Doenças respiratórias
A prática de exercício físico é uma das medidas que mais contribui para o bem-estar físico e emocion

A asma faz parte deste grupo de doenças e, ao contrário do que possa pensar-se, o diagnóstico desta doença não representa uma contraindicação para a prática de exercício físico. Muito pelo contrário. Independentemente da gravidade da doença, há sempre benefício associado ao exercício físico, ainda com a necessidade de eventuais ajustes em termos de intensidade ou até na escolha da modalidade mais apropriada para cada doente.

Aqui ficam, por isso, cinco boas razões para um doente asmático praticar exercício físico, elencadas por Ana Luísa Moura, coordenadora do Grupo de Interesse de Asma e Alergia no Desporto da SPAIC:

  1. A prática de exercício físico melhora a capacidade pulmonar
  2. O exercício físico promove a perda de peso que, por sua vez, ajuda no controlo da asma
  3. O exercício físico reforça o sistema imunitário, reduzindo o risco de infeções respiratórias (desencadeantes frequentes dos sintomas de asma)
  4. O exercício físico melhora o humor e reduz o stresse que, por sua vez, provoca menos sintomas de asma
  5. Após um bom aquecimento, uma pessoa com asma bem controlada pode participar em qualquer atividade física sem limitação.

Contudo, ressalva a imunoalergologista, em dias como o de hoje, em que se verifica na atmosfera a presença de elevadas concentrações de pólenes, a prática de exercício ao ar livre pode ser um fator de agravamento dos sintomas alérgicos. Por isso, fique atento ao boletim polínico e escolha as melhores condições e a localização mais apropriada para fazer o seu treino diário. De preferência, opte por um treino indoor.

Consulte o boletim polínico aqui: https://www.rpaerobiologia.com/

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Podologia
Trocar um estilo de vida sedentário por uma vida ativa é um ótimo princípio, mas para praticar ativi

A prática de exercício físico contribui para o bem-estar físico e psicológico, diminui o risco de diversas doenças, como a obesidade, a diabetes tipo 2 e as doenças cardiovasculares, ajudando a fortalecer os ossos, os músculos e as articulações. Contudo, não podemos cair no erro de desvalorizar os riscos de uma má prática desportiva e da ausência de um acompanhamento profissional, quer do ponto de vista preventivo, quer na presença de alterações, problemas e lesões.

Adjacentes à prática desportiva encontram-se alguns problemas podológicos, que com a adoção de medidas preventivas podem ser menos frequentes.

Em primeiro lugar, gostaria de falar sobre o pé de atleta, uma designação que se deve ao facto de este ser um problema comum em atletas, uma vez que os balneários e chuveiros reúnem as três condições favoráveis à proliferação dos fungos: baixa luminosidade, calor e humidade. A sua patologia mais frequente é a micose nos dedos e nos pés, provocando sintomas que incluem comichão, vermelhidão, fissuras, descamação da pele e mau cheiro. Além desta sintomatologia, a dor e a presença de bolhas de água ou pus são possíveis manifestações em casos mais graves. Utilizar chinelos nos vestuários e duches partilhados, fazer uma correta higiene diária, usar sapatilhas arejadas e que permitam uma boa ventilação, assim como secar bem os pés com a toalha, e em especial os espaços entre os dedos, são precauções a ter.

As calosidades podem também afetar os pés dos desportistas, em sequência, quer da fricção e pressão exercida durante o exercício físico, quer da utilização de um calçado apertado e inadequado à atividade praticada. Em resposta a essa “agressão”, desenvolve-se uma protuberância de tonalidade amarela, pela formação de uma camada espessa de células mortas. Para evitar as calosidades, é essencial uma hidratação diária, através da ingestão de uma quantidade suficiente de água e da aplicação de um creme ou loção hidratante, após o banho, uma vez que a pele estará limpa com os poros dilatados.

A prática de atividade física com sapatilhas apertadas potencia ainda a onicocriptose, reconhecida como “unha encravada”, uma vez que se verifica uma compressão dos dedos e uma maior pressão nesta região, fazendo com que a unha cresça dentro da pele circundante do dedo, perfurando-a. Escolher uma sapatilha adaptada à largura e morfologia do pé, de forma a conseguir mexer livremente os dedos, com uma margem de aproximadamente um centímetro entre o dedo grande e a ponta do sapato, bem como cortar as unhas em linha reta são ações preventivas.

Em resultado da inflamação da fáscia plantar, uma banda de tecido fibroso que liga o calcanhar aos dedos, a fasceíte plantar é um problema relativamente comum no universo desportivo, particularmente nos desportos que envolvam corrida, devido à elevada tensão e uso excessivo da fáscia plantar, responsável por absorver os choques no impacto do pé contra o solo. Para escapar a esta que é uma das causas mais comuns de dor na planta do pé e o motivo mais comum de dor no calcanhar, é crucial a realização de exercícios de aquecimento.

O aquecimento é também muito importante para prevenir a entorse do tornozelo, tal como os exercícios de alongamentos. Ocorrendo na sequência de uma queda, desequilíbrio ou salto que leva a uma rotação extrema do membro inferior e a uma sobrecarga dos ligamentos, a gravidade desta lesão depende do número de ligamentos afetados e se ocorreu, ou não, rutura dos mesmos.

A escolha das meias é igualmente importante para evitar eventuais problemas nos desportistas. Quanto ao material, as meias devem ser de fibras naturais, preferencialmente de algodão, que ajudam a absorver a humidade, diminuindo o risco de infeções. Para praticar atividade física sem bolhas, que são resultantes do atrito entre as sapatilhas, as meias e os pés, deve substituir-se as meias grossas e rijas por meias sem costuras e adequadas ao tamanho do pé.

