29 de setembro
As Jornadas da Saúde a Sul regressam para uma sexta edição, dedicada ao tema “Em movimento”, a 29 de setembro. O evento...

As Jornadas da Saúde a Sul assumem-se como uma oportunidade de partilha e aprendizagem para médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde. Através de uma perspetiva multidisciplinar e integradora, na 6.ª edição do evento, o painel de oradores, formado por profissionais experientes e reconhecidos a nível nacional, irá abordar temáticas relacionadas com o sistema musculoesquelético, como as grandes articulações (ombro, anca e joelho), a reumatologia pediátrica, endocrinologia e osteoporose.

Segundo Pedro Correia Azevedo, especialista de Medicina Interna na Clínica CUF Almada e um dos Coordenadores das 6as Jornadas da Saúde a Sul, “as dores e as doenças do aparelho musculoesquelético são muito prevalentes, em todas as idades e fases da vida, pelo que pensar sobre este tema e reunir os conhecimentos de várias áreas da medicina é fundamental para darmos a melhor resposta possível às necessidades da população”. 

O médico da Clínica CUF Almada destaca que “as doenças reumáticas e musculoesqueléticas afetam 53% dos portugueses e o seu impacto socioeconómico é preocupante, especialmente entre os adultos em idade ativa. Cerca de 6% dos trabalhadores, no nosso país, sofrem de lesões musculoesqueléticas, devido à profissão que desempenham, sendo a mais comum a lombalgia”. 

“É necessário continuar a procurar soluções para esta realidade que tanto nos preocupa enquanto profissionais de saúde”, aponta Pedro Correia Azevedo, confiante de que “este será, com toda a certeza, um momento de partilha muito interessante. Permitirá que a comunidade de profissionais de saúde da região conheça o que de melhor se faz, através da atualização de conhecimento científico e de partilha de experiências”, conclui.

As 6as Jornadas da Saúde a Sul decorrem das 9h30 às 17h00. O painel de oradores é composto por médicos especialistas em Reumatologia, Ortopedia, Imagiologia, Pediatria, Imunoalergologia, Endocrinologia, Medicina Interna e Neurocirurgia, e ainda enfermeiros experientes. A inscrição é gratuita, mas obrigatória, devendo ser feita neste link.

Carlos Portinha, Diretor Clínico da Insparya
A queda de cabelo é uma questão que preocupa cada vez mais a população, tanto do ponto de vista da a

É importante colocarmo-nos nas mãos de especialistas para analisarem o estado da nossa saúde capilar e nos guiarem através do processo correto para o seu cuidado.

De acordo com Carlos Portinha, estas são algumas das questões que mais se colocam quando se trata de problemas como a queda de cabelo:

  1. Nem todos os tipos de alopecia são iguais

Existem diferentes tipos de alopecia, as quais são determinadas pelas causas que as geraram, o que significa que algumas podem ser resolvidas sem a utilização de produtos capilares ou de um transplante capilar, enquanto que para outras é a única opção.

A grande diferença é que a alopecia temporária é causada por várias situações que provocam danos no couro cabeludo, tais como stress, carências nutricionais, infeções (bactérias ou fungos), desequilíbrios hormonais, uso excessivo de fontes de calor ou de substâncias tóxicas, mas assim que os danos cessam, o cabelo volta a crescer saudável. Já na alopecia crónica, a grande maioria dos casos pode estar relacionada com uma combinação de vários fatores, sendo a genética a mais determinante, provocando a chamada alopecia androgénica. Nestes casos, a única solução é um transplante capilar.

  1. Depois da genética, o stress é um dos fatores mais comuns que causam a queda de cabelo

Como explica o médico Carlos Portinha, "depois dos fatores genéticos, o stress é, juntamente com a má alimentação, uma das principais causas da queda de cabelo. Existem três tipos de alopecia associados a elevados níveis de stress pontual ou crónico: eflúvio telógeno, tricotilomania e alopecia areata".

  1. É normal perder entre 50 e 100 cabelos por dia

Embora seja frequente a queda de cabelo associada a rotinas como escovar o cabelo ou tomar banho, a qual gera alguma ansiedade, a realidade é que o olho humano não é capaz de perceber visualmente esta perda até que 50% do cabelo tenha caído e, na grande maioria dos casos, este fenómeno não é um sintoma de alopecia.

“A perda diária de 50 a 100 cabelos faz parte do ciclo natural da queda de cabelo e não deve causar qualquer preocupação. Se a queda de cabelo aumentar e exceder os 120 cabelos por dia, é recomendável consultar um especialista para ajudar a determinar a causa da queda de cabelo e a melhor solução”, explica Carlos Portinha.

  1. A alopecia não afeta mais os homens do que as mulheres

Em geral, a alopecia afeta 50% dos homens e apenas 30% a 50% das mulheres. No entanto, em ambos os sexos, o número aumenta com o avançar da idade. Isto não significa que, pelo facto de se ser mulher ou jovem, possa ignorar esta doença, pois é muito importante cuidar da saúde capilar ao longo da vida.

Por este motivo, a Insparya considera que o doente deve ser submetido a uma avaliação exaustiva para determinar o tipo de alopecia que tem ou que poderá vir a ter no futuro.

  1. A queda de cabelo afeta a nossa autoestima

A aparência física é um fator significativo da identidade humana. A imagem que cada pessoa tem de si própria influência diretamente a forma como se comporta na sua vida pessoal, e questões como o peso ou a queda de cabelo desempenham um papel fundamental neste contexto. "É por isso que a alopecia é mais do que um problema estético, é um problema de saúde", acrescenta o médico.

Por este motivo, recomenda que, sempre que existam dúvidas ou preocupações relacionadas com a saúde do cabelo, consulte um especialista para identificar a causa da queda de cabelo e encontrar a melhor solução para cada caso.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Depois de angariar €1.22 milhões em junho
A MyCareforce, plataforma digital portuguesa que quer centralizar a contratação do sector da saúde, acaba de anunciar uma...

Os novos investidores, que se juntam a empresas como a Shilling, Portugal Ventures, Demium e outros Business Angels como o Humberto Ayres Pereira, que faz parte do Accel Starter programme, e ainda Vasco Lopes da Silva, vêm dar um novo impulso à start-up portuguesa que, além de Portugal, já opera no Brasil. 

Com dois milhões de euros agora angariados, o objetivo mantém-se e passa por investir no crescimento da utilização da solução, com foco em novos desenvolvimentos tecnológicos e no reforço da equipa, com o recrutamento de novos talentos. A MyCareforce conta hoje com 17 colaboradores em ambos os mercados e espera chegar ao final do ano com um total de 25, em Portugal e no Brasil, sobretudo nas áreas de Tecnologia, Operações e Suporte.

