Opinião
Conservar ou não conservar é a dúvida que paira entre os pais que são confrontados com as potenciali

O primeiro grande marco da história da criopreservação das células estaminais data o ano de 1988, quando foi realizado o primeiro transplante de sangue do cordão umbilical, no Hospital Saint-Louis, em Paris. Este transplante foi realizado numa criança de cinco anos, Mattew Farrow, portador de Anemia de Fanconi, uma doença hematológica rara que leva à insuficiência da medulo óssea e, portanto, com uma elevada taxa de mortalidade.

Atualmente, já adulto, o paciente encontra-se totalmente curado, mas sem o sangue do cordão umbilical da sua irmã a história teria tido outro desfecho. Em Portugal, só se começa a encarar esta hipótese já perto da mudança do século, quando é realizado o primeiro transplante, em 1994, no IPO de Lisboa, mas desde aí os resultados de sucesso não têm parado.

O transplante de sangue do cordão umbilical apresenta características 100% de compatibilidade com a própria pessoa e com os irmãos apresenta 75% de hipótese de ter algum tipo de compatibilidade (25% de compatibilidade total e 50% de compatibilidade parcial).

Assim, as células estaminais do sangue do cordão umbilical, quando conservadas, podem tratar doenças como leucemias, linfomas, anemias, doenças hereditárias do sistema imunitário, doenças metabólicas hereditárias e oncológicas. Apresentam ainda resultados no âmbito da Medicina Regenerativa, em condições do foro cardíaco, Alzheimer e Parkinson.

Existem sempre novos casos de sucessos a surgirem, mesmo em adultos. Como por exemplo, o caso anunciado pela Organização Mundial de Saúde como “Primeiro caso de cura de VIH após transplante de células estaminais.” Este ano foi divulgado que uma mulher de meia-idade de ascendência mestiça desenvolveu Leucemia Mieloide Aguda de alto risco após 4 anos de ter sido diagnosticada com sida. Em 2017, foi realizado um transplante de células estaminais do cordão umbilical que apresentavam uma mutação que confere resistência ao vírus da sida. Este transplante foi complementado com a doação de medula óssea de um parente adulto. Após 100 dias do transplante, esta paciente não apresentava HIV detetável e após 37 meses do transplante, a paciente interrompeu a terapia. Desta forma, podemos ver que o sangue do cordão umbilical pode também ser aplicado em combinação com outros transplantes e terapias como neste caso. É de facto importante sublinhar, que neste caso, foi pela particularidade das células estaminais do cordão umbilical não necessitarem de compatibilidade rigorosa e apresentarem resistência ao HIV que esta a paciente teve a hipótese de ser curada da leucemia e sida.

No entanto, a lista de terapias não termina por aqui e adiciona-se ainda o facto de o tempo não ser um fator de risco, já que existe uma disponibilidade imediata para recorrer às amostras de sangue e tecido. Destaca-se que tanto para a mãe como para o filho, a colheita é não invasiva e indolor e segura, além de que a recuperação pós-transplante tem um bom prognóstico, especialmente nas terapias com o próprio sangue, onde não existe qualquer perigo.

Este é o caso de Salvador, um menino autista português com seis anos, que fez um tratamento inovador, através de um procedimento com as suas células estaminais. A sua mãe, Liane Paixão, refere que, apesar dos resultados serem só visíveis após seis meses a um ano, ao fim de cerca de dois a três meses começou a notar melhoria dos sintomas de hiperatividade e que, entretanto, começou a falar.

Por este motivo, importa refletir que prevenir é melhor que remediar, quando falamos do nosso bem-estar e da nossa família. Nunca se sabe quando os problemas de saúde vão bater à porta e nem sempre os tratamentos convencionais são suficientes. Guardar ou não guardar o sangue do cordão umbilical? A resposta está a cargo de cada mãe e pai, contudo, é impossível ignorar os benefícios desta alternativa.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“A Saúde no Saber”
Na próxima quinta-feira, dia 20 de julho, vai decorrer o lançamento do livro “A Saúde no Saber”, produzido por investigadores...

Criada no âmbito de um projeto de comunicação de ciência com o mesmo nome, a publicação pretende aproximar a população da ciência, ao apresentar de forma acessível – com recurso a textos e ilustrações – temas relacionados com a saúde, como cancro, fertilidade, sono, imunidade, doenças neuropsiquiátricas, doenças neurodegenerativas, desenvolvimento neuronal, terapia génica, microbiologia, metabolismo e biotecnologia.

«Este livro é parte integrante de uma campanha de comunicação de ciência que visa promover a literacia em saúde, que envolveu mais de 50 investigadores da Universidade de Coimbra e diversos parceiros sociais. Resultou de um trabalho de coprodução aliando diferentes saberes. É um exemplo de interdisciplinaridade e compromisso da ciência e dos cientistas com a sociedade», explica a coordenadora do projeto “A Saúde no Saber”, Sara Varela Amaral.

Para o Vice-Reitor da Universidade de Coimbra para a Investigação, João Ramalho-Santos, «este é um exemplo excelente de promoção da cultura científica promovida por investigadores. A comunicação de ciência e promoção de literacia em saúde deve ser uma importante missão da academia. O livro A Saúde no Saber visa ser um veículo de informação científica fidedigna e aproximar os cidadãos da investigação que é feita na academia».

O projeto “A Saúde no Saber” foi financiado pela Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, no âmbito da edição de 2019 do concurso Comunicar Saúde. Entre 2020 e 2023, o projeto criou vários conteúdos para a promoção da literacia em saúde em diferentes formatos: um podcast com entrevistas, animações, rubricas de rádio, crónicas ilustradas (publicadas mensalmente em 2021 no jornal Público), e também o livro “A Saúde no Saber”, que é apresentado esta semana.

O evento tem entrada gratuita. Na sessão, vão ser distribuídos exemplares do livro.

Mais informações sobre o projeto “A Saúde no Saber” estão disponíveis em https://cnc.uc.pt/pt/scicomm-projects/a-saude-no-saber.

Serviços globais de imunização alcançaram mais 4 milhões de crianças em 2022
Os serviços globais de imunização alcançaram mais 4 milhões de crianças em 2022 em comparação com o ano anterior numa altura em...

De acordo com dados publicados hoje pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela UNICEF, em 2022, 20,5 milhões de crianças não receberam uma ou mais vacinas administradas através dos serviços de imunização de rotina, em comparação com 24,4 milhões de crianças em 2021. Apesar desta melhoria, o número continua a ser superior aos 18,4 milhões de crianças que ficaram sem vacinação em 2019, antes das interrupções relacionadas com a pandemia, destacando a necessidade de esforços contínuos de recuperação e de fortalecimento do sistema.

A vacina contra difteria, tétano e tosse convulsa (DTP) é utilizada como indicador global de cobertura de imunização. Das 20,5 milhões de crianças não receberam uma ou mais doses da vacina DTP em 2022, 14,3 milhões não receberam nenhuma dose, designadas por "dose zero". Este número representa uma melhoria em relação aos 18,1 milhões de crianças dose zero em 2021, mas continua a ser superior aos 12,9 milhões de crianças em 2019.

"Estes dados são encorajadores e representam uma homenagem àqueles que trabalharam arduamente para restaurar os serviços de imunização vitais, após dois anos de declínio sustentado na cobertura de imunização", refere Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS. "Mas as médias globais e regionais não contam a história completa e mascaram desigualdades graves e persistentes. Quando os países e regiões ficam para trás, as crianças é que pagam o preço", conclui o responsável.

As primeiras fases da recuperação da imunização global não ocorreram de forma equilibrada, tendo a melhoria ficado concentrada em alguns países. O progresso em países com bons recursos e populações infantis grandes, como a Índia e a Indonésia, disfarça a recuperação mais lenta ou mesmo o declínio contínuo na maioria dos países de baixo rendimento, especialmente para a vacinação contra o sarampo.

Dos 73 países que registaram diminuições substanciais* na cobertura durante a pandemia, 15 recuperaram os níveis pré-pandemia, 24 estão a recuperar e, o mais preocupante, 34 estagnaram ou continuaram a diminuir. Estas tendências preocupantes refletem os padrões observados noutras métricas de saúde. Os países devem garantir que estão a acelerar os esforços de recuperação e de fortalecimento para alcançar todas as crianças com as vacinas de que necessitam e – porque a imunização de rotina é um pilar fundamental dos cuidados de saúde primários –, aproveitar a oportunidade para progredir noutros setores relacionados com a saúde.

