Candidaturas abertas até 15 de março
O EIT Health lança o programa Wild Card pelo quarto ano consecutivo, desta vez com o objetivo de encontrar start-ups que...

Só na Europa, estima-se que mais de 30 milhões de pessoas sejam cegas ou amblíopes. Em média, 1 em cada 30 europeus padece de falta de visão. Este problema agrava-se nos idosos, onde 1 em cada 3 indivíduos com mais de 65 anos enfrenta este problema. Além disso, estima-se que os custos diretos dos cuidados de saúde com doenças oculares na Europa sejam superiores a 18 mil milhões de euros por ano, de acordo com um estudo desenvolvido por 11 Estados-Membros da UE. Para ajudar a encontrar uma solução para estes problemas, o EIT Health escolheu  os cuidados oculares e visão  como um dos seus desafios no  programa EIT Health Wild Card de 2021.  Assim, o EIT Health convida os talentos mais inovadores de toda a Europa a tentar encontrar uma solução que mitigue, previna e cure as condições oculares e a deficiência visual.

O outro desafio na competição é a gestão da dor. Neste caso, a questão a responder é qual a melhor forma de aliviar a condição de dor aguda e crónica. Ao compreender como e porque é a dor gerada nas mais variadas condições, as soluções inovadoras a este nível terão um impacto verdadeiramente significativo na vida do paciente.

O percurso dos selecionados começa com um hackathon: desde logo, são colocados à prova ao longo de todo o processo, desde a formação das equipas, pensamento crítico, validação de modelo de negócio e pitching. Finalmente, os participantes irão apresentar a sua solução a um painel de líderes do setor, com o objetivo de garantir um lugar nas finais. Nesta última fase, cabe-lhes demonstrar quais os motivos pelos quais o EIT Health deve investir e incorporar o projeto no seio da organização, e, com isso, lançar a solução no mercado. Como resultado de todo este processo de seleção, até duas equipas terão direito a dois anos de apoio contínuo dos Gestores de Projetos do EIT Health, de mentores de referência e de coaches da organização, bem como acesso à rede e parceiros da EIT Health.  Para além disso, cada equipa receberá até 750.000 euros de financiamento por ano.

 "Numa análise junto de especialistas do setor, selecionámos os cuidados oculares e visão e a gestão da dor como setores críticos que necessitam de inovação. O potencial para melhorar a vida dos doentes e dos cidadãos em toda a Europa e além-fronteiras está nas mãos de talentos que podem moldar os cuidados de saúde nestas áreas. Estamos entusiasmados por conhecer os inventores do futuro e apoiá-los, no sentido de implementarem novas soluções que possam mudar vidas", explica Jorge Juan Fernández García, Diretor de Inovação do EIT Health.

No decorrer das três primeiras edições do EIT Health Wild Card, duas start-ups portuguesas foram apoiadas no desenvolvimento da sua solução.

Em 2018, primeiro ano do Programa, destaque para a ABTrace, start-up selecionada para trabalhar num dos maiores desafios da saúde: a resistência aos antimicrobianos (AMR). Um ano mais tarde, a iLoF foi criada após a participação dos membros da equipa no EIT Health, Wild Card. Ao focar-se nas sucessivas falhas que se registam em ensaios clínicos de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer, a solução visa melhorar o processo de triagem de ensaios clínicos e acelerar a descoberta de medicamentos em doenças que registem poucas ou nenhuma opção de tratamento.

Já os dois desafios escolhidos pelo EIT Health Wild Card em 2020 foram a saúde das mulheres e a terapêutica digital. Uma das equipas apoiadas, a espanhola MiMARK, está focada em melhorar a precisão e eficiência dos diagnósticos para o cancro do útero; enquanto a outra equipa que recebeu apoio do EIT Health, a Orbit, da Alemanha, encontra-se a desenvolver uma solução de inteligência artificial que permite uma personalização eficaz do tratamento para a doença de Parkinson.

Para mais informações sobre o processo de candidatura do programa EIT Health Wild Card 2021, visite o  wildcard.eithealth.eu, ou junte-se ao webinar wild card no dia 16 de fevereiro de 2021.

Conselho de Ministros
O atual nível de confinamento vai manter-se durante o mês de março, considerando que este não é o momento de começar a ...

“Nós temos que manter o atual nível de confinamento, seguramente para os próximos 15 dias e que devemos assumi-lo realisticamente que o teremos que manter ainda durante o mês de março”, afirmou António Costa.

O primeiro ministro sublinhou que “o confinamento está a produzir resultados e é merecido um agradecimento aos portugueses pelo sentido cívico com que o têm vindo a cumprir”. Assim o demonstra a descida do índice de transmissibilidade (Rt) que se encontra atualmente em 0,77, “o mais baixo que o país já teve desde o início da pandemia e que é muito visível na redução efetiva de novos casos diários, que depois de um fortíssimo crescimento no mês de janeiro tem vindo nas últimas semanas a ter uma quebra muito significativa”, adiantou o Primeiro-Ministro.

O governante alertou ainda para dois fatores de risco: Portugal vai receber menos vacinas contra a covid-19 do que estavam previstas para o primeiro trimestre deste ano e as novas variantes do vírus.

 

 

 

 

ARS Centro
A última análise da Administração Regional de Saúde do Centro mostra que os hospitais da região registaram uma descida do...

