Especialista explica
Com a chegada dos dias mais quentes e de sol é importante lembrar que os óculos de sol não são apena

Mas com tantos modelos e opções no mercado, como escolher os óculos de sol ideais? Lembre-se de que a escolha do par de óculos de sol ideal deve ser feita com cuidado considerando os fatores de proteção UV, a cor das lentes, os materiais, proteção lateral, idade adequada para uso e para que situações os queremos. 

A partir de que idade é que se deve usar óculos de sol?

Os danos oculares provocados pelos raios ultravioleta, podem ser agudos (como por exemplo quando vamos para a neve sem óculos de proteção) mas os mais importantes são cumulativos ao longo da vida. E têm início na infância quando o cristalino é menos pigmentado e filtra menos as radiações UV e quando as pupilas são em regra mais dilatadas do que as dos adultos.  Portanto, a proteção deve ser ainda mais rigorosa que nos adultos. De facto, ninguém aceita que uma criança esteja exposta ao sol sem proteção cutânea. Porquê deveríamos aceitar que esteja ao sol sem proteger os olhos? É fundamental que os óculos de sol sejam usados desde a infância. Devem igualmente ser escolhidos os modelos adequados para a idade, que sejam confortáveis e seguros. Bebés e crianças pequenas devem usar óculos com lentes flexíveis e duráveis, que não quebram facilmente.

Os óculos de sol protegem de quê?

Ao escolher um par de óculos de sol, certifique-se de que eles ofereçam proteção contra os raios ultravioleta (UV). Esses raios invisíveis e perigosos podem causar danos oculares nomeadamente potenciando o aparecimento de pterigium (um tecido que cresce sobre a córnea, a parte transparente da frente do nosso olho), tumores palpebrais e conjuntivais, fotoqueratite aguda, catarata e eventualmente degenerescência macular da idade.  Portanto, escolha óculos que ofereçam proteção 100% contra os raios UV. Lembre-se, não é o facto de as lentes serem escuras que protege os olhos. É o facto de elas terem proteção contra os raios ultravioletas.

A cor das lentes é importante?

A cor das lentes dos óculos de sol não é importante para a proteção ultravioleta. É importante para a qualidade da visão em diferentes situações da nossa vida. Ela pode afetar a forma como vemos o mundo ao nosso redor. Lentes cinzas são excelentes opções para uma visão mais natural, no dia a dia. Fornecem uma visão de cores mais natura (não alteram as cores), sem aumentar o contraste. São ótimas para atividades no geral.

As lentes verdes são igualmente boas para praticamente todas as situações, faça sol ou chuva. Além disso, oferecem bom conforto visual e proporcionam um melhor contraste de cores.  As lentes laranja estão mais indicadas para a prática de desportos, como, por exemplo, ciclismo, golfe, futebol, e em dias nublados. É importante ter em consideração que estas lentes não são indicadas para atividades que exigem uma boa identificação das cores. As lentes amarelas são úteis para ambientes com pouca luz e com nevoeiro. Elas podem aumentar o contraste e melhorar a perceção de profundidade. São boas para uso em atividades noturnas, mas também para pessoas que passam muito tempo a trabalhar em computadores, pois podem ajudar a reduzir o cansaço visual causado pela luz azul emitida pelas telas. As lentes azuis são recomendadas para diversas situações, como por exemplo em locais muito iluminados, como na praia, em dias muito ensolarados e em lugares com neve (com muita iluminação), pois melhoram a proporção das cores e oferecem proteção UV.  As lentes rosas ou vermelhas, por sua vez, podem ser boas para atividades desportivas ao ar livre, pois reduzem o brilho e a fadiga visual.

E os materiais são todos iguais? 

  • Quando se trata de materiais para as lentes dos óculos de sol, existem diversas opções disponíveis no mercado, cada uma com suas próprias características e vantagens.
  • Vidros: são resistentes e oferecem excelente qualidade ótica, mas podem ser pesados e quebradiços. Além disso, não são tão eficientes em bloquear raios UV quanto outros materiais.  
  • Acrílico: é um material leve e resistente a impactos, mas pode arranhar com facilidade. As lentes de acrílico são uma opção mais econômica em relação a outros materiais. 
  • Policarbonato: é um material leve e altamente resistente a impactos, sendo uma excelente escolha para óculos de desporto ou atividades ao ar livre e para as crianças. Além disso, as lentes de policarbonato oferecem proteção UV superior e são menos propensas a arranhar do que as de acrílico, mas mais do que as de vidro ou de poliuretano. Poliuretano: é um material leve, resistente a impactos e altamente flexível, o que o torna uma opção confortável para lentes de óculos. São mais leves e finas do que as lentes de policarbonato e oferecem uma visão mais nítida e clara do que estas alem de serem mais resistentes a arranhões e a quebras ou impactos do que as lentes de policarbonato. Mas também são mais caras em regra.

A proteção lateral é importante?

É importante escolher óculos que ofereçam a proteção lateral adequada para sua situação específica. Em situações de trabalho ou de desporto é particularmente importante garantir que os óculos oferecem uma proteção lateral adequada para proteger os olhos de possíveis lesões. Alguns óculos de segurança, como aqueles usados ​​por trabalhadores da construção civil, possuem proteção lateral integrada, e muitos óculos de sol desportivos (por exemplo, para a neve) também apresentam uma cobertura maior ao redor dos olhos para garantir a proteção contra a luz solar refletida e outros perigos ambientais.

Independentemente do material escolhido, lembre-se de que a proteção contra raios UV é um fator crucial na escolha das lentes dos óculos de sol. Certifique-se de que as lentes oferecem proteção 100% contra raios UVA e UVB para manter os seus olhos seguros e saudáveis. Além disso, tome em consideração as suas necessidades específicas de uso, como atividades desportivas ou estilo de vida, ao escolher o material ideal para as lentes dos seus óculos de sol.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Num total de 1 milhão e 250 mil dólares
Está a decorrer o processo de submissão de propostas a um Programa Competitivo de Bolsas, promovido pela Pfizer em colaboração...

Está prevista a atribuição de 5 bolsas e as submissões consideradas para financiamento deverão ser focadas em projetos classificados como quality improvement nas áreas específicas abaixo definidas. Apenas serão aceites as propostas que sejam submetidas até dia 1 de junho de 2023.

Posteriormente, os projetos serão analisados por um painel de revisores independente, que irá selecionar os projetos para financiamento. A Pfizer não tem influência sobre qualquer aspeto dos projetos e apenas solicita relatórios sobre os resultados e o seu impacto, para partilha pública.

Estas bolsas estão inseridas no programa Pfizer Global Medical Grants (GMG), criado para apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

 

Para crianças e jovens
As férias de verão já não precisam de ser uma dor de cabeça para as famílias. Pelo segundo ano consecutivo, a NOVA Medical...

A Summer Medical School tem lugar durante o mês de julho e destina-se a crianças, entre os 6 e os 14 anos, e a jovens, entre os 15 e os 18 anos, sendo o programa adaptado em função da faixa etária. 

Para os mais novos, o programa tem uma duração de quatro semanas e está semanalmente organizado em atividades alinhadas nos temas: saúde mental, atividade física, alimentação saudável, ciência e sustentabilidade. Para os jovens, a oferta é de uma semana, com prioridade numa experiência única de imersão numa escola médica onde terão contacto com a medicina e as ciências da nutrição, com a investigação e, claro, sempre numa lógica de competências transversais na área da saúde.

A Summer Medical School tem como objetivo ser uma alternativa para as famílias, após o encerramento das escolas, no período de férias de verão. Uma experiência única, com uma avaliação nutricional no início da imersão, com cursos hands-on para refeições ‘fast and healthy’. A saúde mental não podia deixar de ser uma prioridade. Será ainda possível conhecer alguns dos pontos turísticos da cidade de Lisboa, com caminhadas diárias.

“A NOVA Medical School, enquanto escola médica, tem assumido um papel relevante na sociedade, não só na formação de médicos e de nutricionistas, na investigação e na transferência de conhecimento, como na extensão à comunidade, com ações que possam ter impacto no ecossistema de saúde. Com este programa, criamos uma oportunidade de experiência, que permitirá uma imersão em estilos de vida, que esperamos ter impacto na vida destas crianças, jovens e das suas famílias”, refere Conceição Calhau, Subdiretora da NMS para a Extensão à Comunidade.

Ao todo existem 64 vagas para o programa dos mais novos (16 crianças por semana) e 10 vagas para a semana da faixa etária 15-18 anos.

As inscrições decorrem até dia e 26 de maio e podem ser feitas no site da NOVA Medical School.

A NMS está alinhada e comprometida com os principais problemas de saúde pública.  Sabe-se que grande parte das doenças da vida adulta podem ser evitáveis com uma melhor gestão dos estilos de vida. As famílias de hoje estão cada vez mais disponíveis para encontrar oportunidades de novas experiências que possam influenciar, de forma muito positiva, os comportamentos, a autoestima e o autocuidado, competências na área da promoção da saúde que são reconhecidamente fundamentais. Na pausa letiva este programa é uma excelente oportunidade para juntar à saúde, ciência e sustentabilidade global, a partilha e o divertimento.

Várias são as sociedades e associações que se aliaram a este programa, nomeadamente: Associação Portuguesa de Nutrição, Associação dos Doentes Obesos e Ex-obesos de Portugal, Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Sociedade Portuguesa de Nutrição Clínica e Metabolismo, Cintesis e Gebalis. Contamos ainda com a Novo Nordisk e a Fundação Amélia de Mello como paceiros.

6 e 7 de maio
A Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes (FDAP) vai realizar, nos dias 6 e 7 de maio, o III Congresso...

O congresso, que procura desmistificar a Diabetes, irá abordar a importância das redes de cuidados, desde a família aos cuidadores, passando pelas equipas de saúde e as instituições, conferindo-lhes um papel fundamental na gestão da Diabetes e na melhoria das condições de vida de quem lida todos os dias com esta doença.