Na vacinação contra o sarampo – um dos patógenos mais infeciosos – não se verificou uma recuperação tão positiva como aconteceu com outras vacinas, colocando mais 35,2 milhões de crianças em risco de infeção por sarampo. A cobertura da primeira dose da vacina contra o sarampo aumentou para 83% em 2022, em comparação com 81% em 2021, mas continuou abaixo dos 86% alcançados em 2019. Como resultado, no ano passado 21,9 milhões de crianças não receberam vacinação de rotina contra o sarampo no seu primeiro ano de vida – mais 2,7 milhões do que em 2019 –, enquanto outras 13,3 milhões não receberam a segunda dose, colocando as crianças em comunidades com baixa cobertura vacinal em risco de surtos.

"Por detrás da tendência positiva, há um alerta grave", afirma Catherine Russell, Diretora Executiva da UNICEF. "Até que mais países corrijam as lacunas na cobertura da imunização de rotina, crianças em todo o mundo continuarão em risco de contrair e morrer de doenças que podemos prevenir. Os vírus, como o sarampo, não reconhecem fronteiras. É urgente fortalecer os esforços para chegarmos às crianças que não foram vacinadas, enquanto se restauram e melhoram os serviços de imunização para atingirmos os níveis pré-pandemia."

Os dados indicam que os países que mantiveram uma cobertura estável e sustentada nos anos anteriores à pandemia conseguiram estabilizar os serviços de imunização desde então. Por exemplo, o Sul da Ásia, que registou aumentos graduais e contínuos na cobertura na década anterior à pandemia, demonstrou uma recuperação mais rápida e robusta do que as regiões que sofreram declínios prolongados, como a América Latina e as Caraíbas. A região africana, que está atrasada na recuperação, enfrenta um desafio adicional. Com o aumento da população infantil, os países precisam de expandir os serviços de imunização de rotina todos os anos para manter os níveis de cobertura.

A cobertura da vacina DTP3 nos 57 países de baixo rendimento apoiados pela Gavi, a Aliança Global para Vacinas e Imunização, aumentou para 81% em 2022 – um aumento significativo em relação aos 78% em 2021 – com uma redução de 2 milhões no número de crianças dose zero nestes países. No entanto, o aumento na cobertura da DTP3 nos países apoiados pela Gavi concentrou-se nos países de rendimento médio-baixo, enquanto os países de baixo rendimento ainda não aumentaram a cobertura – o que indica que ainda há muito a fazer para ajudar a reconstruir os sistemas de saúde mais vulneráveis.

"É incrivelmente reconfortante, após a enorme interrupção causada pela pandemia, ver a imunização de rotina recuperar de forma tão vincada nos países apoiados pela Gavi, especialmente no que diz respeito à redução do número de crianças dose zero", afirmou Seth Berkley, CEO da Gavi. "No entanto também está claro, a partir deste importante estudo, que precisamos de encontrar formas de ajudar cada país a proteger a sua população, caso contrário, corremos o risco de criar duas trajetórias diferentes, com os países de maior dimensão e com rendimento médio-baixo a superarem os restantes."

Pela primeira vez, a cobertura vacinal contra o HPV ultrapassou os níveis pré-pandemia. Os programas de vacinação contra o HPV que começaram antes da pandemia alcançaram o mesmo número de raparigas em 2022 do que em 2019. No entanto, a cobertura em 2019 ficou aquém da meta de 90% e isso ainda se manteve em 2022, com coberturas médias nos programas de HPV de 67% nos países de alto rendimento e 55% nos países de baixo e médio rendimento. A recém-lançada revitalização da vacinação contra o HPV, liderada pela Gavi, tem como objetivo reforçar a implementação dos programas existentes e facilitar mais introduções.

Várias entidades estão a trabalhar para acelerar a recuperação em todas as regiões e em todas as plataformas de imunização. No início de 2023, a OMS e a UNICEF, juntamente com a Gavi, a Fundação Bill & Melinda Gates e outros parceiros do IA2030, lançaram a ”The Big Catch-Up", uma campanha global de promoção da imunização, apelando aos governos para chegaram às crianças que não foram vacinadas durante a pandemia, restaurarem os serviços de imunização aos níveis pré-pandemia e fortalecerem os mesmos no futuro através de:

  • Reforço do compromisso de aumentar o financiamento para a imunização e trabalhar com as partes interessadas para desbloquear os recursos disponíveis, incluindo os fundos da COVID-19, para restabelecer com urgência os serviços interrompidos e sobrecarregados, e implementar esforços de recuperação.
  • Desenvolvimento de novas políticas que permitam aos agentes de imunização chegar às crianças que nasceram antes ou durante a pandemia e que já passaram a idade em que deveriam ser vacinadas através dos serviços de imunização de rotina.
  • Fortalecimento dos serviços de imunização e de cuidados de saúde primários – incluindo os sistemas de saúde comunitários –, e abordagem dos desafios sistémicos da imunização para corrigir a estagnação a longo prazo na vacinação e alcançar as crianças mais marginalizadas.
  • Construção e manutenção da confiança e a aceitação das vacinas através do envolvimento com as comunidades e profissionais de saúde.
Iniciativa tem o apoio da Lilly Portugal
A Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), com apoio da Lilly Portugal, atribuiu a 1.ª Bolsa Luís Medina, com um prémio...

Da autoria de Adriana Capucho, investigadora e estudante de doutoramento, e coautoria de Inês Almeida, Joana F. Sacramento, Fátima O. Martins, Hugo Vicente Miranda, Sílvia Vilares Conde e Rosalina Fonseca, é a 1.ª edição deste projeto premiado entre os vários promovidos pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia em áreas multidisciplinares que, além de contribuir para o enriquecimento do conhecimento clínico e científico na área da Diabetologia, pretende também homenagear José Luís Medina, uma figura incontornável no ensino, investigação e prática da Endocrinologia no nosso país. Teve também um papel preponderante nos desígnios da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, onde assumiu os cargos de secretário-geral e presidente.

Encerradas as candidaturas e anunciado o projeto vencedor no decorrer do 19.º Congresso Português de Diabetes, esta 1.ª edição da Bolsa José Luís Medina comprova-se um sucesso a repercutir nos próximos anos e promete continuar a incentivar a investigação da diabetes na área das neurociências e diabetologia.

Os vencedores dos prémios atribuídos pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia, e respetivos projetos galardoados de 2023, podem ser conhecidos em www.spd.pt.

 

 

O que é e quais os cuidados a ter
Desidratação e dificuldade no arrefecimento corporal são as principais consequências de uma insolaçã

O golpe de calor (insolação) pode colocar a vida em risco. É uma doença resultante da exposição prolongada ao calor intenso, durante vários dias consecutivos, com consequente desidratação, dificuldade no arrefecimento corporal, podendo até impedir a descida da sua temperatura por incapacidade na libertação do suor e bloqueio na reposição dos valores normais da temperatura corporal habitual.

Caracteriza-se por ser uma doença de instalação súbita, muito grave,  implicando a necessidade de tratamento intensivo imediato que passa pela hidratação de grande volume de líquidos de forma a minimizar o risco  do golpe de calor.

Esta situação ainda se torna mais complicada se surge em pacientes portadores de certas doenças crónicas (diabetes, insuficiência  renal, alcoolismo, patologia respiratória, fibrose quística, hipertensão, arritmia cardíaca,  patologia psiquiátrica, esclerodermia…), que só por si se encontram já comprometidos na resposta fisiológica normal, à qual acrescem as  terapêuticas medicamentosas instituídas, que poderão agravar  ainda mais este quadro.

Importa, contudo referir que outros grupos vulneráveis, designadamente as crianças, os idosos, os obesos, pacientes aletuados, as pessoas que desenvolvem a sua atividade profissional com uma grande exposição solar são pessoas ainda com maior risco.

