SPO alerta para 6 problemas que podem afetar a visão das futuras mães
Durante o período de gestação, a mulher deve ter um cuidado redobrado com a alimentação, o exercício físico, a higiene oral, a...

“A sensação de olho seco, alterações do campo visual e na focagem são problemas oculares que podem surgir durante o período gestacional. Felizmente, a maioria deles são transitórios e acabam por desaparecer no fim da gravidez, ou do período de amamentação”, afirma Ricardo Parreira, médico oftalmologista e coordenador do Grupo Português de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo da SPO.

A SPO alerta que é fundamental que todas as futuras mães estejam atentas a seis alterações oftalmológicas que podem afetar a sua visão durante os nove meses de gravidez, tais como:

  • Alterações fisiológicas: dizem respeito a mudanças benignas e, geralmente, reversíveis com o final da gravidez;
  • Flutuações de hidratação da córnea: é a alteração fisiológica mais comum e que pode condicionar a flutuação do estado refrativo do olho, o que faz com que os óculos ou lentes de contacto habituais possam não ser tão adequados, durante o período gestacional;
  • Olho seco: também é muito comum devido às alterações hormonais e representa a sensação de um corpo estranho e olho vermelho. Agrava-se em ambientes secos e após a exposição frequente do computador, televisão, telemóvel ou tablet. Nas mulheres que utilizam lentes de contacto, os sintomas podem ser mais acentuados, pelo que é recomendado o uso regular de lágrimas artificiais.
  • Visão desfocada: quando ocorrem alterações transitórias na focagem devido ao aumento da espessura da córnea (edema);
  • Alterações visuais associadas à Pré-eclâmpsia: caracterizam-se por um aumento substancial da pressão arterial, o que pode provocar lesões em vários órgãos do organismo. Em termos oculares, pode manifestar-se desde o aparecimento de manchas pretas (escotomas), intolerância à luz, visão turva, até à perda súbita de visão;
  • Aparecimento de novas doenças ou agravamento das que já existem: em mulheres com diabetes, pode surgir o diagnóstico de retinopatia diabética, ou se já existia antes da gravidez, pode haver um agravamento da mesma. É importante que a grávida seja observada no período pré-concecional e acompanhada regularmente por um médico oftalmologista durante a gestação. O plano de Oftalmologia deve ser personalizado e articulado com a Obstetrícia.

Ricardo Parreira acrescenta ainda que: “os cuidados e a prevenção devem começar antes do início da gravidez, mantendo-se no decorrer do período gestacional. A mulher grávida deve estar atenta aos seus olhos e, caso se aperceba de alguma alteração, deve consultar de imediato um médico oftalmologista. Todas as mulheres com antecedentes de diabetes, uveíte ou alta miopia devem ir a uma consulta mesmo antes de engravidar para fazer uma avaliação e planear cuidadosamente o controlo da doença oftalmológica.”

Para mais informações sobre visão e gravidez, consulte o seu médico oftalmologista e visite o site: https://spoftalmologia.pt/.

Dia 3 de maio
“Mãe é mãe” é uma expressão que simboliza o amor incondicional das mães pelos filhos, incluindo durante a gravidez, e que dá o...

Com o Dia da Mãe a aproximar-se, especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia vão conduzir a conversa sobre o poder do amor materno e a importância de cuidar da saúde na gravidez, partilhando informações valiosas sobre esta fase tão especial. Além disso, uma das grávidas vai ter a oportunidade de receber produtos naturais de dermocosmética. As inscrições estão disponíveis na plataforma.

O evento conta com a participação da terapeuta familiar Carolina Vale Quaresma, que vai abordar o papel fundamental das mães na vida dos filhos. Já para ajudar as grávidas a lidar com alguns medos comuns no início da gravidez, estará presente a enfermeira especialista em saúde materna e obstetrícia Sara Paz.

No primeiro trimestre, muitas mulheres relatam que não se sentem grávidas, e que por não sentirem o bebé ficam mais ansiosas, com receio de algo estar errado e não ser motorizado a tempo. Por isso, a enfermeira vai explicar como reconhecer os sinais de saúde na gravidez, mesmo no primeiro trimestre.

Ainda neste dia, Carla Cardoso, a responsável pelo departamento de investigação e desenvolvimento da Crioestaminal, vai dar a conhecer as potencialidades das células estaminais do cordão umbilical dos bebés e a sua aplicação terapêutica.

Para terminar, a fundadora do projeto Sling Dance Rafaela Peixoto vai dar uma aula de dança para as grávidas.

 

Opinião | Dia Mundial da Asma
O Dia Mundial da Asma é comemorado todos os anos na primeira terça-feira de maio.

A asma caracteriza-se por inflamação crónica das vias aéreas, provocando sintomas como tosse, pieira, falta de ar e sensação de opressão torácica. O diagnóstico pode ser difícil, dado que os sintomas variam de pessoa para pessoa (e na mesma pessoa, ao longo do tempo) e podem ser semelhantes aos de outras doenças respiratórias. Embora o diagnóstico seja principalmente clínico, existem vários exames que podem ser realizados para ajudar a confirmar o diagnóstico, tais como provas funcionais respiratórias, testes de alergias e algumas análises de sangue. Assim, é importante que as pessoas que têm estes sintomas procurem observação médica para que o diagnóstico possa ser estabelecido.

Depois de confirmado o diagnóstico de asma, o tratamento tem como objetivo, não só controlar os sintomas, mas também diminuir o risco de agudizações e outras complicações. O tratamento baseia-se maioritariamente em terapêutica inalatória (corticoides e broncodilatadores inalados), embora também existam medicamentos de administração oral, subcutânea ou endovenosa, usados principalmente para o tratamento de casos mais graves.

Apesar de todos os tratamentos atualmente disponíveis, estima-se que quase metade dos doentes não têm a asma controlada. Esta ausência de controlo pode dever-se a múltiplos fatores, entre estes incluem-se: a gravidade da própria doença, o incumprimento da terapêutica, a má técnica inalatória, e a exposição mantida a alergénios, fumo de tabaco ou poluição. Para além destes fatores, vale a pena também salientar o facto que a maioria dos doentes com asma não controlada considera que tem a doença controlada, desvalorizando os seus sintomas, não os reportando ao seu médico. Assim, é importante relembrar que apenas se considera que a asma está controlada quando se alcança todos os seguintes:

  • Sintomas diurnos em menos de 2 dias por semana;
  • Ausência de sintomas noturnos que interfiram com o sono;
  • Ausência de limitação nas atividades (trabalho, escola, tarefas domésticas, exercício físico, atividades lúdicas);
  • Uso de medicação de alívio (em SOS) menos de 2 vezes por semana.

