Recomendações
O sol é fundamental à vida e, em doses moderadas, traz inúmeros benefícios para a saúde e bem-estar,

De forma a aproveitar os benefícios do sol sem correr riscos desnecessários para a saúde, é fundamental conhecer e respeitar algumas regras:

  • Evitar a exposição direta ao sol nas horas de maior intensidade da radiação solar (sobretudo entre as 12-16h, idealmente entre as 11-17h): deve-se procurar zonas de sombra neste horário, recorrendo por exemplo a toldos e guarda-sol. É importante não esquecer que os toldos e chapéus-de-sol não filtram toda a radiação ultravioleta, nem impedem a exposição à radiação refletida pelas superfícies, sendo fundamental a aplicação de protetor solar mesmo estando à sombra.
  • Usar vestuário adequado: roupa protetora (por exemplo, camisola de manga comprida e calças, dando preferência a tecidos opacos e escuros ou com fator de proteção incorporado), chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção UVB e UVA.
  • Fazer uma exposição gradual e progressiva ao sol.
  • Aplicar protetor solar com índice elevado (factor de proteção solar igual ou superior a 30, que proteja das radiações UVA e UVB), resistente à água, em quantidade suficiente, em todas as áreas expostas. A sua aplicação deve ser feita 20 minutos antes da exposição solar e repetida ao longo do dia, de 2 em 2 horas e após nadar ou transpirar. Não esquecer de proteger os lábios, nariz, orelhas e dorso das mãos e dos pés.
  • Ter cuidados acrescidos junto à água, areia e neve, porque refletem os raios solares, aumentando a exposição real à radiação solar.
  • Ter atenção à medicação efetuada: alguns medicamentos tornam a pele mais sensível ao sol, desencadeando uma reação tipo queimadura mesmo com exposições moderadas ao sol.
  • Manter estes cuidados com a proteção solar durante todo o ano, mesmo nos dias nublados e fora da praia: embora seja mais intensa no verão, a exposição solar ocorre durante todo o ano e em todos os locais (o sol da praia é igual ao do campo e da cidade). As nuvens dão uma falsa sensação de segurança pela diminuição do calor, mas deixam passar os raios ultravioleta podendo em certas ocasionais até amplificar a sua intensidade.

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Pela Bureau Veritas
A Ordem dos Nutricionistas concluiu o processo de certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, cumprindo os requisitos da...

O certificado de conformidade abrange designadamente os seguintes processos: Gestão Estratégica; Acesso à Profissão; Exercício Profissional; Especialidades; Capacitação e Desenvolvimento; Ato Eleitoral; Gestão de Recursos Humanos; Gestão Administrativa e Financeira e Comunicação e Eventos.

Para Alexandra Bento, Bastonária da Ordem, “esta certificação constituía mais um compromisso que conseguimos alcançar. A constante atualização em termos de padrões e standards de qualidade sempre foi um objetivo bem definido na nossa atividade, para garantirmos uma marca de confiança e credibilidade dos nossos serviços aos nutricionistas.”

Reforça, ainda que “a norma ISO 9001 constitui uma referência internacional para a Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade e todo o processo para a sua conclusão surge após um processo de auditoria extensivo aos serviços, processos e procedimentos da Ordem, garantindo a qualidade máxima nos serviços prestados aos nutricionistas. Foi um esforço claro para se assegurar a conformidade dos nossos serviços, num processo de constante melhoria contínua.”

A ISO 9001:2015 reflete a consolidação de processos seguros e confiáveis da Ordem dos Nutricionistas, com o objetivo de aplicar as melhores práticas e o alcance de uma maior eficiência, sustentabilidade, satisfação, rigor e exigência.

 

Dia 13 de julho
Após o lançamento do livro “77 Vozes pela nossa Saúde”, o Iscte EE apresenta um debate que pretende desconstruir algumas...

No próximo dia 13 de julho, pelas 18h30, na Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos no Porto, o Iscte Executive Education organiza um debate sobre a Saúde em Portugal.

Ana Povo (Centro Académico Clínico ICBAS-CHUdSA), Eurico Castro Alves (Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos), Francisco Pavão (Médico Saúde Pública) e Rita Veloso (Centro Hospitalar Universitário de Santo António), especialistas do setor com elevada relevância nas suas áreas, irão debater as várias linhas de pensamento abordadas na obra “77 Vozes pela nossa Saúde – Um debate plural por um direito fundamental”, e de que forma é possível fazer a diferença em Portugal. A conversa é moderada por José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education.

Com nota introdutória de Ana Maria Simões, Rui Vinhas da Silva e José Crespo de Carvalho (membros da Comissão Executiva do Iscte Executive Education), a obra de 688 páginas reúne visões de 77 personalidades - associações, empresários, professores, ordens profissionais, enfermeiros, médicos, investigadores e ex-ministros - sobre o estado da Saúde em Portugal, a necessidade de mudar, de crescer, de criar a diferença no Serviço Nacional de Saúde (SNS), na coexistência entre hospitais públicos e privados e na gestão da Saúde. Os leitores são ainda confrontados com algumas questões: a Saúde está mesmo mal em Portugal? Como é gerida? O SNS dá resposta às necessidades dos cidadãos? Os hospitais privados devem desaparecer, ou antes pelo contrário?

Coordenado pelo Iscte Executive Education e editado pela Oficina do Livro, do grupo LeYa, 77 Vozes pela nossa Saúde encontra-se à venda por 16,90 Euros, estando também disponível em e-book.

 

Doença hereditária rara
Com uma expressão clínica muito variável, “podendo ser diferente entre doentes da mesma família”, a

A XLH é uma doença multissistémica crónica, progressiva e debilitante, com prejuízo das funções físicas e da qualidade de vida. Segundo a endocrinologista do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, na maior parte dos casos, a XLH manifesta-se “durante o processo da aquisição da marcha, sendo particularmente evidente entre o primeiro e o segundo ano de vida”. O encurvamento progressivo dos membros inferiores é, como explica a médica, o primeiro sinal de alerta.

Outros sinais e sintomas pediátricos incluem “bossa frontal por fusão prematura de suturas cranianas, atraso da erupção dentária, dores ósseas, fraqueza muscular, atraso da aquisição da capacidade de marcha e marcha defeituosa”.

No entanto, alerta que, embora o diagnóstico seja feito quase sempre em idade pediátrica, não é raro que surjam casos cujo diagnóstico aconteça em fases mais tardias. Tudo depende da gravidade da doença. “Existem formas graves diagnosticadas na infância e formas menos graves com, por exemplo, apenas presença de baixa estatura sem deformidades ósseas que levam ao diagnóstico na idade adulta”, explica a médica.

Nos adultos, a clínica inclui, além de deformidades ósseas também dor óssea crónica ao nível das articulações, dor e fraqueza muscular, osteoartrites, pseudofraturas e fraturas recorrentes. Segundo Olga Gutu, é ainda frequente a ocorrência de abcessos (infeções) dentários espontâneos e alguns doentes podem desenvolver uma diminuição da acuidade auditiva.

Para além de condicionar a mobilidade dos doentes, esta patologia acarreta ainda um elevado impacto psicológico. “A incapacidade pode levar à depressão e influenciar a habilidade de trabalho e de executar as tarefas do dia-a-dia”, acrescenta a médica.

“Laura”, atualmente com 46 anos, conta que, no seu caso, a suspeita de sofrer de raquitismo chegou quando tinha apenas três meses de idade. “A minha mãe ficou desesperada com a notícia”, comenta recordando que foi imediatamente encaminhada para consulta no Hospital de Santa Maria, onde foi feito o diagnóstico de XLH. 

“Desde os dois anos, fui submetida a análises ao sangue, de três em três meses, para aferir os níveis de fósforo, cálcio, vitamina D, fosfatase alcalina, creatinina, no sangue. Os médicos sempre afirmaram que era uma doença ligada ao X”, adianta explicando que aos dois anos a curvatura das pernas tornava demasiado evidente o problema de que sofria.