Para além do debate sobre quais são e como funcionam as Redes de Cuidados na Diabetes, serão também discutidos o estado atual em Portugal e as previsões para o futuro, no que respeita às práticas médicas, terapêuticas e terapias nesta área.

Mundialmente, a diabetes afeta mais de 425 milhões de pessoas. Em Portugal cerca de 13% da população vive com esta patologia e grande parte das vezes os doentes não têm o acompanhamento necessário para conseguirem ter uma melhor qualidade de vida.

Os profissionais de saúde, a indústria farmacêutica, as associações de apoio e também os familiares e os amigos de pessoas com Diabetes têm um papel fundamental na educação e na promoção de hábitos mais saudáveis, de forma a melhorar a vida destes doentes.

Para Emiliana Querido, Presidente da FPAD, “este III Congresso Nacional da Federação Portuguesa Das Associações De Pessoas Com Diabetes pretende abordar um tema tão importante no dia-a-dia das pessoas que vivem com esta doença. As doenças não são só de quem vive com elas, mas também das pessoas à sua volta, que têm diferentes papeis, mas todos eles importantes. Ninguém sobrevive sozinho e para nós é fundamental dar a devida importância a todos aqueles que podem contribuir para uma melhor qualidade de vida de quem vive com esta patologia. Acredito que com a realização das várias edições deste congresso vamos contribuindo para melhorar a literacia em saúde nesta área e que a cada ano estamos a melhorar um pouco a vida dos doentes, contribuindo para que tenham uma melhor qualidade de vida.”

As inscrições para o congresso já estão abertas e pode consultar o programa em https://fpad.pt/iii-congresso

Encefalomielite Miálgica/ Síndrome da Fadiga Crónica (EM/SFC)
A MYOS, a associação nacional contra a fibromialgia e a encefalomielite miálgica/ síndrome da fadiga crónica (EM/SFC), vai...

“Após 20 anos de existência continuamos a ser desafiados diariamente com o estigma associado à encefalomielite miálgica/ síndrome da fadiga crónica (EM/SFC) e, por isso, precisamos de continuar a desenvolver medidas que previnam o isolamento e que fomentem a educação dos doentes, familiares, profissionais de saúde e população”, afirma Ricardo Jorge Fonseca, Presidente da MYOS.

E acrescenta: “A incompreensão sobre esta doença é o que nos atinge com maior impacto. Muitas vezes parece que estamos bem, apesar de um conjunto de sintomas reais que nos provocam sofrimento. A doença pode ser invisível, mas o que sentimos é real. Cerca de 25 por cento das pessoas com esta doença está em casa acamada e sem capacidade para sair, o que as torna invisíveis para a sociedade”, conclui.

A campanha “Estou bem” pretende comunicar a invisibilidade da encefalomielite miálgica/ síndrome da fadiga crónica (EM/SFC), enquanto alerta a população de que apesar de uma pessoa “parecer bem” pode estar a vivenciar um conjunto de sintomas geralmente mal compreendidos.

Uma pessoa com encefalomielite miálgica/ síndrome da fadiga crónica tem como principais sintomas o mal-estar após realizar esforços mínimos, fadiga profunda, intolerância ortostática, sono não reparador, dores de cabeça, confusão mental, dificuldade em concentrar-se, falta de memória, dor e hipersensibilidade, entre outros sintomas. Joan Serra Hoffman é um dos testemunhos que luta diariamente contra o estigma de viver com esta doença:

“Eu tive de deixar de trabalhar, o que foi muito difícil para mim porque amava meu trabalho. Desde então recuperei 15-25 por cento da atividade que tinha anterior à doença. Saio de casa apenas para passear os meus cães uma vez ao dia, e para consultas, e um ou outro almoço perto de casa com amigos. Evito lugares com muito ruído pois tenho hipersensibilidade.   Tenho de gerir a pouca energia que tenho com muito cuidado. Já posso passar a maior parte do dia sentada e posso estar de pé por meia hora de cada vez antes de ter de descansar de novo. Isso é uma melhoria”, comenta Joan Serra Hoffman recordando que foi diagnosticada oito meses depois de ter contraído uma pneumonia viral da qual nunca recuperou.

E acrescenta: “Se não tiver cuidado, posso ter um “colapso”, uma “recaída” ou um “esgotamento” que pode ocorrer mesmo após uma pequena quantidade de esforço mental ou físico. Durante a recaída, geralmente sofro uma exacerbação de múltiplos sintomas. Pode ser que demore horas, dias, uma semana ou até mesmo mais tempo para que retorne ao patamar anterior à recaída. Eu anteriormente passava por ciclos de esforço excessivo e “colapso”, até aprender a reduzir ou alterar as minhas atividades para minimizar as recaídas, como me foi recomendado pelos profissionais de saúde que me acompanham”.

Joan Serra Hoffman deixa ainda um alerta “Apesar da encefalomielite miálgica/síndrome da fadiga crónica (EM/SFC) não ser uma doença rara é desconhecida por muitos profissionais de saúde, o que pode retardar um diagnóstico e tratamento atempados”.

A encefalomielite miálgica/síndrome de fadiga crónica (EM/SFC) é uma doença multisistémica complexa que pode ser extremamente debilitante. O aparecimento dos sintomas é geralmente repentino e começa por um mal-estar semelhante ao da gripe ou a uma síndrome infeciosa. A EM/SFC tem sido relacionada com vários agentes infeciosos (como mononucleose infeciosa, vírus do herpes, rubéola, VIH, e recentemente várias pessoas têm ficado doentes com EM/SFC após infeção pelo Covid-19), no entanto não foi demonstrado que algum deles fosse a causa efetiva do surgimento desta síndrome. Alguns especialistas acreditam que a EM/SFC pode ser desencadeada por alterações genéticas associadas à exposição a determinados vírus e toxinas. O diagnóstico requer um histórico médico completo, exame físico e laboratorial para descartar outras doenças que possam explicar toda a sintomatologia.

Não existe uma estimativa de prevalência da EM/SFC em Portugal, mas as estatísticas de prevalência global apontam para valores que variam entre os 0,4 por cento até os 2,5 por cento da população mundial. Afeta, cerca de três vezes mais mulheres do que homens, atingindo pessoas predominantemente entre os 25 e os 45 anos. Em Portugal existe ainda muito desconhecimento sobre esta síndrome, inclusive pela comunidade médica, o que leva a que muitos doentes não estejam diagnosticados nem tratados.

Com a campanha “Estou bem”, a MYOS incentiva toda a população a “juntar-se nesta luta pelas vidas” de todos os que sofrem em silêncio.

Para mais informações sobre a campanha “Estou bem” e sobre a MYOS consulte: https://myos.pt/

Quelfes, Olhão
A freguesia de Quelfes, em Olhão, foi o local escolhido para a mais recente aposta da Joaquim Chaves Saúde num novo posto de...

Situada na Estrada de Quelfes, 68 B, esta unidade estará a funcionar nos dias úteis, das 8h às 12h e das 13h às 16h, e aos sábados, entre as 8h e as 12h. Com um laboratório central localizado em Faro, que funciona em estreita articulação com os laboratórios de Lisboa, o Grupo dá resposta a um portefólio completo, nas áreas de Análises Clínicas, Genética Médica e Anatomia Patológica.

Para Lisbel Leandro, diretora técnica do Laboratório Dr. Joaquim Chaves Algarve, “Quelfes é uma freguesia com mais de 17 mil habitantes e, neste sentido, era importante conseguirmos aumentar a comodidade desta população e garantir o acesso aos nossos serviços, respondendo às necessidades que existiam nesta localidade. Com mais um posto de análises clínicas, reforçamos a nossa presença na região algarvia e entregamos a esta população um serviço pautado pelo rigor, rapidez e qualidade na entrega de resultados”.

A Joaquim Chaves Saúde conta com cerca de 400 postos de análises clínicas a funcionar em todo o território nacional e tem como missão melhorar o acesso das populações de todo o país a serviços de qualidade, mantendo o rigor e compromisso que caracterizam o Grupo.

 

 

 

 

Entrevista | Dra. Margarida Moura Valejo Coelho
A Zona, também conhecida por “Herpes Zoster”, é uma infeção vírica que surge na pele e que é causada

As doenças infeciosas são uma significativa causa de morbilidade e mortalidade na população idosa, sendo muitas destas doenças preveníveis através de vacinação. No entanto, ao contrário das crianças, para quem existem programas de imunização bem definidos, para os idosos não tem havido um plano de vacinação específico que seja usado como rotina… Assim, quais são as grandes prioridades em termos de vacinação para estas faixas etárias e porquê?

Desde o início do século XX, assistimos a um impressionante aumento da esperança média de vida, em grande parte graças aos avanços da Medicina no âmbito da prevenção e tratamento das doenças infeciosas, com destaque para o investimento feito a nível mundial no desenvolvimento de vacinas e na massificação da sua administração.

As vacinas são preparações laboratoriais, que, por conterem material de potenciais agentes de infeção (bactérias ou vírus), induzem imunização, isto é, simulam o contágio e estimulam o nosso sistema imunitário a preparar uma resposta específica e eficaz contra os mesmos, permitindo que, na eventualidade de um contacto futuro, a doença não se desenvolva ou seja mais ligeira. Existem vacinas feitas de patógenos vivos atenuados, mortos, fragmentados, e vacinas modernas obtidas por técnicas de engenharia genética. A vacinação é, historicamente, um dos maiores sucessos em Saúde Pública, permitindo o controlo de muitas doenças, potencialmente graves ou fatais, e até mesmo a erradicação de algumas como a varíola. A maior parte das vacinas é vocacionada para administração na infância, para proteger as crianças antes de possíveis contágios e criar “imunidade de grupo”.

