Termas de Portugal reivindicam
A Associação das Termas de Portugal defendeu que os cursos de medicina deveriam voltar a incluir a componente de hidrologia...

A presidente da Associação das Termas de Portugal (ATP) considerou que "era importantíssimo e essencial" que o ensino dessa especialidade - que pode ser usada tratamento de doenças músculo esqueléticas, respiratórias, de pele ou digestivas - voltasse a ser incluído nos currículos de "todos os cursos de medicina, bem como de outros na área da saúde".

"A hidrologia médica é uma cadeira que deveria ser obrigatória nos cursos de medicina e era importante que se continuasse a aprender nas cátedras de medicina e que a terapêutica termal continuasse a ser ensinada de maneira a que o público prescritor estivesse totalmente ciente de que esta é uma alternativa de terapêutica", sublinhou Teresa Vieira.

A dirigente ressalvou que o Instituto de Ciências Médicas Abel Salazar da Universidade do Porto já tem um mestrado integrado na área e que a Faculdade de Medicina da Universidade da Beira Interior tem realizado várias formações extracurriculares nesta área, mas reiterou que "é preciso ir mais longe e alargar o ensino a todos".

A inclusão do termalismo "na agenda daquilo que é a oferta da rede de cuidados de saúde" e a reposição da comparticipação estatal em termos dos tratamentos termais são outras das reivindicações apresentadas pela ATP.

Teresa Vieira sublinhou que os tratamentos termais são "reconhecidos pela tutela e realizados em unidades prestadoras de cuidados de saúde", pelo que também devem estar em "igualdade de circunstâncias relativamente a outras terapêuticas que se dirigem às mesmas patologias".

"Essa comparticipação funcionaria como uma valia para o prescritor, que obviamente procurará, dentro do que é a rede de cuidados, a terapêutica mais adequada e menos dispendiosa", afirmou.

Segundo Teresa Vieira, tal traduzir-se-ia em "ganhos efectivos em termos da saúde dos utilizadores e da economia de saúde", como comprovam os "estudos médico-económicos que demonstram que a prática termal permite uma poupança de gastos".

"O conhecimento dos factos indica que a aposta num programa preventivo de tratamento termal reduz as situações de cronicidade, de agravamento e de agudização da doença, as quais penalizam os doentes e conduzem a tratamentos mais caros", fundamentou.

De acordo com os dados fornecidos, existem actualmente 48 instâncias termais licenciadas, 35 das quais em pleno funcionamento, que geram cerca de cinco mil postos de trabalho e que, em 2013, tiveram uma procura superior aos 100 mil utilizadores.

"Se tivermos em conta toda a dinâmica criada nos locais em que as instâncias estão localizadas e o facto de estas estarem, na maior parte dos casos, em zonas do interior do país, facilmente percebemos que as termas também funcionam como pólos de desenvolvimento local e que contribuem para atenuar as assimetrias regionais", sublinhou.

Estas e outras questões estarão em análise no Congresso Internacional de Turismo de Saúde 2020, que se realiza no H2otel em Unhais da Serra, concelho da Covilhã, nos dias 17 e 18. O congresso, organizado pela ATP e PROVERE Termas Centro, contará com a participação especial da UNWTO - Organização Mundial de Turismo.

 

Lançamento da Campanha
Campanha "Epilepsia é mais do que ter crises", arranca esta semana até ao próximo dia 14 de Março de 2015, com várias...

 

A LPCE - Liga Portuguesa Contra a Epilepsia, em parceria com a EPI - Associação Portuguesa de Familiares, Amigos e Pessoas com Epilepsia, apresentam a campanha dirigida para ao público em geral, - "Epilepsia é mais do que ter crises" -, cujo objectivo é alertar e sensibilizar a sociedade para as questões de quem vive com epilepsia.

Esta é uma campanha também implementada a nível internacional, pela ILAE - Internacional League Against Epilepsy e pelo IBE - Internacional Bureau for Epilepsy, que a LPCE e a EPI promovem em Portugal. Neste sentido, esta campanha, assume assim uma dupla vertente de:

 Informação e sensibilização para a problemática de quem vive com Epilepsia;

 Angariação de fundos, para manter os projectos de actividades ocupacionais e vocacionais, direccionado para pessoas com epilepsia e/ou incapacidade e deficiência (projecto Arco-Íris), potenciando o seu alargamento às regiões de Lisboa e Porto.

 

Para o efeito, até ao próximo dia 14 de Março de 2015, data coincidente com a realização do ENE - Encontro Nacional de Epileptologia e encerramento da campanha, estão previstas a realização de iniciativas diversas:

  •  Novembro 2014 a Março 2015: Acções de Formação / Informação em escolas e entidades educativas (nível nacional);
  •  Outubro 2014: Open Day do desporto (Coimbra)
  •  Novembro 2014 a Março 201: Workshop's e dinâmicas de grupo no âmbito do projecto Arco-Íris, abertas ao público em geral (Coimbra e Cantanhede);
  •  13 Março 2015: Espectáculo Musical de angariação de fundos, com a participação de vários artistas nacionais, no Conservatório de Música de Coimbra;

 

A LPCE e a EPI convidam todos a acompanhar a programação de todas as actividades programadas, nas nossas páginas oficiais em:

  • Site: www.epilepsia.pt
  • Facebook: Epilepsia.pt
  • Facebook: Epilepsia - EPI-APFAPE (Página Oficial)

 

De dose única
Um novo contraceptivo de dose única vai estar disponível em breve por um dólar em 69 países de África, Ásia e América Latina.

O projecto amplia assim um programa piloto aplicado em alguns países africanos, onde se distribui aos organismos de ajuda sanitária o Sayana Press, um contraceptivo de dose única cuja eficácia dura pelo menos três meses e que é aplicado através de uma injecção descartável.

"A realidade é que hoje, 200 milhões de mulheres no mundo querem evitar ou programar a gravidez, mas não têm meios para fazê-lo", explicou Chris Elias, médico da Fundação Bill e Melinda Gates, cita a agência France Presse."Podemos garantir que este produto estará disponível nos países mais pobres a um dólar a dose", acrescentou.

Como eventuais efeitos colaterais, o laboratório Pfizer, que produz o medicamento, menciona, entre outros, a perda de densidade óssea.

O Sayana Press já está disponível no Bangladesh, Burkina Faso, Quénia, Níger, Nigéria, Senegal e Uganda.

Segundo o último relatório da organização Family Planning 2020, a quantidade de mulheres com acesso a métodos contraceptivos nestes 69 países aumentou em 8,4 milhões de pessoas em comparação com 2012.O planeamento familiar - informação, contracepção e saúde - permitiria evitar 100 mil mortes de mulheres por ano durante e depois do parto.