“A minha mãe foi diagnosticada com raquitismo em criança, por ter as pernas arqueadas. Aconselhavam-na a ir para a praia e a tomar óleo de fígado de bacalhau…”, começa por contar quanto à hereditariedade da doença. “Quando a minha mãe estava grávida, informou os médicos de que tinha raquitismo, tendo-lhe sido transmitido que essa doença não passava de pais para filhos”, acrescenta.

“Maria” estava já grávida da segunda filha, quando “Laura” recebe o diagnóstico de XLH. Felizmente, o segundo bebé não herdou a mutação que está na origem desta patologia.

“Apenas quando eu tinha dois anos, se soube, que, tal como eu, também a minha mãe tinha raquitismo hipofosfatémico. Ela tinha 22 anos”, recorda “Laura”.

Após este diagnóstico deu início ao tratamento. Entre os 4 e os 5 anos, foi operada para endireitar as pernas. “Com o passar do tempo, voltaram a arquear, e voltei a ser operada aos 14, 16 e 18 anos, para realinhamento tibial”, explica “Laura” admitindo, no entanto, que desenvolveu, ao longo dos anos, algumas limitações ao nível da mobilidade. “Dificuldade em dobrar os joelhos, pouca força nas pernas, falta de elasticidade, mas vou-me adaptando. Faço o que posso e não faço o que não consigo”, comenta.

“Tenho problemas dentários, porque, com o passar do tempo, alguns dentes começam a abanar, até caírem de todo. Tenho 8 dentes em falta, substituídos por prótese. Dois estão a abanar e espero que não caiam tão cedo”, acrescenta, admitindo, no entanto, que é a mãe quem sofre com mais complicações. “A minha mãe tem ainda mais limitações do que eu e muitas dores no corpo todo, sobretudo nas articulações. Muitas vezes não pode andar durante muito tempo, devido às dores. Apenas possui meia dúzia de dentes originais, porque os outros caíram e usa placa, revela.

“Maria”, também foi operada: “aos 8 e aos 14 para endireitar as pernas, que estavam arqueadas. Aos 31, foi operada à anca, para corrigir a posição dos ossos”.

Para além do impacto físico, ambas admitem que o impacto psicológico desta doença nem sempre foi fácil de gerir.

“Sempre tive consciência de ter uma doença sem cura e de ter limitações que os meus colegas não tinham. Nas aulas de Educação Física sempre tive mais dificuldades do que eles”, recorda “Laura” acrescentando que apesar de nunca se ter sentido “propriamente mal” por isso, na adolescência sentia-se diferente. Em virtude das várias cirurgias, atualmente não usa saias, “para não mostrar as cicatrizes nas pernas”. E tomou a decisão de não ter filhos. “Não quero ter filhos, porque não quero que um filho meu tenha as mesmas limitações que eu tenho. Esta doença é causa de sofrimento e não quero que se perpetue na minha família. Quero que termine aqui”, afirma recordando o desespero que a mãe sentiu quando soube do seu diagnóstico.

Conhecer a doença é essencial para um diagnóstico precoce

“O raquitismo hipofosfatémico ligado ao X é uma doença multissistémica que se manifesta em idade precoce. Contudo, devido à sua raridade, existe muito desconhecimento da mesma por parte dos prestadores de cuidados de saúde o qual, acoplado à inespecificidade das suas primeiras manifestações, determina atrasos significativos no seu diagnóstico que condicionam pior prognóstico”, afirma Olga Gutu, a médica especialista do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central.

De acordo com a especialista “existem várias plataformas que visam aumentar o conhecimento sobre a doença, a importância do diagnóstico atempado, do tratamento adequado e do seguimento a longo prazo” que importa conhecer.

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Investigação da Universidade de Coimbra
Um programa de intervenção psicológica focado na compaixão, aplicado em casas de acolhimento residencial para crianças e jovens...

O estudo, conduzido por uma equipa de investigação da Universidade de Coimbra (UC), teve como objetivo central testar o efeito deste programa desenvolvido pela UC, denominado Treino de Mente Compassiva para Cuidadores (TMC-C), na qualidade das relações estabelecidas entre cuidadores e jovens e no clima emocional das casas de acolhimento residencial, promovendo, em simultâneo, a qualidade de vida dos jovens e dos seus cuidadores.

«Um ambiente acolhedor, afiliativo e seguro é um pré-requisito para a criação de ambientes terapêuticos e para melhores resultados nas casas de acolhimento, podendo otimizar as intervenções psicológicas individualizadas oferecidas às crianças e jovens, e facilitar a mudança de perceção que as mesmas poderão ter vindo a desenvolver ao longo da vida sobre si, os outros e o mundo», destaca a investigadora do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), psicóloga clínica e primeira autora do estudo, Laura Santos.

Esta é uma das conclusões da pesquisa que tem vindo a ser conduzida no âmbito do projeto “Mentalidade afiliativa no acolhimento residencial de jovens: implementação e estudos de eficácia de um programa de treino da mente compassiva com cuidadores”, que está a ser desenvolvido no âmbito do doutoramento de Laura Santos, orientado pelos docentes da FPCEUC e investigadores do CINEICC, Daniel Rijo e Maria do Rosário Pinheiro.

Laura Santos explica que este projeto de doutoramento foi pensado com o objetivo de «disponibilizar às casas de acolhimento um programa de treino baseado num modelo teórico e com evidência empírica, respondendo à necessidade reportada na literatura ao nível da qualificação dos profissionais deste setor social». «A promoção de uma mentalidade afiliativa, operacionalizada através do desenvolvimento da compaixão, pretende ampliar o foco de atuação das casas de acolhimento, frequentemente criticadas por se direcionarem exclusivamente para a proteção da criança através da provisão assistencialista de recursos (como abrigo, refeição, higiene e educação), no sentido da promoção de um ambiente seguro, facilitador de segurança emocional e afiliativa, necessário à recuperação psicológica das crianças e jovens que ali residem», contextualiza a investigadora.

O ensaio clínico realizado no âmbito do projeto decorreu em 12 casas de acolhimento do centro de Portugal, tendo envolvido 127 cuidadores e 154 jovens e revelado o impacto positivo do TMC-C em três níveis: 1) ao nível individual, no desenvolvimento de (auto)compaixão e melhorias na qualidade de vida profissional e saúde mental dos cuidadores; 2) ao nível interpessoal, contribuindo para uma maior proximidade e ligação entre cuidadores e jovens, bem como entre colaboradores; 3) e também ao nível organizacional, contribuindo para um ambiente mais afiliativo e seguro na casa de acolhimento, tanto para jovens, como para cuidadores. Durante a intervenção, os investigadores desenvolveram atividades com os cuidadores para lhes transmitir, por exemplo, estratégias adaptativas de regulação emocional e conhecimentos sobre o funcionamento da mente humana.

Além do impacto da intervenção nos cuidadores que foi possível validar com este estudo, «destaca-se também que as mudanças relatadas pelos cuidadores foram percecionadas pelos jovens das casas de acolhimento, com impacto positivo ao nível do sentimento de ligação aos outros e na perceção de segurança e afiliação no clima emocional da casa de acolhimento», avança Laura Santos.

«Adicionalmente, os resultados mostram que quando não é oferecido treino, os cuidadores tendem a deteriorar tanto a motivação compassiva, como indicadores de qualidade de vida profissional e de saúde mental, podendo comprometer a qualidade da prestação de cuidados», acrescenta a investigadora.

Sobre a importância de centrar esta pesquisa no papel dos cuidadores, Laura Santos clarifica que «nas casas de acolhimento, os cuidadores são agentes fundamentais na intervenção diária». «Cuidar de crianças maltratadas, que exibem necessidades complexas, requer que a prestação de cuidados seja intencionalmente terapêutica, e não meramente assistencialista. Neste contexto, problemas associados à falta de formação especializada e à incidência de níveis elevados de stress ocupacional entre profissionais têm sido apontados como potenciais ameaças à qualidade da prestação de cuidados em contexto de acolhimento residencial», elucida.

