24 a 30 de abril | Semana Mundial da Imunização
A propósito da Semana Mundial da Imunização, assinalada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) entre os dias 24 e 30 de abril,...

“A Semana Mundial da Imunização é uma excelente oportunidade para contribuirmos, mais uma vez, para o aumento da literacia em saúde da população em Portugal. No que diz respeito à vacinação dos adultos, temos vindo a perceber que uma das principais razões para a fraca adoção de comportamentos preventivos tem não só a ver com a acessibilidade ao tratamento como também com o conhecimento que a população tem relativamente às várias doenças. Assim, na GSK continuamos empenhados a trabalhar de forma a contribuir para um maior conhecimento da população relativamente às doenças e à sua prevenção”, afirma Neuza Teixeira, Country Medical Director da GSK Portugal. 

A vacinação ao longo da vida, de forma a prevenir doenças e garantir qualidade de vida torna-se especialmente importante tendo em conta a realidade sociodemográfica:  segundo o Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME), estima-se que a esperança de vida aumente 4,4 anos entre 2016 e 2040. Espera-se ainda que, em 2050, o número de pessoas acima dos 60 anos supere o número de pessoas entre os 10 e os 24 anos e que, em 2100, quase 30% da população tenha 60 ou mais anos. A proporção de população envelhecida tem vindo, assim, a aumentar ao longo do tempo, com a esperança média de vida a passar dos 52-55 anos para os 80 anos em cerca de 100 anos.

Apesar da vacinação ao longo da vida estar presente nas agendas intergovernamentais, tal como a Immunisation Agenda 2030 da OMS e a Decade of Healthy Ageing das Nações Unidas, globalmente, as taxas de imunização de adultos contra zona, gripe, pneumonia pneumocócica e tosse convulsa são subótimas, segundo o estudo “Influencing Action on Shingles Vaccination Policy” – realizado pela International Federation on Ageing.

Este estudo avaliou a política de vacinação contra a Zona em 14 países da Europa, salientando lacunas e apelando à importância de melhorar a sensibilização para as doenças evitáveis por vacinação, e a necessidade de aumentar as taxas de adesão à vacinação de adultos como uma ação preventiva fundamental para manter a saúde e o bem-estar dos adultos mais velhos.

A Zona, também conhecida por Cobrão ou Herpes Zoster, é uma doença causada pela reativação do vírus varicela-zoster. Depois de uma pessoa contrair varicela, habitualmente durante a infância, o vírus permanece adormecido no corpo desta durante toda a vida, não causando normalmente quaisquer sintomas. Contudo, com o aumento da idade, o sistema imunitário enfraquece naturalmente, o que pode permitir que o vírus varicela-zoster se reative, causando Zona. A complicação mais comum (30% dos casos) é a Nevralgia Pós-Herpética (NPH), caracterizada por uma dor incapacitante que pode durar de 3 a 6 meses, podendo em alguns casos persistir durante vários anos. A NPH pode causar ansiedade, depressão e insónia. Outras complicações podem incluir alterações da pele, envolvimento do olho e problemas de audição.

Opinião
São enormes os desafios que nos suscitam, não seria preciso falar tão somente em relação às pessoas

Cremos que o grande problema da sociedade civil global, é entender que a perda auditiva é uma deficiência invisível, e ao contrário do que se refere normalmente, não interessa apenas falar mais alto.

A deficiência auditiva tem de ser tratada, tem de ser acompanhada e exige reabilitação. E como noutras deficiências, é necessária uma acessibilidade adequada. Na verdade, discute-se as formas de como persuadir o empregador ou o recrutador, a escolher uma pessoa com uma deficiência em detrimento de uma pessoa sem deficiência. E isso é recorrente, e muitas vezes injusto! Num processo de recrutamento, as pessoas com deficiência(s) estão em menor número, e ainda por cima, partem em desvantagem por terem exatamente a(s) sua(s) incapacidade(s).

Um processo de recrutamento exige uma entrevista, e antes disso, o candidato envia o seu CV, e começa aqui a incerteza e a insegurança. Por mais válida que seja a pessoa com deficiência e que esta pretenda concorrer, expor à partida a deficiência no CV (seja ela auditiva, ou outra), pode ser alvo de discriminação ou exclusão por parte de quem está a selecionar

Atualmente, vêem-se imensas campanhas e mensagens alusivas a este dogma, mas sendo ele/a recrutador ou empregador, quando tem um leque de candidatos, com e sem deficiência(s), como exigir que as pessoas com deficiência partem de igual modo? Para além disso, uma pessoa com surdez tem dificuldades em ouvir ao telefone, acompanhar uma conversa (sendo esta, online ou presencial), e logo de início parte em desvantagem perante os restantes candidatos.

Existem atualmente as chamadas quotas, que requerem que a empresa seja sensibilizada a contratar “algumas” pessoas com deficiência. Também existem medidas de incentivo à contratação de pessoas com deficiência, em que a empresa pode obter partido de benefícios fiscais. No entanto, todas estas medidas têm sido ineficazes e insuficientes!

Uma pessoa com deficiência auditiva pretende ser contratada contando com determinados princípios e “handicaps”. Exigir uma responsabilidade de carácter comercial, por exemplo, pode ser de uma tremenda dificuldade. Mas poderíamos falar também em trabalhar numa fábrica ou prestar um serviço de atendimento ao público presencial. Assim como trabalhar em ruído num open-space, já o cúmulo seria trabalhar num call-center, como muitas vezes vemos anunciado. No entanto, a pessoa com deficiência auditiva é alguém que pode assumir funções de carácter mais técnico, de trabalho mais minucioso, que exige maior concentração, e rigor.

Depois poderíamos ainda afirmar que em muitos empregos, a pessoa com deficiência ainda é vista como um “elemento escravo”, que é mal remunerado ou quando é selecionado o empregador muitas vezes exige que tenha uma remuneração inferior, no pressuposto que só nessa condição o possam escolher. E aqui, somos muito críticos, pois se uma pessoa sem deficiência é paga em determinado valor, o esforço requerido por uma pessoa com deficiência é muito maior, e por isso deveria ter uma compensação.

As pessoas com deficiência auditiva, necessitam de ter recursos ao seu dispor, usar tecnologias assistivas: quando têm reunião ou para comunicação oral necessitam de legendagem; ou de um sistema FM ou sistema de Bluetooth, que emita o que é referido para os próprios dispositivos de apoio à escuta (aparelho ou processador de implante auditivo). Os sinais visuais, como iluminação, ecrãs, informação visual, são muito importantes. Não nos esqueçamos, que quando uma pessoa tem uma deficiência sensorial, os restantes sentidos são mais apurados, e estes devem ser prevalecidos, como a visão em pessoas com deficiência auditiva.

Apesar dos ensinamentos deste artigo, a questão continua a pairar no ar: o que temos de fazer para que uma pessoa com deficiência (seja ela auditiva, ou outra) seja contratada, e quais os benefícios que uma empresa pode ter em contratar uma pessoa com deficiência? Quais as medidas? E na mobilidade, se uma pessoa com deficiência quiser assumir um desafio no estrangeiro? Aqui residem muitas questões, e só podemos compreender que ainda há muito a fazer, apesar do tema da inclusão social ser cada vez mais debatido, e é neste tema que as entidades governamentais deverão focar-se mais.

É um problema na atualidade, que cada vez mais pessoas com deficiência encontram-se desempregadas à procura de uma oportunidade digna, e que lhes garanta o futuro, e com menos dependência do Estado. Mas existirá motivação e vontade para isso?  

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Entrevista | Dra. Catarina Carvalheiro, Unidade de Pulmão do Centro Clínico Champalimaud
São vários os estudos que demonstram que a Reabilitação Respiratória tem um impacto extremamente pos

Embora quase sempre se oiça falar de Reabilitação Respiratória associada ao tratamento das Doenças Respiratórias Crónicas, como é o caso da DPOC, a verdade é que este programa é também essencial no tratamento do doente com neoplasia do pulmão. Neste sentido, peço que nos explique em que consiste a Reabilitação Respiratória e, no caso do cancro do pulmão, em que momentos pode ou deve ser incluída?

A Reabilitação Respiratória (RR) deve ser uma parte integrante do percurso de um doente com neoplasia do pulmão.

Apesar de a evidência científica sobre os benefícios da RR ser maior em doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica, os doentes com neoplasia do pulmão fazem parte da lista de doenças respiratórias que podem beneficiar de programas de RR, da Direção Geral de Saúde.

A RR é uma intervenção abrangente que inclui várias intervenções terapêuticas desenhadas individualmente para melhorar o desempenho físico e psicossocial do doente e promover a adesão a longo prazo a comportamentos e estilos de vida que beneficiam a saúde. Deste modo, nos doentes com neoplasia do pulmão os programas de RR podem ser implementados em qualquer altura do percurso da doença adaptados às necessidades de cada doente, a cada momento.