Se algum destes objetivos não estiver a ser atingido, é preciso investigar o motivo, visto que quando a asma não se encontra bem controlada, aumenta o risco de crises graves e do desenvolvimento de danos permanentes nos pulmões, levando a uma diminuição progressiva da função pulmonar.

Portanto, celebremos o Dia Mundial da Asma para que, no futuro, esta deixe de ser uma doença subdiagnosticada e subtratada. A asma não tem cura, mas pode, e deve, ser controlada!

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em Portugal
De acordo com os dados do Inquérito Nacional de Controlo da Asma de 2010 e que continuam a ser os mais recentes nesta área, em...

A asma é uma doença respiratória crónica frequente, que pode ser potencialmente grave. “Apesar de não existir uma cura, esta doença pode ser controlada, com um acompanhamento e tratamento adequados, permitindo que a pessoa com asma tenha uma boa qualidade de vida e reduzindo muito todas as restrições que a asma não controlada implica”, salienta Helena Pité, médica e especialista em Imunoalergologia no Hospital CUF Tejo e no Hospital CUF Descobertas. Apesar disto, “a asma também pode matar e qualquer morte por asma não é aceitável”, alerta a especialista que reforça ainda: “nos dias de hoje, a esmagadora maioria das mortes por asma é evitável. Existem tratamentos eficazes e seguros para todas as idades e nunca é de mais reforçar a importância de controlar esta doença”.

No entender de Helena Pité, na origem da "asma não controlada" podem estar alguns fatores como o "desconhecimento ou existência de alguns mitos em torno desta doença e do seu tratamento, a necessidade de fazer medicação diária preventiva e a consequente falta de adesão ao tratamento" ou também "dificuldades na administração dos tratamentos, por exemplo, no uso adequado dos inaladores”. O tratamento para a asma assenta no uso de dispositivos para inalação de medicamentos, “que permitem uma ação local, com muito maior eficácia e tolerabilidade dos fármacos utilizados”.

Para contornar estas questões, destaca a importância de uma maior e melhor informação sobre a asma: "É necessário aumentar a consciencialização das pessoas com asma, dos seus familiares, amigos e mesmo de toda a comunidade para a problemática da doença, para a sua natureza crónica e para a importância de reconhecer as queixas típicas, independentemente da idade, e de cumprir o tratamento preventivo”. “Depois, é preciso ter em conta que o controlo da asma diz respeito a não ter queixas/sintomas de dia, nem de noite, não precisar de usar medicação de alívio, nem ter limitações na vida do dia-a-dia por esta doença. Esse é o alvo a atingir e só assim podemos considerar a asma totalmente controlada.”

A utilização excessiva de medicamentos de alívio rápido (broncodilatadores de curta ação) é um dos principais desafios apontados pelos especialistas desta área, que têm concentrado esforços para informar e sensibilizar a população para o tratamento adequado da asma. “Estes medicamentos de curta ação dão alívio rápido dos sintomas, das queixas de tosse, pieira, pressão no peito ou falta de ar, mas não tratam a inflamação que está na origem dos sintomas. Assim, a inflamação não é debelada, o que faz com que o problema persista e piore, com risco de ocorrer uma crise de asma, que pode ser grave. É preciso reduzir o uso dos medicamentos de alívio e aumentar o uso de medicamentos preventivos, os quais são verdadeiramente capazes de controlar a asma, reduzindo os sintomas, as limitações e as restrições na qualidade de vida das pessoas com asma, a necessidade de mais medicamentos, as crises de asma e as complicações da doença.”

Este ano a Global Initiative for Asthma – GINA definiu como mote para o Dia Mundial da Asma, o “Asthma Care for ALL”, por considerar que o tratamento adequado da asma é um direito de todos. O objetivo desta data é sensibilizar a população para a necessidade de conhecer a asma e as suas complicações, procurando melhorar o diagnóstico, a adesão ao tratamento e a evolução da doença.

Os principais sintomas da asma são a tosse, a pieira ou chiadeira no peito (ruído que se ouve ao respirar, como se fosse um “miado” de um gato) e a sensação de aperto no peito ou falta de ar. As infeções respiratórias, as alergias e os fatores irritantes para as vias respiratórias, incluindo a poluição e o fumo de tabaco, podem desencadear sintomas ou mesmo crises de asma. “Não podemos esquecer que muitas pessoas com asma têm sintomas provocados pelo exercício físico. Apesar disso, a solução não passa por reduzir a atividade física, mas antes por controlar os sintomas com um tratamento que permita a sua prevenção, de forma que todas as pessoas com asma possam tirar benefício da prática de exercício físico regular, sem sintomas da doença.”

O primeiro Dia Mundial da Asma, foi celebrado em 1998, em mais de 35 países em conjunto com o primeiro Encontro Mundial da Asma realizado em Barcelona, Espanha. A participação aumentou a cada Dia Mundial da Asma celebrado desde então, e o dia tornou-se um dos mais importantes eventos de consciencialização e educação sobre asma no mundo.

Opinião
O Inverno acabou e deu lugar à Primavera que se faz acompanhar pelo sol radioso, pelas flores, pela

Endolift®

O Endolift® é um tratamento laser de rejuvenescimento facial e corporal minimamente invasivo que usa um sistema de microfibras óticas da espessura de um fio de cabelo e um laser diodo Lasemar1500.

As fibras penetram na pele permitindo tratar os tecidos desde o seu interior promovendo a retração dos septos conjuntivos, remodelação das camadas profundas e superficiais e estimulação da produção de colagénio. O resultado é um rejuvenescimento global com retração da pele e redução da flacidez. Quando necessário é possível reduzir a gordura em excesso.

A eficácia do endolift na redução da flacidez e da gordura deve-se à seletividade do feixe laser que interage seletivamente com dois principais alvos: água e gordura. Desta forma podemos tratar a flacidez no rosto e pescoço assim como em diferentes regiões do corpo.

Bioestimuladores do Colagénio

Os Bioestimuladores são substâncias biocompatíveis que quando injetadas na pele, estimulam a produção de colagénio pelo organismo, o que se traduz num efeito rejuvenescedor, melhorando a flacidez, textura e brilho, sem aumentar o volume e com resultados naturais e progressivos.

Os bioestimuladores devolvem a firmeza á pele e poderão ser usados na face, pescoço, decote, mãos e corpo. Existem diferentes substâncias usadas na bioestimulação: ácido polilático policaprolactona, ácido hialurónico e hidroxapatita cálcica.

