A segurança do bebé em casa
A Síndrome de Morte Súbita do Latente (SMSL) tal como indica, é uma morte súbita, sem explicação de

A SMSL ocorre sobretudo durante o período de sono, daí também ser conhecido pela “morte no berço”, contudo, alguns hábitos e medidas simples, podem reduzir significativamente a taxa de mortalidade por SMSL.

Em que posição devo colocar o meu bebé a dormir?

Sempre de costas (decúbito dorsal). O risco de SMSL aumenta se o bebé for colocado a dormir de bruços ou mesmo de lado. O risco de bolsarem ou de aspirarem o vómito não aumenta se o bebé estiver a dormir de costas.

Quando o seu bebé está acordado pode e deve ser colocado noutras posições, nomeadamente de bruços para fortalecer a musculatura do pescoço e costas.

Que cuidados devo ter quando coloco o meu bebé a dormir?

  • O bebé deve ter o seu próprio berço. O berço preferencialmente deve ser de grades, de colchão firme e adaptado ao berço (normas da U.E.).
  • O berço deve crescer com o bebé. Os pés do seu filho devem bater no fundo da cama, de modo que durante o sono não haja espaço para que o bebé desça para debaixo das cobertas.
  • Não sobreaqueça o bebé. O cobertor não deve passar dos ombros, a cabeça não deve ser tapada. A temperatura do quarto deve rondar os 18 a 22ºC. 
  • O bebé não precisa de almofada para dormir.
  • O berço não deve ter bonecos ou outro tipo de objetos que podem abafar o bebé.

Outros cuidados que podem diminuir o risco de SMSL:

  • Evite fumar durante a gravidez e mesmo depois. O risco aumenta se a progenitora fumou durante a gravidez e se continua a fumar após. Se o companheiro também fumar, este risco ainda é mais aumentado. 
  • Não permita que ninguém fume perto do seu filho;
  • O uso de chupeta pode ser um fator protetor do SMSL.

Artigo assinado pela Enfermeira Davina Ferreira, uma das profissionais das Conversas com Barriguinhas (https://www.conversascombarriguinhas.pt/) a partilhar conhecimento nas aulas online gratuitas para futuras mães.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha #UnidospeloAbraço
Para comemorar o seu 28º aniversário, a Associação Abraço criou, em parceria com a Unifardas SA, uma edição solidária de 10 mil...

A campanha #UnidospeloAbraço tem como objetivo criar um equipamento que evite a propagação do COVID-19 e, ao mesmo tempo, angariar verbas para fazer face aos custos elevados que a associação tem com os equipamentos de proteção individual de utilização única, que são diariamente utilizados por todos os funcionários, nas várias respostas sociais, nomeadamente apoio domiciliário e familiar, lar residencial, apartamentos, gabinete dentário e centros de rastreio.

As máscaras solidárias que fazem parte deste projeto 100% português estão disponíveis em https://loja.abraco.pt/, com um custo unitário de cinco euros, mas se adquirir uma caixa de cinco máscaras de modelos diferentes, a mesma tem o custo de 20 euros.

 

Alternativa aos rastreios
Com os hospitais e clínicas a lutar há quase um ano contra a pandemia Covid-19, a prevenção do cancro deixou uma prioridade....

Um estudo realizado no Reino Unido, publicado na The Lancet Oncology, destacou as consequências do diagnóstico tardio associado à pandemia covid-19. Analisando dados de quase 100 mil pacientes com cancro de mama, colorretal, esôfago ou pulmão, Camille Maringe e colegas avaliaram o impacto do diagnóstico tardio a partir de 16 de março de 2020 e 15 de março de 2021, concluindo que a sobrevida de 1 e 5 anos ao cancro cairá significativamente.

A redução da sobrevida de 1 ano variará entre 1% e 6,3%, enquanto a sobrevida de 5 anos diminuirá entre 3,5% e 6,4%. As mortes relacionadas com o cancro de mama podem aumentar 6% em 12 meses, e no mesmo período o cancro de pulmão e esófago pode aumentar, respetivamente, em 7,7% e 10,3%. No caso do cancro colorretal, as consequências podem ser ainda mais dramáticas: após 1 ano, as mortes podem aumentar 20%. As mortes por cancro de mama aumentarão ainda mais: mais de 10% em 5 anos, enquanto que o cancro de pulmão e esófago chegarão será responsável por inúmeras mortes no primeiro ano, justamente por causa do diagnóstico atrasado.

Maringe e seus colegas calcularam que os óbitos relacionados ao diagnóstico tardio dos 4 cancros analisados podem ultrapassar 3.600 casos. As estimativas são pessimistas também nos Estados Unidos. Em um editorial publicado na Science, Norman E. Sharpless, diretor do Instituto Nacional de Câncer dos EUA em Bethesda, prevê que as mortes colorretais relacionadas ao cancro de mama aumentarão pelo menos até 2030. E o observatório italiano sobre exames (Osservatorio Nazionale Screening, Ons) calculou o número de diagnósticos perdidos (2.099 no caso do cancro de mama, quase 4.000 para cancro colorretal, e mais de 1.600 para cancro do colo do útero), calculando que, até maio de 2020, levaria de 2 a 3,5 meses para recuperar o atraso no programa de rastreamento.

Biópsia líquida representa a alternativa aos programas tradicionais de rasteio

O atraso foi causado pela interrupção de exames de diagnóstico durante a pandemia, e a necessidade de reorganizar o funcionamento de clínicas e hospitais, após a retoma da atividade. A escassez de pessoal, emprestada para a batalha contra a pandemia, e a necessidade de reduzir ao mínimo o risco de infeção por coronavírus, dificultaram a retomados programas de rastreio.

Em Itália, um relatório revelou que, até maio, apenas 13 das 20 regiões envolvidas em um levantamento do Ons retomaram os exames de mamografia, 11 o rastreio colorretal e apenas 13 rastreio do cancro do colo do útero. Além disso, os doentes estão mais reticentes em ser examinados devido ao medo de aumentar o risco de serem infetados pelo Sars-Cov-2.

Em ambos os casos, a biópsia líquida representa a alternativa aos programas tradicionais de rasteio que ajudam a evitar eventos e medos de traduzir em diagnósticos perigosos e atrasados. Esta abordagem é extremamente sensível, e é baseada num simples exame de sangue. Na verdade, o sangue contém tanto células tumorais circulantes (CTCs) quanto DNA tumoral circulante (CTDNA); analisando sua presença, a biópsia líquida permite detetar a presença de um tumor sólido. Além disso, a biópsia líquida permite o perfil do genoma do cancro.