Esta é a principal causa de morte entre jovens de 15 a 19 anos nos países pobres, segundo a organização Save the Children.

 

Obriga enfermeiros em greve a trabalhar
Despacho publicado a poucas horas do início da greve nacional de enfermeiros estabelece uma vasta lista de hospitais onde estes...

O Ministério da Saúde declarou o surto de Legionella em Vila Franca de Xira "uma situação de grave emergência de saúde pública" e estabeleceu uma lista de hospitais na região da Grande Lisboa onde os enfermeiros terão de se apresentar ao serviço, apesar da greve nacional marcada para hoje [14 de Novembro] e para o próximo dia 21, escreve o jornal Público na sua edição digital.

Num despacho publicado em Diário da República e assinado pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, a tutela diz respeitar o direito à greve, mas entende que este não se sobrepõe ao “direito à vida e à saúde” das populações face ao surto que no período de uma semana infectou já mais de três centenas de pessoas e provocou sete vítimas mortais.

"Nesta conformidade, não deixando de reiterar que se reconhece o direito à greve, feita uma ponderação” entre este direito “e os direitos fundamentais dos cidadãos que podem ser lesados, em especial o direito à vida e à saúde [...], é indispensável que, nos termos legalmente admitidos, se adoptem algumas medidas de excepção, cujo fim último se destina a mobilizar os profissionais que possam vir a ser indispensáveis para assegurar a efectiva protecção de saúde relativamente aos utentes que dela venham a carecer", lê-se no despacho agora conhecido.

Os hospitais onde os enfermeiros terão de se apresentar em número e no horário estabelecido antes de a greve ser convocada são todas as grandes unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na região de Lisboa, mas precisamente as que integram o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (hospitais de S. Francisco Xavier, Egas Moniz e Santa Cruz), o Centro Hospitalar Lisboa Central (São José, Capuchos, Santa Marta e Curry Cabral) e o Centro Hospitalar Lisboa Norte (hospitais de Santa Maria e Pulido Valente).

Também o Hospital de Vila Franca de Xira, por estar no centro do surto e ser o concelho de origem da grande maioria dos doentes, e o Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) estão na lista de unidades a que esta "situação de excepção", como a define o ministério, será aplicada.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) tinha anunciado a decisão de manter para hoje e para dia 21 a greve nacional marcada no início desta semana, mesmo depois de o Governo ter apelado a que reconsiderasse as datas do protesto, tendo em conta o "cenário extraordinário" do surto que teve início na última sexta-feira e já é considerado um dos maiores de sempre da doença em todo o mundo.

Em resposta, o Ministério da Saúde admitiu logo aí a possibilidade de vir a estabelecer medidas extraordinárias para minorar os efeitos da paralisação, argumentando que esta "atingirá apenas os serviços integrados no SNS, onde estão a ser tratados mais de 90% dos doentes infectados com Legionella".

A greve convocada pelo SEP visa contestar os cortes salariais nas horas extraordinárias, ao mesmo tempo que exigem o descongelamento das progressões na carreira e a reposição das 35 horas de trabalho semanais. O surto de Legionella com origem no concelho de Vila Franca de Xira infectou, até esta quinta-feira, 311 pessoas e fez um total de sete vítimas mortais, segundo os dados mais recentes da Direcção-Geral da Saúde. Há 48 doentes que se mantêm internados em unidades de cuidados intensivos de vários hospitais da região de Lisboa.

 

Sindicato
A greve dos enfermeiros registou uma adesão de 78,6% durante o turno da noite, disse fonte sindical, considerando que esta é ...

“Não desconvocámos a greve, os enfermeiros estão a aderir em força e, como é habitual, os serviços mínimos estão assegurados, portanto não há qualquer problema com os doentes”, disse à agência Lusa José Carlos Martins, do Sindicato dos Enfermeiros.

De acordo com o dirigente sindical, os doentes estão a ter “as adequadas e necessárias respostas”, nomeadamente nos hospitais onde se encontram internadas pessoas infectadas com 'legionella'.

“Nos hospitais de Lisboa, que têm cerca de 320 doentes internados por causa do surto de ´legionella´ de Vila Franca de Xira, os dados de adesão variam entre os 80 e os 98% em São José”, indicou.

Para o sindicato, os enfermeiros estão a dar uma boa resposta a “toda a trapalhada” de tentar desmarcar a greve por parte do Ministério da Saúde.

Os enfermeiros cumprem desde as 00:00 de hoje o primeiro de dois dias de greve nacional em protesto pelos cortes salariais nas horas extraordinárias, exigindo a progressão na carreira e a reposição das 35 horas de trabalho semanais.

 

Legionella:
O Ministério Público revelou que está em curso um inquérito relacionado com o surto de 'legionella' no concelho de...

A Procuradoria-Geral da República precisou que o inquérito "corre termos no DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) da Comarca de Lisboa Norte-Vila Franca de Xira". A bactéria ‘legionella’, que provoca pneumonias graves e pode ser mortal, foi detectada no concelho de Vila Franca de Xira.

O surto já infectou 303 pessoas na região de Lisboa e Vale do Tejo, dos quais 48 estão internados em unidades de cuidados intensivos, segundo informou a Administração Regional de Saúde.

Nas últimas 24 horas, registaram-se 12 novos casos nesta região e 19 doentes tiveram alta clínica. Segundo a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), o número de mortos confirmados mantém-se em sete.

No entanto, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) mantém a confirmação de apenas cinco mortos e de mais quatro que ainda estão por confirmar.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

 

Câmara de Vila Franca disponibiliza-se para dar apoio jurídico às famílias

O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, afirmou hoje que a autarquia está disponível para apoiar judicialmente as famílias que quiserem recorrer à justiça, na sequência do surto de ‘legionella' que afectou o concelho.

"Os nossos juristas e os nossos advogados também estarão disponíveis, caso as famílias queiram recorrer à Câmara Municipal", afirmou Alberto Mesquita. O autarca ressalvou, contudo, que, apesar do apoio dos juristas e advogados da autarquia, terão de ser as famílias das vítimas a mover acções individuais.

Já anteriormente a junta de freguesia de Vialonga, uma das mais afectadas pelo surto de ‘legionella', se tinha disponibilizado para dar apoio jurídico às famílias.

