Campanha de sensibilização
Para assinalar o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, no dia 21 de setembro, os ativos geridos e comercializados pela CBRE...

A campanha “Imagine ter uma branca e…” pretende alertar para a doença e principais sintomas, bem como para a importância de um diagnóstico precoce, enquanto dá a conhecer as redes de apoio existentes, não só para os doentes, mas também para os seus cuidadores. Para isto, foram desenvolvidas parcerias com a Neuroinova e o Hospital da Trofa permitindo aos Centros Comerciais disponibilizar a todos os seus visitantes informações sobre a Doença de Alzheimer.

O Dia Mundial do Alzheimer será assim assinalado ao longo de todo o mês nos Centros Comerciais 8ª Avenida, Alameda Shop&Spot, Alma Shopping, LeiriaShopping,

LoureShopping, RioSul Shopping, Torreshopping, Nosso Shopping, Ubbo e Forum Madeira, que irão promover diversas atividades como palestras com médicos e especialistas da área, como o Dr. Almeida Nunes ou o Neurologista Prof. Dr. Vitor Tedim Cruz. Em todos os Centros, os visitantes poderão realizar exercícios de treino e estimulação cognitiva em formato físico e digital. Serão ainda convidados a escrever, em alguns dos espaços, num mural de memórias “em branco”, mensagens ou notas sobre o que gostariam de recordar.

A CBRE vai também assinalar este dia nos edifícios de escritórios que gere, através do programa Office’Play, um serviço exclusivo da CBRE que consiste na dinamização dos espaços comuns através de um programa de iniciativas e atividades ao longo do ano dedicados aos utilizadores dos edifícios.

Em todos os espaços geridos e comercializados pela CBRE será possível encontrar mensagens alusivas à Doença de Alzheimer, colocadas em pontos estratégicos e nos diversos suportes de comunicação.

“A doença de Alzheimer está presente na casa de milhares de portugueses, o que significa que muitos dos nossos visitantes acabam por ser impactados, direta ou indiretamente, por esta doença. Enquanto agentes ativos junto das comunidades, estamos sensíveis ao facto de muitas vezes estas famílias não saberem a quem recorrer ou quais as redes de apoio disponíveis e é aqui que podemos ter um papel fundamental, o de informar. A campanha “Imagine ter uma branca e…”, inserida no programa “Caring for Communities”, levou à operacionalização de diversas ações sociais, que acreditamos vão ajudara fazer a ponte entre as instituições e as famílias“, afirma Mónica Pinto Coelho, Marketing Director Iberia na CBRE.

São perto de 194 mil as pessoas em Portugal cujo dia a dia é afetado por gestos tão simples como não se recordarem do número de telefone, nome completo ou até a rua onde moram. Estima-se que, no nosso País, para entre 60% a 80% destes doentes, a demência seja o principal sintoma da Doença de Alzheimer.

Evento realiza-se no dia 19 de setembro
Saber que a saúde sexual vai além dos aspetos ligados à saúde reprodutiva, contemplando também o prazer e a segurança durante o...

Marcado para o dia 19 de setembro, o evento desenrola-se entre as 09h00 e as 17h00, apresentando um formato exclusivamente online e um programa focado em “Promover o autoconhecimento da mulher sobre saúde sexual, sexualidade e menstruação”.

Durante a manhã vão ser apresentadas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a promoção da saúde sexual, bem como identificados os sinais de saúde relacionados com o ciclo fértil feminino, além de ser feita uma análise sobre a saúde sexual e sexualidade durante gravidez, parto e pós-parto e, por último,  uma exposição dos casos de sucesso na recolha de células estaminas do Cordão Umbilical pela Maternidade Daniel de Matos e a evolução da aplicação destas células ao longo dos últimos 20 anos.

Neste evento a preservação do meio ambiente também terá lugar. Por estarmos numa época em que é tão importante cuidar do nosso planeta, e como os produtos menstruais nem sempre são benéficos para a Saúde do planeta, vai haver uma palestra sobre a menstruação e a sustentabilidade, seguido de uma apresentação sobre os melhores produtos de recolha menstrual.

Para concluir este dia, vão ser abordados os vários cuidados de higiene íntima aos quais a mulher deve dar atenção, desde a sua infância até à menopausa, uma vez que estes devem acompanhar a evolução do corpo, pelo que, idades diferentes requerem cuidados diferentes. 

 

Catástrofes em Marrocos e Líbia
Em três dias, o mundo testemunhou duas catástrofes naturais de grande escala, que deixaram milhares de mortos e feridos, e...

Sismo em Marrocos

Na noite de sexta-feira, 8 de setembro, um sismo de magnitude 6,8 atingiu Marrocos, o evento sísmico mais forte a atingir o país desde 1960. O sismo ocorreu pouco depois das 23h, quando a maioria das crianças e famílias estaria em casa a dormir. As réplicas continuam a abalar a região, aumentando o risco para as populações.

As Nações Unidas estimam que mais de 300.000 pessoas foram afetadas pelo sismo, principalmente em Marraquexe e nas montanhas do Alto Atlas. Segundo as autoridades, mais de 2.600 pessoas morreram, incluindo crianças, e milhares ficaram feridas. Estes números estão a aumentar a cada hora. A UNICEF calcula que cerca de 100.000 crianças foram afetadas pelo sismo, tendo em conta que representam quase um terço da população em Marrocos.

O sismo destruiu milhares de casas, deixando famílias sem abrigo e expostas ao frio da noite. Escolas, hospitais e outras infraestruturas essenciais foram danificadas pelo sismo, comprometendo o acesso à educação, à saúde e aos serviços básicos, o que afeta ainda mais as crianças.

As autoridades de Marrocos estão na linha da frente dos esforços de resposta à catástrofe. A UNICEF está preparada para ajudar no âmbito de uma resposta coordenada liderada pelo governo perante esta catástrofe.

A UNICEF está em comunicação constante com as autoridades e a preparar-se para apoiar os esforços governamentais nas regiões afetadas, conforme necessário, para restaurar os serviços públicos essenciais para a sobrevivência e bem-estar das crianças afetadas e respetivas famílias. A UNICEF coloca sempre as crianças em primeiro lugar em qualquer emergência, pois são sempre as mais vulneráveis.

Tempestade na Líbia

Na sequência das inundações causadas pela tempestade Daniel, o número de vítimas mortais na Líbia está a aumentar drasticamente. A UNICEF expressa as suas profundas condolências a todas as pessoas que perderam familiares nesta catástrofe. Estamos em contacto com as autoridades locais e prontos para apoiar as operações de socorro, fornecendo ajuda essencial às pessoas deslocadas, às crianças e aos hospitais.

Como resposta à emergência, a UNICEF está a mobilizar recursos vitais, incluindo equipamento médico essencial para ajudar 10.000 pessoas, roupas para proteger 500 crianças e 1.100 kits de higiene. As equipas da UNICEF estão preparadas para fornecer mais apoio conforme necessário.

Apelo à Solidariedade em Emergências

À medida que as necessidades crescem e as alterações climáticas aumentam a frequência, intensidade e duração das emergências, os apelos humanitários continuam a enfrentar grandes desafios de financiamento.

O Fundo para resposta a Emergências da UNICEF enfrenta um enorme desafio de financiamento para atender às crescentes necessidades humanitárias no mundo. Apesar da generosidade dos doadores, que contribuíram com 3,24 mil milhões de dólares até ao final de junho deste ano, o fundo ainda tem um défice de 70%. Tal significa que faltam 7,7 mil milhões de dólares para responder, entre outras, às situações de crise mais críticas em 12 países (Sudão, Burkina Faso, República Democrática do Congo, Myanmar, Haiti, Etiópia, Iémen, Somália, Sudão do Sul, Bangladesh, Afeganistão e República Árabe Síria), às quais acrescem as novas situações de emergência.

