Opinião
A doença rara (DR) é aquela que tem uma incidência de 1 caso em cada 2000 pessoas.

A carga epidemiológica destas doenças constitui um problema sério para a saúde pública. De elevada complexidade e muitas vezes incapacitantes são um desafio assistencial e para as ciências Biomédicas com necessidades ainda não atingidas a vários níveis.

Atualmente o enquadramento desta subpopulação de pacientes em Portugal está protegida por uma Estratégia Integrada para as Doenças Raras em implementação através de uma abordagem integrada dos Ministérios da Saúde, Segurança Social e Educação, que pretende responder as necessidades sanitárias, sociais e educativas destes doentes.

Do ponto de vista sanitário a espinha dorsal assistencial assenta no estabelecimento de uma Rede de Referenciação (RR) eficaz e da consolidação de Centros de Referência (CR) que prestem cuidados diferenciados, de elevada especialização, dispensa de medicamentos órfãos, capacidade formativa específica de profissionais de saúde, organização de registos e Investigação médica, e integração em redes de conhecimento europeias (ERN – European Reference Network).

Todo este processo está em curso e estão já designados no País CR para 8 áreas de DR pelo Ministério da Saúde (MS). Ainda um número restrito de intervenção, mas que abrange já algumas centenas de DR. Estes CR são necessariamente Unidades Hospitalares Centrais da Carta Hospitalar portuguesa e são constituídos por equipes pluridisciplinares certificadas pelo MS, algumas delas também já integradas em ERN.

A estratégia organizativa de uma Rede de referenciação beneficia já de Normas de referenciação estabelecidas pela Direção Geral da Saúde (DGS) para vários CR que estão publicadas e em divulgação nos serviços de saúde, desde os cuidados primários.

Na outra face desta estratégia estão os cuidados de proximidade, a articulação adequada com os cuidados primários, o desenvolvimento da hospitalização e terapêuticas domiciliárias, a prestação de cuidados continuados apropriados a estas patologias.

Os apoios ao cuidador, o empoderamento do doente no processo da decisão clínico-terapêutica e a literacia sanitária da população, a colaboração do doente na investigação clínica e farmacológica são áreas em que as Associações de Doentes desempenham um papel fundamental sendo fulcral o seu empenho em todo o processo assistencial.

Foram estabelecidos pela Comissão Europeia e IRDIRC (Consórcio Internacional de caracter mundial para as DR) que até 2020 se conseguissem testes de diagnóstico para grande parte das DR conhecidas – atualmente já possível para cerca de 3.600, e terapêutica específica para 200 DR – objetivos que foram atingidos. Até 2027 pretende-se o diagnóstico no espaço de 1 ano para a totalidade das DR que estiverem descritas e

terapêuticas para 1000 DR.

Considerando-se a saúde como um estado de pleno bem-estar para além da ausência de doença, as políticas de apoio social quer nos suportes económicos, integração socioprofissional e emprego, quer no reconhecimento do estatuto de cuidador informal são pedras basilares na estratégia de apoio a doentes e famílias. É também fundamental atender a necessidades de integração escolar e ensino especial assim como de ocupação de tempos livres, particularmente para as camadas mais jovens.

Numa época de Pandemia em que o acesso aos cuidados de saúde atravessa dificuldades verificaram-se atrasos nas consultas, procedimentos, exames complementares e até na dispensa de terapêuticas. Foi necessário readaptar a orgânica de Hospitais de dia e recurso á telemedicina para repor eficácia na prestação de cuidados. O NEDR/SPMI publicou um Guia informativo para Pessoas com Doença Rara e seus Cuidadores – COVID 19, e recomenda-se que os portadores de doença rara com deficiência significativa, sejam considerados grupo prioritário para a vacinação em curso.

Numa época de evolução das ciências biomédicas, em que a Medicina de precisão, personalizada, centrada no doente em todas as suas vertentes biopsicossociais, em que a relação médico – doente, associada a uma extraordinária evolução tecnológica da intervenção biomédica, volta a ser pedra angular no sucesso dos cuidados de saúde, a posição da medicina interna gestora do doente e da utilização criteriosa dos meios complementares e terapêuticos detém enorme responsabilidade na prestação dos cuidados de saúde, incluído na área das Doenças Raras.


Luís Brito Avô - Internista do Hospital de Santa Maria e membro da equipe do Centro de Referência de Doenças Hereditárias Metabólicas;
Coordenador do Núcleo de Estudos de Doenças Raras da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo reforça a importância da realização de testes genéticos para um diagnóstico correto
No âmbito do Dia Mundial das Doenças Raras, que se assinala a 28 de fevereiro, a Associação Protectora dos Diabéticos de...

Segundo um estudo recentemente publicado no jornal Diabetes Research and Clinical Practice e que teve como objetivo identificar casos de diabetes monogénica em jovens adultos de 11 países do Mediterrâneo, é extremamente importante fazer o diagnóstico correto, através de testes genéticos,  para que seja proporcionado o tratamento mais adequado ao tipo de diabetes, especialmente para as formas mais raras.   O estudo foi desenvolvido por 30 especialistas da área da diabetes, entre os quais João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.  

“A diabetes tipo MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young) é um tipo de diabetes rara, de causa genética, que inclui vários subtipos com manifestações clínicas diferentes. Apresenta-se em idade jovem, geralmente antes dos 35 anos e resulta na mutação de um único gene. Desta forma, se um dos pais tiver a mutação, há 50% de probabilidade de que os filhos também a tenham. Isto significa que se uma pessoa for diagnosticada, é provável que existam outros membros da família com este tipo de diabetes e que não o saibam”, explica João Filipe Raposo. 

Estima-se que esta forma rara de diabetes seja responsável por 2 a 5% dos casos de diabetes na Europa. No entanto, é frequentemente diagnosticada como diabetes tipo 1 ou 2, de forma equivoca, o que significa que a sua prevalência real deverá ser superior à estimativa. Para a identificar, um dos grandes trunfos são os testes genéticos. 

