.

 

Vírus contem mutações adicionais
A nova variante do coronavírus, recentemente, identificada na África do Sul é mais contagiosa e contém “uma série de mutações...

Todos os vírus, incluindo o que causa a Covid-19, sofrem mutações. Essas mudanças genéticas acontecem à medida que o vírus faz novas cópias de si mesmo para se espalhar e prosperar.

A maioria, dizem os especialistas, é irrelevante e alguns podem até ser prejudiciais à sobrevivência do vírus. No entanto, mas algumas destas mutações podem torná-lo mais contagioso ou mais perigoso para o hospedeiro – neste caso, os humanos.

Segundo os dados divulgados, atualmente, já existe milhares de diferentes versões, ou variantes, do vírus pandémico em circulação. Mas há uma, em particular, que está a preocupar os especialistas. Falamos da nova variante sul-africana, identificada em meados de dezembro, designada 501.V2.

A particularidade desta nova variante é incluir uma série de mutações adicionais. Uma delas delas identificada como E484K. Tal como a variante do Reino Unido (“Kent”), esta também parece ser mais contagiosa.

No entanto, os investigadores mostram-se cautelosos quanto ao que isso poderá significar sobre a eficácia da vacina. “É muito cedo para dizer com certeza até que mais testes sejam concluídos, embora seja extremamente improvável que as mutações tornem as vacinas inúteis”.

Simon Clarke, especialista em microbiologia celular na Universidade de Reading, explicou “a variante sul-africana tem uma série de mutações adicionais, incluindo alterações em algumas das proteínas de pico do vírus que são preocupantes."

A proteína do pico é o que o coronavírus usa para entrar nas células humanas. É também a parte em que as vacinas são projetadas, razão pela qual os especialistas estão preocupados com essas mutações específicas.

"Estas (mutações) causam alterações mais extensas na proteína do pico, o que pode tornar o vírus menos suscetível à resposta imunológica desencadeada pelas vacinas", referiu Simon Clarke.

Francois Balloux, da University College London, sublinhou que esta nova mutação “a mutação E484K, demonstrou reduzir o reconhecimento de anticorpos. Como tal, ajuda o vírus SARS-CoV-2 a contornar a proteção imunológica fornecida por infeção anterior ou vacinação."

Mas mesmo no pior cenário, as vacinas podem ser reprojetadas e ajustadas para se adequar melhor em questão de semanas ou meses, se necessário, dizem os especialistas.

Atualmente, não há evidências que sugiram que qualquer um dos vírus mutantes seja mais perigoso.

Investigação
Uma investigação do Laboratório Europeu de Biologia Molecular e da Universidade da Cambrigde, publicada hoje na revista Nature...

"A cooperação permite que façam algo que não poderiam fazer sozinhas", diz Kiran Patil, líder do grupo e autor correspondente do artigo. "É particularmente fascinante como l. kefiranofaciens, que domina a comunidade kefir, usa grãos kefir para unir todos os outros micróbios que ele precisa para sobreviver – assim como o anel dominante do Senhor dos Anéis. Um grão para amarrá-los a todas”, comenta.

Um modelo para interações microbianas

O consumo de kefir tornou-se popular originalmente na Europa Oriental, Israel, e em algumas regiões da Rússia. É composto de "grãos" que se parecem com pequenos pedaços de couve-flor, fermentados no leite para produzir uma bebida probiótica composta de bactérias e leveduras.

"As pessoas armazenavam leite em peles de ovelha e notavam que esses grãos que emergiam impediam que leite estragasse, o que permitia que o pudessem armazenar por mais tempo", diz. Sonja Blasche, primeira autora conjunta do artigo. "Porque o leite se estraga facilmente, encontrar uma maneira de armazená-lo por mais tempo foi de enorme valor”, diz.

Para fazer kefir, são de grãos kefir. Estes não podem ser criados artificialmente, tendo de vir de outro lote de kefir. Os grãos são adicionados ao leite para fermentar e crescer. Aproximadamente 24 a 48 horas depois (ou, no caso desta pesquisa, 90 horas depois), os grãos de kefir consumiram os nutrientes disponíveis. Durante este período, os grãos crescem em tamanho e número, dando-se por concluído o processo do kefir. Os grãos são removidos e adicionados ao leite fresco para iniciar o processo novamente.