A UNICEF Portugal apela à generosidade de todos para contribuir para o Fundo de Emergência, que desempenha um papel crucial na resposta a emergências e na proteção das crianças em todo o mundo.

Enfermeiros voltam a tentar desbloquear negociações com Ministério
O Sindicato dos Enfermeiros – SE reúne amanhã, dia 13 de setembro de 2023, com o Ministério da Saúde, na sequência de uma...

Tal como explicou à saída da reunião de dia 8 de setembro, “a nova lei das Unidades de Saúde Familiar não valoriza a profissão, divide a classe e não acrescenta valor ao Serviço Nacional de Saúde”, frisa Pedro Costa. Este dirigente salienta que foi solicitado ao Ministério da Saúde que o diploma previsse na sua redação a abrangência a todos os Cuidados de Saúde Primários, independentemente do tipo de unidades. “Neste momento continuamos a relegar para segundo plano a saúde pública, saúde escolar, as unidades de cuidados na comunidade que prestam cuidados de saúde na rede nacional de cuidados continuados, grupos de risco ou com vulnerabilidade social”, adverte.

Pedro Costa alerta ainda que, na prática, “não estamos a reformar o que quer que seja, o que sucede é que, mais uma vez, estamos perante um grande remendo, transferindo recursos humanos escassos de um lado para outro, criando incentivos em que uns recebem 80% do valor previsto”.

Mais uma vez, no entender do presidente do SE, “a prevenção da doença e a promoção da saúde, que deveria ser a grande aposta, fica para segundo plano”. “Este é um trabalho que deveria ser feito com equipas motivadas e cientes de que os cuidados de saúde não são exclusivos de nenhum grupo profissional, mas antes o resultado e esforço de todos, motivo pelo qual qualquer incentivo e esforço da equipa deve ser valorizado com critérios objetivos e proporcionais”, acrescenta.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros lamenta a falta de abertura para as negociações que sido manifesta pelo Ministério da Saúde – à semelhança do que tem sucedido com os sindicatos médicos. E garante que “se nada for feito, vamos assistir a pedidos de mobilidade dos enfermeiros de unidades sem incentivos para unidades com incentivos, incluídas no novo diploma das USF”. No limite, lembra, “se não houver adesão dos enfermeiros à ‘grande aposta’ do governo, este diploma nunca vai sair do papel”.

Dia do Serviço Nacional de Saúde (SNS) assinala-se a 15 de setembro
“Não à violência contra os profissionais de saúde” é a mais recente iniciativa dinamizada pela Miligrama Comunicação em Saúde....

De acordo com os dados partilhados pela plataforma Notifica, da Direção-Geral da Saúde (DGS), em 2022 existiram mais de 1.300 casos reportados de violência contra os profissionais de saúde.

Para Andreia Garcia, Diretora-Geral da Miligrama Comunicação em Saúde: “Como atuamos unicamente no setor da saúde, sentimos que também é nossa a responsabilidade de desenvolver estratégias de prevenção e combate a este crime público”.

A campanha será divulgada nas redes sociais e junto dos cuidados de saúde primários e hospitalares.

 

12 de setembro | Dia Europeu da Enxaqueca
Viver com enxaquecas é viver na incerteza.

Enxaqueca ou dor de cabeça?

Uma crise de enxaqueca não é o mesmo que uma dor de cabeça. São episódios distintos e não devem ser confundidos. Uma enxaqueca começa, de facto, com dores pulsáteis ou latejantes fortes, num dos lados da cabeça. No entanto, traz consigo outros sintomas como náuseas, vómitos e intolerância a estímulos como a luminosidade, o ruído ou os odores. Além destes sintomas podem ocorrer alterações temporárias na visão, formigueiro ou dormência, bem como dificuldade na compreensão e na articulação de palavras. Os episódios de enxaqueca podem durar até três dias.

(Con)viver com a enxaqueca

Viver com enxaqueca é limitador, mas essas limitações podem ser superadas através de algumas estratégias de prevenção e antecipação.

Apesar de imprevisíveis e com diferente impacto de indivíduo para indivíduo, há comportamentos comuns com tendência a provocar episódios. São eles o stress (que deve passar a ser controlado), alguns estímulos sensoriais como luzes fortes, sons altos e odores intensos (que devem ser evitados) e desajustes no ritmo de vida (que devem ser regrados, especialmente os períodos de descanso). A quantidade, a qualidade e a periodicidade da dieta também podem contribuir para despoletar uma crise de enxaquecas, a par do bem-estar emocional e da medicação. Aconselha-se uma gestão cuidada da terapêutica e atenção à saúde mental (deve procurar-se ajuda, sempre que necessário), uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercício físico e de técnicas de relaxamento.

Quem é mais afetado?

Estima-se que a enxaqueca afete cerca de mil milhões de pessoas em todo o mundo. As mulheres têm três vezes mais probabilidade de sofrer de enxaquecas, sobretudo se estiverem em idade fértil (grande parte das mulheres tem crises perto da menstruação). A estatística mostra que uma em quatro mulheres vai sofrer de enxaqueca ao longo da vida. Caso tenham familiares próximos na mesma situação, a probabilidade é maior, especialmente se estes familiares forem as suas mães. Alterações como a gravidez ou a menopausa podem acalmar os sintomas, na mulher. No entanto, no pós-parto, estima-se que 25% das mulheres terão um episódio no prazo de duas semanas, e que até 50% terá uma crise durante o primeiro mês.

Não está só, informe-se e troque experiências

Quando bem usada, a internet pode ser uma fonte rica de informação. Lá pode encontrar dicas, ler testemunhos e ficar a perceber mais sobre esta doença. Procure sites fidedignos, validados por especialistas, como portal da associação Migra ou site Viver sem Enxaqueca.

Neste percurso complicado que é o tratamento e o controlo da doença, serão certamente um importante apoio.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Entre 12 e 14 de outubro
As Jornadas de Senologia, organizadas pela Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS), estão de regresso para a sua 20.ª edição....

De acordo com o presidente da SPS,  José Carlos Marques, o foco deste ano incidirá na problemática de que “cada vez mais os profissionais de saúde têm contacto com o cancro de mama em mulheres de idade jovem, o que obriga a estudos genéticos, desencadeando-se enormes desafios no diagnóstico, vigilância e abordagem das pessoas com a doença e dos familiares”. Evidencia, ainda, que a comunicação é muito importante nesta área, reforçando o papel fundamental da literacia na relação médico-doente.

Sabe-se que cerca de 10% dos cancros da mama estão relacionados com genes mutados e hereditários, nomeadamente os BRCA. E, perante uma mutação num gene, o risco de se desenvolver cancro da mama ou qualquer outro tipo de cancro pode chegar aos 80%, dependendo do historial familiar e do próprio gene alterado. Esta realidade convoca a intervenção das equipas multidisciplinares de Senologia, requerendo profissionais cada vez mais informados e especializados para um acompanhamento cada vez mais dirigido.