“Este estudo, com uma amostra geograficamente diversificada, é mais uma prova da necessidade e relevância da realização de estudos genéticos em pessoas que possam ter diabetes monogénica, de forma a identificar o tipo de mutação, personalizando e adaptando o tratamento às necessidades da pessoa, evitando tratamentos desnecessários e permitindo avaliar o risco de ter descendentes com MODY”, acrescenta João Filipe Raposo. 

O estudo conduzido baseou-se na sequenciação do exoma em 204 pessoas com diabetes (12 portugueses) não relacionados e cuja média de idades do diagnóstico foi de 26,1 anos. De todos os participantes, 17,6% tiveram um diagnóstico genético de diabetes mellitus, sendo que esta taxa diferiu significativamente de país para país. As maiores taxas foram observadas na Grécia (40%), Argélia (30%) e em França (27,8%). Já as mais baixas foram registadas na Tunísia (8%) e na Turquia (12%).  

A APDP integra a Entidade Agregadora de Associações de Doenças Raras, que este ano assinala o Dia Internacional das Doenças Raras (28 de fevereiro) com a realização de vários eventos online. Saiba mais em www.raras.pt  

 

Nova tecnologia que permite a integração da graduação à centésima
A tecnologia AVA – Acuidade Visual Avançada – que integra a graduação à centésima de dioptria (0,01 dioptrias) nas lentes...

A tecnologia AVA é o resultado de cinco anos de investigação e desenvolvimento, em que foram analisados mais de 100.000 parâmetros de visão, nos laboratórios de investigação e desenvolvimento da Essilor.

A tecnologia presente no Vision R 800 veio substituir a tradicional técnica de prescrição de lentes oftálmicas, permitindo avaliar a prescrição em intervalos de 0,01 dioptrias em vez de 0,25 dioptrias. Ou seja, utilizando lentes de variação contínua, permite avaliar a prescrição necessária em cada olho com mais rigor, à centésima, garantindo maior precisão na definição da graduação. Atualmente, é possível integrar esta prescrição mais rigorosa no cálculo e fabricação de lentes oftálmicas dando origem às lentes AVA, proporcionando aos utilizadores a mais avançada experiência visual.

Com este sistema de graduação, cada a lente oftálmica é mais precisa e naturalmente mais confortável para o utilizador, com melhor adaptação às novas lentes, mais acuidade visual e melhor qualidade de vida.

Criado em França em 1987, o Produto do Ano é atribuído em mais de 40 países e visa distinguir produtos candidatos, em categorias específicas, que tenham menos de 18 meses de existência no mercado. Em Portugal, o prémio é suportado na votação de três mil consumidores, recrutados pela empresa Netsonda de forma independente e representativa da população nacional.

 

Imunoterapia
O INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. aprovou o financiamento e utilização pelos hospitais...

Trata-se de uma imunoterapia com células T autólogas modificadas, que se ligam às células que expressem o CD19 (células tumorais e células B normais). É um tratamento personalizado que utiliza o sistema imunitário do próprio doente para atingir as células tumorais. Na terapia celular CAR T, as células T são recolhidas do doente via aferese e geneticamente modificadas para que possam reconhecer e responder ao antigénio CD-19. Após a interação das células CAR-T anti-CD19 com as células-alvo que expressem o CD19, ocorre apoptose e necrose das células-alvo2.

O LDGCB é a forma mais comum de Linfoma Não-Hodgkin e é responsável por aproximadamente 30% dos casos recentemente diagnosticados. Com base nas taxas de diagnóstico anteriores, estima-se que em 2019 tenham sido diagnosticados mais de 28.000 novos casos de LDGCB na Europa. No ano de 2010 foram diagnosticados em Portugal 1812 novos casos de linfoma, a que corresponderão aproximadamente 630 casos de linfomas difusos de grandes células. O prognóstico para doentes adultos em recidiva ou refratários é limitado, com uma sobrevivência global mediana de cerca de seis meses.

A aprovação deste medicamento em Portugal significa que estes doentes têm agora uma opção de tratamento pioneira muito necessária, que oferece uma forma importante e inovadora de tratar estes tipos de doenças hemato-oncológicas.” afirmou Cláudia Delgado, Diretora Médica da Gilead Sciences em Portugal.

Esta aprovação é suportada por dados do ensaio ZUMA-1 com Axicabtagene Ciloleucel em doentes adultos com linfoma não-Hodgkin (NHL) de células B agressivo refratário ou recidivante. Os dados mais recentes deste estudo apresentados na reunião da Sociedade Americana de Hematologia (ASH) em 2020 demostraram que entre os doentes com LDGCB, LGCBPM ou LDGCB resultante de linfoma folicular tratados com este medicamento (n=101) com um seguimento mínimo de quatro anos após uma única administração (seguimento mediano de 51,1 meses), a estimativa Kaplan-Meier da taxa de sobrevivência global (OS) a quatro anos foi de 44% 8.

“A recente aprovação de financiamento pelo Estado português da terapia celular com CAR T no tratamento do Linfoma Não-Hodgkin difuso de grandes células B e primário do mediastino, constitui um passo fundamental na afirmação desta terapêutica em Portugal. Agiliza o processo e reduz os tempos de espera a que os mecanismos dependentes de autorização especial obrigam, permitindo que mais doentes possam ter acesso, em tempo útil, a esta terapêutica inovadora. Em tempos de pandemia, esta é uma boa notícia que deve ser devidamente assinalada.” comentou Mário Mariz, Diretor de serviço de Hematologia do IPO do Porto.

“A aprovação da terapia celular com células CAR T, incluindo o produto Yescarta, por parte das autoridades regulamentares em Portugal é um acontecimento significativo para os médicos envolvidos no tratamento dos linfomas B agressivos abrangidos pela indicação, e mais ainda para os doentes com este diagnóstico que falham pelo menos duas linhas de tratamento. As perspetivas de tratamento eficaz nesta população de doentes são limitadas e a oportunidade de utilizar uma estratégia com taxa elevada de resposta e uma fração de respostas completas e estáveis melhora claramente o seu prognóstico. É tempo agora de nos organizarmos, enquanto comunidade hematológica, por forma a proporcionar atempadamente a todos os doentes que beneficiem de terapia celular a oportunidade de a receberem nas condições mais favoráveis.” referiu Maria Gomes da Silva, Diretora de serviço de Hematologia do IPO de Lisboa.