Se as recomendações não forem suficientes para evitar estes problemas nos pés, em caso de dores frequentes e aos primeiros sinais de alarme, consulte um Podologista para uma análise, diagnóstico e tratamento adequado, capaz de precaver complicações subsequentes. Os atletas devem, pelo menos, de seis em seis meses recorrer a este profissional, de forma a prevenir e tratar alterações nos pés que podem colocar em causa a sua performance desportiva. Este especialista pode ainda aconselhar o paciente relativamente à escolha do calçado e avaliar a possibilidade de confeção de palmilhas personalizadas.

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Estudo
No âmbito do Dia Mundial da Saúde, que se assinala amanhã, a Intrum os dados do seu estudo European Consumer Payment Report,...

A ocupar o lugar de destaque de prioridades, encontramos as despesas com água, gás e eletricidade (29%), seguidas das obrigações com hipotecas (23%) e rendas de habitação (23%). Por outro lado, como setores menos prioritários surgem as compras online (1%), os custos com cuidados infantis (3%) e as despesas com acesso à Internet (3%).

Os dados revelam que apenas 5% dos portugueses considera o setor da saúde como a principal prioridade nos seus gastos mensais. Mesmo assim, este número é superior ao registado no ano anterior (4,4%) e vai ao encontro da média europeia (também 5% em 2022).

Se estivessem numa situação em que não havia alternativa senão falhar o pagamento de uma conta/fatura, 13% dos inquiridos portugueses revelaram que escolheriam não pagar as faturas relativas a despesas de saúde. Valor em linha com a média europeia (13%). As faturas com maior probabilidade do seu pagamento ficar para trás e que figuram no topo da lista, são as relativas a serviços de internet e compras online – ambas com 40%.

Luís Salvaterra – Diretor-Geral da Intrum Portugal – alerta ainda que “A deterioração contínua do ambiente económico está a afetar os consumidores tanto material quanto mentalmente. O nosso estudo mostra uma deterioração significativa nas finanças do consumidor, com um número cada vez maior de pessoas a lutar por pagar as suas contas, sendo forçadas a tomar decisões sobre quais vão incumprir. Sem dúvida, veremos mudanças marcantes nos gastos e no comportamento do consumidor como resultado destas pressões. A inflação generalizada e o aumento das taxas de juros continuam a ser uma grande preocupação. ”

 

“Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos”
Para assinalar o Dia Mundial da Saúde e o segundo aniversário do programa “A Saúde Alimenta-se”, a CUF e o Pingo Doce...

O cancro é a segunda causa de morte em Portugal, tendo os casos oncológicos aumentado cerca de 20% na última década, de acordo com o Registo Oncológico Nacional. É neste contexto que a CUF e o Pingo Doce disponibilizam, agora em flipbook e de forma gratuita, o livro “Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos”, lançado em fevereiro deste ano e cuja primeira edição impressa esgotou nas lojas Pingo Doce. Face ao interesse gerado pelos conteúdos e a elevada procura registada, e para que todos os pacientes e respetivas famílias tenham acesso a este livro, a CUF e o Pingo Doce viabilizam-no agora também online e de forma gratuita. Destaque-se que, sensivelmente, 90% dos cancros estão relacionados com o ambiente e hábitos pouco saudáveis, como a alimentação, o que reforça a necessidade de sensibilizar os portugueses para o papel que os alimentos podem desempenhar na saúde, quer a nível de prevenção quer de tratamento.

De acordo com Maria João Coelho, Diretora de Marketing do Pingo Doce, “é por reconhecermos a mais-valia que este livro representa para todos os que dele necessitam e que possam beneficiar do conhecimento que o Pingo Doce acumulou, ao longo de mais de 40 anos, enquanto especialista alimentar, que disponibilizamos agora, dois meses após o lançamento do formato físico, a versão online e gratuita. Partilhamo-la com a esperança de que possa fazer uma diferença positiva na vida dos doentes oncológicos, das suas famílias e cuidadores”.

Para Ana Allen Lima, Diretora de Marketing da CUF, “Na CUF acreditamos que promover a saúde e a qualidade de vida dos doentes oncológicos não passa apenas pela prestação de serviços de saúde de elevada qualidade, é também importante promover a literacia em saúde junto da sociedade. Levar conhecimento e experiência a mais pessoas é parte do propósito que a CUF assumiu há 4 décadas, quando foi o primeiro prestador de saúde privado a tratar o cancro em Portugal e que reafirmamos, agora, através da disponibilização gratuita deste livro. Estar ao lado dos doentes, das suas famílias e cuidadores é e será uma prioridade para a CUF, acompanhando-os na resposta aos desafios que atravessam durante o processo da doença oncológica”.

Recorde-se que “Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos” surgiu no âmbito do programa “A Saúde Alimenta-se”, parceria que une a CUF e o Pingo Doce em prol da promoção da saúde pela alimentação, e compila 100 receitas baseadas nos princípios da Dieta Mediterrânica, organizadas em função dos dez principais sintomas e questões alimentares com que os doentes oncológicos em tratamento se deparam. Este livro alia o conhecimento científico de profissionais de saúde da CUF à experiência na área alimentar de especialistas em nutrição do Pingo Doce, e pretende ajudar os doentes e as suas famílias na gestão, através da alimentação, dos principais sintomas associados às diferentes etapas do cancro e respetivos tratamentos.

A segunda edição do livro “Receitas e Conselhos de Saúde para Doentes Oncológicos” está disponível em mais de 300 lojas Pingo Doce em todo o país, para quem preferir adquirir um exemplar físico. O acesso ao livro em formato digital pode ser feito aqui.

Opinião
O efeito positivo da prática de exercício físico na promoção da saúde mental há muito que se tornou

“O desporto envolve o esforço físico e o desenvolvimento das capacidades, apresenta competitividade e cultiva a consciência competitiva” (Wang et al., 2023, p. 2). Ou seja, as nossas emoções afetam, diretamente, o nosso estado físico e mental, tal como a disposição para fazer exercício físico. Em termos práticos, uma noite mal dormida ou um dia em que nos sintamos mais tristes, isso vai afetar o nosso rendimento no exercício físico.

