Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais
Num País onde se estima que 1,4 milhões de pessoas sejam cuidadores informais, dados que resultam de um inquérito feito junto...

Este ano, a efeméride pretende alertar para a desigualdade que existe na prestação dos cuidados que, não sendo partilhados, agravam de facto as disparidades salariais entre géneros e o hiato das reformas. A redistribuição das responsabilidades da prestação dos cuidados, entre homens e mulheres, é essencial para alcançar a igualdade de género e combater a discriminação.

Relativamente às sessões de esclarecimento, é já no dia 13 de outubro que, enquadrado no evento 'Encontro Longevidade', organizado pela Câmara Municipal de Alcochete e da Ageless Portugal, que vai decorrer no Fórum Cultural de Alcochete, onde Movimento dá resposta, a partir das 17h30, a dúvidas e questões relacionadas com o Estatuto do Cuidador Informal. 

Um dia depois, a 14 de outubro, o Movimento volta a marcar presença, a partir das 15h20, numa sessão integrada nas primeiras Jornadas Municipais de Saúde do Marco de Canaveses, no Emergente Centro Cultural. Os ‘Caminhos e Desafios dos Cuidadores Informais’, assim como a ‘Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais’ serão os temas em debate.

A 20 de outubro, é na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto, que o Movimento irá falar sobre a forma como cuidamos dos nossos cuidadores, numa mesa redonda com o mesmo nome, que se realiza às 11h30, e que vai abordar o bem-estar dos cuidadores informais em Portugal e o que se pode fazer para o melhorar.

Segue-se, a 21 de outubro, o Seminário “Cuidar em Humanitude”, uma iniciativa da Comissão Integrada para o Idoso e Adulto Dependente de Lousada que, naquela localidade, vai contar com a participação do Movimento, pelas 14h30, para partilhar a sua experiência e o trabalho desenvolvido até ao momento em prol dos cuidadores informais.

Finalmente, a 28 de outubro, Sesimbra vai ser palco de uma sessão sobre o cuidador informal de doentes oncológicos, onde um representante do Movimento irá falar, ainda em local e horário ainda a definir (e que serão apresentados em breve). 

Para mais informações consultar: https://movimentocuidadoresinformais.pt/

Tornar a cultura e a música acessíveis a todos
O Grupo Ageas Portugal reconhece a importância da Cultura para a prevenção de doenças relacionadas com a saúde mental e promove...

Para Inês Simões, Responsável de Comunicação, Marca e Cultura Organizacional do Grupo Ageas Portugal “as pessoas são o centro da nossa atividade, desde os nossos Clientes, os nossos Colaboradores, os nossos Parceiros, aos nossos Mediadores e toda a comunidade”. A responsável reforça ainda a vontade da empresa em “contribuir para o fortalecimento da cultura, da música, dos seus profissionais, e ao mesmo tempo proporcionar a todos a partilha de momentos especiais, de criação, de expressão, de emoções, de alegria, de sorrisos, tão necessários para a saúde das pessoas e das comunidades". E conclui: “a cultura é uma parte fundamental do nosso bem-estar”.

Numa estreita colaboração entre artistas, marcas e empresas, o Grupo Ageas Portugal é parceiro de diversas entidades e eventos culturais, como o Coliseu Porto Ageas, Teatro Nacional D. Maria II, Festival Internacional de Música de Marvão ou a Casa da Música. Tem também colaborado com o Chapitô em diversos eventos do Grupo e está ainda envolvido em outras iniciativas, tais como a recuperação dos coretos das cidades e monumentos emblemáticos que tradicionalmente abrigam bandas musicais em concertos, festas e romarias.

O caminho que o Grupo está a fazer com os seus parceiros tem como objetivo tornar a cultura e a música acessíveis a todos, passo fundamental não só para a democratização e descentralização da oferta cultural, mas também para a saúde mental de todos os cidadãos.  A grande adesão do público no regresso do Concerto Ageas, em pausa desde a pandemia, é um dos exemplos em como este setor é importante para os Portugueses. No passado dia 1 de outubro, mais de duas mil pessoas assistiram à Orquestra de Jazz de Matosinhos, com a voz de Manuela Azevedo, no Coliseu Porto Ageas, para celebrar o Dia Mundial da Música.

 

 

 

 

Inscrições já estão abertas
A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) e a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) estão a promover...

Segundo a organização, todas as peças de vídeo, que devem ter até dois minutos, devem retratar o tema da literacia em saúde, fazendo referência ao tema da saúde mental. Dentro desta temática, é dada liberdade aos participantes de serem abordados outros tópicos específicos, sempre estimulando a criatividade dos autores. Por exemplo, na saúde mental podem ser abordadas as áreas da sexualidade, adições, alimentação, bullying, migração, entre outras.

Para a presidente da SPLS, Cristina Vaz de Almeida, este projeto “reforça uma parceria muito boa entre a SPLS e a ANEM, numa cooperação frutuosa, estimulando a já conhecida criatividade dos estudantes de Medicina, e introduzindo um tema que lhes é caro — a saúde mental —, tendo sido a proposta do tema sugerida pela Direção da ANEM, dada a acuidade da saúde mental entre os jovens”.

Com Portugal como segundo país da Europa com maior prevalência de doenças psiquiátricas, “é necessário investir mais na prevenção, na redução do estigma da sociedade associado à doença mental e no acesso ao tratamento”, explica o diretor de Saúde Pública da ANEM, José Diogo Soares. “Este é o primeiro fruto de uma colaboração de duas entidades com o mesmo objetivo de promoção da literacia em saúde da sociedade civil e envolvimento dos estudantes de Medicina nesta tarefa determinante para a melhoria dos cuidados de saúde em Portugal”, conclui.

A SPLS e a ANEM contam ainda com o apoio das farmacêuticas Janssen e Sanofi no financiamento dos projetos vencedores. Haverá seis prémios monetários a distribuir pelos seis melhores classificados no valor de 500 euros cada, representando um total de 3 mil euros. Os resultados serão divulgados durante o mês de dezembro de 2022 e a entrega dos prémios decorrerá num evento específico marcado para o efeito.

“A promoção da literacia em saúde, nomeadamente da saúde mental, está totalmente alinhada com o nosso propósito de contribuirmos para transformar a prática da medicina e termos um impacto positivo na melhoria da vida das pessoas”, afirma Francisco Rocha Gonçalves, Head of Market Access, Public Affairs and Trade da Sanofi Portugal. Por sua vez, Maria Henriqueta Faria, diretora de Corporate Affairs na Janssen Portugal, explica que “a missão da Janssen passa por reduzir o impacto das doenças neuropsiquiátricas e neurodegenerativas graves, trabalhando diariamente para promover a integração social destes doentes. Por isso mesmo, vemos grande valor e associamo-nos à primeira edição desta iniciativa, numa parceria entre a SPLS e a ANEM, promovendo a literacia e conhecimento sobre a saúde mental”.