"Estamos muito orgulhosos do caminho que temos vindo a percorrer desde a nossa fundação em 2021. Termos anunciado a ronda no mês passado já foi uma excelente notícia e um sinal importante de que estamos no caminho certo, assim como a desenvolver tecnologia e produto de qualidade. Com esta extensão, essa confiança sai reforçada, assim como o ânimo para continuarmos com a nossa estratégia de expansão e crescimentos nos mercados onde já estamos presentes.” explica Pedro Cruz Morais, Co-CEO e Co-Founder da MyCareforce. 

Recorde-se que a start-up portuguesa conta já com mais de 12.500 enfermeiros da Ordem, 1.000 técnicos auxiliares de saúde, e mais de 150 empresas de Saúde, incluindo o grupo José de Mello Saúde, Grupo Trofa Saúde, SAMS, Grupo Orpea e ainda com diferentes unidades do SNS, entre outras, através das quais já preencheu mais de 16.000 turnos, equivalente a mais de 130.000 horas trabalhadas. No mercado brasileiro, a MyCareforce conta já com três mil profissionais inscritos na plataforma e o objetivo passa por chegar ao final do primeiro ano de atividade com 30 mil inscrições de enfermeiros e 70 mil horas trabalhadas.

 

Pode ser implementado em qualquer instituição de saúde
A Lean Health Portugal em parceria com a Portuguese Association for Integrated Care (PAFIC) desenvolveu um serviço de...

Para Adelaide Belo, Presidente da PAFIC, “nesta fase em que tanto se aborda a constituição de novas ULS em Portugal, achamos que seria importante a criação de um serviço que se tornasse numa ferramenta de apoio para a integração de cuidados nas Instituições. Sabemos que os processos integrados são sinónimo de maior fiabilidade, qualidade e segurança.”

Afirma, ainda, que “uma prestação de cuidados com melhores níveis de integração permite alcançar melhores níveis de desempenho nas instituições, e consequentemente, nos sistemas de saúde.“

Rui Cortes, CEO da Lean Health Portugal, “os processos de mudança são sempre desafiantes e olhando para a conjuntura nacional pensamos que seria tempo de apoiar as Instituições que podem estar (ou estarão) num processo de integração de cuidados. Com este serviço pretendemos (re)organizar para dar uma resposta mais integrada, desafiar o status quo, envolver todos com um objetivo comum e prestar cuidados com qualidade e eficiência.

“Para o CEO da Lean Health Portugal, por exemplo, na área da consulta externa, “este serviço tem grande potencial na medida em que faz o diagnóstico dos processos atuais de consulta e desenha novos processos que facilitem a continuidade de cuidados, reduzindo etapas que não agregam valor. Aplica, igualmente, metodologias de participação colaborativa de utentes/utilizadores na identificação e priorização de áreas de melhoria, redesenho de percursos e navegabilidade, bem como avaliação de intervenções de melhoria”.

Este serviço está desenhado para ter aplicação nas seguintes áreas clínicas:

  • Percurso de cuidados em Ambulatório, optimização de recursos e acesso associados a Gestão Integrada dos MCDTS
  • Hospital de Dia (Unidade de Medicina de Ambulatório)
  • Patologia Clínica
  • Resposta integrada de situações de urgência /emergência
  • Gestão integrada do percurso do doente cirúrgico e a transição de cuidados

Pode ser implementado em qualquer instituição de saúde, centrando-se em quatro tarefas principais para o cumprimento dos objetivos a que se propõe: análises de dados, especialização de dados, transformação digital e redesenho de processos.

Com soluções 100% customizáveis à realidade de cada instituição, este serviço simplifica e automatiza processos para que os cuidados sejam prestados com eficiência, nomeadamente a desmaterialização, integração, simplificação e automatização de processos através de Robotic Process Automation (RPA); informatização de documentos, algoritmos de otimização de agendamentos (bloco operatório, hospital de dia, consultas) e simulação computacional para desenho de novos layouts.

Por fim, e em conjunto com os profissionais, examina criticamente os atuais processos com propostas de alteração para a melhoria contínua. Redesenha, assim, processos para eliminar etapas que não acrescentam valor ao utente, como por exemplo, etapas que geram atrasos, duplicação ou potencial de erro.

O “PACK ULS” baseia-se no diagnóstico real da situação atual de cada Instituição, com estudo especifíco, desenvolvimento e aplicação, para cada dimensão de integração dos serviços e cuidados de saúde.

 

Mitos e verdades
Com a chegada das férias escolares e o aumento da temperatura, as atividades ao ar livre e as idas à

Sejam feridas superficiais ou mais profundas, existem várias opiniões por vezes erradas no que diz respeito ao tratamento destas. De olhos postos nas férias em família, a Bayer esclarece alguns dos mitos 1 mais frequentes: 

#Mito 1: Aplicar álcool na ferida para a cicatrização ou tratamento desta.

Ao contrário do que se possa pensar, não se deve aplicar álcool nas lesões, muito menos uma solução alcoólica. O ideal é deixar que a ferida cicatrize sozinha, lavando-a com água corrente ou soro em jato.

#Mito 2: Esfregar a ferida ou aplicar óleo de arnica para uma cicatrização mais rápida.

A arnica é uma substância cujos estudos recentes comprovaram que não contribui para a cicatrização de ferimentos.

#Mito 3: Deve-se aplicar óleo numa queimadura ou em caso de irritação da pele.

A aplicação de qualquer líquido ou substância nas queimaduras é um erro muito comum. A única coisa que se deve fazer é lavar o local afetado com água em abundância e consultar imediatamente um médico.

#Mito 4: A ferida precisa de ficar destapada para respirar.

As feridas cicatrizam mais rápido num meio húmido, ou seja, quando estão protegidas, o que também evita contaminações. Atualmente, já existem coberturas tecnologicamente mais avançadas, que permitem tapar a ferida mantendo a humidade adequada para favorecer a sua cicatrização, promover o controlo bacteriano e reduzir a dor.

#Mito 5: Usar ervas e outros soluções naturais na ferida.

Nunca utilize ervas ou outras soluções naturais nas feridas. Além de não ajudarem a resolver o problema, estas podem dar origem a situações mais graves como infeções.

#Mito 6: Passar manteiga ajuda na cicatrização de queimaduras.

Manteiga, gelo, ovo e óleo de cozinha são altamente desaconselháveis, uma vez que aumentam o risco de infeção e atrasam o processo de cicatrização. A única substância que pode ser aplicada na zona queimada é água tépida em abundância. O próximo passo é consultar um médico.

#Mito 7: Devemos deixar aparecer crosta na ferida.