O dia que antecede as XX Jornadas de Senologia é dedicado à realização de dois cursos: o Curso de Mama para TSDT Radiologia e o Curso de Senologia e Inteligência Artificial – Da Teoria à Prática. Este último, destinado a médicos, pretende “mostrar de forma prática os ganhos na utilização de inteligência artificial aplicada não só na imagem, no diagnóstico imagiológico, mas também na Anatomia Patológica e na Cirurgia”. As formações permitirão a “possibilidade de experimentar e de perceber qual é o contributo da inteligência artificial que, seguramente, no futuro vai ter importância na atividade clínica”, refere o presidente da SPS.

programa das XX Jornadas de Senologia reúne diversas sessões científicas que visam transpor da teoria para a prática as problemáticas do quotidiano através da partilha de experiências entre os vários profissionais envolvidos no diagnóstico, tratamento e acompanhamento do doente. Serão também apresentados trabalhos científicos originais e inovadores, culminando na distinção dos melhores, na cerimónia de encerramento.

Pela primeira vez, será atribuído o Prémio de Investigação Noémia Afonso pela sua contribuição na melhoria da intervenção clínica e pelo real impacto no desenvolvimento científico. “Surgiu da necessidade e do nosso desejo de homenagear a nossa colega que foi muito importante para a Senologia portuguesa, e que nos abandonou de forma prematura”, refere o Dr. José Carlos Marques.

Não é “apenas uma doença de pele”
No âmbito do Dia Mundial da Dermatite Atópica, que se assinala a 14 de setembro, a ADERMAP - Associação Dermatite Atópica...

A Dermatite Atópica (DA) é uma doença inflamatória da pele que se revela através de manchas descamativas, avermelhadas e que causam muita comichão, e que se reflete na esfera emocional e no bem-estar do doente afetado por esta doença, ao influenciar a sua aparência e ao causar sentimentos de impotência, frustração, baixa autoestima, ansiedade e depressão. A falta de controlo da doença pode determinar a diminuição do rendimento escolar e provocar o isolamento social.

A Dermatite Atópica é uma doença crónica, imunomediada, atualmente incurável, determinada pela interação de fatores genéticos e ambientais, com um impacto elevado nas várias dimensões da vida dos doentes e das suas famílias. Esta doença afeta entre 10 a 20% das crianças e entre 1 a 3% dos adultos em todo o mundo. Estima-se que afete cerca de 360.000 pessoas em Portugal, sendo que 70.000 terão uma forma moderada a grave [1].

De acordo com Joana Camilo, Presidente da ADERMAP, “A DA pode surgir tanto em adultos como em crianças, podendo manifestar-se em várias idades e com diversos graus de severidade. É muito importante sensibilizarmos para a patologia, alertarmos para o fardo entre doentes e cuidadores a nível físico, emocional, social e económico, e reconhecermos a necessidade de acesso a cuidados que refletem a natureza multidimensional da dermatite atópica e aos tratamentos mais eficazes e seguros para a controlar, onde e quando são necessários. Este ano a campanha mundial é focada no peso psicológico e emocional que a dermatite atópica representa para as crianças e jovens que sofrem com a doença e nos seus cuidadores”.

Segundo Pedro Mendes Bastos, Médico Especialista em Dermatologia e Venereologia e Conselheiro Científico da ADERMAP "Mais um Dia Mundial da Dermatite Atópica. É inspirador constatar todos os passos que foram dados nos últimos anos no sentido de melhorar a vida das pessoas que lidam diariamente com a Dermatite Atópica, seja pessoalmente ou na família. Se inicialmente foram passos de bebé, estamos agora preparados para exigir mais, principalmente para que todos aqueles com formas moderadas a graves da doença possam ter acesso a um tratamento eficaz e seguro. Recuperar o tempo de vida perdido para a dermatite atópica é hoje possível.”

A Dermatite Atópica é uma das doenças de pele mais prevalentes no mundo e uma das menos reconhecidas. É uma doença visível de impactos invisíveis. Muitas vezes desvalorizada como “apenas uma doença de pele”, as reais necessidades dos doentes não têm sido globalmente atendidas de forma solidária e oportuna. Mas, para além de fonte de sentimentos negativos nas pessoas, a DA também alimenta a resiliência, a capacidade de superar desafios e de relativizar situações.

Neste Dia Mundial da Dermatite Atópica queremos alertar para os impactos invisíveis de uma doença visível, sensibilizando o público com um pedido real para serem ouvidos e compreendidos através de um diálogo ativo e concertação entre cidadãos, profissionais de saúde e órgãos decisores.

A campanha terá expressão nas redes sociais da ADERMAP através da hashtag #IfYouOnlyKnew combinada com #diamundialdadermatiteatopica, convidando a que todos participem e partilhem para que se possa olhar para a dermatite atópica e reconhecê-la como uma doença que pode ter um alto impacto na vida dos doentes e cuidadores.

Campanha arranca 12 de setembro em viversemenxaqueca.pt
O que é a enxaqueca? Será hereditária? Quem é mais afetado? Sofro de enxaqueca, com quem devo falar? Como devo fazê-lo? As...

Debilitante e imprevisível, viver com enxaqueca obriga a ajustes diários nas nossas rotinas. Um quotidiano que, não sendo fácil, pode ser simplificado: conhecer melhor a patologia, saber de que forma afeta a população e as pessoas, e perceber que ferramentas estão disponíveis para a gerir, podem ser importantes contributos para sua desmistificação.

A pensar em que sofre de enxaqueca, a Pfizer Portugal lançou a campanha “Viver sem Enxaqueca”. Disponível a partir de hoje em www.viversemenxaqueca.pt, conta com o apoio da associação Migra. Juntos, fornecem as ferramentas necessárias para conhecer a doença, controlá-la e, fundamentalmente, para guiar quem procura ajuda.

“Para além de ser fisicamente debilitante, a enxaqueca também é imprevisível, o que acaba por ter um impacto significativo na vida das pessoas que têm esta doença”, explica Susana Castro Marques, Diretora Médica da Pfizer Portugal. “Acreditamos que esta campanha é essencial para despertar a atenção de todos  para um problema silencioso e que é raramente falado.”

A enxaqueca pode surgir de forma inesperada e provocar sintomas e reações distintas. Afeta relações pessoais e profissionais, e pode tornar-se incapacitante. 62-69% da população sente que a doença interfere na sua atividade com as suas crianças e parceiros, e 20% teme perder o emprego por sua causa.

Não tem de ser assim – viver com enxaqueca pode ser descomplicado. Informe-se e tome as rédeas da sua saúde em www.viversemenxaqueca.pt.

 

Porto recebe 7ª Maratona da Maternidade dia 16 de setembro
A 7ª Maratona da Maternidade, que se realiza no próximo dia 16 de setembro às 10H00 na marginal marítima do Porto, conta já com...

As interessadas podem fazer a sua inscrição para o formato online aqui https://bebevida.com/product/inscricao-maratona-maternidade/. A inscrição tem um valor simbólico de três euros por pessoa. As receitas vão poder ajudar a Vida Norte a continuar a sua missão de ajudar grávidas em situação de fragilidade e a Stand4Good a apoiar estudantes universitários com comprovadas carências económicas.

Na componente online convidamos as famílias em todo o país a fazer uma caminhada, num local à sua escolha, e a partilhar fotos e vídeos nas suas redes sociais e identificando @bebevida.pt e as instituições @vidanorte e @stand4good. Desta forma, pretende-se envolver e incluir o maior número de pessoas a nível nacional. As inscrições na vertente online permitem às grávidas participar gratuitamente no Especial Grávida Online, entre as 14h30 e as 18H00 do dia 16 de setembro.

“O objetivo principal é reunir o maior número possível de grávidas, casais, familiares e amigos para celebrar a natalidade em Portugal” refere Luís Melo, Administrador da Bebé Vida. “Este evento é já um marco na história da BebéVida e das futuras mães e, acontece numa altura em que os últimos dados oficiais apontam para um crescimento de seis por cento de nascimentos em Portugal no primeiro semestre deste ano face ao ano passado”.