“Pessoas que vivem com esquizofrenia, transtorno bipolar e desordens afetivas são menos ativas fisicamente do que a população em geral e passam mais tempo de forma sedentária” (Walker et al., 2023, p. 1). A explicação sobressai da experiência e do convívio com estas pessoas que, tantas vezes, exprimem sentimentos depressivos, problemas familiares e financeiros, dificuldades em dormir... perante tal cenário, a predisposição para o exercício físico é francamente pequena, ou nula. A par dos problemas que enfrentam dentro de portas, a OMS ainda acrescentou que “as pessoas com problemas de saúde mental graves representam uma população marginalizada que enfrentam a exclusão, o estigma e o acesso limitado a muitos aspetos da vida” (2022). Não é difícil perceber que a consequência é o afastamento da prática de exercício físico e a escolha por uma vida sedentária. O desafio é, então, perceber e desenvolver formas de incentivar as pessoas diagnosticadas com doença mental a praticar exercício físico. Seria muito mais simples se existisse uma fórmula matemática que nos ajudasse a aproximar de todas as pessoas. Chegamos à conclusão de que, mesmo sendo diagnosticada a mesma doença, elas são diferentes e devemos conhecê-las a fundo.

Estes anos de trabalho na RECOVERY IPSS mostraram-me que a aula de atividade física vai mais além da procura do corpo perfeito. As aulas devem sempre ser adaptadas consoante o estado emocional dos alunos e os gostos de cada um. Muitas vezes, uma simples caminhada tem mais benefícios do que uma aula de força pois os alunos sentem-se mais motivados e acabam por participar de uma maneira mais leve. Um jogo de futebol, jogos didáticos, dança tradicional podem, perfeitamente, substituir as aulas de aeróbica, aulas de cardio e, até mesmo, treino intensivo. O resultado final acaba sempre por ser cumprido, apenas temos que mudar a estratégia da aula. A partir do momento em que os profissionais de desporto conseguem olhar para a população de uma maneira mais empática, conseguem chegar e ajudar a todos de forma a manter sempre os excelentes resultados.

O desporto deve chegar a todos independentemente das suas limitações. Só assim conseguiremos diminuir os níveis de sedentarismo em que nos encontramos e lutar com a exclusão social.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial da Atividade Física
A celebração de efemérides, deve entre outras coisas, servir para chamar a atenção dos decisores pol

Assim, neste dia em que se celebra o Dia Mundial da Atividade Física, não é possível ficar indiferente ao último relatório da Organização mundial da saúde (OMS) acerca deste tópico. No Global Status Report on Physical Activity 2022”, verificamos que 87% das mortes no nosso país, são atribuídas a doenças crónicas não transmissíveis. Considerando que a OMS aponta a inatividade física como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento das doenças crónicas não transmissíveis e de morte, são ainda mais impressionantes os números da inatividade física da população portuguesa. Neste relatório, os nossos adolescentes (i.e 11-17 anos) rapazes apresentam níveis de inatividade de 78% e a percentagem sobe para 91% quando consideramos as raparigas.

 Neste país à beira-mar plantado, onde em muitas cidades, houve um enorme investimento no desenvolvimento de ciclovias e passeios marítimos, onde o clima e a beleza natural são claramente favoráveis à prática de exercício físico ao ar livre, estamos claramente a falhar, pelo menos, no que diz respeito a incutir essa “necessidade” de sermos ativos aos nossos jovens.

 Em alguns países, têm vindo a ser desenvolvidos programas de incentivo à prática desportiva, principalmente dirigidos às crianças/jovens, para incutir o “gosto” pela atividade física e a adoção de estilos de vida saudável desde cedo no ciclo de vida. Vale a pena olharmos para programas como é exemplo o “PLAY 60” Activity Initiative for Kids, desenvolvido nos EUA numa parceria entre a American Heart Association e a National Football League e que visa incentivar as crianças a praticar 60 minutos ou mais de atividade física moderada a vigorosa diariamente.

Se os benefícios do Exercício Físico são claros em relação ao controlo do peso e à prevenção das doenças cérebro e cardiovasculares (principal causa de morbimortalidade em Portugal), já os benefícios nas outras doenças são menos conhecidos. De qualquer forma já existe evidência robusta, baseada em meta-analises, a mostrar benefício na prática de exercício físico regular na redução de neoplasias, nomeadamente no cancro da mama, do colon, do estômago, do rim, etc… E os benefícios não se ficam por aqui, são inúmeros. Saliento também os já demonstrados benefícios na redução da incidência de depressão, mesmo com atividade física reduzida (i.e redução de 25% no risco de desenvolver depressão apenas com 2,5h de caminhada a passo rápido e um benefício de 18% com metade dessa atividade).

Já a quantidade de exercício necessário para obter benefício, pode genericamente ser considerado pelo apresentado nas recomendações da Sociedade Europeia de Cardiologia, que sugerem a realização de 150-300min de exercício físico/moderado por semana ou 75-150min de exercício/vigoroso por semana. Este exercício deve ser aeróbico. Naturalmente que o mesmo deve ser adaptado à condição física e à eventual patologia/ limitação que cada um possa ter, pelo que está recomendado que, antes de iniciar um programa de exercício físico, consulte o seu médico para delinear um programa adaptado à sua condição física.

Não precisamos, portanto, de ser atletas de alta competição para termos benefícios na nossa saúde, alias, a maioria dos estudos foram feitos com exercício de lazer/recreativo.

Está assim nas nossas mãos adotar estilos e vida saudável, aproveitando a beleza natural e o clima do nosso país, para em família e com os amigos, termos uma vida mais douradora e um envelhecimento ativo saudável e livre de doença.

 

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Análise do Portal da Queixa
Problemas no atendimento, tratamento clínico indevido, dificuldades no agendamento, cobrança indevida e falta de informação...

