23 milhões de euros a 33 novos projetos de investigação em biomedicina e saúde em Espanha e Portugal
A quinta edição do Concurso CaixaResearch de Investigação em Saúde 2022 dará um impulso a 33 novos projetos de investigação...

O Concurso CaixaResearch de Investigação em Saúde 2022 selecionou 33 novos projetos biomédicos e de saúde promissores promovidos por centros de investigação e universidades de Espanha e Portugal. Deste modo,  a Fundação ”la Caixa”, com a colaboração do BPI, reafirma, uma vez mais, o seu apoio a projetos de excelência que possam ter um impacto positivo na saúde dos cidadãos.

Neste quadro, atribui um total de 23,1 milhões de euros a tais projetos – 20 espanhóis e 13 portugueses –, projetos estes que serão desenvolvidos ao longo dos próximos três anos.

O Concurso, ao qual foram apresentadas nesta edição 546 propostas, tem como objetivo identificar e promover iniciativas de excelência científica e de maior potencial e impacto social, tanto em investigação de base e clínica como translacional e de inovação.

Os 13 projetos portugueses selecionados são provenientes de vários centros de investigação do país: 7 da Área Metropolitana de Lisboa, 3 da Região Norte (Porto e Braga), 2 da Região Centro (Coimbra) e 1 do Algarve.

Entre os projetos nacionais apoiados encontram-se dois projetos do i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto e da Universidade NOVA de Lisboa (NMS and ITQB) e da Universidade de Coimbra. O Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR), a Católica Biomedical Research Centre, a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, o Instituto de Medicina Molecular, a Fundação Champalimaud o Instituto Gulbenkian de Ciência e a Universidade do Minho vêm apoiado um dos seus projetos de investigação.

 

 

 

 

 

Em conjunto com 6 unidades de saúde e um grupo de pais de crianças com diabetes tipo 1
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) e um conjunto de várias entidades ligadas aos cuidados de saúde...

No texto de enquadramento da petição, explica-se que “o sistema de bombas de insulina híbridas ou automáticas é já uma realidade em Portugal, mas ainda não tem o alcance necessário e implica um valor incomportável para as famílias. Trata-se do sistema cuja performance mais se aproxima do pâncreas artificial, administrando insulina automaticamente e ajustando-a de acordo com as necessidades individuais. É revolucionário na medida em que melhora substancialmente a saúde das pessoas com diabetes, permitindo-lhes viver quase como se não tivessem diabetes. A utilização destas bombas pode proporcionar às crianças e jovens com diabetes melhor compensação, uma redução em 80% do número de picadas nos dedos e 95% do número de injeções que uma pessoa com diabetes tipo 1 tem de dar por ano. Este sistema contribui para uma melhoria significativa da qualidade de vida das crianças, mas também das suas famílias e outros cuidadores”.

José Manuel Boavida, presidente da APDP, explica que a disponibilização das bombas de insulina híbridas a todas as pessoas que poderão beneficiar delas “é uma questão de humanismo e de respeito. Só as pessoas com diabetes tipo 1 poderão utilizar estas bombas e entre elas, cerca de 5.000 são crianças ou jovens que dependem da ajuda de cuidadores, pais, avós, educadores, que serão também muito mais livres e menos sofredores no seu dia a dia. Querendo o essencial da vida, as crianças e jovens com diabetes tipo 1 e suas famílias não podem esperar.” A petição, reclama, assim “ o acesso desta população, sob prescrição de especialista, aos sistemas de bombas de insulina híbridas em todos os centros de colocação de bombas do país”.

Além da APDP, são autores desta petição um grupo de pais de crianças e jovens com diabetes tipo 1, a Consulta de Diabetes Pediátrica do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, a Consulta de Diabetes Pediátrica da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, o Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar do Oeste – Caldas da Rainha, o Serviço de Pediatria do Hospital de São Francisco Xavier, a Unidade de Diabetes da Criança e Adulto do Centro Hospitalar do Oeste – Hospital de Torres Vedras e Unidade de Endocrinologia e Diabetologia Pediátrica do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia.

A diabetes tipo 1 é a doença crónica mais frequente das crianças e jovens. Para que estes possam atingir o seu potencial de vida em termos pessoais, familiares e sociais é necessário um excelente controlo metabólico. Este exige, por parte de quem a tem e de quem cuida, uma abordagem muito própria e de grande exigência. As pessoas com diabetes tipo 1 precisam de injetar insulina e monitorizar os níveis de glicemia 24 horas por dia, 7 dias por semana. Sem insulina, não sobrevivem. Se o controlo metabólico não for adequado, têm um risco aumentado de consequências de elevado potencial incapacitante tal como cegueira, insuficiência renal, doenças cardiovasculares, amputações e um risco aumentado de mortalidade precoce, chegando a reduzir 17 anos a sua esperança de vida. Em Portugal calcula-se que serão cerca de 5.000 as crianças e jovens com diabetes tipo 1, sendo que este número tem vindo a aumentar consideravelmente nos últimos anos.

A petição pode ser lida e assinada aqui e em 24 horas foi assinada por mais de 1500 cidadãos.

Dia mundial do Pulmão assinala-se a 25 de setembro
O Dia Mundial do Pulmão, que se assinala a 25 de setembro, foi estabelecido pelo Forum of International Respiratory Societies ...

A propósito do Dia Mundial do Pulmão, a GSK reforça o seu posicionamento “Healthy Planet, Healthy People” e relembra a importância de proteger o planeta para promover a saúde das pessoas, em particular a parte respiratória, em que a GSK é líder. Com mais de 50 anos de inovação nesta área, a GSK está empenhada em ajudar as pessoas que sofrem de doenças respiratórias crónicas a respirar melhor, redefinindo continuamente o tratamento para a asma e para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), com o objetivo de que vivam com a melhor qualidade de vida possível.

“A saúde respiratória faz parte das prioridades de inovação da GSK há mais de meio século. Hoje, levamos este nosso compromisso ainda mais longe. Além de continuarmos a trabalhar na investigação e desenvolvimento de tratamentos para as principais doenças respiratórias crónicas, estamos igualmente empenhados em reduzir a zero a nossa pegada ecológica, o que contribui para a saúde respiratória do planeta e, logo, das pessoas”, defende Neuza Teixeira, Country Medical Manager da GSK em Portugal.

Estudos recentes apontam que a exposição à poluição atmosférica está a ter um impacto significativo na qualidade de vida e saúde das pessoas – principalmente de quem sofre de doenças respiratórias – estando a causar 7 milhões de mortes prematuras por ano1. Este número revela o efeito das alterações climáticas e da poluição no aumento da mortalidade precoce e no agravamento de diversas doenças, como é o caso da asma. A asma é uma doença inflamatória crónica, que afeta 334 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em Portugal, estima-se que existam 700 mil pessoas asmáticas.

 

 

Infeções gastrointestinais e neurociências
Duas investigadoras da Universidade de Coimbra (UC) – do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC-UC) e do Instituto...

Os dois projetos da UC foram escolhidos entre as 546 propostas apresentadas ao concurso CaixaResearch de Investigação em Saúde 2022. Este programa de financiamento tem por objetivo apoiar iniciativas de excelência científica com elevado potencial e impacto social, tanto em investigação de base e clínica, como translacional e de inovação.