Nos doentes com patologia respiratória grave de base, os programas de RR podem ser contínuos, com fases mais intensivas e fases de manutenção. Nos doentes com neoplasia do pulmão submetidos a cirurgia, a RR pré-operatória, serve para otimizar a capacidade respiratória de alguns doentes nos quais se prevê que a recuperação após a cirurgia possa ser mais complicada devido a alterações nas provas respiratórias e pode mesmo tornar viável a opção cirúrgica em doentes que à partida, pela sua diminuída capacidade respiratória, não eram candidatos ao tratamento cirúrgico. Já a RR pós-operatória é mandatória para uma recuperação mais célere da capacidade respiratória e para os doentes mais rapidamente voltarem a realizar as atividades quotidianas sem incapacidade após a cirurgia, geralmente por um período de 8 a 12 semanas.

De relembrar que a RR pode ter benefício não só em doentes submetidos a tratamento cirúrgico, mas também nos doentes submetidos a outros tratamentos como sejam a radioterapia e mesmo as terapêuticas sistémicas (quimioterapia, imunoterapia, terapêuticas alvo).

Quais os grandes benefícios da RR no doente com neoplasia do pulmão?

Os programas de RR contribuem para a melhoria da tolerância ao esforço, diminuição dos sintomas e aumento da funcionalidade, que se traduzem numa expressiva melhoria na autonomia dos doentes e na autogestão da doença resultando numa melhoria da qualidade de vida. No período peri-operatório diminuem a ocorrência de complicações pulmonares pós-operatórias, a duração do internamento e os custos relacionados com a saúde.

Uma vez que programa deve ser sempre adaptado às necessidades de cada doente e que este deve ser acompanhado por uma equipa disciplinar, que profissionais integram a equipa que segue estes doentes? Quais as necessidades específicas deste grupo de pessoas com doença oncológica?

Os programas de RR são constituídos por uma equipa multidisciplinar experiente composta por médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, cardiopneumologistas e terapeutas ocupacionais. Os doentes com neoplasia do pulmão devem ser sempre acompanhados por um médico, geralmente o seu Oncologista, que auxilia na adequação dos programas de RR à situação clínica para retirar o melhor benefício dos tratamentos de RR em cada momento da evolução da doença (diferentes tratamentos, agravamento/melhoria clínica).

Uma vez que falamos de cancro do pulmão, quais os tipos mais frequentes, as causas e quais os cuidados a ter em matéria de prevenção?

O cancro do pulmão é um dos cancros mais frequentes e existem dois tipos principais: o cancro do pulmão de não-pequenas células (80-85% dos casos) e o cancro do pulmão de pequenas células. O cancro do pulmão de não-pequenas células tem três subtipos: o adenocarcinoma (mais frequente), o carcinoma de células escamosas (ou carcinoma epidermoide) e o carcinoma de grandes células. O tabagismo é o principal fator de risco de cancro do pulmão e o mais bem estudado, estimando-se que seja responsável por 90% dos casos de cancro do pulmão nos homens e 80% dos casos nas mulheres. O fumo passivo, fatores ambientais, exposição ocupacional e associações genéticas são fatores de risco não tão bem estudados. A prevenção é essencial e passa por medidas de vida saudável: não fumar, evitar ambientes com fumo, ser fisicamente ativo, manter um peso saudável e ter uma dieta saudável (evitar fast food, evitar carnes vermelhas e carnes processadas, limitar o consumo de refrigerantes/bebidas açucaradas, limitar o consumo de álcool).

Quais as faixas etárias mais afetadas pela neoplasia do pulmão? Quais os grandes desafios no tratamento destes doentes?

O cancro do pulmão, como quase todos os tipos de cancro, é mais frequente em pessoas mais velhas, sendo a maioria dos diagnósticos de cancro de pulmão acima dos 65 anos e a incidência em Portugal mais elevada na faixa etária dos 70 aos 74 anos de idade. No entanto, também por uma melhoria da capacidade diagnóstica, verifica-se uma tendência de aumento dos diagnósticos de cancro do pulmão em doentes mais jovens e mulheres, muitos destes não relacionados com o tabaco. O maior desafio no tratamento do cancro do pulmão é conseguir fazer o diagnóstico o mais precocemente possível, em estadios precoces da doença, para poder oferecer um tratamento.

Sabendo que a Reabilitação Respiratória é uma intervenção com demonstrada evidência científica e é custo-eficaz, o que falta fazer para melhorar a situação da RR em Portugal? Quais as estratégias possíveis para alargar os programas de RR a todos os doentes que deles poderão beneficiar?

Atualmente os programas de RR em Portugal ainda não apresentam uma distribuição equitativa e na totalidade do território, embora já exista evidência científica do benefício desta intervenção e da sua custo-efetividade. É necessário um maior investimento nesta área não só a nível público, mas também privado e que envolva também os sistemas de saúde/seguradoras uma vez que estas intervenções têm um custo que por vezes os doentes não conseguem suportar individualmente. São necessários mais programas de RR em todo o país adequados às necessidades da população, desde os Cuidados de Saúde Primários, com programas de base comunitária até ao nível hospitalar, que permitam que todos os doentes que beneficiem possam usufruir desta terapêutica tão importante.

Na sua opinião, por que motivo não há um maior investimento nos programas de Reabilitação Respiratória?

A falta de investimento nesta área está relacionada com o desconhecimento das mais-valias desta intervenção por parte dos profissionais de saúde, dos sistemas de saúde/seguradoras, dos doentes e da população em geral, sendo necessária formação abrangente não só da comunidade médica, mas também da população e dos decisores financeiros para a melhoria do acesso aos programas de RR.

Quais as principais manifestações clínicas a que todos devemos estar atentos?

Geralmente os estadios iniciais de cancro do pulmão não causam sinais ou sintomas, aparecendo estes mais tarde na evolução da doença. Devemos estar atentos a uma tosse que não resolve em 3 semanas ou uma tosse que demora a passar e vai piorando, expetoração com sangue, infeções respiratórias frequentes, dor torácica à respiração ou à tosse, dificuldade em respirar persistente, cansaço persistente ou falta de energia, perda de apetite ou perda de peso não intencional. Outros sintomas menos comuns podem ser: dificuldade ou dor ao engolir, voz rouca, pieira ao respirar, edema da face ou do pescoço, dor torácica ou dor no ombro persistente. Nestas situações deve ser contactado o médico assistente.

No âmbito deste tema, que mensagem gostaria de deixar?

Para a melhoria dos indicadores de cancro do pulmão no nosso país é necessário investimento desde a prevenção até ao tratamento. É imperativo investir na prevenção com implementação de medidas de vida saudável e no diagnóstico precoce com implementação de programas de rastreio de grupos de risco. A reabilitação respiratória é uma terapêutica com benefícios indiscutíveis na melhoria da qualidade de vida e na redução dos custos em saúde, pelo que o investimento nesta área é imprescindível para melhorar a vida dos nossos doentes e, assim, do nosso país.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em parceria com a Baxter
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) acaba de inaugurar o primeiro Centro de Treino de Nutrição em Neonatologia...

O Centro de Treino de Nutrição em Neonatologia vai disponibilizar um programa de formação multidisciplinar, que será pioneiro a nível nacional na formação de profissionais de saúde. Tem como base o conhecimento científico e clínico disponível, bem como as estratégias nutricionais adequadas, de modo a melhorar o aporte nutricional fornecido aos recém-nascidos pré-termo internados nas instituições hospitalares.

Este projeto pretende contribuir para a partilha de conhecimentos e avanços científicos na área da nutrição neonatal. Nos seus objetivos está igualmente previsto o contributo de especialistas internacionais para a divulgação de boas-práticas e guidelines na área da nutrição em Neonatologia.

Todos os dias nascem 17 bebés prematuros em Portugal. A taxa global de prematuridade é de 10%, abaixo das 37 semanas de gestação1, e de 1% em recém-nascidos com idade gestacional inferior a 32 semanas.

A nutrição de um recém-nascido pré-termo é considerada uma emergência nutricional. Quanto menor a idade gestacional ao nascimento, mais vulnerável é este recém-nascido do ponto de vista nutricional. O objetivo da nutrição neonatal é conseguir alcançar o crescimento e desenvolvimento semelhantes aos do feto in útero.

Nutrir um prematuro é um desafio enfrentado diariamente numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais. Cada recém-nascido apresenta características, necessidades e desafios específicos que exigem uma adaptação da nutrição. Os bebés com idade gestacional inferior a 32 semanas apresentam desafios de nutrição acrescidos, como a imaturidade do trato gastrointestinal e ausência de reflexos de sucção e deglutição, pelo que é alimentado por via intravenosa através de nutrição e até ao estabelecimento da via entérica (oral).

Os desafios de um recém-nascido pré-termo também se estendem às famílias, sendo muito importantes as estratégias de capacitação da mãe para o aleitamento materno no contexto na prematuridade. Todas estas questões serão abordadas no Centro de Treino de Nutrição em Neonatologia do HFF.

“A Neonatologia tem tornado possível a sobrevivência de bebés prematuros cada vez mais pequenos e com menos sequelas. São extraordinários os avanços científicos, tecnológicos e humanos numa especialidade com apenas 50 anos, mas o conhecimento da nutrição minuciosa do prematuro em cada etapa do seu desenvolvimento é relevante na vida destes bebés.  O Centro de Treino de Nutrição em Neonatologia do HFF quer levar estes avanços a mais profissionais e ser um centro de excelência em nutrição neonatal. Os nossos bebés merecem! São uns heróis que desafiam todas as probabilidades!”, refere Rosalina Barroso, Diretora do Serviço de Neonatologia do HFF.