A crosta forma-se quando a ferida seca e leva à acumulação de tecido não viável e bactérias, o que dificulta a cicatrização e pode originar infeção. É crucial evitar a formação de crosta nas feridas, protegendo-as com um penso adequado e mantendo-as num ambiente húmido.

#Mito 8: Quanto mais profunda, mais dolorosa é a ferida.

Devido ao elevado número de fibras nervosas localizadas abaixo da epiderme, as feridas superficiais são mais dolorosas do que uma ferida profunda.

 

Referências:

1 https://www.bepanthene.pt/sites/g/files/vrxlpx34176/files/2020-08/Checklist-Bepanthene-plus_editavel.pdf.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Saúde sexual
O sol é um dos eternos ajudantes da nossa líbido.

Além disso, a estação do verão incentiva a passar mais tempo fora de casa, o que se traduz num aumento da atividade física ao ar livre, como correr, caminhar ou nadar. O exercício físico contribui para a atividade sexual de duas formas: aumenta a libido através da libertação de endorfinas e da melhoria da autoconfiança, e intensifica também o fluxo sanguíneo nos órgãos genitais. 

Enquanto o sol alimenta o desejo, o calor do verão também pode, por vezes, tornar-se um obstáculo para os momentos íntimos. Megwyn oferece algumas dicas para aproveitar ao máximo os momentos de amor no verão:

  • Respire o romance de verão: O calor do verão traz consigo uma promessa tentadora de lazer, aventura e amor reacendido. A promessa de férias e escapadelas de verão convida os casais a fugir ao ritmo da vida quotidiana e a explorar novas culturas, a alargar os horizontes e a criar memórias duradouras em conjunto. Passar mais tempo a dois pode significar, em última análise, concentrar-se mais nas necessidades e desejos do seu parceiro ou parceira. Praticar atividades físicas e fazer exercício em conjunto pode ser uma excelente forma de aumentar a libido e, ao mesmo tempo, promover a saúde e o bem-estar geral. 
  • Prepare-se para a aventura: Enquanto abraça o sol e o mar, lembre-se de cuidar de si. No calor do verão, a humidade e a roupa molhada criam o terreno perfeito para a proliferação de bactérias e a última coisa que queremos é ter “convidados” indesejados a causar problemas nas partes íntimas! Para minimizar este risco, certifique-se de que não fica demasiado tempo com a roupa molhada, especialmente os fatos de banho, e opte por tecidos respiráveis que permitam uma boa circulação do ar. A água do mar pode ter alguns efeitos na flora vaginal, mas em geral os efeitos são temporários e mínimos. A vagina possui um notável mecanismo de autolimpeza que trabalha diligentemente para manter o equilíbrio e estado saudável.
  • Mantenha-se fresco e protegido: Fazer sexo na água é uma alternativa tentadora nestes dias e semanas quentes, mas a água não funciona como proteção. Quem quiser fazer sexo seguro na água deve usar preservativos com a indicação "à prova de água" ou "concebidos para serem usados na água" para evitar infeções sexualmente transmissíveis e gravidez. Além disso, lembre-se de verificar sempre a data de validade nas embalagens dos preservativos e de os guardar num local fresco e seco, longe da luz solar direta e de temperaturas elevadas.
  • Aplicar muito lubrificante: O facto de estar debaixo de água pode remover a lubrificação natural, pelo que é aconselhável utilizar um lubrificante para o sexo vaginal ou anal. Os lubrificantes à base de água foram desenhados para serem solúveis em água, o que significa que se misturam facilmente com a água e podem ser lavados. Isto torna-os muito práticos para serem utilizados no duche, uma vez que não deixam resíduos pegajosos nem requerem uma limpeza excessiva. A variante à base de silicone é particularmente adequada para as práticas debaixo de água, uma vez que mantém o seu carácter escorregadio durante algum tempo.

 

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12 e 13 de agosto
Este fim de semana, 12 e 13 de agosto, o Parque Atlântico, juntamente com os alunos de Medicina da Universidade dos Açores, que...

É no Piso 0 do Parque Atlântico, em dois horários — 9h30 às 12h00 e 14h00 às 18h00 —, que os visitantes podem realizar várias medições que visam avaliar a sua saúde cardiovascular. Os exames incluem parâmetros como o Índice de Massa Corporal (IMC), Tensão Arterial e Glicémia. Esta ação de rastreio não substitui uma consulta médica.

“A responsabilidade social faz parte do ADN do Parque Atlântico desde a sua génese e faz-nos todo o sentido usar a dimensão do Centro e a sua proximidade com a comunidade para a sensibilizar para temas tão importantes. Continuaremos atentos a oportunidades para manter este caminho e usar o Parque Atlântico muito para além da sua conveniência de oferta de lojas e serviços”, refere João Pedro Mota, diretor do Parque Atlântico.

 

Agosto | Mês de Sensibilização para a Síndrome do Intestino Curto (SIC-FI)
Apesar de ser uma doença rara, é uma síndrome altamente complexa, debilitante e com risco de vida, e

A SIC-FI surge habitualmente como resultado de uma doença que obriga a que grande parte do intestino seja removida cirurgicamente. Nos adultos, as causas mais frequentes são coágulos sanguíneos no intestino, cancro e a Doença de Crohn. Mas a SIC-FI pode também surgir desde o nascimento, como resultado de malformação congénita ou lesões intestinais nos recém-nascidos.

Para os doentes com SIC-FI, o comprometimento da função do intestino delgado resulta numa falência intestinal crónica e na dependência do tratamento no longo prazo, por vezes para toda a vida. Tratamento esse que é feito através do suporte parentérico (SP), ou seja, do fornecimento de nutrientes e fluidos diretamente para a corrente sanguínea através de uma veia, de forma a contornar a falta do processo normal de digestão e absorção dos alimentos.

A taxa de mortalidade em doentes adultos com SIC-FI é elevada em Portugal devido ao desconhecimento do tratamento desta doença e a uma falta de referenciação para médicos e equipas de centros de referência, com conhecimento e experiência no tratamento destes doentes.

Segundo o Professor Jorge Fonseca, diretor do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Garcia de Orta e responsável pelo centro de Nutrição Artificial: “com as terapêuticas atuais, não faz sentido existir uma taxa de mortalidade tão alta nos doentes com SIC-FI. Para reverter esta situação, é importante apoiar as equipas multidisciplinares que estão a trabalhar com estes doentes e referenciar os doentes sempre para estas equipas, de forma a terem um tratamento adequado. As nossas equipas multidisciplinares estão prontas para receber estes doentes”.

 

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Campanha “O seu fígado não está de férias”
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma campanha de consciencialização para a prevenção das...