 Giuseppe Novelli, professor de Genética da Universidade Tor Vergata, em Roma, explica que "isso permite escolher uma terapia direcionada. A biópsia líquida está a tornar-se um poderoso instrumento para o perfil do genoma do cancro. Por meio do sequenciamento de próxima geração, permite o estudo da heterogeneidade e frequência da mutação, de forma dinâmica. Permite monitorar a resposta terapêutica e a deteção precoce de mecanismos de resistência também. A implementação dessa abordagem na prática clínica melhorará o procedimento diagnóstico direcionado e a terapia sob medida contra diversos tipos de cancro”. Pela mesma abordagem é possível analisar o DNA circulante para avaliar o nível de mutações em indivíduos saudáveis células somáticas, assim a presença de sinais de condições pré-cancerosas.

Outra vantagem da biópsia líquida é a possibilidade de detetar um tumor menor do que os detetáveis pelo rastreio tradicional baseado em técnicas de imagem. Na verdade, a biópsia líquida analisa o DNA do cancro, não sua massa, permitindo o diagnóstico precoce do tumor. Por fim, a amostra de sangue pode ser colhida em casa, evitando envolver clínicas hospitalares e reduzindo o risco de contato com o vírus.

Testes genéticos para detetar tumores sólidos são realizados rotineiramente na Bioscience Genomics, spin-off de Tor Vergata, participado pelo Bioscience Institute. “A biópsia líquida não está sujeita ao atraso que está comprometendo os programas tradicionais de rastreio", explica Giuseppe Mucci,CEO do InstitutoBioscience. “Usada como alternativa aos exames baseados em imagem, como mamografia, colonoscopia e exame de papanicolau (ou teste de HPV), a biópsia líquida pode ajudar a reduzir as consequências pandêmicas no diagnóstico de cancro, bem como, o impacto do Covid-19 na mortalidade por cancro”.

IPST garante condições de segurança e de distanciamento social no decorrer das inscrições e das colheitas. É preciso manter...

O Natal mora, para cada vez mais pessoas, nos pequenos gestos. Naqueles que, embora aparentemente insignificantes, podem representar grandes feitos. Doar sangue é doar amor, é doar vida. Ou melhor, vidas, já que cada dádiva pode salvar até três. Para aqueles que pretendam juntar-se a este movimento, sobretudo num ano em que a pandemia da covid-19 provocou uma diminuição de 15% no número de dádivas no Norte do país – zona mais afetadas pelas duas vagas de covid-19 – face a 2019, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) marcará presença no dia 29 de dezembro, entre as 14h00 e as 19h00, numa sala devidamente preparada e disponibilizada para o efeito no piso -1 do MAR Shopping Matosinhos, junto ao espaço Re-Food.

Este é o nono ano consecutivo em que o IPST e o MAR Shopping Matosinhos se unem no apelo às dádivas de sangue. Ao longo destes anos, são mais de 730 os dadores inscritos na sequência desta iniciativa que integra a política de sustentabilidade do centro comercial, “AMAR”.

Em média, Portugal precisa de 1.000 unidades de sangue diárias para poder tratar dos doentes. “E, como este bem não se produz, só através da generosidade dos dadores se pode manter um banco de sangue autossuficiente. Por outro lado, doar sangue é apenas um gesto que pode alcançar um fim sem preço – salvar vidas”, recorda Ofélia Alves, responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto. “O sangue humano continua a não ter substituto, pelo que ser dador pode fazer toda a diferença na vida de alguém. E é tão simples. Basta ser uma pessoa saudável, ter mais de 18 anos e pesar mais de 50Kg”, acrescenta.

Dádivas em segurança

O IPST garante as medidas essenciais de segurança com vista a conter a propagação do novo coronavírus. À entrada da sala, no piso -1 do MAR Shopping Matosinhos, o dador é submetido à medição da temperatura e deve higienizar as mãos. A máscara é obrigatória. Caso não preencha os requisitos fundamentais à sua elegibilidade enquanto dador, não entrará no local destinado à colheita de sangue. Garante-se ainda o distanciamento social e o seguimento de medidas escrupulosas de desinfeção de superfícies e equipamentos, de forma periódica, tendo o IPST reforçado a divulgação da informação pós-dádiva, muito importante para certificar que o dador continua saudável após a mesma.

“Dar sangue é importante em qualquer altura, mas mais ainda em momentos em que sabemos que há quebras nas dádivas. É, por isso, que o MAR Shopping Matosinhos procura com o IPST realizar estas recolhas em períodos importantes como Páscoa, férias de verão e Natal”, explica Sandra Monteiro, diretora-geral do MAR Shopping Matosinhos.

“Não há razões para os dadores terem receio e deixarem de fazer as suas dádivas. É em momentos adversos como o que estamos a atravessar que é mais importante termos estes gestos de generosidade para com o outro”, remata Ofélia Alves.

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou mais 2.093 novos casos de covid-19 e 58 mortes associadas à Covid-19 nas últimas 24 horas. Segundo os dados...

O boletim mostra ainda que foi na região de Lisboa e Vale do Tejo que ocorreram a maior parte dos óbitos das últimas 24 horas, com 20 das 58 mortes por covid-19. Segue-se o Norte, com 19 óbitos, o Centro, com 14, o Algarve, com três mortes, e o Alentejo, com duas.

Quanto aos novos casos, no Norte foram diagnosticadas 907 novas infeções, em Lisboa e Vale do Tejo 669 e no Centro 296. No Alentejo há mais 101 casos e no Algarve mais 57. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 34 infeções e no dos Açores mais 29.

A informação da DGS revela, por outro lado, que o número de internados aumentou. Há agora 2.967 pessoas internadas nos hospitais portugueses devido à covid-19, mais 97 do que ontem. Por outro lado, diminuíram os doentes em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). São agora 503, menos um do que ontem.

Nas últimas 24 horas venceram a doença 1.936 pessoas, elevando para 321.682 o total de recuperados no país.

Há agora 68.307 casos ativos de covid-19 em Portugal e as autoridades de saúde têm sob vigilância 93.136 contactos.

 

 

Estudo
Um estudo, realizado nos Hospitais Universitários de Londres, pretende descobrir se a utilização de dois anticorpos diferentes...