Cuidados gerais e atitudes durante os períodos de temperaturas ambientais elevadas:

  • Fornecer uma grande ingestão de líquidos (água, sumos naturais, sem açúcar).
  • Impedir a ingestão de bebidas com açúcar ou de bebidas alcoólicas.              
  • Fazer refeições leves e com uma frequência de 6 a  7 vezes por dia e de pequena quantidade.
  • Permanecer em ambientes frescos de preferência com ar condicionado, tomar um duche de água tépida ou fria, sempre que possível.
  • Não permanecer ao sol nos períodos do dia compreendidos  entre as 11.00 e as 17.00 horas, usar protetores solares, aplicando-os de 2 em 2 horas.
  • Proteger o corpo com roupas suaves e que cubram o máximo da superfície corporal.
  • Sempre que possível viajar de noite, não permanecer dentro das viaturas estacionadas  e ao sol, procurar ter um ambiente nas habitações fresco e não frequentar a praia nos dias  em que as temperaturas sejam elevadas.

A sintomatologia do golpe de calor pode ser de instalação súbita,  muito rápida, sem prévios sinais de alarme, designadamente cefaleias, vertigens ou fadiga.

De uma forma geral, surge febre alta, a pele fica seca, vermelha e quente, sem produção de suor,  náuseas e tonturas.

A nível cardíaco surge uma taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), que pode atingir 160-180 batimentos por minuto, sem variação dos valores tensionais.

As temperaturas corporais podem ser de 40, 41°C, originando uma sensação de desconforto interior (como se de fogo se tratasse), confusão e desorientação mental, podendo mesmo levar à perda de consciência ou desencadear um quadro convulsivo.

Quando o paciente atinge uma temperatura de 41°C, desencadeia um quadro clínico grave em que pode bastar apenas o aumento de mais 1 grau  para ser mortal, devido ao facto de provocar uma lesão  permanente nos órgãos vitais, designadamente  no cérebro.

Se não formos céleres na instalação do tratamento o golpe de calor pode ser fatal.

O tratamento do golpe de calor é urgente, exige uma transferência imediata para uma unidade hospitalar, sendo uma obrigação de quem suspeita ou de quem diagnostica  este síndrome chamar o 112, iniciar rapidamente medidas de suporte, nomeadamente envolver a pessoa com panos ou lençóis humidos, colocar a vítima

numa banheira de água fria, num riacho se for essa a alternativa, ou mesmo aplicando gelo para a arrefecer enquanto se aguarda o transporte pelo Instituto Nacional de Emergência Medica (INEM).

É importante fazer o controlo da temperatura corporal para prevenir o arrefecimento excessivo e ministrar a terapêutica necessária para evitar as convulsões.

O internamento dos pacientes que foram vítimas de um golpe de calor é feito durante um período de alguns dias para monitorizar as oscilações de temperatura, repor o equilíbrio hidro-eletrolítico - provocado pela perda excessiva de água e eletrólitos -,  fazer a estabilização hemodinâmica dos pacientes que só deverão ter alta hospitalar quando estiverem completamente equilibrados.

Em suma, sem prejuízo de outras informações complementares, trata-se de um quadro clínico muito grave mas com bom prognóstico se tivermos uma atitude terapêutica assertiva e se os pacientes responderem adequadamente às medidas recomendadas.

Em caso de dúvida contate as linhas de apoio da Direcção Geral de Saúde:

Saúde 24: 808 24 24 24

Email: [email protected]

Professora Doutora Maria Antonieta Dias

Faculdade de Medicina do Porto

Especialista em Medicina Geral e Familiar

Especialista em Medicina Desportiva

Perita Médico-Legal

Competências: Avaliação do Dano Corporal -  Medicina Legal ; Avaliação do Dano - Segurança Social; Climatologia e Hidrologia, Geriatria.

Medicina em Viagens 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Site faz parte da estratégia omnicanal da companhia farmacêutica
A Janssen Portugal acaba de lançar um novo site institucional, com vista a agregar as informações mais relevantes que compõem o...

A plataforma, agora melhorada ao nível da experiência do utilizador, procura dar a conhecer todas as suas áreas de atuação da Janssen, desde a Oncologia, Hematologia, à Imunologia, passando pelas Neurociências, Hipertensão Arterial Pulmonar, as Doenças Infecciosas e Vacinas.

Ao navegar no novo site da Janssen Portugal poderá conhecer o compromisso da companhia farmacêutica nas diferentes áreas terapêuticas, bem como ter acesso às diferentes campanhas de sensibilização de doença desenvolvidas em Portugal.

“A modernização digital é algo que perseguimos, pelo que transformação do nosso site institucional foi um passo natural para a Janssen. O bom uso da tecnologia tem-nos permitido estar mais próximo de quem precisa dos nossos cuidados, bem como dos profissionais de saúde”, afirmou Filipa Mota e Costa, diretora-geral da Janssen Portugal.

A captação de talento é também uma preocupação para a Janssen Portugal e o novo site tem uma seção destinada a todos os que quiserem desafiar-se profissionalmente no universo do Grupo Johnson & Johnson.

A remodelação do site institucional da Janssen Portugal faz parte da estratégia omnicanal da companhia farmacêutica para o mercado nacional, onde se inclui o lançamento recente do Janssen Comigo (www.janssencomigo.pt), plataforma dedicada a doentes, cuidadores e familiares, do Janssen Medical Cloud (https://www.janssenmedicalcloud.pt/pt-pt/), site dedicado a profissionais de saúde, bem como a presença nas redes sociais, designadamente Linkedin e Youtube.

Estudo
Com o objetivo de identificar as razões que levam as pessoas a acreditar na desinformação sobre as vacinas, uma equipa de...

Com base na identificação e testagem destas 11 atitudes, os cientistas lançaram uma ferramenta online gratuita que permite a identificação rápida de argumentos anti-vacina e, em simultâneo, a refutação desses argumentos de forma construtiva. Na plataforma onde está disponível a ferramenta,  são listados mais de 60 tópicos de desinformação que podem surgir em conversas presenciais sobre vacinação, tanto em contexto profissional, nomeadamente em diálogos com pacientes, como na esfera pessoal, em conversas com amigos. O trabalho de investigação pretende, assim, abrir caminho para que se desenvolvam mais estratégias de refutação e outras intervenções que respondam de forma mais direcionada à argumentação anti-vacinação.

 No artigo científico “A taxonomy of anti-vaccination arguments from a systematic literature review and text modelling”, publicado hoje na revista Nature Human Behaviour, a equipa de investigação procurou identificar «os atributos psicológicos que impulsionam a crença de uma pessoa que se opõe à vacinação», contextualiza o investigador da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e primeiro autor do estudo, Angelo Fasce.

 «O problema da motivação anti-vacinação requer uma abordagem que vai além de apontar as falhas nos argumentos: deve considerar também as raízes desta atitude, isto é, os atributos psicológicos subjacentes à crença da oposição às vacinas», destaca o investigador. No contexto deste trabalho científico, as atitudes dizem respeito às crenças e ideias que as pessoas vão formando através da interação social e das experiências que vivem. É de acordo com essas atitudes que o ser humano reage de forma positiva ou negativa a pessoas, situações ou objetos.

A hesitação vacinal «é um conceito que abrange um espectro de atitudes, que vão desde a recusa de todas as vacinas até à aceitação da vacinação, ainda que com incertezas em fazê-lo, sendo uma barreira para alcançar uma percentagem de vacinação suficientemente alta que permita proteger as comunidades», explica Angelo Fasce.

Considerando que «uma das abordagens mais promissoras para superar a hesitação vacinal é o diálogo entre pacientes e profissionais de saúde», os investigadores procuraram identificar alguns padrões de oposição vacinal com o objetivo de apoiar os profissionais de saúde «a aplicar estratégias de comunicação que sejam eficazes para lidar com indivíduos hesitantes, que podem ser influenciados por desinformação sobre a vacinação», refere o primeiro autor. O investigador destaca ainda que «algumas das formações de atitude de oposição são cada vez mais comuns nas consultas e requerem treino específico para serem devidamente abordadas».

Os 11 tipos de formação de atitudes identificadas pelos autores são: pensamento conspiracionista; desconfiança; crenças infundadas; perceção do mundo e política; questões religiosas; questões morais; medo e fobias; perceção distorcida do risco; crença no interesse próprio; relativismo epistemológico; e reatividade.