Contudo, cada vez mais se tem dado atenção à vacinação noutras faixas etárias. As pessoas idosas têm mais comorbilidades e uma saúde globalmente mais frágil, sendo, por isso, mais suscetíveis a desenvolver determinadas infeções e manifestações clínicas graves, debilitantes ou mesmo fatais. De facto, desde há anos promove-se, por exemplo, a sua vacinação sazonal contra o vírus da gripe. A pandemia por SARS-CoV-2 (COVID-19) veio também lembrar a importância deste aspeto, infelizmente.

Por outro lado, com o avançar da idade, diminui tendencialmente a capacidade para desenvolver imunidade natural eficaz e duradoura, e mesmo os efeitos protetores de vacinas recebidas ao longo da vida podem ir-se perdendo com o tempo. Daí advém a necessidade de fazer reforço de algumas vacinas, como a do tétano. As vacinas desenvolvidas para administração em idosos ou outras pessoas imunossuprimidas podem incluir na sua formulação substâncias adjuvantes, que ajudam mesmo um sistema imunitário mais debilitado a criar e manter uma proteção adequada.

A Saúde de uma população cada vez mais envelhecida é um dos principais desafios da sociedade atualmente. A vacinação em idades avançadas tem como prioridade proteger contra infeções que podem ser mais frequentes ou mais graves nos idosos, promovendo melhoria do seu estado de saúde e qualidade de vida, e reduzindo a mortalidade por esta causa.

Recentemente, tem-se alertado para o risco da reativação do vírus varicela-zoster junto desta população. Que vírus é este e que complicações pode trazer nos mais idosos?

Tal como o nome indica, o vírus varicela-zoster (VVZ) é o agente causador da varicela, uma infeção extremamente frequente. Após o contacto inicial com este vírus, que ocorre quase sempre durante a infância, desenvolvem-se os sintomas característicos da varicela, de duração autolimitada. Depois desta primeira infeção, o VVZ, pertencente à família dos vírus “herpes”, aloja-se em células nervosas específicas e fica latente no organismo, podendo ocorrer a sua reativação em qualquer momento ao longo da vida, que causa outra forma de doença, chamada “herpes zoster” ou “zona”.

O risco de reativação do VVZ é superior nos idosos, não só pelo próprio efeito cumulativo da passagem do tempo, mas também pela sua maior fragilidade imunológica. Na população idosa, as manifestações clínicas da zona podem ainda ser mais graves e as complicações são mais frequentes.

A partir de que idade, se corre risco de desenvolver Zona?

A partir do momento em que uma pessoa contrai a infeção pelo VVZ e este agente permanece no organismo, a sua reativação pode ocorrer em qualquer fase da vida. Ou seja, a zona pode surgir em qualquer idade, embora seja mais frequente em idosos ou adultos. A importância da idade avançada para o desenvolvimento desta doença prende-se sobretudo com o estado imunológico da pessoa.

Importa clarificar que a zona não se desenvolve por contacto direto com alguém com esta doença, mas sim em virtude do próprio indivíduo ter tido varicela previamente.

Quais as principais manifestações desta doença infeciosa e como se trata?  

Habitualmente, a zona começa por se manifestar por sensações de prurido (comichão), picada, alterações da sensibilidade (formigueiro) ou dor, seguindo-se o aparecimento de várias lesões na pele na mesma localização. As manifestações cutâneas podem incluir vermelhidão (manchas ou pápulas), vesículas ou bolhas com conteúdo líquido e feridas. A dor é o sintoma mais típico da zona, podendo ser grave e debilitante. Qualquer área corporal pode ser afetada, sendo mais comum o atingimento (unilateral) do tronco ou da cabeça.

O tratamento da zona é feito com medicamentos antivirais, como o Aciclovir e o Valaciclovir, administrados por via sistémica (oral ou endovenosa), e deve ser iniciado precocemente, para minimizar os sintomas e o risco de complicações. Conforme as manifestações e a gravidade do quadro clínico, deve fazer-se também terapêutica analgésica para controlo da dor. As lesões da pele podem requerer tratamentos mais específicos, perante a presença de feridas ou atingimento de áreas sensíveis.

Quais as complicações associadas?

Embora a varicela resolva geralmente de forma espontânea e sem sequelas nas crianças e jovens, a zona associa-se frequentemente a complicações, de gravidade variável.

A complicação mais comum da zona é a dor, designada “nevralgia pós-herpética”, que pode persistir após o desaparecimento das lesões cutâneas e de forma crónica, sendo por vezes de difícil controlo e com importante impacto na qualidade de vida dos pacientes.

Podem também surgir complicações a nível da pele, como infeções bacterianas secundárias e cicatrizes.

Quando a zona afeta especificamente a face, existe risco de complicações potencialmente graves a nível dos olhos (incluindo cegueira), ouvidos e paralisia facial.

Apesar de raro, em casos graves pode ocorrer disseminação da infeção a nível cutâneo, bem como atingimento de outros órgãos, como o pulmão, o fígado e até o sistema nervoso central.

A morbilidade e mortalidade associadas à zona são mais elevadas em pessoas imunossuprimidas.

Estima-se que cerca de 30% destes doentes possam desenvolver Nevralgia Pós-Herpética (NPH). Em que consiste e qual o tratamento?

Durante a fase aguda, a dor é efetivamente o sintoma principal da zona. Esta dor tem características específicas, uma vez que resulta da inflamação associada à reativação do VVZ latente a nível de estruturas nervosas, designando-se “dor neuropática” ou “nevralgia”.

Numa proporção significativa de doentes com zona, a dor pode não desaparecer ao mesmo tempo que as lesões cutâneas, e tornar-se persistente durante semanas, meses ou anos, designando-se “nevralgia pós-herpética”. Os doentes podem referir-se a esta dor como sensações de picada, ardor, facada, choque elétrico ou queimadura.

A nevralgia pós-herpética é uma dor crónica, geralmente intensa e potencialmente debilitante, que afeta negativamente a qualidade de vida dos pacientes. O seu tratamento é desafiante, podendo incluir não só medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios clássicos, mas também anticonvulsivantes, antidepressivos, opióides, entre outros.

Uma vez que a Zona pode ser prevenida através da vacinação, quais as principais recomendações? Existe uma idade recomendada para vacinar?

Como referido anteriormente, qualquer pessoa que tenha tido varicela pode vir a desenvolver zona por reativação do VVZ ao longo da vida, embora esta doença tenda a ocorrer sobretudo em idades mais avançadas, em virtude do declínio da imunidade. Felizmente, nos últimos anos foi possível desenvolver vacinas para prevenir a zona e as suas complicações, nomeadamente a nevralgia pós-herpética.

A primeira vacina aprovada foi a Zostavax, que é constituída pelo vírus (VVZ) vivo atenuado, estando indicada para imunização de indivíduos com 50 ou mais anos de idade, com administração em dose única. Esta vacina está, porém, contraindicada em doentes imunossuprimidos por motivo de doença ou por toma de medicamentos.

Mais recentemente, foi desenvolvida e aprovada a Shingrix, uma vacina constituída por uma fração fundamental do VVZ (glicoproteína E) produzida pela tecnologia do DNA recombinante, combinada com um sistema adjuvante que aumenta a resposta imunitária específica. O esquema de vacinação consiste em 2 doses, administradas com intervalo de 2–6 meses habitualmente. Não sendo uma vacina “viva”, é considerada segura para administração em doentes imunossuprimidos. Esta vacina está, assim, indicada para a prevenção de zona não só em adultos com 50 anos ou mais, mas também em adultos com 18 anos de idade ou mais com risco aumentado para esta doença.

No âmbito deste tema, que ideias-chave devemos reter?

A infeção pelo VVZ ocorre frequente e precocemente sob a forma de varicela, podendo a posterior reativação deste vírus causar zona em qualquer fase da vida. Devido à progressiva perda de imunidade, as pessoas idosas têm maior risco de desenvolver esta doença, com manifestações e complicações potencialmente mais graves.

A propósito da “Semana Mundial da Imunização”, cabe lembrar que, graças aos progressos médico-científicos nesta área, a zona pode atualmente ser prevenida ou minimizada através da vacinação de adultos de risco, nomeadamente a população a partir dos 50 anos de idade.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
O impacto da alimentação na saúde e na melhoria da qualidade de vida da população
No próximo dia 5 de maio Investigadores e cientistas voltam a reunir-se para mais um encontro gastronómico na Escola de...

Nos últimos anos, o iCBR, através do seu grupo de investigação Disfunção Retiniana e Neuroinflamação, tem vindo a desenvolver diversos projetos de investigação na área das doenças degenerativas da retina (retinopatia diabética, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade). Com o objetivo de identificar novas terapias avançadas, como sistemas de libertação controlada de fármacos, foi desenvolvido pela equipa de investigadores um implante poroso e biodegradável que permite uma libertação prolongada de fármacos. Como explica António Francisco Ambrósio, Coordenador do Laboratório de Disfunção Retiniana e Neuroinflamação do iCBR “um modelo animal de glaucoma, demonstrou-se que o implante carregado com um fármaco que atua em recetores de adenosina é protetor para a retina, e em particular para as células ganglionares da retina, as células mais afetadas no glaucoma”.

Independentemente de toda a investigação dirigida a novas terapias, o investigador acredita que a prevenção é o melhor remédio: “uma alta adesão à dieta mediterrânica reduz o risco de desenvolver degenerescência macular da idade (DMI) em 60%. As pessoas com um alto risco genético para a DMI beneficiam mais em ter uma alta adesão à dieta mediterrânica”, acrescenta.