Testar regras de segurança
Os organizadores de festivais de música e a Direção-Geral da Saúde (DGS) vão promover a realização de alguns “eventos-piloto”...

À partida, o Campo Pequeno, em Lisboa, e o Pavilhão Rosa Mota, no Porto, serão os espaços escolhidos para a realização destas experiências. Para que possam entrar no evento, os visitantes terão de realizar um teste rápido à Covid-19 até 72 horas antes do evento, tendo de o repetir à entrada para o recinto.

Após o evento, onde os participantes terão obrigatoriamente de recorrer ao uso de máscara, estes terão de fazer, 14 dias depois, um novo teste à Covid-19, bem como responder a um questionário. Espera-se que sejam realizadas várias experiências com diferentes condições, testando-se, por exemplo, o recurso aos testes à saliva ou por via da zaragatoa.

 

Cirurgia Estética
Nos últimos anos tem-se assistido a uma procura crescente de procedimentos cirúrgicos estéticos.

O lifting das coxas internas é atualmente requisitado por pacientes que sofreram perdas de peso pós emagrecimento ou pós cirurgias bariáticas e, também por aqueles que após a menopausa ou andropausa começam a notar as alterações do envelhecimento cutâneo com flacidez e excesso de pele na face interna das pernas.

O lifting das coxas é realizado nas coxas internas uma vez que o tecido conjuntivo da face interna das pernas é mais laxo que o tecido da face externa pelo que as alterações do contorno são mais evidentes na face interna das coxas e, assim, irá condicionar as futuras cicatrizes.

Estes pacientes referem desconforto com a marcha, incapacidade de usar roupa justa bem como prurido vulgarmente dito de assadura na face interna das coxas e virilhas.

Os primeiros procedimentos efetuados consistiam numa incisão elítica transversal na face interna das virilhas cujo comprimento vai desde o púbis até à prega perianal. Dado o alargamento das cicatrizes, deformação vulvar além da excisão elítica foi associada também a suspensão dos tecidos inferiores da coxa à fáscia aponevrótica da virilha designada de fáscia de Colles. Sempre que existe flacidez de toda a coxa deverá ser realizada, em simultâneo com a excisão transversal na virilha, uma excisão elítica vertical desde a virilha até à face interna do joelho. O tamanho da cicatriz será tanto maior ou menor dependente da flacidez cutânea da coxa. Na maioria dos casos é necessário associar lipoaspiração para melhorar o contorno.

Muito pacientes consideram que o lifting das coxas é uma técnica simples que consiste apenas na remoção de pele. Na perspetiva do cirurgião plástico trata-se de uma técnica cirúrgica laboriosa demorando cerca de 3h e que exige um perfeito conhecimento da anatomia do membro inferior de modo a evitar comprometer a circulação sanguínea a e linfática da coxa; as marcações cirúrgicas são minuciosamente realizadas de modo a que se tornem praticamente invisíveis; preferencialmente os pontos são reabsorvíveis pelo que não é necessário a sua remoção.

No pós-operatório são aconselhadas meias de compressão durante 1 mês de modo a minimizar o edema, sendo necessário evitar o exercício físico durante 2 a 3 meses.

Nas complicações mais frequentes falamos das cicatrizes, pois estas dependem da qualidade e textura da pele e de um pós-operatório correto. É aconselhado um peso estável sempre que se realize um procedimento estético de modo a evitar alterações ao resultado da cirurgia.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde materna e infantil em discussão
Amanhã, dia 25 de fevereiro, entre as 15:00 às 16:30 (hora de Portugal), realiza-se a conferência virtual “Together for Mother...

Todos os dias, mais de 800 mulheres morrem de causas relacionadas com a gravidez ou com o parto. Mais 6.500 recém-nascidos morrem diariamente - a maioria de causas que são evitáveis ou tratáveis.

A pandemia Covid-19 provocou grandes perturbações nos serviços de saúde que estão a agravar estes riscos. As campanhas de vacinação que salvam vidas foram adiadas, os profissionais de saúde foram recolocados e, em alguns locais, os centros de saúde e os serviços fecharam as portas. Os impactos financeiros estão também a dificultar a sustentação de cuidados de saúde de qualidade por parte dos países.

“É necessária uma resposta urgente. As parcerias e a solidariedade serão cruciais”, escreve a organização da Conferência.

Em todo o mundo, estão em curso esforços para melhorar a saúde das mulheres e das crianças, através de vacinas e medicamentos que salvam vidas, reforço do acesso aos serviços médicos e formação dos principais profissionais de saúde. O trabalho inovador para a erradicação da poliomielite viu o número de casos de poliomielite diminuir 99,9% desde 1988, salvando mais de 1,5 milhões de vidas e 16 milhões de crianças de paralisia devastadora.

Com oradores da Rotary International, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e muito mais, este evento virtual explorará iniciativas e ações necessárias para ajudar a melhorar a saúde das mulheres e crianças durante e além da pandemia Covid-19.

Para assistir, basta fazer o registo na plataforma: https://who.zoom.us/webinar/register/WN_qvRHJJs-RgCbdynUpp1YcA.

ARS Centro
O número de internamentos de doentes com Covid-19, nos hospitais da região Centro, continua a baixar em bom ritmo, de acordo...

Às 23h59 de terça-feira, estavam internados em enfermaria 534 pessoas, menos 108 do que no domingo, e 105 internados em unidades de cuidados intensivos, menos 14.

Segundo a Administração Regional de Saúde do Centro, as taxas de ocupação em enfermaria e unidades de cuidados intensivos para doentes covid-19 são agora de 53% e 61%, respetivamente.

Relativamente a domingo, regista-se uma quebra acentuada nos internamentos em enfermaria, que baixaram de 61% para 53%.

Já o número de internamentos nos cuidados intensivos desce a um ritmo mais lento, tendo passado de 67% no domingo para 61% na terça-feira.

Aquele organismo de gestão descentralizada do Ministério da Saúde adiantou ainda que foram emitidas 53 altas médicas e registados seis óbitos em ambiente hospitalar.

