Em 5 anos
Mais de metade das 1.646 mulheres atendidas em cinco anos num centro dedicado à vítima de violência doméstica que actua no...

Em dia de aniversário, os responsáveis do centro P'ra Ti – um serviço da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) - compilaram dados sobre maus tratos em contexto doméstico, dividindo-os em físicos, psicológicos, sexuais e económicos.

As mulheres atendidas - de 2009 a 2014, maioritariamente dos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia e Gondomar - colocam as bofetadas e os murros como queixas principais (55,1% e 36,9%, respectivamente) de maus-tratos físicos.

Em queixas sobre violência psicológica, aparecem nos registos os insultos (75,3%) e as ameaças (62,8%). As ameaças de morte foram 22,5% e 1,7% foram ameaçadas com arma.

A idade média das mulheres atendidas no P'ra Ti é 41 anos. A maioria é construída por portuguesas (87%), mas há também brasileiras (9%) e de outras nacionalidades (4%), nomeadamente chinesas e marroquinas. A utente mais jovem que recorreu a este serviço da UMAR na zona do Porto tinha 16 anos e a mais velha 86.

Na apresentação de hoje, a directora técnica do P´ra Ti, Ilda Afonso, contrariou a ideia de que as vítimas de violência doméstica sejam principalmente mulheres com pouca ou nenhuma escolaridade, já que a maior percentagem das vítimas tem pelo menos o 3.º ciclo de escolaridade. E 114 mulheres atendidas têm mesmo licenciatura.

Ilda Afonso apontou como maior constrangimento actual no combate à violência doméstica a morosidade ou o indeferimento do apoio social, uma vez que “a maior parte das mulheres sai de casa com a roupa do corpo e o dinheiro que tem na carteira e só consegue ter acesso aos bens do casal após um longo processo judicial”.

A falta de articulação das decisões judiciais, em articulação com o direito de representação, gerou uma ideia: “a criação de uma lista de advogados que tenham formação adequada para lidar com casos de violência doméstica”.

No que diz respeito aos filhos das vítimas que passaram pelo P'ra Ti, a idade média é de 13 anos, sendo que 39% foram sinalizados às comissões de protecção de crianças e jovens em risco e 7% acompanhados pelas equipas multidisciplinares de assessoria aos tribunais (EMAT).

O grau de parentesco entre o agressor e os filhos dos agressores é maioritariamente pai (82,2%) e padrasto (14,8%).

Já quanto à ligação entre vítima e agressor, 45% indicaram serem vítimas do marido e 26% do companheiro. No lado oposto, 1% queixa-se do irmão e 2% do filho.

O estudo feito pelos responsáveis do serviço da UMAR no Porto, sinalizaram que 18% das utentes sofreram violência durante 20 ou mais anos, ainda que a percentagem maior seja a de ciclos de um a cinco anos (29%).

"Um terço das utentes quando chega ao P'ra Ti já fez pelo menos um pedido de ajuda anterior", indicaram os responsáveis da UMAR.

O dado suscitou ao representante da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, Manuel Albano, presente na cerimónia, o realce da "importância da parceria activa entre respostas".

"Tentamos que as capelas e capelinhas deixem de existir. Temos cada vez mais respostas, mas queremos mais ainda", disse Manuel Albano, enquanto Ilda Afonso destacou o trabalho que a UMAR tem vindo a fazer de "prevenção primária" em escolas.

OMS
Cabo Verde e São Tomé e Príncipe diminuíram em 75% a incidência de paludismo entre 2000 e 2013, segundo o relatório global...

Cabo Verde está entre os dois países de África Ocidental juntamente com a Argélia, que diminui em 75% a incidência do paludismo entre 2000 e 2013, sendo que o país está a caminho da eliminação da doença, refere o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS).

São Tomé e príncipe é o único país em África central que reduziu em 75% a incidência do paludismo entre 2000 e 2013 e que registou uma diminuição de 90% de vítimas da doença e de admissões no hospital.