Maggy Santos, futura mamã, empresária e adepta de um estilo de vida saudável é a embaixadora desta 7ª edição da Maratona da Maternidade, organizada pela BebéVida, banco de tecidos e células estaminais cem por cento português.

Lei está por regulamentar desde 2022
O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) sublinha a necessidade de maximizar a proteção da criança nascida...

Na sua reflexão, o Conselho mantém preocupações, para as quais já alertou anteriormente, como a necessidade de estabelecimento de um prazo razoável para o exercício do direito de arrependimento, por parte da gestante, quanto à entrega da criança aos beneficiários e progenitores biológicos. Neste caso, indica a importância da determinação das relações familiares, designadamente de parentesco da criança nascida por gestação de substituição face aos beneficiários, bem como a determinação, por lei, dos direitos e deveres destes últimos em relação à criança, sendo que o superior interesse da criança deverá ser sempre salvaguardado.

O CNECV defende, assim, ser necessário “maximizar o nível de proteção da criança a nascer por gestação de substituição, em todas e quaisquer situações que possam ocorrer ao longo deste processo e até à sua entrega aos beneficiários”, reforça a necessidade da “cabal e inequívoca clarificação de direitos e deveres” da criança, beneficiários e gestante, mas também das obrigações de profissionais, organismos e instituições. A apreciação refere ainda a importância da “eliminação ou minimização das áreas de potencial conflito entre as partes envolvidas” que possam originar eventual litigância.

Parecer Nº 126/CNECV/2023, solicitado pelo Gabinete do Ministro da Saúde, refere-se ao Projeto de Decreto-Lei que procede à regulamentação da Lei Nº 90/2021, de 16 de dezembro, que altera o regime jurídico aplicável à Procriação Medicamente Assistida (PMA).

 

Congresso sobre género, diversidade sexual e direitos humanos
O Congresso Internacional de Sexualidade e Educação Sexual (VII CISES) decorre entre os dias 14 e 16 de setembro, no auditório...

Este ano, com o subtema de género, diversidade sexual e direitos humanos, pretende-se estimular o debate e a reflexão, a respeito do papel das mulheres e dos movimentos LGBTQI, temáticas ainda invisíveis e silenciadas nos espaços escolares - mas de particular atualidade e relevância - atendendo às imposições curriculares, às políticas educativas que urge implementar, à investigação e práticas sobre a igualdade e não discriminação em razão de sexo, orientação sexual, identidade e expressão de género.

Destinando-se a docentes, investigadores e estudantes do ensino superior, o programa do Congresso inclui conferências plenárias, mesas redondas e sessões paralelas de comunicação de trabalhos de investigação e relato de práticas, envolvendo participantes não só de Portugal, mas também da Argentina, do Brasil, de Espanha e da Guiné Bissau.

O congresso realiza-se presencialmente e as inscrições ainda se encontram abertas aqui.

“No último dia de cada congresso, lê-se uma declaração que espelha o compromisso das pessoas presentes para, nos anos seguintes, desenvolverem trabalhos na área”, comenta Filomena Teixeira, presidente da Comissão Organizadora do Congresso, acrescentando que “é também uma forma de partilhar o testemunho com os mais novos, de modo a dar continuidade a todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido”.

Este ano, o congresso vai contar com duas exposições concebidas e apresentadas no Museu do Aljube, em Lisboa: ‘Adeus Pátria e Família’ e ‘Novas Cartas Portuguesas’. A exposição ‘Adeus Pátria e Família’ convida-nos a uma retrospetiva dos direitos de género, no Centro Cultural do Penedo da Saudade, em Coimbra, enquanto que ‘Novas Cartas Portuguesas’ é relativo aos direitos das mulheres e às conquistas conseguidas até aos dias de hoje e estará patente na Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), à exceção dos dias do congresso, que estará no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC).

“Coimbra é um local de estudantes que, até à data, não recebeu uma exposição desta natureza e, por isso, faz muito sentido incluir este projeto na cidade”, refere Filomena Teixeira.

O Congresso Internacional de Sexualidade e Educação Sexual decorre bianualmente desde 2010, alternadamente em Portugal e no Brasil, nas instituições que alojam um grupo de investigadores/as que trabalham colaborativamente e em rede, sobre sexualidade e educação sexual, tema multidisciplinar e transversal, que se desdobra em várias áreas de investigação e intervenção, entre elas a educação em sexualidade com perspetiva de género. Espera-se que o próximo congresso se realize em 2025, no Brasil, numa das universidades parceiras.

 

Opinião
Setembro é um mês especial para a comunidade das pessoas que portam algum tipo e grau de surdez e pa

Antes de prosseguir, gostaria de dizer que este artigo, baseia-se na minha experiência pessoal como pessoa com deficiência auditiva, desde os 15-16 anos. Devido à otoesclerose, fui perdendo audição ao longo dos anos (a qual denomina-se, perda progressiva). Hoje em dia, tenho surdez profunda e cofose (nos dois ouvidos), sendo, portanto, que sou portador de uma prótese auditiva superpotente e implante coclear, nos ouvidos direito e esquerdo, respetivamente.

A importância do mês de setembro, é que é o mês da visibilidade da surdez, e que desempenha um papel crucial em nossa sociedade, como forma de alerta para vários aspetos relativos à deficiência auditiva. Ele oferece a oportunidade de educar o público sobre a surdez e a deficiência que lhe confere, desafiando estereótipos e preconceitos que muitas vezes cercam a comunidade formada pelas pessoas com esta deficiência, e que principalmente, são portadores de aparelhos auditivos. Para além disso, este mês destaca a riqueza da diversidade surda, composta por uns que usufruem da comunicação auditiva-verbal - as pessoas com deficiência auditiva -, e por aqueles que usam a linguagem gestual (Língua Gestual Portuguesa no nosso país, adiante designado por LGP) - as pessoas surdas. E, portanto, dar ênfase às experiências vividas por pessoas com diferentes níveis de perda auditiva.

Relativamente aos Benefícios da Consciencialização:

A consciencialização é a chave para a promoção da inclusão e dos direitos das pessoas com deficiência auditiva. Quando a sociedade compreende os desafios que enfrentam as pessoas com perda auditiva, torna-se mais fácil implementar políticas e práticas inclusivas em todos os aspetos da vida. Isso inclui: Educação, Emprego, Serviços de Saúde, e muito mais.

A consciencialização também desempenha um papel fundamental na quebra de barreiras de comunicação. Quando as pessoas estão cientes da existência da reabilitação através de tecnologia auditiva e assistiva, de recursos visuais e da importância da acessibilidade em eventos públicos, por exemplo, estão mais propensas a adotar práticas que facilitam a comunicação eficaz com pessoas com deficiência auditiva.

Os Direitos que deviam ser garantidos

para promover a igualdade de oportunidades e a inclusão plena das pessoas com deficiência auditiva, é fundamental, e tais são basicamente:

  • O Acesso à Educação: Todas as crianças com deficiência auditiva devem ter acesso a uma educação de qualidade, que inclua apoio à comunicação, como dispositivos de assistência auditiva (ou intérpretes de LGP, no caso de crianças surdas).

O acesso à educação de qualidade é um direito fundamental para todas as crianças, independentemente de suas habilidades ou deficiências. Para crianças com deficiência auditiva, é crucial garantir os recursos de apoio adequados, e seguir estratégias de ensino inclusivas, para que possam aprender e se desenvolver plenamente. A inclusão e a igualdade de oportunidades na educação são valores fundamentais numa sociedade justa e equitativa.