Nas unidades do setor social, privado, militar e estruturas de apoio de retaguarda estavam na terça-feira 32 doentes com covid-19 e 65 com outras patologias.

A ARS dá ainda conta que foi desativado a Estrutura de Apoio de Retaguarda do Centro de Saúde Militar de Coimbra.

 

Estudo
Uma investigação, com a destacada participação do Centro de Pesquisa em Economia e Saúde (CRES-UPF) e do Instituto Max Planck...

Um estudo realizado por um grupo de investigadores pertencentes a várias universidades e centros de investigação internacionais, entre os quais os professores do Departamento de Economia e Negócios da UPF Héctor Pifarré Arolas (primeiro autor) e Guillem López Casasnovas, ambos investigadores do Centro de Pesquisa em Economia da Saúde (CRES-UPF) estimou o impacto da mortalidade prematura por Covid-19. Fizeram-no a partir do cálculo dos anos de vida perdidos (YLL, em inglês) devido à Covid-19 e a medida relativa do YLL em relação a outras doenças comuns, como gripe ou doenças cardiovasculares.

Os investigadores Mikko Myrskylä, Enrique Acosta e Tim Riffe (Instituto Max Planck de Pesquisa Demográfica, Alemanha) também participaram da pesquisa, publicada recentemente na revista Scientific Reports (Nature Research); Adeline Lo (University of Wisconsin-Madison, EUA) e Catia Nicodemo (University of Oxford, Grã-Bretanha) e que foi cofinanciada pela Fundação "la Caixa".

“Os nossos resultados confirmam que o impacto da mortalidade por Covid-19 é grande, não só em termos do número de mortes, mas também em termos de anos de vida perdidos”, dizem os autores, que consideram o seu estudo uma radiografia da situação pandémica deste início de 2021.

Quantos anos de vida foram perdidos com a Covid-19? E em relação a outras doenças?

O índice de anos de vida perdidos (YLL) é a diferença entre a idade de um indivíduo na morte e a sua expectativa de vida. Os investigadores estimaram o YLL causado pela Covid-19 usando dados de mais de 1.279.866 mortes em 81 países. Também analisaram dados de expectativa de vida e fizeram projeções do total de mortes por Covid-19 por país.

Os autores estimam que um total de 20.507.518 anos de vida foram perdidos devido à Covid-19 nos 81 países incluídos no estudo, com uma média de 16 anos devido à morte individual. Do total de anos perdidos, 44,9% ocorreram em indivíduos com idade entre 55 e 75 anos, 30,2% em indivíduos menores de 55 anos e 25% em indivíduos maiores de 75 anos. Em países para os quais estava disponível o cálculo do número de mortes por sexo, o YLL foi 44% maior nos homens do que nas mulheres.

Nos países mais afetados pela Covid-19, e em relação a outras causas globais comuns de morte, a taxa de anos de vida perdidos devido à pandemia foi de duas a nove vezes maior do que a média de YLL associada à gripe sazonal, e entre 1/4 e 1/2 maior do que o YLL atribuível a doenças cardíacas.

Interpretação dos resultados no contexto de uma pandemia em evolução

Para 35 dos países analisados, a cobertura de dados abrange pelo menos nove meses. Nesses casos, isso sugere que provavelmente inclui todos os impactos da pandemia em 2020, ou pelo menos as suas primeiras vagas, enquanto que para outros países, esses dados ainda estão a aumentar.

Os autores alertam que "os resultados devem ser entendidos no contexto de uma pandemia em andamento e em evolução. Pode-se dizer que o estudo fornece uma análise instantânea dos possíveis impactos da Covid-19 em termos de anos de vida perdidos até a data de 6 de janeiro de 2021".

Por outro lado, os autores apontam que "as valorizações dos anos de vida perdidos podem estar subestimadas, devido à dificuldade de registar com precisão as mortes relacionadas com a Covid19", uma vez que, "tanto as políticas como práticas de codificação de mortes estão em desenvolvimento e padronização". Além disso, destaca-se o facto do estudo se limitar a analisar a mortalidade prematura e que uma avaliação completa do impacto da pandemia na saúde deveria considerar a carga de incapacidade associada à doença.

Além do apoio financeiro por parte da Fundação "la Caixa", a investigação recebeu financiamento do Social Sciences and Humanities Research Council, do Fonds du Recherche du Quebec – Societé et Culture (Canadá) e da University of Oxford's Covid-19 Research Response Fund (Grã Bretanha).

Estudo está a ser conduzido em Israel
A TechnoPhage, empresa biofarmacêutica Portuguesa, anunciou que foi iniciado o Ensaio Clínico de Fase I/IIa do TP-102, um...

Este cocktail de bacteriófagos foi desenvolvido para tratar infeções causadas pelas bactérias Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Acinetobacter baumannii, que contribuem para a morbilidade e mortalidade de doentes diabéticos, e cuja resolução não é muitas vezes encontrada nas abordagens terapêuticas atuais.

“Este é o primeiro produto do pipeline da TechnoPhage a entrar em fases clínicas, constituindo um marco da maior relevância não só para a empresa, mas também para a terapia fágica”, referiu Miguel Garcia, CEO da TechnoPhage. “O nosso principal objetivo é fornecer um tratamento seguro para uma necessidade médica que atualmente não dispõe de tratamentos verdadeiramente eficazes”.

O estudo está a ser conduzido em Israel, sob a aprovação do Ministério da Saúde local, assim como pela FDA - Food and Drug Administration - dos Estados Unidos da América. Este será o primeiro medicamento biológico, com patente Portuguesa, a obter uma autorização para ensaio clínico concedida por esta entidade.

 

Há menos de 3000 doentes internados
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 50 mortes e 1.480 novos casos de infeção por Covid-19. Os valores mais baixos dos...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 31 das 50 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões do centro e norte sete mortes cada. No Alentejo houve quatro mortes a lamentar e no Alentejo nenhuma.

