Terapia recoveriX pode ser eficaz década depois da doença neurológica
Todos os anos, 15 milhões de pessoas são vítimas de acidentes vasculares cerebrais (AVC). Em Portugal, é a primeira causa de...

Um tratamento inovador e diferenciado chegou a Portugal através do Centro CEREBRO – a terapia recoveriX. Uma neurotecnologia inovadora e única que ajuda o paciente a recuperar as funções das extremidades superiores e inferiores, ao mesmo tempo que potencia a fisioterapia padrão com a possibilidade de uma recuperação mais rápida e bem-sucedida. Surge como uma nova oportunidade de reabilitação, na medida em que pode ser aplicada mesmo após a realização de uma terapia padrão que não conseguiu produzir nenhum benefício adicional.

Os pacientes aos quais já foi aplicada esta terapia apresentaram visíveis melhorias, nomeadamente no que se refere à sua locomoção, maior capacidade de concentração, aumento da capacidade de memória, capacidade de movimento ativo e passivo, redução da espasticidade, aumento da sensibilidade, bem como redução de tremores.

A eficácia clínica da terapia recoveriX foi demonstrada num estudo de grupo realizado junto de 51 pacientes que melhoraram nas funções motoras e na espasticidade de forma altamente significativa. O estudo Brain Computer Interface Treatment for Motor Rehabilitation of Upper Extremity of Stroke Patients—A Feasibility Study foi publicado na Frontiers in Neuroscience, em 2020.

Christoph Guger, fundador da g.tec medical engineering GmbH e diretor executivo do recoveriX Schiedlberg refere que “com o nosso estudo de grupo com 51 pacientes que melhoraram nas funções motoras e na espasticidade de forma altamente significativa, provámos que a terapia recoveriX é eficaz mesmo 10, 20 ou 30 anos após a doença neurológica”.

A terapia recoveriX resulta da combinação única de três terapias, nomeadamente a Imaginação Motora (IM), através da qual o paciente imagina o movimento da mão enquanto o recoveriX mede a sua atividade cerebral através de sinais EEG, a Realidade Virtual (RV), onde a imaginação conduz a uma simulação virtual de membro imaginado no ecrã, e a Estimulação Elétrica (FES), em que o movimento imaginado torna-se um movimento real através da estimulação, sem qualquer dor, dos seus músculos afetados.

Durante as 25 sessões terapêuticas necessárias para a aplicação desta terapia, os pacientes imaginam movimentos das mãos ou das pernas um total de 6.000 vezes, sendo este o mesmo número de vezes que uma criança necessita para aprender a andar. Desta forma, enquanto imagina os movimentos, o paciente está a criar novas ligações no cérebro, através das quais relembra e readquire a capacidade de se mover e movimentar. Cada sessão tem a duração de 50 minutos e podem ser realizadas três a seis sessões por semana, até dois tratamentos por dia (se necessário e aplicável ao paciente).

C.M. (iniciais anonimizadas), acompanhante de um paciente que está, neste momento, a meio de um ciclo de tratamento com a terapia recoveriX, afirma “com a realização da

terapia recoveriX, o que eu mais noto é a diminuição dos tremores, que diminuíram bastante. Ainda não fez dois meses de tratamento, por isso, é muito cedo para nós conseguirmos ter uma avaliação mais global daquilo que será o benefício que irá ter por completo, mas já se nota. Vejo melhorias na parte dos tremores, no geral, da cabeça, dos pés, das mãos, nota-se bastante que os tremores diminuíram”.

Jorge Alves, neuropsicólogo e diretor do Centro CEREBRO, afirma que “O Centro CEREBRO é a única instituição a disponibilizar esta terapia em Portugal e a possuir a certificação para a sua aplicação. A incorporação desta neurotecnologia reitera a continuidade do nosso compromisso em elevar os cuidados de reabilitação neurológica em Portugal e em melhorar a vida das pessoas vítimas de lesão cerebral”.

Dia Nacional do Doente de AVC assinala-se a 31 de março
Apesar de existirem diferentes fatores capazes de influenciar a probabilidade de acontecer um Aciden

A propósito do Dia Nacional do Doente de AVC, que se celebra esta sexta-feira, 31 de março, o Mundo Z da Zurich sugere alguns dos ingredientes e alimentos que deve privilegiar na sua alimentação para prevenir o risco de AVC:

  • Hortofrutícolas (por exemplo: tomate, laranjas, cenouras, abacate, couve-de-bruxelas ou melão)
  • Salmão
  • Azeite
  • Cereais integrais
  • Ervas aromáticas
  • Cogumelos
  • Chocolate negro
  • Frutos secos
  • Sumos naturais
  • E não esquecer a água. Muita, muita água.

Existem diferentes tipos de AVC, mas a inexistência de uma causa exata é inerente a todos. Para compreender melhor as causas, é preciso ter em conta que existem dois tipos de fatores de risco de AVC: os não modificáveis (que incluem fatores como o género, a idade e outras condições/doenças genéticas); e os modificáveis (do qual fazem parte hábitos menos saudáveis que agravam o risco de AVC, como o tabagismo, o consumo de álcool, o sedentarismo e, sobretudo, más escolhas nutricionais).

A correlação entre a alimentação e o risco de AVC

Sal, açúcares e gorduras saturadas são alguns dos alimentos e/ou condimentos que podem estar fortemente correlacionados com um aumento da tensão arterial, aumentando o risco de um AVC ocorrer. Eliminar – ou reduzir significativamente – estes elementos do “menu diário” será um contributo importante para a saúde, no entanto, “caprichar” na variedade, regularidade e equilíbrio da alimentação é tão importante como reduzir nos excessos.

Aposte em várias refeições (de doses mais reduzidas) ao longo do dia, maioritariamente compostas por alimentos como fruta da época, legumes, vegetais, alimentos isentos de gordura animal e ricos em fibra solúvel, em ómega-3 (entre duas a três vezes por semana) e de polpa branca, como a maçã ou a couve-flor.

Para além destes três pontos essenciais (variedade, regularidade e equilíbrio), há outras tendências com impacto comprovado na saúde - é o caso dos produtos plant-based, isto é, de origem vegetal, como cereais integrais, fruta, vegetais, leguminosas, frutos secos, sementes ou gorduras saudáveis. Além de contribuir para uma maior preservação dos ecossistemas e da biodiversidade, o modelo alimentar plant-based está associado a uma redução significativa do risco de doenças como obesidade, hipertensão e diabetes – todas elas doenças relacionadas com o AVC.

Como vimos, as escolhas alimentares não são o único fator a ter em conta, mas são essenciais para diminuir o risco de AVC – bem como de muitos outros problemas de saúde que podem ser agravados pelo que servimos à mesa.

 

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Análise INSA
O Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) levou a cabo estudo, “com o objetivo...

De acordo com esta análise, foram identificados quatro períodos de excesso de mortalidade a nível nacional, registando-se mais 6.135 óbitos do que o normal. Entre 3 de janeiro de 2022 a 1 de janeiro de 2023, morreram 124.602 pessoas em Portugal.  

Os períodos de excesso de mortalidade identificados foram de 17 janeiro a 06 fevereiro, tendo-se registado 891 óbitos em excesso (12% de excesso em relação ao esperado), “temporalmente coincidente com uma onda de COVID-19 e um período de temperaturas baixas”.

O segundo período foi de 23 maio a 19 junho, tendo -se registado 1.744 óbitos em excesso (21% de excesso em relação ao esperado), “temporalmente coincidente com uma vaga de COVID-19 e um período de temperaturas anormalmente elevadas para a época do ano”.