As taxas de ocupação nas enfermarias e nas unidades de cuidados intensivos baixou de 83% para 79% e de 84% para 78%, respetivamente.

Os hospitais da região Centro emitiram na quarta-feira 89 altas para doentes em enfermaria e duas nos cuidados intensivos, tendo ainda registado 26 óbitos em meio hospitalar, menos cinco que no dia anterior.

No setor social, privado, militar e Estruturas de Apoio de Retaguarda encontram-se internados 75 doentes com covid-19 (menos cinco do que no dia anterior), em 123 camas ativas.

 

Estudo da Universidade de Aveiro
Vacinar primeiro os ‘super disseminadores’ da covid-19 limita muito mais a propagação do coronavírus e pode diminuir o número...

“Concluímos que dar maior atenção e mesmo vacinar primeiro os ‘super disseminadores’ torna o protocolo de vacinação mais eficiente e permite salvar muitas mais vidas”, garante José Fernando Mendes, investigador do Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação (I3N) e do Departamento de Física da UA.

Através de um modelo epidemiológico, José Fernando Mendes e seus colaboradores brasileiros mostram que se o país vacinar 20 por cento da população da faixa etária situada entre os 30 e os 39 anos – uma faixa que representa 2,5 por cento da população nacional e onde os cientistas colocam o grosso dos ‘super disseminadores’ que podem ter um poder de disseminação do coronavírus até 10 vezes mais do que a média da população dessa faixa etária (no estudo usaram-se valores entre 3 e 10 e dois valores de eficácia da vacina de 70 a 95 por cento) – e, reportando, por exemplo, ao contexto pandémico de janeiro, o país teria menos 2 ou 3 mil mortes dependendo do cenário usado. O estudo prevê também que no melhor dos cenários no final do ano atingir-se-á um número total de mortes a rondar os 21000.

Neste trabalho, explica, “mostramos com base num modelo epidemiológico qual a importância dos nodos da rede social com elevado número de contatos - designamos por ‘super disseminadores’ -, ou seja, muito superior ao da média da população, sobre a eficácia da estratégia de vacinação”.

Todos os profissionais de saúde, professores de todos os níveis de ensino, trabalhadores de transportes públicos, trabalhadores de supermercados e outros que lidam diretamente com um grande número de pessoas são, aponta José Fernando Mendes, exemplos de possíveis ‘super disseminadores’.

No trabalho a equipa de cientistas mostra que a escolha criteriosa de quem vai compor o primeiro grupo a ser vacinado “pode impactar significativamente tanto no número total de óbitos quanto na procura por cuidados de saúde”.

“Argumentamos com base nesta abordagem, que não coincide com as propostas atuais, a nossa proposta deve ser considerada por todas as autoridades participantes no desenho do protocolo de vacinação covid-19, com o intuito de minimizar o número de mortes”, apela José Fernando Mendes.

Dos resultados alcançados, e dependendo da efetividade da vacina e do número de contatos dos ‘super disseminadores’, o trabalho conclui que optando por uma estratégia de vacinação que passe primeiro por estes potenciais transmissores do coronavírus, o número de mortes a menos poderá alcançar valores na ordem dos milhares.

“O principal desafio no presente contexto da epidemia SARS-CoV-2 é claramente vacinar o maior número de pessoas, no menor espaço de tempo, para uma redução máxima do número de mortes, e limitar os impactos econômicos inevitáveis”, aponta o investigador José Fernando Mendes. No entanto, aponta o especialista em Sistemas Complexos e Redes Complexas do Departamento de Física da UA, “a vacinação em grande escala com o objetivo de alcançar a imunidade de grupo apresenta muitas dificuldades logísticas e sociais”.

“A heterogeneidade populacional ao nível dos contatos pode ter efeitos relevantes na disseminação da pandemia e deve ser considerada com cuidado ao se planear uma estratégia de vacinação. Trabalhos anteriores sobre redes organizadas com uma tipologia de conectividades sem escala mostram que a escolha de quem deve ser vacinado primeiro pode ter um grande impacto na evolução de uma epidemia”, aponta.

Para detetar falhas no agendamento
Cerca de 200 pessoas com mais de 80 anos começam amanhã a ser vacinadas contra a Covid-19 no Pavilhão Multiusos de Viseu, no...

“Amanhã [sexta-feira], vamos iniciar aqui uma experiência-piloto, que é a nível de toda a região Centro. É para tentarmos ver inconformidades e deficiências para que possamos, quando entrarmos em velocidade cruzeiro, termos praticamente as coisas todas buriladas”, disse hoje aos jornalistas o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões, António Cabrita Grade, no final de uma visita ao espaço.

Segundo o responsável, serão administradas no centro de vacinação do Pavilhão Multiusos de Viseu “200 vacinas para os utentes selecionados”.

“As 200 vacinas são só para a experiência-piloto aqui em Viseu, com a USF [Unidade de Saúde Familiar] Lusitana”, explicou, acrescentando que nos restantes concelhos do ACES ainda não começará a vacinação das pessoas com mais de 80 anos.

 

Covid-19 em Portugal
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 167 mortes e 3.480 novos casos de infeção por Covid-19. O número de doentes internados...

Segundo o boletim divulgado, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser aquela onde morreram mais pessoas com Covid-19: 86 das 167 mortes registadas em todo o País. Seguem-se as regiões norte com 39 e centro com 22. No Alentejo há 11 mortes a lamentar e no Algarve seis.