A equipa da UC está também a conduzir outras intervenções no âmbito do projeto, em articulação com a Unidade de Psicologia Clínica Cognitivo-Comportamental da Universidade de Coimbra (UpC3), em casas de acolhimento da IGAXES (organização não governamental da Galiza, que atua na área do apoio a crianças e jovens em risco) e em todas as casas de acolhimento da Região Autónoma da Madeira, que envolvem atualmente mais de 200 participantes.

Sobre a replicação deste programa, a investigadora esclarece que o Treino de Mente Compassiva para Cuidadores «poderá constituir-se como um programa útil na formação especializadas das equipas das casas de acolhimento, recomendando-se que possa orientar a intervenção e a supervisão efetuadas nas instituições», tendo sido pensado para «complementar as intervenções especializadas dirigidas a crianças e jovens já existentes (como psicoterapia e aconselhamento) e não vir a substituí-las», sublinha Laura Santos.

«Esperamos que os resultados deste trabalho de investigação possam informar as decisões políticas, as práticas e os processos de acolhimento, tendo em vista a otimização e a adequação da prestação de cuidados alternativos às necessidades das crianças e jovens que deles carecem», conclui a investigadora.

Os resultados do ensaio clínico em casas de acolhimento situadas no centro de Portugal estão disponíveis no artigo científico "Fostering an affiliative environment in residential youth care: A cluster randomized trial of a compassionate mind training program for caregivers enrolling youth and their caregivers", publicado na revista Child Abuse & Neglect, em https://doi.org/10.1016/j.chiabu.2023.106122.

Qual a relação?
A Síndrome do Ovário Poliquístico é o distúrbio endócrino mais comum entre as mulheres na idade repr

É classificada como uma síndrome, pois é uma condição muito heterogénea e nem todas as mulheres expressam todos os sintomas associados à doença.

A Síndrome do Ovário Poliquístico é caracterizado por alguns sintomas e características clínicas:

  • Hiperandrogenismo - Ocorre um aumento da produção de androgénios que pode causar acne, excesso de pelos faciais e corporais (em zonas que normalmente ocorrem nos homens) e alopecia (queda cabelo).
  • Ciclos menstruais irregulares ou sem ovulação - Ausência de menstruação ou ciclos superiores a 35 dias
  • Ovários poliquísticos - Presença de múltiplos quistos nos ovários

A resistência à insulina é muito comum nesta síndrome e a sua presença é independente à obesidade, contudo agrava com o excesso de peso e obesidade. Existe um risco aumentado do desenvolvimento de síndrome metabólica e diabetes tipo 2.

Relação com a Obesidade

Nem todas as mulheres com a Síndrome do Ovário Poliquístico têm obesidade, assim como nem todas as mulheres com obesidade têm esta condição. No entanto, a obesidade é uma das características mais comuns nesta síndrome, sendo que aproximadamente 50% das mulheres apresenta excesso de peso ou obesidade.

Existe também uma maior tendência a acumular gordura visceral (gordura localizada à volta dos órgãos), em comparação a mulheres sem esta síndrome, que está estreitamente associada com a resistência à insulina promovida pela testosterona.

As mulheres com obesidade apresentam um fenótipo da doença mais severo com ciclos menstruais mais irregulares e maior risco de infertilidade, abortos, hipertensão, dislipidemias, intolerância à glicose, diabetes tipo 2, diabetes gestacional, bebés prematuros e hiperandrogenismo mais severo.

Infertilidade no Síndrome do Ovário Poliquístico

É comum as mulheres com esta síndrome apresentarem disfunções na ovulação e ciclos menstruais irregulares. Um ciclo menstrual superior a 35 dias sugere uma anovulação (ausência de ovulação) e está associado ao aumento do risco de desenvolvimento de hiperplasia do endométrio, cancro e infertilidade.

Para além de existir uma maior dificuldade em engravidar, as mulheres apresentam maior dificuldade em manter a gravidez, sendo que a taxa de aborto no primeiro trimestre é de 30% a 50%.

A resistência à insulina em pacientes com obesidade está associada à ausência de ovulação e os estudos demonstram que uma perda de peso significativa melhora a sensibilidade à insulina e a ovulação.

Intervenções no Estilo de Vida

Todas as mulheres com Síndrome do Ovário Poliquístico, com ou sem obesidade, têm um aumento da resistência à insulina, uma maior tendência a acumular gordura visceral e um maior risco cardiovascular. Como tal, as mudanças no estilo de vida são cruciais na gestão dos sintomas da síndrome.

Em mulheres com excesso de peso ou obesidade, a perda de peso através de uma alimentação saudável e exercício físico devem ser a primeira linha de intervenção.

Os estudos demonstram que a perda de peso diminui a resistência à insulina e melhora a regularidade do ciclo menstrual e ovulação, tendo assim um efeito positivo na fertilidade e saúde metabólica.

Com uma perda de peso de 5% a 10% é possível melhorar a maioria dos sintomas, contudo em pacientes com obesidade severa é necessária uma perda de peso de 25% a 50%

Nas pessoas em que as alterações no estilo de vida sejam insuficientes para perder o peso desejado, pode ser necessário recorrer a tratamentos de obesidade através de terapias medicamentosas, endoscópicas (balão intragástrico ou sleeve endoscópico) ou cirurgias bariátricas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
FOCUS ON: iniciativa promovida pela área médica da companhia
As infeções bacterianas multirresistentes são unanimemente reconhecidas como um dos desafios mais preocupantes no que diz...

São vários os programas de vigilância e intervenção desempenhados localmente, em contexto hospitalar e de ambulatório. Estes programas têm como objetivo a mitigação da emergência das resistências e a sua progressão e são ferramentas que pretendem dar uma resposta sustentada a este problema.

Neste sentido, conscientes da importância desta temática e da necessidade de disponibilizar ferramentas de ensino de qualidade, a Pfizer Portugal desenvolveu um curso formativo em formato e-learning orientado a este tema, destinado a todos os profissionais de saúde, que teve início no dia 4 de julho, e que conta com o patrocínio científico de várias Sociedades e Associações, assim como de creditação pela Ordem dos Farmacêuticos.

O objetivo principal desta iniciativa é apresentar e divulgar um tema emergente na área das Doenças Infeciosas, em concreto sobre as principais infeções bacterianas multirresistentes. A formação será feita através de um curso teórico em formato e-learning on demand, para ser realizado conforme a disponibilidade dos participantes e de forma completamente gratuita. Este curso é constituído por 5 módulos, com 21 temas distribuídos pelos mesmos. A apresentação dos módulos da formação, em formato vídeo, ficará a cabo de 14 profissionais de saúde especializados na área médica da Pfizer Portugal, também autores de um manual digital para apoio e disponibilizado durante o curso.

No final de cada módulo, os participantes poderão realizar um exame que pretende avaliar os conhecimentos adquiridos. Depois de concluídos os cinco módulos com um aproveitamento positivo, será atribuido um certificado de conclusão. Serão ainda atribuídos créditos pela Ordem dos Farmacêuticos, quando aplicável.

Mais informação sobre o curso em: www.focusonbacterias.com/

 

 

Para que servem?
Os testes genéticos desempenham um papel fundamental na medicina anti-aging, também conhecida como m

Ao analisar o perfil genético de um indivíduo, podemos identificar marcadores genéticos específicos que indicam um maior risco para certas condições. Com essas informações, é possível desenvolver estratégias de prevenção e intervenção precoces, adaptadas às características genéticas de cada pessoa. Isso pode incluir modificações no estilo de vida, suplementação de nutrientes específicos, terapias hormonais e tratamentos personalizados.
Os testes genéticos têm a capacidade de identificar variantes genéticas associadas a um maior risco de desenvolver doenças relacionadas ao envelhecimento, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, cancros, doenças neurodegenerativas, osteoporose, entre outras. Essas variantes genéticas podem influenciar fatores como o metabolismo, a resposta inflamatória, a reparação do ADN e o envelhecimento celular.