A criação submetida deverá proporcionar mais educação para a saúde da sociedade civil, mostrando como os jovens sabem lidar com questões relacionadas com a sua saúde, nomeadamente com a saúde mental (ideias, estratégias, soluções construtivas). A organização pretende ainda que a criação deste material de divulgação ajude a consciencializar a comunidade estudantil para a importância da literacia em saúde. 

Cuidados capilares
Lavar o cabelo todos os dias aumente a oleosidade?

Os grandes mitos

Sobre se lavar o cabelo diariamente altera o equilíbrio natural do couro cabeludo, a farmacêutica e nutricionista da Atida | Mifarma, Reme Navarro, considera que se trata de um mito mais do que confirmado, uma vez que, “Esta decisão é variável e depende de muitos fatores externos como: poluição ou nível de stress, patologias dermatológicas que afetam o couro cabeludo ou dos produtos que utilizamos para lavar o cabelo”.

Assim mesmo, lavar o cabelo diariamente, sempre foi considerado prejudicial, uma vez que, aumenta a produção de sebo. De qualquer forma, a periodicidade com que lavamos o cabelo “não está relacionada com o sebo, uma vez que, esta substância é gerada nos folículos capilares por outro tipo de fatores como os hormonais”, assinala Navarro. Por outro lado, outra crença popular sem base científica é a de que a higiene capilar diária pode influir na queda. Os especialistas respondem que é um mito com alguns detalhes, uma vez que, o cabelo não cai por excesso de lavagens, mas “se falamos um couro cabeludo seco, o excesso de lavagens pode provocar desidratação e descamação que fragiliza a raiz e em ocasiões, provoque a queda de cabelo”, considera a farmacêutica.

O couro cabeludo é a chave!

A frequência com que devemos lavar o cabelo com shampoo depende das características do couro cabeludo, pelo que consoante o mesmo, as pautas a seguir são distintas.

  • O couro cabeludo seco não produz demasiada gordura natural, pelo que, “O cabelo fica desprotegido e o debilitamos se o lavamos diariamente”, afirma Navarro.
  • Por outro lado, o couro cabeludo oleoso, produz mais sebo que atua como uma barreira protetora pelo que “apenas deve lavar-se quando o notamos sujo, mas, não é conveniente faze-lo diariamente” afirma.

Outros aspetos a ter em conta na lavagem como parte dos cuidados capilares são a textura do cabelo pois determina a rapidez com a qual o sebo passa da raiz ás pontas e os fatores externos. O stress diário ou a poluição são condicionantes na hora de determinar a lavagem capilar.

Os produtos mais adequados para cada cabelo

O tipo de couro cabeludo é o que determina os produtos que se devem utilizar na rutina de lavagem capilar. Um cabelo impecável e saudável depende em grande parte do próprio, já que, encher a prateleira de todo o tipo de produtos capilares e utiliza-los não é solução.

De acordo com os especialistas, a chave está em encontrar um shampoo adequado ao couro cabeludo e um amaciador de cabelo diário que reduz o encrespamento e aporta brilho ao cabelo. “É muito importante aplicar amaciador diariamente partindo da metade do cabelo em direção às pontas na quantidade correta, sobre tudo quando exista desidratação ou se note secura”, considera Navarro. Por outro lado, a máscara deve ser utilizada uma vez por semana, deixando-a atuar no couro cabeludo pelo menos cinco minutos e, a rutina de cuidados capilares termina com a utilização do sérum como um plus de força e hidratação que se aplica nas pontas.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
De 11 a 15 de outubro
Na qualidade de “Cidade Amiga das Pessoas Idosas”, entre os dias 11 e 15 de outubro, Loulé recebe a Semana de Promoção do...

O arranque das atividades faz-se na manhã do dia 11, no Parque Municipal de Loulé, com uma sessão aberta de técnicas de relaxamento, uma oficina de maquilhagem e uma aula de Tai-Chi.

Como forma de alertar os idosos que são muitas vezes vítimas de burlas, o Palácio Gama Lobo recebe, a partir das 10h00 do dia 12, uma sessão aberta promovida em conjunto pela DECO, GNR e APAV, com o objetivo de prevenir para eventuais situações fraudulentas e vendas agressivas, bem como identificar sinais de alerta na proteção e segurança dos idosos. No Ginásio dos Espanhóis, irá falar-se sobre a Companhia de Dança Sénior de Loulé como forma de promoção da saúde

Quarta-feira, 13 de outubro, haverá uma mesa redonda no Auditório do Convento do Espírito Santo sobre os desafios do apoio domiciliário, enquanto que, na sede da Universidade Sénior de Loulé, os técnicos do ACES Algarve Central irá falar sobre alterações na deglutição. Os interessados poderão participar na Caminhada +Ativa que inicia às 18h00 e proporcionará um momento de convívio e atividade física.

A Semana prossegue com as atividades no dia 14, desde logo com a oficina online “Os direitos das pessoas idosas em situação de extrema vulnerabilidade social” (inscrição através do telefone 289400882/6), a sessão “Emocionalmente”, que acontece no Centro Paroquial e Social de Loulé, e a ação integrada no ciclo de conversas na Biblioteca Municipal de Loulé sobre a importância da sexualidade.

O programa da Semana de Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável culmina com a Feira Social 2022. Sob o mote “Diversidade Cultural para o Diálogo e Desenvolvimento”, o certame inscreve-se no trabalho desenvolvido pela Rede Social de Loulé, com a colaboração das instituições particulares de solidariedade social locais e organismos públicos e tem como objetivo dar a conhecer o trabalho realizado pelas entidades que, no território concelhio, trabalham na área social, assim como as dinâmicas de parceria que vão sendo criadas e fortalecidas. Performances, animação de rua, mostra de trabalho ao vivo, workshops de dança, teatro de marionetas, encontro do brincar são algumas das iniciativas protagonizadas pelos parceiros.

Com esta Semana pretende a Autarquia criar um espaço dinâmico, de reflexão e aprendizagem, aberto a todos os cidadãos e parceiros institucionais que concorrem para a promoção de uma melhor qualidade de vida da população de 65 e mais anos e das suas famílias.

Loulé é um Município que tem levado a cabo importantes políticas direcionadas para os idosos, numa clara aposta em proporcionar um envelhecimento ativo e saudável a esta faixa da população. Recentemente a aldeia de Alte foi, de resto, o local escolhido para receber o Observatório Nacional do Envelhecimento.