Relativamente às conclusões da reunião, Alberto Mesquita referiu que ficou decidido manter as medidas preventivas, tomadas no domingo, que prevêem o encerramento dos equipamentos desportivos das freguesias mais afectadas pelo surto e a suspensão das aulas de Educação Física, apesar de reconhecerem que a "situação está a melhorar"

"O problema hoje é melhor do que ontem e esperemos que amanhã seja melhor do que hoje. Há uma manifestação de desaceleração deste processo", apontou.

Alberto Mesquita referiu-se ainda à decisão tomada pelas autoridades de saúde de serem desligadas as torres de refrigeração, fazendo uma associação entre essa medida e a "desaceleração" do surto de ‘legionella'.

"Desde que as torres de refrigeração deixaram de funcionar - e há aqui uma coincidência -, não sei se será apenas uma coincidência, mas é um facto que essa desaceleração se acentuou. Eu não quero com isto dizer que o foco foi encontrado. É uma grande probabilidade. Poderá haver outras situações, mas só os estudos e análises poderão mais tarde revelar", apontou.

14 de Novembro – Dia Mundial da Diabetes
Apresenta-se uma inovadora aplicação móvel para registo e monitorização de feridas diabéticas.

O pé diabético é uma das mais graves complicações da Diabetes Mellitus (DM). É causado por um descontrolo metabólico e caracteriza-se por problemas circulatórios ou infecções nos membros inferiores que levam ao aparecimento de feridas. As feridas podem evoluir para gangrena existindo o risco de amputação se não houver um acompanhamento constante. O tratamento é dispendioso e complexo por necessitar do envolvimento de uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde.

Portugal conta com uma das taxas mais elevadas de prevalência da DM levando ao aumento de gastos para o Sistema Nacional de Saúde (SNS) devido aos custos com medicação e com o incremento dos reinternamentos e das amputações de membros inferiores (que aumentou 9% desde 2011) 1.

No sentido de contrariar estas premissas e de facilitar o processo de monitorização das feridas, em particular em doentes diabéticos, desenvolveu-se uma aplicação móvel3 que surgiu da parceria entre o Instituto de Engenharia Electrónica e Telemática de Aveiro da Universidade de Aveiro e o Serviço de Especialidades Médicas do Centro Hospitalar do Baixo Vouga-EPE-Unidade de Aveiro.

Esta aplicação móvel diferencia-se por permitir a captação e manipulação de imagens e por disponibilizar a informação clínica em formato digital junto do local de prestação de cuidados ao doente.

O recurso à imagem valoriza o processo de monitorização das feridas do pé diabético porque os tratamentos ocorrem por longos períodos de tempo, em diferentes locais e por vários profissionais de saúde.

 

Tratamento mais eficaz com registo visual e temporal da evolução da ferida

Existindo acesso a um registo visual e temporal da evolução da cicatrização, o tratamento a aplicar pode ser melhor e mais rapidamente ajustado, e torna-se possível avaliar a eficácia dos cuidados previamente prestados à ferida. Há, portanto, uma monitorização contínua das feridas que é reforçada pela inclusão de uma escala quantificável (isto é, a medição do tamanho da ferida) e que apoia a avaliação da melhoria dessa lesão ao longo do tempo e a decisão clínica.

Por sua vez, a aplicação está ligada a outros dispositivos através de uma rede informática segura e específica para partilha de dados clínicos: a Rede Telemática da Saúde (RTS). Desta forma, os profissionais de saúde podem aceder a registos anteriores (p.e. às imagens captadas), registar informação clínica adicional e processá-la junto do utente, ficando imediatamente disponível para consulta, em qualquer outra instituição do SNS dentro da RTS, quer seja num computador fixo ou noutro dispositivo móvel. Tal processo facilita o acesso ao registo electrónico de cada utente e melhora a colaboração entre os diversos profissionais de saúde de diferentes instituições. A consequência direta deste sistema tecnológico é uma vigilância facilitada e mais eficiente da ferida e a melhoria da actuação aquando da prestação de cuidados ao utente com ganhos óbvios para a saúde dos cidadãos.

No Serviço de Especialidades Médicas do Centro Hospitalar do Baixo Vouga-EPE- Unidade de Aveiro, as consultas em Hospital Dia de Diabetes visam promover a educação dos utentes, prevenir complicações e acompanhar de modo personalizado os utentes com DM.

 

Inovadora aplicação móvel de registo e monitorização das feridas

Por isto, este sistema inovador foi testado neste serviço, ao longo de 9 meses, e contou com a participação de profissionais de saúde escolhidos pela sua experiência e conhecimentos na área da DM, e que prestavam regularmente cuidados a utentes com lesões por complicações do pé diabético. Estiveram ainda envolvidos, utentes com a patologia DM tipo II pois estavam em processo de tratamento de lesões no pé.

O contato quotidiano com utentes que sofrem de pé diabético permitia antever que uma boa estratégia de registo de informação e de comunicação de informação entre profissionais de saúde auxiliaria no acompanhamento da evolução do pé diabético.

De facto, após apreciação junto dos profissionais de saúde, a aplicação móvel foi um sucesso tendo sido considerada uma mais-valia no apoio à prestação de cuidados. Algumas das vantagens apontadas pelos profissionais de saúde foram a facilidade de uso, a versatilidade no acesso a informação e o potencial de expansão a outros serviços e a outras áreas da saúde que envolvam a monitorização de feridas. Foram ainda valorizados, o registo clínico da informação em tempo real e no local de tratamento e o enriquecimento da monitorização da ferida através de captação de imagens.

Numa primeira fase, este sistema tecnológico pretendeu dar resposta efectiva às necessidades identificadas para promover a melhoria contínua na prestação de cuidados de enfermagem a utentes com DM. Porém, para além de possibilitar melhorar a qualidade de vida do utente, contribuirá para minimizar custos quer para o utente quer para o Estado Português. As perspectivas futuras serão as de aproveitar todas as potencialidades da Rede, melhorar e acrescentar funcionalidades à aplicação e, ainda, integrar o sistema com outros softwares já existentes.

A imagem como ferramenta numa aplicação móvel: simulação

da medição de uma ferida (à direita) e do registo de alguns dados

visuais adicionais (à esquerda)

 

Profissional de saúde a fazer o registo visual da ferida em

utente com pé diabético

 

Profissional de saúde a testar a aplicação móvel acedendo

ao registo do utente em ambiente hospitalar

Bibliografia

1 Relatório do Observatório Nacional da Diabetes, 2013 – Diabetes factos e números.

2 Oliveira, I. C., Silva, N., da Veiga, I. & Cunha, J. P. S. (2012). Supporting nursing care assessment protocols with smartphones. In E. Conchon, C. M. B. A. Correia, A. L. N. Fred & H. Gamboa (eds.), HEALTHINF (pp. 81-86): SciTePress. ISBN: 978-989-8425-88-1

 

Nelson Américo de Oliveira e Silva, Enfermeiro no Serviço de Especialidades Médicas do Centro Hospitalar do Baixo Vouga-EPE- Unidade de Aveiro. Mestre em Engenharia de Eletrónica e Telecomunicações.