No primeiro trimestre do ano, foram dirigidas às entidades de saúde públicas e privadas quase 1.300 reclamações, um crescimento na ordem dos 62% face a 2019, revela uma análise do Portal da Queixa ao setor da Saúde. Problemas no atendimento, tratamento clínico indevido, dificuldades no agendamento, cobrança indevida e falta de informação estão entre os principais motivos de reclamação dos utentes. Os prestadores de saúde privados são os que absorvem mais queixas, registando uma subida na ordem de 220%, em relação a 2019.

Em Portugal, continua a aumentar a insatisfação dos utentes com os prestadores de cuidados de saúde do sistema público e do sistema privado, revela um estudo do Portal da Queixa efetuado por ocasião do Dia Mundial da Saúde, que se assinala a 7 de abril.

Entre os dias 01 janeiro e 31 março de 2023, foram registadas no Portal da Queixa 1.298 reclamações relacionadas com a área da Saúde, um crescimento na ordem dos 62% em comparação com o mesmo período de 2019, ano de pré-pandemia, onde se registaram 806 queixas contra o setor da Saúde.

Segundo a análise do Portal da Queixa, entre os principais motivos de reclamação dos utentes dirigidos às entidades de saúde do sistema público estão: a demora no atendimento, a gerar 37,2% das queixas; o tratamento clínico indevido (31,2%); a dificuldade no agendamento de procedimentos (19,5%) e a falta de informação (6%).

Relativamente ao sistema privado, a motivar a insatisfação sobre os prestadores de cuidados de saúde estão sobretudo queixas por cobrança indevida (20,1%); a demora no atendimento (19,1%); a falta de informação (12,1%) e o tratamento clínico indevido a recolher 9,1% das reclamações geradas no primeiro trimestre. 

Sistema privado é o mais reclamado com subida de 220%

De acordo com os dados referentes aos serviços prestados por hospitais públicos e privados, centros de saúde e clínicas médicas, verificou-se que o sistema privado é o mais visado, ao ser alvo de 480 reclamações durante o primeiro trimestre, registando uma variação de crescimento de 220%, em relação ao mesmo período de 2019, onde registou apenas 150 queixas. No sistema público, observa-se a mesma tendência, com uma subida na ordem dos 28,41%. Foram 352 reclamações em 2019 e, 452 queixas este ano.

Pediatria é a especialidade com mais queixas

No estudo, foram ainda identificadas as especialidades de saúde – do setor público e privado – que reúnem o maior número de reclamações. A Pediatria é a área que absorve mais queixas (18,8%); segue-se a Obstetrícia (9,4%), os serviços de Ortopedia (7,4%), a Urologia (7,4%), e as especialidades de Oftalmologia e Oncologia, ambas a acolher 5,7% das reclamações dos utentes.

Os dados analisados permitiram aferir que, das 1.298 reclamações que chegaram ao Portal da Queixa, 66,52% foram registadas por utentes do género feminino e 33,48% pelo género masculino. Entre as faixas etárias que mais se queixaram, destacam-se as pessoas entre os 35-44 anos, responsáveis por 84,6% das reclamações geradas no primeiro trimestre deste ano.

Recorde-se que, em 2022, o Portal da Queixa recebeu mais de 5.000 reclamações dirigidas ao setor da Saúde, com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) a liderar com 2.044 queixas registadas (51,25%). 

De referir que, para este estudo, foram analisadas 12 subcategorias e 299 entidades de saúde do sistema público e privado. ​​​​​

 

“Encontre Uma Saída”
A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) lança esta quinta-feira, véspera do Dia Mundial da Saúde, o renovado portal “Encontre...

“O objetivo é ajudar quem precisa dos serviços de um psicólogo a encontrar os contactos mais facilmente, consoante as necessidades mais específicas que possa ter. Neste Dia Mundial da Saúde que se aproxima é importante lembrar que não há saúde sem saúde psicológica e que os serviços dos psicólogos devem estar acessíveis à população”, alerta o Bastonário da OPP Francisco Miranda Rodrigues.

Este novo portal, focado em ajudar a população a encontrar um psicólogo, tem agora um novo motor de busca. Permite pesquisar através da localidade, especialidade ou tipo de ajuda que procura.

 

Estudo do McKinsey Health Institute
A noção de ser ou não saudável já não se restringe apenas à ausência ou presença de doença – de acordo com o mais recente...

O estudo analisou as respostas de 19 mil inquiridos de 19 países de todo o mundo, mostrando que, atualmente, a perceção da saúde é mais ampla: no momento de avaliar se são ou não saudáveis, os inquiridos mostram valorizar as quatro dimensões da saúde. No caso da saúde física e mental, 85% dos inquiridos classificam-nas como sendo muito ou extremamente importantes. O mesmo sucede com a saúde social e a saúde espiritual, também classificadas como muito ou extremamente importantes, num total de 70% e 62%, respetivamente.

O estudo evidencia uma tendência para a desconstrução do conceito de saúde: 40% dos inquiridos que relatam sofrer de alguma doença continuam a classificar a sua saúde como sendo boa ou muito boa, justificando a ideia de que ser-se saudável não se restringe apenas à ausência ou presença de doença, mas a um conjunto de diferentes fatores que contribuem para que se sintam efetivamente saudáveis. Por outro lado, mais de 20% dos indivíduos que não identificam qualquer doença, consideram estar bem, mal ou muito mal de saúde.

Estes dados permitem retirar duas conclusões: por um lado, as pessoas nem sempre se definem ou se sentem limitadas pelas suas condições físicas e psicológicas. Por outro, poderão estar mais direcionadas a viver as suas vidas de acordo com os seus interesses (por exemplo, desempenhar tarefas que considerem significativas), do que focadas na presença ou ausência de doença.