De 04 julho a 07 agosto registaram -se 2.401 óbitos em excesso (25% de excesso em relação ao esperado). “Temporalmente coincidente com períodos de calor extremo”, revela o INSA.

De 28 novembro a 18 dezembro ocorreram mais 1.099 mortes (15% de excesso em relação ao esperado), coincidentes com o período epidémico da gripe.

“Dada a coincidência temporal, os especialistas do INSA concluíram que a maioria dos períodos de excessos de mortalidade identificados quer a nível nacional, quer a nível regional, terão estado potencialmente associados a fenómenos amplamente conhecidos por poderem ter impactos na mortalidade, particularmente, as epidemias de gripe e COVID-19 e os períodos de calor e frio extremo”.

Segundo os autores desta análise, no entanto, “os impactos devido à gripe e COVID-19 terão sido inferiores do que os observados noutros invernos, por menor incidência de gripe e menor gravidade da pandemia de COVID-19”. No que diz respeito ao impacto observado no verão, este foi superior ao observado em anos anteriores.  “Ainda que dentro do esperado para a magnitude e duração dos períodos de calor registados”, salienta o INSA.

O estudo demonstrou ainda que o excesso de mortalidade ocorreu em todas as regiões, “embora com diferente duração e magnitude”. A região Norte foi a região em que se identificou um maior número de semanas de excesso de mortalidade (18) distribuídas por quatro períodos. Observaram-se excessos de mortalidade no grupo etário dos 15 aos 24 anos de idade (estes provavelmente devidos a causas acidentais, embora os dados disponíveis não permitam confirmar esta hipótese) e nos grupos etários acima dos 65 anos, existindo um gradiente crescente com a idade em relação ao número de semanas em excesso de mortalidade (65-74 anos: 6 semanas; 75-84 anos: 9 semanas; e 85 mais: 22 semanas).

A monitorização da mortalidade por todas as causas é uma ferramenta útil na identificação de fenómenos de saúde, ou desastres de elevada gravidade ou de elevada incidência na população e impacto na mortalidade. Em Portugal, a monitorização da mortalidade é realizada, desde 2007, pelo Departamento de Epidemiologia do INSA, permitindo estimar impactos associados a diversos eventos, tais como epidemias de gripe, COVID-19, períodos de temperaturas extremas e acidentes.

Opinião
Envelhecer é como sabemos, um processo natural da vida, e que traz consigo grandes mudanças.

Sabemos que a satisfação com o corpo é uma componente importante na saúde e no bem-estar das mulheres, em todas as faixas etárias. A menopausa pode por isso, afetar negativamente a construção da autoimagem, uma vez que alguns destes sintomas alteram os padrões sedimentados na nossa cultura de beleza, de juventude e fertilidade. As mulheres com a entrada na menopausa não se sentem muito positivas no que refere à sua aparência e forma física, apresentando maiores sentimentos de inferioridade e de insatisfação em relação ao corpo. Num mundo com grande apelo à sexualidade e forte associação entre sensualidade e juventude, somado, muitas vezes, com a saída dos filhos de casa e mudanças na rotina, a mulher pode ter dificuldades para se sentir feliz e realizada. O processo de envelhecimento, apesar das mudanças na última década, continua a ser visto por muitas pessoas e pela própria sociedade como uma etapa “má” da vida, muitas vezes rejeitado por uma desvalorização interna, e como consequência, acarreta para muitas, um golpe na sua autoestima.

A imagem corporal é um dos componentes da autoestima, portanto, entende-se o fato de muitas mulheres na meia idade se sentirem insatisfeitas com a sua imagem e esta relação da beleza com o envelhecimento pode afetar substancialmente a sua auto perceção, visto que, na cultura ocidental, o corpo velho está associado a algo feio e improdutivo. As mulheres à medida que envelhecem procuram atenuar as marcas do envelhecimento (rugas, manchas, flacidez.), com procedimentos estéticos cada vez mais em voga, uns menos, outros mais invasivos que outros, (laser, toxina botulínica, preenchimentos faciais, técnicas que estimulam síntese de colágeno e procedimentos para redução de medidas corporais), como recurso de melhorar ou mesmo manter a autoestima, uma vez que a imagem corporal se relaciona em grande parte, com a realização e a felicidade.

Vivemos tempos de mudança, e se por um lado as mulheres na meia idade podem sofrer alterações na sua autoestima, observamos que são cada vez mais as crianças e jovens que apresentam uma autoestima insuficiente, e que muito se deve ao fenómeno de exposição às redes socias. É preciso começar a olhar para a saúde mental das meninas.

As mulheres sofrem, desde cedo, uma forte influência social relacionada à estética e aos diversos papéis sociais que devem representar. Elas devem ser inteligentes, bonitas, fortes, amáveis, competentes, mães, esposas e lindas, expectativas, muitas vezes excessivas, que só aumentam conforme amadurecem. As redes sociais acabam por potencializar essa procura pela perfeição, contribuindo para o desenvolvimento de quadros depressivos e de uma insatisfação permanente.

Observa-se uma incapacidade dos jovens em dissociar a virtualidade do mundo real, e todos os conteúdos que consomem, são percecionados como reais, com total ausência de sentido critico. Isto é um fator de risco severo na construção da autoimagem e por conseguinte da autoestima. Esta pressão estética impacta as mulheres desde a infância e distorce a perceção da própria imagem, daí a importância da autoestima se cultivar desde cedo.

Importa por isso, percebermos primeiramente que não há uma fase da vida em particular para que haja investimento na autoestima, este é um trabalho que deve ser feito desde sempre, durante toda a nossa vida. Enquanto agentes educativos devemos promover a autoestima nas nossas crianças e jovens e enquanto adultos, adotar uma relação de amor connosco, caso contrário, a autoestima nunca será boa.

O segredo é, aprender a gostar de si mesma durante a vida toda. Cada pessoa vive seu próprio processo, mas é uma pena que as mulheres tenham um ponto de partida tão baixo. Não tanto pela comparação com os homens, mas sim consigo mesmas. A nossa autoexigência muito dura impede-nos em larga medida, de sermos livres, levando-nos muitas vezes a sofrer a síndrome do impostor com mais frequência que os homens e em relação às outras mulheres. A arte de amar a si mesma, é a resolução para um bem-estar permanente consigo, nos vários domínios da vida.

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Artigo publicado no Journal of the American College of Cardiology
O excesso de peso afeta mais a saúde do que se possa pensar. Um novo artigo da Mayo Clinic, publicado na revista médica ...

"O excesso de gordura atua como uma espécie de filtro e pode distorcer os resultados dos testes, causando sub ou sobre-diagnóstico", diz o autor sénior Francisco Lopez-Jimenez, diretor de cardiologia preventiva da Mayo Clinic. "A obesidade afeta quase todos os testes de diagnóstico utilizados em cardiologia, tais como eletrocardiograma, TAC, ressonância magnética, e ecocardiograma".

Os procedimentos intervencionais (tais como a colocação de stents através da perna ou cirurgia cardíaca) podem ser mais difíceis de realizar em pessoas com obesidade significativa e podem envolver mais complicações, tais como um maior risco de infeção no local da lesão.

As terapias medicamentosas comuns para tratar doenças cardiovasculares podem ter de ser ajustadas para cima ou para baixo para pessoas com obesidade. Alguns medicamentos, tais como betabloqueadores, podem afetar a capacidade de um doente perder peso, e o especialista enfatiza a importância de tentar abordagens alternativas para evitar que estes pacientes ganhem peso ou para os ajudar a perder peso.