Pensado para toda a população, o ciclo de jantares comentados aborda o impacto da alimentação na saúde e na melhoria da qualidade de vida da população. “É fundamental que todos percebam que a boa alimentação auxilia na prevenção e tratamento de doenças. No caso das ciências da visão sabe-se que, de uma forma geral, a diminuição da capacidade acomodativa, alteração na perceção de cores, secura ocular, fotofobia, cegueira noturna e enfraquecimento do sistema imunológico são algumas das consequências de carências alimentares. Enquanto agentes de produção de conhecimento, acreditamos que é importante esta reflexão para que se perceba o real impacto que a alimentação tem na nossa vida” refere Henrique Girão, Diretor do iCBR.

Nesta edição de “À Mesa com Saúde” a inspiração gastronómica continua em linha com aquilo que é a dieta mediterrânea, baseada no consumo de alimentos frescos e naturais. Do menu faz parte o Creme de cenoura e laranja, o Filete de dourada com arroz cremoso de algas, bivalves e curcuma com tomate assado, o Naco de novilho com molho mirandesa, chutney de abacaxi, legumes e batata grelhada e, para finalizar, a Tarte de requeijão, cacau e café.

Mais informações e inscrições no jantar “À Mesa com Saúde” disponíveis através do email [email protected].

Atriz Margarida Serrano é a embaixadora do passatempo de dança no Instagram
Em antecipação ao Dia Mundial da Dança, que se celebra a 29 de abril, o Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão (GECP) lança uma...

O slogan desta iniciativa, “Porquê fumar se podes dançar?”, foi pensado para assinalar a efeméride, colocando o tema da iniciação tabágica na adolescência na ordem do dia. A jovem portuguesa Margarida Serrano, conhecida figura da ficção portuguesa, atleta de alta competição e campeã nacional de patinagem artística, foi a cara escolhida para fazer parte desta campanha que, em conjunto com o GECP, desafia os jovens a dançar para pôr fim ao tabagismo. “Dança ao ritmo do GECP” é uma das mensagens impactantes desta iniciativa de sensibilização que convida os jovens a participar no desafio através da imitação da coreografia que a influenciadora criou especificamente para esta campanha. Todos os interessados em participar nesta iniciativa devem consultar o regulamento veiculado através dos canais oficiais do GECP, habilitando-se a um prémio que será atribuído ao melhor vídeo.

“Queremos aproveitar esta data tão positiva e animada para relembrar aos adolescentes os malefícios inerentes ao hábito de fumar, visto esta ser uma faixa etária onde se tem registado um aumento significativo do consumo de tabaco”, refere Ana Barroso, pneumologista e membro da direção do GECP.

A mensagem “Porquê fumar se podes dançar?” reforça, assim, a importância que uma atividade como a dança pode ter na vida dos jovens, estimulando a disciplina, a criatividade e a boa disposição. Além disso, dançar é uma atividade física e também uma forma de expressão e socialização que contribui fortemente para a construção da identidade na adolescência, enquanto que fumar é um fator de risco para o aparecimento de doenças como o cancro do pulmão.

Embora esta campanha seja dirigida aos adolescentes, o GECP pretende também sensibilizar pais e encarregados de educação para a importância do diálogo e dos bons exemplos. Para a Ana Barroso, “os bons exemplos devem começar em casa, pois hoje sabe-se que os filhos de fumadores têm maior probabilidade de desenvolver o mesmo hábito. Os pais devem esforçar-se e tomar a decisão de deixar de fumar, mas caso não o consigam devem evitar fazê-lo juntos dos filhos para que estes não os venham a imitar e não sejam expostos ao fumo passivo”, acrescenta.

O cancro do pulmão e outras doenças respiratórias ou cardíacas devem ser mencionados nesses diálogos como fatores de risco para quem é fumador, mas para a especialista “nestas idades é mais benéfico que a mensagem se centre nas consequências a curto prazo de começar a fumar, tais como, o aspeto da pele, o mau hálito, os dentes amarelos, a perda de capacidade física, sem esquecer de evidenciar também a parte económica”.

Com o objetivo primordial de um dia poder vir a existir uma geração livre de tabaco, o GECP vai também divulgar esta campanha em algumas escolas do país. “Queremos pôr todos os jovens do país a dançar para pôr fim ao tabagismo. Não falamos apenas do tabaco tradicional, mas também do tabaco aquecido e dos cigarros eletrónicos que, infelizmente, têm vindo a ganhar bastante popularidade e aceitação entre os mais novos pelas suas embalagens apelativas e variedade de sabores”, refere a pneumologista do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho. Estas novas formas de tabaco, apesar de alegarem ser seguras, não estão livres de toxinas cancerígenas e, como tal, acarretam malefícios comprovados para a saúde.

Sessão online e gratuita
O regresso a casa depois do parto é um desafio para as famílias, sendo que muitas continuam a relatar a necessidade de uma rede...

Desta vez, no dia 26 de abril, pelas 21h00, o foco será a estimulação e desenvolvimento da linguagem do bebé. No final do evento será entregue ainda conjunto de livros exclusivos sobre a maternidade a uma das futuras mães presentes. As inscrições estão disponíveis na plataforma.

Até aos dois anos de idade, os bebés desenvolvem muitas aptidões físicas e também mentais, que devem ser estimuladas com frequência, com a ajuda dos pais. Sendo a linguagem uma das primeiras aprendizagens, a terapeuta da fala e instrutora da Baby Signs Carina Pinto vai explicar como os pais podem estimular o seu desenvolvimento.

A pele dos bebés, devido à sua sensibilidade, requer muitos cuidados, principalmente a pele do rabinho, coxas e zona genital, pelo uso constante das fraldas que podem causar assaduras. Para elucidar os pais sobre as melhores formas de prevenir estas assaduras, estará presente na sessão a enfermeira especialista em saúde Materna e Obstetrícia Núria Durães.

Um dos processos da maternidade onde a desinformação mais ocorre é a amamentação, por isso, e para garantir que as grávidas saem da sessão bem informadas, a enfermeira e conselheira em Aleitamento Materno Raquel Fonseca vai abordar os principais desafios da amamentação e dar dicas para uma melhor gestão emocional e de tempo.

Ainda neste dia, a conselheira em Células Estaminais da Crioestaminal Joana Gomes vai explicar às famílias como se processa a adesão ao serviço de criopreservação.

 

No âmbito do curso de Dietética e Nutrição
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) inaugura quarta-feira, 26, uma nova cozinha...

Com um novo layout e novos equipamentos, a renovada cozinha laboratorial permitirá melhorar a qualidade do ensino ministrado na Escola, nomeadamente nas aulas práticas dos quatro anos de licenciatura em Dietética e Nutrição (Gastronomia Molecular, Química Alimentar, Nutrição Entérica e Parentérica, entre outras). Além da reorganização e aumento do número de bancadas de trabalho, o laboratório foi reforçado com novos equipamentos (como é exemplo um forno convector) e utensílios que permitem melhorar o seu potencial pedagógico, num investimento total de 50 mil euros.

“O estudo da Nutrição pressupõe uma compreensão alargada do alimento e dos processos que influenciam o seu valor nutricional, com impacto na promoção da saúde, prevenção ou tratamento da doença”, explica o docente coordenador da licenciatura em Dietética e Nutrição da ESTeSC-IPC, João Lima. A par da “sólida formação teórica” ministrada pela Escola, é essencial, sobretudo no modelo de ensino politécnico, garantir a “contextualização e exemplificação prática” dos conteúdos abordados, reforça.

Com este investimento, a ESTeSC-IPC fica ainda com capacidade para aumentar a oferta formativa destinada à população em geral e aos a profissionais de saúde em particular, contribuindo para a melhoria da sua prática profissional e reconhecimento do potencial da Nutrição na prevenção e tratamento da doença.

A cerimónia de inauguração da cozinha laboratorial conta com a participação da Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento. Na sessão, será homenageada a precursora da formação em Dietética e Nutrição na ESTeSC-IPC, Helena Saldanha. Reconhecida docente e investigadora nos campos da Nutrição e da Geriatria, Helena Saldanha foi, entre outros cargos, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia, e membro da Geriatric Medicine Section of the European Union of Medical Specialists.

 

 

Instituto Weizmann de Ciência apresenta técnica no 10.º Congresso Internacional IVIRMA
As mais recentes descobertas na área da reprodução assistida podem ser a chave para a criação de tecidos e órgãos sintéticos...

O resultado foi um modelo de embrião sintético de rato com um coração a bater, um cérebro com dobras bem formadas, um saco vitelino, um tubo neural, um trato intestinal, uma placenta e uma circulação sanguínea incipiente em apenas oito dias de desenvolvimento, quase metade dos 20 dias de gestação necessários para um rato.  

Como explica Jacob Hanna, professor associado do Instituto Weizmann de Ciência: "O embrião é o ponto de partida perfeito para gerar órgãos e a melhor bioimpressora 3D. Essa é a chave para sermos capazes de criar mecanismos que nos permitam diferenciar células estaminais de células especializadas no corpo ou formar diretamente órgãos inteiros." 

Os investigadores já tinham recorrido a um dispositivo que funcionou como um útero para cultivar embriões de ratos. Através de uma solução de nutrientes dentro de vasos que se movem continuamente, conseguiram simular a forma como os nutrientes são fornecidos pelo fluxo sanguíneo para a placenta e controlar rigorosamente a troca de oxigénio e a pressão do ar. 

No novo estudo, a equipa cultivou um modelo de embrião sintético apenas a partir de células estaminais de ratos que tinham sido cultivadas durante anos numa placa de Petri (recipiente de vidro ou plástico), dispensando a necessidade de se separar de um óvulo fertilizado. Antes de colocar estas células no dispositivo, dividiram-nas em 3 grupos: um grupo em que estas células foram deixadas tal como estavam e outros dois grupos em que estas foram pré-tratadas para dar origem a tecidos extraembrionários. Quando misturados ao dispositivo, 0,5% formaram esferas que se tornaram uma estrutura semelhante a um embrião. Posteriormente, investigadores puderam observar a placenta e os sacos vitelinos a formarem-se fora dos embriões e desenvolvendo o modelo sintético como num embrião natural. 