“No verão temos tendência a desculpar os nossos comportamentos poucos saudáveis, mas é primordial lembrarmo-nos de que todas as nossas ações têm impacto no nosso corpo, nomeadamente, no nosso fígado. As pessoas podem divertir-se, mas devem estar conscientes de que a saúde nunca entra em modo de férias”, aconselha Arsénio Santos, presidente da APEF.

O hepatologista explica que o fígado é um importante órgão do corpo humano e que, no caso de inflamação ou lesão, podem ser comprometidas as suas funções, originando diversas complicações a curto e a longo prazo. “As causas mais comuns da doença hepática são as hepatites virais B e C, o fígado gordo e as lesões causadas pelo álcool. Mesmo no período de férias, as pessoas devem adotar comportamentos saudáveis e não adiar o rastreio anual. O primeiro passo para o combate a estas doenças começa na prevenção: pratique exercício físico regularmente; faça uma alimentação equilibrada e saudável; evite beber álcool e consumir drogas; use preservativo; não partilhe seringas nem objetos de higiene pessoal; lave as mãos com frequência, sobretudo antes das refeições e depois de ir à casa de banho”, afirma Arsénio Santos.

E conclui: “Se vai viajar e tem alguma doença do fígado já diagnosticada e em tratamento, não se esqueça de levar consigo os medicamentos e de os tomar tal como foi recomendado pelo seu médico. Aproveite as férias para cuidar de si e pôr em prática hábitos saudáveis. Desfrute do seu descanso e mantenha o seu fígado saudável!”

 

 

 

Cuidados alimentares
O bom tempo convida a desfrutar da natureza, na companhia da família e dos amigos, e os piqueniques

Na praia, no parque, no jardim, ou no campo, todos os locais são favoráveis para um convívio entre si e as pessoas que mais gosta. Se vai fazer um piquenique, indicamos-lhe dez cuidados que podem ajudar a torná-lo mais seguro e equilibrado, prevenindo o aparecimento da azia e da indigestão, dois dos principais inimigos do nosso estômago.

  1. Optar por refeições ligeiras – As frutas e hortícolas devem integrar os alimentos da sua refeição. Tomate cherry, morangos, melancia, cenoura, pêssego, ananás, alface, pepino, brócolos, maçã verde, mirtilo, couve roxa, uva e ameixa são um must have a colocar na cesta de piquenique.1
  2. Evitar alimentos fritos e ricos em açúcar, gorduras e sal – Este tipo de alimentos são uma causa muito comum de azia e de refluxo, uma vez que desaceleram o esvaziamento do estômago. A alternativa é deliciar-se com refeições à base de cozidos, grelhados, escaldados ou assados.2 Seja amigo do seu estômago!
  3. Substituir os citrinos e os refrigerantes – Os limões e as laranjas são muito ácidos. Também os refrigerantes contêm ácido cítrico para ajudar a dar um sabor mais equilibrado. Para manter-se hidratado, há outras opções de bebidas que podem deixar o seu estômago feliz, tais como a água sem gás, ou aromatizada feita com uma fruta espremida muito diluída em água, infusões de hortelã, menta ou canela, ou sumos e batidos de fruta naturais (sem citrinos). Frutos vermelhos, maçãs, peras e bananas são menos ácidas e devem ser incluídos no seu piquenique.3, 2
  4. Dizer adeus ao picante – A comida picante é uma escolha popular para muitos de nós, mas pode ser uma fonte de problemas para quem tem azia. Para aqueles que são adeptos de picante, é importante removê-lo da lista de ingredientes. Experimente utilizar ervas aromáticas para dar mais sabor à comida.4
  5. Cozinhar os alimentos a temperaturas adequadas – Caso o piquenique inclua alimentos confecionados, é fundamental garantir que estes são cozinhados acima dos 70ºC e, preferencialmente, no próprio dia. Carne, ovos e peixe devem ser particularmente bem confecionados.5,6
  6. Armazenar os alimentos a temperaturas seguras – Os microrganismos multiplicam-se muito depressa à temperatura ambiente ou quando os alimentos estão expostos ao calor. Assim, é essencial conservá-los no frio, idealmente abaixo dos 5ºC, num local abrigado da exposição solar. Este é um cuidado que deve ter tanto na viagem até ao local do piquenique, como durante o mesmo, e até ao momento de consumo dos alimentos.7
  7. Garantir a frescura e qualidade dos alimentos – O primeiro passo para garantir a segurança das refeições é a escolha de alimentos frescos, dentro do prazo de validade e processados de forma segura (por exemplo, enlatados que são esterilizados).8
  8. Excluir alimentos mais perecíveis e suscetíveis a alterações pelo calor – Para reduzir riscos, se puder, evite alimentos como queijo, fiambre, leite, marisco, molhos (maionese, natas e bechamel) ou ovos.9[3]
  9. Separar alimentos crus de alimentos cozinhados – Guarde os alimentos do piquenique em embalagens ou recipientes fechados, preferencialmente de vidro, para que não haja uma contaminação cruzada de microrganismos. Isto porque será mais difícil eliminar microrganismos patogénicos presentes.10
  10. Manter a limpeza – Lavar as mãos frequentemente, ou desinfetá-las com uma solução de álcool gel, caso não tenha por perto um local onde lavá-las. Esteja atento aos alimentos para protegê-los dos insetos, pragas ou outros animais. Mantenha os sacos do lixo fechados e deite-os fora no final do piquenique.11

 

Referências:

1, 2,4,11 Hospital da Luz (2020). Faça um piquenique saudável. Disponível em: https://www.hospitaldaluz.pt/pt/saude-e-bem-estar/faca-piquenique-saudavel. [Consultado em julho de 2023].

3 Rennie (2021). Saiba evitar os alimentos que causam refluxo. Disponível em: https://www.rennie.pt/dicas/alimentos-que-causam-refluxo. [Consultado em julho de 2023].

5,6,7,8 Unilabs (2020). Dez regras para fazer um piquenique saudável e seguro. Disponível em: https://www.unilabs.pt/pt/unilabs/novidades-unilabs/blog/piquenique-saudavel. [Consultado em julho de 2023].

9,10 Unilabs (2020). Dez regras para fazer um piquenique saudável e seguro. Disponível em: https://www.unilabs.pt/pt/unilabs/novidades-unilabs/blog/piquenique-saudavel. . [Consultado em julho de 2023].

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A importância do rastreio
O cancro colorretal (ou cancro do cólon e reto ou cancro do intestino) é uma doença frequente, muita

Este cancro tem o seu início com o aparecimento de pólipos, que são alterações causadas pelo crescimento anómalo de tecido no intestino grosso que com o tempo crescem e se transformam em cancro. Assim, inicialmente, os pólipos não são malignos e poderão ser removidos por colonoscopia antes de se degenerarem, prevenindo o aparecimento de cancro. Desta forma, a colonoscopia permite a prevenção do cancro colorretal, ao remover os pólipos que lhe dão origem, e permite um diagnóstico precoce que pode salvar a sua vida.