No entanto, a OMS indica no relatório que "o número de casos e admissões entre 2011 e 2013 foi superior aos quatro anos anteriores, sugerindo um progresso mínimo nos últimos anos" em São Tomé e Príncipe.

Para Angola e Moçambique, a OMS não conseguiu estimar a incidência do paludismo entre 2000 e 2013 por falta de dados consistentes, indicou à Lusa fonte da organização.

Moçambique e Angola assinaram a Iniciativa para a Eliminação da Paludismo da África subsaariana, que foi lançada em março de 2009.

No relatório, a OMS também não fornece uma estimativa da tendência da doença para a Guiné-Bissau.

Segundo a OMS, a região africana contabiliza 82% dos casos de paludismo no mundo.

Em 2013, o paludismo afectou 198 milhões de pessoas e provocou a morte de 584.000 pessoas e 453.000 crianças menores de cinco anos.

No mundo, 3,2 mil milhões de pessoas em 97 países estão expostas ao mosquito que transmite o paludismo.

O paludismo ou malária é uma infecção do sangue causada pelo parasita Plasmodium. Geralmente, o paludismo transmite-se através da picada de um mosquito infectado.

Diabetes tipo 2
Adaptar os menus natalícios para que sejam mais adequados e ajudem a controlar os níveis de açúcar no sangue, é a proposta da...

A época natalícia pode ser um obstáculo para os diabéticos com excesso de peso ou obesidade, visto que a quantidade de hidratos de carbono e gorduras contidas nos petiscos tradicionais podem trazer graves consequências. Especialistas em nutrição do Método DiaproKal – um tratamento médico de perda de peso para diabéticos tipo 2 e pré-diabéticos baseado numa dieta proteinada – aconselham a adaptar os menus natalícios para que se tornem mais saudáveis e para que toda a família possa desfrutar, controlando ao mesmo tempo os níveis de açúcar no sangue.

Estima-se que em Portugal, 1 milhão de portugueses sofram de diabetes, sendo importante estas pessoas tomarem precauções extra no que diz respeito à confecção das refeições.

“As entradas e os aperitivos são os grandes inimigos dos hábitos saudáveis, já que podem ser ricos em hidratos de carbono e gorduras. Por essa razão é preferível optar por alimentos mais saudáveis para todos, para que não haja descontrolo no momento da ingestão.”, comenta a equipa de nutricionistas especializada em diabetes tipo 2

Os aperitivos propostos pelos nutricionistas incluem alimentos baixos em hidratos de carbono como os cogumelos e a abóbora. Para ajudar a controlar os níveis de glicose, recomendam tomate e verduras cruas, cuja quantidade de fibra ajuda a evitar picos de glicemia e todas as consequências que um aumento de açúcar provoca num diabético tipo 2.

Ricos em ómega 3, os especialistas afirmam que os mexilhões e as anchovas são boas opções para reduzir a hipertensão e o risco cardiovascular, frequente em pessoas mais velhas. Para melhorar os níveis de colesterol e fornecer vitaminas e ferro, é recomendado o consumo de espinafres.

Os benefícios destes alimentos não são apenas para os indivíduos com excesso de peso ou obesidade, mas sim para todos os membros da família que assim podem degustar um Natal mais saudável. O Método DiaproKal incentiva as pessoas a aproveitar esta época mas sem esquecer as boas práticas alimentares para continuar a manter um peso saudável e os níveis de açúcar controlados.

Infarmed alerta
Após suspeita, o Infarmed alerta Hospitais, ARS, Centros de Saúde, Ordens Profissionais, Associações Profissionais e...

A Agência Alemã do Medicamento Paul-Ehrlich-Institut (PEI), reportou a suspeita de falsificação dos lotes H0156B09, validade 05/2016, e H0721B04, validade 04/2016, do medicamento Mabthera, concentrado para solução para perfusão, 500 mg/ 50 ml,.