Quanto aos arquipélagos, apenas a Madeira registou uma morte desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 1.480 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 772 novos casos e a região norte 327. Desde ontem foram diagnosticados mais 198 na região Centro, no Alentejo 84 casos e no Algarve mais 51. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 45 infeções e no dos Açores apenas três.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 2.767 doentes internados, menos 245 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos registaram uma descida, tendo agora menos 30 doentes internados. Atualmente, estão em UCI 567 pessoas.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 3.078 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 709.054 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 75.396 casos, menos 1.648 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 7.365 contactos, estando agora 63.402 pessoas em vigilância.

Em apenas 10 meses
A Linha de Apoio Psicológico da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, criada durante a primeira vaga da pandemia,...

Segundo a Administração Regional de Saúde do Norte, deste total de chamadas, de 7.700 chamadas foram realizadas por utentes e mais de 150 por profissionais de saúde no âmbito da pandemia.

“Perante esta situação de indefinição que a pandemia nos provoca e a indefinição em termos do tempo do que vai suceder, as reações de ansiedade, são as reações mais frequentes”, explicou Luís Pimentel, um dos coordenadores da linha.

De acordo com o mesmo, a linha tem ainda um papel mais relevante para os profissionais de saúde, ao permitir que, sob a garantia de anonimato e “confidencialidade total”, se possam “reorganizar e adaptar ao contexto vivido, muitas vezes causador de burnout (esgotamento profissional), não só entre os que estão na linha da frente, mas também na retaguarda e em regime de teletrabalho”.

Além da ansiedade, destacam-se, também, os contactos relacionados com depressão e perturbação do sono, bem como os problemas com a vivência da doença, dificuldades na esfera relacional, dificuldades de natureza económica e problemas laborais.

Os resultados indicam que em apenas 9% dos casos, houve necessidade de sinalização para a Rede de Cuidados de Saúde Primários.

“Em cada Agrupamento de Centro de Saúde (ACES) e em cada unidade da Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências temos um psicólogo, pelo que, se entendermos que é uma situação que exige continuidade, sinalizamos e, dentro do ACES, é encontrada a melhor forma de dar seguimento e de responder às necessidades dos utentes”, explicou.

Luís Pimentel referiu ainda que a procura pela linha tem oscilado ao longo da pandemia, tendo-se registado um primeiro pico, durante a primeira vaga, e um novo pico no momento atual, com um crescimento gradual da procura.

Esta linha conta , atualmente, com 50 profissionais que asseguram, de forma rotativa, o apoio psicológico, "um número que pode vir a ser reforçado em caso de necessidade".

Em funcionamento desde 14 de abril de 2020, a linha, que tem como objetivo a promoção da saúde mental, oferece uma primeira resposta de cuidados psicológicos a utentes e profissionais de saúde, contribuindo para uma gestão mais adequada da situação de crise e para a prevenção do pânico, agitação, agressividade, conflitos, violência e doença psicológica.

Dia Mundial das Doenças Raras assinala-se a 28 de fevereiro
O termo doenças raras, é usado para as patologias que ocorrem com baixa frequência na população em g

O número exacto de doenças raras não é conhecido, admitindo-se que existam, até agora, seis a oito mil. E se individualmente cada doença é rara, no seu conjunto têm outro impacto, acabando por afetar entre 6% e 8% da população, o que corresponde a mais de 600 mil pessoas em Portugal, cerca de 27 a 36 milhões na União Europeia e mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Cerca de 80% das doenças raras são de origem genética, já identificada, o que aponta desde logo para a importância do reconhecimento de famílias de risco e sua orientação. As restantes doenças raras estão relacionadas com causas infeciosas, inflamatórias, autoimunes, cancros raros e outras ainda sem causa conhecida.

Existe uma enorme diversidade de doenças raras, com apresentações e envolvimentos totalmente distintos. Na sua maioria são doenças graves, crónicas, progressivas, muitas vezes incapacitantes e com risco, por vezes elevado, de complicações associadas e sobrevida encurtada. São doenças de abordagem complexa, para as quais o diagnóstico precoce é urgente, necessário para definição de plano de orientação e prevenção de complicações, exigindo a intervenção especializada de peritos, de equipas multidisciplinares e cujo tratamento, quando existe, é frequentemente oneroso, com a utilização de meios terapêuticos inovadores. Assim, para além da raridade e da diversidade destas doenças, a sua gravidade e a complexidade de orientação, associadas à escassa informação, ocasionam frequentemente consequências desfavoráveis a nível individual, familiar e social.

Muitas destas doenças apresentam-se ao nascer ou durante os primeiros anos de vida (66%), mas outras causam sintomas apenas mais tarde, na adolescência ou idade adulta. Os sintomas de apresentação podem ser diversos, muitas vezes sobreponíveis aos de outras doenças comuns; contudo, estas doenças não são evocadas, quer pelo desconhecimento dos profissionais e má referenciação do doente, quer pela necessidade de meios específicos de avaliação, sendo o diagnóstico final difícil, prolongado no tempo, sem a intervenção terapêutica e de aconselhamento necessários, originando qualidade de vida menos favorável e sofrimento ao doente, à família e cuidadores. De uma forma geral a família sabe "que algo não está bem", mas por vezes o diagnóstico é tardio e os apoios não acontecem.

Desde o início deste século XXI, na Europa, com os programas dirigidos para as doenças raras, têm sido desenvolvidas políticas de saúde, procurando centrar os cuidados no doente raro, de forma a “garantir o igual acesso ao tratamento e melhor orientação, à melhor qualidade de cuidados e apoios”. Em Portugal, foi publicado em 2008 o Programa Nacional de Doenças Raras, focando a importância do papel de equipas experientes multidisciplinares coordenadas, para a melhor orientação destes doentes.

Recentemente, com a aprovação da Estratégia Integrada para as Doenças Raras 2015-2020 e a criação de uma Rede Nacional para Doenças Raras, o reconhecimento de Centros de Referência já ocorrido e em curso para alguns grupos destas doenças, permite e permitirá, mais e mais, maximizar as perspectivas futuras destes doentes, com real melhoria da qualidade de vida, dos cuidados e apoios aos doentes, sua família e cuidadores. Paralelamente neste campo, é de salientar o papel fundamental que as organizações de doentes representam, agregando e defendendo os interesses comuns de quem vive com uma doença rara, impondo-se como parceiros essenciais na divulgação, no incentivo da investigação dirigida, no apoio global e defesa do Doente Raro, com participação alargada em trabalho de rede, procurando que nenhum doente com doença rara seja esquecido. Muito se tem feito e muito mais se fará com a colaboração de todos.