Fios Tensores

O tratamento com fios tensores é uma técnica de rejuvenescimento facial não cirúrgica que tem um efeito de lifting no imediato reposicionando os tecidos que descaíram com o tempo. Para além do efeito de lifting, tem um efeito bioestimulador do colagénio, apresentando assim uma ação dupla.

Os resultados duram até 2 anos, dependendo do tipo de fios usado. Requer apenas um curto período de recuperação e ao contrário das técnicas cirúrgicas não deixa cicatrizes.

Radiofrequência Fracionada

Trata-se da combinação de duas técnicas muito eficazes – microagulhamento e radiofrequência num único tratamento. Ambas as técnicas estimulam a produção de colagénio, conseguindo-se, assim, uma pele mais firme e uma melhoria de cicatrizes, marcas de acne e estrias.

As microagulhas penetram de forma controlada e suave nas camadas mais superficiais da pele, e quando atingem a derme, é emitida a radiofrequência. O objetivo é estimular os fibroblastos a produzirem colagénio. Consegue-se assim uma pele mais firme com melhoria na textura e redução de poros, cicatrizes e marcas de acne.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha para Dia Mundial da Asma
No âmbito do Dia Mundial da Asma, que se assinala a 2 de maio, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e a Sociedade...

Com este objetivo de sensibilizar o público mais jovem para a asma, as duas entidades vão organizar sessões informativas em diferentes escolas secundárias do país.  “A asma é uma doença crónica, muito subvalorizada, mas que pode ter um impacto tremendo na vida dos doentes, principalmente das crianças e jovens. A SPP e a SPAIC querem sensibilizar este grupo etário para que não aceitem os sintomas, para que não aceitem qualquer limitação nas suas atividades diárias (mesmo que estejam "habituados"). O controlo total da Asma é possível, é preciso procurar ajuda.” explicam as médicas especialistas.

Em Portugal, estima-se uma prevalência de asma de 8,4% na população com menos de 18 anos. É a doença crónica mais comum nestas faixas etárias e pode trazer importantes limitações na vida diária e escolar. “Infelizmente, muitas crianças e jovens não têm a real noção desta doença e desvalorizam as queixas pelo que esta sensibilização faz todo o sentido ser feita neste grupo em particular”, alertam Lígia Fernandes e Ana Mendes.

Quanto aos principais sintomas aos quais devemos estar atentos, explicam que a asma pode “ter várias manifestações, tais como a pieira (chiadeira no peito), a tosse, especialmente à noite ou de manhã, aperto no peito e falta de ar. Se não controlada, a asma causa limitação da vida em muitos domínios como as atividades físicas, o sono, causa maior cansaço e pode mesmo afetar o desempenho escolar e comprometer a função pulmonar e o futuro”.

 

Apoio no terreno à população vítima da passagem do Ciclone Freddy e ao Surto de Cólera
A CVP integra a missão da Federação Internacional em Moçambique, apoiando o dispositivo com um Coordenador no terreno desde 30...

Verificam-se mais de 100 mil casas completamente destruídas, após a passagem do ciclone Freddy, e ainda quase 28 mil pessoas que já contraíram cólera, com mais de 120 mortos registados até ao presente.

A Cruz Vermelha Portuguesa tem trabalhado em estreita colaboração com as organizações da Cruz Vermelha de todo o mundo que, juntas, continuam a identificar as necessidades mais prementes das populações e a prestar apoio no terreno. Esta missão da CVP vem reforçar o apoio internacional da organização em Moçambique em momentos de elevada vulnerabilidade, onde se revela emergente uma resposta de assistência humanitária.

O ciclone Freddy, que atingiu Moçambique pela primeira vez no dia 24 de fevereiro e registou um segundo embate a 11 de março, é já considerado o mais duradouro alguma vez registado no planeta, sendo descrito como “fora da norma” pelos meteorologistas.

A passagem do ciclone agravou ainda mais a situação do país, que registou chuvas intensas no início de fevereiro, causando inundações em algumas regiões como Maputo, Gaza e Inhambane, que afetaram cerca de 800 mil pessoas. Para além deste rasto de destruição, Moçambique atravessa um surto de Cólera em Niassa, Tete, Zambézia, Sofala, Maica, Gaza, Inhambane, Zambézia e Cabo Delgado, o que vem criar mais desafios na gestão de circuitos de higiene e água potável junto da população.

 

Doença inflamatória crónica
Se já sofreu uma entorse, sabe o que é sentir dor e ter dificuldade em mobilizar uma determinada art

De acordo com o especialista, “as doenças reumáticas reúnem mais de 135 doenças que afetam o nosso aparelho locomotor”, estimando-se que estas apresentem uma prevalência de 20% em Portugal, sendo o primeiro motivo de consulta acima dos 50 anos nos cuidados de saúde primários.

Com um pico de incidência nas mulheres é após a menopausa, a Artrite Reumatoide é uma das doenças reumáticas mais prevalentes no nosso país, estimando-se que afete 0,8 a 1,5% (1) da população.

Mais frequente entre o sexo feminino – a sua ocorrência global é duas a quatro vezes maior em mulheres do que em homens -, esta pode, no entanto, afetar qualquer pessoa, em qualquer idade.

Segundo António Vilar, trata-se de “uma doença com inflamação das articulações, mas com envolvimento de outros órgãos ou sistemas, que se manifesta habitualmente com dor, inchaço e impotência funcional importante para as atividades da vida diária, e para o trabalho”.

“Envolvimento simétrico das articulações rigidez matinal prolongada, dores noturnas com fadiga, anemia e marcadores da inflamação elevados”, são apontados pelo especialista como os principais sintomas desta doença.

No que diz respeito à causa, António Vilar explica que, embora se desconheça o que está na sua origem, existem alguns fatores de risco reconhecidos, como é o caso do “tabagismo, que duplica o risco nas mulheres fumadoras, algumas infeções (dentárias, vírus,), sexo feminino até aos 65 anos, eventuais causas ambientais (poeiras? químicos?), acontecimentos adversos de vida”. Por outro lado, adianta que a gravidez tende a ser um fator protetor em cerca de metade dos casos diagnosticados.

O seu tratamento passa pela prescrição de “fármacos modificadores da doença como o Metotrexato ou a Leflunomida”. Nas formas refratárias, ou seja, que não respondem a estes medicamentos, o reumatologista revela que “desde há 22 anos que dispomos de medicamentos imunomoduladores que atuam bloqueando algumas das “moléculas da inflamação” trazendo nova esperança para que quase 90% dos doentes fiquem sem sintomas.”

O curso clínico é tipicamente caracterizado por períodos de agravamento e remissões, sendo que a doença pode ser ligeira (20%) ou grave e progressiva e com má resposta à terapêutica.