Para os investigadores, no entanto, o kefir fornece mais do que apenas uma bebida saudável: é um modelo de comunidade microbiana interessante para estudar interações metabólicas. E embora o kefir seja bastante semelhante ao iogurte em muitos aspetos – ambos são produtos lácteos fermentados ou cultivados cheios de "probióticos" – a comunidade microbiana da Kefir é muito maior que a do iogurte, incluindo não apenas culturas bacterianas, mas também leveduras.

Aprendendo com o kefir

Embora os investigadores saibam que os microrganismos vivem, muitas vezes, em comunidades e dependem de outros membros da comunidade para sobreviver, o conhecimento mecanicista desse fenómeno tem sido bastante limitado. Os modelos de laboratório foram historicamente limitados a duas ou três espécies microbianas, então o Kefir ofereceu – como kiran descreve – uma "zona cachos dourados" de complexidade que não é muito pequena (cerca de 40 espécies), mas não muito desajeitada para estudar em detalhes.

Sonja começou esta pesquisa recolhendo amostras de kefir de vários locais. Embora a maioria das amostras tenham sido obtidas na Alemanha, é provável que tenham tido origem em outros lugares, já que os grãos de kefir foram sendo passados ao longo dos séculos.

"O nosso primeiro passo foi ver como as amostras crescem. As comunidades microbianas do Kefir têm muitas espécies membros com padrões individuais de crescimento que se adaptam ao seu ambiente atual. Isso significa espécies de rápido e lento crescimento e algumas que alteram sua velocidade de acordo com a disponibilidade de nutrientes", diz Sonja. "Isso não é exclusivo da comunidade kefir. No entanto, a comunidade kefir teve muito tempo de liderança para a coevolução para trazê-lo à perfeição, já que eles já ficaram juntos por um longo tempo…"

A cooperação é a chave

Descobrir a extensão e a natureza da cooperação entre micróbios kefir estava longe de ser simples. Para isso, os pesquisadores combinaram uma variedade de métodos de última geração, transcrição (estudo das transcrições de RNA produzidas pelo genoma) e modelagem matemática. Isso revelou não apenas os principais agentes de interação molecular como os aminoácidos, mas também a dinâmica das espécies contrastantes entre os grãos e a parte leiteira do kefir.

"O grão kefir atua como um acampamento base para a comunidade kefir, da qual os membros da comunidade colonizam o leite de forma complexa, porém organizada e cooperativa", diz Kiran. "Vemos esse fenómeno no kefir, e percebemos que não se limita a kefir. Se olhar para todo o mundo dos microbiomas, a cooperação também é a chave para sua estrutura e função."

Na verdade, em outro artigo do grupo de Kiran em colaboração com o grupo Borkda EMBL, publicado hoje em Nature Ecology and Evolution, os cientistas combinaram dados de milhares de comunidades microbianas em todo o mundo – do solo ao intestino humano – para entender relações cooperativas semelhantes. Neste segundo artigo, os investigadores utilizaram modelagem metabólica avançada para mostrar que os grupos de bactérias que coincidem, grupos frequentemente encontrados juntos em diferentes habitats, são altamente competitivos ou altamente cooperativos. Essa polarização gritante nunca foi observada antes, e lança luz sobre processos evolutivos que moldam ecossistemas microbianos. Embora as comunidades competitivas e cooperativas sejam predominantes, os cooperadores parecem ser mais bem-sucedidos em termos de maior abundância e ocupando diversos habitats.

Dedicação, sacrifício e compromisso
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o ano 2021 como o Ano Internacional dos Trabalhadores da Saúde e Cuidadores, como...

A decisão de dedicar 2021 ao Ano Internacional dos Trabalhadores da Saúde e Cuidadores foi tomada em novembro, durante 73.ª Assembleia Mundial da Saúde realizada por videoconferência a partir de Genebra.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, os trabalhadores de saúde têm um papel fundamental em assegurar saúde e bem-estar para a população. E desde o início da pandemia da Covid-19, estes profissionais têm demonstrado dedicação, sacrifício e compromisso extremos não só para fazer este trabalho, mas também para vencer a doença.

Na ocasião, os estados-membros da Assembleia apelaram ainda ao reforço da aplicação do código global sobre o recrutamento internacional dos profissionais de saúde, reconhecendo o aumento da migração de trabalhadores da área da saúde.

 

 

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