*O texto foi redigido, pelo autor, de acordo com antigo Acordo Ortográfico.

Ligações:
1. Programa Nacional para Doenças Raras: https://ec.europa.eu/health/ph_threats/non_com/docs/portugal.pdf
2. Orphanet: http://www.orpha.net/national/PT-PT/index/sobre-doenças-raras/
3. «Useful Information on Rare Diseases from an EU Perspective» (PDF). European Commission: http://ec.europa.eu/health/rare_diseases/policy/index_en.htm
4. https://ec.europa.eu/health/non_communicable_diseases/rare_diseases_en
5. https://www.eurordis.org/pt-pt/doencas-raras
6. www.aliancadoencasraras.org

Dra. Elisa Leão Teles - Pediatra, Centro de Referência de Doenças Hereditárias do Metabolismo do Centro Hospitalar Universitário São João, Porto

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Durante o evento decorrem 4 Simpósios
Um dos maiores Congressos internacionais irá decorrer 100% em formato digital e contará com a colaboração da APNEP, do Ganepao...

Nos próximos dias 27 e 28 de fevereiro realiza-se o VII Congresso Anual da ASCI – Associação de Apoio ao Serviço de Cuidados Intensivos - com o mote “E de Repente tudo Mudou...”, cujo tema em destaque assentará no combate à pandemia Covid-19 e inevitáveis alterações que a mesma trouxe aos profissionais de saúde. Apesar deste tema comum, o congresso aposta na diversidade de assuntos e de palestrantes nacionais e internacionais, que se distribuirão por 3 salas em simultâneo, onde serão discutidas desde questões mais técnicas até às últimas novidades na área.

O congresso encontra-se acessível a todos os profissionais de saúde, mediante pagamento de inscrição e com acesso a todas as palestras, sendo grátis para todos os profissionais de CHUP e para sócios APNEP.

Estão inscritos cerca de 3000 congressistas, com a possibilidade de assistirem a mais de 200 palestras, proferidas por cerca de 200 palestrantes, 26 dos quais internacionais.

Para Anibal Marinho, Presidente da APNEP e Presidente da organização do VII Congresso Internacional de Cuidados Intensivos, “esta será a altura ideal para fazer uma reflexão intercalar, sobre o extraordinário caminho percorrido pela especialidade neste primeiro ano de pandemia. Altura para partilharmos experiências e otimizar cuidados, mas acima de tudo aproveitar a oportunidade para alertar a todos os participantes que a nossa atuação vai muito para alem de conseguirmos evitar a rutura do sistema nacional de saúde”.

O Presidente da APNEP acrescenta ainda que “No futuro iremos ser confrontados com uma significativa franja de população que foi afetada pela infeção por SARS-COV2 que vai necessitar de cuidados nutricionais e de reabilitação motora e cognitiva por um período prolongado. Teremos também que nos preocuparmos com o estado de saúde, associado a carência nutricional de inúmeros doentes que não tiveram infeção por SARS-Cov2, mas que viram os seus cuidados de saúde descurados, com neoplasias em estádios mais avançados ou com outro tipo de doenças crónicas que não foram sendo controladas de uma forma eficaz durante o período de pandemia”

O Simpósio Nutricia decorrerá no dia - 27 Fev - 15h - 16h30

No simpósio Nutricia conta com a participação de Emanuel Cereda, Md. PhD na Fondazione IRCCS Policlínico San Mateo, que irá partilhar a sua experiência clínica na gestão nutricional do doente covid- 19 numa das zonas mais afetadas pela pandemia, a zona da Lombardia em Itália.

Promover a literacia em saúde
Resultado de uma candidatura da Plataforma Saúde em Diálogo, o Projeto Espaço Saúde 360º Algarve foi apresentado recentemente e...

O Espaço Saúde 360º Algarve tem como objetivo combater o problema social da iliteracia em saúde através de uma abordagem personalizada, centrada no cidadão e assente em parcerias e colaborações locais, tais como municípios, freguesias, instituições particulares de solidariedade social, associações de doentes e outras entidades públicas e privadas na área social e da saúde. Neste momento, apesar da conjuntura pandémica e do confinamento, conta já com 40 beneficiários, mas a ambição para os próximos dois anos é alcançar os 500, alargando o projeto a várias freguesias do interior algarvio, de forma a impulsionar a qualidade de vida dos idosos e da comunidade, especialmente fora dos grandes centros urbanos. 

Os utentes do projeto, através do Plano de Ação Individual, têm acesso a um conjunto de atividades adaptadas às suas necessidades, tais como sessões informativas sobre saúde e prevenção da doença, sessões e workshops de nutrição, sessões de navegação no sistema de saúde, atividade física adaptada e yoga. Os utentes dispõem ainda de exercícios de estimulação cognitiva, promoção de competências socioemocionais, encontros com associações de doentes, atendimentos psicossociais, sessões sobre literacia na área do medicamento e outras atividades de saúde e bem-estar, já dinamizadas por entidades parceiras na comunidade.

Face à situação atual, as atividades do projeto estão a decorrer por meios telemáticos. Aos idosos que não têm acesso a internet, nem possuem literacia digital, as atividades são enviadas pelo correio para que assim possam cumprir o Plano de Ação Individual.

«Sabemos que a iliteracia em saúde é um problema social global com impacto tanto para o cidadão como para os sistemas de saúde. São vários os estudos que têm vindo a demonstrar que um nível inadequado de literacia em saúde tem implicações na utilização dos recursos e serviços de saúde, nomeadamente no que diz respeito a uma maior sobrecarga do sistema, ao aumento da prevalência e da gravidade de algumas doenças crónicas, assim como a um maior do número de hospitalizações», afirmou Rosário Zincke, presidente da Plataforma Saúde em Diálogo. E acrescenta: «O Algarve foi das primeiras regiões do país a acolher este projeto devido às suas características geográficas e pelo facto de os indicadores de saúde anteverem a sua necessidade. Acreditamos que juntos podemos mudar este paradigma de forma inovadora e adaptada à população».