Além disso, os testes genéticos podem ajudar a otimizar a resposta individual a medicamentos, permitindo a escolha de tratamentos mais eficazes e reduzindo os efeitos colaterais. Essa abordagem personalizada é particularmente relevante na medicina anti-aging, uma vez que as pessoas respondem de maneiras diferentes aos tratamentos e intervenções com base em sua constituição genética.

Os avanços na tecnologia genética, tornaram os testes genéticos mais acessíveis e detalhados. Hoje em dia, é possível analisar um grande número de variantes genéticas relevantes para o envelhecimento saudável em um único teste. Essas informações genéticas podem ser integradas com outros dados clínicos, como histórico médico, estilo de vida e biomarcadores, para oferecer uma abordagem mais completa e precisa.
Por exemplo, o teste Telotest mede os telómeros, que encurtam com a idade e quando isso ocorre mais rapidamente envelhecemos mais rapidamente. Esse teste verifica se seu envelhecimento está compatível com a sua idade. Outro exemplo é o teste farmacogenético que estuda nossa predisposição a fármacos. Graças a este teste ADN, podemos determinar a predisposição a um fármaco que seja tóxico para nós ou simplesmente ineficaz.

Também muito útil é o teste genético nutrigen. É um teste de nutrigenética que analisa os genes e o modo como eles reagem à nutrição. A análise revela quais os nossos genes que são influenciados pela nossa nutrição e tem o nome de Teste de Nutrigenética. 
Entre os muitos painéis, os mais utilizados são:

  • Painel alergia, para predisposição a alergia a quais tipos de substâncias
  • BRCA1 e BRCA2 predisposição ao cancro da mama
  • painel cardiovascular que contempla uma investigação genética sobre diversos aspetos que influenciam nas doenças cardiovasculares
  • Painel doenças autoimunes para a avaliação de alterações genéticas que podem levar ao desenvolvimento de inúmeras doenças do sistema imunológico, contribuindo para um diagnóstico e tratamento precoce
  • Painel doenças degenerativas que avalia diversas alterações genéticas que podem levar ao desenvolvimento de inúmeras doenças do sistema nervoso, contribuindo para um diagnóstico precoce, aumentando o índice de qualidade de vida dos pacientes
  • Painel endócrino metabólico que avalia diversas alterações genéticas que podem levar ao desenvolvimento de inúmeras doenças do sistema endócrino
  • Painel Envelhecimento saudável que contempla uma investigação genética sobre diversos aspetos que influenciam no bem-estar dos pacientes
  • Painel estética facial que visa informar alterações genéticas que possibilitem acesso à tratamentos e prevenção de doenças e afeções relacionadas à pele e cabelos
  • Painel fertilidade feminina que contempla uma investigação genética sobre diversos aspetos que influenciam na fertilidade feminina
  • Painel fertilidade masculina que contempla uma investigação genética sobre diversos aspetos que influenciam na fertilidade masculina
  • Painel físico e desporto que visa informar como seus genes podem afetar características pessoais, suscetibilidade ao desporto, sistema muscular, sono, peso, sistema hematologia, hormonas, necessidades nutricionais, vitaminas, antioxidantes, suplementos, ácidos graxos, cardio e cérebro vascular, sistema esquelético, desordens metabólicas, dores, alergias e inflamações.
  • Perfil Inflamações que avalia diversas predisposições genéticas que desencadeiam alterações metabólicas crónicas contribuindo para um diagnóstico precoce, aumentando em muito o índice de cura, prevenção e qualidade de vida dos pacientes
  • Perfil microbiana que avalia a suscetibilidade genética do indivíduo de adquirir bactérias gastrointestinais patogénicas (capazes de gerar doença e que também podem dificultar a proliferação de bactérias benéficas), além disso também avalia geneticamente a composição da microbiana do indivíduo, auxiliando na reposição da microbiota, caso necessário
  • Perfil nefrologia que contempla uma investigação genética sobre diversos aspetos que influenciam nas doenças neurológicas
  • Perfil neoplasia que avalia diversas alterações genéticas que podem levar ao desenvolvimento de inúmeras neoplasias e cancros.
  • Perfil nutrição personalizada que visa identificar predisposições a condições clínicas específicas, comuns ou hereditárias dando ferramentas necessárias para tomar as melhores decisões em relação à dieta personalizada, visando atender às necessidades específicas de cada indivíduo
  • Perfil saúde de mulher que visa identificar predisposições a condições clínicas específicas, comuns ou hereditárias femininas
  • Perfil saúde do homem que visa identificar predisposições a condições clínicas específicas, comuns ou hereditárias masculinas
  • Perfil saúde mental que avalia diversas predisposições genéticas que desencadeiam alterações psicológicas, comportamentais e emocionais.
  • Perfil skin dermatológico que visa informar alterações genéticas que possibilitem acesso à tratamentos e prevenção de doenças e afeções relacionadas à pele, unhas e cabelos, inclusive cancro de pele

E muitos outros painéis escolhidos de acordo com o paciente

No entanto, é importante ressaltar que os testes genéticos na medicina anti-aging não são uma panaceia e devem ser interpretados com cautela. A genética é apenas um fator entre muitos que influenciam o envelhecimento e a saúde geral de uma pessoa. Fatores ambientais, estilo de vida, dieta e outros elementos também desempenham papéis importantes. Portanto, a integração de informações genéticas com uma abordagem holística e individualizada é fundamental para obter os melhores resultados na medicina anti-aging.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alerta Sindicato
Há enfermeiros a prestar cuidados de saúde em Estruturas Residenciais para Idosos (ERI), nos Açores, que estão a receber...

“A entrega e o profissionalismo quotidiano dos enfermeiros nos lares de idosos dos Açores são essenciais para garantir o bem-estar e a qualidade de vida de pessoas que estão numa etapa vulnerável das suas vidas. E é inadmissível constatar que há enfermeiros que, pelo seu trabalho, recebem mensalmente uma remuneração pouco acima do salário mínimo”, sublinha o enfermeiro Eduardo Bernardino, do SE.

“É urgente uma maior atenção e investimento nos cuidados de enfermagem prestados nas ERI da região. Para garantir a sustentabilidade das instituições em causa, bem como a qualidade dos cuidados de enfermagem prestados nos lares de idosos, é imperioso reconhecer o valor dos enfermeiros que trabalham nesses locais, equiparando-os salarialmente aos demais profissionais”, explica o dirigente do Sindicato dos Enfermeiros, preocupado que a falta de recursos, em várias unidades, comprometa a dignidade e qualidade dos tratamentos oferecidos aos mais velhos e afete negativamente a respetiva saúde e bem-estar. Segundo Eduardo Bernardino, existe presentemente uma carência de mais de 200 Enfermeiros nos lares do arquipélago, e os que se encontram a trabalhar, depressa procuram outro emprego e saem pelas condições laborais pouco atrativas existentes.

Para Eduardo Bernardino, chegou o momento de valorizar os enfermeiros que desempenham funções nos lares. “Estão reunidas as condições para o início das negociações de um Acordo Coletivo que promova a equidade na profissão e que, acima de tudo, venha a fixar profissionais diferenciados, experientes no setor, de forma que venham a trazer mais valias e serviços diferenciados no setor social da profissão. Haja vontade do governo regional e das instituições sociais em reconhecê-lo e fazê-lo de forma célere que estaremos cá para apresentar soluções e resolver este grave problema”, remata o responsável do Sindicato dos Enfermeiros – SE.

 

Online e gratuito
A Mamãs Sem Dúvidas apresenta o Curso Flash - O Sono da Grávida e do bebé, um evento imperdível para todas as futuras mamãs....