Quanto aos arquipélagos, apenas a Madeira registou mais três mortes desde o último balanço.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 3.480 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1.846 novos casos e a região norte 709. Desde ontem foram diagnosticados mais 518 na região Centro, no Alentejo 101 casos e no Algarve mais 148. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 152 infeções e no dos Açores seis novos casos.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 5.570 doentes internados, menos 259 que ontem. Já as unidades de cuidados intensivos têm atualmente mais 836 doentes, também menos 17 desde o último balanço.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 8.263 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 645.122 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 118.362 casos, menos 4.950 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância também menos 7.268 contactos, estando agora 155.298 pessoas em vigilância.

Informação especializada
Com o objetivo de fornecer mais e melhor informação sobre as diferentes áreas da saúde, o Atlas da Saúde juntou-se à Clínica...

"Em termos da linha editorial que seguimos no Atlas da Saúde desde o seu lançamento, esta parceria vem mais uma vez contribuir para a difusão de conteúdos para o Grande Público, elaborados por quem mais sabe do tema, permitindo desmistificar conceitos e mitos, além de informar com a mais alta qualidade e precisão”, explica Bruno Guedes da Silva, diretor do Atlas da Saúde.

“A área da intervenção estética mais ou menos invasiva merece como muitas outras, um enorme cuidado quanto à qualidade das informações prestadas, até porque ao longo dos anos, a procura por este tipo de tratamentos tem aumentado, bem como o seu acesso democratizado e como tal o Grande Público deve ter à sua disposição as mais completas informações”, acrescenta satisfeito com esta parceria, sublinhando que Ângelo Rebelo é um dos mais reconhecidos cirurgiões plásticos do país.

“Sendo a clínica Milénio umas das, senão a percursora desta área em Portugal, estando sempre na vanguarda dos mais recentes tratamentos e procedimentos, é para nós francamente positivo poder contar com a sua ajuda em termos de conteúdos e sua divulgação no Atlas da Saúde”, reforça.

A Clínica Milénio existe há 24 anos e é composta por uma equipa de mais de duas dezenas de médicos de várias especialidades. Para além da Cirurgia e Medicina Estética, a Clínica disponibiliza consultas de Nutrição, Medicina Dentária, Sexologia, Ginecologia, entre outras.

 

 

Doentes com menos de 50 anos com doenças crónicas e raras deviam ser incluídos
A Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN) alerta para o notório esquecimento e desvalorização dos doentes de risco, com...

“Existem pessoas com menos de 50 anos, com doenças crónicas e raras, que deveriam estar incluídas na 1.ª fase de vacinação. Pela sua condição física foram consideradas frágeis e aconselhadas a estar em isolamento. Estão em casa, para sua própria proteção, há mais de 10 meses. Sem alternativas”, alerta Joaquim Brites, presidente da APN.

Na 1.ª fase de vacinação estão incluídas as pessoas com idade igual ou superior a 50 anos, com pelo menos uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal, doença pulmonar obstrutiva crónica ou doença respiratória crónica sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia de longa duração.

 Contudo, Joaquim Brites salienta que muitos dos doentes com menos de 50 anos, alguns até com uma esperança média de vida inferior, são “pessoas frágeis e ansiosas por alguma liberdade”. “Se são consideradas prioritárias para isolamento, também lhes deveria ter sido atribuída alguma prioridade no que respeita à vacinação”, conclui.

 

 

 

Ministra da Saúde quer 70% da população vacinada até ao verão
Cerca de 15 mil bombeiros voluntários, sapadores e municipais começaram hoje a ser vacinados contra a Covid-19, num processo...

A Ministra da Saúde que esteve presente no arranque da vacinação dos bombeiros, Centro de Saúde da Damaia, afirmou que “só foi possível chegar até aqui porque temos trabalhado com outros sectores”. Marta Temido aproveitou a ocasião para reforçar a meta do Governo de ter “70% da população vacinada até ao fim do verão”.

A governante teve ainda uma palavra de agradecimento para os profissionais de saúde e para o trabalho que tem sido feito pelas autoridades de saúde, nomeadamente no desenvolvimento dos rastreios e inquéritos epidemiológicos.

A Ministra da Saúde relembrou que após a vacinação a população não poderá deixar de cumprir as regras de higienização e de distanciamento físico.

“A vacina ajuda à proteção, mas não é um escudo completo, e, portanto, o resto das medidas têm de ser mantidas e temos de continuar a ter cuidados”, alertou.

Marta Temido acrescentou que é necessário ter em atenção as novas variantes, de modo a preservar a saúde para que “o mais depressa possível” se regresse à normalidade. 

Durante a ocasião estiveram também presentes o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, a Secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, e o secretário de Estado Coordenador para o combate à pandemia na Região de Lisboa e Vale do Tejo, Duarte Cordeiro.

 

Resposta da União Europeia a futuras pandemias
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Emergência Médica ...

Em comunicado, estas instituições fazem saber que o objetivo do projeto PANDEM-2, é “desenvolver processos e sistemas de informação para melhorar a preparação e resposta da União Europeia (UE) a futuras pandemias”.

O papel do INSA e a DGS incidirá sobre as áreas dos sistemas de vigilância, desenho da resposta pandémica e formação e disseminação das soluções desenvolvidas.