Um dos projetos aprovados é coordenado por Manuela Ferreira, investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra. Intitula-se “Qual a influência da dieta no sistema imunitário durante os primeiros anos de vida?” e vai receber cerca de 410 mil euros para estudar os linfócitos T, um tipo de células imunitárias que se encontram no epitélio intestinal (o revestimento do intestino) e que são conhecidas por atuarem como primeira linha de defesa imunitária. Mais concretamente, a investigação vai centrar-se no papel de retinoides (moléculas presentes na dieta e quimicamente relacionadas com a vitamina A) nos linfócitos T e determinar a sua função no intestino durante os primeiros anos de vida. Sobre a relevância desta investigação, Manuela Ferreira explica que “existe grande urgência em compreender melhor o funcionamento do intestino e a relação que se estabelece entre o sistema imunitário e os alimentos ingeridos”. Atualmente, as doenças infeciosas ainda são uma das principais causas de morte entre as crianças com menos de cinco anos, e sabe-se que a desnutrição constitui um fator de risco que agrava o prognóstico. Neste âmbito, este novo projeto pretende vir a “facilitar o desenvolvimento de novas estratégias preventivas, possíveis alvos terapêuticos e ainda tratamentos eficazes contra as infeções gastrointestinais”, salienta a investigadora.

O segundo projeto da UC que vai ser financiado é coordenado por Ira Milosevic, investigadora do Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento da Universidade de Coimbra. Chama-se “Rumo a uma melhor compreensão da disfunção da sinapse” e, com o financiamento de cerca de 495 mil euros, vai estudar como é que os neurónios deixam de comunicar corretamente uns com os outros e como isso pode estar na base da neurodegeneração que ocorre no envelhecimento e em doenças neurodegenerativas. Neste projeto, a equipa de investigação vai estudar com detalhe a comunicação entre neurónios, na sinapse, com especial foco nos endossomas. Vai, assim, “contribuir para se conhecer melhor os processos que ocorrem na sinapse, que são relevantes no envelhecimento do cérebro e com impacto nas doenças neurodegenerativas, que pode vir a resultar no desenvolvimento de abordagens terapêuticas inovadoras”, salienta a investigadora.

“Estes dois projetos constituem mais uma demonstração da elevada qualidade e relevância da investigação fundamental na área das neurociências, envelhecimento e ciências biomédicas desenvolvida na Universidade de Coimbra, e vem ainda reforçar a área estratégica da saúde”, destaca a Vice-Reitora da Universidade de Coimbra para a Investigação, Cláudia Cavadas.

Este financiamento da Fundação ”la Caixa”, que vai na 5.ª edição, tem vindo a apoiar projetos que possam ter um forte impacto nos desafios de saúde nas áreas das doenças cardiovasculares, infeciosas e oncológicas, das neurociências, como também projetos que possam originar tecnologias facilitadoras nas áreas mencionadas. O concurso conta com a colaboração da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), que vai financiar três dos treze projetos portugueses selecionados.

Saúde auditiva
As escolas têm um papel essencial e claro na formação das crianças e jovens.

A poluição sonora é um problema que afeta a saúde humana e a qualidade de vida das pessoas. No ambiente escolar, o ruído é considerado um agente que interfere no desempenho e bem-estar do aluno (e também dos professores), colocando em causa todo o processo de aprendizagem. É, assim, essencial que as condições acústicas dos espaços escolares sejam adequadas, proporcionando melhores ambientes de estudo e aprendizagem de forma a aumentar o desempenho, tanto dos alunos como dos docentes.

O tratamento acústico dos edifícios e uma mudança de comportamento das pessoas poderá contribuir para diminuir os efeitos da poluição sonora destes espaços, melhorando assim o ambiente escolar.

A poluição sonora escolar pode ter graves consequências, tais como:

  • Perda de memória;
  • Desregulação do sono;
  • Dores de cabeça;
  • Desconcentração;
  • Nervosismo e agressividade;
  • Surdez.

As perdas de audição são a principal consequência da exposição ao ruído contante. A partir de um determinado nível de ruído, o aparelho auditivo reflete fadiga, que inicialmente pode ter tratamento, no entanto, caso seja uma exposição a longo prazo, pode causar surdez permanente.

Para isso, existem formas de minimizar o ruído, no espaço escolar:

  • Atuação sobre a fonte de ruído

Muito se tem falado sobre este tema. É importante promover conteúdos pedagógicos que captem a atenção dos alunos e os mantenham interessados. Muitas escolas já usam os seus meios audiovisuais para manter os alunos realmente interessados nas matérias. Mas muito há ainda por fazer.

  • Promover atividades menos ruidosas e igualmente profícuas

Em muitas escolas um pouco por todo o mundo já foram adotadas atividades de meditação, mindfullness, ou “my time”, que por apenas alguns minutos ajudam os alunos a concentrarem-se antes de cada período de aula.

  • Atuação sobre as vias de propagação

Isto pode traduzir-se no uso de materiais de isolamento e painéis antirruído;

  • Tratamento acústico das paredes

Tem como objetivo evitar ou diminuir o tempo de reverberação, devendo ser evitadas as superfícies lisas e duras.

Em suma, para que uma sala de aula seja tenha boas condições é necessário que esteja assegurada a compreensão do que o emissor diz. Às vezes basta começar por criar as condições certas para que a comunicação de faça de uma forma regular.

 

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Na área da biomedicina, nacional e internacional
Apoiar a investigação científica, na área da biomedicina, nacional e internacional, através da recolha e armazenamento de...

Criado pelo Centro Académico Clínico de Coimbra CHUC-UC (CACC CHUC-UC), um consórcio constituído pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E. (CHUC) e a Universidade de Coimbra (UC), o Biobanco irá permitir que investigadores em ciências biomédicas possam ter acesso a amostras e dados associados, para desenvolver atividades científicas com relevo para o incremento do conhecimento na área da saúde humana.

Segundo Carlos Robalo Cordeiro, Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e Presidente do conselho directivo do CACC “esta é uma importante unidade de apoio ao desenvolvimento da medicina e da investigação translacional. Acreditamos que constitui uma importante oportunidade para promover relações de cooperação nacional e internacional entre investigadores, instituições promotoras da investigação.

Num futuro próximo, o Biobanco do CACC terá ainda a capacidade de proceder à caracterização celular e molecular das amostras, tornando estas coleções ainda mais atrativas para a comunidade científica e reforçando ainda mais a investigação clínica e translacional, de elevada qualidade, em associação com a formação superior e a prestação de cuidados de saúde de excelência.

A atividade do Biobanco está aprovada pela Comissão de Ética do CHUC, cumprindo todas as normas éticas e de proteção de dados. No desenvolvimento da sua atividade, o Biobanco do CACC assim como os seus colaboradores regem-se pelos valores de respeito pela dignidade da pessoa, confidencialidade, responsabilidade e participação.

O Biobanco está localizado num dos edifícios de Celas do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, estando dotado de uma área aproximada de 160 m2, e integrado na Unidade de Inovação e Desenvolvimento do CHUC.

 

 

O estado da arte na saúde física, mental e auditiva dos músicos
Ergonomia e saúde, ansiedade e performance, formação musical e ensino saudável, a condição auditiva dos profissionais de música...

Organizado pelo Departamento de Música e Saúde deste espaço multicultural, que engloba uma unidade hoteleira com especial predileção pela cena musical, o encontro tomará pulso à realidade física, mental e auditiva dos músicos, bem como ao ensino saudável na formação de instrumentistas. Destina-se, por isso, especialmente a profissionais de música, estudantes, professores, clínicos e demais interessados pelas áreas em debate.

É um tema – ainda frequentemente – tabu. Mas, por causa da paragem profissional que a pandemia ditou a muitos artistas, e das realidades clínicas que os desconfinamentos foram revelando, a saúde dos músicos está gradualmente a sair dos bastidores e da discrição dos consultórios para ganhar importância pública.