“Esta parceria entre o Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca e a Baxter reforça a qualidade da estratégia implementada pelo Hospital no que diz respeito à nutrição do recém-nascido pré-termo. Trata-se do primeiro Centro de Treino de Nutrição em Neonatologia a nível nacional, e representa um contributo importante para os profissionais de saúde, com vista a mais e melhores cuidados em Neonatologia”, Filipe Granjo Paias, Country Lead Baxter Portugal.

27 de abril
O talk-show Dermatoque, iniciativa da Lilly Portugal, está de volta e estreia a 2.ª temporada no dia 27 de abril, às 21h00....

“Real World Evidence na Dermatite Atópica e Psoríase” é o tema abordado na voz dos médicos dermatologistas Tiago Torres, presença assídua nesta iniciativa, Pedro Mendes Bastos e Margarida Gonçalo, assegurando o rigor científico e a partilha de conhecimento em dermatologia. Nesta sessão, vão procurar conversar sobre a importância dos dados de vida real (RWE), cuja obtenção tem tido um interesse crescente na comunidade científica, e de que forma é que estes dados podem complementar a evidência recolhida em âmbito de ensaio clínico.

O evento decorrerá em formato online, com transmissão em direto, e possibilidade de colocar questões através do chat disponível. As inscrições podem ser feitas aqui.

 

Entrevista
Obstrução nasal persistente, secreções nasais que podem ser mucopurulentas, dor ou pressão na face e

Estimando-se que afete 5% da população adulta europeia, a rinossinusite crónica é já considerada um problema de saúde pública pelo seu impacto na qualidade de vida e custos de saúde associados. Assim, começo por perguntar em que consiste, quais as manifestações clínicas associadas e quais os critérios para o seu diagnóstico?

Dr. Gil Coutinho - A rinossinusite crónica é uma doença que afeta o nariz e os seios perinasais e que consiste numa inflamação e irritação persistente (duração superior a 12 semanas) do revestimento, ou seja, da mucosa destas estruturas. Sendo uma patologia crónica, a rinossinusite crónica afeta os doentes por longos períodos, geralmente durante vários anos ou décadas.

É uma entidade frequente, estimando-se que a sua prevalência ronde os 5 a 10% na Europa e os 2,5% em Portugal. Atualmente, é considerado um problema de saúde pública pelo seu grande impacto na qualidade de vida, no absentismo laboral (média de 5,67 dias/ano) e nos custos de saúde, sendo responsável por mais de 7% de toda a prescrição anual de antibioterapia nos EUA.

Para melhor compreensão e de uma forma simplificada, a rinossinusite crónica poderá ser dividida em rinossinusite sem pólipos nasais e em rinossuniste com pólipos nasais. No subtipo de rinossuniste crónica com pólipos nasais ocorre o desenvolvimento de pólipos nasais que consistem em pequenas massas benignas que crescem dentro da cavidade nasal e dos seios perinasais.

Quais as causas associadas à rinossinusite?

Dr. Gil Coutinho - O nosso conhecimento sobre as diferentes formas de rinossinusite tem tido avanços muito significativos ao longo dos últimos anos. No entanto, ainda não é totalmente compreendido o porquê de algumas pessoas desenvolverem rinossunisite crónica e outras não. É provável que cada paciente com rinossinusite crónica tenha uma combinação de vários fatores diferentes, que se unem para produzir inflamação persistente nos seios perinasais.

Alguns desses fatores conhecidos são: fatores genéticos; presença de asma; intolerância aos anti-inflamatórios não esteroides; deficiências do sistema imunitário; infeções víricas; bactérias; tabagismo; e poluição.

Assim, a rinossinusite crónica pode ter origem na doença nasal (primária); mais raramente, ocorrer como parte de uma doença multissistémica (como a fibrose quística ou a imunodeficiência); ou secundária a infeções dentárias.

A partir de que idade podem surgir os primeiros sintomas? As suas manifestações clínicas são diferentes na infância?

Dr. Gil Coutinho - Estima-se que a prevalência da rinossinusite crónica na infância se situe entre os 2 e os 4%. Apesar de ser muito menos comum do que no adulto, o impacto da rinossinusite na qualidade de vida e na saúde das crianças é muito significativo, sendo mais expressivo do que a asma, a epilepsia ou o défice de atenção e a hiperatividade.

Os sintomas da rinossinusite na infância são geralmente menos evidentes, uma vez que nas crianças a incapacidade para a sua comunicação e descrição torna mais difícil a sua perceção. Simultaneamente, poderá ser um desafio fazer a distinção entre os sintomas da rinossinusite e os de outras patologias frequentes nesta faixa etária (como as alergias e a hipertrofia das adenóides).

Sumariamente, os sintomas e a duração da rinossinusite crónica na infância são semelhantes aos do adulto, com exceção da presença da tosse, muito mais frequente na rinossinusite em idade pediátrica.

Qual o tratamento da rinossinisite crónica?

Dr. Gil Coutinho - A rinossinusite crónica é, na maioria dos casos, uma doença persistente, mas que poderá ser controlada com uma combinação de tratamentos médicos e cirúrgicos.

Assim que se diagnostica a rinossinusite crónica, o paciente deve iniciar um tratamento prolongado. Na maioria dos casos, o tratamento inicial consiste nas lavagens nasais diárias com soluções salinas (água do mar ou soro fisiológico, por exemplo) em associação com a aplicação de corticoide tópico nasal.

Se este tratamento não for suficiente para melhorar os sintomas, poderão ser adicionadas, ocasionalmente, outras medicações como os descongestionantes nasais, o antibiótico ou o corticoide sistémico (oral ou endovenoso). Contudo, estes tratamentos não devem ser utilizados por rotina, uma vez que apresentam importantes efeitos secundários.

Quando um paciente já faz o máximo de medicação, mas os sintomas ainda afetam a sua qualidade de vida, poderá estar indicada cirurgia.

A cirurgia tem como objetivo a remoção da carga inflamatória, do muco nasal e, quando presentes, dos pólipos nasais. Permite ainda a melhoria da ventilação dos seios perinasais e é realizada através de uma endoscopia nasal, ou seja, sem incisões ou alterações estéticas do nariz.

A cirurgia endoscópica nasossinusal permite desobstruir a cavidade nasal, melhorando a função respiratória e permitindo que os corticoides nasais atinjam de forma mais eficaz a mucosa do nariz e os seios perinasais.

Quais as complicações associadas a esta patologia? E que fatores contribuem para o seu agravamento?

Dr. Gil Coutinho - As complicações da rinossinusite crónica são raras, mas potencialmente graves e ocorrem por alterações da anatomia dos seios perinasais, por atingimento de estruturas vizinhas, ou por agravamento da inflamação das vias aéreas.

Assim, a rinossinusite crónica pode levar ao agravamento dos seus sintomas ao longo do tempo por crescimento exagerado do osso dos seios perinasais e dos pólipos, o que reduz a sua ventilação, a drenagem de muco a aumenta a inflamação.

Por outro lado, a rinossinusite pode causar infeção local grave que atinge as estruturas da órbita ou, ainda mais raramente, do compartimento intracraniano, onde se encontra o sistema nervoso central.

Por último, é bem conhecida a relação entre a rinossinusite não controlada e o agravamento de infeções respiratórias superiores e da asma.

Entre outros fatores, o agravamento da rinossinusite ocorre quando a medicação não é administrada da forma apropriada; na presença de infeções respiratórias; quando existe imunodeficiência; na exposição ao tabaco e, no caso particular das crianças, na presença de hipertrofia das adenoides.

Muitas das pessoas com este diagnóstico apresentam a chamada Polipose Nasal. Que fatores condicionam o desenvolvimento de pólipos nasais?

Dr. Fernando Vales  - Rinossinusite crónica (RSC) define-se como inflamação da mucosa nasal e dos seios perinasais provocando, em geral, obstrução nasal, secreções e dor ou pressão na face, bem como redução ou perda do olfato e tosse, com duração de 12 semanas ou mais.

Pode ou não haver desenvolvimento de pólipos nasais no decurso da doença, que tem diversas variantes, bem como diferentes fisiopatologias subjacentes.

Na RSC, a mucosa nasal, que serve como barreira que modula a interação do sistema imunológico do hospedeiro com o ambiente está rompida, resultando em inflamação crónica e levando à remodelação tecidular e ao aparecimento de sintomas clínicos. A remodelação dos tecidos sino-nasais dá origem aos pólipos nasais responsáveis por muitos dos sintomas apresentados.

A que sintomas devemos estar atentos e quando devemos procurar um especialista?

Dr. Fernando Vales - Os sintomas caracterizam-se por obstrução nasal persistente, secreções nasais que podem ser mucopurulentas, dor ou pressão na face e redução ou perda do olfato por 12 semanas ou mais.

O doente deverá recorrer inicialmente ao seu médico assistente, que iniciará o tratamento médico apropriado. Se após estes tratamentos iniciais os sintomas persistirem, deverá ser orientado para o médico especialista.

Há, no entanto, sintomas e sinais que podem indicar uma complicação grave e que obrigam a referenciação imediata ao médico especialista, nomeadamente a redução da acuidade visual, dor de cabeça intensa, inchaço do olho, visão dupla, sinais de alteração neurológica ou de infeção generalizada e hemorragia nasal.