Lista elaborada pela revista Ophthalmology Management
Na lista de médicos portugueses reconhecidos além-fronteiras há um nome que ganha cada vez mais destaque: Inês Laíns. A...

A distinção é feita pelos pares, resultado de um repto lançado pela Ophthalmology Management, uma revista destinada aos especialistas da área da oftalmologia, que decidiu dar destaque à próxima geração destes profissionais com base nas indicações dadas pelos leitores. Foi a estes que pediu nomes de oftalmologistas com menos de 40 anos que tivessem demonstrado potencial para vir a ser futuros líderes em oftalmologia, seguindo-se a seleção, feita por um comité de especialistas. Quanto ao anúncio, esse foi feito no congresso anual da Academia Americana de Oftalmologia, que se realizou em Chicago, de 30 de outubro a 3 de novembro.

“Trata-se de um reconhecimento importante para mim, sobretudo por ser feito pelos meus pares e num país tão grande como os Estados Unidos, onde há muitos e excelentes profissionais'', refere a médica portuguesa. “É também muito gratificante quando a nossa dedicação é reconhecida. No fundo é mais um incentivo para continuar e, até certo ponto, uma confirmação de que estou no caminho certo”, acrescenta.

 Inês Laíns completou a sua formação médica na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde o seu desempenho académico mereceu múltiplas distinções. Apesar de ter iniciado a sua carreira de oftalmologia no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), mudou-se para Harvard após ter recebido um prémio da Fundação para a Ciência e Tecnologia/Programa Harvard Medical School Portugal. Este prémio deu-lhe a oportunidade de rumar ao Massachusetts Eye and Ear (MEE)/Harvard Medical School, nos EUA, onde atualmente é oftalmologista e está a fazer treino adicional (um fellowship) em cirúrgia vitreoretineana.

Nos EUA, Inês já conquistou várias distinções, entre as quais, mais recentemente, um prémio de investigação da Vitreoretinal Surgery Foundation.

Projeto de literacia em saúde
A Pfizer Portugal acaba de anunciar a nova temporada do projeto Pfizer Curious, uma iniciativa dedicada à literacia em saúde,...

Com um total de mais de 800 mil visualizações, esta nova temporada conta com episódios curtos e simples, que respondem a várias questões sobre saúde e medicina de forma direta, visual e prática. Guiados pela ciência, estes novos conteúdos têm, uma vez mais, um carácter muito informativo, recorrendo a uma linguagem gráfica simples e apelativa.

Através de uma conversa descomplicada, pretende-se desmistificar diversos temas, que muitas vezes parecem complexos, e combater a desinformação, já que, atualmente, torna-se cada vez mais difícil identificar fontes fidedignas, principalmente no que diz respeito à saúde.

A temporada conta já com cinco episódios, todos disponíveis no Youtube, Facebook e Linkedin da Pfizer Portugal e os temas são variados: desde o primeiro episódio dedicado ao tema “TENHO ECZEMA: SERÁ DERMATITE ATÓPICA?”, até “COMO CUIDAR DA MINHA PELE?”. Estes e outros tópicos simplificados em episódios esclarecedores e inspirados pela curiosidade.

 

Psicóloga Catarina Lucas deixa recomendações
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), já antes da pandemia, em 2019, uma em cada oito pessoa

Manter a saúde mental em dia e encontrar estratégias para manter-se física e psicologicamente saudável é, por isso, cada vez mais importante. Assim, a psicóloga Catarina Lucas, especialista em desenvolvimento pessoal, deixa alguns conselhos para que possa manter a mente sã:

  1. Faça exercício físico – vários estudos indicam que o exercício físico é um bom aliado da saúde mental. Assim, Catarina Lucas sugere que “escolha uma modalidade de que goste e estabeleça dois a três dias por semana para fazer exercício”. “A atividade física aumenta os níveis de oxigénio no sangue e ajuda a libertar a mente de situações que nos estejam a causar stresse”, sublinha;
  2. Adote uma rotina equilibrada – acordar cedo, comer a horas certas, ter uma rotina com poucas alterações no que toca a horários ajudará a que consiga equilibrar melhor também a forma como se sente ao longo do dia;
  3. Coma bem – uma alimentação correta é “crucial” para a saúde mental, advoga Catarina Lucas. Estabeleça os horários de refeição e não se esqueça de fazer uma alimentação diversificada, que inclua legumes e frutas variadas;
  4. Durma pelo menos sete horas por dia – a falta de sono pode causar irritação e ser um potencial catalisador para outras doenças físicas e psicológicas. Por isso, a psicóloga aconselha a que “durma pelo menos sete horas por dia e que tenha uma rotina para acalmar na hora de adormecer, nomeadamente desligando o telemóvel ou a televisão meia hora antes, ou fazendo uma meditação antes de dormir”;
  5. Faça coisas que lhe transmitam sensação de prazer – “Quando fazemos coisas prazerosas vamos automaticamente sentir-nos melhor connosco mesmos”, diz Catarina Lucas. Ir ao cinema, ao teatro, assistir a um jogo de futebol, um café com amigos, tudo são atividades que podem ajudar a melhorar a forma como nos sentimos.
  6. Faça terapia – A especialista lembra que ainda há um grande estigma quanto à psicoterapia, mas sublinha que “é importante para todos”. “Aceitar fazer terapia é um processo individual, mas que pode efetivamente ajudar a desbloquear várias situações que têm um impacto negativo na nossa saúde mental”, afirma.

 

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Centro de alta competência e inovação da biofarmacêutica
O Amgen Capability Center Portugal (ACCP) já contratou 170 colaboradores no seu primeiro ano de atividade e o objetivo é...

“O Amgen Capability Center Portugal representa a aposta e o compromisso da Amgen com o país após a seleção de Lisboa, em detrimento de outras cidades europeias, para a abertura do nosso centro de competências e inovação na Europa. No final do ano passado, fomos considerados um Projeto de Interesse Estratégico para a economia de Lisboa pelo IEFP. Este é o momento de aproveitarmos as oportunidades que Portugal oferece para podermos gerar na Amgen inovação e eficiência, entre as quais se destacam a disponibilidade de talento local qualificado, a atratividade de talentos internacionais, a cultura favorável e o perfil de custos adequado”, afirma Daniel Campanha, General Manager do Amgen Capability Center Portugal. 

O centro de excelência em Portugal é o segundo da Amgen a nível mundial, depois da abertura de um primeiro nos Estados Unidos, em 2017, e destina-se a dar suporte à atividade da biofarmacêutica nos mercados da Europa, Médio Oriente e África, América do Sul e Canadá, assim como a nível global.