«Esta taxonomia de argumentos é um recurso útil para os profissionais de saúde, na medida em que, para cada um, são apresentadas refutações que podem ser utilizadas quando os pacientes apresentam determinados argumentos, uma vez que esta ferramenta apresenta já como proceder à resposta a determinados argumentos anti-vacina», explica Angelo Fasce. A ferramenta foi feita «em parceria com médicos do Reino Unido e permite que os profissionais identifiquem a raiz do argumento do paciente que recusa a vacinação e, em seguida, definam como podem refutar esse mesmo argumento, sem desafiar o paciente, fazendo a refutação de forma construtiva», clarifica.

 Para validar as 11 tipologias identificadas, os autores recorreram a algoritmos de processamento de linguagem natural, através da combinação de codificação humana e de aprendizagem automática.  Realizaram uma revisão sistemática de trabalhos científicos já desenvolvidos sobre argumentação anti-vacinas, tendo recorrido também a fact checks relacionados com a vacinação contra a covid-19. «Os resultados obtidos com esta classificação hierárquica de textos sugerem que podemos recorrer ao conhecimento académico, sob a forma de literatura científica, para aperfeiçoar modelos de inteligência artificial, capacitando-os para identificar mais facilmente as formações de atitudes presentes no tipo de texto que encontramos habitualmente em contextos mais informais», salienta o investigador.

Este artigo científico foi desenvolvido no âmbito do “JITSUVAX. Jiu-jitsu with misinformation in the age of COVID: Using refutation-based learning to enhance vaccine uptake and knowledge among healthcare professionals and the public”, projeto europeu financiado com mais 3 de milhões de euros pela Comissão Europeia. É coordenado por Stephan Lewandowsky, professor da Universidade de Bristol (Reino Unido), sendo coordenado em Portugal por Fernanda Rodrigues, docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

O “JITSUVAX” pretende analisar a desinformação e o ceticismo em relação à eficácia e à segurança das vacinas, de forma a que esta análise possa vir a apoiar profissionais de saúde, e também os cidadãos, capacitando-os para comunicar de forma mais construtiva, contribuindo, assim, para o aumento da confiança das pessoas na vacinação em prol da saúde pública.

O coordenador geral do projeto, Stephan Lewandowsky, explica que «a desinformação sobre vacinas tem consequências graves para a sociedade. Foi recentemente publicado no Canadá, por exemplo, um relatório que estima que o custo da desinformação no país ronde os 300 milhões de dólares, com quase 3000 óbitos associados à relutância das pessoas em serem vacinadas por estarem mal informadas. É por isso essencial, para a garantia da saúde pública, encontrar soluções que protejam o público desta desinformação. O projeto JITSUVAX, financiado no âmbito do Programa da UE Horizon Europe, desenvolveu ferramentas para que possamos compreender e combater a desinformação anti-vacina».

Conclusão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)
O Sindicato dos Enfermeiros – SE e o Ministério da Saúde retomam na próxima quarta-feira, dia 19 de julho, pelas 11h30m, as...

Em cima da mesa, para o SE, deve estar, desde logo, a conclusão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). “Somos a única profissão da área da Saúde que não tem em vigor qualquer ACT e desde 2017 que aguardamos que sejam retomadas e concluídas as negociações”, frisa Pedro Costa. Outro dos temas que o Sindicato dos Enfermeiros pretende ver abordado na reunião prende-se com a atribuição de um dia de férias adicional por cada 10 anos de vínculo com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) por parte dos contratos individuais de trabalho, tal como acontece com os colegas com contrato de trabalho em funções públicas. É inadmissível este tipo de barreiras entre enfermeiros que trabalham lado a lado.

“Pretendemos também que seja revista a aplicação do Decreto-lei n.º 80-B/2022, que define os termos das avaliações do desempenho dos enfermeiros, e que seja encontrada uma norma que uniformize a aplicação desta legislação, para que todos os enfermeiros progridam na carreira de forma igual, sejam mais novos, mais velhos ou mais diferenciados”, justifica Pedro Costa.

O presidente do SE adianta, ainda, que também a progressão na carreira tem de ser revista, uma vez que “temos cada vez mais enfermeiros acabados de entrar na profissão a ganhar exatamente o mesmo que aqueles colegas que estão na Enfermagem há 20 ou 30 anos”. No entender do dirigente, “questões como a carreira, a especialização, o reconhecimento do risco e penosidade, desgaste rápido e a dedicação ao SNS tem de ser valorizada e recompensada, também, monetariamente”. “O próprio ministro da Saúde já reconheceu, na comunicação social, que não é admissível ter enfermeiros mais novos a ganhar o mesmo, ou mais, do que aqueles que têm já uma carreira longa ou que investiram numa especialização para colmatar as necessidades em saúde dos portugueses”, frisa Pedro Costa.

Numa altura em que se trabalha numa reforma dos Cuidados de Saúde Primários, com o intuito de atribuir profissionais de saúde a mais de um milhão de portugueses, Pedro Costa adverte que “não podemos ter apenas mais médicos de família, é também necessário que haja mais cuidados de saúde e se aposte uma vez por todas, no maior objetivo dos Cuidados de Saúde Primários a prevenção da doença e a promoção da saúde”. E isso, garante, “só é possível com a contratação e valorização de mais enfermeiros de modo a garantir que continuam a trabalhar no SNS, e não abandonam o país, onde podem ganhar pelo menos o triplo do que hoje ganham no setor público português e onde também a sua especialização e diferenciação incrementa exponencialmente os valores remuneratórios”.

 

Doença de Crohn, diabetes tipo 1, esclerose múltipla e lúpus
Por já terem demonstrado o seu potencial terapêutico em diversos estudos pré clínicos, as células estaminais mesenquimais do...

Os resultados da utilização destas células em terapias experimentais foram já publicados em alguns artigos científicos, com perspetivas promissoras da sua aplicação na prática clínica, tendo uma das primeiras aplicações sido no contexto da doença do enxerto contra o hospedeiro, após transplante hematopoiético.

As células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical têm sido associadas a melhorias na qualidade de vida de pessoas com doença de Crohn e à diminuição da necessidade de insulina em doentes com diabetes tipo 1. Outras doenças nas quais a administração destas células tem alcançado resultados favoráveis, com melhoria dos sintomas, incluem esclerose múltipla, lúpus eritematoso sistémico, lesões da espinal medula, artrite reumatoide, autismo, paralisia cerebral e casos graves de COVID‑19, entre outras. Em particular no que se refere à COVID‑19, o tratamento com células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical mostrou ser capaz de suprimir a inflamação e melhorar a sintomatologia ao nível pulmonar.

“Com a evidência científica a demonstrar que a aplicação clínica destas células é segura, bem como resultados preliminares promissores ao nível da eficácia terapêutica, é fundamental que a investigação nesta área continue com vista a obter dados mais robustos e conclusivos”, sublinha Carla Cardoso, diretora do Departamento de I&D da Crioestaminal.

“O avanço na investigação poderá permitir que, num futuro próximo, estas células sejam usadas no tratamento de várias doenças graves, atualmente sem opções de tratamento eficazes”, acrescenta.

O tecido do cordão umbilical constitui uma das principais fontes de células estaminais mesenquimais, embora estas células possam também ser obtidas a partir da medula óssea, da placenta, do tecido adiposo e do sangue do cordão umbilical.

As células estaminais mesenquimais são capazes de regular a atividade do sistema imunitário, controlando reações imunológicas exacerbadas características das doenças autoimunes, da doença do enxerto contra o hospedeiro e da síndrome de dificuldade respiratória aguda (ARDS, de Acute Respiratory Distress Syndrome), comum em casos graves de COVID‑19, podendo, por isso, ser úteis no tratamento destas doenças.

O seu potencial terapêutico resulta da possibilidade de serem facilmente multiplicadas em laboratório, da capacidade de migrarem para o local da lesão, de promoverem a libertação de moléculas que estimulam a regeneração de vários órgãos e, ainda, da capacidade de se de diferenciarem em vários tipos de células (da cartilagem, do osso e da gordura, entre outras) - o que se encontra a ser explorado na área de engenharia de tecidos, com o objetivo de permitir a substituição de tecidos lesados.

Especialista em medicina tradicional Chinesa explica benefícios
Sabia que o nosso sistema linfático é duas vezes maior que o sistema circulatório?