“A saúde e a longevidade dos performers no exercício de sua arte requerem não apenas a adequação dos cuidados de saúde que lhes são prestados, por profissionais que conheçam e considerem suas necessidades específicas, mas também - e talvez de forma fundamental - atenção à sua formação, para que a construção da saúde ocorra juntamente com a aquisição das habilidades necessárias à performance”, sublinha Flora Vezzá, dínamo do evento e responsável pelo Departamento de Música e Saúde do M.Ou.Co., que tem na Clínica da Performance a sua face mais visível.

Esta doutorada em Saúde Pública e especialista em Fisioterapia Preventiva e Ergonomia (orientada para o desempenho musical) assevera que o atual contexto fornece a rampa certa para o “desenvolvimento de formações orientadas para a capacitação de profissionais de saúde, mas também para a dos próprios performers em todas as suas valências: artistas profissionais e amadores, iniciantes e proficientes”.

Graças ao reconhecimento da necessidade de uma abordagem especializada e sistematizada sobre a prevenção de problemas e a promoção da saúde e bem-estar dos músicos, “assiste-se um pouco por todo o mundo ao desenvolvimento de várias redes de conservatórios e escolas de música e artes voltadas para o ensino saudável”, lembra Flora Vezzá.

Para fazer o diagnóstico da especialidade e apontar caminhos, em Portugal, as 1.ª Jornadas de Música e Saúde do M.Ou.Co. reúnem um lote de profissionais com trabalho profícuo no atendimento de artistas e em diversos domínios (fisioterapia, ergonomia, audiologia, psicologia e musicologia), entre os quais pós-graduandos da Universidade de Aveiro, bem como professores da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo e da Católica do Porto.

A excelência requer do artista dedicação, prática constante e a capacidade física para a recriação do gesto a cada performance, enuncia Flora Vezzá, enfatizando que, “quando um problema de saúde afeta o seu desempenho, o apoio de profissionais que estejam cientes das exigências da sua atividade é fundamental”.  O que significa que abordagens especializadas que ofereçam técnicas de tratamento e recomendações adequadas às habilidades tão especiais desenvolvidas na performance podem ser a diferença entre uma recuperação plena e rápida, com retorno ao nível de desempenho anterior. Ou dificuldades e prejuízos no desempenho a médio e longo prazo.

A jornada, que ocupa toda a tarde de 15 de outubro, termina com um concerto comentado da especialidade, às 19h00.

22 de setembro pelas 19h
No dia 22 de setembro, das 19h00 às 20h30, a Academia Linde Saúde promove um webinar que tem como objetivo ajudar os...

O benefício clínico da oxigenoterapia está intrinsecamente dependente da sua correta aferição e da adesão ao tratamento, mas estes requisitos exigem um conhecimento aprofundado desta terapia por forma a equacionar as possibilidades técnicas existentes versus as expectativas e contexto do doente. Nuno Cortesão, pneumologista e intensivista no Hospital da Luz Arrábida, é o especialista convidado deste webinar e durante 90 minutos irá desconstruir vários conceitos e dúvidas relativos à oxigenoterapia.

No final da sessão os formandos deverão ser capazes de dominar o conceito de oxigenoterapia, indicações e características; compreender os critérios major a ter em conta na adequação da oxigenoterapia às necessidades e caraterísticas do doente e ser capaz de traduzir os conhecimentos teóricos apreendidos para a prática.

O webinar tem como público alvo médicos, médicos internos, estudantes de medicina, enfermeiros e fisioterapeutas. Para emissão de certificado de participação é necessário aceder à sessão através do link exclusivo que receberá após a inscrição e assistir a mais de 75% do período total da sessão.

 

Inaugurada em 2007
A CUF, com 77 anos de experiência e líder na prestação de cuidados de saúde em Portugal, comemora 15 anos da sua chegada ao...

Com um elevado perfil tecnológico, o Instituto CUF Porto é uma das maiores unidades de ambulatório em Portugal e conta com uma vasta oferta de consultas de especialidade e exames de diagnóstico e tratamento de apoio a todas as especialidades. Esta unidade de saúde caracteriza-se pela sua forte componente de apoio ao diagnóstico e tratamento, dispondo de uma ampla área de exames especiais e meios complementares de diagnóstico tecnologicamente avançados, bem como tratamentos diferenciados ao nível, nomeadamente, da Cardiologia, Gastrenterologia, Oftalmologia, Medicina Física e de Reabilitação e Radioterapia.

Ao longo deste percurso de consolidação e crescimento, o Instituto CUF Porto realizou mais de 1 milhão de consultas e 8 milhões de exames de diagnóstico.

Em conjunto com o Hospital CUF Porto, inaugurado em 2010, as duas unidades constituem um marco na saúde da área metropolitana do Grande Porto, disponibilizando cuidados de saúde de elevada qualidade e diferenciação, em estreita articulação com as restantes unidades da Rede CUF no país.

 

Até 10 de outubro
A APAH, Exigo, Gilead Sciences e IASIST anunciam que o prazo para submissão de candidaturas à 2.ª edição das Bolsas Mais Valor...

As Bolsas Mais Valor em Saúde - Vidas que Valem irão distinguir 4 projetos de carácter interdisciplinar, com o valor de 50.000 euros cada em serviços de consultoria, que visem implementar melhorias nos processos, contribuam para alcançar melhores resultados para o doente e para cimentar a cultura de Gestão da Saúde com Base no Valor. O regulamento das Bolsas pode ser consultado aqui

O Programa Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem, é uma parceria APAH, Exigo, Gilead Sciences e IASIST, à qual se junta a Altice como parceiro tecnológico, que pretende contribuir para cimentar a cultura de Value Based Heathcare (VBHC) através da análise dos problemas atuais do Sistema Nacional de Saúde, da capacitação dos intervenientes na tomada de decisão, do rigor na avaliação de resultados e da transparência na sua divulgação. O propósito é a implementação de estratégias que permitam melhorar os resultados clínicos, a satisfação dos doentes e a afetação de recursos financeiros.

A avaliação das candidaturas estará a cargo de um Júri composto por personalidades de reconhecido mérito, experiência profissional e/ou académica, presidido por Maria de Belém Roseira e que conta com Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, Rui Pinto, da Direção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Rita Cavaco, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Pedro Pita Barros, Economista da Saúde, Xavier Barreto, Presidente da APAH e Vera Arreigoso, jornalista especialista em temas da saúde.

As Bolsas Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem contam com o apoio institucional da Ordem dos Enfermeiros, da Ordem dos Farmacêuticos e da Ordem dos Médicos, vendo assim reconhecida a relevância desta iniciativa.

28º Congresso Nacional de Medicina Interna
O 28º Congresso Nacional de Medicina Interna vai realizar-se, em formato híbrido, de 2 a 5 de outubro, em Vilamoura, com a...

“É uma honra para o serviço de Medicina Interna de um pequeno hospital poder organizar tão grandioso evento” afirma Amélia Pereira, Presidente do Congresso.

Para Lèlita Santos, Presidente da SPMI "o Congresso Nacional de Medicina Interna é um momento de atualização científica e discussão de assuntos de interesse para a especialidade incluindo aspetos estruturais e operacionais do SNS, tão importantes no contexto atual. Este Congresso, a exemplo de todos os anteriores, tem o sucesso garantido e será mais uma demonstração da importância da Medicina Interna como especialidade estruturante nos hospitais."

O encontro científico terá como tema «Da nascente à foz: Medicina Interna» e pretende transmitir a ideia de movimento, crescimento e evolução, que por analogia com o correr do rio Mondego, mostre o papel do internista no seguimento do doente em toda a sua vida adulta.