A pesquisa conduzida pelo McKinsey Health Institute (MHI) revela, também, que a idade nem sempre está diretamente relacionada com os níveis e perceções de saúde. Dos inquiridos com idades compreendidas entre os 18 e os 24 anos, 70% declararam boa ou muito boa saúde no geral, e 60% das pessoas com idades compreendidas entre os 75 e os 84 anos atribuíram a mesma classificação. Por outro lado, em 15 dos 19 países analisados, os grupos etários mais velhos atribuíram pontuações mais elevadas do que os mais jovens em algumas dimensões da saúde, nomeadamente a saúde mental.

Globalmente, verificou-se um acréscimo de 10% dos inquiridos com mais de 65 anos que classificaram a sua saúde mental como boa ou muito boa, por comparação aos entrevistados entre os 18 e os 24 anos. O mesmo se verifica no caso da saúde social: um maior número de indivíduos com menos de 24 anos relatou ter saúde social regular ou fraca, por oposição aos inquiridos com mais de 65 anos.

O estudo revela ainda que os inquiridos que vivem em países com maior esperança de vida à nascença não se consideram necessariamente mais saudáveis. Entre os 19 países consultados nesta pesquisa, o Japão apresenta a maior esperança de vida, mas a classificação que estes entrevistados atribuem à sua saúde é mais baixa.

Por outro lado, concluiu-se que a perceção da saúde e o rendimento familiar estão positivamente ligados na maioria dos países – quanto mais as pessoas ganham, maior e melhor é a perceção do estado da sua saúde.

Quanto ao apoio, em todos os países contemplados, os indivíduos com doenças reportam um menor apoio à saúde do que aqueles que não têm doenças.

De forma geral, tanto as mulheres como os homens inquiridos relataram níveis semelhantes em termos do apoio à saúde, desde sistemas de saúde a família e amigos. Curiosamente, os homens de países com rendimentos médios mais elevados revelam obter um maior apoio à saúde por parte dos sistemas de saúde privados e públicos, por comparação àquele que é atribuído às mulheres.

Em suma, a pesquisa levada a cabo pelo McKinsey Health Institute conclui que a adoção de uma abordagem mais abrangente da saúde é fundamental para gerar mudanças duradouras, significativas e com impacto nas atitudes e ações da sociedade, permitindo alcançar, dessa forma, melhores níveis de saúde. Se indivíduos, empresas e países alargarem a sua compreensão da saúde, podem vir a colher benefícios em termos de esperança e qualidade de vida.

Perfusão Hipotérmica Oxigenada
Vai ter lugar no dia 11 de abril, no Hotel Coimbra-Aeminium, a I Jornada Nacional HOPE (Perfusão Hipotérmica Oxigenada)...

O evento é organizado pela Bridge to Lifei, tem o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Transplantação e a colaboração da Unidade de Transplantes Hepáticos (Adultos) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Relembra-se que o CHUC apresentou o equipamento VitaSmart, pela primeira vez em Portugal, em agosto de 2020, equipamento desenhado para permitir a perfusão hipotérmica oxigenada de fígado e rim para fins de transplante.

 

 

Seminário em Coimbra
Investigadores reunidos em Coimbra defenderam a criação da figura do eticista no âmbito dos estudos de Pesquisa-ação...

Este eticista (especialista em ética) «emitiria continuamente julgamentos sobre ética e códigos de ética relacionados com o estudo [em desenvolvimento]», tendo «a confiança expressa dos comités de Ética, de tal forma que possibilitasse a prossecução, ou não, do estudo com base nesse julgamento ético», defendem os investigadores portugueses (16 de Coimbra, Guarda, Leiria, Porto e Viseu), de Espanha (2 de Sevilha) e do Brasil (12 de Porto Alegre, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondónia e Santa Cruz do Sul), que se reuniram, durante um dia, no Seminário Maior de Coimbra.

Os participantes naquele colóquio, para reflexão crítica sobre a Pesquisa-ação Participativa em Saúde (PaPS) e sua interseção com o Direito Biomédico, notam que a figura do eticista «já existe, para apoiar processos clínicos (variações de género), ensaios clínicos (especialmente na área da genética e de inteligência artificial) e nas questões de emergência em saúde publica». E que seria, pois, «uma área a desenvolver para apoiar os estudos com abordagem de PaPS».

Adendas aos protocolos de pesquisa exigem às comissões de Ética mais agilidade nos pareceres

Se «fazer pesquisa exige investigadores éticos», fazer «pesquisa experimental exige um cuidado especial com as questões de sigilo do estudo, exposição ao placebo e divulgação dos resultados», notam aqueles investigadores, que alertam que, «tratando-se de PaPS, o protocolo de pesquisa não pode estar fechado aquando da submissão ao Comité de Ética».

Em alternativa, os investigadores propõem que a «aprovação inicial» dos protocolos de pesquisa seja «feita depois de validada pelo grupo-alvo» e que se façam «adendas» sempre que «introduzidos [novos] instrumentos de recolha de dados». «Contudo», advertem que tal «exigiria das comissões de Ética mais agilidade nos pareceres».

O seminário “A pesquisa com pessoas” teve a coordenação da professora da ESEnfC, Irma Brito, do diretor do CDB e professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), André Dias Pereira, e da professora da UHU, Maria do Céu Barbieri-Figueiredo.

Participaram, ainda, neste seminário, entre outros especialistas, João Emanuel Diogo (Laboratório de Racionalidade e Ética Aplicada, projeto acolhido pelo Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), João Remédio Marques (FDUC), João Pedroso de Lima (ex[1]Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), Maiquel Wermuth (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ) e Radmyla Hrevtsova (Taras Shevchenko National University of Kyiv).

O encontro, no âmbito do projeto estruturante Peer Education Engagement and Evaluation Research (PEER), que está inscrito na Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, pertencente à ESEnfC, contou com o apoio da International Collaboration for Participatory Health Research (ICPHR, www.icphr.org), a cujo comité executivo também pertence a professora Irma Brito.