Para entender melhor os benefícios da massagem Guasha, a especialista em medicina tradicional chinesa, Patricia Liu, explica as principais dúvidas. Segundo ela, a massagem Guasha é uma técnica chinesa que movimenta o líquido na nossa face, proporcionando uma série de benefícios impressionantes. Ela ajuda a diminuir as expressões faciais, aumenta a circulação sanguínea, ameniza bolsas de cansaço abaixo dos olhos, tonifica os músculos do rosto e desincha instantaneamente. É uma verdadeira revolução para a saúde e beleza da pele!

A Guasha tem as suas raízes na antiga medicina chinesa, que valoriza a importância do equilíbrio energético e do fluxo livre de energia no corpo. Ao aplicar pressão suave em certos pontos do rosto, utilizando uma pedra de jade ou até mesmo as mãos, é possível promover uma melhor circulação linfática. Isso resulta em uma pele mais firme, luminosa e revitalizada.

Além dos benefícios estéticos, a massagem Guasha também promove uma sensação profunda de relaxamento e bem-estar. “Ela pode aliviar a tensão muscular facial, reduzir o stress e promover uma sensação de calma e equilíbrio. É como um momento de autocuidado e amor próprio, em que você se dedica a cuidar da sua pele e da sua saúde de forma completa”, ressalta Patrícia.

A aplicação da massagem pode ser combinada com o uso de produtos de skincare, como um mist ou hidratante, juntamente com um óleo vegetal de alta qualidade, para potencializar os resultados. Os óleos de semente de uva e girassol são especialmente recomendados devido às suas propriedades hidratantes e nutritivas.

E não se preocupe se acha que não possui habilidades especiais para realizar a massagem Guasha. A especialista enfatiza que é uma prática simples e acessível, que pode ser facilmente incorporada à sua rotina de cuidados com a pele. Ela recomenda realizar a massagem com movimentos lentos, na horizontal, sem aplicar muita pressão. Os movimentos sempre trazendo a pedra ou as mãos para fora, em direção ao couro cabeludo. Siga o formato da face, sempre respeitando os contornos.

Não perca a oportunidade de experimentar os benefícios transformadores da massagem Guasha. Renove sua pele, revitalize seu rosto e descubra uma nova versão de você mesma. “A medicina tradicional chinesa nos presenteia com técnicas ancestrais e poderosas, capazes de proporcionar resultados surpreendentes para a nossa saúde e beleza. Aproveite esse momento para se conectar consigo mesmo, relaxar e desfrutar dos benefícios revitalizantes da técnica”, finaliza Liu.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ispa – Instituto Universitário realiza primeiro estudo em Portugal sobre práticas de conversão
O estudo “Saúde Mental, Experiências de Terapia e Aspirações de Vida de Pessoas LGBT+”, liderado pelo investigador Pedro...

Das 424 pessoas LGBT+ que participarem neste estudo, 91 pessoas (22 %) foram sujeitas a práticas de conversão em contexto religioso, médico ou psicoterapêutico.

De acordo com o estudo, 52 % das pessoas sentiram-se obrigadas a iniciar a prática de conversão e 35 % foram pressionadas a manter-se no processo. A idade mínima de início foi de 12 anos; a maioria entre os 14 e os 19 anos. A duração média do processo foi de dois anos, com um mínimo de algumas sessões a um máximo de seis anos.

Cerca de 62 % das pessoas afirmaram ter sido conduzidas a estas práticas de conversão por outra pessoa e apenas 38 % por autoiniciativa. Cerca de metade dos participantes tinham como expetativa própria, e do profissional, mudar a sua orientação sexual para heterossexual.

O “Saúde Mental, Experiências de Terapia e Aspirações de Vida de Pessoas LGBT+” desvenda ainda quais as principais estratégias utilizadas por parte dos agentes promotores das práticas de conversão:

  • 27 % Expressar que a orientação sexual/identidade de género é uma doença;
  • 23 % Amplificar comportamentos heteronormativos;
  • 12 % Romper amizades/relações com pessoas LGBT+;
  • 8 % Sugerir leituras que condenam pessoas LGBT+ e/ou defendem as práticas de conversão;
  • 7 % Criar relações com pessoas heterossexuais cisgénero;
  • 5 % Isolar do contexto habitual;
  • 2 % Forçar a rezar e a cumprir penitências.

Ainda de acordo com o estudo, as pessoas sujeitas a práticas de conversão apresentam piores indicadores de sofrimento global, de bem-estar psicológico, queixas físicas e somáticas, funcionamento social e relações interpessoais e risco próprio. Alguns destes indicadores assinalam a existência de sofrimento psicológico clinicamente relevante passível de intervenção psicológica.

Este estudo liderado pelo investigador Pedro Alexandre Costa está também a decorrer em Espanha, Colômbia, Equador, Chile e Israel.

Portugal encontra-se atualmente na 11.ª posição do ranking anual da ILGA Europa - que avalia um conjunto de 49 países no que diz respeito ao panorama legislativo, político e social - de reconhecimento da igualdade de direitos de pessoas LGBT+ e de proteção especial de minorias sexuais e de género.

De acordo com um relatório elaborado por um especialista independente das Nações Unidas, Victor Madrigal-Borloz, em maio de 2020, as práticas de conversão são definidas como um “termo utilizado como guarda-chuva para descrever intervenções de natureza abrangente, que se baseiam na ideia de que a orientação sexual ou a identidade de género (SOGI) de uma pessoa pode e deve ser alterada. Tais práticas visam transformar pessoas gays, lésbicas ou bissexuais em heterossexuais e pessoas trans ou de género diversas em cisgénero”.

O relatório da ONU identificava diferentes agentes responsáveis por estas práticas como profissionais de saúde e de saúde mental, organizações e líderes religiosos ou curandeiros tradicionais, e assinala igualmente diferentes agentes promotores ou motivadores como a família, a comunidade, autoridades políticas e religiosas, ou outros agentes públicos.

Evidência acumulada em diversos países (Canadá, China, Colômbia, Coreia, EUA) estima que a prevalência de pessoas LGBT+ sujeitas a estas práticas varia entre 5 % a 20 %, dependendo do país, da faixa etária e da definição destas práticas.

Recorde-se de que o Parlamentou português aprovou, em abril, a proposta que criminaliza práticas de conversão sexual, com a maioria dos deputados a votar a favor, com exceção da abstenção do PCP e do Chega.

No ICBAS
A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) vai organizar um conjunto de palestras ligadas à saúde na próxima quarta...

O encontro vai contar com a reflexão e o contributo de vários especialistas da área. Henrique Martins, médico internista e professor no ISCTE, e Rita Veloso, vogal do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de Santo António, vão abordar a implementação do registo eletrónico único — um instrumento que visa reunir informação essencial de cada cidadão para a melhoria da prestação de cuidados de saúde. 

Já na segunda parte será a vez de dar a palavra a Luís Barreto Campos, Presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente, e ao médico José Mendes Nunes. Estes profissionais vão debater a estratégias para a integração de cuidados em Portugal. 

“Este debate representa o compromisso em fomentar a troca de conhecimentos e experiências entre profissionais, decisores políticos e público geral na área da saúde. Estamos confiantes de que, através do contributo destes especialistas, possamos aprofundar ainda mais os assuntos em debate: identificar desafios, partilhar melhores práticas e apontar soluções. Tudo isto faz parte do caminho para aumentar a literacia em saúde da população e até mesmo dos profissionais de saúde”, explica a presidente da sociedade científica, Cristina Vaz de Almeida. 

O evento vai contar ainda com a apresentação do primeiro Manual de Literacia em Saúde, lançado pela SPLS. “Esta é uma iniciativa pioneira destinada a capacitar indivíduos e comunidades a adquirir conhecimentos essenciais sobre saúde e bem-estar", revelam as coordenadoras do projeto, Cristina Vaz de Almeida e Isabel Fragoeiro. “Este Manual de Literacia em Saúde foi elaborado com o objetivo de superar barreiras através dos contributos de dezenas de especialistas que acreditam que é possível melhorar a saúde de todos através do aumento da literacia”, acrescentam. 

 

Opinião
Ter uma doença rara é, na grande maioria dos casos, ter um longo caminho de penosas interrogações, s

A falta de enquadramento objetivo da sintomatologia num diagnóstico leva a que, muitas vezes, o doente tenha tratamentos inapropriados à sua doença, tenha que passar por vários especialistas, tenha que aguentar longas esperas entre consultas, a falta de informação de qualidade sobre a doença, falta de referências de profissionais habilitados e cuidados adequados. Vão-se acumulando frustrações, incompreensões, insucessos, medos, dores e muitas dúvidas quanto ao futuro. Correrei risco de vida? Ficará a minha autonomia comprometida? Terei ao menos tratamentos para os sintomas? A minha esperança de vida será a mesma? Voltarei a integrar-me nos meus grupos escolar/profissional e social?