"Quando comparados com embriões naturais de ratinhos, os modelos sintéticos mostraram 95% de semelhança tanto na forma das estruturas internas como nos padrões de expressão genética dos diferentes tipos de células. Os órgãos vistos nos modelos mostraram todos os indícios de serem funcionais", refere Hanna. 

Um leque de possibilidades para os transplantes do futuro  

O objetivo mais realista a longo prazo é estudar a forma como as células estaminais formam vários órgãos no embrião em desenvolvimento, a fim de abrir novos horizontes terapêuticos na transplantação de órgãos. Mas para alcançar esta possibilidade é necessário compreender os seus mecanismos de reprogramação e diferenciação, observando estas transições de células estaminais durante a embriogénese e organogénese, além de estudar o grau de equivalência das células in vitro com as in vivo. O projeto pode ainda contribuir para simplificar o debate ético da experimentação com embriões naturais, além de reduzir os testes laboratoriais em animais.  

O próximo desafio é entender como as células-mãe sabem o que fazer: como elas se transformam em órgãos e encontram seu caminho para os lugares que lhes foram atribuídos dentro de um embrião. E porque este sistema, ao contrário de um útero, é transparente, pode revelar-se útil para modelar defeitos congénitos e implantar embriões humanos.  

Projeto Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI)
São agora mais 42 as autarquias que pertencem à Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais (RACCI), um projeto com...

O Manual começa por identificar alguns dos pontos-chave que definem os municípios que cuidam dos cuidadores informais, assim como a melhor forma de colocar em prática ações com valor junto desta população que tantas vezes desempenha as suas funções sem qualquer tipo de apoio. O documento partilha ainda as práticas galardoadas com o Selo de Mérito nas primeira e segunda edições da RACCI, como exemplo do melhor que se faz no País.

O Manual já está também disponível no website do Movimento e foi distribuído no decorrer das Jornadas do ISS, onde estiveram apresentados dois projetos no âmbito da RACCI (autarquia de Ovar e Almada) e onde foi realizado um debate com a presença de Rita Reis, representante do Movimento.

Aceda aqui ao Manual de Boas Práticas - Rede de Autarquias que Cuidam dos Cuidadores Informais. 

 

Entrevista | Dra. Joana Simões, Oncologista
É um tipo de tumor raro, assintomático, quase sempre identificado “após realização de exames de imag

Estima-se que o cancro do rim seja mais frequente no sexo masculino, sobretudo a partir dos 50 anos, e que este representa entre 2 a 3% de todos os tumores. Que tipo de tumor é este e quais os fatores de risco associados?

O cancro do rim é raro, correspondendo apenas a 2-3% de todos os tumores malignos. Em Portugal, estima-se que surjam, anualmente, cerca de 1200 novos casos. A maioria dos doentes são diagnosticados com a doença localizada no rim. Aquilo que sabemos é que o cancro renal é ligeiramente mais frequente no homem, comparativamente com a mulher, e que a mediana de idade é de 60 anos ao diagnóstico. Além da idade e do género, os principais fatores de risco para cancro renal são a obesidade, o tabagismo e a hipertensão arterial.

Há, no entanto, uma percentagem pequena de casos que são hereditários…

As pessoas com familiares com cancro do rim podem ter um risco aumentado de o vir a desenvolver, podendo tal dever-se à transmissão de genes com mutações que predispõe ao tumor. Alguns fatores podem aumentar esse risco de hereditariedade, sendo um deles a idade mais jovem ao diagnóstico. No entanto, apenas 3 a 5% dos tumores renais são hereditários.

Dos diferentes tipos de tumor que afetam os rins, qual ou quais os mais frequentes?

Os tumores mais frequentes no rim são os carcinomas de células renais (CCR), que representam cerca de 90% de todos os tumores renais. Existem vários subtipos de CCR, sendo o mais comum o carcinoma de células claras, que representa 80% dos casos. Outro tipo de tumor incluí o carcinoma de células de transição, que tem origem nas células que revestem a pelve renal e o ureter. Além disso, existem também tumores renais benignos, como o angiomiolipoma, o oncocitoma e o adenoma renal, que mais raramente requerem tratamento.

Apesar de muitas vezes não apresentar sintomas numa fase inicial, ou estes serem facilmente confundidos com outros problemas da saúde, a que sintomas ou sinais devemos estar atentos?

Sintomas como dor lombar persistente, queixas urinárias (como sangue na urina), perda de peso, perda de apetite ou cansaço inexplicável devem levar a uma avaliação clínica precoce e a estudo diagnóstico adicional. No caso de doença avançada, pode também ocorrer tosse, falta de ar, dor abdominal ou óssea, podendo traduzir metastização pulmonar, abdominal ou óssea.

Como é feito o seu diagnóstico e qual a importância de ser feito precocemente? Existe algum rastreio? O que fazer como medida preventiva?

Na maioria dos casos, os doentes são assintomáticos, sendo que o diagnóstico ocorre como um achado após realização de exames de imagem de rotina, seja por ecografia, tomografia axial computorizada (TAC) ou ressonância magnética (RMN). Para o estadiamento, será necessário uma TAC torácica, abdominal e pélvica. Em caso de doença localizada, a imagem do nódulo pode ser suficientemente suspeita para diagnóstico e proposta cirúrgica. Outros casos necessitarão de confirmação por biópsia. Também poderá ser necessário estudo adicional das vias urinárias com ureteroscopia ou cistoscopia. Por outro lado, no caso de doença disseminada (ou seja, com envolvimento de outros órgãos à distância), o diagnóstico poderá passar também por uma biópsia de uma lesão suspeita extra-renal. Até à data de hoje, não existe indicação de rastreio de cancro do rim. Poderá ser feita vigilância imagiológica a indivíduos com maior risco de o desenvolver, como aqueles com história familiar. Como medidas preventivas, é fundamental um estilo de vida saudável com prática regular de exercício físico, dieta rica em frutas e legumes, controlo da ingestão diária de sal e abstinência de tabaco.

Em última análise, quais as principais complicações da doença?

O cancro do rim pode levar a várias complicações, dependendo da gravidade e do estadio da doença. Após cirurgia, algumas das complicações mais comuns incluem insuficiência renal, trombose venosa profunda, hipertensão arterial, infeções do trato urinário ou síndrome paraneoplásica. Em último caso, pode ocorrer metastização, quando o tumor se desenvolve para outras partes do corpo, como o pulmão, ossos, fígado ou cérebro.

Quais os métodos de tratamento disponíveis? Quais as terapias mais utilizadas?

No caso de tumores localizados ao rim, a cirurgia constitui a base do tratamento. Em tumores mais pequenos, pode até ser feita apenas vigilância ou ablação por abordagens minimamente invasivas como a crioterapia, radiofrequência ou laser. Por outro lado, para doença avançada ou disseminada, o tratamento é sistémico. Os tumores do rim são caracterizados pela sua particular angiogénese e imunogénese, sendo tumores resistentes ao clássico tratamento de quimioterapia. Assim, desde 2005, surgiram os fármacos orais antiangiogénicos como o Sunitinib, Pazopanib, Axitinib e Cabozantinib – fármacos inibidores da tirosina cinase. Mais recentemente, temos assistido à introdução da imunoterapia. A imunoterapia é uma forma de tratamento do cancro através da ativação do sistema imunitário, estimulando as células do próprio organismo na defesa contra o cancro. O tratamento com imunoterapia estava geralmente limitado após a progressão com um fármaco antiangiogénico. Nos últimos anos, após resultados muito positivos em ensaios clínicos, surgiu a possibilidade de combinar dois fármacos de imunoterapia, assim como combinar esta com fármacos antiangiogénicos, com resultados muito favoráveis em termos de resposta tumoral e tempo de vida dos doentes. Ainda mais recentemente, vimos com grande entusiasmo a introdução da realização de tratamento com imunoterapia a seguir à cirurgia, reduzindo o risco de recidiva de doentes com maior risco.

Quais os efeitos secundários mais frequentemente associados ao seu tratamento sistémico?

Os efeitos secundários dependem diretamente do tipo de tratamento que o doente está a realizar. No caso dos fármacos orais inibidores da tirosina cinase pode ocorrer fadiga, alterações cutâneas, aumento da pressão arterial, aftas na boca, diarreia ou alterações analíticas (como do hemograma, função hepática, renal ou endócrina). Com imunoterapia apenas, pode-se destacar a fadiga ou alterações cutâneas como os efeitos mais frequentes. Pode também ocorrer toxicidade endócrina (geralmente detetada por análises de sangue), pulmonar (que se pode manifestar com tosse ou falta de ar), gastrointestinal (sendo um dos sintomas a diarreia), renal (com alteração da função renal) ou reumatólogica (com dores articulares). No caso da combinação de imunoterapia e fármacos inibidores da tirosina cinase, a toxicidade, além de ser combinada, é geralmente mais frequente e grave.

Após o diagnóstico, quais os cuidados a ter? Que alterações ao estilo de vida devem ser feitas?

Após o diagnóstico, os cuidados devem passar por manter um estilo de vida saudável. Respeitar uma dieta variada e equilibrada, com alimentos ricos em proteínas e fibras, assim como cumprir uma correta ingestão diária de água. Fazer exercício físico regular e evitar o tabaco e álcool. É igualmente importante aprender a gerir o stress emocional e físico que um diagnóstico oncológico pode provocar, recorrendo, por exemplo, a técnicas de meditação, yoga ou psicoterapia. Participar em grupos de apoio com outros doentes oncológicos pode também ser útil para lidar com as emoções e partilhar informações.

Neste sentido, qual a importância e o papel do cuidador informal no acompanhamento do doente?