De acordo, com os dados avançados pela BBC, 10 pessoas receberam anticorpos como forma de proteção de emergência após serem expostas ao coronavírus, naquele que é considerado o primeiro teste desse tipo. O objetivo é encontrar uma alternativa às vacinas, não só entre aqueles que não podem ser vacinados ou que já tenham sido infetados.

Segundo a equipa de investigadores que conduzem este estudo, o tratamento com anticorpos monoclonais, desenvolvido pela empresa de medicamentos AstraZeneca, deve funcionar para neutralizar o vírus imediatamente, e espera-se que ofereça uma proteção contínua até 1 ano.

Para ir mais longe, os investigadores esperam recrutar mil voluntários, sendo que estes têm de mostrar que tiveram um contacto próximo que testou positivo à Covid-19.  

Segundo a coordenadora do estudo, Catherine Houlihan, “esta combinação de anticorpos pode neutralizar o vírus, por isso esperamos vir a descobrir que este tratamento pode traduzir-se numa proteção imediata contra o desenvolvimento de Covid-19 em pessoas que foram expostas e para as quais a vacina já chegaria tarde demais".

Terapia também está a ser testada antes da exposição ao vírus

Outro estudo já em andamento no mesmo centro hospitalar, está a analisar se o mesmo tratamento com anticorpos pode ser usado antes que alguém seja exposto ao coronavírus, para evitar que o contraia.

Isto pode ser particularmente útil para pessoas com deficiências imunológicas ou que estão a passar por um tratamento de supressão imunológica como a quimioterapia.

O consultor de doenças infeciosas, Nicky Longley, que está a conduzir o teste de pré-exposição, disse que este está a ser testado em pessoas com doenças como cancro e HIV, que "podem afetar a capacidade de seu sistema imunológico de responder a uma vacina”.

O objetivo é garantir que é possível oferecer “alternativa igualmente protetora” a todo aqueles “para quem uma vacina pode não funcionar”.

Os primeiros resultados de ambos os estudos - usando anticorpos antes e depois da exposição à Covid - são esperados para a primavera.

 

 

Vacinação Covid-19
A vacina contra a Covid-19 já foi administrada em 4.828 profissionais de saúde, avançou a Ministra da Saúde, Marta Temido, esta...

Segundo os dados do sistema de registo de vacinas, recolhidos no final do dia 27 de dezembro, já foram administradas 4.828 doses aos profissionais de saúde dos centros hospitalares do Porto, de São João, de Coimbra, de Lisboa Central e de Lisboa Norte.

No entanto, de acordo com a ministra, graças à segunda remessa da vacina, que chegou ao país esta segunda-feira, vai ser possível estender o processo de vacinação para “outros hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) – com exceção de alguns hospitais especializados que não receberam doentes Covid e que não têm nesta fase critérios de elegibilidade – e também para os agrupamentos de centros de saúde”.

Segundo a governante, espera-se que até ao final de amanhã vai estar concluído o processo de “vacinação dos profissionais elegíveis para este primeiro momento”.

Marta Temido salientou, durante a ocasião, que o setor privado não será excluído desta campanha de vacinação. “Os profissionais de saúde estão abrangidos independentemente da sua entidade empregadora e a opção de começar a fazer a vacinação no SNS prende-se com o seu caráter central no sistema de saúde português. Iremos num outro momento fazer a coleta da informação de profissionais elegíveis noutros setores e o encaminhamento das doses”, afirmou.

Relativamente ao registo de reações adversas à administração das vacinas nestes primeiros dias, a governante indicou que foram notificadas “poucas reações” e somente “ligeiras”, notando que “as reações são sempre monitorizadas, registadas e comunicadas” e que a toma de qualquer medicamento “não é isenta de risco”, independentemente de se tratar ou não da vacina contra a Covid-19.

 

 

 

Coordenadora do Departamento de Nutrição em Saúde Pública
A investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), Carla Lopes eleita para o Comité Executivo da...

Congregando as principais escolas médicas da Europa, a ASPHER tem como missão declarada reforçar o papel da Saúde Pública através desenvolvimento do ensino e da formação prática de profissionais da especialidade. Para isso, a associação fomenta a troca de boas práticas entre instituições e sistemas de saúde de toda a região, desenha modelos de ensino e formação em todos os níveis académicos e promocionais e promove a criação de alianças internacionais entre instituições e programas de ensino de Saúde Pública.

Carla Lopes conta com um vasto currículo científico na área da Saúde Pública e Epidemiologia. Além de Professora Associada da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), com Agregação em Saúde Pública; é coordenadora do programa doutoral em Saúde Pública da FMUP, coordenadora do Departamento de Nutrição em Saúde Pública do ISPUP e do grupo de investigação em Epidemiologia da Nutrição e da Obesidade, da Unidade de Investigação em Epidemiologia (EPIUnit) daquele instituto.

As suas principais áreas de investigação incidem sobre os determinantes do consumo e comportamento alimentar, a relação entre a alimentação e a saúde cardiovascular e metodologias de avaliação do consumo alimentar.

 

Investigação
Os investigadores Jorge Durán, do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra...

A variabilidade espacial, ou seja, a distribuição desigual das propriedades do solo, desempenha um papel essencial no controlo das principais características e serviços dos ecossistemas, como o desempenho das plantas, a produtividade dos ecossistemas, as interações tróficas ou a ciclagem de nutrientes do solo.

Os resultados deste estudo, publicado na revista científica Scientific Reports, do grupo Nature, são essenciais “para melhorar a nossa capacidade de compreender e prever os complexos efeitos das alterações climáticas na biodiversidade do solo, bem como para projetar medidas de deteção e mitigação precoces mais eficazes”, afirma Jorge Durán.

“Sabemos que a variabilidade espacial das propriedades e funções do solo é controlada pela interação de vários atributos biológicos, químicos e físicos. No entanto, pouco se sabe acerca dos fatores que controlam a variabilidade espacial dos organismos subterrâneos. O que não deixa de ser surpreendente porque a biodiversidade do solo é um fator essencial em múltiplas funções do ecossistema. Embora a investigação na última década tenha sido capaz de identificar os fatores ambientais mais importantes que controlam a biodiversidade dos organismos do solo, um aspeto que tem sido negligenciado nesses estudos é sua variabilidade espacial”, explica o investigador do Centro de Ecologia Funcional da FCTUC.