Neste primeiro ano de atividade, já foram contratadas cerca de 170 pessoas de 27 nacionalidades e competências muito diversificadas. “O nosso objetivo é continuarmos a crescer e a dar suporte à Amgen no cumprimento da sua missão de servir os doentes”, revela Daniel Campanha.

O ACCP opera em áreas distintas, como Data & Analítica, Finanças & Planeamento Financeiro e Controlo Interno, Business Enablement, Global Information Protection, Tecnologia Digital & Inovação, Global Strategic Sourcing, Regulatory Affairs, Recursos Humanos, entre outras.

“O sucesso deste primeiro ano de operação é revelador das oportunidades que existem no ACCP. Os valores e a missão da Amgen de servir os doentes estão presentes em tudo o que fazemos, desde o trabalho colaborativo interno entre equipas de áreas e competências diferentes às parcerias globais com os vários mercados da região que integramos. O nível de satisfação dos nossos colaboradores tem-se mantido sempre muito alto nos nossos inquéritos internos, o que nos deixa ainda mais motivados para continuar a servir os doentes. Queremos continuar a atrair e a desenvolver talentos e a criar também parcerias em Portugal com universidades e outras entidades de relevo nacional”, revela Daniel Campanha. 

Estrategicamente localizado em Lisboa, na zona de Sete Rios, junto a um dos maiores hubs de transportes da capital, o ACCP desenvolve a sua actividade assente num modelo de trabalho colaborativo entre equipas locais e globais e em alinhamento com a política de flexibilidade laboral da Amgen, denominada de Flexspace.

 

Projeto TRAINR4U - Training Robot for Ultrassound
O projeto TrainR4U é liderado pelo Instituto Pedro Nunes (IPN) e conta com a coordenação de Luís Curvo Semedo, docente da FMUC,...

Como explica Luís Curvo Semedo, coordenador do projeto em Portugal, “a ecografia é geralmente a primeira técnica de imagem usada no diagnóstico. É uma técnica de imagem que apresenta múltiplas vantagens como o facto de ser portátil, os resultados são obtidos em tempo real, é uma técnica não invasiva, de baixo custo, sendo um importante auxílio ao diagnóstico em situações de urgência. A Organização Mundial de Saúde, reconhecendo as vantagens  e importância desta técnica recomenda a criação de cursos específicos em ecografia, destinados a todos os médicos, incluindo não radiologistas”.

Certificado pela Universidade de Coimbra, a primeira edição do Curso de Formação de Ecografia Abdominal Clínica tem início no próximo dia 28 de novembro, com candidaturas até 11 de outubro, e é dirigida a médicos de várias especialidades clínicas, profissionais de saúde que utilizam a ecografia na sua prática profissional, alunos do curso de medicina e de outros cursos no âmbito da área de imagiologia com interesse em adquirir conhecimento, competências e experiência na utilização de ecógrafo e sondas.

O curso de formação tem a duração total de 40 horas (1,5 ECTS), divididas em 30 horas de módulos online assíncronos (de 28 de novembro a 12 de dezembro) e 10 horas de aulas práticas presenciais ministradas por docentes especialistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (a decorrer entre 13 a 16 de dezembro). As aulas práticas, organizadas em grupos distribuídos por 2 sessões de 5 horas cada, incluem demonstrações de ecografia abdominal, através de ferramenta robótica de tele-ecografia, exercícios práticos de recolha de imagem ecográfica com sonda e ecógrafo. No final do curso de formação, os alunos aprovados poderão requerer um certificado emitido pela Universidade de Coimbra.

As aulas presenciais da primeira edição do curso em Portugal decorrem em Coimbra, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. A língua oficial do curso é o inglês. Os conteúdos teóricos estarão disponíveis também em língua portuguesa em formato PDF. O curso tem um custo de 200€ para os participantes colocados.

As candidaturas estão abertas até 11 de outubro (https://apps.uc.pt/courses/PT/course/10281)

"Tornar a Saúde Mental e o Bem-Estar para todos uma prioridade global"
O Dia Mundial de Saúde Mental comemora-se no próximo dia 10 de outubro, sob o mote, "Tornar a Saúde Mental e o Bem-Estar...

O Centro de Responsabilidade Integrada de Psiquiatria (CRIP) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) integra, no seu Plano de Acção, as condições para incorporar o exercício físico na sua prática reabilitativa e de promoção de saúde mental, contribuindo, desta forma, para concretizar o lema do Dia da Saúde Mental 2022.

É do conhecimento geral que a prática de atividade física em Portugal fica muito aquém do recomendado pela OMS (WHO 2020), cenário que se torna ainda mais evidente quando nos reportamos a pessoas com problemas de saúde mental, pois sabemos que a

prática de atividade física tem inúmeras vantagens para a saúde física e mental, podendo traduzir-se em anos de vida e de bem-estar. Está igualmente associada à prevenção e até à melhoria em inúmeras patologias, revestindo-se de essencial importância quanto à auto-estima e à socialização.

No que concerne a esta população em especial, persiste o desconhecimento dos benefícios da atividade física para a sua recuperação e, para diminuir os efeitos secundários associados às medicações usadas. Na realidade, quer por variáveis individuais, socioculturais e até económicas e/ou ainda por fatores associados ao próprio

problema psicopatológico, a prática de atividade física é muito diminuta, predominando estilos de vida sedentários, pouco estimulantes e de passividade.

Conscientes da realidade, o CRIP do CHUC vai inaugurar no Dia Mundial da Saúde Mental, 10 de Outubro pelas 11 horas, com a presença do Conselho de Administração do CHUC, o Circuito de Manutenção no Hospital Sobral Cid que poderá ser utilizado pelos utentes, profissionais e população em geral contribuindo, assim, para tornar realidade o lema deste ano.

Para além desta iniciativa há um conjunto de outras atividades que desenvolvemos e que consideramos cruciais para a promoção do bem-estar, na redução do estigma, contribuindo para uma melhor Saúde Mental na nossa área de influência.

As actividades para a celebração desta efeméride iniciam-se no dia 9 de outubro, com o “IV Mental Motorcycle Tour”, iniciativa aberta ao público em geral e que promove um passeio desde Coimbra até à cidade da Guarda e que contará com a participação de Carlos Santos, Presidente do Conselho de Administração do CHUC.

No dia 10 de outubro terá lugar a inauguração do circuito de manutenção "ActivaMente" com caminhada.

No dia 11 de outubro, sessão de leitura musical - clube de leitura e coro dos doentes, CANTAR É DESAFIO.

No dia 12 de outubro o seminário "Altas hospitalares, Cuidados Continuados Integrados em Saúde Mental e outras respostas Sociais”, aberto a profissionais do sector.