No programa do 28º CNMI serão debatidos múltiplos temas, grande parte resultado do trabalho desenvolvido ao longo do ano pelos núcleos da sociedade, mas também outros temas científicos que pela sua atualidade, especificidade ou controvérsia serão importantes pontos de discussão, partilha e sedimentação de conhecimentos.

Durante os quatro dias vão realizar-se 17 mesas-redondas, seis conferências e diversos Encontros com Especialista, Comunicações Orais e Simpósios. A tarde do terceiro dia do Congresso será dedicada aos Jovens Internistas e aos Orientadores de Formação de Medicina Interna.

“Queremos refletir sobre a importância da Medicina Interna ao longo dos tempos, dentro e fora do Serviço Nacional de Saúde. A Medicina Interna tem tido uma ação central no desenvolvimento, evolução e garantia de padrões de qualidade da atividade assistencial nos hospitais portugueses, mas também na atividade formativa, na análise e reflexão do trabalho realizado através da investigação” conclui Amélia Pereira.

As inscrições encerram dia 20 de setembro. Após esta data só serão aceites inscrições no próprio Congresso. Inscrições aqui: https://cnmi.spmi.pt/

O programa está disponível em:  https://cnmi.spmi.pt/wp-content/uploads/2016/05/28oCNMI_PROGRAMA-COM-NOMES_V20.pdf

Iniciativa da Sociedade Portuguesa de Cefaleias (SPC)
A TEVA Portugal está a apoiar o programa de webinars 365: MEET THE ONLINE HEADACHE EXPERT, uma iniciativa da Sociedade...

As sessões são gratuitas, com duração de 60 minutos e ocorrem na terceira sexta-feira de cada mês, pelas 17 horas. Os interessados, podem optar por participar com partilha de conteúdos para discussão (sob a forma de slides com informação clínica ou artigos científicos) ou por chat ou vídeo sem partilha de conteúdos (participação simples)

As cefaleias encontram-se entre as doenças mais comuns do Sistema Nervoso afetando cerca de metade da população mundial. Segundo a Organização Mundial de Saúde, as cefaleias estão identificadas como a doença neurológica mais frequente nos cuidados primários e encontram-se entre as 10 mais incapacitantes. Estima-se que 1,7% a 4% da população adulta tem em média 15 dias de cefaleias por mês1.

Na opinião de Marta Gonzalez Casal, diretora geral da TEVA Portugal, “este projeto constitui uma importante aposta na dinamização e desenvolvimento de novas competências, com vista a fortalecer a formação dos profissionais de saúde e ajudá-los a melhorar a qualidade de vida dos doentes com cefaleias”.

Raquel Gil-Gouveia, presidente da SPC refere que “Este projeto visa aproveitar as oportunidades que o contacto digital permite para construir uma ponte entre os profissionais de saúde que estão na primeira linha de tratamento dos doentes com cefaleias e enxaqueca em Portugal e os neurologistas especialistas em cefaleias de todo o território nacional. O principal objetivo é que os colegas médicos e internos de medicina geral e familiar, mas também qualquer outro colega de medicina interna, pediatria, medicina do trabalho ou outros, que naturalmente cuidam de pessoas que sofrem de cefaleias, tenham regularmente uma possibilidade de discutir casos complexos, questionar sobre dúvidas de terapêutica, diagnóstico ou mesmo referenciação ou obter informação sobre a inovação - como novas terapêuticas, técnicas, estudos ou ensaios. Do estreitar desta relação interpares só pode resultar em benefício para as pessoas que sofrem de enxaqueca ou outras cefaleias, em Portugal”

Nuno Jacinto, presidente da APMGF acrescenta “Esta colaboração permite criar redes de comunicação entre Neurologistas e Médicos de Família, melhorando a articulação entre as duas especialidades.

O caráter regular e informal das sessões torna-as mais apelativas e possibilita um aprofundar de conhecimentos e partilha de experiências que, em última análise, originarão uma melhoria dos cuidados de saúde prestados aos doentes com cefaleias.”.

As sessões do programa 365: MEET THE ONLINE HEADACHE EXPERT vão decorrer até fevereiro de 2023 conduzidas por um painel de neurologistas peritos na área das Cefaleias.

20 maio | Filipe Palavra (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – Hospital Pediátrico)

17 junho | Henrique Delgado (Hospital das Forças Armadas e Hospital da Luz Lisboa)

15 de julho – Renato Oliveira (Hospital da Luz Lisboa)

19 de agosto – Carlos Andrade (Centro Hospitalar e Universitário do Porto)

16 de setembro – Sónia Batista (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra)

21 de outubro – Sara Machado (Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca)

18 de novembro – Paulo Simões Coelho (CUF Porto)

16 de dezembro – Elsa Parreira (Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca)

20 de janeiro – Manuela Palmeira (Centro Hospitalar da Cova da Beira)

17 de fevereiro – Paula Esperança (Centro Hospitalar de Lisboa Central)

A participação nos webinars 365: MEET THE ONLINE HEADACHE EXPERT é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia em:  https://cefaleias.efk.pt/

Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
Um estudo publicado na revista “Marine Pollution Bulletin” aponta a necessidade da criação de uma metodologia universal para...

A bioacessibilidade traduz-se no que o organismo humano pode absorver a partir dos alimentos que ingerimos e é um instrumento particularmente relevante para determinar quais os valores máximos de contaminantes que podem ser consumidos ao longo da vida sem risco para a saúde. Em concentrações muito baixas, o mercúrio não representa perigo para a saúde humana, mas a sua acumulação a longo prazo pode ter efeitos prejudiciais.

Este estudo, liderado por Filipe Costa, do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), avaliou a fração de mercúrio bioacessível em peixes e mariscos presentes na dieta mediterrânica, designadamente peixe-espada-preto, atum, espadarte, tubarão azul, salmão e tainha; mexilhão e amêijoa.

A escolha das espécies foi baseada nos principais peixes e mariscos consumidos no sul da Europa e incluiu espécies capturadas no oceano (peixe-espada-preto, atum, espadarte e tubarão azul), espécies de aquacultura (salmão e mexilhões) e espécies estuarinas (tainha e amêijoas). Para avaliar o nível de bioacessibilidade das espécies em estudo, a equipa, que integra também Pedro Coelho e Cláudia Mieiro, da Universidade de Aveiro (UA), recorreu a três formas distintas de extração in vitro, que «simulam em laboratório o efeito da saliva, suco gástrico e da bílis durante o processo de digestão», explica Filipe Costa,

referindo que, no caso do peixe-espada-preto, foram ainda utilizados três diferentes métodos de confeção: cozer, fritar e grelhar, para avaliar o impacto dos processos culinários na bioacessibilidade do mercúrio.

O estudo conclui que a estimativa da bioacessibilidade do mercúrio no peixe e marisco depende do método aplicado, já que cada método de extração apresentou resultados diferentes, o que, para o investigador da FCTUC, «salienta a falta de uma metodologia universal para estimar a bioacessibilidade do mercúrio (Hg) nessas matrizes. As frações de Hg bioacessíveis variavam entre 10% e quase 90% do mercúrio total (T-Hg) e aumentaram nas espécies consideradas predadoras (espadarte, tubarão azul e atum). Entre os três métodos de extração testados, o Método Unificado de Bioacessibilidade (UBM) forneceu a estimativa mais elevada de bioacessibilidade de Hg para os consumidores».