Se o medo é comum ao ser humano, num processo físico em que adivinham perigos à integridade e à própria vida, a ansiedade surge inevitável. Sem respostas, a sintomatologia ansiosa vai-se agravando, os cenários projetados são o que aparece como mais real. Sem acolhimento clínico sensível a este sofrimento, com uma maior vulnerabilidade a nível psicológico e social a dor vai tirando ânimo aos dias, que se tentam suportar. Que objetivos projetar para o futuro se não se sabe o que significa o sofrimento, na limitação e no tempo? A dor depressiva - tristeza, perda de interesse, redução de energia - pode instalar-se se a espera de respostas for muito longa e a desesperança se instalar.

Ansiedade da espera e futuro

Ainda que seja contracorrente, devemos colocar-nos num modo sem ser de espera e sem apego aos resultados passados e às ideias negativas do futuro. É necessário colocarmo-nos num modo de vida, ainda que seja inevitável pensar-se sobre o que se tem e como será, os dias têm que ser vividos e com um sentido, mesmo que o sentido seja viver hoje o melhor possível. Cuidar do corpo e das emoções, adequar uma atividade física à sua limitação e sofrimento, meditação, relaxamento ajudam a estimular a produção de substâncias que controlam as emoções e pensamentos negativos. Assim como, fazer parte de um grupo com quem possa desenvolver algumas atividades recreativas e manter alguns interesses culturais, como leitura, música, cinema. Somos seres sociais, pensamos e refletimos a vida em conjunto, daí ser necessário mantermos a comunicação, a partilha de conhecimentos diversificados, colaborarmos em algum projeto coloca-nos na roda da vida, num modo de energia. Além de podermos partilhar emoções e afetos, fator fundamental a uma melhor regulação emocional, sendo que aqui a família e amigos são o maior garante de um suporte que, mais do que nunca, se torna necessário.

A dor terrível do olhar dos outros

Consoante a evidência física da doença rara, sabendo que há tantas e de tantas formas que incapacitam e deformam o corpo, o olhar do outro poderá ser mais uma ferida que se abre. Serem fisicamente diferentes, não poderem fazer o que os outros fazem, remete muitas vezes o doente para a condição de solitário, de excluído. Ainda que a doença não seja uma fronteira, é, naturalmente, um lugar de medo, de ignorância e que se não vencida dentro de cada um pode aparecer como descriminação rejeitante. Todos temos medo do sofrimento, da limitação, vermos isso nos outros leva-nos a pensar em nós, o desconforto aparece, a estratégia primária de alívio surge, a fuga. É um desconforto para pensarmos, empatizarmos, mantermo-nos socialmente ligados. Fecharmos os olhos não faz desaparecer o problema, nem nos tira da equação, faz-nos apenas insensíveis, portadores de uma consciência moral e social negativa que tira força a quem dela precisa. É fácil ser como os outros, fazer o que os outros fazem, nem sempre sinónimo de um encontro com uma identidade única que todos temos.

Mas não há como negar que lutar sozinho é mais difícil e, nestes doentes, a força física e emocional já está comprometida. No entanto, aceitar o desafio é poder também fortalecer-se. A opinião dos outros, estigmatizada e preconceituosa, é um problema sim, mas de quem a tem. Num caminho de luta tão árdua como o é o da doença rara, é inevitável e positivo o afastamento de algumas pessoas. Não caminhamos sozinhos, nem somos felizes sem relação ou afeto, pois é assim que nos encontramos, mas podemos avançar com menos gente. Não termos a preocupação de agradar. Quem sou eu além do meu corpo e do meu passado? Há um luto inevitável, já não tenho o mesmo corpo, o futuro que projetei já não é possível e os sonhos que tive já não fazem tanto sentido. Uma parte da história chega ao fim, dói o que se perdeu. Chora-se a ilusão, mas não se poderá perder a esperança, pois é ela que nos permite novos desenhos do futuro. É tempo de redefinir-se, o que é ainda possível sonhar, que desejos quero cumprir? Seremos sempre seres únicos, com um futuro que não sabemos como será, sem ilusões resta-nos a verdade, e ela é sempre o ponto de partida para sermos livres.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sintomas e tratamento
A progesterona é um membro de um grupo de hormonas esteroides designadas progestágenos.

Como funciona a progesterona?

A progesterona é produzida principalmente nos ovários, e os níveis começam a subir durante a ovulação e permanecem elevados durante a fase lútea do ciclo menstrual. Se o óvulo libertado durante a ovulação for fertilizado, os ovários continuam a libertar progesterona do corpo lúteo, preparando o útero para a gravidez. Estimula as glândulas no endométrio (revestimento do útero) a segregar nutrientes para nutrir o embrião inicial. Impede que as contrações da parede do útero potenciem a possibilidade de implantação do óvulo fertilizado. Se a fertilização não ocorrer (ou seja, a gravidez não acontece), os níveis de progesterona caem. Isto resulta na deterioração do endométrio e na contração da parede do útero, consequentemente, em menstruação.

O que é a hipersensibilidade à progesterona?

A hipersensibilidade à progesterona é uma condição autoimune rara; o sistema imunológico produz uma reação incomum aos níveis crescentes de progesterona observados durante a fase lútea do ciclo menstrual. Isso resulta em vários sinais e sintomas dermatológicos e alérgicos. Geralmente é caracterizada

por erupções cutâneas que pioram durante a fase lútea do ciclo menstrual como uma reação aos níveis mais altos de progesterona.

Causas e sintomas

As causas da hipersensibilidade à progesterona não são muito conhecidas sendo necessário mais investigação sobre essa condição. Alguns investigadores sugerem que possa estar relacionado com a exposição exógena à progesterona, como os contracetivos hormonais ou tratamentos de fertilidade. Também pode ser consequência da gravidez, em algumas mulheres. Essas exposições podem causar sensibilização hormonal e criar uma reação alérgica.

Susanna Unsworth partilha conselhos sobre como reconhecer os primeiros sinais: “A principal característica que me faria suspeitar de alguém com hipersensibilidade à progesterona seria uma erupção cutânea transitória que tem uma natureza muito cíclica - muitas vezes aumenta significativamente na fase do crescimento - até à menstruação, e acalma novamente quando chega a menstruação, seguindo o padrão de produção de progesterona num ciclo menstrual normal. No entanto, pode ser mais difícil diagnosticar alguém com períodos irregulares ou pouco frequentes”.

O sintoma mais comum é uma erupção cutânea que aparece alguns dias antes do início da menstruação e desaparece um ou dois dias depois. No entanto, os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Enquanto alguns podem apresentar sintomas leves, outros podem responder de forma mais severa. Possíveis sinais de hipersensibilidade à progesterona são:

  • Dermatite: podem ocorrer erupções vermelhas, urticária, comichão ou vermelhidão na pele;
  • Angioedema, inchaço semelhante a uma colmeia que ocorre sob a pele;
  • Eritema multiforme, uma reação que geralmente aparece nas mãos e braços;
  • Erupção medicamentosa fixa, uma reação que ocorre na mesma parte do corpo;
  • Períodos irregulares ou intensos, ou mesmo ausência de menstruação (amenorreia);
  • Sintomas respiratórios: sintomas semelhantes aos da asma, como pieira, falta de ar ou tosse.

Alguns casos graves podem incluir anafilaxia, uma reação alérgica súbita e com risco de vida.

Existe tratamento?

Como já referido, a hipersensibilidade à progesterona é frequentemente intermitente com sintomas semelhantes a outras reações alérgicas. Portanto, o diagnóstico e o tratamento podem ser difíceis. Se apresentar algum dos sintomas deve-se consultar um médico, para que possa analisar os sintomas e encaminhar para um médico especializado para um acompanhamento adequado.

O tratamento dependerá da gravidade da condição e pode incluir anti-histamínicos, esteroides ou medicamentos imunológicos mais especializados. Outros tratamentos também podem incluir medidas que reduzem a produção de progesterona, incluindo outros tratamentos hormonais ou injeções e talvez até mesmo cirurgia para remover os ovários. Também é comum sugerir evitar métodos contracetivos que contenham progestágenos.