  • O Acesso ao Emprego: As pessoas com deficiência auditiva devem ter igualdade de oportunidades no mercado de trabalho, com adaptações razoáveis para garantir a acessibilidade no ambiente de trabalho.

A igualdade de oportunidades no mercado de trabalho é essencial para pessoas com deficiência auditiva, assim como para todas as pessoas. Adaptações razoáveis, como disponibilizar ferramentas de comunicação, (fornecer intérpretes de LGP, a pessoas surdas) ou implementar tecnologias assistivas, são fundamentais para garantir a acessibilidade no ambiente de trabalho. Isso não apenas beneficia as pessoas com deficiência auditiva, mas também enriquece a diversidade e a inclusão nas empresas, promovendo uma sociedade mais justa e igualitária.

É importante que as empresas e organizações (públicas e privadas) adotem políticas inclusivas e estejam comprometidas em eliminar barreiras para a participação plena e igualitária de todos os seus funcionários.

  • A Acessibilidade na Comunicação: É essencial que os serviços públicos, instituições/entidades governamentais e empresas privadas ofereçam comunicação acessível, incluindo legendas em vídeos e programas de televisão (e intérpretes de língua de sinais, para as pessoas que fazem uso de LGP, como primeira língua).

A acessibilidade na comunicação é fundamental para garantir que todas as pessoas, independentemente de suas habilidades ou limitações, possam participar ativamente na sociedade. Isso inclui a disponibilização legendas em vídeos e programas de televisão (e intérpretes de língua de sinais para pessoas surdas), bem como outras medidas que tornem a informação e os serviços acessíveis a todos.

  • Os Cuidados de Saúde Adequados: Os serviços de saúde devem ser sensíveis à surdez e à deficiência auditiva, garantindo que as pessoas tenham acesso a cuidados médicos e informações de saúde de maneira acessível.

A acessibilidade nos serviços de saúde é crucial para garantir que todos possam receber atendimento médico adequado e especializado, sejam médicos de clínica geral ou de otorrinolaringologia, e também, audiologistas e terapeutas da fala (em ambiente hospitalar ou Centros de Saúde, ou espaços/clínicas privado/as), bem como de psicólogos. Isso envolve a disponibilidade de profissionais de saúde devidamente qualificados na comunicação com pessoas com deficiência auditiva (e de intérpretes de língua de sinais). Para além de materiais de informação de saúde em formatos acessíveis, como texto e vídeo com legendas. Garantir que todos tenham igualdade de acesso à saúde é fundamental para uma sociedade inclusiva e justa.

  • O Apoio à Legislação Antidiscriminação: Devem haver leis rigorosas que proíbam a discriminação com base na deficiência auditiva e garantam que todos os indivíduos tenham direitos iguais.

Definitivamente, as leis de antidiscriminação são essenciais para promover a igualdade de direitos e oportunidades para todas as pessoas, incluindo aquelas com deficiência auditiva. Essas leis ajudam a criar um ambiente mais inclusivo, protegendo os direitos fundamentais das pessoas e garantindo que não sejam discriminadas com base na sua condição auditiva. Para além disso, essas leis podem e devem incentivar a conscientização e a educação sobre a importância da inclusão e da acessibilidade em todos os aspetos da vida.

  • A Acessibilidade Digital: O mundo digital desempenha um papel cada vez mais importante em nossas vidas, e é crucial garantir que sites, aplicações e conteúdo online sejam acessíveis a todos, incluindo pessoas com deficiência auditiva.

A acessibilidade digital é fundamental para garantir que todas as pessoas, independentemente de suas competências ou aptidões, deficiências ou limitações, possam participar plenamente do mundo digital. Isso envolve a criação de sites e aplicações com recursos que facilitam o acesso, como legendas em vídeos, texto de apoio para podcasts, e que sejam compatíveis com tecnologias assistivas. Garantir a acessibilidade digital é uma parte importante da inclusão e da igualdade de acesso à informação e dos serviços online.

* (O Apoio à Comunidade Surda: É importante apoiar a formação e o fortalecimento da comunidade surda, promovendo a preservação da LGP e o acesso a recursos culturais e educacionais para esta comunidade).

Para concluir, o mês da visibilidade da surdez, celebrado em setembro, oferece uma oportunidade valiosa para educar a sociedade sobre a importância da inclusão e dos direitos das pessoas com deficiência auditiva. A consciencialização é a base para a mudança, e, à medida que mais pessoas se envolvem na promoção da igualdade de oportunidades e da acessibilidade, estamos um passo mais perto de uma sociedade maioritariamente ouvinte, e verdadeiramente inclusiva e justa para todos. É fundamental que esses esforços se estendam para além de setembro, garantindo que os direitos das pessoas com deficiência auditiva sejam respeitados o ano todo.

 

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Segundo a SPG estima-se que afete cerca de mil doentes em Portugal
O Dia Internacional da Colangite Biliar Primária (CBP), que se celebrou ontem, pretende chamar a atenção para uma doença rara,...

O seu diagnóstico tem aumentado ao longo das últimas décadas. Não se sabe, no entanto, se este aumento de diagnósticos está associado a um verdadeiro aumento da incidência da doença, ou pelo fato de os médicos estarem mais alertados para apresentação e diagnóstico, solicitando, com mais frequência, os estudos analíticos adequados ao seu diagnóstico.

Afeta sobretudo mulheres, numa proporção de 9 a 10 mulheres por cada homem, geralmente entre os 40 e os 60 anos de idade.

A CBP é uma doença caracterizada pela destruição lenta e progressiva dos pequenos ductos biliares dentro do fígado. É uma doença de natureza autoimune, uma vez que tem origem numa reação anormal do organismo sobre os ductos biliares, levando à sua destruição. Os ductos biliares são responsáveis por permitir o fluxo de bile do fígado. A sua destruição leva à má drenagem de ácidos biliares resultando na lesão das células circundantes do fígado, o que causa inflamação, e pode levar, posteriormente, ao aparecimento de um quadro de cirrose.

Os agentes bacterianos, designadamente as infeções do trato urinário, poderão ter um papel na eclosão da doença. Outros possíveis desencadeantes da doença foram estudados, incluindo os hábitos tabágicos. Salientam-se os fatores genéticos, dada a concordância existente entre gémeos monozigóticos.

A maioria dos doentes não têm sintomas na fase inicial da doença, sendo o diagnóstico suspeitado aquando da realização de análises ao fígado. Quando estes se desenvolvem, num tempo médio de dois a quatro anos, os mais frequentes são a fadiga e o prurido (comichão). O prurido é talvez o sintoma mais importante desta doença, podendo ser tão severo que impede o sono. Estes dois sintomas deverão alertar, designadamente quando ocorrem em consulta de Medicina Geral e Familiar, para a necessidade de o estudo analítico incluir análises para estudar o fígado. Tratando-se de uma doença silenciosa na sua fase inicial, mas existindo tratamentos eficazes no seu controlo, é importante que a avaliação dita de rotina dos utentes nos Centros de Saúde inclua, com alguma regularidade, a determinação da ALT, GGT e da fosfatase alcalina. Caso o diagnóstico de CBP seja suspeitado, os doentes deverão ser referenciados à Consulta de Gastrenterologia tendo em vista a continuação do estudo.

