Organização Mundial da Saúde

Casos de poliomielite diminuíram 99% nos últimos 25 anos

A Organização Mundial da Saúde estima que os casos de poliomielite (paralisia infantil) diminuíram 99% em 25 anos, para 416 ocorrências registadas em 2013, mas a doença permanece endémica no Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

Dados hoje publicados na página daquela agência da ONU na Internet indicam que em 1988 foram notificadas 350 mil ocorrências de poliomielite em 125 países, número que no ano passado baixou para 416 casos.

Esta diminuição “é o resultado do esforço global para erradicar a doença”, considera a Organização Mundial da Saúde (OMS) em comunicado, onde assinala que os esforços dos Estados membros das Nações Unidas fizeram com que, “em 2014, apenas três países permanecessem com pólio-endémica, com menos 125 casos se comparados com 1988”.

“Os casos de pólio diminuíram em 99% desde 1988, de uma estimativa de 350 mil casos em mais de 125 países endémicos, para 416 casos notificados em 2013. Estes incluíram apenas 160 casos em países endémicos”, refere a nota.

“Em 2014, apenas três países no mundo continuam endémicos, com a doença a ocupar a menor área geográfica na sua história”, assegura a OMS.

A poliomielite, vulgarmente denominada paralisia infantil, é uma doença infecciosa viral aguda transmitida de pessoa para pessoa, principalmente pela via fecal-oral, que afecta o sistema nervoso e pode causar paralisia irreversível em poucas horas em uma em cada 200 infecções. A enfermidade atinge maioritariamente menores de cinco anos.

Em 1994, a região da América foi declarada livre da pólio, seguida da região Pacífico Ocidental, em 2000, e Europa em Junho de 2002. Em Março deste ano a OMS assinalou a região do sudeste asiático como livre da doença.

“Essa conquista marca um salto significativo na erradicação global, com 80% da população mundial a viver em regiões certificadas como livres da pólio”, refere o comunicado da OMS.

Mas a agência da ONU alerta para a possibilidade de ocorrência de 200 mil novos casos por ano dentro de 10 anos em todo o mundo se não forem travados os focos que ainda existem no Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

 

Fonte: 
LUSA
Nota: 
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