As recomendações para perder peso podem ser difíceis de seguir porque os doentes com problemas cardíacos têm mais dificuldade em se deslocar e têm sintomas como falta de ar durante o exercício. Estes sintomas geralmente desencorajam-nos da atividade física, mas Lopez-Jimenez salienta que o exercício é importante não só para a perda de peso, mas também para a saúde do coração.

"A obesidade é um fator de risco importante a considerar nos doentes com doenças cardíacas, e precisamos de fazer algo a esse respeito", diz Lopez-Jimenez. O doente precisa de saber que o médico pode ajudá-lo a perder peso. Em geral, as soluções de perda de peso resumem-se a encontrar a terapia certa para o doente".

Um programa padrão de perda de peso incluirá um terapeuta, um nutricionista, e por vezes um psicólogo. Se isso não for suficiente, Lopez-Jimenez diz que existem outros recursos, tais como cirurgia bariátrica e medicamentos, que podem efetivamente ajudar os doentes a perder peso. A Mayo Clinic iniciou recentemente um programa cardiometabólico multidisciplinar para tratar a obesidade, reduzir doenças relacionadas, e ajudar os doentes a melhorar a qualidade de vida.

Definir com precisão o nível de obesidade de uma pessoa é importante. O índice de massa corporal, uma medida da gordura corporal baseada na altura e no peso, tem sido utilizado há muito tempo para definir a gravidade da obesidade. Mas as pessoas com quantidades significativas de massa muscular terão um elevado índice de massa corporal. As pessoas com pouca massa muscular e mais gordura na cintura podem ter um baixo índice de massa corporal, mas têm uma obesidade de peso normal. Medidas como a relação cintura/cintura e a circunferência da cintura proporcionam uma avaliação mais precisa do risco cardiovascular.

"Em geral, os doentes com doenças cardíacas e um grau especialmente avançado de obesidade beneficiarão da tentativa de modificar o seu estilo de vida. E se isso não funcionar, ou tiver sido tentado no passado, é razoável considerar a cirurgia bariátrica ou o uso de medicamentos", diz Lopez-Jimenez.

A decorrer de 29 a 30 de março, na Escola Superior de Biotecnologia da Católica
As Jornadas de Biotecnologia, organizadas por estudantes e antigos alunos da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade...

“Dietas sustentáveis em Jovens Casais Portugueses: Jantar Proteínas Alternativas”; “Saboreamos com o cérebro, não com a língua”; “O hospital do futuro”; “Projetos Extracurriculares”; “Algas… o alimento do futuro?”; “Genética médica”; “Hacking – Segurança em Sistemas de Saúde”; “Comunicação em Ciência: 'Make science understandable'” e “A importância da IA em Data Science” serão os temas das palestras. O evento, que terá lugar na Escola Superior de Biotecnologia, irá decorrer ao longo de dois dias, em formato de congresso científico e contará com oradores de renome nacional e internacional nas áreas da Biotecnologia, Microbiologia, Ciências da Nutrição, Engenharias Alimentar, Biomédica e do Ambiente.

O objetivo é promover a familiarização com o mundo da Biotecnologia e a realidade industrial e empresarial, mas também promover um maior contacto e conhecimento das mais recentes descobertas tecnológicas e científicas, através da realização de palestras, speed dating, workshops e uma mesa redonda sobre ética na ciência. Os participantes vão ter a oportunidade de esclarecer dúvidas e interagir com representantes de organizações como iLof; Craftable Software; Farfetch; PeekMed; FC Porto; Tec4Med; Amyris; TECMAFOODS:  insect based feed & food, Lda, entre outras.

As Jornadas de Biotecnologia, que se realizam entre 29 e 30 de março, vão contar com a presença de Isabel Braga da Cruz, Pró-Reitora da Universidade Católica Portuguesa, que atua no interesse do Centro Regional do Porto; Paula Castro, diretora da Escola Superior de Biotecnologia; Leonor Pinto, Presidente da Associação Nacional dos Estudantes de Nutrição - ANEN; Sara Pereira, Presidente da Associação Nacional de Estudantes de Engenharia Biomédica – ANNEB; André Mimoso, Presidente da Associação de Estudantes  da Escola Superior de Biotecnologia e ainda com Simone Sá, Presidente das Jornadas de Biotecnologia 2023.

Saúde Mental
O transtorno bipolar é uma doença maníaco-depressiva conhecida por gerar flutuações extremas de humo

Normalmente, manifesta-se em ambos os sexos entre os 15 e 25 anos, apesar de também afetar crianças e idosos. Em geral, os seus sintomas podem ser confundidos com outras doenças, por isso, é fortemente indicado contar com um profissional para um diagnóstico exato que ajudará a direcionar melhor seus tratamentos.

Como explica o neurocientista Fabiano de Abreu Agrela, as causas desse transtorno ainda não são totalmente compreendidas, mas há fortes indícios da sua ligação com a genética.

“As causas exatas do transtorno bipolar ainda são desconhecidas, mas tem sido fortemente associado a fatores genéticos que causam alterações específicas em algumas áreas do cérebro e na ação de determinados neurotransmissores, o que gera oscilações de humor”.

“Alguns estudos correlacionam o transtorno com a ação do gene AKAP11, que também pode estar ligado ao desenvolvimento de esquizofrenia. A ação dos genes é fundamental neste processo, cerca de 80% dos casos estão associados a fatores genéticos hereditários”, afirma.

Transtorno bipolar pode causar alterações no cérebro

De acordo com os resultados de um dos maiores estudos sobre bipolaridade que analisou ressonâncias magnéticas de mais de seis mil pacientes, houve redução da massa cinzenta no cérebro de pessoas com o transtorno bipolar em comparação com pessoas saudáveis. As alterações foram mais significativas nas regiões frontal e temporal do cérebro, responsáveis pelo controlo das emoções.

“Diversos neurotransmissores também são alterados em pessoas com o transtorno, a noradrenalina, por exemplo, apresenta reduções significativas em pacientes com bipolaridade, níveis de dopamina e serotonina também são alterados, mudanças que, neste último, também se relacionam com comportamentos agressivos e suicídio”, explica Fabiano de Abreu.

Tratamento do Transtorno Bipolar

O transtorno bipolar não tem cura, mas com os tratamentos disponíveis pode ser controlado, melhorando a qualidade de vida do paciente.

Geralmente o tratamento baseia-se em mudanças no estilo de vida do paciente, como o corte do consumo de substâncias psicoativas e estímulo a hábitos saudáveis, como controlo do stresse e qualidade de sono, além do uso de psicoterapia.

O uso de medicamentos também é importante: a depender da evolução do quadro e da gravidade da doença, podem ser prescritos ansiolíticos, neurolépticos, antipsicóticos, estabilizantes de humor e até anticonvulsivantes.

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Estudo avaliou dados de mais de 14 mil mulheres
Investigadores das universidades do Porto e Lisboa, e das clínicas IVI de Lisboa, Madrid e Valência, desenvolveram uma...

“A obesidade é uma doença crónica, que para além de constituir um gatilho para muitas doenças cardiovasculares, afeta a fertilidade das mulheres e o desenrolar de uma gravidez. Pelo que é desejável que mulheres com excesso de peso ou obesidade percam peso antes de tentarem engravidar. Mas também sabemos que a idade é um fator crítico para a fertilidade. Daí a pertinência deste estudo, ou seja, investigar se valia a pena esperar que as mulheres emagrecessem e qual a janela de tempo estritamente necessária para haver benefício clínico”, explica Samuel Ribeiro, investigador, ginecologista e coordenador científico do IVI Lisboa. 