Durante este curso, irão ser abordados temas fundamentais relacionados com o sono, tanto para a grávida como para o bebé, visto que os recém-nascidos apresentam ciclos de sono diferentes, que no pós-parto são de apenas de uma a quatro horas de dormida, seguidas de uma a duas horas acordado.

Fazendo as contas, no primeiro mês de vida, o bebé chega a dormir uma média de 16 a 18 horas, o que vai contribuir para a privação de sono dos pais, que está associada a problemas de humor; frustração; impactos na vida de casal e laboral; e até o agravamento de doenças prévias.

Por este motivo, Ana Maria Pereira, Terapeuta do Sono, compartilhará alguns dos seus conhecimentos sobre o sono da grávida e ainda irá oferecer dicas valiosas para garantir um descanso tranquilo.

De seguida, Diana Santos, formadora da Bebé Vida, discutirá a importância do momento do parto para a recolha das células estaminais.

Para encerrar o programa, Ana Maria Pereira irá falar uma última vez sobre o sono do bebé e de toda a família, com o objetivo de promoção de bem-estar de todos os membros da família, através de noites mais tranquilas.

As inscrições estão abertas em: https://mamassemduvidas.pt/exercicio/

 

Literacia em saúde psicológica
A Ordem dos Psicólogos Portugueses lançou o documento “Perguntas e Respostas sobre Psicoterapia”. É parte da campanha ...

O documento responde a questões como “O que é a Psicoterapia?”

Corresponde a um método, a um conjunto de técnicas e procedimentos, baseados na evidência científica e eticamente informados, que têm como objetivo modificar comportamentos, pensamentos e emoções, no sentido de reduzir o sofrimento psicológico e promover o desenvolvimento pessoal e o bem-estar. Assenta numa relação de confiança entre profissional e cliente, baseada num diálogo colaborativo. Existem diferentes abordagens psicoterapêuticas (por exemplo, Psicoterapia Cognitivo-Comportamental, Psicanálise, Psicoterapia Humanista ou Psicoterapia Sistémica).

Quem são os psicoterapeutas?

A Psicoterapia não é uma profissão, mas um tipo de intervenção e uma especialização adquirida por algumas e alguns profissionais na área da Saúde, nomeadamente Psicólogos e Médicas Psiquiatras. Estes profissionais para além de necessitarem de pertencer a uma Ordem Profissional, que regula a sua prática, adquirem competências específicas em Psicoterapia através de diferentes programas formativos. No caso dos Psicólogos, a OPP reconhece uma Especialidade Avançada em Psicoterapia. Este título de Especialista é atribuído aos Psicólogos e às Psicólogas que cumpram os seguintes critérios mínimos: 400 horas de formação teórico/clínica em Psicoterapia; 150 horas de supervisão de casos de psicoterapia; e 100 horas de terapia pessoal ou desenvolvimento pessoal. Estes critérios são somados aos critérios mínimos de acesso à profissão, mais especificamente: estudos superiores de 1º ciclo (licenciatura) em Psicologia (o equivalente a 180 ECTS); estudos superiores de 2º ciclo (mestrado) em Psicologia (o equivalente a 120 ECTS); e um ano de prática supervisionada (o equivalente a 60 ECTS), ao qual corresponde o estágio profissional (ano profissional júnior).

Quando devemos fazer psicoterapia?

Não precisamos de ter um diagnóstico ou um “problema” para beneficiar de um processo de psicoterapia. A psicoterapia pode trazer-nos um conhecimento mais aprofundado de nós próprios (da forma como pensamos, sentimos e nos comportamos), pode ajudar-nos a lidar com acontecimentos de vida, a melhorar a nossa relação com os outros e a desenvolver um conjunto de competências e recursos que nos podem ajudar a lidar com as adversidades e acontecimentos de vida, por exemplo.

Como é que a psicoterapia pode ajudar?

A Psicoterapia não é uma “cura milagrosa” ou uma “receita rápida” para nos sentirmos “bem”. A investigação demonstra, no entanto, que cerca de 50% das pessoas melhora ao fim de oito sessões, e cerca de 75% das pessoas sente benefícios ou melhorias após seis meses de Psicoterapia.

O documento pode ser consultado em: https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/opp_perguntaserespostassobre_psicoterapia_v2.pdf

 

 

 

Apresentação e tomada de posse decorrem dia 16 de julho
Com vocação para ser um “centro pedagógico-documental”, a Academia Portuguesa de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade...

No próximo dia 16 de julho, decorre a apresentação e cerimónia de tomada de posse da Academia Portuguesa de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica, pelas 15 horas, no auditório da Associação de Socorros Mútuos Mutualista Covilhanense, localizada na Covilhã, região Centro de Portugal. A sessão solene, que contará com a presença de autoridades, cientistas, doentes e profissionais que acompanharão os fundadores deste evento “importante” para a comunidade de doentes com fibromialgia, será liderada pelo presidente fundador desta Academia, José Luis Arranz Gil, médico espanhol (Basco), que é diretor da Unidade de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica da Mutualista Covilhanense e professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Beira Interior (UBI), também na Covilhã.

Segundo os seus responsáveis, a nova Academia terá a função de um “centro pedagógico-documental”.

“Pedagógico: porque nela, todas as pessoas, com conhecimentos, ideias próprias, e sobretudo inovadoras, e uma vasta experiência no domínio da fibromialgia, assim como investigadores, podem partilhar os seus conhecimentos através de palestras, conferências, organização de congressos, reuniões científicas e quaisquer outros eventos e formas de promover o conhecimento da fibromialgia. Documental: porque será criado um arquivo documental dotado de profissionais de arquivo e de biblioteca, no qual serão reunidas todas as informações dispersas pelo mundo, a nível de artigos e publicações, investigações, teses, vídeos, abstracts, entre outros, que versem sobre a Fibromialgia, a síndrome de sensibilidade central e a dor crónica”, explicou José Luis Arranz Gil, presidente fundador da Academia de Fibromialgia.

Este especialista e investigador sublinha ainda que “o centro documental estará à disposição de investigadores, profissionais de saúde, professores e estudantes, pessoal da área jurídica ou judiciária que tenha a necessidade profissional de emitir sentenças sobre invalidez ou incapacidade e, por último, de preferência, para prestar apoio a doentes interessados em formação e /ou compreensão da sua doença, com base nos mais recentes avanços científicos”.

Na opinião do Professor Arranz Gil, é necessária uma maior “compreensão da doença por parte da sociedade em geral e dos profissionais na área da saúde em particular, pois, muitas vezes, desdenham, não valorizam e maltratam os doentes, não acreditando ou compreendendo que estes sofrem muito com esta enfermidade”.

“Esta Academia tem como objetivo primordial a valorização do conhecimento, a divulgação e a investigação científica em torno da Fibromialgia, da Síndrome de Sensibilidade Central e da Dor Crónica. Nasceu como todas as Academias que existem no mundo, com a vocação do estudo e da aquisição de conhecimentos, do trabalho consciencioso, científico e académico, bem como da divulgação do saber, e isso reflete-se na máxima do filósofo cordovês Séneca, que está na origem do emblema da Academia: ‘DOCENDO DISCIMUS´ que significa: ‘Ensinando aprendemos’”, explicou José Luis Arranz Gil.

Em novembro de 2021,  José Luis Arranz Gil iniciou funções como responsável pela Unidade de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica na Mutualista Covilhanense, tendo alcançado, em junho deste ano, a marca de 200 atendimentos a pacientes que procuram esta especialidade na Covilhã. Um serviço que, segundo a Mutualista Covilhanense, é “pioneiro em Portugal”, já que é "a única do país dedicada em exclusividade ao tratamento da doença", e que tem recebido doentes dos “quatro cantos do país”.