Como se trata a Polipose Nasal? Em que casos deve ser considerada a cirurgia?

Dr. Fernando Vales - O tratamento deve ser adequado a cada paciente e individualizado, visando obter o controlo sintomático da doença. Consiste em lavagens nasais com soluções salinas, corticoides tópicos ou orais e, se o doente for alérgico, o uso de anti-histamínicos deve ser considerado. Na suspeita de infeção usam-se antibióticos. O objetivo do tratamento é alcançar o controlo satisfatório dos sintomas com a menor terapia possível.

Se os sintomas persistirem após 2-3 meses de tratamento médico apropriado deve ser considerada a opção de tratamento cirúrgico.

Os pólipos nasais podem voltar a surgir, mesmo depois de extraídos?

Dr. Fernando Vales - Dado ser uma doença crónica, a cirurgia endoscópica nasal tem como objetivo, além da remoção dos pólipos nasais, restituir a fisiologia nasal normal, permitir uma ventilação adequada, facilitar a depuração mucociliar e a aplicação de tratamentos tópicos, com consequente alívio sintomático.

A cirurgia é uma etapa do tratamento, devendo ser mantido o tratamento médico após a cirurgia, dado que os pólipos podem recidivar. Estudos mostram taxas de cirurgia de revisão de 11% em 3 anos, 21% em 5 anos e 25% em 10 anos.

A presença de pólipos nasais com asma brônquica e alergia concomitantes está associada a um maior risco de recidiva.

Na recorrência da polipose, após tratamento cirúrgico adequado e em casos graves, pode haver indicação para tratamento com medicamentos biológicos (anticorpos monoclonais).

O que fazer em matéria de prevenção? Qual a importância da adesão à terapêutica?

Dr. Laurentino Mendes Leal - O acontecimento central da doença é a resposta inflamatória descontrolada. A origem desta resposta inflamatória exagerada reside numa interação multifactorial entre fatores sistémicos, o indivíduo e o ambiente. Os fatores sistémicos incluem doenças como a fibrose cística, imunodeficiências, algumas doenças autoimunes, a doença respiratória exacerbada pela aspirina e até mesmo o refluxo de ácido gástrico. Os fatores ambientais possivelmente envolvidos incluem as alergias respiratórias (rinite alérgica e asma), a poluição ambiental e o tabagismo. A prevenção deve incidir nos fatores que são controláveis, como seja a cessação tabágica, o controle medicamentoso da doença alérgica e do refluxo, e no tratamento das doenças que podem potenciar o surgimento da polipose nasal. O tratamento médico base da rinossinusite com pólipos, que se baseia nas lavagens nasais e na aplicação local de corticoides deve ser mantida de forma consistente. O objetivo do tratamento é o controle da inflamação, minorando ou anulando os sintomas nasais com a melhoria da qualidade de vida do doente. Quando há adesão ao tratamento base, verificamos um bom controle da doença numa percentagem significativa dos doentes. Quando este objetivo não é conseguido, é necessário escalar o tratamento com corticoterapia sistémica, e antibioterapia se houver infeção bacteriana associada. A cirurgia surge como opção de tratamento quando o controle da doença não é possível com os vários tratamentos médicos.

Quais a complicações associadas à Polipose Nasal?

Dr. Laurentino Mendes Leal - A inflamação não controlada nasal conduz ao aumento progressivo do volume dos pólipos nasais e as principais complicações estão associadas à obstrução nasal: além da ausência de uma respiração nasal eficaz, estes doentes vão ter o olfacto e paladar seriamente reduzidos e apresentam maior predisposição para as infeções nasais. O crescimento dos pólipos com consequente aumento da pressão pode levar a alterações das estruturas vizinhas (cérebro e olhos) e a dismorfia da face, pelo alargamento do nariz. O mau controle dos pólipos nasais aumenta a gravidade da asma. A obstrução nasal crónica provocada pelos pólipos nasais, associada à obrigatoriedade de respiração oral por estes doentes, pode ser um fator predisponente para a roncopatia e a apneia obstrutiva do sono.

E neste sentido, quais os doentes em risco?

Dr. Laurentino Mendes Leal - Os doentes em risco são sobretudo os que não estão diagnosticados e a cumprir os planos terapêuticos. Com as modalidades de tratamento médicas e cirúrgicas disponíveis, consegue-se um bom controle da doença, com consequente reflexo na qualidade de vida dos doentes.

Qual o impacto socioeconómico desta patologia?

Dr. Laurentino Mendes Leal - O impacto socioeconómico é enorme. Esta doença tem um impacto na qualidade de vida provavelmente superior ao da insuficiência cardíaca. Esta diminuição da qualidade de vida vai ter reflexo na diminuição da produtividade profissional e no maior número de ausências ao trabalho. Por outro lado, os custos com os tratamentos também são consideráveis. Estamos a falar da utilização crónica de medicação, possivelmente, durante toda a vida do doente e da realização de cirurgias, com custos associados aos internamentos hospitalares.

No âmbito deste tema, que conselhos gostariam de deixar?

Dr. Laurentino Mendes Leal - Deixo apenas dois conselhos: 

  1. Se verificarem obstrução nasal progressiva, pressão na face ou diminuição progressiva do olfato, devem procurar ajuda médica.
  2. Relativamente aos doentes com o diagnóstico da rinossinusite crónica com polipose nasal, mantenham de forma consistente os tratamentos nasais. São eles que vão controlar a inflamação que está na base desta doença respiratória.

Dr. Fernando Vales - Os sintomas de RSC não devem ser descurados, sendo essencial a procura de ajuda médica atempada, uma vez que, na atualidade e com tratamento adequado, é possível melhorar de forma significativa a qualidade de vida do doente com RSC e polipose nasal.

Dr. Gil Coutinho - Procure os cuidados médicos de um otorrinolaringologista se suspeitar que tem rinossinusite crónica. Esta suspeita pode surgir porque:

  • Tem os sintomas que podem dever-se à rinossinusite crónica: obstrução nasal; diminuição do olfato; corrimento nasal; peso/dor na face;
  • Viu no interior do seu nariz estruturas que se assemelham à descrição de pólipos nasais.

Cessação tabágica: parar de fumar é a atitude mais eficaz para melhorar a saúde e a longevidade. Em relação à rinossinusite, sabemos que fumar piora os sintomas da rinossinusite crónica e que parar ajuda a controlá-los.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
27 de abril
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) promove a terceira edição do grupo de apoio para doentes com Mieloma Múltiplo ...

“Os grupos de apoio emocional para doentes com MM da APCL oferecem um espaço seguro, confidencial e acolhedor para que as pessoas partilhem as suas experiências, sentimentos e preocupações com outras pessoas que estão a passar ou já passaram pelo mesmo processo, acompanhados por uma psicóloga clínica.”, explica Andreia Cardoso. “A possibilidade de participar num grupo de apoio emocional pode ter um impacto positivo e significativo na qualidade de vida de uma pessoa com Mieloma Múltiplo. Pode ajudar a reduzir o sentimento de isolamento, melhorar a autoestima e a confiança, além de contribuir para uma aprendizagem de estratégias de gestão emocional. Também o sentimento de pertença a uma comunidade pode ser muito reconfortante e fortalecedor, especialmente em momentos difíceis.”, acrescenta a especialista em psicologia.

Diagnosticada com Mieloma Múltiplo, Filipa Lopes integra um dos grupos de apoio da APCL que tiveram início anteriormente. “Participar num grupo de apoio a doentes com MM significa aprender a gerir sentimentos que surgem durante as diferentes fases da doença, sempre com a ajuda da Andreia. É um local seguro para partilhar todos os medos e inseguranças, mas também as alegrias e conquistas. É conectar com pessoas que já passam ou estão a passar pelo mesmo”, partilha Filipa.

A primeira sessão do grupo de apoio terá a duração aproximada de uma hora e meia. As sessões estão limitadas a oito participantes. A inscrição é obrigatória e deve ser feita por email para [email protected].

Para mais informações pode consultar a página da APCL aqui.

 

Acordo
A Moderna, Inc., empresa de biotecnologia pioneira em terapias e vacinas de RNA mensageiro (mRNA), e a IBM (NYSE: IBM),...

“Desde a nossa criação, sempre demos o nosso melhor para estarmos na vanguarda da tecnologia de ponta, tirando partido de inovações para oferecer o melhor impacto possível às pessoas por meio de medicamentos de mRNA”, disse Stéphane Bancel, CEO da Moderna. “Estamos entusiasmados em estabelecer uma parceria com a IBM a fim de desenvolver novos modelos de IA para avançar com a ciência do mRNA, para nos prepararmos  para a era da computação quântica e para ter o nosso negócio pronto para estas tecnologias revolucionárias. Procuramos alcançar avanços disruptivos através da computação quântica, por isso estamos agora a investir na construção de uma força de trabalho preparada para a computação quântica, de forma a estarmos preparados para tirar o máximo partido da potencialidade desta tecnologia”.