De acordo com o médico, a investigação sugere que “há benefício potencial em estratégias de perda de peso até um 1 ano antes de serem iniciadas técnicas de procriação medicamente assistida, particularmente em mulheres com menos de 35 anos e com Índice de Massa Corporal (IMC) ≥25 kg/m2”, ou seja, com excesso de peso e/ou obesidade. No entanto, sublinha que, nas mulheres com mais de 35 anos, “a perda de peso deve ser considerável ou ocorrer em um período de tempo mais curto para evitar o efeito negativo do avanço da idade feminina”. Face aos novos dados, os investigadores que desenvolveram a calculadora concluem que o melhor curso de ação é a abordagem personalizada para perda de peso, em função da idade. 

Samuel Ribeiro salienta que o risco de infertilidade é mais elevado na mulher obesa comparativamente a uma mulher de IMC normal. O principal impacto da obesidade na fertilidade deve-se a alterações endócrinas que dificultam a normal ovulação. Mas, mesmo na ausência de distúrbios ovulatórios, a taxa de fecundidade da mulher obesa mostra-se reduzida como consequência da alteração do metabolismo a estado inflamatório.  

No que se refere diretamente à fertilização in-vitro (FIV), a obesidade associa-se a uma diminuição da taxa de sucesso, a uma diminuição da qualidade dos óvulos e menor taxa de implantação dos embriões por igual prejuízo da recetividade do útero para esses embriões. A obesidade está também relacionada com um aumento de aborto, quer em gestações naturais, quer naquelas resultantes do recurso a técnicas de procriação medicamente assistida.  

Neste estudo, somente foram consideradas mulheres submetidas ao seu primeiro ciclo de fertilização in vitro usando gametas próprios e que tenham tentado engravidar até ao final desse primeiro ciclo. O índice de massa corporal (IMC, que relaciona o peso com a altura) foi subdividido em seguintes subgrupos: baixo peso (<18,5 kg/m2), peso normal (18,5–24,9 kg/m2), excesso de peso (25,0–29,9 kg/m2) e obesidade (≥30,0 kg/m2). 

Em conclusão, uma mulher obesa de 35 anos que consiga perder 1 unidade de IMC em três meses tem mais hipóteses de engravidar num primeiro ciclo de FIV relativamente a outra com a mesma idade, com o mesmo IMC e que não tenha perdido qualquer peso. As mulheres mais velhas exigiriam uma perda de peso mais desafiadora para alcançar benefício clínico. Para uma mulher de 39 anos, apenas uma queda no IMC superior a 4 kg/m2 em três meses compensaria o efeito prejudicial do envelhecimento durante esse período.  

30 de março
No dia 30 de março, pelas 17 horas, vai haver uma sessão online e gratuita das Conversas com Barriguinhas, que visa ajudar as...

A decisão de amamentar o bebé deve ser tomada de forma informada e, para explicar tudo sobre o assunto e ajudar as mães a iniciarem este processo da melhor forma, a enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia e Conselheira em Aleitamento Materno, Cláudia Xavier, vai estar presente na sessão.

A pediatra Susana Nobre também marcará a sua presença para explicar tudo sobre o recém-nascido e partilhar com os pais quais os principais sinais, respeitantes à saúde do bebé, a que devem estar atentos.

Por último, a Crioestaminal estará presente nesta sessão, representada pela Diretora Médica Alexandra Machado, que vai explicar o que são as células estaminais do cordão umbilical do bebé e a importância de as guardar.

Além do conjunto de descontos dos parceiros da iniciativa a que todos os inscritos vão ter acesso, uma das grávidas participantes nas sessões de março vai receber uma mala de maternidade.

 

Recebida em audiência com Grupo de Trabalho de Comissão de Saúde
A MiGRA Portugal (Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias) considera premente a melhoria no acesso aos...

A criação de um Programa Nacional para as Cefaleias; inclusão da Enxaqueca e Cefaleias no âmbito da Medicina do Trabalho; e inclusão da Enxaqueca e Cefaleias no Plano de Ação para a Literacia em Saúde são as três prioridades identificadas pela MiGRA Portugal e pela Sociedade Portuguesa de Cefaleias, para tornar menos incapacitante uma doença que afeta quase dois milhões de portugueses.

«Há uma consequência ao nível do desempenho profissional na medida em que aumenta o absentismo e condiciona a produtividade e eventualmente belisca a relação com a entidade patronal. Neste contexto, não deixam de ser oportunas as recomendações que aqui nos apresentam quanto ao acesso aos cuidados de saúde e quanto à maior literacia e sensibilização sobre a doença», afirmou Irene Costa, deputada do PS, sobre as propostas que a MiGRA Portugal apresentava. Já Inês Barroso, deputada do PSD, reforçou a pertinência das medidas apresentadas tendo em conta que falavam de um problema de saúde que afeta «dois milhões de portugueses, uma prevalência maior que a diabetes e a asma juntas».

Na sua apresentação, a MiGRA Portugal e a Sociedade Portuguesa de Cefaleias detalharam todas as necessidades identificadas e as medidas a implementar para lhes dar resposta. Dentro da proposta para a criação de um Programa Nacional para as Cefaleias, defendem a implementação de um sistema de referenciação dos doentes com estas patologias, o aumento do número de consultas de cefaleias no SNS e a comparticipação de medicamentos inovadores prescritos pelos centros de cefaleias fora do SNS, à semelhança do que acontece com algumas patologias reumatológicas. No que diz respeito à inclusão da Enxaqueca e Cefaleias no âmbito da Medicina do Trabalho, recomendam uma avaliação obrigatória pela medicina do trabalho e, sempre que necessário, a referenciação para o acompanhamento em consulta de Neurologia ou nos Centros de Cefaleias, a adaptação das condições laborais dos trabalhadores e a justificação de faltas por crises de cefaleias. Por fim, com a inclusão da Enxaqueca e Cefaleias no Plano de Ação para a Literacia em Saúde, pretende-se o aumento da consciencialização coletiva sobre estas doenças, diminuindo a discriminação social e laboral, bem como a educação sobre cefaleias, de modo a aumentar a taxa de resposta ao tratamento farmacológico e otimizar a eficiência do sistema.  

Madalena Plácido, presidente da MiGRA Portugal, na sua intervenção, focou ainda que, ao nível dos tratamentos inovadores existentes, estes são comparticipados apenas para as poucas pessoas que conseguem aceder a consultas de cefaleias nos hospitais do SNS. O que, pela dificuldade de acesso dos doentes às consultas do setor público, limita o acesso a estes tratamentos que no privado custam mais de metade do salário mínimo em Portugal. Daí que «uma das propostas que trazemos dentro do Programa Nacional nesta área da Enxaqueca e Cefaleias seria conseguirmos que estes medicamentos, à semelhança do que acontece na área da reumatologia e dermatologia, fossem prescritos, com critérios muito específicos, pelos médicos que estão a fazer acompanhamento no privado, e evitar o duplo acompanhamento dos doentes que depois tentam ser referenciados para o público».