Não tendo cura, existem tratamentos adequados ao controlo da doença, permitindo uma boa qualidade de vida ao longo de anos. O Ácido Ursodeoxicólico (AUDC) é o medicamento mais antigo com aprovação para o tratamento da CBP, alcançando bons resultados em muitos doentes na medida em que é eficaz na melhoria dos índices analíticos, mas também atrasa a progressão da doença. Nalguns casos, no entanto, não há resposta adequada à terapêutica. O Ácido Obeticólico constitui uma alternativa nestes casos, sendo utilizado concomitantemente com o AUDC ou isoladamente caso haja intolerância ao AUDC. Existe ainda uma outra alternativa, que é constituída pelos fibratos, designadamente pelo bezafibrato.

Os doentes que apresentam um quadro de cirrose descompensada bem como, excecionalmente, os que evidenciam um prurido intratável, têm indicação para transplantação. A taxa de sobrevida aos cinco anos pós-transplante é muito favorável, atingindo 80-85%. A doença pode reaparecer no enxerto, o que acontece em 20 a 30% dos casos no espaço de dez anos e em 50% dos casos aos vinte anos. Quando existe recorrência da doença no enxerto, os doentes podem ser tratados novamente com AUDC.

A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia reforça a mensagem da necessidade de diagnóstico precoce desta doença através da realização, designadamente no contexto das consultas de Medicina Geral e Familiar, de análises ao fígado que incluam a fosfatase alcalina.

Dia 11 de outubro
A Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA) realiza no dia 11 de outubro, no Lagoas Park, em Oeiras, a segunda edição...

‘Distribuímos Saúde’ é o mote deste evento profissional que pretende reunir os principais stakeholders do setor farmacêutico para refletir e debater questões estratégicas e prioritárias para a distribuição farmacêutica e o acesso a medicamentos de saúde em Portugal. O encontro terá quatro painéis principais:

  • Mercado Farmacêutico - overview e tendências;
  • Sustentabilidade Corporativa e Ambiental;
  • Inovação e Desenvolvimento. Desafios da Saúde;
  • Desafios de integração com a Farmácia.

Nuno Flora, presidente da ADIFA, abrirá a sessão, seguindo-se depois as intervenções do bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Helder Mota Filipe, e do ministro da saúde, Manuel Pizarro.

Após a sessão de abertura decorrem as sessões plenárias que contam com a participação de vários especialistas nacionais e internacionais, entre os quais Simon Tottman, vice-presidente Strategic Partners da IQVIA, Maria de Belém Roseira e Adalberto Campos Fernandes, antigos ministros da Saúde, e de Rui Ivo Santos, presidente do INFARMED.

Presentes estarão também Ema Paulino, presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), João Almeida Lopes, presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), e Maria do Carmo Neves, presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (APOGEN).

Nuno Flora (ADIFA), Rui Santos Ivo (INFARMED) e Bernd Grabner (presidente da European Healthcare Distribution Association) fecham a iniciativa com as principais conclusões.

Para mais informações sobre o Congresso consulte: https://linktr.ee/adifadistribuicao.

Relatório da OIT e IAPB
De acordo com o estudo “Saúde Ocular e o Mundo do Trabalho” , 13 milhões de pessoas vivem com deficiência visual associada ao...

A saúde ocular afeta significativamente o mercado de trabalho: trabalhadores com deficiência visual têm 30% menos probabilidade de serem empregados, em comparação com aqueles sem deficiência. O desenvolvimento económico desempenha um papel significativo na prevalência de deficiência visual, com regiões de baixo e médio rendimento a registarem cerca de quatro vezes mais casos do que regiões de alto rendimento.

Mais de 90% dos casos de deficiência visual são evitáveis ou tratáveis por meio de intervenções existentes e com elevada taxa de custo-efetividade, refere o estudo. Isso ressalta a necessidade de iniciativas globais coordenadas.

Segundo este estudo, os programas de segurança e saúde no trabalho destinados a proteger a visão dos trabalhadores devem ser concebidos tendo em mente três objetivos: prevenir a exposição a riscos específicos em cada local de trabalho, proteger a saúde existente dos olhos dos trabalhadores e fornecer um sistema para incluir a perda de visão natural dos trabalhadores nas avaliações de risco.

Os trabalhadores devem ser informados dos riscos que podem afetar a saúde da sua visão. Os trabalhadores e os seus representantes devem também ser consultados sobre programas e intervenções de saúde ocular nos locais de trabalho.

"A OIT enfatiza a importância de proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores – incluindo seus olhos. Ao priorizar a consciencialização sobre a saúde ocular e a implementação efetiva, podemos garantir que os trabalhadores tenham acesso a um ambiente de trabalho seguro e saudável. Isso garante seu bem-estar geral, reduz as disparidades e leva ao aumento da produtividade", disse Joaquim Pintado Nunes, chefe de Administração do Trabalho, Inspeção do Trabalho e Segurança e Saúde Ocupacional da OIT.

"Este relatório demonstra a todos a importância de cuidar dos nossos olhos, ao mesmo tempo em que fornece orientações e recomendações incrivelmente úteis sobre como proteger e promover a saúde ocular no local de trabalho", disse a presidente do IAPB, Caroline Casey.

Este estudo surge no âmbito do Dia Mundial da Visão (12 de outubro) que este ano se centra na importância da saúde ocular no local de trabalho com o tema 'Ame os Seus Olhos no Trabalho'.

 

Congresso Internacional da ERS 2023
Porque os médicos e outros profissionais de saúde são um pilar fundamental no foco no que é realmente importante para os...

O espaço Air Liquide Healthcare presente no Congresso, contará com uma exposição que permitirá aos médicos e outros profissionais de saúde vivenciar a jornada terapêutica de três pessoas com Apneia Obstrutiva do Sono (AOS), Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), respetivamente, recorrendo a tablets, óculos de realidade virtual e vídeos que ajudarão a criar uma experiência imersiva e mais próxima da realidade quotidiana do doente.

Pretende-se, assim, transmitir de que forma a Air Liquide Healthcare personaliza e adapta os seus cuidados a cada doente. Neste espaço, os especialistas na área respiratória da Air Liquide Healthcare irão ainda partilhar a sua experiência e conhecimento relativamente aos principais desafios e impactos das doenças respiratórias crónicas, aos principais outcomes que importam aos doentes, e de que forma podem colaborar também com os seus cuidadores para melhorar os outcomes.

Um plano de cuidados personalizados que visa melhorar os outcomes do doente com Apneia do Sono

O plano de cuidados permite um apoio personalizado a doentes, médicos e outros profissionais de saúde, desde o momento do diagnóstico e ao longo de todo o percurso do tratamento da apneia do sono, incluindo: - Personalização da iniciação terapêutica baseada no perfil e avaliação de preferências do doente - Plano de seguimento personalizado, elaborado com base na monitorização de indicadores clínicos, resultados reportados pelo doente (PROMs) e experiência (PREMs) ao longo do tempo. Esta abordagem integrada permite ajustar continuamente o apoio prestado, de forma a responder às necessidades dos doentes, com uma combinação única de interações humanas e digitais.

Este novo modelo é o resultado de um projeto de investigação em que se procurou compreender os comportamentos e preocupações relativas às doenças crónicas de cerca de 50 mil doentes em todo o mundo, tendo sido o seu desenvolvimento orientado para os resultados valorizados pelos doentes, procurando potenciar a adesão ao tratamento*.

Promover a implementação de uma abordagem Value-Based Healthcare nos cuidados de saúde ao domicílio

Como empresa líder nos cuidados de saúde ao domicílio, a ambição da Air Liquide Healthcare é acompanhar e impulsionar a transformação destes cuidados, procurando maximizar os resultados (outcomes) que mais importam para os doentes, nomeadamente a qualidade de vida e experiência com a terapia, ao melhor custo para o sistema de saúde.