O INEM participar no planeamento, implementação, simulação e treino de algumas das ferramentas.

De acordo com estas três instituições, os processos e sistemas de informação desenvolvidos vão permitir simular diferentes cenários e as respetivas respostas possíveis, de forma a melhorar, por exemplo, a gestão de recursos essenciais como camas de internamento, equipamentos de proteção individual e vacinas.

As soluções que resultarem da iniciativa “permitirão uma resposta coerente e eficaz a uma próxima pandemia”, através de uma melhor análise de dados em tempo real, partilha de informação entre os países e adoção de políticas comuns, em comparação com aquilo que tem sido a resposta à pandemia da covid-19.

O aumento populacional, as viagens internacionais e os fatores ambientais, que aumentam a possibilidade de transmissão de doenças de animais para humanos, são algumas das áreas em que o projeto pretende contribuir para a partilha de informação e adoção de políticas comuns-

Este projeto é liderado pela Universidade Nacional da Irlanda e reúne líderes europeus das áreas da saúde, segurança, defesa, microbiologia, comunicação, tecnologias da informação e gestão de emergência.

O conselho consultivo integra a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doença (ECDC).

No total, o projeto é financiado em 9,75 milhões de euros através do programa Horizonte 2020 da União Europeia para a investigação e inovação e terá a duração de dois anos.

Apresentação de propostas
O Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho com vista à apresentação de propostas para melhorar o acesso à Procriação...

De acordo com o site, o despacho, assinado pelo Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, reconhece que a “PMA é uma medida de justiça social que garante aos cidadãos o direito a constituir família com filhos, em especial, aqueles que se veem impedidos de aceder às técnicas por razões de ordem económica e social» e que, por isso, cabe «ao Estado a garantia de acesso a tratamento e cuidados de saúde de qualidade, compreensivos e atempados à população”.

Nesse contexto, “o grupo de trabalho, coordenado pela Direção-Geral da Saúde e composto por membros de vários organismos, como a Administração Central do Sistema de Saúde, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Enfermeiros, a Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, a Associação Portuguesa de Fertilidade e de cada banco e centro público autorizado a ministrar as técnicas de PMA”, tem com objetivo a promoção de “um amplo debate e apresentar um relatório de avaliação do alargamento dos programas públicos de PMA e a definição de estratégias de promoção de doações ao Banco Público de Gâmetas”. Para tal, foi definido um prazo de 90 dias para que este grupo apresente as suas propostas. 

 

 

 

Novo uso terapêutico
A aprovação é sustentada pelos dados de três estudos clínicos principais na artrite psoriática e na espondilite anquilosante,...

A Comissão Europeia (CE) aprovou upadacitinib (15 mg), um inibidor de JAK seletivo e reversível, de administração oral diária única, para o tratamento da artrite psoriática ativa (PsA) em doentes adultos que tiveram uma resposta inadequada ou que são intolerantes a um ou mais DMARDs. Upadacitinib pode ser utilizado em monoterapia ou em combinação com metotrexato, estando igualmente indicado para o tratamento da espondilite anquilosante (EA) ativa em doentes adultos que tiveram uma resposta inadequada à terapêutica convencional.

Esta aprovação é sustentada pelos dados dos três ensaios clínicos principais (SELECT-PsA 1, SELECT-PsA 2 e SELECT-AXIS 1) que demonstram a eficácia de upadacitinib em vários indicadores de atividade da doença.

“A artrite psoriática e a espondilite anquilosante têm um impacto significativo em muitos aspetos da vida das pessoas que sofrem destas patologias”, afirmou Tom Hudson, vice-presidente sénior de I&D e responsável científico da AbbVie. “Estamos entusiasmados em poder disponibilizar upadacitinib como uma nova opção terapêutica para os doentes com PsA e como a primeira opção terapêutica da classe para os doentes com EA. Estas aprovações constituem marcos importantes no nosso compromisso com o desenvolvimento de um portefólio de soluções que melhorem os cuidados prestados às pessoas afetadas por doenças reumáticas.”

“A artrite psoriática e a espondilite anquilosante são doenças multifacetadas, que podem provocar dor intensa, restrições na mobilidade e danos estruturais permanentes”, afirmou Iain McInnes, Professor de Medicina e Professor de Reumatologia da Versus Arthritis na Universidade de Glasgow, Reino Unido. “Nos ensaios clínicos, upadacitinib demonstrou melhoria em diversas manifestações destas doenças. A aprovação de upadacitinib para o tratamento da PsA e da EA coloca à disposição dos médicos na União Europeia uma nova opção terapêutica importante e oferece aos doentes uma nova oportunidade para obter um alívio significativo dos sintomas debilitantes que os afetam.”

A Autorização de Introdução no Mercado significa que upadacitinib está aprovado em todos os estados membros da União Europeia, bem como na Islândia, Liechtenstein e Noruega. Upadacitinib estava já aprovado para o tratamento da artrite reumatoide ativa moderada a grave em doentes adultos que tiveram uma resposta inadequada ou que são intolerantes a um ou mais fármacos anti-reumáticos modificadores da doença (DMARDs).

Serviço trata diariamente uma centena de doentes
No dia em que se comemora o “Dia Mundial do Doente”, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) relembra a...