Estima-se que em Portugal, as cefaleias tenham um custo total indireto de cerca de 4 milhões de euros, por dia útil, e cerca de 954 milhões de euros por ano. Perante estes dados, Raquel Gil-Gouveia, presidente da Sociedade Portuguesa de Cefaleias, considera que a redução destes custos reside num diagnóstico atempado, de forma a evitar a realização de exames complementares desnecessários, desde que recolhida uma história clínica de forma correta e por um médico habilitado, seja este dedicado aos cuidados primários, neurologia ou centros de referência. «Quanto mais tempo se demora a fazer o diagnóstico e a instalar uma terapêutica eficiente, mais difícil é, mais complexo é e mais cara é depois o tratamento. É uma questão que tem a ver com a sensibilização para este problema, embora tenha vindo a melhorar, mas é necessário colocar o tema na agenda política para aumentar esta sensibilização junto dos profissionais de saúde», conclui a neurologista.

A Sociedade Portuguesa de Cefaleias realizou um inquérito aos serviços clínicos prestados a pessoas com cefaleias que obteve resposta de 40 centros que prestam serviços diferenciados a doentes com cefaleias, 24 do SNS e os restantes 16 fora do SNS. Nestes centros, em média, realizam-se cerca de 4 a 5 consultas por dia útil a doentes com cefaleias, o que corresponde a apenas 13% da necessidade estimada, a nível nacional, para este nível de cuidados.

Na sessão, foram ainda divulgados dados de um estudo recente da MiGRA Portugal, que envolveu 596 inquiridos. 38,5% dos inquiridos, não possuem qualquer acompanhamento médico para estas doenças e 60% dos inquiridos não estão satisfeitos com o seu tratamento. Dos doentes que recebem acompanhamento médico especializado, 70% é seguido em instituições privadas, com 20% desses doentes a reportarem que assumem a totalidade dos custos desse acompanhamento e 25% a referirem que o valor da consulta é difícil de suportar, fundamentando a urgência da ação nesta área.

Após a apresentação das recomendações ao Parlamento, segue-se agora um pedido para reunir com a Direção Geral de Saúde e com a Direção Executiva do SNS, com o objetivo de discutir essas propostas. A audiência da MiGRA Portugal com o Grupo de Trabalho de Comissão de Saúde está disponível AQUI

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) acaba de lecionar um curso de Gestão de Unidades de Cuidados para Chefias...

Liderado pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua e com o apoio da União Europeia, o projeto, com um horizonte temporal de três anos (2020-2023), visa ajudar na melhoria dos recursos humanos em saúde naquele território africano de língua portuguesa.

É, também, nesse sentido que a ESEnfC está a colaborar com a Escola Nacional de Saúde (ENS) da Guiné-Bissau, com vista à criação da licenciatura em enfermagem nesta instituição, tendo já sido apresentada uma proposta de plano de estudos para o futuro curso de ensino superior.

A ENS da Guiné-Bissau está «a desenvolver um trabalho de reconstrução organizativa e criação de uma renovada cultura organizacional, privilegiando a regulamentação, a participação de todos, a corresponsabilização, mas também a reflexão sobre a ação e a procura sistemática da melhoria», refere a vice[1]presidente da ESEnfC, Manuela Frederico-Ferreira, também uma das formadoras do curso dado aos enfermeiros guineenses.

Na última sexta-feira, aqueles 17 profissionais, maioritariamente do Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, receberam os certificados de capacitação no curso de Gestão de Unidades de Cuidados para Chefias de Enfermagem Hospitalares, que lhes foram entregues pelo representante do ministro da Saúde Pública do Governo da Guiné-Bissau, o chefe de gabinete Abu Camara.

Desejo de que o curso seja “estendido ao país inteiro, para bem da saúde pública”

«Aprendemos a comunicar, liderar, trabalhar em equipa, a tomar decisão, gerir conhecimento, gerir conflitos, administrar os recursos humanos, materiais, financeiras… Gostaria de apelar a que esse curso seja estendido ao país inteiro, para bem da saúde pública, e que seja acrescentado nos currículos da nossa Escola Nacional de Saúde», afirmou, na ocasião, o enfermeiro que discursos em representação dos formandos, Pedro Album Debe.

Pela ESEnfC, estiveram na cerimónia a vice-presidente da instituição, Manuela Frederico-Ferreira, e os também docentes Alfredo Lourenço e Verónica Coutinho. A sessão contou, ainda, com representantes da Embaixada de Portugal e da União Europeia.

No âmbito da cooperação da ESEnfC no projeto "Ianda Guiné Saúde”, o estabelecimento de Coimbra também recebeu em Portugal seis enfermeiros provenientes da Guiné-Bissau, para a frequência de três cursos de mestrado.

O projeto "Ianda Guiné Saúde”, no contexto do qual também outros professores da ESEnfC já se deslocaram ao território guineense, é apoiado com dois milhões de euros pela União Europeia e com um cofinanciamento de mais 140 mil euros do Instituto Camões e da Fundação Calouste Gulbenkian.

Contando com vários parceiros locais, o projeto – que esteve igualmente a prestar formação a médicos guineenses – é também apoiado, em Portugal, pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical, pela Direção[1]Geral da Saúde, pela Escola de Medicina da Universidade do Minho, pelos hospitais de Braga, Guimarães e Viana do Castelo e pela Ordem dos Médicos.

Evento realizou-se nos dias 24 e 25 de março
O Congresso Internacional de Radiologia de Coimbra (CIRC. Imaging Scientific Talks) realizou-se nos passados dias 24 e 25 de...

Nesse sentido, "A Radiologia e o Futuro" foi tema de abertura, contando com a apresentação “Criar um mundo onde os cuidados de saúde não têm limites”, por Rui Costa, Diretor Geral da GE HealthCare em Portugal, na qual o tema central foi a Inovação. A isso, estão diretamente associados o deep learning e a inteligência artificial, dois conceitos que se complementam e que não podem ser deixados de parte quando o tema é o futuro da Radiologia.

"A Inovação é o que acreditamos ser a grande mais valia do presente e do futuro, porque é o que nos permite melhorar a produtividade do sistema de saúde em prol dos clínicos e dos utentes. Tecnologia integrada, fácil de utilizar e com capacidade de atualização constante possibilita a criação de sistemas sustentáveis e cada vez mais capacitados no apoio à decisão clínica.”, refere Rui Costa, Diretor-Geral da GE HealthCare Portugal. Além disso, acrescenta, “permite aumentar a qualidade e capacidade do diagnóstico e tratamento, para entregar cada vez mais qualidade de vida aos nossos cidadãos, tendo como fim último a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde prestados a nível mundial”.

Carla Solano, da Comissão Científica e Organizadora do CIRC reforça a importância que iniciativas como o CIRC têm, afirmando que “um Congresso desta natureza é uma valorização para a classe que aos poucos se vai impondo pelo seu trabalho, pensamento, sentimentos, mas também pelos seus saberes. É nestes eventos que os problemas complexos e fundamentais da nossa área são tratados, pelo menos são ventilados tecnicamente, por aqueles que os conhecem e deles vivem. Os congressos são uma forma privilegiada de se divulgar a ciência.”

Livro apresentado ontem
Já está disponível, de forma online e gratuita, o primeiro e-book sobre o conceito de literacia em saúde em Portugal. O livro...

O livro reúne várias vozes das áreas da saúde e da comunicação para convergirem num conceito de literacia em saúde. “Os autores debruçam-se sobre a estrutura de cada elemento que constitui a evolução desta definição. Embora não sendo um estudo, este ensaio reflete de forma crítica as várias dimensões de uma literacia em saúde do seculo XXI”, continua. Ao todo, mais de três dezenas de pessoas contribuíram para este e-book.  