Com mais de 30 anos de experiência no cuidado dos doentes no seu domicílio, a Air Liquide Healthcare apoia e capacita 1,9 milhões de pessoas que vivem com doenças crónicas ao longo da sua jornada, medindo os outcomes que mais lhes importam e adaptando os cuidados com o objetivo de melhorar os resultados em saúde.

Segundo Dolores Paredes, Vice-Presidente de Mercados, Estratégia e Inovação da Air Liquide Healthcare, "A proximidade com cada doente permite-nos adotar uma abordagem centrada no doente, projetar planos de cuidados personalizados, contribuindo para melhorar a sua qualidade de vida. Estamos empenhados em trabalhar em conjunto com médicos e outros profissionais de saúde, já que acreditamos firmemente que juntar esforços no sentido de adotar um modelo Value-Based Healthcare é a melhor forma de desenvolver o que realmente importa para a maioria dos doentes e, simultaneamente, garantir a sustentabilidade do Sistema de Saúde.”

Estudo Fundação Champalimaud
O cérebro do peixe-zebra, embora mais simples do que o seu homólogo humano, é uma rede complexa de n

Por que temos um cérebro “A função primária do cérebro é o movimento”, explica Claudia Feierstein, autora principal do estudo publicado na revista científica Current Biology. “As plantas não precisam de cérebro porque não se movem. No entanto, mesmo para algo aparentemente tão simples como os movimentos oculares, o papel do cérebro permanece em grande parte enigmático. O nosso objetivo é iluminar esta ‘caixa preta’ de movimento e descodificar como a atividade neural controla os movimentos dos olhos e do corpo, usando o peixe-zebra como organismo modelo”.

Com os seus minúsculos corpos transparentes, os peixes-zebra tornaram-se um modelo muito “querido” pela neurociência, uma vez que oferecem uma janela única para o funcionamento do cérebro. “O movimento dos olhos é um circuito neural conservado, ou seja, semelhante, em todas as espécies, incluindo os humanos”, observa Feierstein. “Se conseguirmos compreender como funciona no peixe-zebra, poderemos começar a compreender melhor como o cérebro humano se movimenta”. O peixe-zebra, como os humanos, possui uma capacidade inata de estabilizar a sua visão e posição em resposta ao movimento. Quando o mundo ao seu redor gira, para manter a estabilidade, os seus olhos e corpo movem-se em conjunto. O mesmo acontece quando fixamos o olhar num ponto durante uma volta de carrossel.

Mas como é que o cérebro coordena esse comportamento? Estudos anteriores, realizados por esta equipa, mostraram que diferentes partes do cérebro do peixe-zebra estavam associadas a diferentes tipos de movimentos. No entanto, a relação precisa entre estas áreas cerebrais e o comportamento real permaneceu desconhecida. “Embora saibamos que os neurónios estão envolvidos na deteção de estímulos visuais (a entrada) e no controlo dos músculos (a saída), permanecemos sem compreender sobre o processamento cerebral que acontece entre uma coisa e outra.”, observa Feierstein. Para complicar as coisas está a infinidade de estímulos aos quais os neurónios respondem e a quantidade impressionante de dados que são registados por estudos de imagens do cérebro inteiro. “Quando temos dezenas de milhares de neurónios e 100 diferentes comportamentos possíveis que esses neurónios podem codificar, não é trivial compreender o que está a acontecer”.

Como explica Michael Orger, um dos dois autores seniores do estudo: “Quando observamos a atividade de neurónios individuais, descobrimos que eles podem responder a múltiplas variáveis comportamentais. Isto torna difícil identificar o que é que está exatamente a impulsionar a sua atividade”. Isto leva a uma interação complexa entre neurónios e comportamento, onde neurónios individuais podem estar envolvidos em vários tipos de movimentos.

Uma nova abordagem analítica

Para enfrentar este desafio, os investigadores utilizaram inicialmente um método estatístico conhecido como regressão linear para explorar a relação entre variáveis comportamentais e atividade neuronal. No entanto, rapidamente perceberam que examinar os neurónios um por um não fornecia uma compreensão clara do quadro geral. Era como tentar compreender um espetáculo de dança, de grande escala, com centenas de bailarinos, quando se está apenas a observar os movimentos de um bailarino. “Começamos por observar neurónios individuais, mas rapidamente percebemos que precisávamos compreender o conjunto, ou se quisermos, todo o grupo de bailarinos”, diz Feierstein. “Portanto, incorporámos na nossa análise o que é conhecido como etapa de ‘redução de dimensionalidade’ por forma a obter uma visão ampliada do que a população de neurónios está a fazer”.

Como aponta Christian Machens, o outro autor sénior do estudo: “Queríamos saber: como a atividade geral que medimos se relaciona com o comportamento? Como podemos resumir a atividade de dezenas de milhares de neurónios às suas características essenciais? Foi necessário um tempo considerável para desenvolver a abordagem analítica para isso. Mas uma vez que conseguimos superar estes desafios, foi finalmente possível perguntar: como é que a atividade global destes neurónios se relaciona com comportamentos específicos, como o movimento dos olhos ou a natação?”.

No estudo, os peixes-zebra foram colocados em agarose, uma substância semelhante à gelatina, para assim mantê-los numa posição fixa possibilitando aos investigadores a recolha de imagens do cérebro. Para permitir o movimento, a agarose foi removida das zonas próximas dos olhos e da cauda. “Colocámos então imagens num ecrã por baixo do peixe-zebra e registámos a atividade cerebral com um corante fluorescente através de um microscópio”, descreve Feierstein.

Revelando a coreografia do cérebro

Ao aplicar a sua abordagem analítica a uma região do cérebro do peixe-zebra chamada rombencéfalo, os investigadores conseguiram condensar a cacofonia da atividade neuronal em duas “características” principais, ou padrões de atividade, que correspondiam a tipos específicos de movimentos, e que são presumivelmente gerados por circuitos independentes no romboencéfalo do peixe-zebra.

O primeiro circuito que encontraram diz respeito principalmente aos movimentos oculares, especificamente à rotação dos olhos, no sentido dos ponteiros do relógio ou no sentido contrário. Imagine um peixe a ver algo a girar no seu ambiente. Para manter uma visão estável deste objeto giratório, os olhos do peixe também giram e a sua cauda pode mover-se. Essencialmente, este circuito ajuda o peixe a ajustar os olhos para manter uma imagem constante e estável do que está a ver. Como explica Feierstein: “É como se o cérebro dissesse: ‘Tudo bem, o mundo está a girar ao meu redor, preciso mover os meus olhos para o acompanhar’”. Além disso, os investigadores descobriram que os neurónios associados à rotação para a esquerda e para a direita estavam anatomicamente segregados nos hemisférios esquerdo e direito do cérebro, respetivamente.

O segundo circuito está mais envolvido no que os investigadores chamam de “vergência” e movimento da cauda. Vergência é a capacidade dos olhos se moverem em direções opostas - em que ambos os olhos se aproximam ou afastam do nariz - em resposta a estímulos. Este circuito entra em ação quando o peixe percebe um estímulo que se move de trás para frente. Ao sentir-se como se estivesse a flutuar para trás, o peixe nada para frente para estabilizar a sua posição. Ao mesmo tempo, os seus olhos convergem para manter uma imagem estável. Consequentemente, este circuito ajuda o peixe a ajustar os movimentos do corpo e dos olhos para permanecer numa posição estável.