Susanna Unsworh acrescenta: “O tratamento dependerá da gravidade da condição. Pode ser que o uso simples de anti-histamínicos, juntamente com o tratamento tópico da erupção, seja suficiente. No entanto, pode ser preciso um tratamento mais significativo com o objetivo de diminuir a produção de progesterona no organismo, retirando o estímulo para a reação. Isso pode incluir medicação ou uma potencial cirurgia para remover os ovários”.

“Embora a hipersensibilidade à progesterona seja rara, a intolerância à progesterona é muito mais comum. Esta não é uma resposta de reação alérgica, mas mais uma descrição dos efeitos colaterais que podem estar relacionados com a progesterona. A intolerância à progesterona pode ser comum em mulheres que usam várias formas de tratamentos hormonais, como contraceção hormonal ou THS, onde a progesterona ou progestágeno no âmbito do tratamento pode causar efeitos colaterais, como distúrbios gastrointestinais, inchaço e até alterações de humor. Também é provável que as mulheres que lutam contra sintomas pré-menstruais, particularmente as mudanças de humor, estejam a responder ao aumento da progesterona observado durante a fase lútea do ciclo. Embora esta não seja uma resposta alérgica, ainda pode causar sintomas significativos e angustiantes. Encorajaria qualquer pessoa que sinta que está a enfrentar esses problemas a discuti-los com o seu médico”, comenta Susanna Unsworth.

Embora rara, a hipersensibilidade à progesterona pode afetar significativamente a qualidade de vida. Conhecer os sintomas e perceber o mecanismo subjacente desta condição facilita a deteção e o diagnóstico precoces. Se suspeitar que pode ter hipersensibilidade à progesterona, é importante discutir os sintomas com o seu médico. Com o tratamento adequado, as pessoas com esta doença podem sentir alívio dos sintomas e melhoria da qualidade de vida.

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Betancur conta com mais de 15 anos de experiência no setor de saúde
Juan Rodrigo Betancur é o novo Diretor Geral da Galderma na Península Ibérica. Depois de quase dois anos na Galderma, Betancur...

Betancur, conta com mais de 15 anos de experiência na área da saúde em diferentes empresas multinacionais e em várias funções de gestão e liderança de equipas, bem como uma vasta experiência em diferentes países com funções regionais e locais, é licenciado em Engenharia Industrial pela Pontificia Universidad Javeriana e possui MBA pela Tulane University, além de formação em negócios e marketing.

Nas palavras de Juan Rodrigo Betancur, “Tenho muito orgulho de fazer parte da equipa da Galderma em Portugal, um mercado líder no mundo da dermatologia com um crescimento significativo e altamente relevante. Na Galderma dedicamos os nossos esforços à dermatologia avançada para cada história de pele em Portugal vemos uma crescente consciência do cuidado da pele entre os nossos doentes e profissionais de saúde. Por isso, acho que é um grande momento para a empresa e tenho certeza que podemos continuar a crescer graças ao nosso trabalho e compromisso com os consumidores”.

A Galderma tem o claro propósito de avançar no cuidado da pele, com um património único no mundo da dermatologia e um negócio moldado por marcas líderes, centrado na ciência, e que procura consolidar-se como a empresa líder mundial em dermatologia em Portugal. "Acreditamos nas relações profundas e de alto valor com os nossos grupos de interesse, transformando positivamente o mundo da dermatologia e o cuidado da pele", explica Betancur.

Por sua vez, o novo Diretor Geral da Galderma declarou a importância do talento humano para o futuro da empresa: "temos uma equipa de alto desempenho que tem uma estratégia clara e está ligada de forma integral com um propósito e visão, o que nos ajuda a alcançar resultados extraordinários. O nosso grande diferencial competitivo é sermos a única empresa 100% dedicada à dermatologia com 3 pilares interligados sinergicamente: soluções médicas, medicina estética e soluções para o consumidor. Graças a isso, temos um futuro muito promissor com inovações baseadas em soluções e produtos para cuidados com a pele”.

E conclui, "durante esta nova etapa, os principais objetivos consolidarão a Galderma como um exemplo mundial de crescimento sustentado em dermatologia, posicionando a companhia como um dos melhores lugares para trabalhar e converter-nos num aliado estratégico para os nossos doentes, consumidores, comunidade médica e clientes, que partilham o nosso propósito de avançar no mundo da dermatologia”.

 

Recomendações
Julho rima com praia, sol, piscina e, claro… festivais de verão!

A ressaca acontece quando o consumo de álcool excede a capacidade que o fígado tem de o metabolizar e, como tal, pode ser leve ou agressiva mediante a quantidade ingerida. Além da dor de cabeça, os sintomas físicos e mentais que surgem devido ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas podem passar por uma leve desidratação, alteração no sistema nervoso devido à hipoglicemia induzida pelos altos níveis de álcool circulantes, enjoo, mal-estar geral e sede excessiva.

Para aproveitar os festivais de verão sem culpas e ao som de uma das suas bandas favoritas, conheça os cinco conselhos que o vão ajudar a prevenir e curar a ressaca:

  1. Descanse antes de ir para o festival e no dia seguinte – O descanso vai ajudá-lo a repor as energias necessárias antes de seguir para a festa e a recuperá-las após o regresso.
  2. Evite a ingestão de bebidas alcoólicas com o estômago vazio – É aconselhado que coma refeições ligeiras, por exemplo, massa com molho magro ou ovos mexidos, impedindo que o álcool entre todo na circulação sanguínea e facilitando a sua digestão.
  3. Beba muita água – O álcool é diurético e contribui para a desidratação do nosso organismo. É fundamental compensar a perda de líquidos bebendo muita água, idealmente um copo de água por cada copo de bebida alcoólica. Para compensar o equilíbrio de substâncias minerais pode ainda comer nozes ou palitos salgados para acompanhar.
  4. Tome um pequeno-almoço leve na manhã seguinte – Fazer uma refeição leve após o excesso de ingestão de álcool é um bom remédio. São recomendados alimentos ricos em hidratos de carbono, tais como pão e alimentos salgados, por exemplo, azeitonas ou queijo feta. Evite alimentos com gordura.
  5. Dê um passeio a pé ao ar livre – Passear a pé fará desaparecer a sensação de nevoeiro na cabeça.

O álcool provoca dores de cabeça latejantes, muitas das vezes parecidas com as da enxaqueca, e acompanhadas de outros sintomas como enjoos, tonturas e fadiga. Se as dores de cabeça forem muito fortes, é importante consultar o seu médico ou farmacêutico ou contactar a linha SNS24.

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Afirma Associação Nacional de Farmácias (ANF)
A Associação Nacional das Farmácias (ANF) saúda o decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros que vem permitir a dispensa em...

«Esta medida é uma conquista para as pessoas, já que terá grande impacto na sua vida e saúde, com ganhos evidentes no controlo das doenças e na diminuição dos encargos das famílias. Mas é também o reconhecimento, por parte do Ministério da Saúde, dos benefícios que a intervenção das farmácias tem para a adesão às terapêuticas e para os resultados em saúde, bem como das mais-valias que representam para cidadãos e SNS», considera a presidente da ANF, Ema Paulino.

Em estreita colaboração com o SNS, nomeadamente com os serviços farmacêuticos hospitalares, as farmácias passam, assim, a contribuir de forma efetiva para a melhoria da acessibilidade e equidade de acesso a medicamentos que eram de dispensa exclusiva hospitalar. Isto porque as farmácias comunitárias, graças à capilaridade e qualificação da sua rede, estando presentes em todo o território, permitem grande proximidade às pessoas, e um serviço eficiente e seguro.

O valor económico e para a saúde desta solução foi amplamente demonstrado através de projetos anteriores, nomeadamente durante a pandemia, em que as farmácias comunitárias contribuíram ativamente para a dispensa de medicamentos hospitalares. Nestes projetos, as pessoas reportaram melhorias na adesão à terapêutica e uma diminuição, em média, de 112 quilómetros na distância percorrida, reduzindo também o tempo de espera e o absentismo ao trabalho.