De acordo com o centro hospitalar, “o Serviço de Radioterapia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra presta assistência aos doentes oncológicos da região centro desde há cerca de 20 anos. A radioterapia é uma metodologia de tratamento essencial, sendo utilizada em mais de metade dos casos de doentes com cancro, em algum momento da evolução da sua doença. Exige equipamentos dedicados, altamente sofisticados, com necessidade de modernização periódica, fruto da evolução tecnológica e do natural desgaste que ocorre com a sua utilização”.

Este serviço, como faz saber, trata diariamente cerca de uma centena de doentes, provenientes de toda a região centro, “sendo assim responsável pelo tratamento de quase metade dos doentes oncológicos sujeitos a radioterapia na região centro”.

“Fruto da maior sensibilidade da população para a doença oncológica e da melhoria gradual das estratégias de diagnóstico e tratamento, o número de doentes oncológicos tratados no CHUC tem vindo a aumentar ao longo dos anos, sendo que em 2019, o ano anterior ao início da atual situação pandémica por Covid-19, foram tratados quase 1500 doentes e realizadas mais de 24 000 sessões de tratamento e 16 000 consultas”, revela o CHUC em comunicado.

A aquisição de dois equipamentos TrueBeam, em conjunto com o acelerador TrueBeam já existente no Serviço desde 2016, irá permitir a todos os nossos doentes o acesso a tratamentos através das técnicas atualmente recomendadas, nomeadamente imagem guiada (IGRT), intensidade modulada (IMRT), arcoterapia com intensidade modulada (VMAT) e técnicas de sincronização com base no ciclo respiratório do doente, vindo assim potenciar a capacidade de tratamento instalada de acordo com os mais elevados padrões de qualidade técnica e científica. Um dos aceleradores integrará ainda a valência de Radiocirurgia, até ao momento inexistente neste Centro Hospitalar.

“A excelência da prestação de cuidados ao doente oncológico é e será sempre o enfoque central da atuação de todos os profissionais do serviço de Radioterapia do CHUC”, pode ler-se no documento. “Para além da atividade assistencial, o serviço de Radioterapia do CHUC é também referência na formação e treino médico na especialidade de Radioncologia e formação pré-graduada de médicos, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e enfermeiros”, pelo que a aquisição destes equipamentos “proporcionarão igualmente maior diferenciação na formação destes profissionais, com a aquisição de competências superiores e impacto no tratamento do doente oncológico, imediato e futuro”.

O centro Hospitalar dá nota ainda de que “a forma como o procedimento pré-contratual decorreu é inovadora para o CHUC, tendo em conta que se tratou de procedimento por locação com opção de compra, previsto no Código dos Contratos Públicos, e que permitiu abdicar do esforço de investimento inicial”.

Permitiu, simultaneamente, a agilidade necessária aos investimentos do SNS, tornando o esforço de investimento menos impactante, possibilitando a sua diluição no tempo e obviando, como já se referiu, à falta de disponibilidade financeira imediata.

Com este investimento, sublinha, “o Serviço de Radioterapia vê solidificado o seu posicionamento na prestação de cuidados de radioterapia da região centro, reforçando a capacidade assistencial do Serviço Nacional de Saúde (SNS) naquela que é uma das suas unidades hospitalares de referência, o CHUC”.

Opinião
Gostaria que este dia fosse um ponto de partida para retomarmos o diálogo entre médicos, doentes e d

O Dia Mundial do Doente foi instituído pela igreja católica em 1992 (após o diagnóstico da doença que viria a vitimar o Papa João Paulo II), com uma dimensão predominantemente espiritual e uma forte vocação caritativa. Em inglês, a designação é “World Day of the Sick”, e não Patient, ou seja, é mais uma referência à pessoa que sofre de uma doença do que ao doente enquanto utilizador dos serviços de saúde. Como tantas outras efemérides de origem religiosa, esta data tem potencialmente um alcance que ultrapassa o universo da fé e que acaba por coincidir com o da própria cultura. E até mais com o de uma cultura humanística do que com o de uma cultura estritamente médica (se esta existir sem aquela).

Em 2020, por esta mesma ocasião, falava-se de como seria um sistema de saúde que respondesse às expectativas, necessidades e valores dos doentes. Uma das mais importantes mudanças de paradigma das últimas décadas, em saúde, é o conceito de “Patient-Centered Care” (Cuidados Centrados no Doente). Resumindo o mais possível os princípios fundamentais deste modelo, ele preconiza: o acesso ágil e não discriminativo ao sistema de saúde; o respeito pelas preferências das pessoas e o seu envolvimento nas decisões (que só é verdadeiramente possível investindo numa estratégia de educação para a saúde); a integração de cuidados, ou seja, a articulação entre as equipas hospitalares e de cuidados primários, de modo a que a transição entre elas se faça sem perdas de continuidade, e procurando desviar o foco da prestação de cuidados dos hospitais para a comunidade, ou mesmo para a casa dos doentes; a priorização do conforto físico e do bem-estar emocional, com envolvimento da família em todas as fases do processo.

O que aconteceu desde esse dia 11 de fevereiro de 2020 – ou, mais concretamente, desde 2 de março de 2020, data do primeiro diagnóstico de Covid-19 em Portugal?