No dia 13 de outubro terá lugar a inauguração de Parque Botânico Manuela Mendonça, espaço que contribuirá para proporcionar aos utentes e ao público em geral benefícios terapêuticos, para além da natural preservação do espaço e do património botânico existente no Hospital Sobral Cid-CHUC.

AICSO em parceria com a DGS e sociedades médicas lança campanha
A Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) em parceria com a Direção-Geral da Saúde (DGS) vai...

A campanha vai ser apresentada na sexta-feira, dia 7 de outubro, na sessão comemorativa dos 57 anos do Programa Nacional de Vacinação a realizar em Lisboa, no Auditório do Centro de Saúde de Sete Rios, a partir das 10 horas. Desenvolvida em colaboração com diversas associações e sociedades profissionais na área da saúde, a ação de sensibilização vai prolongar-se até à Semana Mundial da Vacinação, que se assinala todos os anos em abril. 

“Se é doente oncológico, aponte esta palavra na próxima consulta… vacinação”, é a mensagem que a AICSO e a DGS escolheram para sensibilizar os doentes oncológicos para a importância da vacinação. Para os médicos e profissionais de saúde a mensagem é: “Maior proteção para o doente oncológico, está nas suas mãos”. 

Andreia Capela, presidente da AICSO e médica oncologista no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia – Espinho, explica que “há vacinas que previvem o cancro”. Dá como exemplo, a vacina contra o vírus do HPV (vírus do papiloma humano) que está comprovadamente relacionada com vários tipos de cancro: colo do útero (com o HPV a ser responsável por quase 100% de todos os casos), vagina, ânus, vulva, pénis e orofaringe. O outro exemplo é a vacina contra o vírus da Hepatite B, que pode prevenir o cancro do fígado.  

A incidência e a prevalência das doenças oncológicas têm aumentado em todo o mundo e Portugal não é exceção. Em 2018, e segundo dados do Registo Oncológico Nacional, foram diagnosticados mais de 50 mil novos casos no nosso país. O envelhecimento da população, a maior exposição a agentes carcinogénicos ambientais (como o tabaco, o álcool, a radiação UV, entre outros), ou biológicos, como os vírus do papiloma humano e das hepatites, ajudam a explicar estes números. Tal como a adoção generalizada pela população ocidental de estilos de vida mais sedentários, com menor prática de atividade física, ou dietas alimentares pobres em hortofrutícolas e fibras. 

A oncologista refere que “o doente oncológico é, na grande maioria das situações, um doente de elevado risco para infeção, pela imunossupressão provocada pela própria doença, assim como pelos diversos tratamentos, e ainda por apresentar frequentemente outros fatores de risco, como desnutrição, idade avançada, disfunção de pelo menos um órgão, entre outros, pelo que a vacinação deve ser encarada como forma de diminuir o risco de incidência e/ou gravidade de algumas infeções”. 

Acrescenta que “a responsabilidade de garantir a adequada vacinação destes doentes deve ser, sempre que possível, partilhada entre o próprio doente, o oncologista que o acompanha e o seu médico de família”. Mas, sublinha que, para tal acontecer “é necessário que haja um conhecimento adequado e transversal acerca desta temática”. A campanha de sensibilização e informação visa, por isso, dois grandes públicos-alvo: doentes e cuidadores, por um lado, e profissionais de saúde, por outro.  

“Com a pandemia, a vacinação ganhou uma importância e destaque suplementar, pelo que a comunidade, no geral, está mais do que nunca sensibilizada para este tema. Assim, julgamos que este é o momento ideal para transmitir e partilhar informação credível e eliminar alguns mitos, acerca da vacinação neste grupo específico de pessoas”, refere Andreia Capela. 

Entre as ações previstas está a sensibilização para a importância e indicações sobre a vacina contra o HPV, o vírus da hepatite B, a gripe, SARS-CoV-2, pneumocócica, herpes zoster e ainda a vacinação de viajantes. “É importante que as pessoas e os profissionais de saúde conheçam o Programa Nacional de Vacinação e o seu cumprimento na doença oncológica. No caso específico dos profissionais de saúde é de extrema importância esclarecer sobre as vacinas contraindicadas nos doentes sob tratamentos imunossupressores, como a quimioterapia”, salienta. 

De 5 a 8 de outubro
A Pharmaceutical Trade Marks Group (PTMG), um dos maiores grupos ligados à proteção de marcas farmacêuticas a nível mundial,...

A Inventa, empresa especialista em consultoria de Propriedade Intelectual, nomeadamente, na proteção e internacionalização de marcas, patentes, design industrial, direitos de autor e nomes de domínio, vai estar presente.

A presença da Inventa prende-se com a crescente necessidade da indústria farmacêutica proteger as suas marcas e projetos inovadores. Um dos casos mais prementes é o das vacinas contra a Covid-19 que muita tinta fez e faz correr no que toca à proteção de patentes, nomeadamente, numa primeira fase sobre a discrepância de acesso às vacinas para a Covid-19 entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento e agora com o tema do processo de litígio de patentes da Moderna contra a Pfizer e BioNTech devido à vacina contra a doença que parou o mundo.

O evento vai contar com grandes nomes da proteção de marca em farmácia e saúde, a nível mundial, e diversas palestras que terão como temas, “a diversidade e inclusão no mercado de trabalho farmacêutico”, “Desenvolvimentos e questões importantes na Europa de Leste em tempos incertos” ou “Estará a Europa a ficar sem marcas registadas? Os desafios apresentados do ambiente regulatório e os registos desordenados”, entre outros.

A PTMG foi fundada em 1970 e é uma organização sem fins lucrativos. Tem como propósito permitir que os membros se reúnam para considerar problemas de interesse mútuo no setor farmacêutico, no que toca a questões relacionadas com proteção de marcas.

 

 

Entre 2 e 5 de outubro
A Gedeon Richter está presente no 31.º Congresso Anual da Sociedade Europeia de Ginecologia Endoscópica (ESGE). O evento...

O simpósio da Gedeon Richter dedicado ao tema Relugolix Combination Therapy – The 1st GnRH Antagonist in Europe for the management of Uterine Fibroids, realiza-se esta terça-feira, dia 4 de outubro, entre as 13h45 e as 14h45, sendo conduzido pelo presidente do Congresso ESGE, Luís Ferreira Vicente. Ao longo da sessão, decorrem, ainda, as apresentações Relugolix Combination Therapy in Women with Symptomatic Uterine Fibroids, por Roberta Venturella (Itália) e Management of Bone Mineral Density in Pre-Menopausal Women, por Michael Stone (Reino Unido). Em representação de Portugal, está Carla Leitão, do Centro Hospitalar de Lisboa Central – Maternidade Dr. Alfredo da Costa, que abordará a temática: First experiences with Relugolix CT in Clinical Practice.