Durante este período, este profissional da área da medicina participou e realizou eventos que discutiram a doença e a importância do tratamento assertivo, como forma de melhorar a qualidade de vida dos doentes. Fruto da sua larga experiência internacional, profissional e académica, surge agora a Academia Portuguesa de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica, cujos órgãos sociais serão apresentados ao público no próximo domingo.

Entrada gratuita
"A Literacia faz bem à saúde" é o nome da exposição que estará patente até 19 de julho no Hospital Distrital da...

A exposição, que tem uma componente interativa, oferece conteúdos informativos sobre literacia em saúde, incluindo temas como nutrição, comunicação, bem-estar, VIH, homenagem aos cuidadores informais, entre outros. A arte vai estar igualmente em destaque com a apresentação de obras de artistas nacionais e emergentes. Através da arte, a exposição procura transmitir mensagens relacionadas com a saúde e o bem-estar.  

De acordo com a presidente da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde, a exposição "é uma oportunidade única para a população tomar consciência da importância da literacia em saúde, que pode fazer a diferença na vida de todos. Além disso, é um evento que une arte e saúde, e esperamos que o público possa apreciar tanto a componente informativa como a artística". 

A exposição pretende percorrer o país com a missão de ajudar a aumentar os níveis de literacia em saúde. Depois da inauguração na sede da Direção-Geral da Saúde, em maio, a organização confirmou a sua passagem pela cidade de Figueira da Foz, onde permanecerá até 19 de julho na Portaria Principal do hospital.  

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde convida todos a visitarem a exposição "A Literacia faz bem à saúde" e a aprender mais sobre como cuidar da sua saúde. O evento conta com o apoio da MSD e Viatris e a entrada é gratuita.  

 

 

Vários especialistas nacionais e internacionais juntos
A segurança do paciente foi a temática que juntou diferentes profissionais do setor da saúde - públicos e privados – na 9.ª...

O mais recente evento promovido pela GS1 Portugal contou com a participação de especialistas da Escola Nacional de Saúde Pública, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, da APIFARMA, da Associação Portuguesa de Desenvolvimento Hospitalar, da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, da NOVA SBE - School of Business & Economics, da GS1 Irlanda e da GS1 Portugal para debater os desafios que hoje se colocam ao setor, com vista à implementação de medidas integradas, conducentes à garantia da segurança do paciente e de todas as cadeias de valor.

O impacto da segurança organizacional na segurança do paciente

Após a intervenção de João de Castro Guimarães, Diretor-Executivo da GS1 Portugal, que marcou o arranque do evento, o tema da segurança organizacional foi aprofundado por Filipa Breia da Fonseca, Professora de Economia da Saúde da NOVA SBE.

Como referiu, durante décadas, os profissionais de saúde envolvidos em “harm events”, sofriam em silêncio e não reconheciam as falhas médicas. Ao longo do tempo, a preocupação com a segurança organizacional tem vindo a ser um tema cada vez mais abordado, nomeadamente através de programas, nacionais e internacionais, que visam melhorar a qualidade e a segurança do atendimento ao paciente.

De acordo com Filipa Breia da Fonseca, “os líderes em saúde estão cada vez mais abertos a sistemas de saúde que redirecionem e acelerem os seus esforços para melhorar a segurança do paciente”.

Após uma retrospetiva histórica, a Professora de Economia da Saúde da NOVA SBE concluiu que um dos principais desafios neste âmbito passa por “sermos mais tolerantes ao erro, mas termos mais responsabilidade para reportar o erro” e reforçou a importância da segurança organizacional e psicológica para combater o erro médico e melhorar a segurança do doente.

A crise será uma oportunidade para a eficiência?

Neste Seminário, o tema ‘A crise será uma oportunidade para a eficiência?’ foi aprofundado num Painel de Debate que contou com as intervenções de Ana Escoval, Vogal da APDH - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar, Heitor Costa, Diretor de Assuntos Institucionais e Inovação da APIFARMA, e Julian Perelman, Professor Catedrático de Economia da Saúde da Escola Nacional Saúde Pública, com moderação de Fernanda Freitas, jornalista, fundadora da Plataforma Eixo Norte Sul e Presidente da Associação Nuvem Vitória.

Perante tantos desafios que o setor enfrenta nas diferentes dimensões, Ana Escoval destacou a importância de aprender com as crises para uma comunicação e gestão mais eficientes por parte dos sistemas de saúde, pois “uma das coisas que a pandemia nos trouxe foi a necessidade imperiosa de comunicarmos bem e falarmos uns com os outros”. Nesse sentido, afirmou que temos bons sistemas de informação, mas sublinhou a necessidade de mapear melhor os processos e gerir a comunicação de uma forma mais eficiente.

No mesmo âmbito, Heitor Costa explicou que “a crise exigiu que em tempo recorde se mobilizassem recursos e que esses recursos fossem postos em comum com outros, para todos trabalharmos no mesmo sentido”. “Não gosto muito de falar das crises como oportunidades. As crises nunca são boas, são desafios que exigem que olhemos os problemas com outros olhos, procurando soluções diferentes e políticas com foco no futuro”, refletiu o Diretor de Assuntos Institucionais e Inovação da APIFARMA.

Julian Perelman concluiu que uma gestão sustentável e eficiente dos recursos, nomeadamente ao nível da tecnologia é fundamental para melhorar a capacidade de resposta dos sistemas e profissionais de saúde, sublinhando que “os sistemas de informação podem ser ótimos, mas, por trás, tem de haver um sistema que nos diga qual a informação de que precisamos e que nos apoie na tomada de decisão”.

Informatizar vs Digitalizar: a importância da comunicação entre Sistemas de Informação

Seguiram-se as intervenções de Luís Ferreira, Vogal dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, e de Óscar Gaspar, Presidente da APHP - Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, num Painel de Debate subordinado ao tema ‘Informatizar vs Digitalizar: a importância da comunicação entre Sistemas de Informação’, mais uma vez com a moderação de Fernanda Freitas.

Neste âmbito, Luís Ferreira, destacou a importância de promover a acessibilidade, a literacia e o combate à infoexclusão para que as pessoas e os sistemas de saúde possam usufruir e beneficiar da evolução tecnológica. “Com a Inteligência Artificial e a capacidade de gestão de dados, vamos conseguir aproveitar a informação para melhorar o desempenho de um hospital ou de uma empresa”, afirmou o Vogal dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. “Caminhemos para um sistema que preste melhores cuidados de saúde à população para colocar o utente no centro, independentemente de este ir ao SNS ou procurar uma resposta no setor privado, porque as respostas têm de ser complementares.”, concluiu.

Fazendo a ponte com o debate anterior, Óscar Gaspar sublinhou que a tecnologia e as ferramentas digitais são o caminho para o futuro e contribuem para um maior acesso aos cuidados de saúde, afirmando que: “Nós evoluímos mais num ano, entre março de 2020 e 2021, do que nos anteriores 10 anos. A crise pandémica fez com que este avanço se tornasse inevitável e que se derrubassem muitas barreiras”. “As questões da inteligência artificial não são questões do futuro, são questões que já estão a acontecer.”, acrescenta o Presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada.

A colaboração para a eficiência da saúde

De seguida, Siobhain Duggan, Director of Innovation and Healthcare da GS1 Ireland reforçou os benefícios da implementação de standards na cadeia de abastecimento do setor hospitalar.

Através da apresentação de diversos casos de sucesso na Cadeia Hospitalar da Irlanda, Siobhain Duggan demonstrou a importância da rastreabilidade para garantir o alinhamento entre as necessidades do paciente, a medicação adequada e o dispositivo médico, que, por sua vez, garante a segurança do paciente.

“A implementação de standards na cadeia de abastecimento do setor hospitalar contribui para a segurança do paciente e, consequentemente, para gestão eficiente dos sistemas de saúde.”, sublinhou Siobhain Duggan.

ESG na saúde: que margens de melhoria?