 

Doença rara pouco conhecida
A campanha de consignação do IRS da ANGEL Portugal tem como objetivo aumentar a verba disponível para apoiar a comparticipação...

Com a entrega da declaração de IRS qualquer pessoa pode optar por “doar” parte do IRS, sem quaisquer custos, à ANGEL Portugal. Mas sabia que, caso tenha lugar a reembolso, não se recebe menos por “doar”? Da mesma forma se tiver de pagar imposto adicional, não paga mais por isso.

O processo é simples: basta indicar a ANGEL Portugal na declaração de rendimentos (quadro 11, Modelo 3) com o NIF 510133355 ou, no caso do IRS Automático, na área “Pré liquidação”.

O apoio às pessoas com Síndrome de Angelman e às suas famílias tem sido concretizado, essencialmente, através de 3 iniciativas:

Bolsas Terapêuticas - Sem cura, a melhoria dos sintomas e qualidade de vida destas pessoas depende do recurso a terapias que assumem, não raras vezes, um custo difícil de comportar para as famílias. A ANGEL Portugal atribui anualmente, mediante a análise e avaliação de candidaturas submetidas a esta iniciativa, uma bolsa que comparticipa parte do custo mensal destas terapias.

Programa Descanso do Cuidador - Ter um filho com Síndrome de Angelman implica um estado de alerta constante e permanente. Os problemas de sono associados obrigam, ainda, à privação de sono por parte dos seus cuidadores o que, por vezes, conduz a estados de enorme desgaste e cansaço. A ANGEL Portugal procura proporcionar momentos de descanso aos seus cuidadores, de modo a revigorarem as suas energias ao mesmo tempo que oferece programas de verão adequados a estas crianças, jovens e adultos.

Bolsas de Investigação - Contribuímos para a procura de um tratamento eficaz para esta condição genética comparticipando a investigação e estudos científicos nesta matéria mediante a atribuição de bolsas de investigação

O apoio de todos é muito importante para ajudar a melhorar a vida destes jovens e famílias. Prova disso são os pais do Artur, Elsa e João, que referem “A associação tem um impacto bastante positivo nas nossas vidas, pois sabemos que não estamos sozinhos e que há um grupo de pais e de famílias que passam pelos mesmos dramas que nós e que partilham as suas experiências boas e menos boas connosco e neste caso toda a informação que possamos ter é fulcral.”

Também a Cláudia e Bruno, pais da Francisca, afirmam que “a ANGEL tem sido muito importante para nos ajudar a esclarecer as nossas dúvidas e medos. A Francisca tem sido muito apoiada em termos de ajudas de terapia pela ANGEL, o que ajuda muito a nossa família em termos financeiros. Seremos eternamente gratos.”

Ablação neurológica
Com o objetivo contínuo de aperfeiçoar a prática clínica, com recurso a meios cada vez mais avançados e menos invasivos, o...

Pese embora estes médicos já utilizassem POCUS nas suas cirurgias e técnicas diagnósticas, a experiência e conhecimento aprofundado do Dr. Simão Serrano, nesta área, veio contribuir para que os cirurgiões ortopédicos possam fazer abordagens ecográficas ainda mais precisas, em torno de estruturas anatómicas mais exíguas e pormenorizadas, minimizando riscos para os doentes e proporcionando-lhes uma melhor qualidade de vida. 

Sendo estas técnicas vantajosas na redução e até mesmo eliminação da dor, nomeadamente da dor articular, o Dr. Simão Serrano considera que neste contexto “é hoje possível eliminar a dor de uma articulação, por exemplo de um punho, ombro, joelho ou anca, localizando através da ecografia os nervos periféricos, isto é, os nervos que levam a informação da dor ao cérebro, e inutilizando-os por radiofrequência térmica ou crioablação, o que permite atuar apenas na dessensibilização da dor, sem interferir com a função sensitiva ou motora do doente”. Após este tratamento não existe qualquer limitação de movimentos ou restrição de atividades. 

Segundo a Dra. Cláudia Santos, nas intervenções por ela conduzidas, foi feita uma “abordagem do punho e mão, com recurso a este meio, nomeadamente: bloqueios de nervos periféricos, suplementações de túneis cárpicos e suplementações articulares, inclusive da articulação do polegar, rizartrose, doença muito frequentemente na nossa população. 

Já as intervenções do Dr. Diogo Pascoal visaram “aumentar a precisão da suplementação articular da anca e o tratamento da dor crónica do joelho, eliminando a dor, mas preservando as funções destas articulações e diminuindo riscos ou efeitos secundários”. 

Salientar que a melhoria dos resultados finais, proporcionada por estas técnicas menos invasivas, representa uma solução para muitos doentes, que por algum motivo não têm indicação ou condições para se submeterem a uma cirurgia mais complexa e desta forma conseguem eliminar a dor, preservando a mobilidade e a sensibilidade. 

Estudos
O Serviço de Anestesiologia do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ), foi distinguido com o Prémio António Meireles,...

De acordo com a nota do CHUSJ, o projeto tem como objetivo "avaliar se os doentes frágeis, submetidos a cirurgia eletiva, são mais suscetíveis ao desenvolvimento de hipotensão intraoperatória e mortalidade aos 30 dias. Dos dados avaliados, salienta-se que na nossa população não existiu evidência da associação entre fragilidade e o desenvolvimento ou duração cumulativa de hipotensão intraoperatória. Contudo a fragilidade, avaliada pela Clinical Frailty Scale, associou-se à diminuição da sobrevida aos 30 dias, corroborando o uso rotineiro desta ferramenta e destacando a importância da avaliação pré-operatória da fragilidade".