No que respeita aos métodos de confeção utilizados, «todos eles reduziram consideravelmente a fração de Hg bioacessível», ou seja, observou-se uma «diminuição no teor deste contaminante», avança Filipe Costa, esclarecendo que, de uma forma geral, os resultados do estudo indicam que o «Hg bioacessível encontrado nestas espécies de peixe e marisco, especialmente após a confeção, está muito abaixo dos níveis estabelecidos pela legislação atual de avaliação de risco de segurança. Estes resultados destacam a importância da integração de medidas de bioacessibilidade na legislação de segurança alimentar».

A legislação de segurança alimentar atual apenas considera a concentração total de contaminantes em peixes e mariscos, não tendo em conta a bioacessibilidade contaminante durante o processo de digestão nem o efeito dos modos de confeção na solubilização digestiva do contaminante. O artigo científico pode ser consultado em: https://doi.org/10.1016/j.marpolbul.2022.113736

Dor cervical
A dor no pescoço é também conhecida como dor cervical e pode variar de muito leve, a grave ou até a

Causas

A maioria das dores cervicais estão relacionadas com distúrbios na coluna, como contraturas musculares, artroses e artrite, distúrbios do disco intervertebral como as hérnias discais e ainda por lesões causadas por traumatismo, como o golpe de chicote provocado por acidentes de viação.

  1. Contraturas musculares: O uso excessivo de músculos, a preocupação, stress, adormecer numa posição desconfortável ou mesmo o uso prolongado de um teclado de computador são alguns dos motivos que podem provocar tensão nos músculos do pescoço. Esta tensão provoca a redução de mobilidade, desconforto e dor.
  2. Artroses: A idade é amplamente aceite como causa, pois as articulações do pescoço também tendem a deteriorar-se como outras articulações.
  3. Distúrbios do disco intervertebral: Os discos de amortecimento entre as vértebras ficam desidratados, estreitando os espaços de saída dos nervos na coluna vertebral. A degeneração dos discos pode ainda levar a que estes se fragmentem e acabem por sair do espaço intradiscal, provocando a compressão do nervo e, portanto, dor.
  4. Lesões traumáticas: Os traumatismos da região cervical, comuns em acidentes de viação, provocam alterações no disco intravertebral e nas articulações da coluna, resultando muitas vezes em dor crónica.

Sintomas

A dor pode ser contínua ou intermitente.

Para além da dor localizada no pescoço, outros sintomas associados são:

  • Irradiação da dor para os ombros, braços, mãos, omoplata e cabeça
  • Sensação de formigueiro e dormência
  • Diminuição da força muscular
  • Dificuldade nos movimentos do pescoço

Diagnóstico

Obter o diagnóstico correto é essencial para individualizar o plano de tratamento.

A Paincare utiliza investigações radiológicas para identificar a origem da dor como raio-x, TAC e ressonância magnética, que permite investigar com pormenor a causa da dor.

Para complementar, oferece

  • Uma avaliação completa por um dos nossos especialistas no tratamento da dor
  • Uma história médica detalhada, incluindo avaliação de enfermagem, concentrando-se na sua dor
  • Um exame completo da coluna vertebral e avaliação neurológica

Tratamentos

As principais formas de tratamento incluem:

  • Farmacoterapia
  • Injeções epidurais, facetárias e articulares
  • Radiofrequência cervical
  • Nucleólise da hérnia discal com ozono e fibra ótica
  • Neuroestimulação elétrica transcutânea (TENS)

A dor no pescoço também pode ser um sintoma de meningite quando acompanhado por outros sintomas: febre alta repentina, forte dor de cabeça, pescoço rígido, vómitos em jato, náusea, confusão mental e dificuldade de concentração, convulsões, sonolência, fotossensibilidade e falta de apetite.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo “Caraterização das Unidades de AVC em Portugal 2021”
O trabalho que pretende compreender o funcionamento da Via Verde de AVC (VVAVC) e das Unidades de AVC (UAVC) nos...

Os coordenadores da edição, Miguel Rodrigues e José Mário Roriz, recordam que “o aparecimento das UAVC e a implementação da VVAVC tiveram um papel determinante na diminuição da mortalidade por AVC na última década e na melhoria dos cuidados no AVC agudo em Portugal”. No entanto, alertam os especialistas em Neurologia, “o funcionamento da VVAVC e a estrutura e organização das UAVC é díspar a nível nacional”, isto é, os vários hospitais adotam modelos de funcionamento e recursos humanos variados. Adicionalmente, as UAVC “nunca foram formalmente reconhecidas nem integradas numa rede nacional”, colocando limitações à sua organização e funcionamento.

Este trabalho nasceu da necessidade de “identificar, no nosso País, as estruturas existentes para tratamento agudo e subagudo do AVC, bem como caracterizálas num formato mais sistemático, detalhado e objetivo”, centrado nos critérios estabelecidos pela European Stroke Organisation (ESO), construindo tabelas de classificação fáceis de interpretar objetivamente.

Outro objetivo deste estudo, em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação, passou por “descrever as estruturas disponíveis para a reabilitação pós-AVC”, referem os médicos.

Esta análise abrangente permitiu ao grupo de trabalho elencar dificuldades e necessidades dos vários centros e traduzi-las em recomendações comuns. “Estas recomendações finais estão em linha com os objetivos do Action Plan for Stroke”, um plano internacional para combater o AVC na Europa, que desafia os países signatários (incluindo Portugal) a alcançar metas estratégicas e faseadas até 2030.

Em traços gerais, o estudo demonstrou que as redes de referenciação existentes para terapêutica aguda de revascularização não seguem um plano nacional concertado e devidamente organizado, “para a criação de uma rede geograficamente equitativa”. Da mesma forma, “há uma distribuição claramente desigual das UAVC pelo território português”.

“Os dados continuam a revelar que a maioria das UAVC apresenta constrangimentos importantes na infraestrutura e capital humano – algumas em consequência de reestruturações decorrentes da pandemia COVID-19”, pode lerse nas conclusões do documento. Concretizando, é referido que “3 em 35 UAVC Mais informações: [email protected] | 914 737 275 reconhece não ter equipa própria de enfermeiros, 5 em 35 admite não ter fisioterapeutas dedicados e 3 em 35 refere não ter terapeutas da fala na equipa da UAVC – sendo que 1 em 35 UAVC não realiza ainda pesquisas protocoladas sistemáticas de disfagia”. O reforço de médicos, enfermeiros, terapeutas e assistentes operacionais foi uma das principais e mais preocupantes necessidades listadas como comuns às diferentes UAVC analisadas.

4.ª edição do MOVING ON SERIES
O Porto vai acolher, no próximo dia 15 de outubro, a 4.ª edição do MOVING ON SERIES, evento que marca o calendário da...

O MOVING ON SERIES é um programa de educação médica contínua na doença de Parkinson e que tem contado com a colaboração de vários neurologistas especialistas nas doenças do Movimento. Esta edição é organizada em conjunto pela BIAL, Sociedade Portuguesa de Neurologia (SPN) e Sociedade Portuguesa das Doenças do Movimento (SPDMov).

Este programa científico tem como principal objetivo contribuir para a formação contínua de neurologistas e internos da especialidade, que pretendam consolidar e alargar o seu conhecimento na gestão da doença de Parkinson, fomentando a discussão das mais diversas abordagens terapêuticas com especialistas nacionais e internacionais na área das doenças do movimento.

Para além da discussão de temas críticos na Doença de Parkinson, esta edição pretende desafiar os neurologistas e internos da especialidade a submeter casos clínicos e dar a conhecer alguns projetos de inovação que estão a ser desenvolvidos a nível nacional e internacional. Dos resumos submetidos, três serão selecionados para apresentação, premiação e podem ser posteriormente publicados numa edição da SINAPSE, revista da SPN.