“É com muito orgulho que a Gedeon Richter está presente naquele que é o evento médico mais importante da Europa de Endoscopia Ginecológica, que este ano tem lugar em Lisboa. Esta é mais uma oportunidade de reforçar a importância do tratamento médico dos miomas uterinos”, refere Daniel Pereira da Silva, da Gedeon Richter Portugal.

Mais informações em www.esgecongress.eu

 

28 e 29 de outubro
A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar um Curso Abordagem de Lesões Cutâneas, nos dias 28 e 29 de...

O programa desta formação incide no maior órgão do corpo humano: a pele, esclarecendo o impacto das doenças sistémicas que inevitavelmente traduzem-se em alterações cutâneas.

Apesar de todos estarmos cientes da sua importância, os conhecimentos da comunidade médica sobre lesões cutâneas são por vezes incompletos, frágeis e fragmentados, despoletando dúvidas ao nível diagnóstico e tratamento.

Por isso mesmo, o Curso Abordagem de Lesões Cutâneas apresenta como principais objetivos a sistematização da abordagem das lesões cutâneas; a identificação dos padrões de reconhecimento que permitem iniciar tratamentos de primeira linha de doenças com envolvimento cutâneo, bem como dos doentes com necessidade de acompanhamento conjunto com a Dermatologia.

Andreia Vilas-Boas, Coordenadora do Curso, adianta que este curso “pretende desmistificar crenças, equívocos e dúvidas no que diz respeito à interpretação de lesões da pele e contribuir para uma abordagem sistematizada e mais esclarecida das manifestações cutâneas de doença”.

O curso destina-se a internos e especialistas de Medicina Interna, podendo ser alargado a médicos de outras especialidades e internos do ano comum.

Mais informações em: Curso Abordagem de Lesões Cutâneas.

 

Estudo Fundação "la Caixa"
O limitado envolvimento do setor empresarial na investigação continua a ser um desafio para Portugal, bem como as condições de...

De acordo com este relatório sobre recursos humanos para a investigação, apesar da melhoria registada no número total de investigadores no país, a participação de Portugal no total de investigadores da EU-27 diminuiu nos últimos dez anos:

O principal desafio consiste em aumentar o número de investigadores que trabalham no setor privado, porque a I&D nas empresas promove a inovação. As despesas do setor privado em I&D e a contratação de investigadores por parte das empresas estão interrelacionadas e dependem das estruturas industriais de cada país. Neste sentido, Portugal está a ficar para trás em comparação com os seus parceiros europeus, uma vez que a maioria dos investigadores está concentrada no setor do ensino superior.

Um relatório recente da OCDE sobre autores científicos destaca a precariedade que caracteriza as carreiras académicas em todo o mundo e a necessidade de diversificar tanto as oportunidades de formação como as de emprego. Neste aspeto, Espanha regista melhores resultados do que Portugal. Enquanto em Espanha a maioria dos autores principais desfrutava da estabilidade conferida por um contrato sem termo, em Portugal mais de metade tinha um contrato a termo certo, com a consequente insegurança no emprego.

Desequilíbrio entre oferta e procura

O desafio de aumentar o número de investigadores no setor empresarial tornase evidente quando constatamos que a despesa empresarial em I&D (BERD) em percentagem do PIB em Portugal é cerca de metade da média da EU-27. E a média da EU-27, de 1,46% do PIB, está muito aquém da média dos principais concorrentes da Europa, como os Estados Unidos (2,05%) e o Japão (2,60%).

Tudo isto revela a importância do reforço das políticas centradas na procura para melhorar a base de conhecimento da economia. Este aspeto assume particular importância quando considerado em paralelo com os resultados da formação avançada, em que Portugal registou melhorias significativas, estando em alguns casos acima da média da UE. Contudo, existe o risco de o desequilíbrio na oferta e procura de investigadores poder levar à emigração destes trabalhadores altamente qualificados, se não conseguirem encontrar oportunidades de desenvolvimento de carreira no seu país.

Isto já ocorreu, em certa medida, após a crise financeira global de 2008. As políticas de recuperação implementadas para o período pós-pandemia de Covid-19, que também afetou o sistema de investigação e inovação, oferecem uma excelente oportunidade para melhorar a procura de recursos humanos em Ciência e Tecnologia. Estas políticas são fundamentais para garantir que Portugal não enfrenta continuamente uma fuga de cérebros.

Cooperação Ciência-empresas

O Dossier Investigação e inovação em Espanha e Portugal do Observatório Social da Fundação ”la Caixa” inclui um segundo estudo com o título «Ligações Ciência-empresas em Portugal e Espanha: um potencial de inovação inexplorado?», realizado por Manuel Mira Godinho e Joana Mendonça (Universidade de Lisboa), José Guimón (Universidade Autónoma de Madrid) e Catalina Martínez (IPP-CSIC). Este relatório evidencia que as ligações entre ciência e empresas em Portugal são mais fracas do que noutras economias mais avançadas da União Europeia.

Uma forma de medir o impacto pretendido da investigação académica na inovação é através da análise das patentes produzidas pelas universidades e organismos públicos de investigação.

Além disso, Portugal tem de enfrentar o desafio da limitada empregabilidade dos doutorados no setor privado, uma vez que apenas cerca de 6% dos doutorados em Portugal trabalham em empresas privadas.

A modo de conclusão, o estudo destaca que, nos próximos anos, a cooperação Ciência-empresas e as parcerias público-privadas serão cruciais para Portugal conseguir absorver eficazmente os novos fluxos de financiamento europeus disponíveis no contexto do Plano de Recuperação Next Generation EU da Comissão Europeia.

 

Estudo revela eficácia e segurança do procedimento em irmãos com paralisia cerebral
Um estudo recente australiano mostrou que a recolha, o armazenamento e, depois, a infusão de células do cordão umbilical de um...

O ensaio clínico[i], liderado pelo Murdoch Children’s Research Institute (MCRI) e publicado este ano na revista Cytotherapy, indicou que a infusão intravenosa de células sanguíneas do cordão umbilical de uma criança é segura num irmão com paralisia cerebral. Embora não haja uma cura para a paralisia cerebral, as células estaminais do cordão umbilical têm o potencial de melhorar a lesão cerebral e, consequentemente, a função motora bruta devido à sua capacidade de ativar processos de reparação e regeneração de tecidos.

O ensaio clínico de fase I envolveu 12 participantes australianos, com idades compreendidas entre 1 e 16 anos. Os mesmos foram infundidos com células do sangue do cordão umbilical dos seus irmãos e, após o procedimento, todos os participantes foram seguidos durante 12 meses. No entanto, três meses bastaram para se observarem melhorias na função motora bruta em três crianças. As melhorias mais significativas nas capacidades motoras brutas foram observadas em crianças mais novas que ainda não tinham atingido 90% do seu potencial de capacidades motoras brutas previsto.