Como resume Orger: “Um circuito cerebral está principalmente preocupado com os movimentos oculares, particularmente a rotação, para manter uma imagem estável na retina. O outro circuito está principalmente envolvido no movimento corporal, principalmente na natação, em resposta a estímulos visuais para manter uma posição estável no ambiente. Estes circuitos ajudam os peixes a adaptar-se às mudanças no seu ambiente, permitindo-lhes manter uma visão e posição estáveis. Embora os mecanismos exatos ainda não estejam totalmente claros, este estudo fornece informações valiosas sobre como circuitos independentes no cérebro controlam diferentes tipos de movimentos”.

O que mais surpreendeu Feierstein e a sua equipa foi a robustez das suas descobertas. “Encontramos estes circuitos de forma consistente em cada um dos peixes que observamos”, acrescenta. O estudo sugere que esses circuitos não são puramente sensoriais nem puramente motores, mas ficam num ponto intermédio, possivelmente traduzindo informações sensoriais em ações motoras. Em resumo, os investigadores podem ter encontrado dois “coreógrafos” diferentes, cada um dirigindo o seu próprio conjunto de movimentos para ajudar os peixes a interagir com o seu ambiente de forma eficaz.

Uma perspetiva mais simples sobre a complexidade

A investigação da equipa contribui não apenas para uma melhor compreensão de como o cérebro controla o movimento, como também traz um novo método analítico para esta área que pode servir como uma ferramenta muito útil para outros investigadores. “O bom deste método”, diz Feierstein, “é que pode ser utilizado por outras equipas interessadas em melhor compreender a ligação entre a atividade neural e o comportamento”.

As descobertas do estudo podem potencialmente abrir novos caminhos para a compreensão de condições em que a tradução de informações sensoriais em comandos motores pode ser interrompida, como em certos distúrbios neurológicos. Além disso, os resultados poderão inspirar novas abordagens em robótica e aprendizagem automática, onde o conceito de traduzir dados sensoriais em movimento é um princípio fundamental.

Para Machens, “a técnica analítica que desenvolvemos sublinha uma visão crítica: embora os neurónios individuais possam ser incrivelmente complexos, a nível populacional, o seu comportamento pode ser destilado em padrões mais simples. É um lembrete de que às vezes, para compreender a intrincada dança do cérebro, precisamos recuar e ver o todo, o conjunto”.

Quanto aos próximos passos, Feierstein está interessada em ir mais a fundo. “Nós apenas arranhamos a superfície. Um dos próximos passos será observar a atividade de diferentes tipos de neurónios, como os neurónios excitatórios e inibitórios, para ver o que está a acontecer e como estão envolvidos neste processo”. No grande ballet do cérebro, cada neurónio desempenha um papel e, graças a este estudo, estamos uma pirueta mais perto de compreender a coreografia do movimento.


Legenda da imagem: Circuitos do cérebro posterior do peixe-zebra ativos durante as rotações dos olhos (neurónios a azul e a vermelho) e natação (neurónios verdes).
Créditos: Cláudia Feierstein.

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Show Cooking insere-se em programa de alimentação sustentável do IPC
No próximo dia 11 de setembro, os estudantes do Politécnico de Coimbra têm a oportunidade de começar o ano letivo a viajar por...

O evento, dinamizado pelo Serviço de Saúde Ocupacional e Ambiental e pela Unidade de Alimentação e Nutrição dos Serviços de Ação Social (SAS) do IPC conta com a presença do Presidente do IPC, Jorge Conde, e de João Lobato, Administrador dos SAS do IPC.

“Este workshop é mais um contributo para a promoção e sensibilização dos estudantes do Ensino Superior para uma alimentação mais saudável e sustentável”, declara João Lobato sobre o evento gratuito e aberto a todos os estudantes, contudo sujeito a um número limitado de vagas, que podem ser garantidas aqui.

Este workshop foi desenvolvido no âmbito do lançamento do novo programa “Prato Sustentável”, desenvolvido pelo SASIPC, que consiste em servir aos alunos todas as segundas-feiras, ao almoço e ao jantar, refeições de base vegetal saborosas, apelativas e equilibradas. Assim, substitui-se a refeição de carne por um prato vegano, a que se juntam os já habituais 1 prato de peixe e 1 prato vegano, com vista a tornar as refeições escolares mais amigas do ambiente e a incentivar hábitos alimentares sustentáveis. Estimula-se assim o aumento do

consumo de legumes e leguminosas, desde as idades mais jovens, promovendo a sua saúde. Além disso, as leguminosas (fontes de proteína vegetal - por exemplo, grão-de-bico, feijão, fava e lentilhas), têm uma pegada ecológica reduzida, dado que a sua produção requer menos recursos – como água fresca e terra arável – e emitem menos gases com efeito de estufa, tornando as refeições escolares mais amigas do ambiente.

“Quando falamos de consumo sustentável é comum pensar-se no consumo de energia e de água, na prevenção e separação de resíduos para reciclagem, no uso da bicicleta e de transportes públicos, mas, na verdade, é a alimentação que apresenta a maior fatia da pegada ecológica dos Portugueses (30%)”, alerta Ana Ferreira, Vice-Presidente do IPC e responsável pela área da Saúde Ocupacional e Ambiental. “Sabendo que, ao apostarmos na redução do consumo de proteína animal, podemos diminuir a nossa pegada alimentar para cerca de metade e que estamos, ainda, a promover saúde com menor risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, atribuímos à iniciativa uma importância fulcral”, acrescenta.

Este projeto surge no âmbito da preocupação sentida pelo Politécnico de Coimbra em relação ao facto de o consumo de carne e peixe, per capita, em Portugal, ser dos mais elevados do mundo. Este consumo é o fator que mais peso tem na pegada ecológica, tendo em conta que representa mais de 50 por cento da pegada ecológica da alimentação, além de que o consumo de carne, de pescado e de ovos é três vezes superior de acordo com a Roda dos Alimentos. Face a estes dados, entidades como a ONU têm vindo a recomendar a redução do consumo de proteína animal como uma das formas mais eficazes de combate às alterações climáticas. A alimentação de base vegetal, e a predominantemente vegetariana, traz maior diversidade alimentar e benefícios cientificamente comprovados para a saúde, sobretudo ao nível da prevenção de diabetes, hipertensão, obesidade, doença coronária e doença oncológica.

Dia 26 de setembro
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira vai promover um workshop dedicado à proteção de dados de saúde dos utentes,...

Este workshop tem como público-alvo os colaboradores do CHUCB, mas também se destina à comunidade local, às entidades públicas e privadas que colaboraram no projeto, bem como outros stakeholders, interessados na temática.

O evento será dividido em dois momentos distintos. No primeiro momento, serão apresentadas as soluções implementadas no contexto do projeto PUHealthDat@. Serão destacadas as inovações e medidas adotadas para garantir a proteção eficaz dos dados de saúde dos utentes, uma questão de relevância crescente no setor da saúde.

O segundo momento consistirá numa sessão prática em proteção de dados, especialmente desenvolvida para os profissionais de saúde. Esta fornecerá orientações práticas e informações cruciais sobre as melhores práticas em termos de proteção de dados de saúde.

O projecto “PUHealthDat@” foi desenvolvido no âmbito do sistema de apoio à modernização e capacitação da administração pública (SAMA 2020) e é co-financiado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e Fundo Social Europeu.

O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira demonstra, assim, o seu compromisso com a segurança e privacidade dos dados de saúde dos utentes, buscando a excelência na gestão dessas informações críticas.

As inscrições para participação presencial no evento são gratuitas, mas obrigatórias, em chcbeira.up.events, e somente nesta modalidade conferem direito a certificado de participação.

 

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