Deste modo, segundo António Vilar, o diagnóstico precoce é determinante para o bom prognóstico da doença, uma vez que é de extrema importância que o tratamento adequado seja instituído o mais cedo possível.

“O exercício tem vantagens na recuperação das atrofias musculares de desuso e se for em piscinas aquecidas ou nas Termas na melhoria da dor”, revela ainda, incentivando à prática de atividade física adaptada.

Entre as principais complicações, destacam-se “a destruição articular com a incapacidade que geram, o risco cardiovascular aumentado, responsável em parte pela diminuição da esperança de vida e nas formas mais graves aumento de risco de algumas doenças malignas como os linfomas”.

Tratando-se então de uma doença crónica com um grande impacto na vida social e profissional - algumas pessoas com AR têm uma mobilidade restringida e dificuldades com atividades da vida diária -, a sua gestão pode ser difícil impactando grandemente a saúde mental do doente. “Sabemos que a depressão coexiste no decorrer da doença, como reação secundária ao aparecimento da artrite, mas aumenta a evidencia que nalguns casos acontecimentos adversos de vida possam atuar, em doentes suscetíveis, quer no desencadear da doença quer no aparecimento de surtos. Todos estes casos podem beneficiar de apoio psicológico e/ou psiquiátrico”, revela António Vilar.

Por tudo isto, o especialista aconselha: “Se tiverem dores com inchaço articular que persista por mais de alguns dias consultem o seu médico, se persistir por mais de 3 semanas procurem o reumatologista, que é o especialista desta doença. A artrite reumatoide não se trata com analgésicos nem com anti-inflamatórios! Procurem apoio médico social junto da ANDAR associação nacional de doentes com artrite reumatoide e informação credível na página da SPR sociedade portuguesa de reumatologia”.

Referência: 

(1) https://spreumatologia.pt/artrite-reumatoide/

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Medicina Estética
Medicina estética explica o que os retinoides podem ou não tratar quanto a cicatrizes de acne.

A acne é uma das patologias cutâneas mais frequentes em todo o mundo, resultando de um excesso de produção de sebo, com a sua consequente acumulação nos folículos pilosos, juntamente com bactérias e células mortas. Pode-se manifestar através de vários tipos lesões, sendo que a sua cicatrização em alguns casos é um desafio.

Estima-se que a grande maioria (80 a 90%) dos pacientes que desenvolvem cicatrizes de acne têm cicatrizes atróficas, associadas a uma perda e inadequada deposição de colagénio, comparativamente a uma minoria que desenvolve cicatrizes hipertróficas ou queloides.

As opções de tratamento atuais para as cicatrizes de acne são maioritariamente procedimentos médico-estéticos não cirúrgicos (lasers, radiofrequência microagulhada, luz pulsada intensa, peelings químicos, microagulhamento, entre outros) que podem não ser elegíveis para alguns pacientes. Mesmo realizando procedimentos médico-estéticos, é importante assegurar que o paciente associa em casa uma boa rotina skincare, adaptada aos seus objetivos.

Os retinoides são um grupo de compostos (naturais ou sintéticos) derivados da vitamina A, um dos princípios ativos mais utilizados em dermocosmética, existindo em duas formas: tópica ou oral. Dividem-se em quatro categorias: retinol, retinaldeido, ésteres de retinol (estas três existentes em vários produtos de skincare) ou ácido retinóico (apenas disponível sob prescrição). Os seus principais benefícios para a pele são a redução da inflamação, aumento da produção de pro-colagénio (percursor do colagénio, responsável pela firmeza e elasticidade dos tecidos), desobstrução de poros, regulação do crescimento celular e diminuição do fotoenvelhecimento cutâneo. Pelo seu potente efeito na renovação cutânea, são muitas vezes aconselhados em combinação com os tratamentos realizados em consultório, permitindo uma otimização de resultados.

Na gama Fillmed destaca-se o Time-Booster, um produto inovador direcionado para um tratamento intensivo de um mês. Este apresenta uma alta concentração de retinol (0.3%), associado a ácido hialurónico e aloé vera, para um maior conforto e hidratação da pele. Após o primeiro mês, e como tratamento de continuidade, ou até como complemento de uso diário, sugere-se o Re-time Sérum. Este é composto por retinol a 0.1%, associado a outros princípios ativos como o péptido arginina-lisina (poderoso relaxante da pele), ácido hialurónico (para uma maior hidratação) e wakame 14g (com ação revitalizante).

Associado ao uso de retinoides, deve ser sempre reforçada a importância do uso diário fotoproteção e ao longo de todo o ano. Na gama Fillmed o UV Skin Protect surge como uma excelente opção para proteção solar diária e cuidado pós-procedimentos. Além da alta proteção contra UVB e UVA, associa também proteção contra luz visível, luz azul e infravermelhos, além de agentes antioxidantes e agentes de controlo de oleosidade, purificando a pele e proporcionando um efeito matificante de longa duração.

Para mais informações e estruturação de um plano de tratamentos individualizado e adaptado às suas necessidades, agenda uma consulta e esclareça-se com o seu médico.

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4ª edição do Tec2Med decorre entre os dias 3 e 7 de maio
Entre os dias 3 e 7 de maio, na NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA, decorre a quarta edição do Tec2Med, o...

O congresso Tec2Med apresenta mais de 30 workshops certificados, desde impressão e modulação 3D a robótica, liderado pela NOVA School of Science and Technology | FCT NOVA e parceiros como o Instituto de Higiene e Medicina Tropical ou o Institute For Systems and Robotics. O programa inclui uma competição em parceria com a CUF, dois debates, uma mesa-redonda de empreendedorismo em saúde, 40 instituições presentes em networking, incluindo empresas e laboratórios líderes em diferentes áreas de tecnologia e inovação, e keynote lectures e masterclasses com oradores de oito países.

Entre os oradores convidados, destaque para o ex- astronauta e cirurgião de tripulação da NASA, Jonathan Clark, atualmente consultor para a Space X e a Virgin Galactic; Alexander Seifalian, reconhecido especialista em medicina regenerativa e engenharia de tecidos, diretor científico da Liberum Health; Conor Mcguinn, o investigador de robótica que criou a Akara Robotics e está a revolucionar mundialmente os hospitais com robôs que realizam automaticamente a higienização das salas cirúrgicas; ou Joel Júnior, o engenheiro mecânico brasileiro que, após perder o filho, decidiu criar uma tecnologia disruptiva que procura impedir que outros pais passem pelo mesmo.