 

Conceição Fernandes Silva Neves, Enfermeira-Chefe no Serviço de Especialidades Médicas do Centro Hospitalar do Baixo Vouga-EPE- Unidade de Aveiro.

 

Ilídio Castro Oliveira, Professor Auxiliar, Dep. de Electrónica Telecomunicações e Informática, e Instituto de Engenharia Eletrónica e Telemática de Aveiro, Universidade de Aveiro (DETI/IEETA, UA).

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Instituto Nacional de Estatística
As doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas foram a quinta causa de morte em 2013, sendo que a diabetes representou cerca...

Mais de 5 mil pessoas (5.773) morreram no ano passado em Portugal vítimas de doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, representando 5,4% do total de mortes no país. Três décadas antes, estas doenças representavam 1,6% do total de mortes, acrescenta o relatório. Nesse mesmo ano, a diabetes mellitus esteve na origem de 4,3% das mortes, ou seja, cerca de 80% dos óbitos por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas.

Em números concretos, morreram devido à diabetes 4.546 mil pessoas, 58% das quais eram mulheres (2.636 óbitos). Ainda em 2013, perderam-se 4.683 anos potenciais de vida devido a esta doença, numa média de 7,9 anos de vida, tendo em conta os óbitos de pessoas com menos de 70 anos (595 pessoas).

Os anos potenciais de vida perdidos são um indicador da perda que as mortes prematuras representam para a sociedade, reflectindo o número de anos perdidos pelas pessoas que morrem antes dos 70 anos.

O Alentejo e a Região Autónoma dos Açores foram as regiões mais afectadas, com mais de 60 óbitos por 100 mil habitantes, com destaque para as mulheres (mais de 80 óbitos por 100 mil habitantes). O número total de óbitos por diabetes mellitus mais do que duplicou entre 1983 (1.237 óbitos) e 2013 (4.546 óbitos), registando-se um crescimento médio anual de 4,4% nesse período. O Instituto Nacional de Estatística destaca que, em proporção, morre-se mais de diabetes mellitus em Portugal do que na União Europeia.

 

Campanha de âmbito mundial
No próximo dia 17 de Novembro, o Cristo Rei, em Almada, vai estar iluminado a roxo, a cor escolhida para simbolizar o Dia...

Em Portugal, a iniciativa é promovida pela XXS, Associação Portuguesa de Apoio ao Bebé Prematuro, e conta com a fadista Mariza como madrinha.

"Iniciativa de Iluminação Global, lançando luz sobre a prematuridade” (“Global Illumination Initiative, Shedding Light on Premature Birth”, no original em inglês) é o slogan da campanha mundial, que conta com o apoio de entidades como a European Foundation for Care of Newborn Infants (EFCNI), a Fundação March of Dimes, de apoio a mães e bebés, a australiana National Premmie Foundation e a Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Com esta iniciativa juntamo-nos a muitos outros países. Iluminar a roxo o Cristo Rei é uma iniciativa simbólica que, além de chamar a atenção para a prematuridade, significa dar luz a cada bebé prematuro que nasce no nosso país. Queremos contribuir para a prevenção da prematuridade e alertar para a necessidade de alargar o apoio aos bebés e às suas famílias”, afirma Sidónia Santos, presidente da Associação XXS.

Anualmente nascem cerca de 500 mil bebés prematuros na Europa e 14,9 milhões em todo o Mundo. A prematuridade é responsável por cerca de 73% da mortalidade neonatal, sendo os recém-nascidos com idade gestacional <a 32 semanas e/ou peso <a 1500g os que apresentam maior risco de morte. Por outro lado, os prematuros sobreviventes têm morbilidades diversas que lhes podem provocar sequelas que comprometem a sua saúde e o seu desenvolvimento a médio e longo prazo, tais como problemas de aprendizagem. Neste sentido, a prematuridade é um elemento alarmante e é imprescindível agir no domínio da prevenção e controlo da morbilidade.

Em Portugal, nove em cada 100 bebés nascerem com menos de 37 semanas de gestação e um por cento dos recém-nascidos terem menos de 1.500 gramas. Os prematuros representam um terço da mortalidade infantil no nosso país. As crianças que nascem antes do tempo têm problemas específicos que exigem apoios especializados.

 

Sobre a Associação XXS

A Associação XXS é uma associação sem fins lucrativos, fundada em 2008, que adquiriu o seu estatuto de IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social) em Março de 2010. Tem como missão ajudar os bebés prematuros e as suas famílias a ultrapassarem aqueles que poderão ser os momentos mais difíceis das suas vidas. A Associação XXS integrou a European Foundation for Care of Newborn Infants (EFCNI) em 2008 e em Novembro de 2012 um dos membros fundadores da XXS passou a integrar o Parents’ Advisory Board da EFCNI. Este ano, a Associação XXS, membro da European Foundation for Care of Newborn Infants (EFCNI) foi distinguida com o prémio "Our Common Future", na categoria de European Idea.

 

Apesar do apelo do Ministério da Saúde
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses anunciou que vai manter a greve nacional, marcada para sexta-feira e dia 21,...

No final de uma reunião dos dirigentes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) para avaliar o apelo do Ministério da Saúde para os enfermeiros reconsiderarem as datas da greve nacional, tendo em conta o "cenário extraordinário" do surto de ‘legionella’, o dirigente sindical José Carlos Martins disse que esta não é uma questão suficiente para desconvocar o protesto. “Um surto de `legionella´ não justifica a desconvocação da greve nacional”, disse José Carlos Martins aos jornalistas.

Para o SEP, se o Ministério da Saúde acha mesmo importante desconvocar a greve, isso seria possível se tivesse respondido a um conjunto de reivindicações que o sindicato tem vindo a apresentar, como medidas para acabar com a exaustão dos profissionais ou a não admissão de mais funcionários. José Carlos Martins assegurou que, havendo necessidade, designadamente ao nível de Lisboa, poderão existir alguns ajustes.

“Haverá um número ajustado, em cada equipa e em cada hospital, a essa situação concreta”, disse. Segundo José Carlos Martins, “a Direcção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde sabem que, mesmo em greve, os enfermeiros prestarão os cuidados necessários”.