Este estudo visou precisamente colmatar estas lacunas no conhecimento. Os investigadores analisaram uma grande base de dados, de solo e vegetação, de 87 locais diferentes de todos os continentes (exceto Antártica), atingindo uma ampla gama de condições climáticas, tipos de vegetação, idades e origens do solo.

Os resultados obtidos, afirmam Jorge Durán e Manuel Delgado-Baquerizo, “mostram que a variabilidade espacial dos principais grupos de organismos do solo (bactérias, fungos, protistas e invertebrados) está altamente correlacionada nos diferentes ecossistemas, sugerindo fortes ligações entre os diferentes grupos, e que qualquer fator ou distúrbio que afete um grupo, afeta provavelmente o resto dos grupos de organismos do solo de maneira semelhante”.

Observou-se também que a variabilidade espacial dos organismos do solo “é controlada principalmente pela estrutura da vegetação, que, por sua vez, é influenciada pela aridez e por diferentes atributos do solo. Assim, áreas com baixa cobertura vegetal, mas alta heterogeneidade espacial das plantas, estão consistentemente associadas a altos níveis de variabilidade espacial da biodiversidade do solo. Além disso, o nosso estudo sugere a existência de vínculos significativos e não descritos entre a variabilidade espacial da biodiversidade do solo e importantes funções do ecossistema, como o sequestro de carbono, a ciclagem de nutrientes ou produtividade vegetal”.

As implicações destes resultados, segundo os autores do estudo, são amplas num contexto de alterações climáticas, “pois indicam que as reduções no coberto vegetal (por exemplo, via desertificação, aumentos na aridez ou desmatamento) são suscetíveis de aumentar a variabilidade espacial dos organismos do solo, o que poderia comprometer a capacidade dos diferentes ecossistemas de realizar funções importantes e manter serviços ecossistémicos chave”.

Fundos ultrapassam 360.000.00 €
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira obteve a aprovação de fundos europeus e nacionais para o desenvolvimento do...

De acordo com o Centro Hospitalar, este projeto “consiste na criação e implementação de uma solução de telemonitorização para doentes clinicamente considerados em situação de risco, quer estes se encontrem em regime de internamento ou urgência, no hospital ou em mobilidade intra e inter-hospitalar, ou ainda, em regime de hospitalização domiciliária”.

Tem como principais objetivos, a redução dos episódios de paragem cardiorrespiratória intra-hospitalar, as complicações derivadas de atrasos nas intervenções terapêuticas, a diminuição da mortalidade intra-hospitalar e os incidentes, através da monitorização constante de indicadores vitais e da implementação de sistemas de alerta inovadores em caso de descompensação, o que irá permitir tornar os processos ainda mais eficientes, a atuação das equipas mais célere e profícua, a bem da segurança e qualidade de vida destes doentes.

Segundo o centro hospitalar, este projeto, cofinanciado pelo COMPETE2020, PORTUGAL2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional vai permitir ainda “a criação de um laboratório de investigação nesta área da telemonitorização, cujos resultados podem vir a ser replicados em outras entidades do SNS”.

 

Webinars transmitidos em direto
Entre os dias 25 e 31 de janeiro, decorre o IV Congresso Virtual de Vacinas, uma iniciativa organizada pela MSD Espanha e...

“Comprometidos com a Prevenção” é o mote deste Congresso Virtual de Vacinas, que espelha o compromisso da MSD em contribuir ativamente para a formação e consolidação dos conhecimentos dos profissionais de saúde na área de vacinas, através de conferências, sessões de apresentação e discussão de casos clínicos e mesas redondas.

Durante os sete dias de formação, serão abordados temas tão atuais como o impacto da pandemia Covid-19 na vacinação; estratégias para a recuperação de vacinação perdida, bem como sessões dedicadas a temas específicos, como Varicela, Hepatite A, entre outros.

Este evento, de dimensão ibérica, conta ainda com o importante contributo de especialistas portugueses, nomeadamente, Paula Ambrósio, especialista em ginecologia e obstetrícia, Fernanda Rodrigues, Luís Varandas e Hugo Rodrigues, especialistas em infeciologia pediátrica.

O Congresso Virtual de Vacinas, que se realiza pelo quarto ano consecutivo, caracteriza-se por ser um evento pensado, desde a sua génese, para o ambiente virtual, como forma de chegar a um número mais alargado de profissionais de saúde. Assim, terão a possibilidade de consultar o programa e criar a sua própria agenda, mediante os temas que mais interesse lhe despertam. Adicionalmente, todas as sessões ficarão disponíveis, para visualização na plataforma, nas 48h após o evento, ou seja, nos dias 30 e 31 de janeiro.

 

Secretário de Estado da Saúde
A informação foi avançada pelo secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, em entrevista à rádio Renascença, que...

Segundo Diogo Serras Lopes estes casos foram “comunicados pelas autoridades regionais da Madeira. E esta nova estirpe terá vindo do Reino Unido”.

Durante a entrevista à Renascença, Diogo Serras Lopes falou ainda sobre o processo de vacinação contra a Covid-19, adiantando vão chegar a Portugal mais 70 mil doses de vacinas, por parte da Pfizer, esta segunda-feira. Destas, 9.750 serão destinadas à Região Autónoma da Madeira e outro lote de igual número à Região Autónoma dos Açores. “Não sabemos se hoje, mas no máximo manhã”, disse.

Também amanhã deve arrancar a vacinação a nos cuidados primários, segundo o responsável, ainda que com poucas vacinas, para já. “Entre os dias 29, 30 e 31 serão dadas cerca de 20 mil doses, um número superior ao que existiu nos primeiros cinco centros hospitalares”, disse à ‘Renascença’.

Segundo o secretário de estado, os dados disponíveis até às 21h de domingo, mostram que já tinham sido vacinados 4.5634 profissionais de saúde nos cinco centros hospitalares portugueses de Lisboa, Coimbra e Porto, onde arrancou o processo.

 

 

 

 

 

 

 

Resposta às principais questões
O Governo lançou este sábado uma nova página exclusivamente dedicada ao processo de vacinação contra a Covid-19.

Disponível através do site da DGS e site Estamos On (portal do Governo com as diferentes medidas de resposta à pandemia), esta nova página pretende esclarecer os cidadãos quanto a todos os detalhes relativos ao processo de vacinação, que arrancou ontem.