 “O propósito da IBM é ser o catalisador para fazer o mundo funcionar melhor, sendo esta parceria com a Moderna exemplo disso mesmo. Estamos a testemunhar uma revolução no mundo da computação, impulsionada por avanços extraordinários em IA e computação quântica”, disse Dr. Darío Gil, vice-presidente sénior e diretor da IBM Research. “A Moderna poderá tirar partido dos nossos esforços de investigação de vários anos em IA generativa para terapias que podem permitir que os cientistas entendam melhor como as moléculas se comportam e que podem facilitar a criação de outras totalmente novas. Também estamos entusiasmados em trabalhar com a Moderna para os ajudar a preparar os seus cientistas em termos de conhecimento e de utilização das tecnologias de computação quântica da IBM líderes do setor, com o objetivo de acelerar a descoberta e a criação de novas terapêuticas”.

Desenvolvimento de competências de computação quântica para a concepção de medicamentos mRNA

A computação quântica é uma tecnologia emergente e transformadora que utiliza os princípios da mecânica quântica para resolver problemas demasiados complexos para os computadores clássicos. Os cientistas da Moderna irão explorar como a tecnologia quântica pode ser aplicada a problemas anteriormente irresolúveis pelos computadores clássicos. Juntas, as empresas irão tirar partido do potencial de aplicação de abordagens quânticas aos desafios científicos da Moderna.

A Moderna irá participar no programa IBM Quantum Accelerator e na IBM Quantum Network. Sob o acordo, a IBM irá disponibilizar acesso a sistemas de computação quântica, bem como a especialistas que possam ajudar a Moderna a explorar casos de uso de ciências da vida que sejam inovadores e potenciados por tecnologias quânticas.

Modelos de IA para o desenvolvimento de medicamentos de mRNA

Os cientistas da Moderna e da IBM irão aplicar o MoLFormer, um modelo fundacional de IA que pode ajudar os cientistas a prever as propriedades de uma molécula e a entender as características de potenciais medicamentos mRNA. O objetivo da Moderna será usar o MoLFormer para ajudar a otimizar as nanopartículas lipídicas, que encapsulam e protegem o mRNA à medida que viaja pelo corpo, e o mRNA, que atua como instruções para as células a fim de combater a doença. Sob esta iniciativa, a Moderna e a IBM irão combinar descobertas de ponta com IA generativa para criar medicamentos mRNA com segurança e desempenho elevados.

Entrevista | Inês Alves, Presidente da ANDO - Associação Nacional de Displasia Ósseas
O segundo grande evento da ANDO – Associação Nacional de Displasia Ósseas, a decorrer nos dias 29 e

A realizar-se nos dias 29 e 30 de abril e sob o tema "À Descoberta do Conhecimento e Vivências", o que se pode esperar do 2º Congresso ANDO?

O congresso está estruturado para ser uma oportunidade de encontro pessoal e interpessoal com foco na partilha de informação sobre diferentes temas, de novos conhecimentos e de experiências entre os participantes.

Será um evento internacional com representação de diversas entidades relacionadas com cuidados multidisciplinares em condições ósseas raras e investigação, assim como abordagens psicossociais e dinamização da atividade física entre pessoas com diversidade funcional, como é o caso de pessoas com displasia óssea.

A edição deste ano conta com algumas novidades. Pode desvendar um pouco sobre algumas das atividades que vão acontecer?

Será abordado o tema da nutrição nas displasias ósseas, uma sessão de grupo de dinâmicas psicossociais e de movimento físico, numa perspetiva científica e prática: com mostra de várias modalidades de atletismo e de dança.

Qual a importância da organização de um evento como este Congresso?

O foco são as pessoas que vivem de uma forma direta ou indireta uma displasia óssea. Este evento é um estímulo a dar passos para aceitação do diagnóstico, partilha de experiências, de convívio e de aquisição de novas informações e aumento da literacia em saúde e participação ativa das pessoas e famílias nas decisões em saúde.

Quais os principais temas em discussão? Que especialidades médicas estarão presentes?

Entre as diversas sessões estão incluídos temas como diagnóstico pré e pós-natal de displasias ósseas, reabilitação física em pediatria e adultos, inovação terapêutica e investigação, movimento e atividade física, nutrição, passando pela inclusão e desafios profissionais, cultura e turismo acessível.

Para além de temas médicos, uma parte das intervenções centram-se em questões práticas que afetam as pessoas com Displasias Ósseas no seu quotidiano, como é o caso da empregabilidade, atividade física ou nutrição. Qual a importância de abordar estes temas?

A ANDO idealizou este congresso também para ter um sentido prático e de utilidade real. Todos os fatores citados fazem ou podem fazer parte do dia a dia, mas há desafios aumentados para as pessoas com displasias ósseas. Daí, a importância de partilhar informação e novas visões sobre estes temas.

Na sua opinião, quais as principais necessidades destas pessoas e suas famílias que ainda estão por cumprir? O que precisa ser feito, em termos sociais e médicos, por exemplo, para melhorar o dia-a-dia da pessoa com Displasia Óssea?

No sentido de conhecer as reais necessidades e prioridades de pessoas com displasias ósseas, a ANDO criou um questionário, para o qual convidamos todas as pessoas com uma displasia ósseas e pais/cuidadores de crianças a responder. Com as informações obtidas, a ANDO poderá reavaliar as prioridades de ação implementadas até agora de forma a dar respostas mais dirigidas.

O questionário está disponível até 25 de abril e pode ser encontrado aqui: https://www.andoportugal.org/noticias/questionario-prioridades-e-necessidades-nas-displasias-osseas.html

No âmbito da realização deste Congresso, que mensagem ou apelo gostaria de deixar/fazer?

Um apelo à participação. Ainda existe muita resistência de pessoas com displasia óssea e famílias a dar o passo de conhecer outras pessoas e participar neste evento organizado com estes grandes objetivos: do autoconhecimento para a aceitação e mais informação para a participação.

Mais sobre o Congresso em: https://www.andoportugal.org/congresso-ando-2023/

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Sinais de alerta
A demência frontotemporal é uma forma de demência que afeta principalmente os lobos frontais e tempo

Os lobos frontais do cérebro são responsáveis por funções executivas, tais como a tomada de decisões, o planeamento e a resolução de problemas. Os lóbulos temporais, por seu lado, são importantes para a compreensão da linguagem e formação da memória. Na demência frontotemporal estas regiões do cérebro sofrem degeneração, levando a uma perda de capacidades cognitivas e comportamentais. As causas ainda não são completamente compreendidas, mas estima-se que as mutações genéticas e a acumulação anormal de proteínas no cérebro são fatores significativos para o seu desenvolvimento.

Embora possa ocorrer em pessoas de todas as idades, este tipo de demência é tipicamente diagnosticado em pessoas entre os 45 e os 65 anos de idade. Não obstante, poder ser identificada em faixas etárias mais baixas, entre os 20 e os 30 anos.

Os sintomas iniciais podem incluir alterações na personalidade e comportamento, tais como apatia, desinibição, e afastamento social. Os indivíduos podem também apresentar dificuldades em tomar decisões, impulsividade e dificuldade com a linguagem, incluindo dificuldade em encontrar palavras, compreender frases e expressar-se coerentemente.

À medida que a doença progride, os doentes podem sofrer novos declínios nas funções cognitivas e comportamentais, incluindo a perda de empatia, a perda de emoções e a falta de higiene. Podem também experimentar mudanças nos hábitos alimentares, nos padrões de sono e na mobilidade, podendo até necessitar de cuidados e assistência a tempo inteiro em atividades básicas da vida diária.

Atualmente, não existem medicamentos aprovados especificamente para o tratamento deste tipo de demência. Contudo, alguns medicamentos utilizados para tratar outras formas de demência, tais como inibidores da colinesterase, podem proporcionar algum alívio sintomático. Outros tratamentos, tais como terapia cognitivo-comportamental e terapia da fala, podem também ser benéficos na gestão dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida dos indivíduos com demência frontotemporal.

Para além da medicação e terapia, há também mudanças no estilo de vida que podem ajudar a gerir os sintomas da doença, como seguir uma dieta saudável, a prática de exercício regula, o envolvimento em atividades sociais e, mais importante, a manutenção de uma rotina consistente.

Referências: 

https://alzheimerportugal.org/demencias-frontotemporais/

https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/delirium-e-dem%C3%AAncia/dem%C3%AAncia-frontotemporal-dft

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Luís Alves Monteiro também participa na campanha ‘Viva! Para lá da depressão’
A triatleta olímpica Vanessa Fernandes acaba de se juntar, enquanto embaixadora, à campanha ‘Viva! Para lá da depressão’. Esta...

“O convite para ser embaixadora surgiu de uma forma muito natural. Comecei por ser convidada para partilhar o meu testemunho e depois surgiu o convite para ser embaixadora. Identifico-me bastante com o propósito da campanha e acredito que é preciso sensibilizar e abordar o tema da saúde mental e depressão com leveza, falar com abertura e sem vergonha”, afirma Vanessa Fernandes. “Esconder e não enfrentar esta realidade só contribui para a deterioração do ser humano”, acrescenta a atleta portuguesa com uma vida dedicada ao Alto Rendimento.

“A campanha nasceu da vontade de a Angelini Pharma promover a literacia dos portugueses sobre uma questão tão premente como é a saúde mental, e quebrar estigmas associados. É um grande privilégio termos ao nosso lado nesta missão a Vanessa, uma figura icónica do desporto português que representa um grande exemplo de superação.”, explica Andrea Zanetti, diretor-geral da Angelini Pharma. “Com a ajuda dos vários especialistas e testemunhos associados à campanha esperamos continuar a contribuir para o bem-estar e saúde mental da população”, acrescenta o responsável.