Com um painel diversificado que inclui mais de uma dezena de especialistas, o MOVING ON SERIES contará com um workshop direcionado para a otimização do diagnóstico e intervenção na Doença de Parkinson, com o qual se pretende contribuir para uma melhor prestação de cuidados de saúde a estes doentes.

Para Bruno Fidalgo Dias, responsável do Departamento Médico da BIAL em Portugal, “refletindo o compromisso da BIAL com o conhecimento e formação na área das neurociências e com a comunidade de Parkinson, o MOVING ON SERIES tem vindo a afirmar-se como uma referência médica e científica, estimulando o debate e a partilha de experiências, com os quais todos os doentes poderão beneficiar no futuro próximo. Este ano contamos com uma sessão denominada Brain Corner, em que serão apresentados projetos inovadores na Doença de Parkinson em Portugal, assim como a abertura de um espaço de submissão de casos clínicos e um workshop dedicado ao diagnóstico e intervenção na doença de Parkinson”.

Estima-se que em Portugal 20 mil pessoas sofram de Doença de Parkinson, atingindo já 1,2 milhões de europeus, número que potencialmente duplicará nas próximas duas décadas.

A submissão de resumos de casos clínicos decorre até dia 23 de setembro e as normas e regulamento podem ser consultados aqui: Submissão de Abstracts – MOVING ON SERIES.

Para mais informações consulte: MOVING ON SERIES

Cefaleia de tensão e enxaqueca
Estima-se que cerca de metade das crianças até aos sete anos sofram de cefaleias, sendo as enxaqueca

As cefaleias são dores de cabeça e são uma queixa frequente na criança e adolescente. De acordo com a MiGRA Portugal – Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias, a “cefaleia é uma dor ou incómodo em qualquer parte da cabeça, incluindo couro cabeludo, pescoço superior e face”, estando entre as patologias mais comuns do sistema nervoso. No entanto, continuam a ser subvalorizadas e, consequentemente, subdiagnosticadas.

Em 90% dos casos, as dores de cabeça são consideradas cefaleias primárias, ou seja, estas “são doenças em si mesmas e não expressões de outros eventuais problemas de saúde”. Neste grupo estão incluídas as tão comuns cefaleias de tensão e as enxaquecas. E importa sublinhar ainda que, embora ambas sejam condições que podem ser incapacitantes, são distintas.

Então como distinguir a cefaleia de tensão da enxaqueca?

Segundo a MiGRA Portugal, o que a distingue a cefaleia de tensão da enxaqueca é que, “na maioria dos casos, a cefaleia de tensão é de ambos os lados da cabeça, a intensidade é mais leve, não é pulsátil/latejante, não se intensifica com o esforço físico, não é acompanhada de vómitos e o ruído é menos tolerado do que a luz”.

A cefaleia de tensão:

A cefaleia de tensão é caracterizada por dor ligeira a moderada, descrita muitas vezes como sensação de “capacete” pesado, pressão ou moinha. Pode também fazer-se acompanhar de náuseas e intolerância ao ruído, assim como, algumas vezes, pela contração excessiva dos músculos do pescoço e ombros. Pode ter a duração de horas, dias e em alguns casos é praticamente contínua.

A enxaqueca:

A enxaqueca é uma doença do sistema nervoso central que pode começar horas a dias antes da dor propriamente dita, com sintomas prodrómicos como depressão, irritabilidade, letargia, sensibilidade exagerada às luzes e aos sons, dificuldade de concentração, bocejo ou outros, bastante variados.

A dor é tipicamente unilateral, pulsátil, de intensidade moderada a grave. É frequentemente acompanhada de náuseas, os vómitos e sensibilidade aumentada à luz e aos sons. Esta pode durar até 72 horas, e mesmo depois de passar podem persistir sintomas como cansaço e dificuldade de concentração.

De sublinhar que nas crianças mais pequenas os sintomas de enxaqueca podem ser diferentes dos adultos, por exemplo quanto à sua localização (mais vezes bilateral) e duração (habitualmente mais curta). Por outro lado, existem ainda as variantes de enxaqueca – síndroma dos vómitos cíclicos, enxaqueca abdominal, vertigem paroxística e torcicolo paroxístico – em que a dor de cabeça pode não ser o sintoma predominante.

Qual a causa da cefaleia de tensão e da enxaqueca?

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Neuropediatria, situações de stress a nível escolar ou familiar, depressões, posturas anormais do pescoço e costas e dificuldades na visão estão entre as principais causas das cefaleias de tensão na criança e no jovem adolescente.

Quanto à enxaqueca, embora o mecanismo exato da enxaqueca não seja conhecido, parece estar relacionado com alterações no cérebro e causas genéticas. A SPN adianta, aliás, que “a maioria das crianças com enxaqueca tem outros familiares com o mesmo problema. Se ambos os pais tiverem história de enxaqueca há 70% de probabilidade de um filho desenvolver enxaqueca. Se só um dos pais tiver o risco desce para 25%-50%”.

Entre os fatores que podem predispor uma crise de enxaqueca, apontam-se o stress, ansiedade, depressão, alterações no padrão de sono, luzes e ruídos intensos, alguns alimentos e bebidas, excesso de exposição solar, excesso de atividade física, entre outros.

Como tratar?

O tratamento vai depender entre outros fatores do tipo de cefaleia, da intensidade, da frequência e da idade da criança.

De acordo com a SPN, de um modo geral, o tratamento das cefaleias primárias consiste na “educação da criança e familiares de forma a identificar e evitar possíveis fatores precipitantes, criar hábitos de sono regular, horários de refeições, hidratação adequada, evitar situações de stress, praticar exercício físico” e na administração de medicamentos analgésicos para tratamento da dor na fase aguda. “Geralmente usam-se os mesmos medicamentos analgésicos dos adultos, mas em doses mais baixas, ajustadas ao peso da criança, sempre prescritos pelo médico”, esclarece a SPN.

Quando necessário, pode recorrer-se ao tratamento profilático, usado diariamente por um período de tempo com o objetivo de diminuir o número e intensidade dos episódios. No enanto, a SPN sublinha: “este tipo de tratamento exige seguimento regular na consulta”.

Quando consultar o médico?

  • Quando dor de cabeça é intensa e diferente do habitual
  • Quando as queixas são frequentes
  • Quando se associam a outros sintomas como alterações da visão, alterações do comportamento, dificuldades na marcha
  • Sempre que os pais estejam preocupados ou com dúvidas
  • Quando a criança tem menos de seis anos
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Setembro é o Mês Internacional de Sensibilização para o Cancro Pediátrico
No Mês Internacional de Sensibilização para o Cancro Pediátrico, a Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com...

O cancro pediátrico, apesar de ser uma doença rara, continua a ser a causa de morte mais frequente em Portugal em crianças acima de 1 anos de idade e adolescentes até aos 15 anos. Na sobrevivência, as sequelas são responsáveis por menos qualidade de vida em dois terços dos sobreviventes, e 1/3 destes tem sequelas graves.

“Afirmando-se como um instrumento de planeamento que integrará as recomendações do Plano Europeu de Luta Contra o Cancro (PELCC), o documento português fica aquém do que a comissão europeia definiu como uma prioridade – a oncologia pediátrica. Oportunidade perdida na definição de prioridades numa área que nunca tinha constado num plano nacional oncológico”, escreve a associação em comunicado.