A colonoscopia é o procedimento utilizado para visualizar o intestino grosso (cólon) e o reto. Para tal introduz-se através do ânus um tubo longo e flexível (colonoscópio), equipado com uma câmara na extremidade, que transmite a imagem para um monitor, permitindo a observação da mucosa cólica à medida que o tubo progride no intestino.

Este exame permite o diagnóstico do cancro colorretal, nomeadamente através da realização de biópsias, imprescindíveis para a caracterização e diagnóstico definitivo destes tumores. A colonoscopia está indicada na presença de sintomas tais como perda de sangue nas fezes, alteração dos hábitos intestinais, dor de barriga, fadiga e perda inexplicável de peso.

Contudo, o cancro colorretal é uma doença silenciosa e pode evoluir sem sintomas, por isso, recomenda-se a realização do rastreio, na ausência de sintomas, às pessoas com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos. Em alguns casos particulares, como pessoas com familiares de primeiro grau que tenham tido cancro colorretal; com síndromes genéticas que aumentem o risco de cancro do intestino e que tenham o diagnóstico de doença inflamatória do intestino (Doença de Crohn/Colite Ulcerosa), a idade do início do rastreio, pode ser mais precoce. O rastreio consiste na colonoscopia ou em alternativa na pesquisa de sangue oculto nas fezes por método imunoquímico, e nos casos positivos, seguido pela colonoscopia.

Para consciencializar a população para o rastreio do cancro colorretal, a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva (SPED) está a promover a campanha “FériasCom✅Colonoscopia” que visa alertar as pessoas para a importância de agendar e realizar os exames endoscópicos de forma a prevenir ou diagnosticar o cancro colorretal numa fase precoce. Saiba mais sobre o cancro colorretal em www.sped.pt

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto Safety Desk
Com o objetivo de apoiar a criação de perfis toxicológicos na área da cosmética, uma equipa de investigadores da Faculdade de...

Esta solução, desenvolvida no âmbito do projeto Safety Desk, resultou de uma necessidade da empresa Cosmedesk, que trabalha na indústria da cosmética, concretamente no apoio à criação de perfis toxicológicos que, na maioria dos casos, ainda são construídos manualmente, através de pesquisa em várias fontes e da redação de um relatório para atestar a conformidade dos ingredientes.

«O resultado principal, que pode ser integrado na plataforma Cosmedesk, implementa uma série de técnicas responsáveis pela obtenção da informação em várias fontes oficiais, como bases de dados e relatórios anteriores, processa essa informação para obter os dados específicos a colocar no relatório e cria o texto para o mesmo, que tem sempre a validação humana no final. Além desse resultado operacional, o projeto deu origem também a duas teses de mestrado e vários artigos em conferências científicas», revela Catarina Silva, professora do Departamento de Engenharia Informática (DEI) da FCTUC e investigadora no Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC).

De acordo com a investigadora, «através destas técnicas de natural language processing, o projeto Safety Desk consulta e interpreta diversas fontes de informação, das quais extrai apenas o conhecimento de relevo para a construção das análises toxicológicas de substâncias químicas, que garantem a segurança de muitos dos produtos usados no dia-a-dia, tais como cosméticos, biocidas ou detergentes».

Catarina Silva considera que «a implementação de um projeto de apoio à construção de relatórios toxicológicos pode ter um impacto extremamente positivo na indústria. Ao semi-automatizar o processo, a eficiência aumenta, reduzindo o tempo necessário para produzir relatórios e, ao mesmo tempo, diminuindo os custos operacionais», assegura a docente.

Além disso, continua, «pode contribuir para a melhoria da qualidade e precisão dos relatórios, pela inclusão automática de novas fontes de informação e pela redução do erro humano, garantindo que os padrões e protocolos sejam seguidos consistentemente, o que é crucial em setores que requerem rigorosa avaliação de segurança toxicológica», realça, concluindo que é fundamental manter o ser humano no ciclo de decisão para rever e interpretar os resultados do relatório final, assegurando uma abordagem abrangente e de confiança para a tomada de decisões críticas relacionadas com a segurança toxicológica dos produtos.

O projeto Safety Desk, liderado pela empresa Cosmedesk, contou com a colaboração do CISUC e do Instituto Pedro Nunes (IPN).

Conselhos Mayo Clinic
O mito de que as pessoas com pele escura são imunes ao melanoma (um tipo de cancro da pele) persiste

Dawn Davis, dermatologista da Mayo Clinic, afirma que as pessoas com tons de pele mais escuros têm de estar atentas à proteção solar.

"A melanina é o componente proteico da pele que lhe dá cor", afirma a especialista.

Os tons de pele mais escuros contêm mais melanina. O pigmento protege contra os danos causados pelo sol e reduz o risco de cancro da pele. Algumas pessoas com pele escura pensam que a melanina as protege do cancro, mas isso é um mito, afiança a dermatologista

"Todos as pessoas, incluindo as que apresentam um tom de pele mais escuro, correm o risco de desenvolver melanoma. As crianças também podem desenvolver melanoma", afirma a médica.

Quando o melanoma se desenvolve em pessoas com pele escura, é normalmente mais agressivo e o diagnóstico ocorre numa fase mais avançada. Mas isso pode acontecer porque o cancro da pele em pessoas com pele mais escura pode aparecer em áreas não expostas.

"Isto inclui debaixo das axilas, na zona genital, debaixo das unhas das mãos e dos pés e nas palmas das mãos e plantas dos pés", esclarece a especialista.

Deste modo, a dermatologista reforça a necessidade de todas as pessoas, independentemente do seu tom de pele, incluindo crianças, usarem protetor solar e examinarem a sua pele regularmente.

Quanto maior for a exposição ao sol, maior é o risco de desenvolver cancro da pele.  Segundo Dawn Davis há várias medidas que devem ser tomadas por todos para proteger a pele:

  • Usar protetor solar com, pelo menos, SPF (fator de proteção solar) 30;
  • Examinar regularmente a pele;
  • Consultar um profissional de saúde se aparecerem verrugas ou inchaços anormais;
  • Usar vestuário de proteção.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Prémios têm um valor global de 225 mil euros
Estão abertas, até ao próximo dia 15 de dezembro, as candidaturas à Bolsa Nacional para Projetos de Investigação em Microbiota,...