Luís Alves Monteiro, Presidente da Associação dos Atletas Olímpicos de Portugal (AAOP), é também um dos mais recentes convidados especiais da iniciativa. Em entrevista, que estará disponível em breve no site da campanha, o representante da AAOP explica que a saúde mental é fundamental para a alta performance dos atletas, evidenciando a importância de quebrar o tabu que está associado ao tema na sociedade civil.

Lançada em 2022 e agora com uma nova imagem, a campanha conta com um website dedicado onde estão disponíveis diversos conteúdos sobre saúde mental e conselhos que poderão ajudar na superação da depressão. Entre podcasts, vídeos e artigos, os conteúdos envolvem vários especialistas de renome, nas suas diversas áreas de especialidade, como psiquiatria, cuidados de saúde primários, psicologia, nutrição e exercício físico, entre outras, enquanto áreas complementares essenciais para o sucesso do tratamento da depressão.

São convidados dos próximos podcasts ou videocasts os psiquiatras Pedro Morgado, Pedro Zuzarte e Susana Almeida, que irão abordar, respetivamente, temas como: perturbações disruptivas do comportamento nas crianças e adolescentes, positividade e impacto psicológico das emoções positivas e depressão nos doentes oncológicos.

Projeto "EXCELScIOR" recebeu 2,5 milhões de euros
Na próxima quarta-feira, dia 26 de abril, a partir das 9 horas, vai decorrer a apresentação pública do projeto "EXCELScIOR...

O evento vai decorrer no Colégio da Trindade da Universidade de Coimbra (UC) e vai contar com diversas intervenções durante a manhã, nomeadamente do presidente do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB), Luís Pereira de Almeida; e do coordenador do “EXCELScIOR” e vice-presidente do CNC-UC, Paulo Oliveira.

Durante a tarde, pelas 16 horas, vai decorrer a intervenção do “ERA Chair Holder” do "EXCELScIOR", John Ioannidis, professor da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos da América, considerado por Paulo Oliveira «um dos investigadores mais cotados a nível mundial, sendo a pessoa certa para criar este novo grupo de investigação». John Ioannidis vai apresentar a comunicação "Evaluating research practices and the academic reward system", que decorre também no Colégio da Trindade e que é aberta a todos os interessados. A sessão de apresentação pública do projeto vai ser encerrada pelo Reitor da UC, Amílcar Falcão.

Coordenado por Paulo Oliveira, investigador e vice-presidente do CNC-UC, o projeto «vai permitir criar um grupo de investigação muito forte na Universidade de Coimbra numa área muito relevante, a metaciência», explica o coordenador. «Sabemos que uma porção significativa da ciência que se faz tem problemas de reprodutibilidade, devidos a erros na conceção do processo científico. Este novo grupo da UC vai não só analisar a qualidade da ciência que se faz na Universidade de Coimbra nos mais variados domínios, como desenhar processos que levem a que a nossa ciência seja cada vez melhor, e sobretudo que tenha mais impacto», contextualiza Paulo Oliveira.

 

Iniciativa "Tour For Life"
O Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) recebe hoje o projeto "Tour For Life", que chega a Portugal com o...

O camião “Tour For Life” estacionou o seu módulo sobre rodas à porta do CHUC – polo Hospital Geral (vulgo Covões) para que os profissionais de saúde deste centro hospitalar possam utilizar as suas ferramentas e recursos. Durante o dia de hoje, realizam-se diversas atividades para aproveitar tudo o que o serviço oferece, desde treinos teóricos e práticos para cirurgiões especializados até simuladores para replicar cirurgias reais.

O objetivo da iniciativa "Tour For Life" é dar visibilidade à inovação e aproximar a formação contínua em cirurgia cardíaca dos profissionais de saúde e, assim, contribuir para melhorar a qualidade do atendimento aos doentes. Além disso, a utilização de uma unidade móvel como base, que carrega todo o equipamento necessário e fica estacionada no próprio Hospital, proporciona agilidade, conforto e economia de tempo.

Entre as técnicas que podem ser realizadas no camião encontram-se todas as relacionadas com os principais problemas cardíacos: substituição de válvulas, reparação cirúrgica de anomalias do músculo cardíaco, ablação cirúrgica com radiofrequência. A experiência inclui ainda simuladores de última geração que permitem testar in situ as últimas tecnologias e terapias.

Antes de chegar a Portugal, a “Tour For Life” passou pela Bélgica, Suíça, França, Reino Unido, Irlanda e Espanha com sucesso. Depois de passar pela Península Ibérica, o camião passará pela Itália, Alemanha e pelos países nórdicos.

 

 

Investigação
Já se perguntou como seria se acordasse num corpo diferente?

Alguns estudos de imagem cerebral têm demonstrado que as diferenças estruturais e funcionais no cérebro podem estar associadas a essa condição.  Um artigo de revisão do neurocientista Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues e dos médicos Francis Moreira da Silveira e Bruno Loser Hemerly sobre o tema procurou compreender a literatura existente sobre disforia de género, analisando a sua complexidade e multifatorialidade. O artigo destaca que a amígdala, região do cérebro responsável pela regulação das emoções, pode ser mais pequena em indivíduos trans do que em indivíduos cisgénero. Além disso, as áreas do cérebro responsáveis por processar informações sensoriais e corporais, podem ser diferentes entre esses indivíduos. Estudos também sugerem alterações no hipotálamo e córtex pré-frontal associados a mudanças na atividade de neurotransmissores e na conectividade cerebral.

Uma das descobertas mais recentes é que a diferenciação de género no cérebro pode ocorrer antes do nascimento, com diferenças na formação de nervos e na atividade de neurotransmissores. Além disso, pesquisas sugerem que pessoas transgénero podem ter características cerebrais mais semelhantes ao género com o qual se identificam do que ao género atribuído ao nascimento. Esses estudos são realizados por meio de diversas técnicas, como ressonância magnética funcional (fMRI) e estudos de neuroquímica e conectividade cerebral. 

A disforia pode ser percebida em crianças, adolescentes e adultos, mas identificar na infância pode ser um desafio. É necessário observar critérios como a existência de uma acentuada incongruência entre o género expressado e o sexo biológico, persistente por pelo menos seis meses e manifestada por diversos sintomas, como o forte desejo de pertencer ao outro género, forte preferência por papéis inversos de género em brincadeiras e forte preferência por brinquedos ou atividades típicas do género contrário. Também é importante observar se há forte desgosto com a própria anatomia.

Em adultos, o diagnóstico requer além disso, um forte desejo de mudar as próprias características sexuais. Júlia Maria de Oliveira Melo, 22 anos, é enfermeira e conta como foi a sua infância antes da transição “Eu sempre sofri bullying, na época, era vista como um gay afeminado, porque brincava somente com bonecas, gostava de personagens femininas, de roupas femininas, as minhas melhores amigas eram mulheres. A minha mãe conta que eu colocava a fralda em cima da cabeça, como se fosse peruca, e fingia ser a Joelma. Já com 14 anos, ela veio falar comigo, dizendo que sabia que eu era "diferente". Eu já sabia, mas estava a entrar em depressão porque não me conseguia assumir. Inicialmente assumi-me como bissexual, depois como gay. Comecei a usar maquilhagem, mas ainda sofria problemas de autoestima”, relata Júlia.

A Disforia tem sido estudada sob várias perspetivas, incluindo na psicanálise. Teorias sugerem que a formação da identidade de género começa na infância, influenciada por fatores familiares, sociais, e questões psicológicas como identificação com o pai ou a mãe. Jacques Lacan, psicanalista do século XX, desenvolveu uma teoria da subjetividade que inclui conceitos relevantes para o assunto.  Lacan argumenta que a formação da identidade de género está ligada à construção da identidade subjetiva, influenciada por fatores como modelos de comportamento de género fornecidos pela família e pela sociedade, bem como por questões de linguagem e representação de símbolos de cada sociedade. Ainda assim, essa abordagem tem suas limitações, já que não leva em conta perspetivas e experiências das pessoas com disforia. Embora a psicanálise lacaniana tenha sido útil para entender o tema, é importante continuar pesquisando e desenvolvendo abordagens mais eficazes para entender mais sobre o assunto. 

A atuação da psiquiatria em relação à disforia baseia-se em evidências científicas e enfatiza o respeito pela identidade de género. A intervenção clínica inclui terapia, tratamento hormonal e cirurgia de readequação genital, se desejado. Profissionais da saúde recomendam abordagens como a terapia de aceitação e compromisso ou a terapia de orientação de género, reconhecidas pelo DSM-5-TR e o CID-11 como parte do processo de transição. Essas abordagens ajudam a explorar e compreender a identidade, além de fornecer suporte emocional e psicológico para lidar com os desafios enfrentados. “Eu demorei para começar a transição, porque tive medo. Antes de me entender como mulher, tive disforia. Mesmo me considerando um homem gay, usava cinta para ficar com a cintura marcada, usava sutiã com papel higiénico, e fazia de tudo para ficar feminina. Eu criava fakes, e me apresentava como mulher online. Eu não estava feliz. Na pandemia coloquei tranças e comecei a me sentir muito mais confortável, mais feminina. Comecei a usar aplicativos para diminuir características masculinas em fotos”, afirma a enfermeira.