 

Sindicato dos Enfermeiros solicita reunião urgente com tutela

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses solicitou ao Ministério da Saúde a realização de uma reunião conjunta “ainda hoje”, tendo em conta a carta enviada quarta-feira pelo Ministério da Saúde a solicitar a reprogramação da greve.

Numa missiva dirigida ao ministro da Saúde, e disponível no site do SEP, pode ler-se a solicitação do sindicato de uma “reunião conjunta”, a realizar “face ao actual contexto”, motivada pelo pedido do Ministério da Saúde para reconsiderar as datas da greve nacional devido ao surto de ‘legionella’. Fonte do gabinete do ministro da Saúde não confirmou a realização da reunião.

 

Direcção-Geral da Saúde diz que fazer greve agora "não dignifica o processo reivindicativo"

O director geral da Saúde, Francisco George, considerou que fazer greve no contexto do actual surto de 'legionella' não dignifica o processo reivindicativo dos enfermeiros, depois do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses ter anunciado que vai manter a greve nacional, marcada para sexta-feira e dia 21, respondendo negativamente ao apelo do governo para reconsiderar as datas do protesto, tendo em conta o "cenário extraordinário" do surto de ‘legionella’.

Ainda antes de se conhecer a decisão do Sindicato, Francisco George disse aos jornalistas que fazer uma greve no contexto de “uma epidemia não iria dignificar os processos reivindicativos dos enfermeiros”.

Para George, os enfermeiros teriam ficado numa posição cimeira de negociação se tivessem desconvocado a greve nacional marcada para sexta-feira, como pediu o governo. “Estou convencido que se os enfermeiros adiarem estes movimentos reivindicativos ficam numa posição cimeira de negociação, com mais força”, declarou o director geral da Saúde.

“De manhã cedo falei com [a dirigente sindical] Guadalupe Simões e expliquei que não era oportuno, em termos de riscos que isso representa para os doentes”, acrescentou.

O diretor-geral da Saúde está convicto de que a greve pode ter implicações nos cuidados de saúde. “Em função da greve, ou não, teremos seguramente uma tradução nos cuidados aos doentes. Estamos a falar de 300 pneumonias em tratamento, cada uma delas com terapêutica endovenosa de 12 dias de duração, de quase 50 doentes em regime de cuidados intensivos e intermédios, alguns deles em ventilação. Chamei a atenção à senhora enfermeira, citei a minha experiência de médico, em cargos públicos, pai de uma enfermeira, expliquei que não era oportuno”.

 

 

Legionella:
A direcção do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses reúne-se hoje de manhã para avaliar o pedido do Governo para sejam...

Segundo fonte sindical, os dirigentes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) estarão reunidos durante toda a manhã, anunciando depois uma decisão em relação à greve nacional marcada para esta sexta-feira e para a próxima, dia 21, numa conferência de imprensa a realizar às 13:00.

O Ministério da Saúde pediu ao Sindicato dos Enfermeiros para reconsiderar as datas da greve nacional, tendo em conta o "cenário extraordinário" do surto de ‘legionella’.

Numa carta, com data de quarta-feira [12 de Novembro], o Ministério afirma recear que a greve, a acontecer nos dias anunciados, "possa comprometer a prestação de cuidados de saúde", considerando que estão em causa "necessidades em saúde indispensáveis e inadiáveis".

"Sem questionar o direito constitucional à greve, solicita-se que, tendo em conta o interesse público e o cenário epidemiológico extraordinário actual, se dignem avaliar a oportunidade da paragem laboral já decretada, as consequências nos cuidados prestados às pessoas e a percepção social sobre a greve e os seus riscos", refere a carta, assinada pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira.

O Ministério argumenta que o surto de ‘legionella’ "ainda não se encontra debelado, podendo ainda aumentar o número de doentes com necessidade de cuidados de saúde" bem como a necessidade de recursos humanos, nomeadamente enfermeiros.

Indica ainda que não é possível estimar a evolução do número de infectados por ‘legionella’, nem quantificar o número de enfermeiros indispensáveis para assegurar os cuidados de saúde exigidos.

"(...) nesta situação de desafio excepcional torna-se ainda mais importante que todos os agentes do sector demonstrem o grau de profissionalismo e responsabilidade que tem sido a chave do sucesso na resposta aos desafios do momento", refere também a carta dirigida ao presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

O SEP anunciou no início da semana uma greve nacional de dois dias, esta sexta-feira e dia 21 deste mês, em protesto pelos cortes salariais nas horas extraordinárias, exigindo a progressão na carreira e a reposição das 35 horas de trabalho semanais.

O surto de ‘legionella’ com origem no concelho de Vila Franca de Xira infectou, até quarta-feira, 302 pessoas e o número de mortos pode subir para nove, segundo dados oficiais.

Num comunicado com a situação actualizada até às 15:00 de quarta-feira, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) fala também em nove mortes, explicando que cinco deles morreram de facto devido à ‘legionella’ e que os outros quatro permanecem em investigação.

A confirmarem-se os quatro casos, sobe para nove o número de mortos.

A ‘legionella’, que provoca pneumonias graves e pode ser mortal, foi detectada na sexta-feira, no concelho de Vila Franca de Xira, tendo provocado já 302 casos de infecção. Estão confirmadas cinco mortes enquanto quatro óbitos estão em investigação.

O secretário de Estado da Saúde, Fernando Leal da Costa, disse quarta-feira que as autoridades estão convictas de que eliminaram todas as fontes de contaminação por ‘legionella’ em Vila Franca de Xira e que o assunto "está resolvido".

Leal da Costa acrescentou que "há um conjunto de investigações que estão a ser feitas", mas não apontou qualquer local em concreto.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Relatório da Direcção-Geral da Saúde
O número de mortes nos hospitais portugueses por enfarte do miocárdio e por acidente vascular cerebral registou no ano passado...

Em 2013 registaram-se 1.028 mortes por enfarte do miocárdio entre os 12.642 casos nos hospitais, quando no ano anterior tinham morrido 1.129 pessoas em 12.683 casos.

Desde 2009, os óbitos ocorridos no ano passado por enfarte foram os mais baixos, mesmo em anos em que se registaram mais casos nos hospitais.

Quanto aos acidentes vasculares cerebrais (AVC) isquémicos e oclusão das artérias cerebrais, 2013 foi também o ano com menos mortes (2.317) dos últimos cinco analisados no relatório “Doenças Cérebro-Cardiovasculares em Números 2014”.

Desde 2009, o número de mortes por AVC isquémico tem-se sempre mantido acima dos 2.300 casos, tendo chegado a registar-se mais de 2.500 mortos num ano.