O Serviço de Anestesiologia viu atribuído, ainda, o 1º prémio para melhor investigação com o estudo “ Features from puppilary reflex dilation and neural networks classification of remifentanil effect". Um trabalho que utilizou métodos de machine learning (neural networks) para estimar a concentração de opióides utilizados no intraoperatório, melhorando a capacidade de individualizar a analgesia dos utentes durante as cirurgias. “A investigação permitiu, também, otimizar a o processamento deste sinal fisiológico e expandir a sua utilização noutros contextos clínicos”, pode ler-se.

 

Entre 19 e 21 de abril
Embalagens de futuro a partir da folha de oliveira e casca de camarão e um Cantinho da Gastronomia Molecular. Estas são duas...

“A Semana Aberta é uma iniciativa que mobiliza docentes, investigadores e estudantes da faculdade para, de uma forma rigorosa e ao mesmo tempo leve e até divertida, demonstrar que a ciência está presente nas nossas vidas e contribui decisivamente para a nossa saúde e bem-estar,” salienta Paula Castro, diretora da Escola Superior de Biotecnologia. “Ao longo de 20 anos já recebemos mais de 30 mil alunos do secundário nesta iniciativa anual que divulga bioengenharia, microbiologia, nutrição e biomedicina junto de um público mais jovem,” acrescenta.

São quase 30 as atividades programadas e os alunos vão poder descobrir, por exemplo, o que se esconde nos alimentos que comem diariamente, quer de saudável quer de menos bom! Tornam-se detetives que desvendam o mistério de um surto alimentar e descobrem se conseguem organizar o frigorífico. Também vão partir em busca dos aromas presentes nos alimentos enquanto tentam não se deixar enganar, pois nem tudo é o que parece! Vão aprender mais sobre a água e como ela torna a vida possível, sobre o aproveitamento de resíduos para criação de novos alimentos e medicamentos e ainda sobre a análise dos seus impulsos bioeletrónicos. Para cuidar de feridas crónicas vão descobrir soluções, no mínimo, originais, e para fazer compras no supermercado terão de descobrir truques que revelam a verdade perdida na publicidade.

A diretora da Escola Superior de Biotecnologia refere também: "Levamos a sério a nossa responsabilidade de transmitir conhecimento à comunidade. Ao longo do ano marcamos momentos que elevam a literacia científica: desde as olimpíadas de biotecnologia ao concurso da defesa dos oceanos, do convite para uma semana de imersão em nutrição ao encontro para conhecer a realidade da vida dos cientistas, são inúmeras as iniciativas dinamizadas e a reação de escolas, professores e alunos revela-se sempre gratificante."

Semana Aberta da Escola Superior de Biotecnologia decorre de 19 a 21 de abril, no Edifício de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto.

 

Dia Mundial da Atividade Física assinala-se a 6 de abril
A preocupação com a saúde deve ser uma das principais prioridades das pessoas.

Segundo do Instituto Nacional de Estatística (INE), mais de metade da população portuguesa com idade superior a 18 anos tem excesso de peso ou obesidade. Os números tornam-se ainda mais alarmantes se estudarmos os cenários associados a este “simples” acumular de gordura: 70% das pessoas com obesidade também tem esteatose hepática, mais conhecida como fígado gordo.

Mas porque é que o fígado gordo é tão prejudicial? Não será apenas gordura semelhante à acumulada em outras regiões? A resposta é simples. Ter gordura no fígado é abrir portas para que esteja a comprometer o funcionamento deste órgão. A esteatose hepática surge de forma silenciosa e evolui sem que se aperceba, podendo causar lesões mais complicadas de tratar e progredir para o estado de cirrose, uma doença hepática sem reversão, especialmente nos doentes mais velhos.

No entanto, ainda que os problemas do fígado deem poucos ou nenhuns sinais até se entrar na fase descompensada, é essencial que esteja atento a sintomas como:

  • Olhos e pele amarelada (icterícia);
  • Inchaço na barriga proveniente da acumulação de líquidos (ascite);
  • Manchas roxas na pele (equimoses);
  • Dor na região superior direita do abdómen;
  • Urina escura;
  • Fezes claras ou esbranquiçadas.

Por mais que estas doenças se comecem a manifestar tardiamente e com gravidade, a prevenção deve estar na ordem do dia, através das recomendações dos especialistas na área. Alimentação saudável, consumo muito ligeiro de álcool e a prática regular de exercício físico, são as medidas mais benéficas para fazer a manutenção da saúde do fígado e do organismo.

No caso da prática desportiva, existem várias formas para se manter ativo e evitar o fígado gordo, seja através de exercícios aeróbicos (correr, caminhar, andar de bicicleta e saltar à corda) ou de treinos de força, sendo que alguns estudos apontam que o fortalecimento muscular pode contribuir para a redução de gordura deste órgão em apenas poucas semanas.

Não fique sentado à espera de que a saúde do seu fígado se deteriore. Tome a iniciativa de ser ativo, estabelecendo objetivos realistas, que mais facilmente se irão adequar ao seu estilo de vida a longo prazo.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Mais olhos na Barriga”
“Mais olhos na Barriga – O intestino é o nosso segundo cérebro” é a mais recente plataforma de saúde digital dedicada...

Este guia de informação útil promete oferecer uma navegação simples ao utilizador, ajudando-o a esclarecer dúvidas/questões/preocupações que possam existir sobre os diversos órgãos do sistema digestivo, que se estende da boca ao ânus. Estão prometidos vídeos interativos, de 1-2 minutos e que pretendem explicar de forma simples alguns dos principais temas; artigos sobre variados temas ligados ao nosso sistema digestivo, conselhos úteis, perguntas frequentes e, ainda, a possibilidade do utilizador entrar em contacto, caso alguma questão não fique esclarecida com os diversos conteúdos disponíveis na plataforma.