Ninguém tem dúvidas de que houve uma deterioração do acesso a cirurgias, exames, consultas, urgências ou até mesmo a receituário crónico ou a contactos pontuais com os médicos assistentes. Foram também muito evidentes as quebras de continuidade e as dificuldades na transição e integração de cuidados entre hospitais e centros de saúde. A comunicação com os doentes e com as famílias sofreu o impacto das barreiras físicas, mas também das deficiências organizacionais. Muitas vezes as escolhas dos doentes foram menos informadas e mais baseadas num modelo tradicional, paternalista, em que é o médico que decide, ou então adiadas para melhores dias. Em suma, houve um desvio de esforços e de recursos para o combate à pandemia, que deixou em segundo plano alguns avanços que vínhamos fazendo em direção a um modelo Centrado no Doente. Passámos do dia mundial do doente para o ano mundial de uma doença.

Passou um ano. Do meu ponto de vista, não faz qualquer sentido orientar esta reflexão para o apuramento de responsabilidades, técnicas ou políticas, pelo agravamento das dificuldades no sistema de saúde. Dificilmente alguma estrutura sanitária suportaria a avalanche desta pandemia, e isso é visível pelo mundo fora. Esta doença chegou e vai aos poucos ocupar o seu lugar nas nossas vidas, entrar na rotina da prestação de cuidados, normalizar-se. Mais mês, menos mês, vai-nos permitir recentrar e voltar a definir prioridades. Gostaria que este dia fosse um ponto de partida para retomarmos o diálogo entre médicos, doentes e decisores em torno da construção de um projeto de saúde centrado nos doentes e nas necessidades dos doentes.

Era disto que estávamos a falar há um ano, não era?

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo europeu
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) alerta para o impacto da pandemia COVID-19 nas pessoas com diabetes e...

Os resultados mostram que os enfermeiros especialistas em toda a Europa observaram aumentos expressivos de problemas físicos e psicológicos na população com diabetes, sendo que, em Portugal, os riscos a nível psicológico representam mais de metade das preocupações comparativamente aos riscos a nível físico. Os dados refletem ainda a interrupção significativa dos serviços clínicos para a diabetes na Europa.

“Pelo que sabemos, este é o primeiro estudo a avaliar o impacto da Covid-19 em pessoas com diabetes na Europa, a partir das experiências de profissionais de saúde especialistas na doença. É preocupante que, durante este período de grandes necessidades, a pandemia da Covid-19 esteja também a prejudicar a rotina dos cuidados de pessoas com diabetes. É preciso ter presente que a diabetes é uma condição crónica complexa e as pessoas que vivem com ela, necessitam de apoio continuado e interdisciplinar”, explica a enfermeira da APDP, Ana Cristina Paiva, uma das participantes do consórcio de enfermeiros especialistas que desenvolveu o estudo.

No Consórcio Europeu de Enfermeiros Especialistas em Diabetes foi registado um grande acréscimo em problemas clínicos como ansiedade 82% (n = 1486); diabetes 65% (n = 1189); depressão 49% (n = 893); hiperglicemia aguda 39% (n = 710) e complicações nos pés 18% (n = 323). Além disso, 47% (n = 771) dos entrevistados identificaram que o nível de atendimento prestado às pessoas com diabetes diminuiu extrema ou severamente.

Para João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, “a pandemia veio trazer enormes desafios e estes números são o reflexo de uma desigualdade crescente no acesso aos cuidados de saúde que, por toda a Europa, estão, quase em exclusivo, dedicados ao combate à Covid-19. Outro dos fatores preocupantes demonstrados neste estudo foi que 18% dos inquiridos relataram um aumento nas complicações dos pés. Embora seja uma percentagem relativamente pequena em comparação com outros problemas, conhecemos bem as consequências deste tipo de complicações e a importância do exame físico e de uma rápida intervenção.”

O apoio psicológico, assim como o apoio na autogestão e na educação em diabetes foram também avaliados como tendo diminuído extremamente ou severamente durante a pandemia em 34% (n = 551), 31% (n = 499) e 63% (n = 1.027), respetivamente.

“Este estudo vem reforçar a evidência da necessidade de se adaptarem os circuitos de acompanhamento e de apoio para minimizar o impacto da pandemia nas pessoas com diabetes. Na APDP temos desenvolvido todos os esforços para não interrompermos os cuidados e mantermos a mesma capacidade no atendimento, através do recurso à telemedicina em consultas de seguimento, e presencialmente em consultas de primeira vez, do pé, de oftalmologia, entre outras intercorrências.”, explica João Filipe Raposo.

A APDP tem disponível uma linha de atendimento telefónico para prestar aconselhamento especializado a todas as pessoas com diabetes. A Linha de Apoio em Diabetes (21 381 61 61) está disponível das 9h00 às 17h00, incluindo fins de semana e feriados.

16 e 17 de fevereiro
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros (OE) vai organizar webinar focado nas Consultas de Enfermagem à...

Saber+2.0: Webinar Consultas de Enfermagem à Distância - Recomendações é o tema dos próximos webinares que a SRCentro vai dinamizar no dia 16 de fevereiro, a 1ª Edição, e no dia 17 de fevereiro, a 2ª Edição, ambas das 21h às 23h.

Com o aumento significativo da prestação de cuidados de enfermagem à distância durante a pandemia causada pelo COVID-19, para mitigar o impacto causado na população portuguesa que requer cuidados de enfermagem, torna-se fundamental elencar quais as melhores práticas a adotar na aplicação da Telenfermagem, quais os maiores desafios que se apresentam ao realizar teleconsultas e como devem atuar os enfermeiros nestas situações.