Apesar de não ter sido detectada a existência destes lotes do medicamento em Portugal, e atendendo a que este medicamento é utilizado apenas em meio hospitalar, as entidades que tenham adquirido os referidos lotes do medicamento não procedam à sua venda, dispensa ou administração, devendo comunicar de imediato com o Infarmed.

No Natal, doar sangue é o melhor presente
Numa época em que os presentes de Natal assumem o protagonismo, há uma outra prioridade que não podemos esquecer: doar sangue e...

Este é um apelo do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e do MAR Shopping, que juntos promovem mais uma acção de recolha na próxima sexta-feira, dia 12 de dezembro, entre as 14h00 e as 19h00, junto à entrada MAR (porta rotativa).

Os feriados festivos e períodos de férias natalícias poderiam ser a altura ideal para doar sangue, sobretudo quando, segundo Ofélia Alves, responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto, “o risco de acidentes rodoviários aumenta, uma vez que há mais deslocações nas estradas”. No entanto, os dias de descanso, preenchidos pela azáfama típica da quadra, servem de pretexto para adiar este tipo de acções. O facto de as plaquetas de sangue – um dos seus derivados – terem apenas até 5 dias de vida é outra das agravantes que faz da adesão a estas recolhas uma prioridade.

A parceria entre o MAR Shopping e o IPST, que se mantém desde há dois anos, resultou já em quase 300 inscritos para recolhas de sangue, recolhidos em sete acções de sensibilização.

Especialistas alertam
Especialistas em doenças respiratórias alertam para a “fraca capacidade” dos cuidados de saúde primários para diagnosticarem a...

O relatório "Portugal - Doenças Respiratórias em Números 2014", do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias, da Direcção Geral da Saúde (DGS), que vai ser hoje apresentado em Lisboa, refere que “o número de utentes activos com o diagnóstico de asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é muito baixo” ao nível dos cuidados de saúde primários.

Em 2013, existiam 101.028 utentes inscritos activos em cuidados de saúde primários com diagnóstico de DPOC e apenas 8.799 com a doença confirmada por espirometria, o exame que avalia a quantidade de ar que um indivíduo é capaz de colocar para dentro e para fora dos pulmões e a velocidade com que o faz.

“A baixa percentagem de diagnósticos de DPOC baseados na realização de uma espirometria aponta para uma fraca adesão às Normas de Orientação Clínica (NOC), muito provavelmente decorrente da ausência de acessibilidade à espirometria nos cuidados de saúde primários”, lê-se no documento.

Os autores referem que “o número de pessoas inscritas que já efectuaram uma espirometria, no contexto do diagnóstico de DPOC, tem vindo a aumentar substancialmente, mais do que triplicando de 2011 para 2013: de 2.879 para 8.799.

Contudo, alertam, “o valor absoluto reportado é ainda muito baixo, continuando a evidenciar uma fraca acessibilidade à espirometria nos cuidados de saúde primários”.

Segundo o relatório, da globalidade dos internamentos de causa respiratória (com exclusão das neoplasias respiratórias e dos internamentos por síndrome de apneia do sono) no ano passado, 13,5% deveram-se à DPOC.

O relatório indica que o decréscimo consistente dos internamentos por DPOC, a partir de 2009, foi interrompido por um excesso de internamentos ocorridos em 2012, aparentemente atribuídos à virulência do vírus influenza A (H3) associada a uma baixa cobertura vacinal (43,4%) na respectiva época vacinal.

Na análise regional comparativa dos anos 2012 e 2013, no que concerne aos episódios de internamento associados à DPOC, constata-se um aumento do número de internamentos no último ano.

Este aumento é “particularmente acentuado nas regiões de saúde do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo, o que, associado a um decréscimo de internamentos com diagnóstico principal de DPOC, leva a concluir pela existência de mais diagnósticos secundários de DPOC”.