“O Tec2Med Summit foi fundado em 2019 por quatro estudantes da FCT NOVA decididos a investirem no seu país e apaixonados pela possibilidade de inspirarem toda a sociedade a construir em conjunto um novo futuro para a Saúde”, reflete a organização do evento. “Desde então que o congresso é organizado anualmente por dezenas de estudantes e alumni da NOVA de vários cursos, apoiados por estudantes de outras universidades, que abraçaram essa mesma missão. Acreditamos que através da partilha multidisciplinar de conhecimentos poderemos construir melhores serviços de saúde em Portugal.”

A quarta edição do congresso tem o apoio da Johnson&Johnson, Next Big Idea, CUF, Accenture, Magma, Lilly, Lab2Market, CardioID Technologies, 3D Ways, DataHow, INESCTEC, a American Corners Portugal, a Biblioteca da FCT NOVA, a Proteomass e outras instituições de renome nacional e internacional.

Mais informação e inscrições: https://tec2medsummit.org/

 

3 de maio
A Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) organiza, no próximo dia 3 de maio, às 21h, um webinar...

Transmitida exclusivamente no Facebook e Youtube da AADIC, esta sessão online contará com as intervenções de três especialistas: Dr. Francisco Sobral do Rosário, Endocrinologista, Hospital Luz Lisboa e representante da Associação Protetora dos  Diabéticos de Portugal; Dra. Rita Calça, Nefrologista, Consulta  multidisciplinar Renocardíaca Hospital Santa Cruz (CHLO), e a Enfª Elsa Ramos, Consulta Hospital Santa Cruz (CHLO). A moderação estará a cargo da Dra. Maria José Rebocho, cardiologista e membro do conselho técnico-científico da AADIC. Para a realização deste evento online, a Associação contou com o apoio da Pfizer.

O tema deste webinar tem por objetivo abordar questões práticas, causa-efeito e abordagens a estas três condições que estão, intimamente, relacionadas entre si. Se por um lado, a Diabetes é uma das principais condições que contribui para o aparecimento da Insuficiência Cardíaca; por outro lado, é a principal causa da Insuficiência Renal. Estima-se que, em Portugal, um terço dos doentes em falência renal seja devido à Diabetes. E sabe-se, ainda, que a deterioração da função renal é comum nos doentes com Insuficiência Cardíaca aguda.

Juntamente com a hipertensão e o enfarte, a Diabetes é uma das principais causas da Insuficiência Cardíaca. Para perceber melhor a razão, o Dr. Francisco Sobral do Rosário irá trazer a temática “Associação entre a Diabetes e a Insuficiência Cardíaca - Associação mais que provável”.

Os rins e o coração relacionam-se de forma direta, por isso, quando um está com a função muito reduzida, pode prejudicar o funcionamento do outro. Por isso, a Insuficiência Cardíaca é uma condição clínica que pode comprometer as funções renais e vice-versa. É sobre esta correlação que nos vai falar a Dra. Rita Calça sob o tema “O Rim e o Coração de mãos dadas”.

A prática de estilos de vida saudáveis, constitui um elemento muito importante na promoção da saúde e no combate à doença. É exatamente por isso que a Enfª Elsa Ramos – que vai falar sobre a importância de “Cuidar bem de mim; cuidar do meu Coração” – ensina o doente a controlar a Diabetes, incindindo na importância da terapêutica e na necessidade de uma dieta e controlo do peso. Depois, nas consultas de follow up, avalia se foram seguidas as recomendações, continuando a reforçar para a relevância da adesão a terapêutica.

No final do webinar, será dada a possibilidade aos doentes e cuidadores na assistência de partilhar dúvidas e pontos de vista com os oradores.

Até dia 24 de junho
A NOVA Medical School e a Escola Nacional de Saúde Pública, duas unidades orgânicas da Universidade NOVA de Lisboa, voltam a...

Curso de Mestrado em Epidemiologia Bioestatística e Investigação em Saúde (EPIBIS) tem como finalidade dotar os participantes de conhecimentos e metodologias de investigação epidemiológica que permitam elaborar e desenvolver de forma autónoma projetos de investigação epidemiológica. Pretende-se, ainda, reforçar o gosto pelo estudo e conhecimento para melhorar a prestação de cuidados aos doentes.

Este Mestrado destina-se a profissionais de saúde e pessoas com formação ou interesse pelas áreas da saúde, investigação epidemiológica e bioestatística (médicos, biomédicos, enfermeiros, nutricionistas, matemáticos/estatísticos, gestores, entre outros).

As inscrições para o Mestrado em Epidemiologia Bioestatística e Investigação em Saúde decorrem até ao próximo dia 24 de junho e podem ser efetuadas no site da NOVA Medical School. A formação realiza-se entre setembro de 2023 e julho de 2025.

O curso é coordenado por Bruno Heleno, da NOVA Medical School, e Pedro Aguiar, da Escola Nacional de Saúde Pública.

 

Estudo Epi-asthma
Os dados não são claros, mas o mais apontado são cerca de 700 mil doentes com asma em Portugal1, dos quais 35 mil podem ter a...

Este estudo tem como grande objetivo determinar a prevalência da asma, assim como caracterizar o perfil do doente asmático, “fator muito importante na hora de tratar”, refere João Fonseca, imunoalergologista e um dos coordenadores científicos do estudo, “porque, por exemplo, a influência que a asma grave tem no dia-a-dia do doente é totalmente diferente da asma ligeira ou moderada, já que a frequência e intensidade dos sintomas e das crises é muito maior, assim como maior é também a dificuldade de controlar a doença”.

Iniciado em 2021, o Epi-asthma, uma iniciativa do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), da Universidade do Minho (UMinho), do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS), da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e da AstraZeneca, decorre em todo o território continental, em articulação com médicos de 38 unidades de saúde dos Cuidados de Saúde Primários. Jaime Correia de Sousa, médico de Medicina Geral e Familiar e também ele coordenador científico do estudo, explica que “existem três fases de avaliação: uma primeira, na qual se prevê a participação de 7500 pessoas, escolhidas aleatoriamente, de ambos os sexos, com 18 ou mais anos, e que respondem a um questionário telefónico, fazendo-se, assim, uma primeira triagem, mediante a existência de alguns sintomas respiratórios ‘suspeitos’. Na segunda fase, na qual se estima que sejam avaliadas 1818 pessoas, é realizado um conjunto de avaliações clínicas e de função respiratória, determinando, assim, a existência, ou não, da doença. Na última fase, onde se prevê que cheguem 460 pessoas diagnosticadas, é feita a caracterização da doença - se grave ou ligeira a moderada”. 