Esta iniciativa, inspirada pelas diretrizes e objetivos macro definidos no Plano de Ação para a Literacia em Saúde 2019-2021, da Direção Geral da Saúde, está alinhada com os princípios da coesão social e territorial. É apoiada pelo Programa de Promoção da Operacional Regional do Algarve (CRESCAlgarve) e pela Portugal Inovação Social, através de Fundos da União Europeia.

Semana da Epilepsia
No próximo dia 8 de março, vai decorrer, em formato virtual, a cerimónia de abertura da Semana da Epilepsia, organizada pela...

Este ano, a LPCE abre as portas à campanha “Eu sou mais do que Epilepsia” e, através deste mote, procura sensibilizar a sociedade e o governo para as barreiras de quem vive com epilepsia, as inovações nos tratamentos e os próximos passos a traçar. Desta forma, para dar vida a esta iniciativa, podemos contar, durante a cerimónia, com a participação de Francisco Pinto e Dílio Alves, antigos Presidentes da LPCE, Manuela Santos, atual Presidente da LPCE, da neuropediatra Cristina Pereira e das neurologistas Cristina Rosado e Joana Parra. Um momento de discussão que espelha o futuro da epilepsia.  

“Esta iniciativa tem como objetivo assinalar os 50 anos da LPCE, que ao longo dos anos tem tido uma contribuição relevante no apoio da formação em epilepsia, na melhoria da prestação de cuidados e na literacia em saúde das pessoas com epilepsia e da população em geral. Para isso, ao longo da semana, será possível assistir a vários webinares, workshops, palestras e simpósios.” destaca Manuela Santos, presidente da LPCE e reforça que “caminhamos a largos passos para garantir que os doentes com epilepsia tenham o máximo de controlo da sua vida”. 

Esta semana marca ainda a realização do 33.º Encontro Nacional de Epileptologia (33ºeENE), que se realiza nos dias 12 e 13 de março e terá como tema transversal os avanços nas diversas áreas da epilepsia durante os últimos 10 anos. 

 

Webinar: Blueprint for Action on Diabetes in the European Union by 2030
As prioridades a serem abordadas nos próximos dez anos para travar a ascensão da pandemia da diabetes vão ser discutidas amanhã...

Este webinar conta com a participação da eurodeputada Marisa Matias, com o diretor clínico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), João Filipe Raposo e com uma mensagem em vídeo da Ministra da Saúde, Marta Temido. O objetivo é apresentar um plano que apoia a criação de uma União Europeia da Saúde, o reforço dos mandatos do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e a Agência Europeia dos Medicamentos (EMA) e o alinhamento com as prioridades do Programa EU4Health no que diz respeito às doenças não transmissíveis.

“Na União Europeia cerca de 32 milhões de pessoas vivem com diabetes e, em toda a Europa, os números rondam os 59 milhões. Além deste impacto, é importante frisar que a diabetes também representa 9% do total de despesas europeias com saúde, registos avassaladores que continuam a aumentar. É assim fundamental destacar as prioridades definidas no plano de ação da diabetes para travar a ascensão de uma pandemia que preocupa cada vez mais os especialistas e é um importante fator de risco para outras doenças não transmissíveis, como, por exemplo, o cancro e as doenças cardiovasculares.” destaca João Filipe Raposo.

Com o intuito de reforçar a importância de uma resposta rápida e prioridades na área da diabetes, o plano de ação contempla ainda uma transformação digital do setor da saúde, estimular a adoção de ferramentas e tecnologias inovadoras para apoiar as pessoas com diabetes e promover o desenvolvimento de sistemas de dados padronizados em toda a União Europeia, incluindo registos da diabetes.

“A tecnologia e a digitalização são ferramentas naturais no apoio à pessoa com diabetes, pois trata-se de uma doença que requer muitos cálculos, dados e autogestão para toda a vida. Junte-se a este cenário os avanços recentes em medicamentos e novas tecnologias e percebemos que temos de capacitar os doentes e os nossos serviços ligados à saúde, para que possamos proporcionar ganhos significativos para a saúde e bem-estar das pessoas com diabetes.” refere João Filipe Raposo.

Esta iniciativa reforça ainda a importância do acesso a medicamentos e dispositivos, seguindo um modelo justo e adequado às tecnologias de saúde. E tem também um grande foco na saúde mental, com apoio psicológico integrado como componente fundamental do tratamento da diabetes, apostando em força no investimento para a investigação e inovação para melhorias futuras na prevenção e gestão da diabetes.

Dia 28 de fevereiro
A Direção-Geral da Saúde e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge organizam, no próximo dia 28 de fevereiro, um...

O evento, subordinado ao tema “Somos muitos; Somos Raros; Somos Fortes e estamos orgulhosos” é organizado em colaboração com a Comissão Interministerial de Coordenação da Estratégia Integrada para as Doenças Raras, com o Mirror Group Português do Programa Europeu Conjunto para as Doenças Raras e em conjunto com as associações de apoio às doenças raras e outros profissionais dedicados a esta área.

Pretende-se promover o debate sobre as doenças raras em Portugal, abordando-se, entre outros temas, os resultados de cinco anos da Estratégia Integrada para as Doenças Raras, as redes europeias de referência, as respostas e os apoios educativos e sociais, bem como um balanço da utilização dos medicamentos órfãos.

O Dia Internacional das Doenças Raras, integrado na iniciativa mundial da rarediseaseday.org® (https://www.rarediseaseday.org/), assinala-se em todo o mundo no último dia de fevereiro e tem como objetivo principal sensibilizar o público e os decisores políticos para as doenças raras e o seu impacto na vida dos doentes e famílias.

A participação é gratuita, contudo, carece de inscrição prévia até dia 26 de fevereiro, às 17 horas, através do Formulário.

 

Relatório DGS
Segundo dados da Direção Geral da Saúde, cerca de 250 mil cidadãos já receberam as duas doses da vacina para a Covid-19. A...

Os dados divulgados pela DGS mostram que, desde o início do plano de vacinação contra o SARS-CoV-2 (causadora a doença Covid-19) em 27 de dezembro, já receberam pelo menos uma dose da vacina 433.475 pessoas, tendo sido inoculadas na última semana 96.701 pessoas.