É crucial considerar diversos fatores para entender a disforia de género, principalmente quando se fala de saúde mental. Um estudo de 2014 relatou que 41% das pessoas com disforia de género relataram pelo menos uma tentativa de suicídio na vida, enquanto outro estudo de 2019 descobriu que 39% relataram o mesmo.  Infelizmente, muitos não recebem o apoio emocional e social necessário, sofrem discriminação e dificuldades na transição, agravando doenças como depressão e ansiedade, o que aumenta o risco de suicídio. Profissionais devem trabalhar juntos para fornecer tratamento personalizado e eficaz para cada indivíduo, visando melhorar sua qualidade de vida e atingir uma identidade de género coerente. “Na pandemia, a minha mãe veio falar comigo e disse que sabia que eu era uma mulher trans, e não um homem gay. Ela sempre me apoiou, os meus irmãos também me apoiaram. E isso foi muito importante, o apoio familiar é maravilhoso. Ela participava de um grupo de pais pela diversidade, e como a minha cidade é pequena, foi orientada lá para me ajudar a iniciar a transição, passando por um endocrinologista. Eu estava pronta para iniciar o processo, mas ainda tinha medos. Fiquei com medo de não ficar feminina, de não ser vista como mulher, de não encontrar um namorado, de só ser vista como fetiche. Tive apoio com uma psicóloga, comecei a tomar hormonas, e foi difícil.  Foi um turbilhão de emoções, e a disforia aumenta bastante durante esse processo”, ela conta.

A identificação desses sinais cerebrais específicos pode ser crucial para a construção de diagnósticos e apoio mais preciso para pessoas que lidam com a disforia.  As neurociências e avanços científicos podem fornecer informações valiosas para uma compreensão maior sobre o tema, o que pode ajudar a desmistificar e diminuir o preconceito e o estigma “Nós lidamos com muito preconceito, diversos homens acham que sou garota de programa, há muito estigma. Tenho a sorte de dizer que nunca fui agredida na rua, tenho apoio da minha família, um emprego que amo, sou a primeira mulher trans a me formar na região, tenho um namorado que me assume. Mas essa não é a realidade de todas”, finaliza a enfermeira. É essencial que a sociedade trabalhe para combater a discriminação contra pessoas trans, garantindo que tenham acesso a direitos básicos, como cuidados de saúde adequados.

O estudo contou com o apoio do CPAH - Centro de Pesquisas e Análises Heráclito. Os autores são o Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, pós PhD em neurociência, mestre em psicologia e biólogo, o Dr. Francis Moreira da Silveira, médico e psiquiatra mestre em neurociência, e o médico Bruno Loser Hemerly.

 

 

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Visitas e reuniões programáticas às instituições do SNS
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH], promove no dia 21 de abril, a 25.ª Edição do “Caminho dos...

O “Caminho dos Hospitais” é uma iniciativa da APAH que teve o seu início em julho de 2016, traduzindo-se numa aposta na proximidade à comunidade hospitalar que visa atenuar situações de periferia através de visitas e reuniões programáticas às instituições do SNS, de forma descentralizada, dando especial enfoque a questões da atualidade. A par da articulação com os Administradores Hospitalares locais, na sua génese está a comunicação, a cooperação e a excelência no contacto com os Conselhos de Administração, inteirando-se da realidade e dos desafios de cada hospital e promovendo a qualidade da gestão hospitalar. Em paralelo são organizadas conferências/debate temáticas para as quais a APAH convida todos os associados e a comunidade hospitalar e da saúde a participar.

Na 25.ª edição do Caminho dos Hospitais, diversos profissionais de saúde irão abordar e debater questões relevantes na área da gestão em saúde, bem como apresentar alguns projetos inovadores da responsabilidade do CHTMAD.

 Conheça o PROGRAMA. Mais informações sobre a iniciativa estão disponíveis aqui.

 

Promover o bem-estar entre colaboradores
Os Wellbeing Games irão realizar-se pela primeira vez em Portugal no próximo dia 2 de junho, no Estádio Universitário, em...

A iniciativa promete retirar os colaboradores dos escritórios das empresas durante um dia inteiro e juntá-los em provas e jogos lúdicos, enquanto criam experiências únicas em equipa, seja na superação de provas, espírito de grupo e motivação. 

O grande objetivo é contribuir para o desenvolvimento e valorização de locais de trabalho saudáveis e promotores de bem-estar. Neste sentido, a organização associou-se ao Comité Olímpico de Portugal e contará com a presença de ex-atletas no dia das provas. 

Tiago Santos, CEO da Workwell e promotor da iniciativa, refere que “estes momentos irão elevar as empresas a um novo patamar, tendo em conta o engagement esperado por parte dos colaboradores das mesmas. Este é um movimento que pretende agregar as pessoas, pô-las em contacto com o seu bem-estar e oferece a oportunidade única de participação em atividades de cariz individual, de grupo, em formato competitivo, de lazer ou de relaxamento, em função da condição física de cada um”, finalizou. 

A iniciativa vai contar com 2000 participantes, oriundos de cerca de 100 empresas, e é organizada pela Workwell especialista na implementação de programas de bem-estar em organizações. Conta com o apoio do Turismo Portugal, Comité Olímpico de Portugal, EDP, RandStad, Sport TV e Decathlon. 

 

Com financiamento de 2,5 milhões de euros
Na próxima sexta-feira, dia 21 de abril, vai realizar-se a sessão inaugural da ERA Chair “CogBooster”, projeto financiado pela...

O evento vai decorrer no anfiteatro principal da FPCEUC, a partir das 11h30. Vai contar com a presença do investigador e docente da Universidade de Coimbra (UC), Jorge Almeida, que coordena o projeto na UC; e com Alfonso Caramazza, especialista em neurociência cognitiva, o ERA Chair Holder que vai acompanhar a implementação do projeto.

Nos próximos 5 anos, o “CogBooster” pretende implementar uma reforma estrutural nas ciências psicológicas, com foco na psicologia básica e na neurociência cognitiva, alicerçada em programas de disseminação de ciência que contribuam para a literacia em neurociência da população e das escolas, que aproximem cientistas e sociedade. O financiamento conquistado vai ser também aplicado na captação de talentos internacionais, nas áreas de investigação e docência, em neurociência cognitiva. Jorge Almeida explica que o “CogBooster” nasce devido à «necessidade urgente de criar uma ciência psicológica mais contemporânea, com foco na ciência da mente e na investigação fundamental, utilizando metodologias neurocientíficas e dados da ciência básica para responder aos desafios da sociedade».

«Aquilo que se pretende é uma transformação dos conteúdos e áreas científicas da Psicologia em Portugal. Ao contrário do que se passa atualmente, onde vivemos quase que exclusivamente no primado da psicologia aplicada e da intervenção psicológica, é preciso dar mais enfoque à investigação em psicologia básica e em neurociência cognitiva», afirma Jorge Almeida. O investigador sublinha ainda que «os cinco departamentos de psicologia mais bem posicionados no ranking mundial, bem como os melhores departamentos de psicologia europeus, mostram claramente que este é caminho a seguir».

A implementação do projeto na UC vai contar com a liderança de Alfonso Caramazza, professor da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos da América, «um investigador com vários prémios no currículo, por contribuições científicas de excelência, liderança e mentoria no campo da Neurociência Cognitiva, que liderou com sucesso diversos centros de investigação e departamentos de referência na área da Psicologia e Neurociência Cognitiva, tanto nos Estados Unidos da América, como na Europa», destaca Jorge Almeida.

O “CogBooster” pretende ser, tal como o nome indica, um booster de neurociência cognitiva para impulsionar este domínio da Psicologia na Universidade de Coimbra. Sobre a importância desta área, o coordenador do projeto na UC explica que «para intervirmos numa área de saúde ou de processamento mental, é necessário ter o conhecimento da Psicologia e Neurociência Básica, de como funciona o sistema normal, numa ótica de compreensão. Por exemplo, para intervirmos em populações com dificuldades de leitura, será obviamente essencial estudarmos e percebermos o modo como o sistema normal consegue ler e compreender textos».

A iniciativa de lançamento do projeto, intitulada "Cognitive Neuropsychology: A Window into the Functioning of the Mind/Brain", tem entrada livre e transmissão em direto em www.youtube.com/watch?v=5NvSzxIA9-k.

Primeiro hospital público em Portugal com sistema de navegação para cirurgia de coluna
O Hospital de São Francisco Xavier - Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) acaba de adquirir um sistema de navegação...

“Esta era uma ambição do nosso serviço há já algum tempo. Através desta aposta em tecnologia de ponta, garantimos que continuamos a oferecer o melhor tratamento possível, nomeadamente em patologias mais complexas. Há uma melhoria da precisão, diminuição do risco, nomeadamente na cirurgia da coluna vertebral, proporcionando à equipa mais-valias na avaliação e preparação cirúrgica, bem como na execução técnica dos procedimentos necessários. Conseguimos assim melhorar a resposta aos casos mais exigentes.”, explica João Gamelas, diretor do Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.