Até ao momento, já foram contactadas perto de 5400 pessoas, das quais 1319 chegaram à fase de avaliação na unidade móvel, que já percorreu 17 municípios. Os resultados do estudo deverão ser conhecidos no início de 2024, mas, segundo Jaime Correia de Sousa, “é possível perceber, através da avaliação dos resultados do estudo piloto na ULS de Matosinhos, que este estudo é altamente importante, na medida em que a natureza e qualidade dos dados recolhidos irá permitir uma caracterização compreensiva dos doentes e um melhor apoio à gestão clínica da doença”. 

Gestão clínica, essa, que passará também por aumentar a adesão à terapêutica por parte do doente e pela garantia que este a faz de forma correta. João Fonseca afirma que, “para o cumprimento da medicação, é necessário um esquema terapêutico simples e fácil de se adaptar ao quotidiano do doente. Por outro lado, é importante que o tratamento não seja demasiado oneroso, porque isso acaba por, muitas vezes, resultar no seu abandono”. Por fim, outro aspecto muito relevante na opinião do especialista, é a relação médico-doente: “é fundamental que o doente conheça bem a sua doença e tenha uma boa relação com o médico, de forma a sentir-se apoiado”. É que, para garantir uma terapêutica correta, “quanto mais bem informado o doente estiver, maior será a garantia de que faz a sua medicação corretamente”. 

Este aspeto é particularmente importante se tivermos em atenção dados do estudo Characteristics of Reliever Inhaler Users and Asthma Control: A Cross-Sectional Multicenter Study in Portuguese Community Pharmacies, que confirma um uso frequente e excessivo dos inaladores de alívio, o que faz aumentar o risco de problemas cardiovasculares, depressão, agudizações graves ou até morte, bem como uma elevada taxa de asma mal controlada entre os utentes das farmácias comunitárias nacionais que utilizam este tipo de inalador3. Neste seguimento, e para alertar os doentes para esta problemática, a Associação Portuguesa de Asmáticos (APA), o projeto CAPA - Cuidados Adequados à Pessoa com Asma, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) e o Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias (GRESP), a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e a Associação Nacional das Farmácias (ANF) em parceria com a AstraZeneca, tem divulgado, nas redes sociais, a campanha "Quebra o Ciclo - Deixa a asma sem fôlego".

Sexo e relacionamentos
A retina é a camada interna do olho, localizada na parte posterior do mesmo e é composta por milhare

O hipotálamo é uma região cerebral que conecta o sistema nervoso ao sistema endócrino, regulando várias atividades (como fome, sede, temperatura corporal, ritmo circadiano) e processos metabólicos. É ele que comanda a hipófise que, por sua vez, comanda o sistema reprodutor masculino e feminino. Além disso, está ligado ao sistema límbico, um sistema envolvido no controlo das emoções, da recompensa e da atividade sexual.

Com a chegada da Primavera e dos dias maiores, o feixe retino-hipotalâmico sinaliza ao hipotálamo um período diurno maior, modulando a sua expressão e conexões entre o sistema nervoso central e o sistema endócrino. Uma das primeiras alterações sentidas é a redução da síntese e secreção de melatonina (responsável pela indução do sono e por alterações do estado do humor) e o aumento da secreção de serotonina e de endorfinas, responsáveis pela sensação de felicidade, energia e bem-estar, que tão bem caracterizam a “Spring Fever”.

Mas também a pele pode modular o comportamento sexual. Com uma exposição moderada à luz solar, a radiação ultravioleta estimula a síntese da Vitamina D3. Uma vitamina com reconhecidos benefícios na saúde metabólica e cardiovascular, protetor do desenvolvimento de alguns tipos de cancro, mas também fundamental para a produção de hormonas, como a testosterona. Recentemente, foi descrita uma maior atração e interação românticas entre os sexos masculino e feminino após uma exposição solar controlada, com comprovado aumento das hormonas sexuais. Ora isto pode explicar o já bem conhecido caráter sazonal da produção de testosterona pelo nosso organismo, com aumento gradual durante a Primavera até ao pico no Verão. Mas nem tudo são rosas, pois a exposição solar está igualmente associada a um maior apetite e ingestão calórica, bem como a aumento da agressividade no comportamento masculino.

Os estudos científicos têm mostrado resultados contraditórios em termos de fertilidade e reprodução na Primavera. Alguns sugerem que o esperma é mais saudável no inverno e no início da primavera porque a temperatura é menor, o que se pode traduzir num aumento no número dos espermatozoides, mais móveis e com menos anomalias da sua forma. Nos meses mais frios, há também menos que fazer no exterior – os casais passam mais tempo dentro de casa e têm mais relações sexuais. Por algum motivo há mais bebés a nascer em setembro. Existe de facto maior intimidade emocional e social nos meses de inverno, com maior propensão para o aconchego e para o nosso desejo de maior proximidade.

O comportamento sexual vai além da biologia e fisiologia humanas, sendo influenciado por fatores ambientais, sociais e comportamentais. Apesar dos efeitos sazonais e do bem-estar físico e psíquico, que aumentam o desejo sexual, fatores extrínsecos podem prejudicar esse mesmo desempenho e pulsão.

O que se sugere então? Que se seja saudável, durante todo o ano, isto é, que se assegure uma boa alimentação e hidratação, que se faça exercício físico, que se faça uma boa gestão dos níveis de stresse, bem como das horas de sono e de exposição solar, e que em caso de dúvida se realize uma consulta com um profissional de saúde credenciado.

 

Dra. Joana Menezes Nunes, Endocrinologista
Prof. Dr. Nuno Tomada Marques, Urologista e Andrologista
Clínica Espregueira, no Porto

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Apresentação de dados do Projeto SPEES – Saúde Psicológica dos Estudantes do Ensino Superior
O Instituto Piaget, a Universidade Católica de Viseu e o Instituto Politécnico de Viseu juntam-se esta quinta-feira, dia 27 de...

Perceber a relação entre os níveis de saúde mental e a satisfação com a vida académica dos estudantes das três instituições do Ensino Superior de Viseu foi o objetivo de um estudo proposto inicialmente pelo Instituto Piaget. O estudo avaliou 540 estudantes das três instituições, a maioria do sexo feminino (78,9%), a frequentarem o 1º ano de licenciatura (54,8%).

Na base da realização do estudo está o facto de a adaptação ao Ensino Superior envolver transformações complexas, sendo o ajustamento à nova realidade um processo natural, que, decorrendo de forma positiva, conduz o estudante a um estado emocional positivo.

“Estudantes mais satisfeitos com a vida académica tendem a ser mais resilientes, mais otimistas, envolvendo-se ativamente no processo de aprendizagem e nas atividades extracurriculares, as quais promovem a adaptação à nova realidade”, explica Marisa Marques, psicóloga na Clínica Piaget de Viseu e responsável do SAPE – Serviço de Apoio Psicopedagógico ao Estudante, um serviço vocacionado para apoiar a comunidade académica do universo Piaget.