Através de uma linguagem simples e clara, pretende-se que sejam esclarecidas as principais questões que têm vindo a ser levantadas desde o anúncio da chegada da vacina ao nosso país: “a vacina é eficaz?”; “a vacina é segura?”; “quais os diferentes tipos de vacina que serão administradas em Portugal”; “quais os grupos prioritários?”.

Além da resposta a estas perguntas mais gerais existe ainda uma área nesta nova página – FAQ’s – onde se podem encontrar esclarecimentos quanto a aspetos mais específicos como os efeitos secundários das vacinas ou o que fazer após estar vacinado.

Entre os principais destaques da página encontra-se uma simulação que o utilizador pode preencher para ficar a saber em que altura será chamado pelo SNS para vacinação. Além desta ferramenta são ainda disponibilizados os contactos e linhas de apoio que devem ser utilizados pelos cidadãos que queiram saber mais sobre o processo de vacinação. A página disponibiliza ainda o Plano de Vacinação.

Ao longo de 2021, a página contará com atualizações periódicas quanto à execução da campanha de vacinação, bem como outras notícias de relevo e informações prestadas pela task-force.

 

Amamentar: um projeto em família
As evidências mostram-nos que pais igualmente informados, envolvidos e que participam no processo de

A “Transição para a Parentalidade” é uma, se não a, transição maior das nossas vidas. Conscientes dos desafios que aí vêm, os casais “grávidos" prepararam-se, procurando obter conhecimentos para se sentirem seguros e melhor tomarem decisões em prol das suas saúdes e da saúde do seu bebé, nomeadamente através dos cursos de Preparação para o Nascimento e para a Parentalidade.

Muitas vezes “batem-nos à porta” para perceberem quais as temáticas abordadas porque, ao contrário do que acontece com a mulher grávida, que tem enquadramento legal para frequentar todas as sessões (será o equivalente a uma consulta de assistência pré-natal), o pai tem muitas vezes de fazer uma seleção dos temas que considera mais importantes, gerindo a sua vida profissional por forma a dispor daquela hora para assistir a essas temáticas.  Ora, de entre todos os temas abordados, aquele em que os homens habitualmente menos se esforçam por estar presentes é o tema da amamentação, com o argumento: “quem tem mamas é a mulher, eu ajudarei em tudo o resto”. Ou seja, veem a amamentação como um tema exclusivamente inerente à mulher.

No entanto, com base na minha experiência de alguns anos a acompanhar muitos casais, não restam quaisquer dúvidas de que é de extrema importância que a decisão sobre o tipo de alimentação seja, tal como as restantes, uma decisão conjunta do pai e da mãe do bebé que está para nascer. A decisão tomada terá um forte impacto na construção de saúde, facto inequivocamente comprovado por toda a evidência atual e suportada pela OMS/UNICEF.

Então, de que forma pode o pai ter um papel determinante no sucesso do processo de amamentação do seu bebé?

Se a decisão pelo aleitamento materno (AM) for de ambos os progenitores, ambos estão igualmente vinculados a esta decisão. Devidamente informados, os pais estarão conscientes dos benefícios inerentes ao AM, dos desafios possíveis e das estratégias que melhor respondem a esses desafios, bem como de quais os profissionais mais habilitados para dar resposta eficaz às dificuldades que surgem na maior parte das famílias.

No processo de amamentação, é verdade que é a mãe que amamenta, mas o pai é o “gestor do processo”. O que significa isto? Significa que o pai está envolvido e consciente, por exemplo, dos sinais de ingestão nutricional suficiente num bebé alimentado em exclusividade (como posso ter a certeza de que o bebé está a ingerir a quantidade que precisa se eu não consigo medir?). Significa que compreende a evolução espectável de peso num bebé alimentado exclusivamente com leite materno (a sociedade e os profissionais de saúde estão habituados ao que é espectável em bebés alimentados com fórmulas para lactentes, que são hipercalóricas), e que compreende o significado de um percentil. Significa, fundamentalmente, que consegue assegurar-se e dar feedback à mulher que amamenta, e que naturalmente se sente insegura, mostrando-lhe que ela está a fazer um bom trabalho e que tudo está bem com ambos. Significa que, quando surgem dúvidas, ambos unem esforços para procurar informação fidedigna antes da tomada de decisões precipitadas, muitas vezes pressionadas por opiniões menos informadas/atualizadas, que muitas vezes levam ao fim do projeto de amamentar o bebé.

As evidências mostram-nos que pais igualmente informados, envolvidos e que participam no processo de amamentação levam a que as mulheres consigam amamentar durante mais tempo os seus bebés.

Sabemos que a amamentação está muito centrada na cabeça da mulher, por ser um processo psico-neuro-endocrino-imunológico. Após o parto, com a labilidade emocional e insegurança inerentes a esta fase, aquilo que digo a esta mãe, bom ou mau, fica gravado na cabeça desta mulher, com repercussões ao nível psico-neuro-endocrino-imunológico que podem contribuir para o sucesso ou o insucesso nesta caminhada da amamentação.

Quando se assegura a esta mulher que tudo está bem, fundamentando com os conhecimentos e os parâmetros certos, é “meio caminho andado” para que ela ultrapasse o primeiro mês, tão importante para o estabelecimento da lactação, ao ser a fase em que a maioria das mulheres desiste do processo.  E que, ultrapassando-o com sucesso, a mãe amamente, aí sim, durante o tempo que ela ou o seu bebé decidam.

Quem está devidamente informado e atualizado em relação à amamentação “fala a mesma língua”. Por isso, costumo dizer que o pai, quando se envolve, se consciencializa e está informado, tem o potencial de se tornar uma extensão dos profissionais lá em casa, tornando-se um verdadeiro “gestor” de emoções, de “achómetros”.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
2CA-Braga integra o cluster da Escola de Medicina da Universidade do Minho
O Centro Clínico Académico de Braga (2CA-Braga) realizou, no primeiro semestre deste ano, mais de 50% dos ensaios clínicos de...

A oncologia é líder no número de ensaios clínicos no 2-CA Braga, seguida de neurologia, psiquiatria e gastroenterologia. O Centro Clínico Académico minhoto está a realizar ensaios clínicos em 256 áreas terapêuticas, quer por iniciativa da indústria, quer por iniciativa de investigadores.

O Centro de Investigação Clínica tem vindo a aumentar anualmente o número de ensaios clínicos de fase III aprovados pela autoridade nacional competente, o INFARMED. Em 2018 foi responsável por 33,33% dos ensaios clínicos e em 2019 por 34,78% do total nacional. Desde 2017 o 2CA-Braga já realizou 124 ensaios clínicos de todas as fases de desenvolvimento do medicamento (I, II, III IV).