Relativamente às angioplastias primárias, considerado o tratamento mais adequado para doentes com enfarte do miocárdio, deu-se uma subida de 36% na realização deste procedimento entre 2009 e 2013.

Segundo os especialistas, a quantidade de angioplastia primária é um indicador dos doentes tratados: nos países com uma elevada taxa de angioplastia primária, o número de pacientes não tratados é baixo. Pelo contrário, em países com um baixo uso deste procedimento, o número de pacientes não tratados é alto.

O relatório da Direcção-Geral da Saúde (DGS) analisa ainda a actividade das vias verdes do AVC e coronária (um acesso directo destes doentes aos serviços de saúde para acelerar a prestação de cuidados), considerando que “não houve qualquer alteração na tendência de crescimento dos indicadores”.

 

Desce a mortalidade precoce por doenças cérebro e cardiovasculares

A mortalidade prematura em Portugal por doenças do aparelho circulatório desceu 18% em quatro anos, tendo reduzido igualmente a mortalidade precoce por doenças cerebrovasculares, segundo o mesmo relatório.

 

A mortalidade precoce é avaliada pelos “anos potenciais de vida perdidos” que corresponde ao número de anos que, teoricamente, uma população deixa de viver por morte prematura, antes dos 70 anos.

Entre 2008 e 2012 houve uma redução de 18,91% nos anos potenciais de vida perdidos por doença do aparelho circulatório. No mesmo período, reduziu-se em 15,17% a mortalidade prematura por doenças cerebrovasculares, passando de 15.707 anos potencialmente perdidos em 2008 para 13.324 em 2012.

A doença isquémica do coração – como o enfarte agudo do miocárdio - surge com maior expressão nesta redução da morte prematura, com uma descida de 20,9% entre 2008 e 2012.

“A notável evolução verificada nos últimos cinco anos, traduzindo um manifesto atraso da ocorrência de eventos fatais para idades mais avançadas, assume uma maior expressão na doença isquémica do coração e no sexo feminino”, realça o relatório da Direcção-Geral da Saúde.

Na lista das doenças com maior número de anos potenciais de vida perdidos, as doenças cerebrovasculares e as doenças isquémicas do coração ocupam os quinto e sexto lugares, numa tabela liderada pelas doenças atribuíveis ao álcool.

De acordo com o documento, a taxa de mortalidade por doença cardiovascular tem descido desde 2008, apresentando uma redução de 19% no intervalo de quatro anos analisado, uma diminuição semelhante à da taxa de mortalidade por doenças isquémicas do coração.

As taxas de mortalidade por enfarte agudo do miocárdio baixaram também 19,38% entre 2008 e 2012.

“Mantiveram-se todas as tendências já referenciadas anteriormente, com um decréscimo progressivo e notório das doenças do aparelho circulatório como causas de morte na população portuguesa, embora mantendo a sua posição de destaque”, refere o relatório.

A DGS indica ainda que, dentro das doenças do aparelho circulatório, a mortalidade por cerebrovasculares continua superior à das doenças isquémicas do coração, “uma proporção inversa da verificada na maioria dos países europeus e mesmo mediterrânicos”.

Esta realidade já tinha sido verificada no relatório do ano passado, com as razões para esta tendência a continuarem a não estar esclarecidas.

Centro de Informação Antivenenos
O Centro de Informação Antivenenos, do INEM, recebeu em 2014 mais de 200 chamadas sobre incidentes com cápsulas de detergente...

Até terça-feira [11de Novembro], foram recebidas, no Centro de Informação Antivenenos (CIAV), departamento do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), 210 chamadas telefónicas referentes a situações com cápsulas para máquinas de lavar louça e roupa, valor que ultrapassa largamente as 135 chamadas registadas no total do ano passado.

Fátima Rato, do CIAV, explicou que "a esmagadora maioria" das chamadas envolvem crianças com idades entre os 17 meses e os três anos. Segundo esta médica, em mais 98% dos incidentes há "uma exposição ao produto por via digestiva".

"Na quase totalidade dos casos o que acontece é que as crianças levam as cápsulas à boca e trincam-nas. A quantidade ingerida é mínima, provavelmente porque o produto sabe mal e as crianças naturalmente cospem-no", explicou a especialista.

Até ao momento, não há registo de casos clínicos graves, sendo os vómitos o sintoma mais frequentemente apresentado pelas vítimas, segundo o CIAV.

O Centro Antivenenos registou também alguns casos de contacto com os olhos, sobretudo em adultos.

Uma investigação internacional alertou esta semana para o risco que as cápsulas de detergente representam para as crianças mais pequenas, registando um aumento no número de intoxicações, devido aos contactos com as substâncias contidas nas cápsulas.

Segundo o estudo, que foi realizado nos Estados Unidos e publicado na revista médica Pediatrics, ao meterem as cápsulas na boca, as crianças correm o risco de ingerir uma grande quantidade de substâncias químicas concentradas.

A investigação, realizada entre 2012 e 2013, revela que os centros antivenenos dos Estados Unidos registaram 17.230 casos de crianças com menos de seis anos que ingeriram, inalaram ou estiveram expostas aos produtos químicos contidos nestas doses de detergente. Um total de 769 crianças foram hospitalizadas com intoxicações, em média duas por dia, e uma criança acabou mesmo por morrer.

As crianças com idades entre um e dois anos representam dois terços dos casos.

Cerca de metade das crianças (48%) vomitaram após a ingestão do detergente. Tosse, irritação dos olhos, letargia e conjuntivite foram outros sintomas registados.

"As cápsulas são pequenas e coloridas e a uma criança podem parecer guloseimas ou sumo de fruta", adiantou Marcel Casavant, responsável pelo serviço de toxicologia do estado norte-americano do Ohio e co-autor do estudo.

Os responsáveis do estudo recomendam, por isso, a instauração de normas de segurança para estes produtos e recomendam também aos pais que optem por detergentes em embalagens tradicionais.

Em Abril, a Associação de Defesa do Consumidor (Deco) tinha já alertado para o risco de as crianças confundirem as cápsulas de alguns detergentes com gomas ou rebuçados, por serem "coloridas, suaves ao toque, com um cheiro agradável e vendidas em embalagens atractivas com alusão a alimentos".

A Deco lembrava que a venda de produtos com estas características é ilegal, considerando que a legislação sobre esta matéria é clara: “As embalagens que contenham substâncias perigosas, colocadas à disposição do público, não podem ter uma forma ou uma decoração gráfica susceptíveis de despertarem ou estimularem a curiosidade das crianças ou de induzirem em erro os consumidores, bem como uma apresentação e ou uma denominação similar às usadas em géneros alimentícios, alimentos para animais, medicamentos e cosméticos”.