Os projetos vão ser avaliados por um júri independente constituído pelos quatro membros do Comité Científico da Biocodex Microbiota Foundation em Portugal e devem ter uma duração máxima de 18 meses. O vencedor será informado pelo Presidente do júri até um mês antes da concessão da bolsa de estudos.  

A microbiota – conjunto de microrganismos que habitam no nosso organismo – tem uma relação direta com a saúde. Uma microbiota saudável tem impacto no funcionamento bom do sistema digestivo, na imunidade, na síntese de vitaminas, armazenamento de gorduras e até no nosso estado emocional. A microbiota vaginal, em particular, é importante para a saúde da mulher e para a fertilidade. Os desequilíbrios na microbiota da zona íntima da mulher podem levar a problemas de secura vaginal, irritações, infeções e problemas na gravidez. 

Para obter mais informação sobre a Bolsa Nacional para Projetos de Investigação em Microbiota, consulte o regulamento e o formulário. As candidaturas devem ser enviadas, até ao dia 15 de dezembro, para o endereço de e-mail: [email protected].  

Estão também abertas, até ao próximo dia 30 de novembro, as candidaturas à Bolsa Internacional para Projetos de Investigação em Microbiota, que tem como tema “o papel da microbiota nos mecanismos da dor”. A esta Bolsa, no valor de 200 mil euros, podem candidatar-se, segundo o regulamento, médicos e investigadores de todos os países, incluindo de Portugal, independentemente da especialidade médica.

Opinião
Portugal tem apresentado dados preocupantes relativamente à prevalência de Diabetes mellitus, confor

Simultaneamente, à medida que aumenta a preocupação com o impacto da inflação, surge, entre outras questões, uma relevante: poderá a implementação da medida IVA zero no cabaz alimentar ser uma ferramenta capaz de auxiliar a gestão da diabetes?

Para melhor compreendermos o alcance da iniciativa IVA zero, é importante explorar os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde que fundamentaram a seleção dos 46 produtos alimentares que compõem o cabaz.

Cada um dos sete grupos da Roda dos Alimentos apresenta funções e características nutricionais específicas, o que justifica a presença de todos eles no cabaz com IVA zero. Essa inclusão é de suma importância para garantir uma alimentação diária completa e equilibrada.

Os cereais e derivados, incluindo os tubérculos, compõem a maior fração da Roda dos Alimentos. Alimentos como pão, batata, arroz e massas alimentícias estão contemplados no cabaz com IVA zero por serem os principais fornecedores de energia, fibra e outros nutrientes. Quanto menos refinados, melhor, uma vez que assim preservam os seus nutrientes em maior quantidade.

O consumo de hortícolas crus e/ou cozinhados é a base de uma alimentação saudável, devido à sua interessante densidade nutricional com compostos antioxidantes, vitaminas, fibra e minerais. A variedade do consumo é importante, uma vez que diferentes cores indicam também diferentes benefícios. A sopa, essencial e tão presente na tradição alimentar portuguesa, não deve ser esquecida já que permite conservar grande parte das propriedades nutricionais dos alimentos. O consumo de sopa nas duas refeições principais pode ser uma estratégia para alcançar as recomendações diárias de consumo de hortícolas. Os hortícolas que fazem parte do cabaz IVA zero são a cebola, o tomate, a couve-flor, a alface, os brócolos, a cenoura, a courgette, o alho-francês, a abóbora, os grelos, a couve-portuguesa, os espinafres, o nabo.

A fruta, tal como os hortícolas, é um fornecedor insubstituível de minerais, vitaminas e fibra e por isso o seu consumo deve ser diário, aplicando-se também neste caso a lógica da variedade das cores. A maçã, banana, laranja, pera e melão estão contemplados na medida IVA zero.

O grupo da carne, pescado e ovos é fornecedor de proteína de elevada qualidade e, simultaneamente, fonte de ferro, zinco e vitaminas do complexo B.

Variar o consumo de alimentos deste grupo, em quantidades adequadas, integra os princípios de uma alimentação saudável. É aconselhável consumir mais pescado e menos carne (principalmente vermelha), sendo os ovos uma boa alternativa para ambos. Carne fresca ou congelada de frango, peru, porco ou vaca fazem parte deste cabaz.

As leguminosas em sopa ou no prato devem ser consumidas diariamente, uma vez que possuem uma elevada qualidade nutricional e são uma ótima fonte de proteína vegetal. Estão presentes no cabaz, na versão seca, o feijão vermelho, o feijão-frade, as ervilhas e o grão-de-bico.

Os laticínios, nomeadamente, queijo, leite e iogurte, são por excelência os fornecedores de cálcio, proteína e vitaminas do complexo B. É importante saber fazer escolhas saudáveis e preferir produtos com menor teor de açúcar, gordura e sal adicionados, o que exige uma atenção específica à informação que consta nos rótulos e ao semáforo nutricional. O cabaz contempla leite de vaca, iogurtes ou leites fermentados e queijos.

As gorduras e óleos, nomeadamente o azeite, óleos vegetais e manteiga também fazem parte desta medida. É um grupo que se mostra essencial para o bom funcionamento do organismo, preferencialmente as gorduras de boa qualidade e, obviamente, desde que sejam consumidas com moderação.

Com isto, torna-se claro que a escolha dos alimentos não foi aleatória, demonstrando o alinhamento desta medida tributária com os princípios de uma alimentação saudável. No entanto, ainda podem surgir dúvidas quanto à adequação do cabaz de alimentos com IVA zero na alimentação de pessoas com diabetes.

Em primeiro lugar, é essencial salientar que ter diabetes não é sinónimo de um plano alimentar completamente distinto, mas sim focar em escolhas alimentares saudáveis e equilibradas, adaptadas às necessidades individuais, assim como qualquer outra pessoa que não tem diabetes.

Posto isto, ao analisarmos minuciosamente a lista de alimentos presentes no cabaz, é possível perceber que alguns deles ainda podem suscitar algum receio em pessoas com diabetes, devido a mitos enraizados, tais como a batata, arroz, massa, pão, banana, melão, cenoura e outros. No entanto, estes alimentos podem e devem ser incorporados de forma consciente e equilibrada na alimentação, quando não existem outras contraindicações. Neste caso, a chave para o equilíbrio está na quantidade consumida, tornando importante a orientação de um profissional na área de nutrição.

Assim, será possível não só desfrutar de uma alimentação mais diversificada e prazerosa, mas também assegurar uma maior variedade de nutrientes essenciais para a saúde, inclusive para o auxílio do controlo da Diabetes e redução do risco de complicações associadas à doença (fibra, magnésio, selénio, crómio, vitamina D, entre outros).