Por fim, as implicações da Diretiva de Reporte Corporativo de Sustentabilidade que impõe a partilha de evidências, quantitativas e qualitativas, da forma como as empresas estão a contribuir no âmbito dos critérios ESG, foi o principal tópico da conversa com Marta Résio, Gestora de Comunicação da GS1 Portugal, e Gonçalo Dias, Gestor de Projetos de GS1 Portugal.

Neste âmbito, Marta Résio acrescentou uma nota positiva, explicando que “muitas vezes, consideramos a legislação uma imposição, mas neste caso é um pouco diferente, pois permite sistematizar um conjunto de evidências e promover as atividades que as empresas implementavam e passavam despercebidas”.

Gonçalo Dias, reforça que é fundamental existirem medidas colaborativas, um denominador comum, standards e uma linguagem única para todos os intervenientes. “A história tem de ser escrita em conjunto para ter um impacto positivo em todas as vertentes da sustentabilidade – ambiental, social e económica.”, concluiu.

O encerramento do evento foi da responsabilidade de Sofia Perdigão, Healthcare Manager na GS1 Portugal.

Parceria da Medicare com Dr. Almeida Nunes
O Grupo Medicare acaba de lançar o projeto `Saúde Sem Filtros´ que visa a promoção da literacia em Saúde, prioridade...

`Saúde sem filtros´ é uma rúbrica de vídeos explicativos publicados todas as semanas na página de Instagram da Medicare, que pretende reforçar a estratégia da marca, no que toca a elucidar os portugueses em relação à sua Saúde, através de informações claras, seguras e de fácil acesso.

O vídeo inaugural tratou uma questão debatida há muito:

Será que o chocolate provoca acne? (Descubra a reposta com o Dr. Almeida Nunes)

A rubrica continuará a combater mitos e informar os portuguesas, ao explicar de forma clara, temas atuais.

 

Comercialização de genéricos arrancou há 31 anos em Portugal
Nos 31 anos do início da comercialização dos medicamentos genéricos em Portugal, a APOGEN – Associação Portuguesa de...

Para a Presidente da APOGEN, Maria do Carmo Neves, “congratulamo-nos com a iniciativa da Assembleia da República de querer instituir o Dia Nacional do Medicamento Genérico. Esta data simboliza uma importante conquista social. Neste percurso, podemos afirmar que houve um caminho positivo, este ano, pela primeira vez, ultrapassámos a barreira dos 50% de quota de mercado: 51,2% em abril, segundo dados conhecidos esta semana. Todavia, continuam a existir ineficiências que impedem uma maior adoção”.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, há um uso racional do medicamento quando a pessoa com doença recebe os medicamentos para a sua condição clínica em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade. O uso de fármacos mais custo-efetivos, onde se incluem os medicamentos genéricos, permite a libertação de recursos que são investidos no financiamento de novos cuidados de saúde, nomeadamente em novas tecnologias de saúde inovadoras, proporcionando um acesso mais equitativo – traduzido no círculo virtuoso da sustentabilidade.

Portugal enfrenta uma grave crise social, de acordo com o último Censos 46,5% da população residente com mais de 15 anos é inativa, 26,4% são reformados. O relatório de 2022 sobre a pobreza e exclusão social em Portugal identifica que 22,4% da população portuguesa está em risco de pobreza ou exclusão social e cerca de 2,5% dos trabalhadores por conta de outrem tinham um rendimento por adulto equivalente, inferior a cerca de 370€.

A APOGEN, representada pela por sua Presidente, reforça que “o nível de adoção dos medicamentos genéricos é um indicador de qualidade de um sistema de saúde; a opção pelo medicamento genérico é uma escolha inteligente que liberta recursos para as famílias e para o sistema de saúde beneficiando a sociedade” e acrescenta “países mais desenvolvidos, com populações com maior poder de compra e mais literacia em saúde apresentam maiores quotas

de mercado de medicamentos genéricos, destacamos o Reino Unido e a Alemanha com 85% e 83% de quota, respetivamente.

Ainda assim, continua-se a assistir à saída de medicamentos genéricos do mercado devido à sua inviabilidade económica. Em 2022, dos medicamentos (apresentações) descontinuados, 67% eram medicamentos genéricos. No início desta semana, do total de medicamentos (apresentações) em rutura no site do Infarmed, 79% eram medicamentos genéricos. Tal condiciona o acesso das populações à saúde e impacta negativamente os custos suportados pelos doentes e pelo SNS.

A Presidente da APOGEN conclui: “neste dia apelamos a que sejam criadas condições que assegurem a disponibilidade destas tecnologias de saúde mais acessíveis para a população. É necessário criar um consenso que permita um equilíbrio entre a sustentabilidade da despesa em saúde com a competitividade e atratividade da indústria farmacêutica que investiga, desenvolve, produz e comercializa medicamentos genéricos a bem dos Portugueses”.

Dia Internacional do Paramédico 2023 assinalou-se a 8 de julho
Este ano, o tema do Dia Internacional do Paramédico é «O que os paramédicos fazem».

Enquanto o Dia Internacional dos Paramédicos inaugural do ano passado foi sobre construir orgulho dentro da profissão e celebrar o tremendo trabalho realizado por paramédicos e socorristas durante a pandemia de Covid-19, 2023 é sobre inspirar a próxima geração de médicos, melhorar a perceção do público e mostrar o desenvoltura e diversidade da profissão em todos os ambientes onde os paramédicos trabalham.

Como profissionais altamente qualificados, os paramédicos fazem uma contribuição extraordinária para os sistemas de saúde e assistência social em todo o mundo, ajudando os pacientes quando eles mais precisam e fornecem tratamento seguro e eficaz.

Fazem isso apesar dos muitos desafios que a profissão enfrenta atualmente, não apenas no Reino Unido, mas internacionalmente. Atrasos na transferência de ambulâncias, retenção de funcionários, moral e reconhecimento de valor são apenas algumas das principais questões sentidas por todos os paramédicos que trabalham hoje. No entanto, apesar dessas dificuldades significativas, eles continuam a colocar seus pacientes em primeiro lugar, oferecendo cuidados exemplares e compassivos.

Trabalhar no serviço de ambulância é, obviamente, um papel essencial que os paramédicos experientes desempenham em todo o mundo, mas isso não é tudo o que eles fazem. Desde 2000, o papel evoluiu dramaticamente, e agora espera-se que os paramédicos gerenciem uma ampla gama de condições no ambiente fora do hospital.

Hoje, o papel cruza saúde, saúde pública, assistência social e segurança pública, o que significa que paramédicos e socorristas estão em uma posição única para trabalhar em uma variedade de configurações, incluindo cirurgias de GP, equipes de resposta a áreas perigosas (HART), offshore e militares, para citar, mais alguns. Quer se trate de um papel na prática clínica, liderança e gestão, educação ou pesquisa, as possibilidades de um paramédico desenvolver todo o seu potencial nunca foram tão grandes à medida que a profissão continua a crescer, mudar e a adaptar-se.

Chefe Executivo do Colégio de Paramédicos, Tracy Nicholls OBE disse: “O Dia Internacional dos Paramédicos do ano passado foi uma verdadeira celebração da profissão reunida de todo o mundo para revelar por que eles tinham orgulho de ser paramédicos. Mas este ano, a mensagem é clara – ser paramédico é uma profissão versátil, multifacetada e diversificada que cresceu exponencialmente na última década. É hora de as pessoas reconhecerem, entenderem e apreciarem isso. Trabalhar no serviço de ambulância é, obviamente, uma função vital que os paramédicos altamente qualificados desempenham em todo o mundo, e uma que muitas pessoas pensam primeiro, mas isso não é de forma alguma tudo o que fazemos e os paramédicos agora gerenciam uma ampla gama de condições complexas e desafiadoras em uma ampla gama de ambientes fora do hospital”.