“Não vemos estratégia para a atualização dos dados em pediatria, no que ao Registo Oncológico Pediátrico diz respeito. É especificamente dito no PELCC que o sistema de informação europeu em cancro deve ser emendado, no sentido de incluir uma nova secção especialmente modelada para ter em conta as especificidades do cancro pediátrico. Existem vários grupos de trabalho na Europa que estão a trabalhar a atualização de dados sendo a posição portuguesa uma das que não tem números globais nem atualizados no que respeita à Pediatria e em que não se sabe quando isso acontecerá. A estratégia deveria implicar a sua existência, dentro de um prazo razoável e explicitando os meios e o caminho a percorrer para lá chegar”, afirma.

Segundo a Acreditar, o mesmo acontece com a participação nacional na EU Network of Youth Cancer Survivores.  “O cancro nos adolescentes e nos jovens adultos é mais parecido com o cancro pediátrico do que com os cancros dos adultos. Em Portugal, é como se isto fosse uma realidade desconhecida, não havendo dados nem reconhecimento das várias problemáticas desta população. Como se pode participar numa rede europeia de jovens sobreviventes de cancro se estes - adolescentes e jovens adultos – são completamente ignorados?”, questiona.

Ainda sobre os dados, a Estratégia diz que o “Cancer Survivor Smartcard” será implementado em 2023. “Desconhecemos qual o desenvolvimento que está a ser feito para que isto seja uma realidade relativamente ao cancro dos adultos. Também não há indicação de que esta importante ferramenta de gestão da doença por parte do próprio doente tome em conta as peculiaridades da pediatria, como faz exatamente o PELCC. Este diz que o Smart Card deve “tomar em conta as especificidades dos sobreviventes de cancro pediátrico, incluída a monitorização de longo prazo, a monotorização de efeitos, a reabilitação, o apoio psicossocial, os módulos educacionais a conectividade com os serviços de saúde e a informação sobre o passado”, acrescenta.

De acordo com a associação, “o documento prevê o acesso aos seguros (dos sobreviventes de cancro) para 2025, ignorando totalmente a entrada em vigor da Lei do Esquecimento – muito por força dos sobreviventes de cancro pediátrico – a qual foi publicada em 2021 e entrou em vigor em 2022. O que deveria ser importante neste documento é determinar uma estratégia para a sua regulamentação – os sobreviventes continuam a ser discriminados quando tentam obter um seguro de vida, por exemplo - e não querer implementar uma lei que já está em vigor”.

Defende ainda que se invista no desenvolvimento de novos tratamentos, menos tóxicos e com menos efeitos indesejados, agudos ou tardios, melhorando a qualidade de vida do doente e do sobrevivente. “Salientamos a necessidade de existirem recursos protegidos e afetos à pediatria de forma a garantir que, por muito pequeno que seja o investimento que lhe é dedicado, este pelo menos existe.  Esta tem sido a estratégia europeia para o desenvolvimento de medicamentos onco-pediátricos e tem dado alguns frutos embora ainda incipientes por haver a necessidade de ir mais longe no que está preconizado”, apela ainda.

Pegando numa recomendação usada no Plano Europeu, “pedimos que se analisem bem as omissões relativas á pediatria e aos jovens e se emende a Estratégia para a Oncologia em Portugal”.

Cancro da Próstata
A partir de hoje e até ao dia 30 de novembro, decorrem as candidaturas para a primeira edição do Science Choice Award, uma...

O projeto vencedor será premiado com 20 mil euros e selecionado por uma Comissão de avaliação composta pelos especialistas na área: Prof. Dr. Arnaldo Figueiredo, Prof. Dr. Carlos Silva, Prof. Dr. Luís Campos Pinheiro, Dr. José Palma dos Reis, Prof.ª Dr.ª Isabel Fernandes, Dr.ª Maria Joaquina Maurício, Dr.ª Gabriela Sousa, Prof. Dr. Miguel Ramos, representante da Associação Portuguesa de Urologia e Dr.ª Cátia Faustino, representante da Sociedade Portuguesa de Oncologia.

O Science Choice Award foi desenhado para todos os Médicos Internos de Especialidade e Médicos Especialistas em Urologia e Oncologia, desde que sejam os efetivos autores do projeto submetido. Ao lançar esta iniciativa a Bayer pretende fazer a diferença no futuro da uro-oncologia em Portugal e premiar projetos que se distingam pelo seu carácter disruptivo e valor clínico.  

Marco Dietrich, diretor geral da Bayer Portugal, explica que “o investimento na inovação e ciência que impacta diretamente a vida dos doentes é uma prioridade para a Bayer. Conhecemos o impacto que o cancro da próstata tem em Portugal e o trabalho brilhante que é desenvolvido pelos médicos portugueses nesta área e queremos por isso, com este prémio, distinguir e ajudar um destes projetos clínicos a crescer e atingir mais rapidamente os seus objetivos”.

As candidaturas estão abertas até 30 de novembro de 2022 e poderão ser formalizadas através do preenchimento do formulário de candidatura, disponível em http://sciencechoiceaward.com.

 

 

Saúde ocular
Já ouviu falar em queratite?
Queratite é um processo inflamatório da córnea

A queratite é um processo inflamatório da córnea, a parte transparente do olho através da qual se vê a cor dos olhos.

As principais causas são de origem infeciosa provocada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas. Mas também pode ter outras causas, como sejam os distúrbios que afetam a superfície ocular, como a xeroftalmia (Síndrome de Olho Seco), por exemplo na síndrome de Sjögren ou em pessoas que por diversas causas não conseguem pestanejar ou fechar os olhos ao dormir. Mas, as causas não findam aqui, e, assim, temos a queratite traumática que tem como causas traumas ou agressões externas, i.e. substâncias tóxicas.

Com outras causas menos frequentes, a queratite medicamentosa surge na sequência de alergias a medicamentos, como o uso de alguns colírios, ou, a exposição prolongada à luz ultravioleta sem proteção (óculos de sol, por exemplo), ou na sequência de algumas doenças autoimunes, como a artrite reumatoide ou lúpus.

Por último, convêm também mencionar que a queratite pode também surgir como complicação de uma doença muito mais comum dos olhos, a conjuntivite.

Tipos de Queratite

Há vários tipos de queratite de acordo com a causa, assim temos:

Queratite vírusal, que é um tipo causada por um vírus (infeciosa). Entre os mais comuns, encontra-se o vírus do herpes simples.

Queratite bacteriana, que é um tipo de queratite causada por bactérias. Como principais causas para uma queratite bacteriana encontra-se a utilização de lentes de contacto de forma intensiva ou inadequada com um risco acrescido de 10 a 15 vezes. Entre as bactérias mais frequentes mencione-se o Staphylococcus aureus, Estafilococos coagulase-negativa, Pseudomonas aeruginosa, Corynebacterium, Streptococcus, Micobactérias.

Queratite fúngica, que é um tipo de ceratite causada por fungos, de entre os quais se destacam os do tipo Fusarium, Aspergillus, Candida.

Queratite de origem não infeciosa. Como exemplo de queratite não infeciosa temos as resultantes de traumatismos e agentes irritantes ou tóxicos. Ou, as que estão associadas a doenças autoimunes, como artrite reumatóide, lupus eritematoso disseminado ou acne rosácea.

Ou, podemos classificar de acordo com a sua localização, a saber:

Queratite intersticial é um tipo em que toda a córnea está envolvida no processo infecioso.

Queratite puntata ou punctata é um tipo em que apenas o epitélio corneano está envolvido, como micro úlceras corneanas.

Queratite filamentar filamentosa é um tipo em que as células superficiais da córnea se desprendem (filamentos) provocando pequenas úlceras muito dolorosas e filamentos muito aderentes às úlceras de córnea.

Queratite bolhosa ocorre por edema corneano do estroma, acompanhado de bolhas epiteliais e subepiteliais por perda de células endoteliais ou alterações da junção das células endoteliais. Em casos mais avançados ocorre o espessamento do estroma, vascularização corneana e fibrose subepitelial.