Atualmente, três meses após a implementação do IVA zero, o preço total estimado do cabaz alimentar ronda os 129€, representando uma redução de

quase 10€ em relação ao período inicial da medida, conforme indicam dados recentes da DECO.

Ao retrocedermos até 2017, percebemos que foi igualmente implementada uma medida tributária, desta vez com foco na alimentação, a qual consistia na aplicação de um imposto especial sobre bebidas adicionadas de açúcar ou edulcorantes. Através de relatórios governamentais, foi possível verificar que essa medida acarretou certas mudanças, como a redução de cerca de 15% nas vendas das bebidas abrangidas pelo imposto no período de 2017 a 2020, e a própria indústria alimentar sofreu alterações, reduzindo o teor de açúcar nas bebidas em 17% entre 2016 e 2020.

Apesar de não ser o ser o seu objetivo principal, será que a medida IVA zero no cabaz de alimentos, se implementada por tempo suficiente que permita observação de resultados, pode exercer uma influência positiva na qualidade dos hábitos alimentares dos portugueses? Assim esperamos.

Referências Bibliográficas:

Ministério da Saúde. (2023). Eu escolho comer bem com os alimentos do cabaz IVA 0% Guia sobre os grupos de alimentos e combinações saudáveis. Lisboa. Disponível em: https://nutrimento.pt/activeapp/wp-content/uploads/2023/04/AF_GUIA-Alimentacao-Saudavel-CABAZ-0.pdf

Ministério da Saúde (2020). PROGRAMA NACIONAL PARA A PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL. Lisboa: Direção-Geral da Saúde. Disponível em: https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/activeapp2020/wp-content/uploads/2020/11/Relato%CC%81rio-PNPAS-2020.pdf

DECO PROTESTE (2023). Cabaz com IVA zero desceu 10 euros em três meses, mas oito alimentos ficaram mais caros. Disponível em: https://www.deco.proteste.pt/familia-consumo/orcamento-familiar/noticias/cabaz-alimentar-poupanca-sem-iva

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Proteção Oncológica Reforçada (POR)
O cancro é uma doença que altera a perspetiva de vida das Pessoas e das Famílias. A Médis, marca do Grupo Ageas Portugal,...

Em Portugal, segundo dados da Direção-Geral de Saúde (DGS), registam-se cerca de 60 mil novos casos por ano. A Médis estabeleceu como uma das suas prioridades, a proteção dos seus Clientes com doença oncológica, reforçando a sua oferta e criando um serviço dedicado e personalizado, para um acompanhamento especializado.

A oferta da Proteção Oncológica Reforçada (POR), permite reforçar as coberturas através do aumento de capitais e dar acesso a novos serviços assistenciais. A Médis posiciona-se no mercado também, com a oferta de um serviço de apoio clínico e administrativo diferenciado, feito por enfermeiros e acessível através da Linha Médis.

“A Médis, como seguradora de saúde, tem um papel fundamental na promoção da prevenção do cancro, seja pelo apoio que proporcionam ao nível de coberturas, seja através de campanhas que promovam a informação e um maior conhecimento sobre a doença”, diz Paula Galvão, Responsável da Rede Clínica da Médis. A aposta da Médis no reforço da sua cobertura oncológica “é uma resposta direta à dimensão que o cancro atinge na população portuguesa e é mais um passo rumo à humanização dos cuidados de saúde no País”, reforça a responsável.

O tratamento do doente oncológico é longo e muitas vezes difícil tanto para o próprio como para a família e cuidadores. Ter à disposição um acompanhamento dedicado e especializado feito por profissionais de saúde é apreciado e valorizado pelos clientes.

Este acompanhamento é realizado por uma equipa de enfermeiros, que está disponível todos os dias úteis das 8h às 20h, fazendo a gestão de todos os contactos telefónicos destes Clientes, identificando necessidades, estabelecendo planos de acompanhamento e prestando orientações adequadas a cada Cliente. Muitas vezes este acompanhamento é feito proactivamente dando a conhecer a oferta da Médis.

 

 

Foi criada uma estrutura celular sem recurso à fertilização de ovócitos por espermatozoides
O anúncio recente de produção do incorretamente designado “embrião sintético” suscitou dúvidas e controvérsias a que o Conselho...

Um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos EUA, anunciou a criação de uma estrutura celular semelhante à do embrião humano, unicamente a partir de células estaminais, sem recurso à fertilização de ovócitos por espermatozoides.

O estudo, qualificado como “inovador” e “pioneiro” pela imprensa internacional, levou a um aceso debate ético sobre a realidade em causa, mas também sobre a forma como a notícia foi disseminada.

Como salienta a Presidente do CNECV, Maria do Céu Neves, “não há aqui, efetivamente, uma novidade científica ou tecnológica que represente um avanço qualitativamente distinto da investigação que vem sendo feita nesta matéria desde há décadas e por várias equipas científicas”.

Esta realidade, prossegue a responsável do Conselho, “conduz-nos a alertar para a necessidade do cumprimento escrupuloso dos princípios da integridade científica, não só no processo de investigação, como é do conhecimento comum, mas também no da sua comunicação, o que exige objetividade e rigor. Deve, por isso, rejeitar-se a hiperbolização da informação e o sensacionalismo do discurso. Sobretudo, deve ser evitada a utilização desse anúncio, ainda não substanciado por uma publicação em jornal científico, para a obtenção de vantagens indevidas”.

A produção de uma estrutura celular coloca de imediato a questão terminológica e revisita a definição de embrião, para evitar que uma diferente designação seja um meio para contornar a regra que desde 1984, restringe todo o tipo de experimentação em embriões para além do 14ª dia.

Por outro lado, a atribuição de potencial terapêutico à investigação em causa tende, não só a legitimá-la, mas também a isentá-la do debate social que se impõe, podendo facilmente resvalar do seu intuito originário para aplicações não antecipadas e eticamente problemáticas, alerta o CNECV na sua posição.

Assim, à importância de retomar questões como a da legitimidade ética da manipulação da vida humana, com a destruição intencional de embriões, soma-se a necessidade de refletir sobre estes “modelos de embriões humanos”, qual o seu estatuto e características e o consequente nível de proteção jurídica que lhe deve ser conferido, o que poderá implicar a revisão da legislação em vigor.

O CNECV realça também que o recurso a uma potencial criação de embriões in vitro poderá, no futuro, ter em vista encurtar ou mesmo suprimir a gestação uterina ou, no limite, gerar uma criança unicamente a partir de células de um indivíduo adulto, numa abordagem potencial à clonagem reprodutiva humana que, ao criar uma criança sem progenitores, levaria a um novo sentido de “orfandade”, uma orfandade radical e absoluta.

Aula online para grávidas
A Mamãs Sem Dúvidas vai colocar as grávidas a mexer com mais uma iniciativa de exercício físico mensal. A sessão “Pilates para...