As farmácias comunitárias assumem agora a responsabilidade, em conjunto com todos os agentes envolvidos, de proporcionar, a nível nacional, o acesso e acompanhamento das pessoas que necessitam de medicamentos hospitalares e que optem pela dispensa em proximidade.

 

Combate ao isolamento social
O Atrium Saldanha juntou-se à Instituição “Pedalar Sem Idade” para promover uma experiência inesquecível e que combate o...

Com o intuito de combater a solidão e o isolamento, o projeto “Pedalar Sem Idade” uniu-se ao Atrium Saldanha para ciar momentos de alegria. Os passeios por Lisboa arrancam na próxima segunda-feira, dia 17 de julho e as inscrições já estão disponíveis.

O ponto de partida desta aventura sobre rodas é no Atrium Saldanha e os passeios têm disponíveis várias rotas que podem ser escolhidas previamente pelos passageiros. As opções variam entre a Avenida da Liberdade, as Avenidas Novas, ou nos jardins de Lisboa como o Campo Grande, o Jardim do Príncipe Real ou até o Jardim das Amoreiras. Em aproximadamente uma hora, a rota passa sempre por vários pontos de referência da cidade, fazendo com que a experiência se torne ainda mais especial.

Os passeios, que têm como objetivo o combate à solidão e ao isolamento social, destinam-se essencialmente a idosos e a pessoas com mobilidade reduzida e são conduzidos por voluntários. Acontecem 6 vezes por mês, entre as 9h e as 12h e as 14h e as 18h. O agendamento destes passeios deve ser feito através deste link e toda a informação necessária pode ser encontrada no site oficial da “Pedalar Sem Idade”.

 

 

Estudo
A Escolha do Consumidor realizou um estudo online, a propósito da prática desportiva no verão, de forma a compreender melhor...

A maioria das pessoas inquiridas (76%) refere que o início do verão não é visto como um impedimento para continuarem a praticar desporto. No entanto, o principal motivo que leva à sua interrupção é o encerramento dos espaços ou aulas devido às férias. Numa época em que a forma física está ainda mais exposta que o habitual, 42% dos indivíduos questionados admitem preocuparem-se um pouco mais com a aparência durante este período.

Já 55% dos portugueses afirma que a chegada do verão não motiva a um aumento da prática de desporto e não sentem uma pressão superior. Relativamente aos cuidados com o corpo, a tendência (56%) é haver um cuidado com o mesmo durante todo o ano.

O bom tempo característico desta estação é também sinónimo de passar mais tempo ao ar livre e, nesse sentido, 44% dos consumidores menciona que prefere praticar desporto no exterior. Cerca de um terço dos portugueses admite ainda que o calor lhes tira a vontade de ir a um ginásio fechado, mas 30% não se importa tanto de ir, se este tiver uma zona ao ar livre onde seja possível exercitar-se.

A constante busca e idealização do corpo perfeito mencionada principalmente nesta altura do ano pode também ter impacto na saúde mental da população. Mais de metade dos inquiridos (65%) admite que a publicidade alusiva aos corpos perfeitos pode diminuir a autoestima de uma pessoa e que as marcas e empresas ligadas ao desporto deveriam promover também a saúde mental (91%).

A maioria dos portugueses refere também que está satisfeito com a publicidade feita pelas marcas de desporto, 44% sugere ainda que seria importante para estas marcas e empresas mostrar diferentes tamanhos de corpos nos seus anúncios. Contudo, os anúncios a clínicas de estética são indicados como um fator que pode ser melhorado. 

No que diz respeito à compra de artigos relacionados com desporto, 74% dos inquiridos prefere adquirir produtos em lojas especializadas do setor, sobretudo em espaços físicos (41%). Por outro lado, a compra através dos sites online destas lojas é relativamente baixa (22%).

De acordo com a Decathlon, “a prática da atividade física, de forma individual ou coletiva, ajuda à boa disposição e liberta a mente. E, nos dias de hoje, está ao alcance de todos, independentemente da idade, da compleição física ou destreza. O nosso sentido, “Move people through the wonders of sport”, traduz isso mesmo e reforça que a prática de exercício físico nos dá confiança e ajuda a controlar a nossa energia”.

A Adidas, Decathlon, Nike, Prozis e Sport Zone são as principais marcas que os inquiridos referem seguir nas redes sociais. Embora apenas 30% o faça, os que o fazem, têm como intuito obter descontos exclusivos, estar atualizados quanto a novos produtos e lançamentos e receber dicas e ideias relacionadas à prática desportiva.

Segundo Jorge Simões, Diretor de Marketing e Ecommerce da Sport Zone: “A marca posiciona-se há vários anos como “Friendly Coach”, promovendo o bem-estar físico e mental dos portugueses, com dicas de saúde mental, nutrição, treino e produtos, todas estas adequadas às diversas práticas desportivas. Estas dicas podem ser encontradas nas redes sociais da Sport Zone, assim como no site e, ainda, através das newsletters para os membros do Sport Zone Club. O conteúdo é realizado por especialistas de cada área, em diversos formatos, como vídeos, ebooks, lives, entre outros. Estes formatos podem ser guardados para serem vistos e aplicados mais tarde, sempre que os utilizadores desejarem. Por outro lado, promovemos também eventos e workshops presenciais, onde de uma forma simples e gratuita, apoiamos quem quer melhorar o seu bem-estar físico e mental”.

Acordo visa cooperação nos ciclos de estudos da área das Ciências da Saúde
A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Europeia e o Hospital de Cascais, Dr. José de Almeida, estabeleceram hoje um...

O desenvolvimento de atividades de ensino, formação e investigação, no âmbito das ciências e das tecnologias da saúde, deve incorporar uma componente prática de elevada qualidade em centros, serviços e unidades reconhecidamente qualificados. O Hospital de Cascais, Dr. José de Almeida, gerido em em regime de parceria público-privada, pelo Grupo de Saúde Ribera, constitui uma organização de elevada qualidade e excelência clínica adequada ao desenvolvimento de ensino, formação e prática clínica.

“A melhoria contínua dos sistemas de ensino e de formação, no âmbito das ciências da saúde, nas suas diferentes áreas científicas e dimensões pedagógicas, requer alinhamento com as melhores práticas, a nível nacional e internacional, beneficiando do estabelecimento de parcerias estratégicas entre diferentes agentes, entidades, instituições e stakeholders. Esta parceria é mais um passo no fortalecimento da nossa capacidade de diferenciação no ensino das Ciências da Saúde”, afirma a reitora da Universidade Europeia, Hélia Gonçalves Pereira.

“Este protocolo promove uma estreita ligação das equipas do Hospital de Cascais com a Universidade, permitindo a integração destas em atividades científicas com forte incremento no desenvolvimento do conhecimento para ambas as partes. Pretendemos que esta parceria seja uma referência nacional e internacional, de um projeto orientado para a interligação entre o exercício profissional especializado, a prática clínica e as atividades de ensino, formação, investigação clínica e translação”, menciona o Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Cascais, José Bento e Silva.

O presente Protocolo tem como objetivo promover a interligação entre o exercício profissional especializado e a prática clínica e as atividades de ensino, formação, investigação clínica e translação. Entre estes objetivos incluem-se: a melhoria progressiva da qualidade da prestação dos cuidados de saúde, promoção da formação e do treino científico de forma a responder à estratégia definida para as áreas clínicas e científicas das ciências e tecnologias da saúde, alargamento do número de profissionais qualificados que acedem a uma carreira universitária, aumento das atividades de investigação através da promoção de um crescente número de projetos de qualidade/dimensão nacional.

A Universidade Europeia informa o Hospital de Cascais sobre os ciclos de estudo disponíveis no ano letivo seguinte, na área de ciências da saúde, bem como o plano de estudos e as unidades curriculares de cada ciclo, indicando o número de docentes e horas letivas necessárias. Por seu turno, o Hospital de Cascais indica a lista de pessoal docente disponível para integrar a equipa docente dos ciclos de estudo disponíveis para o respetivo ano letivo.

O Protocolo entra em vigor na data da sua assinatura e pelo período de 8 anos académicos.  Este prazo poderá ser renovado automaticamente por períodos sucessivos de 5 anos académicos, desde que não exceda o prazo de vigência do Contrato de Gestão e Prestação de Cuidados de Saúde no Hospital de Cascais em regime de parceria público-privada celebrado entre o Grupo de Saúde Ribera e o Estado Português.

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