O papel do cuidador informal é fundamental no acompanhamento do doente com cancro renal, dado que oferece apoio físico, mas também emocional durante todo o processo de diagnóstico e tratamento. O cuidador pode ajudar seja no período de convalescença após cirurgia, seja durante o período de realização de tratamentos sistémicos, garantindo que o doente segue o tratamento prescrito, respeitando a correta posologia e horários de toma de medicação oral, por exemplo. Além disso, é essencial na ajuda à gestão dos efeitos adversos deste tipo de tratamentos, sendo muitas vezes um referenciador no caso de necessidade de idas urgentes aos Hospital.

No âmbito do Mês de Consciencialização para o Cancro do Rim, que mensagem gostaria de deixar? Quais as ideias-chave devemos reter?

Nos últimos anos, temos vindo a assistir a uma constante evolução em Oncologia. O desenvolvimento de inúmeros ensaios clínicos, com o aparecimento de novos fármacos, combinações de vários tipos, assim como a possibilidade de tratamento em fases mais precoces da doença, têm permitido oferecer mais e melhores respostas no tratamento deste tipo de tumores, aumentando não só o tempo de vida, mas também melhorando a qualidade de vida dos doentes. O caminho do progresso será sempre este, sendo que considero essencial reforçar a importância dos ensaios clínicos nesta melhoria permanente do tratamento e do prognóstico, nomeadamente neste tumor raro.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Relatório
Os negócios no setor da Saúde mantêm-se resilientes, com 2022 a registar níveis quase recordes de transações na indústria,...

Apesar de uma desaceleração devido às forças macroeconómicas e geopolíticas no segundo semestre do ano, 2022 foi, mesmo assim, o segundo melhor ano de sempre nas transações da indústria da Saúde, devido em grande parte ao ritmo acelerado de investimentos no início do ano. O valor total reportado dos negócios de capital de risco no setor da Saúde (HCPT, da sigla em inglês) atingiu quase os 90 mil milhões de dólares (cerca de 82 mil milhões de euros), abaixo dos 151 mil milhões de dólares (139,2 m.M. de euros) em 2021, mas ainda mais de 10 m.M. acima do que no ano mais próximo. O relatório da Bain & Company mostra que o abundante capital disponível para o investimento e o potente histórico de retornos vão continuar a atrair fundos específicos para a saúde em 2023.

“O capital de risco na Saúde ganhou a reputação de ser à prova de recessões, superando tipicamente a atividade geral de private equity durante crises económicas”, afirmou Kara Murphy, co-diretora de Healthcare Private Equity da Bain & Company. “Embora o ambiente seja resiliente, os investidores vão enfrentar desafios continuados mais à frente, já que as taxas de juro e os custos do trabalho continuam a subir e o crédito mantém-se limitado. À medida que os nossos clientes investem para oferecer melhores cuidados de saúde, vão precisar de se concentrar, de forma diferenciada, no planeamento da criação de valor em dilligence e pós-fecho.”

Olhando para 2023, os fundos estão a explorar novas fontes de capital, a procurar carve-outs, negócios public-to-private e a olhar para subsetores capazes de um desempenho diferenciado no atual ambiente de mercado.

“A mudança está a chegar à medida que 2023 se vai desenrolando”, acrescentou Álvaro Pires, Senior Partner da Bain & Company em Lisboa. “Os investidores que já enfrentaram ciclos anteriores têm manuais especializados para esses tempos, aos quais vão poder adaptar a sua abordagem habitual. Isto inclui jogar com as tendências de longo prazo e ser criativo para fechar negócios no meio de restrições de capital e inflacionistas.”

Indústrias a seguir em 2023

  • As biofarmacêuticas e as ciências da vida continuam atrativas. Seis dos 10 principais negócios realizados no ano passado foram em biofarmacêutica, ferramentas de ciências da vida e serviços relacionados. Dentro destes subsetores, mais de 600 acordos de aquisição de serviços de saúde foram executados nos últimos cinco anos em todo o mundo. Em 2023, a fasquia para fechar os negócios certos está alta, pois a disputa por estes ativos continua forte e as avaliações aumentaram, mesmo dentro do atual contexto macro. Os investidores aqui precisam de definir claramente as suas estratégias, cristalizando os sítios onde um fundo vai escolher jogar e o que é que dá a esse fundo o direito de vencer em face de uma possível desaceleração e mais além.
  • Oportunidades de expansão em torno dos cuidados assentes em valor. As macrotendências sustentadas continuam a impulsionar a adoção de cuidados assentes em valor num espetro de modelos de cuidados de saúde. Embora a atividade de investimento permaneça focada nos cuidados primários e no Medicare Advantage, estão a expandir-se as oportunidades em outros segmentos pagadores e especializados. Os modelos facilitadores representam um caminho de investimento atrativo, com a adoção impulsionada pela necessidade de grupos tradicionalmente de comissão-por-serviço participarem em acordos baseados no risco. Os providenciadores e os facilitadores dos cuidados de saúde assentes em valor que podem dobrar a curva de custos com modelos de cuidados diferenciados e análises avançadas estão posicionados para o sucesso.

É provável que isto acelere à medida que aumenta a regulamentação, os dados dos primeiros utilizadores são analisados e mais tecnologias de capacidade aprimorada inundam o mercado. A análise da Bain & Company sugere que os acordos de comissão-por-valor vão capturar de 15 a 20% da quota de mercado dos fornecedores tradicionais de FFS nos cuidados primários até 2030, promovendo mais investimentos neste campo.

  • Adaptação aos avanços da IA. 2022 foi um ano monumental para a inteligência artificial generativa (IA), com novos serviços a surgir na geração de imagens e texto. A IA já está a acelerar a descoberta terapêutica, otimizando as cadeias de abastecimento e automatizando os back-offices de pagadores e fornecedores. As aplicações da IA generativa começam apenas a surgir. As partes interessadas estão atentas e prontas para se adaptarem quando for a hora certa.
  • As TI da Saúde continuam a crescer. Apesar de os gastos em tecnologia de Saúde serem historicamente insuficientes, em 2022 o volume de compras em TI da Saúde (HCIT) foi o segundo maior de sempre. Com a TI do providenciador a manter-se o principal impulsionador, a TI biofarmacêutica e a TI do pagador estão a ganhar terreno. Dentro da TI biofarmacêutica, vemos o interesse por empresas que usam tecnologia de suporte à produtividade do fluxo de trabalho e de redução da duração dos ensaios clínicos. Os negócios de TI do pagador refletem o interesse contínuo em tecnologia focada nas funções administrativas do pagador.

Atuação regional: sinais crescentes de força e maturidade na APAC

O valor total dos negócios reportados na Ásia-Pacífico manteve o ritmo recorde de 2021. A atividade do setor de providenciadores permaneceu resiliente, em parte graças ao crescente mercado de transações na Índia, que representou 4 dos 10 principais negócios na região. Apesar da desaceleração da atividade na China, os grandes negócios no Japão, Índia, Coreia do Sul e Austrália representaram a maior parte da atividade de negócios na Ásia-Pacífico. Ao contrário da América do Norte e da Europa, a Ásia-Pacífico ficou marcada por um segundo semestre forte, com seis transações de um valor reportado de mil milhões de dólares ou mais. Esta forte atividade regional é uma prova do amadurecimento destes mercados, com amplitude geográfica, oportunidades em todos os setores e dimensão de verificação que continuam a crescer. Olhando para o futuro, esperamos que o interesse dos investidores pelo capital de risco no setor da Saúde da Ásia-Pacífico permaneça forte, já que um conjunto emergente de ativos investíveis vai continuar a atrair o interesse dos grandes fundos.

A América do Norte ficou à frente de outras regiões em 2022 em termos do total de transações e valor reportado. Embora os volumes de transações tenham caído quase 25% face aos níveis históricos vistos em 2021, em 2022 representam, apesar disso, o segundo melhor ano de sempre. Na Europa, o total de negócios caiu cerca de 20% para os 92 em 2022, também fazendo de 2022 o segundo melhor ano de que há registo na região.

Aceda ao relatório aqui: 12th Annual Global Healthcare Private Equity and M&A Report

Doença infeciosa
A Hanseníase, também conhecida por Lepra, é uma doença infeciosa crónica causada pelo bacilo Mycobac

Caracterizada pelo aparecimento de manchas brancas ou vermelhas na pele e de lesões vermelhas altas, dolorosas, que causam perda de sensibilidade, o risco de contágio depende da forma da doença em questão. Apesar de não se saber ao certo qual o modo de transmissão, acredita-se que, à semelhança da tuberculose, a Hanseníase se transmita pela via respiratória. Assim, a doença pode ser transmitida de pessoa para pessoa através de gotículas expelidas pelo nariz ou boca de uma pessoa infetada, no entanto, é necessário o contacto íntimo ou prolongado com o doente, pelo que, a maioria dos casos é diagnosticado dentro da mesma família. É importante sublinhar, pelo estigma que a doença ainda acarreta, que o contato esporádico com pessoas contaminadas apresenta um risco insignificante de contágio.

Sintomas

A lepra afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. Sendo comum o desenvolvimento de erupções cutâneas e protuberâncias características que dependem da sua classificação:

Lepra tuberculoide - surge uma erupção cutânea formada por uma ou poucas áreas mais claras e achatadas, de bordas pronunciadas e elevadas. As áreas afetadas por essa erupção cutânea ficam dormentes porque as bactérias danificam os nervos subjacentes.

Lepra lepromatosa - surgem muitos caroços salientes pequenos ou maiores na pele de tamanho e forma variáveis. Existem mais áreas entorpecidas do que na lepra tuberculoide e alguns grupos musculares podem ficar enfraquecidos. Grande parte da pele e muitas áreas do corpo, incluindo rins, nariz e testículos, podem ficar afetadas. Em homens afetados, as mamas podem aumentar. As pessoas podem perder os cílios ou as sobrancelhas.