A aula online e gratuita objetiva contribuir para a saúde das mães e bebés, recorrendo aos benefícios associados ao Pilates, como a redução de dores nas costas, fortalecimento do pavimento pélvico e dos restantes músculos necessários para o trabalho de parto, controlo do peso corporal e maior oxigenação do feto.

Além disso, é notório o impacto positivo desta prática na redução dos níveis de stress, postura corporal, flexibilidade e respiração, promovendo o bem-estar geral tanto para a grávida, como para o filho.

Faça a sua inscrição aqui: https://mamassemduvidas.pt/ciclo/

 

Guia de cuidados
Verão é sinónimo de sol e calor, a altura ideal para relaxarmos e sairmos com roupas que nos permite

Praia, piscina e sol são os três vilões de verão no que toca às tatuagens. Estes potenciam possíveis infeções, manchas permanentes na pele, desbotamento ou até mudança da cor dos desenhos, infeções derivadas de alguma contaminação da areia ou da água.

O segredo para uma pele tatuada cuidada é dar especial atenção à sua pele e seguir alguns cuidados. Para que consiga aproveitar o verão sem prejudicar as suas tatuagens, deixamos-lhe cinco passos essenciais que deve seguir:

  1. Cuidado com a exposição direta ao sol - O sol é um dos principais inimigos das tatuagens. A exposição prolongada acelera a descoloração, o que pode desbotar e mudar as cores das mesmas. Neste sentido, evite as horas de maior incidência dos raios solares e tente não expor a área de pele tatuada diretamente ao sol.
  2. Protetor solar é o seu melhor amigo - Nas idas à praia ou à piscina, ou até mesmo em atividades ao ar livre, leve sempre consigo um protetor solar.  A pele é o maior órgão do nosso corpo e devemos cuidar dela com especial atenção. Nas áreas com tatuagens basta aplicar o necessário para cobri-las e mantê-las devidamente protegidas. Deve aplicar 30 minutos antes de começar a exposição solar e ir reaplicando ao longo do dia. Opte por um bom protetor solar de preferência com elevado fator de proteção contra os raios UVA e UVB.
  3. Mergulhos no mar, lagos ou piscinas - É importante ter em mente que uma tatuagem é como uma ferida aberta, sobretudo, se esta for recente. É preciso ter alguns cuidados quando imergimos as nossas tatuagens em água dado que é fácil apanhar infeções bacterianas com a poluição. O cloro pode ser igualmente uma desvantagem para a sua tatuagem na medida em que pode contribuir para a remoção da sua pigmentação e do seu brilho.
  4. Hidratação por dentro e por fora - A desidratação da pele pode prejudicar a preservação da tatuagem. Aposte em cremes hidratantes e loções pós-solares não só para hidratar a pele, como para a acalmar nesta época de sol e de praia. Para manter a pele hidratada também temos de hidratar o corpo. Assim, quando falamos em cuidados com as tatuagens no verão, importa relembrar a importância de beber água, uma vez que ajudará a promover a hidratação.
  5. Limpar a pele regularmente: é sempre importante ter o cuidado que lavar a área tatuada com um produto adequado, principalmente depois de um dia de praia ou piscina para ter a certeza que não se criam infeções com poluentes da água.
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Investigação da Mayo Clinic
Os erros cromossómicos são uma caraterística das células cancerígenas. Os defeitos no genoma resultantes da separação incorreta...

No entanto, o inverso também é verdadeiro, uma vez que níveis muito elevados desta confusão genómica caótica e persistente (denominada instabilidade cromossómica) são prejudiciais para os tumores. Consequentemente, as células cancerosas têm de conter estes erros para sobreviver.

Numa investigação recentemente publicada na revista médica Cell Reports Medicine, a bióloga molecular e de células cancerígenas da Mayo Clinic, Veronica Rodriguez-Bravo, e a sua equipa identificaram um "travão" utilizado pelas células tumorais que lhes permite sobreviver a uma elevada instabilidade cromossómica e tornarem-se mais agressivas. Os investigadores descobriram também que os tumores de cancro da próstata resistentes à terapia apresentam a maior instabilidade cromossómica em comparação com outros tipos de tumores. Se, no futuro, forem desenvolvidas terapias para manter a instabilidade (ou seja, impedir o efeito de "travão"), isso poderá potencialmente impedir o crescimento e a sobrevivência das células cancerígenas.

"O estudo desafia ainda mais o dogma de que os erros cromossómicos são principalmente promotores de tumores e propõe que os erros podem, na realidade, ser o calcanhar de Aquiles dos tumores agressivos, como os do cancro da próstata metastático", explica Rodriguez-Bravo. Normalmente, estes tumores são considerados "invencíveis", pelo que foi muito importante descobrir que são seletivamente sensíveis a medicamentos que provocam aberrações cromossómicas ainda maiores nas células tumorais. Durante muitos anos, os erros cromossómicos foram considerados os principais promotores de tumores porque estão associados à progressão agressiva dos tumores".

Os investigadores estudaram modelos experimentais como células de cancro da próstata e modelos pré-clínicos derivados de doentes, combinados com a análise de dados de doentes. A equipa descobriu que as células de cancro da próstata com um elevado nível de instabilidade cromossómica ativam genes específicos que impedem as células de adquirir mais erros cromossómicos, garantindo que as células cancerígenas sobrevivem e continuam a promover o crescimento do tumor. Desta forma, os tumores agressivos que são resistentes às terapias podem evitar atingir níveis catastróficos de erros no genoma que os matariam.

O estudo mostra que a redução terapêutica do "travão" como estratégia para forçar as células cancerosas a acumularem níveis fatais de erros cromossómicos conduz à morte de células tumorais resistentes à terapia e melhora a sobrevivência de modelos pré-clínicos derivados de doentes", acrescenta a investigadora. "O estudo fornece uma prova de conceito para uma nova estratégia terapêutica contra tumores agressivos com elevada instabilidade cromossómica".

O estudo foi um esforço científico da equipa da Mayo Clinic que envolveu investigadores do Departamento de Urologia e do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular.

"O principal objetivo da nossa investigação era revelar as vulnerabilidades cromossómicas de tumores agressivos, como o cancro da próstata metastático, para ajudar a desenvolver uma nova combinação de terapias para os doentes", afirmou Rodriguez-Bravo. "Estudar os processos fundamentais utilizando a investigação básica e translacional sobre o cancro é da maior importância para atingir este objetivo e encontrar oportunidades escondidas."

A investigação foi apoiada pela Mayo Clinic Foundation, pelo Mayo Clinic Cancer Centre e pelo US National Cancer Institute.

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