Estudo revela:
Os bebés com menos de 32 semanas de gestação, alimentados com leite materno, têm metade das probabilidades de voltarem a ser...

Segundo o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), a partir de um estudo que envolveu mais de 400 crianças nascidas entre 01 de Junho de 2011 e 31 de Maio de 2012, verificou-se "que cerca de um terço dos bebés muito prematuros avaliados, teve algum problema de saúde que implicou, pelo menos, um internamento hospitalar no primeiro ano de vida”, principalmente devido a complicações respiratórias.

Assim, o estudo, no âmbito do projecto europeu EPICE (Cuidados Intensivos Neonatais Eficazes na Europa, na sigla em inglês), revelou que os bebés “que apenas estavam a receber leite artificial, à data da alta hospitalar da Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, tinham duas vezes mais risco de serem ‘reinternados’ durante o primeiro ano de vida, quando comparados com os bebés que estavam a receber leite materno”.

Os resultados preliminares do estudo sobre bebés prematuros, que tem em Portugal como investigador principal o presidente do ISPUP, Henrique Barros, mostram que, “aos dois anos de idade, 6% das crianças tomam medicação para a asma diariamente e aproximadamente 20% tomam qualquer outro tipo de medicação regularmente”.

O documento recorda que, em Portugal, oito em cada cem bebés são prematuros e um em cada cem nasce com menos de 32 semanas de gestação.

O projecto EPICE abrange 11 países e é coordenado em Portugal pelo Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em parceria com o ISPUP.

A iniciativa pretende “construir uma base de conhecimento empírico sobre como as provas científicas se traduzem em provisões dos serviços de saúde nas unidades de obstetrícia e neonatais”, para além de “identificar catalisadores para a aplicação de práticas assentes em provas” e “desenvolver estratégias para alcançar mudanças nos cuidados de saúde neonatais”.

Em Inglaterra
Cerca de 22 mil pessoas foram convocadas em Inglaterra para fazerem análises ao sangue depois de terem sido tratadas numa...

As análises destinam-se a despistar possível infecção com HIV e Hepatite B e C dos cerca de 22 mil doentes que foram observados e tratados pelo dentista Desmond D'Mello, numa clínica no norte de Inglaterra, encerrada em Junho por deficiências nas condições clínicas e de higiene.

As autoridades britânicas estão ainda a investigar a morte de uma mulher, em Agosto de 2013, pouco depois de ter recebido tratamento naquela clínica.

"Os investigadores querem saber se há alguma relação entre a morte [da jovem de 23 anos] e o tratamento dentário que recebeu", disse um porta-voz da polícia.

Para o Serviço Nacional de Saúde, a investigação demonstra que o médico não seguia "procedimentos aceitáveis de controlo das infecções".

Segundo a BBC, o médico alegadamente não lavava as mãos nem esterilizava os equipamentos e utensílios médicos entre cada consulta.

Por medida de precaução, as autoridades pediram aos pacientes da clínica para que se submetam a análises clínicas, ainda que considerem que o risco de infecção com aquelas doenças seja baixo.

 

13 de Novembro
Assinala-se a 13 de Novembro, pela primeira vez, o Dia Mundial do Cancro do Pâncreas, resultado da iniciativa de associações de...

O cancro do pâncreas é um dos mais letais, constituindo a quarta maior causa de morte por doença oncológica na União Europeia. Só durante este Dia Mundial, morrerão em todo o mundo 905 pessoas com a doença. Em Portugal são diagnosticados cerca de 1000 novos casos todos os anos. Nas últimas quatro décadas, a taxa de sobrevivência da maioria dos cancros aumentou, em muitos casos significativamente, mas não no cancro do pâncreas que continua a ter uma das mais taxas mais baixas.

“Marcar esta data é essencial para alertarmos e tornarmos o cancro do pâncreas mais conhecido, bem como denunciar alterações prementes que têm de ser implementadas na abordagem à doença, na investigação e no apoio a doentes e familiares. A junção de forças por parte de tantos países, associações, doentes e familiares demonstra a vontade global de se conseguir uma melhoria no contexto de saúde dos doentes com cancro do pâncreas”, declara Vítor Neves, presidente da Europacolon Portugal, uma das associações de doentes portuguesas que se encontra envolvida na causa e alargou recentemente o seu âmbito de acção para também acompanhar os doentes com cancro do pâncreas.

Na maioria das situações, o diagnóstico é feito tardiamente por falta de sintomas nas fases iniciais da doença. Ainda se desconhecem as causas exactas do cancro do pâncreas, mas factores de risco como tabagismo, alcoolismo, alimentação rica em gorduras e antecedentes de pancreatite aumentam o risco.

Neste primeiro ano, o Dia Mundial do Cancro do Pâncreas é apoiado em Portugal e em todo o mundo pela Celgene, multinacional biofarmacêutica.

As associações de doentes internacionais vão assinalar a criação do Dia com inúmeras actividades, incluindo o site www.worldpancreaticcancerday.org e campanhas nas mais importantes redes sociais:

Facebook: https://www.facebook.com/worldpancreaticcancerday
Twitter: https://twitter.com/worldpancreatic
Instagram: http://instagram.com/worldpancreatic
YouTube: https://www.youtube.com/user/worldpancreatic

Em Portugal, os doentes, familiares ou população em geral podem contactar a Europacolon através da Linha de apoio telefónica permanente - 808 200 199 ou aceder a mais informação através de http://www.europacolon.pt/

Em 6 anos
O número de doentes portadores de diabetes internados nos Hospitais da Universidade de Coimbra aumentaram 40 por cento entre...

Os doentes diabéticos chegam a representar 25% dos internamentos "na unidade de cuidados de AVC (Acidente Vascular Cerebral), nos cuidados intensivos cardíacos e na unidade de urologia e transplantação renal", sublinhou Margarida Bastos, coordenadora do Programa Nacional de Diabetes do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Apesar desses dados, a taxa de mortalidade intra-hospitalar de doentes diabéticos no CHUC situa-se nos "7,3%", contrastando com "24% da média nacional", realçou.

Para melhorar os cuidados a portadores de diabetes e para reduzir os internamentos, o CHUC criou uma Escola da Diabetes, que arranca a 28 de novembro, pretendendo dar formação "pós-graduada a médicos, enfermeiros, psicólogos" e outros profissionais, avançou Francisco Carrilho, director do serviço de endocrinologia do hospital, durante uma conferência de imprensa para assinalar o Dia Mundial da Diabetes, que se comemora a 14 de novembro.