“É mais um passo para tornar a nossa abordagem aos doentes mais eficaz. Ao aliar o conhecimento dos médicos à tecnologia, o resultado só pode ser positivo, diminuindo a margem de erro e garantindo a melhor e mais rápida recuperação para os doentes. Este é um investimento que trará um grande retorno para o SNS, ao reduzir os custos associados à cirurgia, ao tempo de recuperação pós-operatório e às equipas envolvidas”, afirma José Miguel Sousa, ortopedista especializado na cirurgia da coluna vertebral no hospital.

Ao ajudar a planear a abordagem antes e durante a cirurgia, permitindo que a equipa de especialistas crie, armazene e simule a progressão ao longo de uma ou mais trajetórias cirúrgicas, o sistema de navegação enriquece a ação do cirurgião. Possibilita que haja um maior rigor, aumenta a segurança e a precisão, a par de uma diminuição drástica da exposição do doente e das equipas envolvidas à radiação (raios-X), quando comparada com a abordagem clássica.

O Hospital de São Francisco Xavier é, nos serviços de ortopedia do sector público, pioneiro no que diz respeito à aquisição desta tecnologia inovadora para o tratamento de doenças da coluna vertebral.

Estudo EIT Health
O EIT Health, parte do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT), órgão da União Europeia, acaba de publicar a primeira...

De acordo com o estudo, Portugal possui o ecossistema de inovação mais maduro da região, desfrutando de condições favoráveis para alavancar start-ups de inúmeras incubadoras e universidades de sucesso. O país também possui o único unicórnio de saúde da região, a Sword Health.

Desenvolvido pelo EIT Health, a principal rede de inovação em saúde da Europa, o InnoStars Innovation Index visa avaliar a maturidade dos ecossistemas de inovação nacionais em dez países da Europa Central, Oriental e Meridional. Israel, um local de divulgação da Comunidade EIT, é visto como país de referência devido ao seu sucesso como líder global em inovação em saúde.

O EIT Health executa vários programas nos países observados para apoiar start-ups de assistência médica em diferentes estágios de desenvolvimento. O estudo visa avaliar como os ecossistemas de startups de saúde nesses países utilizaram os benefícios desses programas e que resultados mensuráveis alcançaram. É importante notar que os indicadores de desempenho recolhidos (indicadores rígidos) são limitados aos programas de start-up do EIT Health e não a inovação de todo o país ou ecossistemas de start-up.

“Temos o prazer de revelar a primeira edição do InnoStars Innovation Index, ferramenta fundamental para mostrar o resultado das contribuições do EIT Health na região, ao mesmo tempo em que fornece insights práticos sobre o que faz os ecossistemas de inovação bem-sucedidos funcionarem. Durante a elaboração do estudo, encontramos uma correlação entre o número de inquiridos do questionário e a maioria dos indicadores de desempenho, o que sugere que a colaboração é um fator essencial para o sucesso dos ecossistemas. Essa constatação está alinhada com a filosofia do EIT Health, que sustenta que ninguém pode inovar sozinho, e precisamos conectar os diferentes stakeholders do ecossistema de inovação, incluindo empreendedores, pesquisadores, acadêmicos, representantes governamentais, investidores e outros”, afirma Balázs Fürjes, diretor do EIT Health InnoStars.

Metodologia: os resultados reforçam a importância da colaboração

Os autores utilizaram vários indicadores sobre as start-ups que participaram nos programas EIT Health, tais como: avaliação, emprego, financiamento externo angariado, subvenções externas angariadas e o rácio de entrada no mercado de start-ups. Também mediram os Soft Indicators recorrendo a questionários nas dimensões de financiamento, pipeline de talentos, governo, know-how e rede. Além disso, realizaram entrevistas com especialistas selecionados em desenvolvimento de ecossistemas. Os indicadores rígidos são mensuráveis, mas não acionáveis. Aumentar a avaliação ou a proporção de startups que entram no mercado é uma meta, mas dificilmente aplicável à vida profissional quotidiana. Os Soft Indicators são acionáveis, mas menos mensuráveis. As pessoas trabalham na construção de comunidades e na partilha de conhecimento, mas o seu trabalho é menos apreciado devido à falta de relações de causa e efeito com os resultados económicos. Assim, as partes interessadas do ecossistema devem concentrar-se em tarefas acionáveis que levem a resultados mensuráveis.

Finalmente, um painel de especialistas da EIT Health categorizou os ecossistemas observados utilizando o Ecosystem Maturity Model de Monika Rozalska-Lilo, refletido numa pontuação de avaliação final de 1 (iniciante) a 5 (especialista). O nível de maturidade não é um sistema de classificação – não indica qual país tem um ecossistema melhor ou pior, mas sim onde se encontram na jornada de maturidade na utilização eficiente dos recursos aos quais têm acesso.

Especialistas e conectores: liderar o caminho da inovação em saúde

O único país a alcançar uma classificação de 5 (Expert) foi o benchmark, Israel, ostentando a maior avaliação de start-ups em € 146 milhões de euros. Esses países facilitam o início de negócios, fornecem programas direcionados e têm diversos cenários de financiamento com acesso a dinheiro e capital de risco especializado. Como resultado, têm muitos empreendedores e mentores experientes e comunidades de inovação altamente desenvolvidas e especializadas.

A seguir a Israel está Portugal, o único país classificado como conector (4). O país possui um ecossistema de cuidados de saúde vibrante e em rápida evolução, usufruindo de condições favoráveis para alavancar start-ups de incubadoras de sucesso como a Start-up Portugal ou o Health Cluster Portugal, bem como de universidades com uma dinâmica extraordinária na criação de spin-offs. Por exemplo, o Instituto Pedro Nunes e a Universidade de Coimbra (associados e parceiros principais do EIT Health) estabeleceram uma das 10 maiores incubadoras do mundo, a IPN Incubator, revolucionando o panorama nacional das start-ups.

O único Unicórnio que cresce a partir do EIT Health Ecosystem nos países observados é a Sword Health, fundada em Portugal. Avaliada em € 1,8 mil milhões de euros. Superior à avaliação total de start-ups em todos os outros países, a Sword Health teve que ser excluída do Índice, pois ocultaria as tendências estatísticas e dificultaria as comparações.

Portugal: valorização elevada, taxa de entrada no mercado apenas média

Quarenta e uma empresas que participaram dos programas de aceleração do EIT Health em Portugal foram consideradas entre as melhores em emprego e avaliação, com impressionantes € 91 milhões, muito acima de outros países observados; no entanto, a proporção de startups iniciantes no mercado foi apenas média, em 39%. Em termos de Soft Indicators, os inquiridos deram excelentes classificações ao apoio do governo para start-ups, bem como ao canal de talentos. No entanto, a disponibilidade de financiamento recebeu uma classificação medíocre.

“O estudo reforça a nossa convicção de que Portugal pode contribuir para o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores nos cuidados de saúde que permitirão aos cidadãos europeus viver mais e com mais saúde. Em Portugal, temos investigação de alta qualidade e inovadores locais talentosos. Incentivamos empreendedores a iniciar e desenvolver projetos inovadores. Agora é hora de mover o nosso ecossistema para que todas as partes interessadas possam beneficiar de uma forte rede e colaboração”, disse Vera Moura, Innovation Lead, EIT Health InnoStars.

156 toneladas de pilhas, baterias e equipamentos elétricos usados recolhidos
A campanha de reciclagem de pilhas, baterias e equipamentos elétricos usados, promovida pelo Electrão em colaboração com o...

A iniciativa “Todos pelo IPO”, que decorreu de setembro a dezembro de 2022, contou com a colaboração de particulares e empresas de todo o país na entrega de pilhas, baterias e equipamentos elétricos nos mais de nove mil pontos de recolha disponíveis da rede Electrão. Os grandes eletrodomésticos, recolhidos pelo Electrão porta-a-porta, na Área Metropolitana de Lisboa, foram também contabilizados para os resultados durante o período da campanha. 

A colaboração de 265 empresas foi também determinante para o sucesso desta iniciativa através da dinamização de várias ações, no âmbito de políticas de responsabilidade social e ambiental, que permitiram juntar 156 toneladas de pilhas, baterias e equipamentos elétricos usados. As recolhas foram realizadas em 154 locais e resultaram, mais concretamente, em 12 toneladas de pilhas e baterias e em 144 toneladas de equipamentos elétricos usados.

Estes materiais, se não forem corretamente encaminhados para reciclagem, constituem um problema grave para o ambiente e para a saúde pública, uma vez que, à medida que se degradam, vão poluindo o ar, o solo e a água pela libertação de componentes nocivos à saúde. É por isso fundamental que estes aparelhos sejam encaminhados para reciclagem em unidades especializadas para o efeito.

“Ao dar as mãos ao IPO, no âmbito desta campanha, o Electrão reforça a sua missão que é também a de proteger a saúde pública. Paralelamente, continuamos a pugnar pela defesa do ambiente e a promover o correto encaminhamento de pilhas, baterias e equipamentos elétricos para reciclagem”, sublinha o CEO do Electrão, Pedro Nazareth.

“Esta iniciativa, além da óbvia importância em termos de saúde pública e da consciencialização da sociedade, tem um valor acrescentado para os doentes do IPO Lisboa. Ao converter as toneladas de resíduos recolhidas em dinheiro, que se traduzirá em equipamento médico, estamos a melhorar a vida de quem mais precisa: os doentes”, sublinha Eva Falcão, presidente do Conselho de Administração do IPO Lisboa.

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