Um dos objetivos é o de que “as entidades da saúde e outras possam compreender melhor a aplicação concreta da literacia em saúde nas suas boas práticas”. Para isto, o grupo de trabalho focou a definição deste conceito “naquilo que são as competências, a motivação, a decisão centrada na pessoa, a capacidade de o indivíduo poder agir sobre o seu processo de saúde, as limitações existentes, a navegabilidade no sistema e como a participação pode ser abordada”. 

Os contributos partem de várias figuras da área da saúde, desde comunicação, medicina, enfermagem e investigação científica. A SPLS quis “entender que qualquer investimento em literacia deve passar pelo investimento em cada dimensão e elemento que constitui a literacia em saúde”.  

Ao disponibilizar o livro de forma online e gratuita, a SPLS ambiciona ampliar o alcance das informações e promover a democratização do conhecimento sobre o tema. A obra é uma importante ferramenta para profissionais da saúde, educadores, estudantes e todos os interessados, oferecendo uma visão abrangente e atualizada sobre o conceito e as suas aplicações práticas. 

A obra completa pode ser lida aqui.  

 

Shigelose: saiba o que é
O prazer de viajar é sem dúvida dos mais bem-vindos para todos nós, após os anos de pandemia Covid q

A vida em ilhas pode conter mais desafios neste âmbito, com períodos de escassez em água potável. Com as variações das épocas seca e das chuvas cada vez mais caprichosas, e a falta de saneamento generalizado adequado, podem pôr qualquer paraíso insular de belas praias e pessoas generosas em perigo.

As recentes notícias acerca de casos de diarreia com febre, atribuíveis a bactérias como a Shigella dysenteriae, detetada em Cabo Verde e em pessoas que aí passaram férias, tem preocupado as entidades de vigilância epidemiológica (a OMS, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) e o seu congénere CDC americano) com descrição de 258 casos de shigelose em turistas de 12 países desde agosto de 2022. O Reino Unido lidera entre casos suspeitos (95) e Portugal regista 2 casos, segundo dados publicados pelo ECDC em março de 2023.

As autoridades cabo-verdianas mantêm vigilância (Instituto Nacional de Saúde Pública ou INSP) e as recomendações para evitar o contágio: lavar as mãos frequentemente, usar água engarrafada/ fervida para preparar alimentos e lavar os dentes, beber água engarrafada/ fervida de preferência, não colocar gelo nas bebidas (os copos podem ser refrigerados).

Em caso de suspeita de doença, avisar as autoridades de saúde no local ou no país de origem. É importante saber que:

  1. o contágio é por via fecal-oral (daí a importância de alimentos e líquidos seguros e saneamento com esgotos adequados)
  2. o ser humano é o único reservatório
  3. a doença pode ser mais grave em crianças com menos de 2 anos, idosos e pessoas imunocomprometidas (ex.: doentes oncológicos, diabéticos, ou com doenças autoimunes; doentes a fazer terapêutica com corticoide, quimiotáxicos)
  4. a vacina oral está em fase de testes, mas pode não cobrir todos os serotipos
  5. cerca de 2 a 4 dias após contágio, pode surgir dor de barriga tipo cólica, com diarreia líquida que pode tornar-se sanguinolenta (daí ser disenteria hemorrágica, com ulcerações da porção mais distal do intestinal ou sigmoido-rectal). Os vómitos e febre podem ajudar a agravar a desidratação
  6. o diagnóstico é baseado na suspeição clínica e realização de culturas de fezes. A rectosigmoidoscopia pode ser útil em situações mais preocupantes
  7. o tratamento da grande maioria dos casos é de suporte, isto é, hidratação para reposição de água, sais minerais, açucares, proteínas; medicação para evitar os vómitos como metoclopramida pode ser usada com cuidado. Os antidiarreicos não devem ser usados por risco de prolongar a toxicidade das toxinas produzidas pelas bactérias shigella (não usar loperamida ou similares)
  8. os casos moderados a graves devem ser tratados com antibióticos orais como a ciprofloxacina e a azitromicina, ou endovenosos como o ceftriaxone, segundo prescrição médica
  9. Os casos muito graves podem levar ao chamado Síndrome hemolítico-urémico com falência renal e hemorragia intestinal, sendo os cuidados hospitalares necessários
  10. pacientes com genótipo HLA-B27 (espondilite anquilosante) podem desenvolver artrite reativa, conjuntivite, uretrite.

Enfim, devemos estar cientes dos cuidados a ter para prevenção de doenças e alertados para os sintomas que podem apresentar para recorrer a ajuda sempre que necessário. Consultar o boletim disponibilizado pelas entidades de saúde ajuda a decidir a escolha do destino de férias merecidas e que devem ser fonte de bem-estar.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Entre 29 de março e 01 de abril
O Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de...

Dedicado ao tema “Inovações na psicologia básica e aplicada”, o evento científico vai abordar temas como saúde mental, neurociência, avaliação psicológica, personalidade e emoções, psicologia social e política, desenvolvimento infantil e adolescente, psicologia forense ou envelhecimento. Para a docente e investigadora da UC e coordenadora do CINEICC, Maria Cristina Canavarro, este encontro «será uma via verde para a Ciência na Área da Psicologia. Uma opção estratégica do Centro em partilhar, de forma gratuita, a investigação de ponta na área que é realizada no CINEICC, juntamente com a divulgação de investigação de parceiros nacionais e internacionais de referência nas temáticas abordadas».

O Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental é uma unidade de investigação científica e de desenvolvimento tecnológico da Universidade de Coimbra, «amplamente reconhecido pela excelência do seu trabalho, a nível nacional e internacional», destaca Maria Cristina Canavarro. Atualmente, a produção científica desta unidade de investigação da UC tem-se centrado em dois domínios: em novos formatos acessíveis para a intervenção psicológica breve e em neurociência cognitiva.

No domínio dos formatos mais acessíveis de intervenção psicológica breve, a investigação do CINEICC tem-se centrado no desenvolvimento de ferramentas de e-(mental)health (a aplicação das tecnologias de informação e comunicação à promoção da saúde, nomeadamente da saúde mental). São exemplos da investigação e desenvolvimento nesta área o “eBEfree”, programa para a redução da ingestão compulsiva; o “Be a Mom”, orientado para a prevenção da depressão pós-parto; ou o “iACTwithPain”, para a autorregulação da dor crónica. Recentemente, a partir dos resultados promissores de um programa de intervenção em grupo para tratamento de perturbações emocionais em crianças, teve início o projeto “Detetives das Emoções In-Out”, que pretende avaliar a eficácia daquele programa em formato misto, ou seja, com sessões online e presenciais.

Já no domínio da neurociência cognitiva, o Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental tem consolidado o seu percurso nas vertentes básica (incluindo o mapeamento cerebral, a organização do [re]conhecimento de objetos no cérebro ou a representação neuronal) e aplicada, envolvendo o estudo da neuroplasticidade e da neuromodulação em populações com necessidades especiais. A título de exemplo, o CINEICC acolhe atualmente o “ContentMAP” – projeto português, na área da psicologia, com maior financiamento pelo Conselho Europeu de Investigação –, que visa aperfeiçoar o mapeamento do (re)conhecimento de objetos no cérebro. Os resultados desta investigação em neurociência básica têm resultado no desenvolvimento de programas de intervenção neuropsicológica, como o “REMINDER”, projeto em curso, com o objetivo de reduzir o risco de demência em pessoas com mais de 60 anos, através da promoção da neuroplasticidade. Outro projeto, iniciado este mês, é a ERA CHAIR “CogBooster”, financiada pela Comissão Europeia para capacitar a FPCEUC como um centro de excelência na investigação e no ensino em neurociência cognitiva.