Em Portugal juntam-se oficial e reconhecidamente:

  • Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar
  • Fénix – Associação Nacional de Bombeiros e Agentes de Proteção Civil
  • Sociedade Europeia de Emergência Médica (sede atual em Portugal)
  • Colégio Internacional dos Serviços Médicos de Emergência (sede atual em Portugal)
  • Associação Nacional dos Técnicos de Emergência
  • Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar.
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Trabalho de investigação distinguido com bolsa de 35 mil euros
Identificar o mecanismo através do qual o cancro da mama triplo negativo metastiza para os ossos, uma situação que ocorre em 40...

O projeto ‘The impact of Triple Negative Breast Cancer secreted extracellular vesicles in bone premetastatic reprogramming’ visa procurar resposta para um desafio clínico ainda não satisfeito, através da descoberta de biomarcadores capazes de prever a existência destas metástases ósseas no cancro da mama triplo negativo. E foi o escolhido pelo júri, de entre 41 trabalhos a concurso, o maior número de candidaturas de sempre, para receber uma bolsa no valor de 35 mil euros.

Para Maria do Céu Machado, Presidente da Fundação FAZ, este prémio “é o reconhecimento da investigação clínica de excelência, do valor para melhores resultados em clínica e um estímulo e oportunidade para os investigadores”.

Recorde-se que este Prémio visa distinguir os melhores projetos de investigação translacional (que englobem pesquisa empírica e trabalho de campo) em oncologia, a nível nacional, tendo as candidaturas sido avaliadas por uma Comissão composta por José Carlos Machado, professor na Faculdade de Medicina do Porto e vice-presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup); Bruno Silva Santos, professor associado com agregação da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e vice-diretor e investigador principal do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (IMM); Cláudia Faria, Neurocirurgiã no Hospital de Santa Maria (CHULN) e investigadora no Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (IMM); José Pedro Carda, hematologista e membro da Sociedade Portuguesa de Hematologia e António Araújo, Professor Catedrático Convidado do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto e diretor do Serviço de Oncologia do Centro Hospitalar do Porto, que presidiu.

 

Dia Mundial das Alergias assinala-se a 8 de julho
Desde 1906 que chamamos alergia às reações exageradas do sistema imunitário contra substâncias não i

As manifestações e a gravidade da alergia podem variar muito de pessoa para pessoa e ao longo da vida. Às vezes, segundo padrões bem reconhecidos, como a marcha atópica nas crianças alérgicas: a alergia de pele ou alimentar do bebé dão lugar à rinite e/ou à asma na idade escolar. Por isso, nestes casos, deve-se antecipar esta evolução e redobrar a atenção às manifestações iniciais dessas doenças, para assegurar o tratamento adequado.

A alergia pode ter manifestações tão brandas que são desvalorizadas pelo próprio, mas tem também formas graves e até potencialmente fatais. Em qualquer caso, o reconhecimento da alergia e o seu tratamento adequado permitem evitar complicações graves e melhorar francamente a qualidade de vida das pessoas alérgicas.

O tipo de alergénio, a intensidade da exposição e as características de cada pessoa determinam o tipo e a gravidade da reação alérgica. As manifestações podem limitar-se aos órgãos diretamente expostos ao agente, com praticamente nenhum outro sintoma - seja a pele (eczema), o sistema respiratório (espirros, corrimento nasal, lacrimejo, tosse, pieira) ou o tubo digestivo (enjoo, dor de barriga, diarreia).

Crises alérgicas mais intensas podem fazer estas reações de hipersensibilidade transbordar para a circulação sanguínea e despoletar manifestações gerais ou em órgãos distantes da exposição - mal-estar geral, dores musculares, comichão por todo o corpo). Quando esta reação generalizada é suficientemente grave, instala-se uma emergência médica designada crise anafilática, que pode ser rapidamente letal, se não for rapidamente tratada. Deve suspeitar-se de anafilaxia se surgir urticária (pele vermelha e empolada), falta de ar, tonturas, diarreia, inchaço de olhos, boca e língua ou mesmo a perda dos sentidos. As pessoas em maior risco de anafilaxia (como aquelas com alergia a veneno de abelha ou vespa, amendoim ou marisco) devem dispor sempre de uma caneta injetora de adrenalina, para administrarem em caso de emergência - nomeadamente quando se encontrarem em locais distantes dos serviços de emergência.

Quaisquer que sejam os sintomas, deve-se realizar testes (sanguíneos e/ou ‘epicutâneos’, ou seja, sob a camada mais exterior da pele) que demonstrem a alergia e os agentes a que a pessoa é alérgica. Sem a identificação dos alergénios específicos de cada pessoa, não é possível prevenir adequadamente a exposição - não raras vezes, o passo mais importante no controlo da alergia.

Além da prevenção, o tratamento inclui frequentemente medicamentos que controlam os sintomas (por exemplo, anti-histamínicos, inaladores antiasmáticos, descongestionantes nasais ou medicamentos tópicos da pele). Em formas graves, pode estar indicado o uso de tratamentos mais inovadores, como os medicamentos biológicos ou a imunoterapia específica (também conhecida por dessensibilização).

Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamento, há ainda muitas alergias por identificar ou inadequadamente tratadas. Neste Dia Mundial da Alergia, é sobretudo importante contribuir para que a população reconheça este problema tão comum, os seus sintomas e a diversidade de meios que a Medicina de hoje tem ao seu dispor para cuidar das pessoas alérgicas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação em criopreservação
Uma investigação de Bruno Guerreiro, aluno de doutoramento da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa...

Durante o seu trabalho de doutoramento, Bruno Guerreiro descobriu que o FucoPol, um polissacárido rico em fucose, não só diminui o diâmetro dos cristais de gelo formados para tamanhos não danosos para o material biológico, como também consegue controlar o estágio de nucleação do seu crescimento. Já na sua mais recente investigação, publicada como “Enhanced Control over Ice Nucleation Stochasticity Using a Carbohydrate Polymer Cryoprotectant”, demonstra que consegue controlar o processo de criopreservação ao seu nível mais fundamental, e os órgãos para transplante poderão assim suportar mais tempo em trânsito, mas também em biobancos, ajudando a mitigar o problema da escassez de órgãos em hospitais.

Mediante o potencial do trabalho desenvolvido, o investigador recebeu apoio financeiro do Programa Fulbright Portugal, da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e da Companhia de Biólogos para colaborar com a Universidade da Califórnia, Berkeley.

O FucoPol é um polissacárido, um polímero composto por pequenos açúcares unidos em cadeia, produzido por uma bactéria. Além de ser crioprotetor e estruturado, produz soluções aquosas viscosas e é antioxidante, características benéficas para o processo de criopreservação.

“Podemos agora preservar tecidos e órgãos com maior qualidade, a temperaturas mais acessíveis e durante muito mais tempo”, confirma o investigador Bruno Guerreiro. “Na maioria dos casos, um paciente dador cede um órgão numa altura que não coincide com o momento em que um paciente precisa de transplante por isso temos de ter os meios para o preservar. Atualmente, a procura por transplantes excede em 10 vezes a oferta, e são

poucos os que associam esse problema à inexistência de um sistema eficiente de preservação de órgãos”, conclui o investigador.

Esta investigação científica, que foca em compreender como polímeros de carboidratos produzidos biotecnologicamente e sem qualquer toxicidade podem ser os novos crioprotetores alternativos, teve início em 2016 por um painel de investigadores composto por Bruno Guerreiro, Filomena Freitas, Maria Ascensão Reis, Jorge Silva e João Lima, numa colaboração entre as unidades de investigação UCIBIO, LAQV e CENIMAT.

A investigação representa um momento de viragem dado que até agora têm sido utilizadas moléculas capazes de controlar os cristais de gelo formados no processo de descida de temperatura (ex. DMSO, glicerol), mas existindo sempre um perigo subjacente quando a cristalização realmente acontece. Com o FucoPol, é possível reduzir significativamente este perigo.

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