“Este ensaio clínico veio, uma vez mais, demonstrar que a infusão do sangue do cordão umbilical é completamente segura, sem qualquer reação adversa nas crianças que participaram. Além disso, promoveu uma melhoria significativa na função motora bruta das crianças mais novas, o que sugere que a intervenção pode ser mais eficaz nos primeiros anos de vida, quando o desenvolvimento se encontra numa fase inicial”, refere Andreia Gomes, investigadora e diretora técnica e de I&D do laboratório BebéVida.

Visto que ainda não existem agentes terapêuticos capazes de restabelecer a função motora, “estes resultados são importantes e muito promissores”, sustenta a especialista em biologia celular e molecular. “A deteção precoce da patologia associada à aplicação do sangue do cordão umbilical, nesta fase inicial, pode melhorar significativamente a função motora bruta devido à sua capacidade de ativar processos de reparação e regeneração”.

Andreia Gomes explica que a intervenção terapêutica na paralisia cerebral incide maioritariamente na componente motora e, por isso, as crianças são sujeitas a longos períodos em instituições de reabilitação. “De forma a perceber a componente neurológica, e assim combater esta patologia, têm sido conduzidos vários estudos. Atualmente mais de mil ensaios clínicos foram ou estão a ser realizados para tentar encontrar um alvo terapêutico para esta patologia, nomeadamente o cordão umbilical, através das células estaminais do mesmo”.

Com efeito, este é mais um estudo que demonstra que o cordão umbilical é eficaz e seguro na melhoria da vida e quotidiano de crianças, representando uma potencial estratégia terapêutica para doentes com paralisia cerebral. Ainda assim, continuam a ser necessários mais estudos que permitam perceber em que mecanismos, quer o sangue quer o tecido do cordão umbilical, atuam para ajudar na recuperação da paralisia cerebral.

Segundo o relatório Paralisia Cerebral em Portugal no Século XXI [ii], a incidência da patologia diagnosticada aos cinco anos de idade tem vindo a diminuir desde 2001.  Em 2001, a taxa era de 2,01 por mil bebés e em 2010 esta taxa situou-se em 1,05 casos por mil nados vivos em Portugal.

É uma doença que diz respeito a um grupo de distúrbios neurológicos que aparecem na primeira infância e afetam permanentemente o movimento do corpo e a coordenação muscular. É causada por danos ou anormalidades dentro do cérebro em desenvolvimento que interrompem a capacidade do cérebro de controlar o movimento, manter postura e o equilíbrio.[iii]

Apresentando sintomas relacionados com a dificuldade na deglutição e reduzida amplitude de movimento em várias articulações do corpo, devido à rigidez muscular, é uma patologia que apresenta implicações significativas no plano individual e social da criança. 

Referências:

[i] PubMed.gov National Library of Medicine. Safety of sibling cord blood cell infusion for children with cerebral palsy. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35193825/ [acedido em setembro 2022].

[ii] VIRELLA, Daniel et al. Paralisia Cerebral em Portugal no Século XXI. Disponível em: https://www.insa.min-saude.pt/wp-content/uploads/2019/02/PVNPC5A_-2018.pdf [acedido em setembro 2022].

[iii] National Institute of Neurollogical Disorders and Stroke. Cerebral Palsy: Hope Through Research. Disponível em: https://www.ninds.nih.gov/health-information/patient-caregiver-education/hope-through-research/cerebral-palsy-hope-through-research [acedido em setembro 2022].

Saiba o que é
Mais comum entre o sexo masculino, o Angiossarcoma é um tumor maligno raro e agressivo que surge nas
O Angiossarcoma é um tumor maligno raro e agressivo que surge nas células endoteliais

Com uma elevada taxa de recidiva, os Angiossarcomas são neoplasias pouco frequentes, estimando-se que representem apenas 2% de todos os sarcomas dos tecidos moles. No entanto, embora a sua raridade, apresentam um elevado potencial metastático, o que faz deste um tumor com um prognóstico muito pouco otimista, com elevada taxa de mortalidade.

Os Angiossarcomas são mais comumente encontrados na pele, osso, mama, fígado e baço, apresentando sinais e sintomas diferentes, conforme a sua localização.

Assim, quando afetam os tecidos moles podem estar presentes os seguintes sintomas:

  • Hemorragia, anemia, hematoma e hemorragia gastrointestinal
  • Nódulos nos gânglios linfáticos adjacentes
  • Tumor em crescimento rápido nas extremidades ou no abdómen.

É importante sublinhar que os tumores abdominais podem atingir grandes dimensões antes de serem detetados.

Quando se desenvolvem na pele apresentam-se em forma de máculas, pápulas, placas ou nódulos eritematosos mal definidos, de crescimento expansivo rápido, em alguns casos assemelhando-se a hematomas. A maioria dos pacientes apresenta história de poucos meses de evolução com dor e sangramento.

Cerca de metade dos angiossarcomas cutâneos acometem a região do pescoço ou cabeça, sendo mais frequentes entre os idosos do sexo masculino.

Quanto aos angiossarcomas da mama, estes apresentam-se como uma massa palpável que cresce, frequentemente, profundamente dentro do tecido mamário, causando o alargamento difuso do peito e descoloração da pele (que assume um tom azulado). Habitualmente, esta massa mamária é indolor.

Os sintomas hepáticos de angiossarcoma podem variar e não são específicos, e podem incluir fadiga, perda de peso e dor no quadrante superior direito.

Já o angiossarcoma do pulmão pode causar dor no peito, perda de peso, tosse – por vezes acompanhada de sangue - e dificuldade em respirar.

Quando acomete os ossos, cursa com dor (que pode ser intensa) podendo causar inchaço dos membros atingidos. O angiossarcoma ósseo tem, habitualmente, origem em partes moles profundas das extremidades e atinge os ossos longos.

Embora se trata de uma entidade rara de etiologia desconhecida, este tipo de tumor pode desenvolver-se como uma complicação de uma condição pré-existente estando certos grupos de doentes em maior risco de desenvolver angiossarcomas. É o caso de doentes com linfedema crónico (acumulação de líquido linfático nos braços) que tenham sido submetidos a uma mastectomia radical para o cancro da mama (remoção da mama e todos os nódulos linfáticos sob o braço; doentes que realizaram radioterapia, ou expostos a agentes ambientais, tais como sprays contendo arsénio, e cloreto de vinil utilizado na indústria do plástico.

A causa da rápida proliferação e infiltração de células endoteliais malignas no angiossarcoma é geralmente desconhecida.