O Intestino é o nosso segundo cérebro

Diferente de qualquer outro órgão do nosso organismo, o intestino pode funcionar sozinho e até tem um sistema nervoso próprio chamado sistema nervoso entérico (SNE), que possui os seus próprios circuitos neurais, controlando diretamente o sistema digestivo. É por isso que o intestino é muitas vezes chamado de “segundo cérebro” e a ciência tem vindo a explicar o quão complexo e importante é este órgão, com mais de 500 mil células nervosas, que permite o desempenho de inúmeras funções que vão além da digestão, como por exemplo, a absorção de alimentos, a movimentação do bolo alimentar e a produção de neurotransmissores importantes e fundamentais para o funcionamento do organismo.

O lançamento da plataforma “Mais olhos na Barriga” é o mais recente projeto de responsabilidade social da Jaba Recordati e vai estar inserida num microsite na página de internet da empresa farmacêutica. De acordo com Rui Rijo Ferreira, diretor de Marketing da Jaba Recordati “a internet é sem dúvida uma ferramenta cada vez mais próxima e acessível, daí a aposta da empresa no desenvolvimento de uma plataforma online que permita a todos em geral ter acesso a um conjunto de informações credíveis sobre o intestino que é, não raras vezes, subestimado, mas a influência do seu bom funcionamento em todo o organismo é inquestionável. Estamos certos de que o “Mais olhos na Barriga” será uma mais-valia para o público em geral conhecer melhor os segredos do seu segundo cérebro”.

11 de abril no Auditório do Infarmed
A propósito do Dia Mundial da Doença de Parkinson, que se assinala anualmente a 11 de abril, a Associação Portuguesa de Doentes...

O evento conta a participação de vários especialistas, que explicarão de forma simples diversos aspetos da Doença de Parkinson: tratamento, cirurgia, terapia da fala e fisioterapia. A inscrição pode ser realizada através do número 939053378 ou pelo email [email protected].

O evento tem início às 10h30 e termina às 16h30, com um lanche para todos os presentes. Será composto pelas seguintes sessões:

  • 10h45: “O doente na relação médico-doente – o que importa?”, com o Prof. Vaz Carneiro
  • 11h30: “Doença de Parkinson: da causa aos remédios”, com Prof. Joaquim Ferreira
  • 12h15: “Cirurgia na Doença de Parkinson: Como, quando e para quem?”, com o Prof. Rui Vaz
  • 14h45: “Terapia da fala na doença de Parkinson - Porquê? Para quê? Quando?”, com a Prof. Isabel Guimarães
  • 15h30: “Fisioterapia: O que acontece durante o movimento?”, com a terapeuta Josefa Domingos

O congresso organizado pela APDPk é gratuito para os associados doentes, tendo o valor de 10€ para os associados familiares/acompanhantes e de 20€ para não associados.  Para se inscrever, poderá fazê-lo através no número de telefone 939053378 ou do email [email protected].

 

 

Teresa Fraga, Diretora da única Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos Pediátricos no país
Teresa Fraga, enfermeira e diretora do Kastelo – Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos para crianças, foi nomeada para o...

O reconhecimento internacional do trabalho de Teresa Fraga surge no âmbito da sua intervenção comunitária. O Kastelo foi fundado em 2016 com apoio da União Europeia, com o objetivo de colmatar a grande lacuna no acompanhamento de crianças com patologia crónica.

Situado em São Mamede de Infesta, Matosinhos, o Kastelo investe todo o seu esforço na qualidade de vida destas crianças, proporcionando-lhes oportunidades de desenvolvimento cognitivo, e fazendo dos cuidados paliativos infantis um esforço comunitário. “O Kastelo é um projeto pioneiro em Portugal, que tem como principal propósito reduzir o tempo de internamento das crianças no hospital e proporcionar o acesso a fisioterapia, terapia da fala, terapia ocupacional, um professor, uma educadora, pediatras e enfermeiros especializados. A nossa filosofia é dar vida aos dias destas crianças e das suas famílias”, declara.

A enfermeira portuguesa faz parte do grupo de 10 finalistas resultante de 51 mil inscrições provenientes de países de todo o mundo. Além de Portugal, no Top 10 de nomeados para o prémio Aster Guardians Global Nursing Award 2023, estão ainda representados as Filipinas, Índia, Inglaterra, Irlanda, Panamá, Quénia, Singapura, Tanzânia e Emirados Árabes Unidos.

Os finalistas, cujas histórias “merecem destaque mundial na capacitação de comunidades e no enriquecimento da profissão de enfermagem” de acordo com a Aster DM Healthcare, participarão num debate com um painel independente de especialistas na área da saúde. Após votação pública, o vencedor será anunciado a 12 de maio, Dia Internacional da Enfermagem, na cerimónia Aster Guardians Global Nursing Award 2023, em Londres, e premiado com 250.000,00 USD, a aplicar na instituição em que o vencedor trabalha.

 

 

Últimos dados datam de há mais de 20 anos
Conhecer o número de pessoas (prevalência) que sofrem de insuficiência cardíaca em Portugal e caracterizá-las é o objetivo do...

O estudo, promovido pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia e pela AstraZeneca, em parceria com a Nova Medical School, vai avaliar uma amostra representativa da população portuguesa (5.616 participantes), com residência em Portugal Continental e idade igual ou superior a 50 anos. Depois de contactados telefonicamente, os utentes que aceitarem participar no estudo serão convidados a deslocar-se a uma Unidade Móvel, instalada num camião, devidamente equipado com meios técnicos e humanos, onde se vão realizar alguns exames médicos, desde a colheita de sangue a exames, como o eletrocardiograma e o ecocardiograma. Na zona Norte do país, este camião passará por São João da Madeira, Vale de Cambra, Santo Tirso, Trofa, Braga, Felgueiras e Paços de Ferreira.

 Os resultados do estudo PORTHOS irão aumentar o conhecimento e informação sobre o impacto desta doença em Portugal e, consequentemente, permitir uma definição de políticas de saúde capazes de colmatar as necessidades reais existentes, já que os últimos dados disponíveis datam de há mais de vinte anos.

 

 

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