O “IV Congresso Internacional do CINEICC” vai contar com a participação de mais de 500 pessoas (entre estudantes, investigadores e profissionais da psicologia e áreas afins) e com palestras de grandes nomes da psicologia contemporânea, como Alessio Fracasso, Chris Irons, Christine Padesky, David Gillanders, James Kirby, Jessica Fish, Jorge Osma, Thomas Parsons ou Todd Farchione.

Mais informações sobre o evento científico em https://cineicc-congress.fpce.uc.pt/.

Estudo iMM
Todos os anos, a chegada da Primavera traz uma discussão recorrente: devemos alterar a hora dos relógios para que a luz do dia...

Neste estudo, os investigadores analisaram 82 pacientes do CENC, o Centro de Medicina do Sono, em Lisboa (fuso horário GMT), e registaram os horários de sono e a hora de produção de melatonina daqueles que chegavam à clínica em horário normal ou no horário de verão. Sobre os resultados do estudo, Cátia Reis diz: "Verificámos que durante o horário de verão, os pacientes adormeciam a uma hora semelhante, mas acordavam mais de uma hora antes nos dias de trabalho. Isto resulta numa perda sustentada de sono. O horário de verão retira uma hora de luz pela manhã, quando precisamos de luz para degradar a melatonina, e adiciona-a à noite, quando precisamos de escuridão para produzir melatonina".

Quanto à hora de produção de melatonina, verificaram que é semelhante no horário padrão ou de verão, especialmente quando corrigida pela hora solar, sugerindo que a alteração apenas aumenta a distância entre a hora local e a hora solar. Como a hora de produção de melatonina é a mesma de acordo com a hora solar, as pessoas irão produzi-la mais tarde na hora do relógio, mas devido aos constrangimentos sociais, como o trabalho, acordam à mesma hora do relógio. "Este efeito é exagerado nos doentes com atraso de fase de sono, que são mais resistentes à adaptação, mas podem ser extrapolados para a população em geral.

 Outros investigadores encontraram implicações negativas deste desfasamento entre o tempo solar e biológico, tais como o aumento do risco de desenvolver certas doenças ou o aumento da frequência de acidentes nos dias que se seguem à mudança de hora", partilha Cátia Reis. "Com a industrialização, a diminuição da luz durante o dia no interior dos edifícios e as luzes elétricas à noite foi alterando a maioria dos relógios humanos para se tornarem mais tardios: estamos todos a transformar-nos em corujas. Mas os nossos horários sociais continuam bastante matinais e estão desalinhados com os nossos relógios internos, que respondem ao tempo solar. Temos os padrões de sono das corujas, mas a nossa vida social exige que sejamos cotovias! Este desfasamento está associado a défices de saúde.

A mudança para a hora de verão na Primavera apenas retira uma hora de luz pela manhã e muda-a para a noite, aumentando a discrepância entre a hora solar e a hora do relógio. Como o nosso ritmo biológico sincroniza com a luz solar, o aumento desta diferença reduz o tempo total de sono", acrescenta Cátia Reis, tomando uma posição sobre este assunto.

Iniciativa da SPMI
Viana do Castelo recebe a edição de 2023 da Festa da Saúde de 30 de junho a 2 de julho.

Esta é uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e vai decorrer com a colaboração do Serviço de Medicina da Unidade Local de Saúde do Alto Minho e da Câmara Municipal de Viana do Castelo. 

“A zona Ribeirinha de Viana do Castelo terá a honra de receber a 5ª edição do único evento gratuito e sem fins lucrativos em Portugal que junta o espetáculo da música, cultura, desporto e alimentação à prevenção da doença e promoção da saúde” afirma Diana Guerra, Internista e responsável pela organização do evento. 

“Tal como nas edições anteriores em Lisboa, Porto, Viseu e Aveiro, esta Festa da Saúde irá motivar a população para hábitos de vida saudável e constitui o compromisso público da SPMI com a informação para prevenir a doença e promover a literacia em saúde”, frisa Olga Gonçalves, da direção da SPMI.

“Esta é uma oportunidade única para os visitantes, com três dias com diversos rastreios efetuados pelos Núcleos de Estudo da SPMI e repletos de experiências desportivas, culturais, gastronómicas e de bem-estar, desde concertos, aulas de ginásio e desportos aquáticos, showcookings e workshops, em que a população pode ter um contacto próximo com os profissionais de saúde que os cuidam todos os dias, bem como artistas, desportistas e chefs de renome, que prometem fazer da saúde um bem fundamental mais próximo, acessível e inclusivo” conclui Diana Guerra. 

 

 

Conectar startups a investidores
Rethinking Digital Health – From Startup to Success” foi o mote escolhido pela Bayer para a 8.ª edição do STEM4HEALTH deste ano...

Este é um evento direcionado a startups, investidores e a qualquer pessoa que trabalhe no setor da saúde, uma vez que é uma experiência enriquecedora que culminará numa sessão de networking. Todos os projetos serão avaliados por um júri composto por elementos internos da Bayer e por elementos externos ligados ao setor da saúde, tecnologia e inovação.

A startup que apresentar o melhor projeto será premiada com a mentoria de Marco Dietrich, Managing Director & Country Division Head Pharma of Bayer Portugal, e ainda da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, durante o período de 12 meses.

“É com muito entusiasmo que voltamos a lançar o STEM4Health, que vou ter oportunidade de acompanhar pelo segundo ano consecutivo. Uma iniciativa direcionada a jovens com vontade de inovar e em trazer soluções disruptivas para a área da saúde. A Bayer quer continuar a estimular o empreendedorismo e ajudar as startups que estão agora a começar o seu percurso no mercado português e internacional”, afirma Marco Dietrich, Managing Director & Country Division Head Pharma of Bayer Portugal.

A comunidade STEM4Health Lisbon foi criada em outubro de 2016 e atualmente está presente em cerca de 20 cidades em todo o mundo, sendo apoiado pelo programa de aceleração de startups da Bayer: Grants4apps. Foi o sucesso desta primeira edição que permitiu que a Bayer Portugal promovesse este evento anualmente.

Para mais informações consulte: https://www.bayer.com/pt/pt/inovacao/stem4health-lisbon.

 

 

 

Opinião
A Asma é uma doença respiratória crónica, afetando cerca de 8 a 10% da população, e caracteriza-se p

O Médico de Família é o profissional mais bem colocado para estabelecer o diagnostico inicial da Asma, que deve basear-se numa história clínica completa e eventualmente em provas de função respiratória (nomeadamente a espirometria). Uma vez estabelecido o diagnóstico, e mesmo no seguimento dos doentes sob tratamento, é crucial proceder periodicamente a uma avaliação do risco individual de cada doente, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e reduzir o risco de agudizações. Para esta avaliação são essenciais os seguintes aspetos: estado dos sintomas, adesão à terapêutica e medidas de estilo de vida, a correta utilização dos dispositivos inalatórios, a existência de outras comorbilidades (por ex. rinite, refluxo gastroesofágico, obesidade, ansiedade e depressão, hipertensão ou insuficiência cardíaca, diabetes, patologia osteoarticular, apneia do sono, entre outras), avaliar a função respiratória (nomeadamente a possibilidade de existência concomitante de outras doenças respiratórias), bem como fatores associados a exposição de desencadeantes ambientais (como alérgenos, poluição, tabaco, agentes infeciosos, entre outros).