Quanto ao tratamento, este irá depender da localização do angiossarcoma e da extensão do tumor. O tratamento pode incluir quimioterapia, cirurgia, radioterapia ou uma a combinação destas modalidades de tratamento.

Referências:
https://dermnetnz.org/topics/angiosarcoma/
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/angiosarcoma/symptoms-causes/syc-20350244

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Grupo lança campanha sob o mote “Consigo na luta contra o cancro da mama”
No mês de sensibilização para o cancro da mama, a Joaquim Chaves Saúde acaba de criar uma linha direta, no Whatsapp, para a...

A linha direta para marcação de rastreios vai contar com o apoio de profissionais do Grupo, que agilizarão o processo de marcação do rastreio, através de uma prescrição direta do médico para a realização de ecografia mamária e mamografia, sem necessidade de consulta prévia.

Francisco Paralta Branco, coordenador da Oncologia Médica do Grupo, explica que “o objetivo é facilitar o acesso ao rastreio, incluindo mulheres a partir dos 40 anos, que atualmente não entram no Programa de Rastreio de Cancro da Mama. Sabemos que o cancro da mama afeta muitas mulheres com idades inferiores a 50 anos e é fundamental um diagnóstico precoce para aumentarmos as possibilidades de cura”.

Os rastreios irão decorrer nas Clínicas de Miraflores, Cascais e Sintra e na Clínica Cirúrgica de Carcavelos. As marcações dos rastreios são feitas através da leitura do QR Code, disponível nos vários materiais da campanha, que direciona para a linha do WhatsApp, onde um profissional estará em contacto com todas as pessoas que cheguem por esta via.

A Joaquim Chaves Saúde disponibiliza, agora, um acompanhamento 360º aos doentes com cancro da mama. “Neste momento, o doente é acompanhado desde o diagnóstico, passando pelo estadiamento, tratamento, onde se inclui a cirurgia da mama, as terapêuticas sistémicas (quimioterapia, hormonoterapia, imunoterapia e terapêuticas alvo) e a radioterapia e seguimento, sempre dentro do grupo, tendo um acompanhamento próximo, personalizado e adaptado a cada caso clínico”, confirma Francisco Paralta Branco.

Com mais de 20 anos de experiência, a Joaquim Chaves Saúde é, ainda, o maior operador privado de Radioncologia em Portugal, com presença em todo o país (continente e ilhas).

Cancro da mama: o meu é diferente do teu!
Nem todas as mulheres gostam dos mesmos estilos musicais, apreciam o mesmo tipo de exercício físico ou professam a mesma...

“E é muito importante saber que as diferentes doenças têm prognósticos diferentes e que cada doente tem especificidades próprias, o que implica muitas vezes tratamentos diferentes”, confirma Gabriela Sousa, médica oncologista, que reforça a importância deste conhecimento: “A principal vantagem é poder participar, com as equipas clínicas, nas decisões de tratamento, de forma consciente e informada!”

Por isso, as associações Careca Power e Evita, a Liga Portuguesa contra o Cancro, a Sociedade Portuguesa de Senologia, a AstraZeneca e a Daiichi Sankyo são os parceiros desta iniciativa, que conta com duas embaixadoras especiais - Joana Cruz, animadora de rádio e Sara Rodrigues, criadora de conteúdos digitais - e apresenta quatro testemunhos em vídeo de quatro mulheres com um diagnóstico de cancro da mama que é, ao mesmo tempo, aquilo que as une e as separa.

“Cada doente poderá ter uma doença diferente, porque seguramente ainda nos falta muito conhecimento sobre como esta doença interage com o organismo onde se desenvolve”, explica Gabriela Sousa. “Atualmente, conhecemos sobretudo quatro subtipos moleculares de cancro da mama. Contudo, não é realizada em todos os casos a determinação molecular de cada subtipo e o que é consensual é a determinação, por técnicas laboratoriais a realizar aquando da biópsia, pela anatomia patológica, de vários recetores que, no seu conjunto, poderão ser interpretados e integrados numa classificação equivalente: Luminal A “like” – elevada expressão de recetores hormonais (estrogénio e progesterona); Baixo índice proliferativo (Ki67) e ausência de expressão de HER2; Luminal B “like”/HER2 negativo – expressão menor de recetores hormonais, elevado índice proliferativo; HER2 “puro” – ausência de expressão de recetores hormonais e HER2 positivo; e triplo negativos – ausência de expressão de ambos os recetores hormonais e HER2.”

Depois, há ainda casos “relacionados com alterações genéticas, que poderão ser herdadas (alterações germinativas) ou que apenas se manifestam no próprio tumor (alterações somáticas)”. Alterações cuja busca deve ser feita “no caso de cancro da mama avançado (metastizado), dado que o diagnóstico destas alterações poderá ter implicação no tratamento da doença. Também está indicado proceder à determinação de alterações germinativas, sempre que a probabilidade de haver uma alteração seja superior a 10%, e perante algumas situações: diagnóstico de cancro da mama em idade jovem, antes dos 40 anos; diagnóstico de cancro da mama bilateral; diagnóstico de cancro da mama triplo negativo; diagnóstico de cancro da mama no homem”.

Apesar de ser cada vez maior o conhecimento nacional sobre cancro da mama, Gabriela Sousa considera que “há ainda um grande caminho a fazer ao nível da literacia” e esclarece que “o tratamento mais adequado num caso não é o melhor noutro caso”. Isto apesar de, “em termos de sintomas, o facto de ser uma doença diferente não alterar substancialmente os sinais a que devemos estar atentos. Deve ser dada atenção a qualquer modificação da mama (incluindo pele e mamilo), de deformidades da mama ou nodulações, escorrências mamilares ou feridas que não cicatrizam! Também a persistência de sinais inflamatórios da mama devem ser tomadas em atenção. Muito importante é aderir ao Programa Nacional de Rastreio, já que o cancro da mama pode ser detetado antes do aparecimento de sintomas, e quanto mais precocemente for, maior a probabilidade de cura”.

Recorde-se que, por ano, são diagnosticados cerca de 7 041 novos casos de cancro da mama e morrem, em Portugal, cerca de 1 864 mulheres e alguns homens com este tipo de tumor (1). “Salientamos a maior prevalência em mulheres mais jovens e, com o aumento da longevidade, também muitos cancros da mama são diagnosticados acima dos 70 anos. Estas duas populações (muito jovens e muito idosas) têm necessidades específicas destas idades e implicam desafios constantes ao nível das estruturas dedicadas ao tratamento do cancro da mama”, reforça a especialista.

Saiba mais em: https://saudeflix.pt/o-meu-e-diferente-do-teu-cancro-da-mama/

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