Os resultados a apresentar no encontro de quinta-feira sugerem uma relação positiva forte entre a saúde mental positiva e a satisfação com a vida académica. De acordo com o estudo, 56,9% dos estudantes inquiridos apresentaram níveis altos de flourishing (ou “desabrochar” psicológico), um estado identificado pela psicologia como um funcionamento e bem-estar ótimos em todos os aspetos da vida de um indivíduo.

A partir da análise dos resultados obtidos é possível assumir que intervenções desenhadas conjugando o aumento dos níveis de satisfação com a vida académica e a saúde mental positiva poderão ter uma probabilidade de eficácia elevada na promoção da saúde psicológica, prevenindo o abandono escolar e promovendo um melhor desempenho académico de forma a facilitar uma maior competência na idade adulta.

Além da apresentação dos resultados do Projeto SPEES, o Encontro programado para o Campus do Instituto Piaget servirá também para partilhar as tendências, desafios e inovações na intervenção nos cuidados psicológicos no Ensino Superior em Portugal e na Europa, bem como para desenhar estratégias e assumir tarefas no domínio da saúde psicológica para as três instituições do Ensino Superior de Viseu.

Como sabemos hoje, as alterações e as exigências desencadeadas pela recente pandemia da Covid-19 afetaram a saúde psicológica e o bem-estar geral dos estudantes. Neste contexto, conferenciar sobre o estado da saúde psicológica dos alunos do Ensino Superior é de reconhecida importância, não apenas para se identificar a dimensão dos problemas, mas para se desenharem estratégias de apoio e intervenção preventiva.

“A avaliação e intervenção focada nos aspetos positivos da Saúde Mental constitui-se como um recurso determinante para a promoção da saúde das pessoas, em detrimento do modelo centrado na doença”, conclui a psicóloga Marisa Marques. 

Com o apoio institucional da ANPOC — Associação Nacional de Produtores de Cereais
Esta quarta-feira, 26 de abril, celebra-se o Dia da Produção Nacional. Para marcar a data, a Associação Portuguesa de Nutrição ...

O livro digital, de acesso livre e gratuito, fornece várias informações estatísticas e nutricionais sobre sete cereais e pseudocereais produzidos e consumidos em Portugal: arroz, aveia, centeio, cevada, milho, milho painço, trigo, quinoa, trigo sarraceno e amaranto. Desta lista, o trigo é o cereal mais consumido no país, com cada português a ingerir 104,7 kg por ano. Por outro lado, o alimento mais produzido nas plantações portuguesas é o milho: 752 mil toneladas. 

“É lançado no Dia da Produção Nacional, de forma simbólica, para destacar a produção destes alimentos em Portugal, que, embora seja baixa, existe de norte a sul do país”, começa por explicar Célia Craveiro. “De forma a aumentar a consciência sobre o tema, o e-book detalha a informação sobre as recomendações de consumo dos cereais e pseudocereais, dedica um capítulo ao tema da sustentabilidade alimentar e apresenta ainda uma recolha de legislação específica destes grupos”. 

Sobre o setor de produção, a APN destaca que Portugal apenas cobriu 23,9% das necessidades de consumo de cereais entre 2016 e 2020, valor que diminuiu relativamente aos anos compreendidos entre 2012 e 2015 (28,2%). Apesar de serem produzidas 1.117.578 toneladas de cereais anualmente, os dados mais recentes indicam que o grau de autoaprovisionamento destes alimentos em Portugal é dos mais baixos do mundo.  

“Tendo em conta a circulação de muita informação de pouca ou nenhuma qualidade técnico-científica, a Associação Portuguesa de Nutrição reforça a lista de materiais publicados que permitem contribuir para o aumento da literacia alimentar”, avança a presidente da associação. "Esperamos que este recurso ajude a promover escolhas alimentares mais conscientes e saudáveis e a estimular a produção e o consumo de cereais nacionais, que são uma importante fonte de nutrientes e podem contribuir para a promoção da sustentabilidade alimentar". 

A APN reúne ainda alguns conselhos para promover a sustentabilidade do ponto de vista do consumidor e do produtor, que passam, por exemplo, por assegurar um comércio justo para todas os elos da cadeia, procurar adquirir cereais de produção nacional, comprar cereais a granel ou em embalagens mais sustentáveis, entre outros.  

A promoção da literacia alimentar e nutricional é um dos pilares de atuação da APN, através da publicação de materiais didáticos e eventos. Nos próximos dias 11 e 12 de maio, esta associação organiza a 22.ª edição do Congresso de Nutrição e Alimentação, juntamente com a 3.ª edição do Congresso Internacional de Nutrição e Alimentação, no Porto. Num período de grandes desafios, com as alterações climáticas, pandemia e guerra, este encontro vai permitir discutir a alimentação de um mundo em mudança.  

O e-book está disponível para descarregar aqui

9 de maio
A Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO), com o apoio da Danone Nutricia e do Núcleo Regional...

A iniciativa é dirigida a doentes oncológicos, familiares, cuidadores e também profissionais de saúde, e tem como objetivo sensibilizar para a importância de um bom estado nutricional no decorrer da doença oncológica.

O evento será composto por uma mesa-redonda com as autoras dos guias, uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde que cuidam diariamente de pessoas com cancro, onde serão abordados temas tais como: Quais os sinais de alerta de desnutrição, como garantir um bom estado nutricional no decorrer da doença, quais os mitos alimentares mais comuns, como gerir os sintomas que têm impacto na alimentação, quando recorrer aos suplementos nutricionais orais, entre outros.

No final, os participantes poderão assistir a um showcooking de receitas com recurso a suplementos nutricionais orais. A participação é livre e gratuita, mediante inscrição, no seguinte link: https://www.ligacontracancro.pt/aliment-cancro/

 

“VHIVER para além do VIH” conta com o apoio de Profissionais de Saúde e Associações de Doentes
Porque o contexto social não evolui do mesmo modo que os avanços da terapêutica antiretrovírica para o VIH, e porque o estigma...

Este projeto de cocriação, visa contribuir para a desmistificação de conceitos enraizados, associados à infeção por VIH, nas diferentes vertentes da vida das pessoas infetadas e seus cuidadores, desde a transmissão, ao rastreio até à saúde mental.

O projeto “VHIVER para além do VIH” está patente não só na plataforma VIHDA.pt mas também nas Unidades de Saúde e organizações de base comunitária, onde a informação irá ser disponibilizada e compreende seis temas de interesse para as pessoas com VIH e cuidadores.