O tratamento adequado da Asma passa essencialmente pelo controlo da inflamação das vias aéreas, nomeadamente com recurso a corticoides inalados, aos quais podem ser associados, quando necessário, agentes broncodilatadores de longa ação. As orientações internacionais apontam duas tipologias distintas no tratamento da asma:

  • Uma tipologia baseada no tratamento com corticoide inalado (ICS) associado a formoterol, onde o este último desempenha o papel de broncodilatador que têm simultaneamente um inicio de ação rápido e efeito prolongado. Com isto, os doentes podem usar, numa primeira “fase”/degrau da terapêutica, esta associação de medicamentos em SOS, como forma de alivio dos sintomas, e recebendo simultaneamente o controlo da inflamação necessário. Designa-se este conceito por esquema MART (maintenance and reliever therapy). Já nas “fases”/degraus de tratamento mais avançados, esta associação passa a ser realizada de forma fixa diária, habitualmente em 2 ou mais inalações/dia, havendo possibilidade de aumentar progressivamente a dose do corticoide inalado conforme a gravidade de sintomas.
  • Uma tipologia baseada no tratamento inicial (nas primeiras “fases”/degraus) apenas com corticoide inalado, e nas “fases”/degraus mais avançadas numa associação entre este e um broncodilatador de longa duração de ação (diferente do formoterol). Em todos as “fases”/degraus de tratamento o alivio dos sintomas será realizado com um broncodilatador de ação rápida em SOS. Nas “fases”/degraus mais avançados o tratamento é realizado de forma fixa diária, havendo diversas opções terapêuticas que possibilitam apenas 1 inalação/dia, e havendo também possibilidade de ir aumentado progressivamente a dose do corticoide inalado conforme a gravidade de sintomas.

Estudos têm demonstrado que nem todos os doentes encaixam apenas em uma tipologia de tratamento. O primeiro permite uma variabilidade de doses/posologia mais diversificada, bem adaptável a doentes com Asma de padrão intermitente, em que há necessidade de alterar as doses e posologias em diversas épocas/períodos do ano. No entanto requer algum grau de literacia por parte dos doentes, para saberem realizar uma boa autogestão destes fatores. De fato, muitos dos doentes neste esquema terapêutico mantem-se mal controlados nos seus sintomas, e uma significativa parte deles continua a usar broncodilatadores de ação rápida para alívio dos sintomas, o que não é recomendado fazer juntamente com formoterol.

A tipologia alternativa apresenta um conceito de tratamento mais estável, baseado numa dose/posologia mais fixa e mais simples, o que será potencialmente mais adequado para doentes com Asma de padrão mais persistente e de pouca variabilidade de sintomas ao longo do tempo. Estas características podem melhorar a adesão terapêutica particularmente em doentes que não se adaptam ou não compreendem o conceito do esquema MART (da primeira tipologia), ou que preferem uma dose/posologia baseada numa única inalação diária, e que persistem em usar o broncodilatador de ação rápida como SOS para alívio dos sintomas.

O tratamento da Asma deve ser assim personalizado a cada doente, com o objetivo de avaliar o seu risco individual, que é baseado em todas as suas características, e adaptando o melhor tratamento às suas preferências e dia-a-dia, conseguindo o controlo total de sintomas e capacitação para uma correta autogestão da doença.

Referências Bibliográficas:

  • Guia prático de gestão da Asma nos Cuidados de Saúde Primários. Atualização 2022. GRESP/APMGF. Disponível em: www.gresp.pt
  • Global Initiative for Asthma. Global Strategy for Asthma Management and Prevention, 2022. Available from: www.ginasthma.org

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Nacional do Doente com AVC assinala-se a 31 de março
O Dia Nacional do Doente com AVC assinala-se no próximo dia 31 de março e, à semelhança dos anos anteriores, a SPAVC incentiva...

O grande objetivo da criação do Dia Nacional do Doente com AVC, em 2003, sempre foi aumentar a consciencialização sobre a doença, promover a prevenção e melhorar o tratamento e os cuidados prestados aos doentes com AVC. A especialista considera que esse objetivo tem vindo a ser cumprido uma vez que, “ao longo destes 20 anos, tem-se verificado um crescente reconhecimento da importância da prevenção do AVC e do rápido acesso a cuidados especializados para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos doentes”.

Apesar dos avanços significativos, quer na prevenção, quer no tratamento, o AVC continua a ser uma grande ameaça para a saúde pública, sendo, por isso, “imprescindível que se continue a educar a população sobre a doença, destacando as necessidades dos doentes e das suas famílias e promovendo ações que visam reduzir a carga do AVC na sociedade”, acrescenta a neurologista.

Este ano, as comemorações do Dia Nacional do Doente com AVC decorrem de 18 de março a 2 de abril, com diversas atividades apoiadas pela SPAVC, tais como campanhas de sensibilização, rastreios gratuitos de fatores de risco, palestras educativas, sessões de exercício físico, atividades em escolas, entre outras iniciativas. A adesão da população a tais atividades é um dos principais focos da SPAVC para este Dia Nacional, uma vez que essa cooperação “poderá traduzir-se no aumento da procura por cuidados médicos precoces e a numa maior eficácia do tratamento, reduzindo, assim, as taxas de mortalidade e incapacidade relacionadas ao AVC”​​. Além disso, “estas iniciativas são também um importante apoio emocional aos doentes e suas famílias, fomentando a partilha de experiências e o conhecimento dos recursos e serviços disponíveis para ajudá-los a lidar com os desafios da doença”, refere a Embaixadora.

O Presidente da Direção da SPAVC, Vítor Tedim Cruz, considera que a grande mensagem a difundir nesta data, em qualquer modelo de atividade, passa pela divulgação dos sinais do AVC, os chamados 3 “F”, que são a alteração na fala, na face e na força num dos membros do corpo. “Qualquer pessoa deve saber que, na presença de algum destes sinais, deve ligar de imediato para o 112 para ativar a Via Verde do AVC”, refere o especialista. A Via Verde do AVC é uma estratégia organizada para que os doentes possam ser rapidamente encaminhados para receberem tratamento da forma mais célere e adequada possível. “O cérebro é um órgão muito delicado e, ao contrário dos outros, não aguenta muito tempo sem oxigénio, pelo que as primeiras horas são determinantes”, finaliza o neurologista.

A SPAVC aproveita esta data para reforçar as principais estratégias no combate ao AVC a nível nacional. O investimento em campanhas de prevenção sobre os fatores de risco para o AVC; a consciencialização para a importância da prática regular de atividade física e da adoção de uma dieta saudável; a melhoria dos acessos aos cuidados de saúde para os doentes com AVC residentes em áreas mais remotas do país; o incentivo à investigação; a aposta na formação dos profissionais de saúde; e a melhoria do suporte aos doentes e suas famílias, através dos grupos de apoio aos doentes “são as principais medidas para diminuir o impacto do AVC no nosso país”, defende Liliana Pereira.

Todos os anos, o AVC afeta milhares de pessoas em Portugal. É através de “ações de prevenção, consciencialização e do investimento em cuidados especializados que é possível fazer a diferença na vida das pessoas que foram afetadas pelo AVC e das suas famílias”. Como Embaixadora deste dia Dia Nacional, Liliana Pereira apela à participação nas atividades locais e incentiva a população a “adotar estilos de vida saudáveis, onde se incluem a preferência por uma alimentação equilibrada, a prática de exercício físico regular e a cessação tabágica. O AVC é uma doença grave e devastadora e, por isso, é tão importante todos conhecermos e reconhecermos os seus sinais e sintomas para agir rapidamente”.

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