Deste modo, nas duas edições irão ser apresentadas recomendações para as consultas de enfermagem à distância, elaboradas pelo grupo de trabalho constituído pela SRCentro; experiências de consultas de enfermagem à distância já implementadas no nosso país e debatidos aspetos relacionados com a implementação prática e otimização deste tipo de consultas.

"Estas recomendações perdurarão para além da Pandemia COVID-19, como garante da Qualidade e Segurança dos Cuidados de Enfermagem ao Utente, nas consultas de Enfermagem à Distância", sublinha Pedro Lopes, Presidente do Conselho de Enfermagem da SRCentro.

A 1ª Edição terá como moderador Ricardo Ferreira (Chair Comité Profissionais Saúde Reumatologia EULAR, Membro Núcleo Investigação em Enfermagem do CHUC e Coordenador EQuiPS). Carla Silveira (Enfermeira Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica do ACES Baixo Mondego – UCC Coimbra Saúde) e Liliana Silva (Enfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação da UCC Matosinhos, Doutoranda Investigação Clínica e em Serviços de Saúde, Faculdade Medicina - Universidade Porto) serão palestrantes e ainda contarão com o comentário de Liliana Gonçalves, da Associação Nacional Cuidadores Informais.

Na 2ª Edição, Andréa Marques (Professora Adjunta Convidada – ESEnfC; Presidente Associação Portuguesa de Profissionais de Saúde em Reumatologia) irá moderar Vânia Coimbra (Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica do ACES Entre Douro e Vouga - UCC Feira; Conselheira em aleitamento materno pela OMS/UNICEF) e Lurdes Serrabulho (Enfermeira Coordenadora de Enfermagem e de Formação | Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal), com os comentários de Ana Vieira, da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas.

Preparação para a Parentalidade, (Tele) Reabilitação Respiratória na Pessoa com Covid-19 e Experiência de Teleconsulta a pessoas com diabetes são alguns dos exemplos abordados em cada um dos eventos online.

Estes webinares destinam-se a todos os enfermeiros com interesse pela temática, e a inscrição é gratuita, mas obrigatória através do Balcão Único da OE: para a 1º edição neste link; para a 2ª edição aqui. (os interessados deverão inscrever-se na edição mais conveniente, consoante a disponibilidade e interesse em cada uma das experiências abordadas).

 

Investigação
Segundo os investigadores que conduziram um estudo internacional, o novo medicamento pode marcar uma nova era no tratamento da...

O estudo, conduzido em quase duas mil pessoas, e que consistiu na aplicação de um inibidor do apetite, a semaglutida, por meio de uma injeção, mostrou que este medicamento é eficaz na perda de peso.

Para além da injeção semanal com a semaglutida, foi ainda dado um conjunto de conselhos sobre dieta e exercício físico.

Os participantes foram acompanhados durante 15 meses, tendo sido divididos em dois grupos. Um a quem era administrado o fármaco e outro a quem era dada uma injeção simulada. Ambos os grupos receberam conselhos sobre estilos de vida mais saudáveis.

Os resultados, publicados no New England Journal of Medicine, mostraram que as pessoas perderam uma média de 15 kg com semaglutida em comparação com 2,6 kg sem.

No entanto, 32% das pessoas perderam um quinto do peso corporal com a droga, em comparação com menos de 2% no tratamento simulado.

De acordo com os investigadores estes resultados podem marcar uma "nova era" no tratamento da obesidade com ainda mais terapias no horizonte.

A semaglutida já é familiar para algumas pessoas que a usam como tratamento para o diabetes tipo 2, mas este estudo examinou a possibilidade de administrá-la em doses mais altas.

O fármaco atua sequestrando os níveis de apetite do corpo e imitando uma hormona - a GLP1 - que é libertada após uma refeição farta.

Segundo Rachel Batterham, da UCL e uma das investigadoras deste estudo, "estes resultados trazem uma reviravolta no combate à obesidade”.

"Eu passei os últimos 20 anos a participar em investigações sobre a obesidade, e até agora não tínhamos um tratamento eficaz além da cirurgia bariátrica”, disse à BBC.

Segundo a especialista perder peso reduziria o risco de doenças cardíacas, diabetes e de Covid-19 grave.

Para já, a semaglutida está a ser submetida a reguladores de medicamentos, portanto não pode ser prescrita de forma rotineira. No entanto, a investigadora espera que este fármaco seja usado inicialmente por clínicas especializadas em perda de peso, em vez de estar amplamente disponível.

Náusea, diarreia, vómitos e obstipação foram os principais efeitos adversos sentidos por alguns participantes.

Stephen O'Rahilly, da Universidade de Cambridge, referiu que “a quantidade de perda de peso alcançada é maior do que a observada com qualquer medicamento anti-obesidade licenciado”.

“Este é o início de uma nova era para o desenvolvimento de medicamentos contra a obesidade, com a direção futura de atingir níveis de perda de peso comparáveis ​​aos da semaglutida, com menos efeitos colaterais”.

Duane Mellor, nutricionista da Aston Medical School, disse ser “útil ter uma opção potencial para ajudar as pessoas a perder peso, no entanto, precisamos reconhecer que a perda de peso ainda precisará de mudança no estilo de vida e que qualquer medicamento ou mudança no estilo de vida pode trazer riscos e efeitos colaterais potenciais”.