O trabalho desenvolvido pela Associação de Intervenção Comunitária, Desenvolvimento Social e de Saúde (AJPAS) alertou para a importância do rastreio e uso do preservativo, como forma de redução do risco de transmissão do VIH.

Já o Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT) pretendeu promover uma melhor adesão à terapêutica.

A associação Abraço também participou neste projeto, focando o seu trabalho nos cuidadores informais, que muitas vezes entram em cansaço extremo, alertando para a necessidade de saberem os direitos, terem empowerment, e saber que também eles podem ter ajuda.

Por sua vez, a Ser+ promoveu uma maior aceitação social e quebra do estigma associado a quem está infetado com VIH, através da disseminação do conceito indetetável = intransmissível. Preocupação partilhada pela Associação Humanitária de Saúde e Apoio Social (AHSeAS), que teve como objetivo acabar com preconceitos existentes à volta do estilo de vida dos doentes, como sejam a sexualidade ou o envelhecimento, mostrando que este pode levar uma vida perfeitamente normal, ao mesmo tempo que aborda os mitos associados à transmissão do VIH.

Por último, a Liga Portuguesa contra a SIDA também marcou a sua presença neste projeto, promovendo a estabilidade da saúde mental de todos os doentes.

‘PSOFriends – Faz uma Cena mais Divertida’ está de volta
A PSOPortugal - Associação Portuguesa de Psoríase, com apoio da Direção-Geral de Educação (DGE), lança projeto que promove o...

A sala de aula é um local por excelência de crescimento e aprendizagem. Por este motivo, a PSOPortugal desafia alunos do 2.º Ciclo, 3.º Ciclo e Ensino Secundário de todo o país a “fazer uma cena mais divertida”. Os alunos são convidados a vestir a pele de quem é psoriático, demostrando as suas capacidades de representação ao interpretar um excerto da série humorística ‘PSOFriends’.  

Falar de psoríase e conseguir a atenção das pessoas, em especial crianças e jovens, representa um desafio. Por isso, o objetivo desta iniciativa é levar estes jovens a refletir sobre as experiências e vivências de quem tem psoríase criando assim maior compreensão e empatia entre um público muitas vezes desconhecedor. Fala-se de psoríase com humor e boa disposição e assim aborda-se um assunto sério de forma descomplicada e dinâmica - através de um concurso de talentos em artes performativas.  

Para participar basta formar e inscrever a equipa de 3 a 6 alunos em www.fazumacena.pt, escolher a cena que pretendem representar, gravar a cena e submetê-la. Os 10 melhores vídeos serão selecionados por um júri e, depois de publicados nas redes sociais da PSOPortugal, a equipa com mais ‘likes’ será a vencedora. As candidaturas estão abertas até 24 de maio e os vencedores serão conhecidos no dia 1 de junho.  

Recorde-se que esta iniciativa da PSOPortugal dirigida aos jovens arrancou em 2021 com a série digital ‘PSOFriends’, criada após conhecidos os resultados de um estudo realizado junto de jovens psoriáticos que revelou a existência de uma solidão silenciosa, um sentimento de isolamento e de que são “casos únicos e incompreendidos”, entre os jovens com psoríase. A série contou como actores com um grupo de “pessoas reais”, jovens com psoríase, e contou também com Luís Filipe Borges (que também tem a doença) como argumentista e ator, usando o humor para descomplicar a psoríase, ajudar a construir auto-confiança e promover a empatia e a amizade.  

Patologia é pouco conhecida
Em vésperas do Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar, celebrado a 5 de maio, a Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar ...

Em Portugal, existem 300 pessoas registadas com hipertensão pulmonar (HP), mas estima-se que esse número seja muito superior, devido à falta de diagnóstico. Pelo facto de os sintomas serem semelhantes a muitas outras doenças e de a HP ser pouco conhecida, os doentes consultam vários médicos e são submetidos a inúmeros exames, até chegarem ao diagnóstico exato.

Quando se manifesta no sexo feminino, a HP pode ser fatal durante a gravidez. Neste sentido, as mulheres diagnosticadas em idade fértil, são aconselhadas a não engravidar, uma vez que a hipertensão pulmonar (HP) não permite a adaptação da vasculatura pulmonar à sobrecarga de volume gestacional, tornando a doença ainda mais difícil de gerir para quem tem o sonho da maternidade.

Para celebrar o mês em que se assinala o dia da HP, a Associação vai promover uma campanha de sensibilização para esta patologia, com duas vertentes: educativa - dirigida a doentes, familiares e cuidadores, e desportiva - destinada à população geral.

A vertente educativa, composta por sessões de webinares, pretende elucidar a comunidade de HP - doentes, familiares e cuidadores – sobre a patologia e promover o acesso a informação relevante para melhorar a qualidade de vida das pessoas diagnosticadas com esta doença rara, incapacitante e de difícil diagnóstico. As sessões vão decorrer nas redes sociais da APHP, contando com a presença de especialistas desta área.

Por sua vez, a vertente desportiva, insere-se na campanha internacional #GetBreathlessForPH, dinamizada por todas as Associações de doentes na Europa. Em Portugal, esta iniciativa convidará toda a população a sentir-se como um doente de HP se sente num dia normal: sem fôlego!

Através da promoção de atividade física, o evento que pretende aproximar os cidadãos comuns da realidade destes doentes, vai decorrer no Luso, nos dias 6 e 7 de maio.  O dia 6 será inteiramente dedicado aos doentes e a uma interação entre si e no dia 7 haverá um trail da Associação trilhos do Luso/Bussaco, no qual se insere a caminhada de sensibilização pela HP.

As inscrições nas atividades devem ser feitas nas redes socias da APHP. E quem se quiser juntar à caminhada de sensibilização deverá fazer a inscrição diretamente na página da Associação trilhos do Luso/ Bussaco até 30 de abril (www.trilhoslusobussaco.com ).

Cátia Rodrigues, presidente da APHP, sublinha que "dar visibilidade à HP no enquadramento do que o diagnóstico representa na vida do doente, nas várias dimensões (pessoal, familiar, social, profissional) e, consequentemente, na sua família, continua a ser o foco da Associação. Procuramos sempre salvaguardar os direitos e deveres inerentes ao doente e família, estreitando as relações de proximidade com os vários serviços de saúde especializados (Centros de referência). Reforçando o que a anterior presidente da APHP, Maria João, dizia, é de facto o nosso dever enquanto Associação que luta por melhorar a qualidade de vida destes doentes, alertar para a importância de diagnosticar precocemente a patologia. Isso passa, por exemplo, pela promoção de campanhas de sensibilização como esta que vamos desenvolver”.

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