Também no primeiro trimestre de 2015 será constituída uma "unidade de pé diabético", que é "fundamental para impedir os internamentos", frisou Francisco Carrilho, referindo que a média de internamento para o tratamento desta doença é de 19 dias.

O internamento é longo para "se evitar a amputação", podendo-se gastar "menos dinheiro, caso se actue mais na prevenção", disse.

O pé diabético acaba por influenciar a média de internamento dos doentes diabéticos no CHUC, situada nos 9,9 dias, representando mais 3 dias de internamento que a média geral deste hospital.

Anualmente, o CHUC realiza "três mil consultas de diabete geral, 400 consultas para doentes com bombas de infusão de insulina, 862 consultas de pé diabético e 2.600 consultas de endocrinologia obstétrica", registou Francisco Carrilho salientando que tudo é feito "com uma equipa com 12 elementos".

O presidente do conselho de administração do CHUC recordou o "enorme esforço financeiro" que a doença representa, sendo que para o centro hospitalar, "só o custo de antidiabéticos orais e insulinas ultrapassa 2% da despesa com medicamentos".

"A promoção de estilos de vida saudáveis e correcções alimentares poderão evitar o alastramento desta patologia e por outro lado conter a sua evolução, nos casos de doença instalada", notou.

Segundo um relatório do Observatório Nacional da Diabetes, os custos com a doença representaram em 2013 cerca de 1.500 milhões de euros, correspondendo a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) e a 10% das despesas em saúde.

A prevalência da diabetes em Portugal voltou a aumentar em 2013, com 160 novos casos a surgirem por dia e com a população diabética a representar 25% da mortalidade nos hospitais, revelou o mesmo relatório.

Autoridades convictas
O secretário de Estado da Saúde afirmou hoje que as autoridades estão convictas de que eliminaram todas as fontes de...

"Tanto quanto podemos afirmar, estamos convictos de que eliminámos as fontes que estavam necessariamente activas para gerar este surto", afirmou Fernando Leal da Costa à agência Lusa, no intervalo de uma conferência sobre combate à dependência de álcool e drogas nos países de língua portuguesa que decorre em Lisboa.

Quando questionado especificamente sobre a origem do surto, o governante disse apenas que "há um conjunto de investigações que estão a ser feitas", não apontando nenhum local concreto.

A identificação da fonte "é importante para não se voltar a repetir, mas o mais importante para o Ministério da Saúde era tratar as pessoas imediatamente, mesmo sem saber de onde era a fonte, actuando em todas as fontes possíveis".

O governante garantiu que as autoridades agiram segundo as boas práticas internacionais e salientou "as medidas que foram tomadas, independentemente da identificação da fonte, de termos actuado para melhorar, se é que era preciso, as condições de cloragem da água e de ter imediatamente procedido à desinfestação de todas as torres de refrigeração".

A estratégia das autoridades, assim, foi agir em todas as frentes: "Tomámos as medidas de largo espectro que iriam prevenir a emissão de 'legionella' a partir de todas as fontes", disse Leal da Costa à Lusa.

Para o futuro próximo, o secretário de Estado espera "assistir à diminuição progressiva de novos casos", sublinhando: "brevemente esperamos começar a ter altas dos doentes internados e que a situação regresse à normalidade".

O surto de 'legionella' em Vila Franca de Xira já registou 278 casos de infecção, tendo morrido cinco pessoas, segundo dados da Direcção-Geral de Saúde.

12 de Novembro - Dia Mundial da Pneumonia
Associação RESPIRA alerta para a necessidade de educar sobre a Pneumonia, promovendo o diagnóstico precoce, como forma de...

No Dia Mundial da Pneumonia, a Associação RESPIRA divulga uma brochura com o intuito de informar sobre as principais formas de contágio, sintomas e tratamento adequado, tendo em vista uma maior sensibilização para a doença.

O diagnóstico tardio, potenciado pela semelhança dos sintomas com outras doenças do sistema respiratório, multiplica anualmente o número de mortes e internamentos por Pneumonia.

Um estudo recente da Comissão de Infecciologia Respiratória da Sociedade Portuguesa de Pneumologia revela um aumento de 27,6% nos casos de pneumonia comum, em apenas 10 anos. Os mais afectados são adultos com mais de 50 anos, bem como pessoas com doenças crónicas: asma, DPOC, doenças cardíacas, diabetes. O alcoolismo e tabagismo são factores de risco que também podem pneumonias.

Arrepios de frio, febre, tosse, com ou sem expectoração, dificuldade respiratória ou mesmo falta de ar, cansaço, dor no peito, dor de cabeça e dores musculares, são os sintomas a que é preciso estar atento.

Na prevenção da doença recomenda-se a frequência de ambientes não poluídos, não fumar e passear ao ar livre, adicionalmente, todas as pessoas com mais de 65 anos, devem fazer a vacina da gripe sazonal anualmente. A vacinação anti-pneumocócica previne formas graves da infecção como a Pneumonia e a Meningite.

A brochura “ A Pneumonia” vai ser distribuída na Praça da Figueira, em Lisboa, entre as 10:00 e as 18:00. no âmbito da campanha “Esquadrão Pneumonia”, da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Dia Nacional do Não Fumador – 17 de Novembro
Para assinalar o Dia Nacional do Não Fumador, a União Humanitária dos Doentes com Cancro realiza uma campanha de prevenção do...

“Esta Campanha pretende sensibilizar a população para os malefícios do tabaco para a saúde, não apenas dos fumadores, mas também daqueles que de forma passiva acabam por ser afectados. Queremos que esta campanha seja mais do que um alerta. Pretendemos incentivar as pessoas a optarem por um estilo de vida saudável, colocando de parte o tabaco”, refere a porta-voz da União Humanitária dos Doentes com Cancro (UHDC), Cláudia Costa.

O tabagismo é o principal factor de risco para o cancro do pulmão, a primeira causa de morte por doença oncológica nos países ocidentais. Em Portugal, o cancro da traqueia, brônquios e pulmão é a primeira causa de morte por doença oncológica, sendo responsável pela morte de cerca de três mil portugueses por ano.

“Não Fume! Por si. Pela sua família. Pela sua Saúde e pela dos que o rodeiam”

Data: 17 de Novembro 2014

Hora: entre as 12h00 e as 18h00

Local: Núcleo de Apoio ao Doente Oncológico, na Rua da Quinta do Loureiro à Av. de Ceuta, Lote 11 - Loja 2, em Lisboa, para serem rastreadas.

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