Os autores do documento sublinham que uma percentagem elevada desses internamentos (26 por cento em 2013) “corresponde a um segundo episódio, sugerindo um risco aumentado de reinternamento”.

“Uma elevada taxa de segundos episódios de internamento hospitalar associados à asma e DPOC, respectivamente de 13 e 26% em 2013, também poderá reflectir uma deficiente integração entre cuidados de saúde primários e hospitalares”, lê-se no relatório.

Relatório revela
As doenças respiratórias são a primeira causa de letalidade intra-hospitalar, representando, no ano passado, mais de um quarto...

De acordo com o documento "Portugal - Doenças Respiratórias em Números 2014", do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias, da Direcção Geral da Saúde (DGS), em termos de letalidade intra-hospitalar, as doenças respiratórias causam mais óbitos do que as doenças neoplásicas e as cardio-circulatórias.

Em 2013, registaram-se 12.494 óbitos hospitalares com causa respiratória (26%), refere o relatório, que será hoje apresentado em Lisboa.

Analisando a evolução do número de internamentos da globalidade das doenças respiratórias, o documento aponta para um aumento de forma consistente desde 2009.

“Este aumento decorre sobretudo dos casos ambulatórios e dos internamentos inferiores a 24 horas. Assistiu-se também, desde 2009, a uma redução de 1,7 dias na demora média. A mortalidade hospitalar tem aumentado, mas não a mortalidade prematura”, lê-se no relatório.

Os custos associados aos internamentos por doenças respiratórias atingiram 232,1 milhões de euros em 2012.

“As doenças respiratórias, excluindo o cancro do pulmão, constituem também a terceira mais importante causa de custos directos relacionados com os internamentos hospitalares a seguir aos custos das doenças cardiovasculares e do sistema nervoso, sendo 70,7% desses custos atribuídos a doentes com 65 ou mais anos”, prossegue o documento.

Os autores referem que o custo médio de um internamento por doença respiratória foi, em 2012, de 1.982 euros.

Na UE
Portugal é o segundo país da União Europeia onde as doenças do aparelho respiratório mais matam, a seguir ao Reino Unido, e o...

De acordo com o documento "Portugal - Doenças Respiratórias em Números 2014", do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias, da Direcção Geral da Saúde, em 2012, estas patologias foram responsáveis por 102,1 mortes por cada 100 mil habitantes.

Apenas o Reino Unido se posiciona à frente de Portugal neste “ranking”, com 104,9 mortos por 100 mil habitantes.

Em 2013, dados ainda provisórios indicam que estas doenças causaram 12.605 mortos, o que representou 11,83 por cento de todas as causas de morte.

No ano anterior (2012), as doenças respiratórias tinham provocado 13.893 óbitos.

Em Portugal, as mortes causadas por estas doenças têm vindo a crescer nos últimos anos: 98,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2008 para 102,1 mortes por cada 100 mil habitantes em 2012.

As Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores apresentaram, em 2012, os valores mais elevados e a região de Lisboa os mais baixos.

“A Região Autónoma da Madeira é a que apresenta taxas mais elevadas, tendo a mortalidade por doenças respiratórias correspondido a 18,5% da totalidade dos óbitos, contrastando com a percentagem nacional de 12,9%”, lê-se no documento.

Nas mortes causadas por pneumonia, Portugal está à frente dos países da União Europeia (UE), com 49,9 óbitos por 100 mil habitantes em 2012 (44 em 2008).

Os autores do documento reconhecem que “Portugal encontra-se numa situação desfavorável quanto à mortalidade por doenças respiratórias, quando comparado com outros países da UE.

A explicação avançada pelos autores é a “elevada mortalidade por pneumonia em Portugal (49,9 mortos por 100 mil habitantes), a mais elevada no conjunto dos países europeus analisados”.