Lepra limítrofe - inclui as características da lepra tuberculoide e da lepra lepromatosa estão presentes.

Quando não tratada, esta infeção pode dar despoletar várias reações inflamatórias, pela fragilidade do sistema imunitário. Essas reações podem causar febre e inflamação da pele, dos nervos periféricos e, com menor frequência, dos linfonodos, das articulações, dos testículos, dos rins, do fígado e dos olhos. Pode ocorrer dano nos nervos e podem formar-se ulcerações abertas na pele.

Diagnóstico

Os médicos podem suspeitar do diagnóstico pela observação clínica dos sintomas apresentados: erupções cutâneas distintas que não desaparecem, nervos expandidos, perda da sensibilidade e deformações que resultam de fraqueza muscular. No entanto, o diagnóstico só é confirmado com recurso a biopsia da pele.

Tratamento

O tratamento é feito com recurso a antibióticos, no entanto, embora estes possam evitar a progressão da lepra, não conseguem reverter qualquer dano nervoso ou deformação. Por isso, a deteção e o tratamento precoces são de extrema importância.

Habitualmente, o tratamento tem de ser mantido por longos períodos, que variam entre 6 meses a 2 anos, uma vez que a eliminação completa do bacilo causador da lepra pode ser difícil de alcançar.

Em casos mais graves, quando há complicações devido o aparecimento de deformidades, pode ser preciso recorrer a cirurgia e realizar fisioterapia 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No âmbito do Dia Mundial do Livro
Para assinalar o Dia Mundial do Livro, que se comemora no próximo domingo, dia 23 de abril, a Zippy juntou-se à Associação...

A parceria entre a Zippy e a Associação Nuvem Vitória surge com o objetivo de incutir hábitos de leitura saudáveis no seio familiar, de reforçar o impacto que estes podem ter no descanso das crianças e, consequentemente, no seu desenvolvimento. Além disso, incentiva à leitura, à reflexão, à partilha e à conversa sobre aquilo que é simples para cada um, aquilo que é difícil, e a importância do saber ouvir, pedir ajuda e respeitar os desafios que cada pessoa enfrenta. 

“Enquanto marca, acreditamos no poder que podemos ter junto das famílias, para incutir hábitos saudáveis, tanto de leitura, como de partilha. O nosso livro “Nem tudo é simples, nem tudo é complicado” surgiu com esse objetivo: queremos promover mais momentos de conversa e partilha em família. Este ano, associámo-nos à Associação Nuvem Vitória para que este momento de diálogo e reflexão aconteça também nos momentos mais sensíveis, em que a capacidade de expressar sentimentos é ainda mais importante.”, afirma Filipa Bello, Head of Brand & Creative da Zippy.

Em 2022, a Zippy lançou o livro “Nem tudo é simples, nem tudo é complicado”, para convidar pais e filhos a refletirem e a partilharem algumas ideias juntos. Com fortes mensagens, ilustrações e perguntas, o primeiro livro infantil da marca, editado pela Planeta Tangerina, pretende promover a curiosidade intelectual e o gosto pela leitura.

“As histórias que contamos todas as noites são muito mais importantes para a qualidade de vida das crianças do que aquilo que imaginamos. Para nós, é muito gratificante saber que há marcas como a Zippy que se preocupam e que se querem unir a estas causas, juntando-se a nós na missão de proporcionar um bom ambiente para uma noite tranquila e descansada, através da leitura”, refere Fernanda Freitas, fundadora e presidente da Associação Nuvem Vitória.

A Associação Nuvem Vitória é um projeto que nasceu em 2016 e tem como missão principal contribuir para melhorar o sono das crianças, nomeadamente em hospitais ou outras instituições que, temporariamente, as retirem dos seus ambientes familiares. Além disso, pretende, também, estimular o envolvimento dos progenitores e restantes familiares e cuidadores na área da leitura e da narração oral, em diferentes contextos, procurando elevar o nível de literacia das populações e estreitar os laços familiares e com os cuidadores em geral.

 

Opinião
Os médicos devem ou não estar nas redes sociais?

Na minha opinião, SIM!

As redes sociais são uma ferramenta muito poderosa com um efeito surpreendente – o de mudança real - como já se constatou com vários movimentos de protesto como o Black Lives Matter ou até mesmo em eleições políticas com os mediáticos exemplos de Donald Trump ou Jair Bolsonaro.

Para se ter uma pequena ideia de como um médico pode ‘influenciar’ os seus doentes e direcioná-los para um caminho mais saudável tendo sempre o crivo de ter formação certa - medicina - para o fazer, todos temos de ter em conta os dados apresentados que são de janeiro de 2022, de acordo com o site Data Report.

A população total de Portugal é de 10.15 milhões e 85% dessa população utiliza a internet - logo, temos 8.63 milhões de pessoas no espaço cibernético português sendo que 83.7% dessa população utiliza as redes sociais – 8.50 milhões.

Olhando para estes números é impossível negar a importância do papel de um médico nas redes sociais.

Ter uma comunidade médica com um papel ativo nas redes sociais significa:

Um médico estuda mais de 5 anos especificamente para se tornar médico e a vida toda para se tornar um bom médico. É uma autoridade para falar sobre temas de saúde/medicina com um ‘background’ de conhecimento científico.

Quem melhor do que um mecânico para reparar um carro? Quem melhor do que um dentista para tratar dentes? Quem melhor do que um jornalista para dar notícias?

Na minha opinião, não há melhor do que um médico para falar sobre doenças e até mesmo sobre procedimentos estéticos.

O médico é um meio de informação segura e credível já que na internet e consequentemente nas redes sociais reina muita ignorância e muitos mitos sobre temas de saúde, sejam eles antigos, como consumo de laranjas à noite matar, ou mais recentes, como o consumo extra de cálcio em suplementação, ou até mesmo temas como como pedras nos rins e formas de as desfazer, ou ainda mais simples sobre como tratar borbulhas ou acne.

Quem melhor do que um médico para desmistificar temas da medicina?

Com 8.50 milhões de portugueses nas redes sociais, espalhar a informação médica torna-se mais fácil ao médico e mais acessível ao paciente! E todos sabemos que a informação é bastante mais acessível nas redes sociais, do que em flyers e cartazes físicos!

Fruto da experiência como assessor de imprensa e, a meu ver, existe uma gigante necessidade de educar a sociedade quanto a temas médicos. E qual o melhor local para o fazer?

Talvez alguns me digam que não sejam as redes sociais, é um facto. Mas eu pergunto:

Alguém se lembra do folheto que viu na sala de espera da clínica/consultório onde esteve ontem?

Pois… nem você, nem ninguém se lembra!

Tomemos o exemplo das grandes marcas que outrora produziam milhares de catálogos como a La Redoute, hoje em dia, grande parte da sua comunicação é digital.

O que quero com isto dizer é que a mensagem final pode ser exatamente a mesma, o canal que a transmite é que evoluiu e agora só lhe resta adaptar-se ao futuro.

Feliz ou infelizmente hoje em dia, as marcas já conseguem ter um canal de comunicação com todas as faixas etárias – incluindo as mais jovens, sim, as que estão sempre de telefone na mão.

Pessoas reais - humaniza a imagem do médico; as redes sociais são feitas de pessoas reais e os médicos são exatamente isso (com altos e baixos, sucessos e dificuldades).

O impacto negativo nas redes

Ao mesmo tempo que têm um impacto positivo, as redes sociais podem ter um impacto muito negativo.

Eis alguns pontos a ter em consideração:

Não existe qualquer tipo de escrutínio: se pesquisarmos por #wellness tanto nos pode aparecer uma massagem com cera, como dicas para ficar mais bronzeado sem incluir fps.

Enquanto que para um artigo ser publicado numa revista, é revisto pelo menos pelo jornalista que o publicar, no caso das redes sociais não existe ninguém para fazer esta revisão.

É um campo prolífico de ‘fake-news’ mesmo sobre notícias relacionadas com a medicina. Por isso, a urgência de médicos nas redes que possam contrariar estas falsas informações de saúde.

Velocidade a que a informação se espalha: não há grande distinção relativamente à difusão de informação correta ou incorreta, isto é, se o médico A tiver uma publicação com informações incorretas (médicas ou não) e o médico B não tiver nenhum tipo de erros, não significa que o médico B vá ter melhor desempenho – mais visualizações – do que o médico A.

Número de gostos e seguidores não significa necessariamente qualidade. Não é porque o profissional X tem mais seguidores do que o Y que passa a ser melhor…

A marca Prada tem menos seguidores no Instagram do que a Gucci. Não é por isso que é pior!

Acredite, na escolha do seu médico deve ter em conta a formação, competência, empatia, disponibilidade e clareza… e já agora, se puder ser, pontualidade.

O dia só tem 24 horas. O tempo que um médico passa nas redes sociais é tempo que não passa na sua prática clínica a dar consultas, fazer procedimentos, ou até a estudar ou em congressos.

Os médicos não se focam em áreas como nutrição, dietas e exercícios físicos, porque estas áreas têm profissionais dedicados como os nutricionistas, fisioterapeutas e dietistas.

Ordem dos Médicos fez lista de princípios

Sabia que existe uma lista de recomendações da Ordem dos Médicos no que diz respeito aos médicos nas redes sociais?

São 14 pontos que os médicos devem ter em conta enquanto profissionais no uso das redes sociais.

De entre os 14 princípios básicos no posicionamento dos médicos nas redes sociais salta logo à vista a primeira onde o médico terá de fazer “uma utilização responsável da rede e preservar os valores éticos e deontológicos da profissão”.

Claro que os médicos terão de ter “em atenção que a informação veiculada ao público tem de ser objetiva, atualizada e essencialmente pedagógica e orientadora”.