Neste momento o centro tem em curso 165 estudos clínicos, sendo que 76 são ensaios clínicos, oito ensaios de fase II, 66 de fase III e dois de fase IV.

O 2CA-BRAGA procura reforçar a posição da Escola de Medicina da  Universidade do Minho como líder em inovação em biociências e investigação translacional, promovendo em conjunto com o Hospital de Braga a manutenção da saúde ao longo da vida e, principalmente, contribuindo para agregar qualidade de vida por meio de avanços inovadores, enquadrada num ambiente de prestação de cuidados de saúde e a promoção e produção de conhecimento no sentido de tornar os cuidados clínicos mais efetivos, melhorando a qualidade e eficiência assistencial.

O 2CA-Braga é membro do sistema científico nacional e integra redes nacionais e internacionais de investigação clínica. Dispõe de uma equipa diferenciada e multidisciplinar, que pretende responder às necessidades dos investigadores, dos promotores e dos participantes dos ensaios clínicos.

O Centro Clínico Académico de Braga (2CA-Braga), é uma parceria sem fins lucrativos, entre a Universidade do Minho (UM), através da Escola de Medicina (EM) e do ICVS.

Os ensaios de fase III. O que são?

Os ensaios clínicos de fase III decorrem sequentemente depois dos ensaios clínicos de fase I e II. Nos ensaios clínicos de fase I é avaliada a tolerabilidade e a segurança do composto do novo medicamento e orientar a dosagem mais adequada para estudos posteriores, geralmente num pequeno número de voluntários saudáveis.

Os ensaios clínicos de fase II tem por objetivo determinar a eficácia do produto e estabelecer a dose apropriada do medicamento experimental para uma patologia específica.

O foco principal dos ensaios clínicos de fase III confirmar o benefício terapêutico e paralelamente, testar a eficácia e segurança do medicamento numa população menos selecionada e comparando com outras terapêuticas existentes.

Na luta contra a pandemia
A participação do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), representado no grupo de trabalho internacional da...

Este trabalho do CHUC apresenta práticas inovadoras para dar resposta a questões de logística criadas pela pandemia da Covid-19, que podem também ser aproveitadas para abraçar novas e transformadoras formas de gestão que vão claramente contribuir para a prestação de melhores cuidados de saúde, com respostas mais céleres e eficazes.

O CHUC é um dos maiores hospitais do país, distribuído por seis polos hospitalares com 1.700 leitos o que constituiu um desafio acrescido durante a pandemia da Covid-19, já que era necessário avaliar e gerir com sucesso todas as necessidades de materiais do CHUC em "tempo real", a fim de adquirir e alocar equipamentos vitais, medicamentos e outros consumíveis, em resposta a um ambiente de provimento incrivelmente dinâmico, como foi o da pandemia provocada pelo SARS_Cov2.

A principal tarefa do Serviço de Aprovisionamento do CHUC foi a de estabelecer uma “unidade de comando” central, que funcionou como centro nervoso em quatro áreas: produtos farmacêuticos, equipamentos e serviços, consumíveis e logística. A unidade foi composta por quatro coordenadores, um de cada setor, bem como por especialistas em diversas áreas desde a área médica, logística, informática, gestão de crise, por forma a ter uma envolvência de todos os setores do hospital, melhorando assim a comunicação e a gestão das necessidades do hospital, em "tempo real". A criação desta unidade permitiu operacionalizar e colocar no terreno uma estratégia bem delineada que possibilitou identificar e mitigar rapidamente ameaças operacionais.

O levantamento das necessidades de equipamentos, tecnologias necessárias para dar resposta à Covid-19, medicamentos, kits de teste e reagentes, foi feito com recurso a cadeias de abastecimento tradicionais e não tradicionais, tendo-se recorrido, inclusive, à produção interna de materiais de proteção para os profissionais de saúde com a compra de matéria-prima adequada para os equipamentos e manufaturação pelas próprias costureiras do hospital, com a finalidade de dar uma resposta eficaz à pandemia.

De acordo com o centro Hospitalar “constatou-se a necessidade de encetar consultas formais e informais aos mercados, face à escassez mundial que se verificou, tendo existido também propostas comerciais espontâneas de vários fabricantes e fornecedores, alguns dos quais adaptaram os seus negócios às necessidades decorrentes da procura manifestada pelas organizações de saúde”.

Por outro lado, foi criada uma Comissão de Doações, gerida por equipa própria em coordenação com o departamento de compras e logística do CHUC.

A tomada de decisões rápidas, a mobilização de equipas, a capacitação de profissionais para garantir os melhores cuidados aos pacientes, conduziu a que os hospitais fossem forçados a mudar radicalmente em curtos períodos de tempo.

Embora o principal incentivador para as mudanças tenha sido a necessidade urgente de controlar a infeção por Covid-19, as mudanças ocorreram em todos os níveis, incorporando mesmo o redesenhar dos serviços, novos modelos de atuação e comunicação, com profundas implicações tanto para as equipas como para os utentes.

De acordo com o centro hospitalar “a pandemia da Covid-19 colocou à prova as organizações de saúde e veio acelerar as transformações na área da saúde a um ritmo nunca antes vivido”.

Neste Natal, abuse só na prevenção
Campanha “Olhe pelas Suas Costas” alerta para os cuidados a ter com a sua saúde.

Em tempo de pandemia, o Natal irá celebrar-se de forma diferente este ano. Distanciamento social, uso de máscaras e celebrações ao ar livre são alguns dos novos cuidados a ter em conta, mas há ainda outros aspetos a ter em atenção durante este período. Para tornar a época natalícia mais segura para a saúde da sua coluna a campanha “Olhe pelas Suas Costas” partilha cinco conselhos fundamentais.

“Todos sabemos que esta época é conhecida como a época dos excessos, sendo importante frisar o papel de não descurar os cuidados com a saúde da coluna durante o Natal. O excesso de peso dos sacos de compras constitui uma das grandes ameaças, sendo que, tanto a forma como são transportados e os levantamos, podem provocar lesões  se não forem realizados da melhor forma”, explica Bruno Santiago, coordenador nacional da campanha e neurocirurgião.