“A mortalidade por doença respiratória, e por pneumonia em particular, tem a particularidade de afectar as faixas etárias a partir dos 65 anos”, lê-se na síntese do relatório.

Entre 2009 e 2012 observou-se “um aumento da mortalidade na população com 65 e mais anos e um decréscimo da mortalidade abaixo dos 65 anos”.

“A mortalidade por doença respiratória não corresponde, portanto, a mortalidade prematura, dado que se constatam ganhos em saúde evidenciados por uma diminuição dos anos potenciais de vida perdidos e respectiva taxa por 100 mil habitantes”, explicam os autores.

O documento refere que “a ocorrência de doença respiratória está relacionada com a faixa etária, mas também com as condições atmosféricas e com a virulência do vírus da gripe (razões pelas quais a doença apresenta um padrão sazonal)”.

Em 2012, aliás, registou-se “um aumento dos óbitos e internamentos hospitalares atribuíveis à epidemia e virulência do vírus influenza A(H3), associada a uma baixa cobertura vacinal”.

Os autores do relatório, que será hoje apresentado em Lisboa, referem que, “devido ao aumento da esperança média de vida e aos efeitos do tabagismo a nível respiratório, Portugal tem vindo a confrontar-se nos últimos anos com um incremento de doenças respiratórias crónicas, que impõem uma elevada carga no sistema de saúde, quer no que diz respeito a mortalidade, quer no que se refere à morbilidade”.

As doenças respiratórias, excluindo o cancro do pulmão, são a terceira principal causa de morte em Portugal e no mundo e a primeira causa de letalidade intra-hospitalar nacional.

Estas patologias são ainda a terceira mais importante causa de custos directos relacionados com os internamentos hospitalares, a seguir aos das doenças cardiovasculares e do sistema nervoso.

No ano passado, os internamentos por doença respiratória corresponderam a 11% da totalidade dos doentes internados.

O documento aponta para uma diminuição do número de utentes saídos de internamento por doenças respiratórias: 117.110 em 2012 e 110.028 em 2013 (menos seis por cento).

No ano passado, da globalidade dos internamentos de causa respiratória (com exclusão das neoplasias respiratórias e dos internamentos por síndrome de apneia do sono), 65,3% corresponderam a internamentos por pneumonias (bacterianas ou virais), 13,5% por Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), 5,7% por fibrose pulmonar e 4,3% por asma brônquica.

A mais antiga distinção na investigação biomédica em Portugal
Os Laboratórios Pfizer e a Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa realizam amanhã, pelas 18h00, a cerimónia de entrega dos...

A entrega dos prémios será presidida pela Secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira, numa cerimónia que conta com a presença do Presidente da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa (SCML) e Presidente do Conselho de Administração da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa (FCML), Prof. José Caldas de Almeida e da Directora Geral Executiva dos Laboratórios Pfizer, Ana Torres.

Reconhecida como a mais antiga distinção na investigação biomédica em Portugal, os Prémios Pfizer visam estimular e desenvolver a investigação científica, cobrindo todos os ramos da medicina humana. Os Prémios Pfizer foram criados em 1955 e, ao longo de décadas de existência, já premiaram mais de 500 investigadores.

Na edição deste ano foram apresentados 72 trabalhos para avaliação, correspondendo 51 candidaturas à área da Investigação Básica e 21 á área da Investigação Clínica. O júri, composto por investigadores, professores universitários e médicos de reconhecido mérito, norteou as decisões com base em rigorosos critérios científicos, definidos em regulamento.

Os Prémios Pfizer distinguem os melhores trabalhos de investigação básica e clínica, elaborados total ou parcialmente em instituições portuguesas por investigadores portugueses ou estrangeiros e conferem anualmente um prémio monetário no valor de 20.000 euros para cada um dos projectos vencedores em cada área.

OMS
O número de pessoas mortas pela malária (paludismo) caiu quase metade entre 2000 e 2013, anunciou hoje a Organização Mundial da...