Portanto, nestas orientações da Ordem dos Médicos fica bem patente que “no que diz respeito ao uso de tecnologias de informação e comunicação, a OM entende ser pertinente” no sentido “de contribuir para a construção de um sistema de informação em saúde que assegure a qualidade da medicina e reforce a relação médico-doente”.

Portanto, se ainda não está convencido que os médicos devem ter um papel ativo nas redes sociais, lanço um desafio para cima da mesa.

Por que razão as novas trends com efeitos adversos para a saúde como o Ozempic, o Periactin, entre outros, estão agora a surgir maioritariamente no TIK TOK, uma rede social maioritariamente de jovens?

Da minha análise pessoal conclui-se que a comunidade médica presente no TIKTOK é bem menor, do que nas restantes plataformas – o TikTok é a newborn das redes sociais (2017), e em janeiro de 2022 tinha em Portugal cerca de 2.83 milhões de utilizadores maiores de idade.

A faixa de público mais significativa do TikTok também é maioritariamente mais jovem – é sobretudo por isto que a grande maioria dos perfis profissionais ainda não migrou para o TikTok.

Os utilizadores das redes sociais passam mais tempo no TIKTOK que no Instagram ou Facebook.

O feed principal do TIKTOK é o FOR YOU – quando abre o TikTok no telemóvel, a página principal é o For You – um dos principais recursos da aplicação e o responsável por tornar a experiência personalizada e única. Estes conteúdos são escolhidos (curados) de acordo com os interesses pessoais de cada utilizador através de um algoritmo, tornando mais fácil encontrar conteúdos de que poderá gostar. O TikTok defende que quanto mais se usar a aplicação mais ela aprende e mais inteligente (e precisa) fica.

Pelo exposto e tendo em conta o papel preponderante que as redes sociais têm hoje em dia, nomeadamente o tik tok, recomendo fortemente que os médicos, por deterem informação e conhecimentos científicos adequados, as usem como uma (a) ferramenta de transmissão de informação.

Fique a saber a opinião/testemunho de alguns médicos:

André Ribeirinho Marques, médico especialista em psiquiatria e sexólogo clínico apesar de não as usar profissionalmente concorda que têm benefícios dentro da sua área clínica: “A comunicação médica é uma arma importantíssima no combate à falta de literacia médica, que por sua vez se traduz em piores índices de saúde. A saúde mental é uma área cinzenta do conhecimento geral e envolta em estigma e desinformação. As redes sociais, quando bem utilizadas, são o novo meio de chegar à população e potentes ferramentas de psicoeducação com possível impacto no diagnóstico e intervenção precoce em doenças mentais. Enquanto médicos, é obrigatório reconhecermos que estas substituíram em grande parte a televisão e adaptarmos a forma de comunicar através de cada rede social para chegarmos à nossa população alvo.”

Andreia Castro, médica de medicina geral e familiar, pós-graduada em medicina do viajante e fundadora e líder da conhecida plataforma Consulta do Viajante Online ®

(www.consultadoviajanteonline.pt), partilha da mesma opinião: “É nas redes sociais que encontramos as gerações mais novas, e é nosso dever contribuir para a literacia em saúde assim como combater as ideias erradas, as fake-news, o "diz-que-disse" e as medicinas não baseadas na evidência.

No meu instagram quer pessoal (@andreia.scastro) quer profissional (@consultadoviajanteonline.pt) faço uma partilha regular, informativa e inspiracional das minhas viagens, mas também crio conteúdo mais técnico de forma ligeira e educativa, sempre na temática da medicina de viagem. Neste campo, o trabalho passa muito por consciencializar para a utilidade da consulta do viajante e alertar para os riscos médicos associados às viagens, tantas vezes desconhecidos e subvalorizados.

Assiste-se cada vez mais à utilização da internet para divulgação de serviços pouco credíveis e de qualidade duvidosa, e também neste ponto é fundamental que as entidades reguladoras tenham um papel mais ativo, para proteção dos profissionais mas sobretudo dos clientes/ utentes.”

Também a especialista em Ginecologia, diretora clínica da Ofidia Clinic em Coimbra, Sofia Raposo (@drasofiaraposo) concorda com utilização das redes sociais por parte dos seus pares: “Na minha perspetiva as redes sociais facilitam uma maior interatividade entre médico e o doente, bem como, a propagação de informações médicas importantes para a população, como as campanhas de saúde, alertando e orientando o público leigo na promoção do bem-estar. É importante, também, referir que não existe distância e a informação atinge o público alvo de forma muito rápida.

As redes sociais têm tido uma importância crescente na Medicina. Do meu ponto de vista como médica, representam uma oportunidade para estabelecer uma reputação online cuja projeção extravasa do plano nacional para o panorama internacional, permitindo a cada médico expor a sua atividade clínica e académico-científica a um mais vasto número de pares.”

Embora com uma pegada digital mais recente Mariana Alves, médica de clínica geral e familiar, master em medicina estética, com prática clínica em Lisboa, partilha da mesma opinião "Depois de uma longa batalha comigo própria decidi criar uma página profissional nas redes sociais (@drmarianaalves). Pessoalmente sou uma utilizadora voyer, público muito pouca coisa, embora veja algumas. Reconheço obviamente a importância das redes sociais na vida de cada um de nós, e que é uma forma mais prática e acessível de comunicar com os pacientes, até para os informar, de forma a que não caiam em publicidades enganosas, ou em falsas promessas de milagres médicos que podem ter efeitos negativos para a saúde. Concordo que médicos em geral e eu em particular deveríamos utilizar mais estas plataformas, mas a gestão do tempo, as dificuldades tecnológicas por vezes são um entrave."

Gonçalo Barradas, médico especialista em medicina desportiva e proprietário da GB Clinic em Lisboa refere que “Tenho Instagram há anos, mas confesso que não sou um utilizador assíduo ou muito envolvido. O meu dia-a-dia entre consultas e cirurgias não me deixa grande margem para acompanhar todas as novas tendências do online. Estou mais atento à página da clínica onde pacientes dão feedbacks, entram em contacto comigo e onde partilho alguma dinâmica profissional que possa ter valor acrescentado a quem acompanha. O meu esclarecimento médico através das redes sociais é a minha contribuição para que a população em geral se revele cada vez mais informada de forma sustentada e credível, o que pode amenizar a sede de divagar por pesquisas de fontes muito pouco fidedignas e não alimentar a desinformação. Acredito que um indivíduo bem informado será certamente mais responsável pela sua saúde. Afinal, os médicos são promotores de saúde e as redes sociais permitem-nos passar a mensagem a um público mais abrangente.”

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha para sensibilização da doença
“Cada dia é uma nova oportunidade para que as pessoas com Leucemia Mieloide Aguda (LMA) vivam momentos que valem toda uma vida....

“Mais Momentos com aLMA” é uma campanha digital que contempla a divulgação de um vídeo com forte impacto emocional de forma a aumentar a consciencialização para a doença. O vídeo da iniciativa estará disponível nos canais digitais dos parceiros. Em paralelo, pretende-se convidar os portugueses a tornar esta efeméride mais especial, ao partilhar momentos especiais nas redes sociais com a hashtag #maismomentoscomaLMA.

Esta é a mais comum das leucemias agudas, sendo responsável por cerca de 25% dos casos. Atualmente o número de pessoas que vivem com LMA é cada vez maior e a esperança média de vida destas pessoas tem também vindo a crescer. Um diagnóstico e tratamento precoce podem aumentar a probabilidade de sobrevivência destes doentes. Por isso, é tão importante um diagnóstico e tratamento precoce de forma a reduzir o impacto da doença na qualidade de vida dos doentes”.

"A LMA é uma doença com altas necessidades médicas: trazer opções de tratamento inovadoras para atender a essas necessidades é da maior prioridade e é fundamental para melhorar os resultados e a qualidade de vida das pessoas que vivem com esta doença”, refere Caterina Golotta, Diretora médica da AbbVie Portugal.

Estima-se que em Portugal todos os anos sejam diagnosticados 190 novos casos de LMA. É um cancro raro e agressivo do sangue e da medula óssea que interfere no desenvolvimento de células sanguíneas saudáveis. Apenas dois em cada 10 doentes com LMA com mais de 70 anos alcançam os 2 anos de sobrevivência. Um diagnóstico de LMA afeta significativamente todos os aspetos da vida de um doente, cuidador e família, durante o diagnóstico, tratamento e recuperação.

Esta iniciativa é realizada pela AbbVie Portugal em parceria com as entidades referidas: Sociedade Portuguesa de Hematologia, a Associação de Apoio aos Doentes com Leucemia e Linfoma (ADL), a Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) e a Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL).

 

 

26 de maio
A CUF Academic Center e a CUF Oncologia realizam, dia 26 de maio, em Lisboa, a 6.ª Edição das Atualizações em Cancro do Pulmão....

No programa deste ano, os temas em debate passam pela incontornável inteligência artificial e o seu papel no rastreio deste tipo de tumor, terapêuticas inovadoras na doença avançada e precoce, a evolução molecular do cancro do pulmão e a abordagem dos tumores tímicos.

A Comissão Organizadora do evento, que conta com António Bugalho, Bárbara Parente e Encarnação Teixeira, pneumologistas da CUF Oncologia, tem por principal objetivo proporcionar um momento de partilha entre profissionais de diversas especialidades - desde a Pneumologia, à Oncologia Médica, Medicina Interna, Radioterapia, Cardiologia, passando pela Cirurgia Geral e Medicina Geral e Familiar - para contribuir para a melhoria dos cuidados prestados num dos tumores nos quais se tem feito maiores e mais inovadores progressos.

O evento decorrerá no Hotel Vila Galé Ópera, em Alcântara, entre as 9h15 e as 16h00, e destina-se a todos os profissionais de saúde. As inscrições são gratuitas e devem ser efetuadas através deste link, onde também é possível consultar o programa. 

 

Páginas