No entanto, durante a época natalícia, a prevenção não deve ficar por aqui: “há que ter em conta os excessos alimentares, uma vez que a tendência para comer alimentos pouco saudáveis e em excesso contribui para o aumento de peso, uma das principais causas de sobrecarga sobre a coluna , acrescenta o neurocirurgião.

Para apostar na prevenção, principalmente em alturas mais propícias ao agravamento das dores de costas, como o Natal, a campanha “Olhe pelas Suas Costas” partilha alguns conselhos a ter em conta, para que possa pensar sobre eles:

  1. “Ainda está a fazer as suas compras de Natal?” Quando vai às compras é crucial manter uma boa postura enquanto transporta sacos pesados e evitar o manuseamento incorreto de pesos. Fletir os joelhos quando levanta um peso do chão é o movimento ideal que deve adotar! Além disso,  divida os sacos por ambas as mãos de modo a não andar inclinado(a);
  2. “Pensa mais no aconchego do sofá, do que na atividade física? O sofá é normalmente um grande “inimigo” das suas costas e, como tal, deve praticar exercício físico regularmente. A aproveite as férias (se for caso disso) para se exercitar. Ficar “mais isolado” não significa ficar mais sedentário;
  3. “É de boa boca?” Cuidado para manter o seu peso controlado. O excesso de peso sobrecarrega as articulações, levando ao seu desgaste. Por isso, deve alimentar-se de forma adequada, não abusando dos doces e salgados típicos de Natal;
  4. “Vai viajar (ainda que seja dentro do país)? Para além de ter em atenção às principais normas da Direção Geral de Saúde, para se proteger e prevenir da infeção por COVID-19, lembre-se que grandes viagens requerem adoção de uma postura correta, paragens constantes para descanso e alongamentos.  Prefira deslocar-se a pé ou de bicicleta, invés de o fazer de carro (sempre que possível).Mas não se esqueça: leve apenas o essencial para que não tenha de transportar muito peso;
  5. Costuma andar à pressa e stressado nesta época? Evite situações de stress, como compras de última hora. Compre as prendas com antecedência ou ofereça-as mais tarde. Evite sapatos desconfortáveis e que não forneçam o apoio necessário à coluna. Tenha especial cuidado com os pisos molhados que podem ser bastante escorregadios e se for para um sítio com neve ou gelo, muita atenção às possíveis quedas que poderão trazer graves consequências para a sua coluna.

A campanha “Olhe pelas Suas Costas” reforça ainda que, devido à falta de cuidado com a coluna, sete em cada dez portugueses sofrem de dores nas costas. A adoção de alguns cuidados no dia-a-dia podem ajudar na prevenção de quem não tem dores nas costas bem como no alívio da dor para quem já possui alguma patologia associada à coluna. Dê um presente à sua coluna e não a descuide! 

Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica
Aprovação da vacina contra a COVID-19: Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica emite esclarecimento sobre...

No dia 22 de dezembro de 2020, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), baseada no conhecimento atual, nas informações disponíveis da EMA e FDA sobre a vacina da Pfizer-BioNTech para o vírus SARS-CoV-2, e na sequência das recomendações da Agências Reguladoras do Medicamento do Reino Unido e dos Estados Unidos da América, vem por este meio esclarecer:

  1. As reações alérgicas às vacinas do calendário nacional de vacinação são raras. As reações mais graves (reações anafiláticas) ocorrem em menos de 1/100 000 indivíduos.
  2. De acordo com a informação disponível, as reações alérgicas à vacina Pfizer-BioNTech para a COVID-19, serão também eventos raros.
  3. Apesar da informação clínica disponível sobre os casos em que terão ocorrido reações alérgicas suspeitas à vacina Pfizer-BioNTech para a COVID-19 ser ainda muito limitada, não se supõe existir um risco acrescido de efeitos adversos à vacina em doentes asmáticos, com rinite alérgica ou com eczema.
  4. Propomos que: 1) a vacina Pfizer-BioNTech para a COVID-19 não seja administrada em doentes com antecedentes de reações alérgicas graves a vacinas, e que 2) a relação risco-benefício seja avaliada por um Imunoalergologista nos casos de anafilaxia prévia a medicamentos, alimentos, latex, venenos de himenópteros e ainda nos casos de anafilaxia idiopática, síndromes de ativação mastocitária e imunodeficiências primárias.
  5. As vacinas para o SARS-CoV-2 só deverão ser administradas em Unidades de Saúde onde existam profissionais devidamente treinados e meios adequados para o tratamento de eventuais reações alérgicas. Deverá ser respeitado um período de vigilância de 30 após a administração da vacina.
  6. Os Imunoalergologistas estão disponíveis para investigar todos os doentes com reações alérgicas graves às vacinas para o SARS-CoV-2 que venham a estar disponíveis em Portugal, em consonância com a Norma de Orientação Clínica 004/2012 da Direção Geral de Saúde “Anafilaxia: registo e encaminhamento”, atualizada em 18/12/2014.  

Pela sua experiência no diagnóstico, tratamento e orientação de doentes com doença alérgica, a SPAIC apresenta a sua disponibilidade para colaborar e prestar consultadoria científica à Direção Geral de Saúde, ao Infarmed, aos Coordenadores do “Plano de vacinação contra a COVID-19” e às restantes autoridades de saúde nacionais.

Associação de Doentes de Parkinson
A pandemia da COVID-19 teve um grande impacto na regressão das capacidades de doentes com Parkinson.

A pandemia da COVID-19 trouxe várias limitações aos doentes de Parkinson que tiveram de cancelar todas as atividades e sessões de terapia. Para que o estado destes doentes não se deteriore, a Associação Portuguesa de Doentes com Parkinson (APDPk) criou projetos de apoio psicológico e de fisioterapia. O objetivo é colmatar a falta de sessões de fisioterapia e apresentar estratégias para lidar com a depressão e ansiedade.

“A doença de Parkinson exige um acompanhamento a diferentes níveis, um apoio que parou devido às restrições e medidas associadas à pandemia da COVID-19, com menos acesso à fisioterapia e mais isolamento. Este foi um período em que muitos doentes sentiram uma grande progressão da doença e regressão de algumas capacidades que já tinham conseguido desenvolver. Contudo, reconhecemos que este período também trouxe oportunidades, associadas às novas tecnologias, mas é preciso fazer as coisas ao ritmo certo: nem todos os doentes têm a mesma capacidade de aceitação no que respeita à progressão da doença e nem todos têm acesso às plataformas digitais”, alerta Ana Botas, presidente da APDPk.