"Portanto, é sempre aconselhável falar com um profissional de saúde antes de tentar perder peso", refere.

DGS atualiza norma
Em comunicado, a Direção-Geral da Saúde fez saber, durante o dia de ontem, que atualizou as suas orientações quanto à testagem...

Segundo a DGS, as mudanças passam pelo "o alargamento da utilização de testes laboratoriais a todos os contactos (de alto e de baixo risco)" e pela "disponibilização generalizada de testes rápidos de antigénio (TRAg) nas unidades de saúde do SNS".

Por outro lado, tal como tinha considerado Marta Temido, as autoridades de saúde vão proceder à "implementação de rastreios regulares com TRAg em contextos particulares como nas escolas e setores de atividade com elevada exposição social (trabalhadores de fábricas, trabalhadores da construção civil, entre outros)".

Estas mudanças, refere a DGS, foram tomadas "atendendo à situação epidemiológica atual, quer pela emergência das novas variantes de SARS-CoV-2, quer pela diminuição da incidência diária de casos de infeção", para "reforçar e alargar as indicações para a realização de testes laboratoriais de forma a antecipar um desconfinamento controlado, e otimizar a capacidade laboratorial do país, gradualmente expandida durante o ano de 2020".

"A Direção-Geral da Saúde (DGS) acompanha a evidência científica, as recomendações internacionais e o consenso de peritos e parceiros nacionais e internacionais, nas suas recomendações para o combate à pandemia covid-19", sublinhou, realçando que, por isso, "revê em permanência as suas recomendações, tendo ainda em atenção o contexto epidemiológico existente".

A entidade referiu ainda que "a utilização de TRAg tem sido progressivamente alargada, quer ao nível dos locais onde os TRAg podem ser realizados, quer ao nível dos profissionais que os podem realizar".

 

Combate à pandemia
A Ministra da Saúde defendeu, ouvida na Comissão de Saúde, a necessidade de uma testagem massiva à Covid-19, sem descartar a...

“Acompanhamos inteiramente a necessidade de utilizar massivamente testes, desde testes PCR, a testes rápidos de antigénio, até aos testes de saliva que já se encontram também disponíveis, independentemente das recomendações que recebemos recentemente”, referiu.

Por isso, sublinhou, “já exortamos a Direcção-Geral da Saúde (DGS) a rever as orientações técnicas, considerando para o efeito de realização de testes que devem ser considerados todos os contactos e não restringir a contacto de risco”.

O aumento da testagem tem sido defendido por vários especialistas, nomeadamente pelo epidemiologista Manuel do Carmo Gomes, que disse na terça-feira que a testagem em massa é a “arma principal” no combate à pandemia.

Segundo a ministra da saúde, não está descartada a utilização das várias tipologias de teste no mercado, de acordo com o nível de risco do contacto. Marta Temido, disse ainda que solicitou à Direção-Geral da Saúde que avalie “a realização de testes em setores que não estão parados, como a indústria, construção civil” e que estão associados “a maiores surtos por altura do desconfinamento de maio do ano passado”.

Por outro lado, anunciou que está também em estudo “o acesso gratuito a estas metodologias e acesso em locais simples, prescindido da prescrição clínica”.

 

"Vacine-se assim que lhe seja dada prioridade"
Em comunicado Manuel Oliveira Carrageta regista com agrado a decisão de ter sido atribuída prioridade aos profissionais do...

“Faz sentido que aqueles que estão na linha da frente sejam o mais urgentemente protegidos. Isso vai não só permitir que façam o seu trabalho com maior segurança, como diminuir o risco de infetar as pessoas vulneráveis de que estão a cuidar”, começa por dizer.

“No entanto, a Fundação Portuguesa de Cardiologia ficou preocupada porque em Portugal, ao contrário da generalidade dos países europeus, os mais idosos não estão a ter a devida prioridade no programa de vacinação, que se limita apenas aos doentes internados em Lares. Refira-se que os idosos, vivendo ou não em Lares, são os mais atingidos mortalmente pela COVID-19. É de notar que 92% das mortes ocorrem nos doentes com mais de 65 anos”, acrescenta.

O Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, relembra que muitos doentes, como é o caso dos mais jovens, são assintomáticos o que coloca em risco, “sem o saber”, as “pessoas idosas mais vulneráveis”. “Contudo, se estas estiverem previamente vacinadas, o risco de apanhar a doença e morrer fica muito mais reduzido”, afirma.

Por outro lado, defende que os doentes cardíacos, “independentemente da idade (embora esta seja uma patologia mais frequente nas pessoas de idade mais avançada), estão em maior risco de contrair uma doença grave ou morrer, pelo que a Fundação Portuguesa de Cardiologia, defende que devam ter prioridade no programa de vacinação”.

Assim, aconselha que “todos aqueles que tenham fatores de risco (nomeadamente hipertensão) ou doença cardiovascular se vacinem na primeira oportunidade que lhes for dada”.

Ainda assim, Manuel Carrageta apela a que se sigam todas as medidas de prevenção: “a vacinação não dispensa o distanciamento social, o uso de máscara, evitar reuniões em espaços fechados e a higiene das mãos”.

“Por favor, tenha cuidado e vacine-se logo que lhe seja dada essa oportunidade”, apela.

 

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