Fatores de risco

Alguns dos fatores de risco mais comuns para contrair ou agravar uma queratite:

  • Lentes de contato: o uso prolongado de lentes aumenta o risco de queratite infeciosa ou não infeciosa;
  • Imunidade reduzida: se houver um sistema imunológico deficiente seja por doença ou medicamentos;
  • Clima quente e húmido aumenta o risco de queratite;
  • Corticóides tópicos: O uso de colírios de corticoides pode aumentar o risco de desenvolver uma queratite infeciosa ou agravar queratites já existentes;
  • Lesão ocular prévia, doentes que tiveram uma lesão na córnea no passado, então possuem um risco acrescido para desenvolver ceratite ocular;
  • Episódio anterior de queratite implica risco acrescido de repetir episódio.

Há uma longa lista de doenças sistémicas que podem apresentar ou agravar queratites, a saber:

  • Anormalidades metabólicas (mucopolissacaridose ou mucolipidose);
  • Exposição corneana, i.e. paralisia de nervo facial, diminuição de sensibilidade corneana por infeção previa por herpes, em concomitância com olho seco;
  • Doenças autoimunes como artrite reumatóide, lupus eritematoso sistémico

Sintomas

Os sinais e sintomas mais comuns da queratite são os seguintes:

  • Hiperemia ou dito olho vermelho;
  • Sensação de corpo estranho ou dita sensação de areia nos olhos;
  • Dor nos olhos, que pode ir moderada a forte;
  • Fotofobia ou dita sensibilidade à luz;
  • Olhos lacrimejantes ou ditas lágrimas em excesso;
  • Visão turva ou dita visão embaçada;
  • Manutenção difícil de olhos abertos devido à dor ou irritação.
  • intensidade dos sinais e sintomas da queratite ocular variam de acordo com o tipo queratite e evolução da mesma.

Tratamento

O tratamento depende do agente causador, ou seja, se for causada por vírus a terapêutica deve ser efetuada com medicamentos antivíricos sistémicos ou tópicos, ou se for de origem bacteriana o tratamento deverá ser com antibióticos tópicos. Em conclusão, o tratamento é efetuado de acordo com a causa, pelo que o tratamento deve ser prescrito pelo oftalmologista. Se há a existência de um olho seco associado as lágrimas artificiais são geralmente eficazes e é obrigatória a sua prescrição

No caso da queratite associada a doenças autoimunes, é frequentemente tratada com corticóides.

O prognóstico da maioria dos casos de queratite é geralmente muito bom. De realçar o tratamento precoce da queratite virusais e bacterianas como por herpes simplex ou zoster ou bactérias, tem na maioria dos casos uma evolução favorável sem complicações ou perda de visão. Noutro caso o tratamento precoce de uma queratite fúngica é essencial, mas, mesmo com o tratamento adequado, a infeção pode persistir e trazer baixa de visão.

Em casos mais graves e na maior parte das vezes, o único tratamento possível é a cirurgia, com recurso a um transplante de córnea.

Contudo, o mais importante é falar com o seu oftalmologista ao serem detetados os primeiros sinais/sintomas e com ele optar pelo tratamento mais adequado para o tipo de queratite em causa. Mas, e, a finalizar, o tratamento é sempre orientado para a causa e por um oftalmologista.

Transplante de córnea

O transplante de córnea é um processo cirúrgico em que uma córnea lesada é substituída pela córnea de um dador. Há dois tipos: se for na totalidade é uma queratoplastia penetrante, se for parcial é uma queratoplastia lamelar. Neste procedimento, a córnea dadora, enxerto, é retirado de um indivíduo recentemente falecido, sem doenças conhecidas ou outros fatores que possam afetar a viabilidade ou a saúde do doente, recetor.

No transplante de córnea, há alguns cuidados no pós-operatório que devem tomados para minimizar alguns riscos. No pós-transplante, deve ser efetuado tratamento médico controlado, a saber:

  • Medicamentos tópicos, e sistémicos, imediatamente após o transplante de córnea e durante o período de recuperação, de forma a controlar possível infeção, edema ou dor.
  • Recomenda-se oclusor e repouso. O oclusor protege o olho no pós-operatório e o tempo de repouso é variável, mas geralmente deve ser cerca de um mês aproximadamente (4 semanas). No transplante de córnea, deve-se retomar o trabalho lentamente até á realização das atividades quotidianas, incluindo o exercício físico. No futuro deverá tomar precauções extras com o olho para preservar a sua função.
  • No pós-operatório, devem realizar-se controlos oftalmológicos de rotina, para detetar complicações no primeiro ano pós-transplante.
  • Geralmente pessoas sujeitas a transplante de córnea terão a sua visão parcialmente recuperada.
  • O risco de complicações e rejeição da córnea permanece durante anos após o transplante. Por isso, deve ser controlado pelo oftalmologista periodicamente.

Complicações

A córnea, pela sua transparência e poder dióptrico, funciona como uma das duas lentes dos olhos, logo toda e qualquer alteração da estrutura vai modificar a transparência dando origem a uma opacificação e consequentemente diminuir a visão.

Contudo, pode também diminuir a resistência da córnea com a consequente alteração da curvatura da córnea, modificando o poder dióptrico da mesma e em última instância levar a formação de um queratocone ou rotura da córnea.

Em suma a transparência da córnea é comprometida, causando redução da acuidade visual e dor ocular, entre outros sintomas.

Medidas preventivas

Os cuidados básicos para prevenir a doença vão depender da causa, pois nalguns casos sabemos os riscos inerentes. Assim, por exemplo sabemos que um dos fatores que causa a queratite é o uso inadequado de lentes de contato. Logo, uma das principais medidas preventivas é obviarmos a algumas situações que envolvem o uso das lentes e que são potencializadoras da doença, como: adormecer, mergulhar ou nadar sem tirá-las; manusear as lentes de contato sem lavar as mãos; utilizar soluções de limpeza e desinfeção fora de prazo ou de origem duvidosa; guardar as lentes de contato em água da torneira; não trocar com a regularidade aconselhável quer as lentes quer a proteção das mesmas, ou, colocar as lentes de contato com as mãos molhadas. Em resumo, é preciso seguir as recomendações do seu oftalmologista e do fabricante quanto ao uso, a manutenção e os prazos de validade.

Outros cuidados colocam-se com pessoas que trabalham expostas a substâncias químicas ou chamas e faíscas. Os olhos devem estar sempre protegidos por equipamentos de proteção individual para não sofrerem qualquer lesão decorrente do meio de trabalho. Isto também se aplica para cuidados diários envolvendo possíveis situações de risco capazes de atingir a região ocular.

De resto, todo cuidado é pouco com os olhos e a opção é termos uma rotina que priorize o cuidado da saúde visual é o essencial em qualquer momento dos olhos

Principais conselhos

O primeiro, mais relevante conselho é o mantermo-nos atentos a qualquer alteração em nossa visão, uma vez que as complicações da queratite podem levar à cegueira ou deixar que sequelas provoquem baixa da visão.

O segundo, entre os sinais ou sintomas mais comuns associados à queratite, temos: hiperemia ou vermelhidão, dor ocular, lacrimejo, dificuldade em abrir a pálpebra devido á dor ou irritação, visão turva e com diminuição, sensibilidade à luz ou fotofobia e sensação de areia no olho. Se algum destes sinais/sintomas começar a incomodar, deve consultar de imediato o seu oftalmologista para que possa averiguar o possível o tipo de queratite em causa, se for o caso, e prescrever o tratamento adequado.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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