O diagnóstico de Parkinson é um processo exigente e, com a pandemia da COVID-19, desafiante para todos os doentes. Uma informação que passa por diversos processos desde uma reação de choque, fase de negação, revolta, tristeza e só depois a aceitação, tanto para o doente como para a família. Para ajudar durante o período de isolamento a APDPk destaca algumas medidas que podem ser adotadas e que estão disponíveis aqui:

  • Aumentar a perceção de controlo de determinados aspetos na vida do doente (o que podem fazer e/ou o que podem contar);
  • Manter as rotinas desde a alimentação, horários de sono e atividades;
  • Conviver com outras pessoas (família, cuidadores, amigos);
  • Estimular a criatividade, desempenhar novas atividades, explorar e criar;
  • Explorar e desabafar sobre os sentimentos e aumentar a perceção que estes são normais.

Além disso, para contribuir para a fase de aceitação e aumentar o apoio psicológico a APDPK criou ainda o projeto “Lado a Lado”.  Um projeto gratuito para todos os associados do país que vai desde grupos de chamadas via zoom, inclusive só para cuidadores, a telefonemas para quem não têm acesso às novas tecnologias.

“A base do projeto é dar apoio a estas pessoas, sobretudo numa época em que se exige algum distanciamento social. Esta é uma patologia de elevada progressão e incapacitante e, com o receio de infeção por COVID-19, devido às complicações associadas, estes doentes foram alvo de um grande isolamento. Temos de encontrar mecanismos de superar este distanciamento. Reforço que este projeto é ainda fundamental para os doentes que estão numa fase inicial e que até podem escolher isolar-se para esconder a doença” reforça Ana Botas.

Mas este não foi o único projeto que ganhou vida durante o período de pandemia da COVID-19. Para colmatar as necessidades criadas com a ausência de fisioterapia, que levou a que muitos doentes tivessem uma elevada regressão da doença, a APDPk criou o projeto “Pára-quedas”. “Este projeto foi pensado para aquele que é a principal consequência da progressão da doença de Parkinson: as quedas. Sabemos que há inúmeras estratégias que podem reduzir as quedas e a sua gravidade, desta forma, queremos capacitar todas as pessoas diagnosticadas com a doença de Parkinson, desde estadios iniciais aos mais avançados, para fazerem escolhas informadas e para terem conhecimento sobre como gerir o antes (prevenção) e depois (recuperação) destes episódios de quedas. Neste momento, o projeto funciona via zoom, mas, assim que a pandemia da COVID-19 acabar, retomamos as aulas de grupo” destaca Ana Botas.

A associação reconhece que este ano foi ainda marcado por novos projetos, oportunidades e avanços e descobertas no tratamento das Doenças do Movimento, em particular na área da estimulação cerebral profunda, uma área em que Portugal tem sido pioneiro. Um ano cujo objetivo tem sido criar novos mecanismos de apoio para todos os doentes e também reconhecer que há esperança no avanço e controlo da doença, com terapias adaptadas às necessidades individuais de cada doente.

Para esclarecer qualquer dúvida e informação sobre a doença ou para obter mais informações sobre os projetos criados, a APDPK disponibiliza ainda os seus contactos, que podem ser feitos através de email ([email protected]) ou via telefónica (939 053 378).

Já imaginou o que seria passar o Natal “fora de serviço”?
A MiGRA Portugal – Associação de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias, no âmbito da Campanha Temporariamente Fora de Serviço – Por...

Para o ajudar a compreender e apoiar os seus familiares que sofrem com enxaqueca e cefaleias, a MiGRA Portugal partilha um conjunto de dicas para que menos pessoas fiquem fora de serviço este Natal devido a crises de enxaqueca e cefaleias. Deixamos assim alguns conselhos importantes para que aproveite esta época da melhor forma:

 

 

  • Ajuste as luzes – As luzes fortes podem ser um grande desencadeador de uma crise de enxaqueca. Por isso, se tiver possibilidade, não utilize luzes muito fluorescentes e opte por luz mais suave e menos agressiva.
  • Evite perfumes e cheiros intensos – Os cheiros intensos são um dos grandes inimigos dos doentes com enxaqueca. Se tem familiares com enxaqueca tente perceber quais os cheiros que lhe podem desencadear crises e evite utilizá-los. Ter uma zona livre de fragrâncias podem ser uma boa opção para esta época natalícia.
  • Respeite os horários de refeição habituais – Estas épocas festivas trazem sempre consigo algumas oscilações no horário de refeições e fazem sempre com que jantemos ou almocemos mais tarde que o habitual. No entanto ficar muitas horas sem comer e alterar demasiado as rotinas pode ser um fator desencadeador de enxaqueca, pelo que é importante mantê-los, mesmo nesta altura.
  • Não insista com as bebidas alcoólicas – As bebidas alcoólicas podem desencadear crises de enxaqueca e cefaleias e por isso se uma pessoa optar por não beber bebidas alcoólicas não insista e apoie esta decisão.
  • Não sobrecarregue com as tarefas de Natal – Apesar de ser uma época muito boa para passar um bom tempo em família, a preparação para a consoada pode ser muito stressante. Dé uma ajuda e tente não sobrecarregar uma pessoa com enxaqueca e cefaleias com os preparativos todos, pois a ansiedade e o stress podem ser inimigo de uma crise.

Apesar de existirem vários fatores que podem dar origem a uma crise de enxaqueca e que podem ser evitados é importante lembrar que muitas das vezes uma crise pode começar sem aviso prévio, mesmo evitando os desencadeadores. Deve respeitar sempre que o seu familiar ou amigo não puder estar presente ou tiver de ir embora mais cedo por estar com uma crise.

As cefaleias, mais conhecidas por “dores de cabeça”, podem ser doenças neurológica altamente incapacitantes. De acordo com o Global Burden of Disease 2018, estas representam ainda a segunda maior causa de anos vividos com incapacidade na população portuguesa entre os 5 e os 49 anos. Existem mais de 200 tipos de cefaleias diferentes, sendo a enxaqueca um destes tipos. A enxaqueca é uma doença neurológica crónica que se caracteriza por episódios de dor moderada a forte, pulsátil ou latejante, que geralmente começa de um só lado da cabeça. Atualmente, estima-se que existem cerca de 1 milhão e 500 mil doentes com enxaqueca em Portugal e num contexto global as cefaleias afetam cerca de 50% da população mundial.

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