Na região Centro encontram-se vacinadas 163.749 pessoas, mais 34.271 que na passada semana, correspondendo a 4% da população, enquanto no Alentejo estão 51.347 pessoas com as duas doses da vacina, mais 6.683, representando, igualmente 4% da população.

Lisboa e Vale do Tejo é a região com mais vacinas administradas 221.815, mais 49.844 que na semana anterior, correspondendo a 2% da população, enquanto na região Norte a vacinação completa foi administrada a 219.961 pessoas, mais 47.000.

Na região do Algarve encontram-se vacinadas 23.995, mais 5.236 que na semana anterior, correspondendo igualmente a 2% da população da região.

De acordo com o relatório da DGS, 52.470 pessoas com 80 ou mais anos já têm a vacinação completa, ou seja, as duas doses da vacina, o que representa 8% da população desta faixa etária, sendo que 126.259 pessoas com 80 ou mais anos receberam a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus, o que representa 19%.

As faixas etárias entre 25–49 anos e 50-64 são aquelas que surgem em segundo lugar da tabela como com a vacinação completa, representando ambos 3%, correspondendo 102.757 e 61.291, respetivamente.

São também estas as faixas etárias com maior número de pessoas com a primeira vacina administrada: 154.192 (na faixa etária 25-49 anos) e 102.444 (50-64 anos).

Já na faixa etária dos 65 aos 79 anos, encontram-se inoculados 36.921, ou seja, 2%, tendo a vacinação completa 24.108 pessoas, igualmente dois por cento da população nesta faixa etária.

Segundo o relatório semanal, agora divulgado, já foram distribuídas 718.143 doses das 830.730 que o país recebeu.

Conteúdo Patrocinado
Hemp seed oil é o óleo extraído especificamente das sementes de cânhamo.

Ao consumir este óleo terá muitos benefícios para a sua saúde, porque para além de prevenir muitas doenças, verá muitos resultados tanto na pele, como nas unhas e cabelo.

Conheça os 12 benefícios do Óleo de Sementes de Cânhamo para a saúde:

Para o Cérebro

O óleo de semente de cânhamo é composto de ácidos gordos essenciais, que são fundamentais para o desenvolvimento cerebral. O DHA (ácido docosa-hexaenóico / ómega 3) é essencial para a saúde do cérebro, e para a retina dos olhos, em especial no primeiro ano de vida. As mães que incluem este óleo na alimentação/suplementos durante a gravidez reforçam a proteção do bebé em desenvolvimento.

Para o Sistema Imunitário

Os ácidos gordos essenciais, presentes no óleo de semente de cânhamo têm mostrado que estimulam a flora intestinal e apoiam o sistema imunitário. Isto é muito benéfico durante a temporada das gripes e constipações.

Para a Saúde do Coração

O óleo de semente de cânhamo é composto por uma proporção de ácidos gordos ómega-6 e ómega-3 – o equilíbrio que tem sido comprovado para apoiar a saúde do coração e melhorar de forma adequada a função cardiovascular. Este tipo de nutrição pode ajudar em numerosos processos biológicos e até mesmo ajudar a prevenir diversas doenças degenerativas.

Para as Inflamações

As pessoas que têm doenças inflamatórias a longo prazo podem consumir o óleo de semente de cânhamo. O óleo de semente de cânhamo é muito rico em ácidos gordos essenciais ómega-3 e ómega-6 – que são altamente anti-inflamatórios. Estes tipos de ácidos gordos são essenciais para o corpo reduzir as inflamações sistemáticas. Com o uso regular, vêm-se grandes melhorias na inflamação, dor e artrites.

Para a Suplementação 

Tomar o óleo de semente de cânhamo como um suplemento, é um método eficaz para aumentar os ácidos gordos ómega-3 na dieta diária. Este é um nutriente essencial para o desenvolvimento do cérebro, saúde do sistema imunológico, bem como a regulação do humor. 

Para a Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla é uma doença rara e perigosa, que provoca a degeneração do sistema nervoso. Esta doença afeta principalmente os adultos e os jovens. Um estudo recente constatou que a suplementação e uma dieta adequada, juntamente com óleo de semente de cânhamo, melhoram a saúde dos pacientes com esclerose múltipla. Este fato é relacionado com a biodisponibilidade de nutrientes a partir desses óleos.

Para a Pele

Hidratante: O óleo de semente de cânhamo é um hidratante natural e não oleoso

Antienvelhecimento: O óleo de semente de cânhamo tem efeitos antienvelhecimento na pele. Aumenta a composição de lipídios (gordura dentro da camada mais externa) e melhora o funcionamento global da pele.

Para o Tratamento do Acne

Ao usar o óleo de semente de cânhamo na dieta, tem efeitos benéficos sobre o acne. O teor de ómega-3, ajuda o corpo a diminuir a inflamação da pele, diminuindo a vermelhidão e acne.

Para a Dermatite Atópica

As pessoas que sofrem de dermatite atópica geralmente têm a pele seca, uma vez perdem uma quantidade excessiva de humidade. Estudos, revelam que o uso de óleo de semente de cânhamo pode ajudar a eliminar estes sintomas.

Para o Cabelo

O óleo de semente de cânhamo oferece ao couro cabeludo uma quantidade de aminoácidos vitais. Pode ser utilizado em tratamentos de capilares (cabelo e couro cabeludo). Ao usar o óleo de semente de cânhamo no couro cabeludo previne a queda de cabelo. Por outro lado, também melhora a saúde do couro cabeludo. O ómega-3 contido neste óleo, reforça a textura do cabelo, deixando-o mais forte e brilhante.

Para os Distúrbios Digestivos 

O óleo de semente de cânhamo é rico em fibras solúveis que mantêm o trato digestivo saudável e limpo, contribuindo para a redução dos distúrbios digestivos, como prisão de ventre e inchaço.

Para a Diabetes

As sementes de cânhamo também trazem benefícios para o caso de ser vulnerável a diabetes, ou mesmo se é diabético, uma vez que modera os níveis de açúcar.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

Páginas