Entre 2000 e 2013, a taxa de mortalidade relacionada como o paludismo diminuiu 47 por cento a nível global e 54% em África, segundo o relatório anual da Organização Mundial da Saúde (OMS), o que permitiu salvar o equivalente a 4,3 milhões de vidas.

“Estes são os melhores resultados que já tivemos e é uma notícia maravilhosa em termos de saúde pública”, declarou em Genebra aos jornalistas Pedro Alonso, director do programa mundial da OMS contra a malária.

Globalmente, foram 198 milhões de casos de malária e 584 mil mortes que foram registados no ano passado (respetivamente 4,3% e 6,9% menos que em 2012), com 90% das mortes em África. As crianças com menos de cinco anos constituem 78% destas vítimas.

Este declínio dos casos em África explica-se nomeadamente pelas medidas de prevenção mais bem aplicadas, sendo que cerca de metade da população em risco em 2013 teve acesso a mosquiteiros impregnados de inseticida. Em 2004, somente três por cento desta população tinha acesso a esta medida de prevenção.

O aumento dos testes de diagnóstico permitiu a identificação de 62% dos pacientes suspeitos de terem paludismo, com 128 milhões de testes distribuídos em África no ano passado pela OMS.

A OMS só conseguiu 2,7 mil milhões de dólares (através de financiamentos nacionais e internacionais), pouco mais de metade do financiamento que necessitava para as metas fixadas, o que significa que muitas pessoas ainda não puderam beneficiar da assistência da organização.

“Estimamos que 278 milhões de pessoas em África vivem em casas com mosquiteiros impregnados com o insecticida e quase 15 milhões de grávidas não tem acesso ao tratamento preventivo”, disse Margaret Chang, directora-geral da OMS.

No relatório indica-se que a pobreza e um baixo nível de educação são factores determinantes para que falte o acesso aos serviços básicos.

A OMS está preocupada igualmente com a propagação do vírus Ébola, um forte desestabilizador dos sistemas de saúde, sobretudo na Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria, que ficam privados de certos tratamentos, como a malária, por estarem sobrecarregados devido ao Ébola.

A malária mata cem vezes mais que o vírus do Ébola (que já provocou a morte de 6.331 pessoas, segundo o último balanço da OMS, a 06 de dezembro).

Para a directora-geral da OMS, “reforçar os sistemas de saúde destabilizados beneficiará a saúde pública mundial, devendo-se concentrar os esforços no controlo e na eliminação do paludismo”.

O relatório 2014 sobre a malária no mundo resume as informações de 97 países em que a doença ainda prevalece.

OMS
O enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas sobre o Ébola, David Nabarro, disse hoje à Lusa que os países vizinhos...

"Quero que todos os países estejam em alerta e preparados porque não se sabe quando o problema pode chegar", disse à Lusa David Nabarro, após uma visita de duas semanas à África ocidental onde esteve na Libéria, Guiné-Conacri, Serra Leoa e Mali.

O responsável sublinhou a importância de manter os níveis de alerta e prontidão nos países vizinhos. "É muito importante que os países nas regiões próximas dos países afectados por Ébola estejam bem preparados para a chegada de pessoas suspeitas de terem contraído o Ébola".

David Nabarro salientou que é preciso manter a atenção e os esforços para eliminar a epidemia.

"O surto ainda é forte (…) Não podemos relaxar-nos (…) enquanto houver infecções, (o vírus) pode propagar-se facilmente até lugares onde não há vírus", salientou.

A epidemia de Ébola começou há perto de um ano e já infectou cerca de 16.000 pessoas e fez perto de 7.000 vítimas mortais, essencialmente na África ocidental.

Os países mais afectados pelo vírus são Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri.

OMS
A Organização Mundial de Saúde entregou hoje ao Governo angolano equipamento laboratorial no valor de 80 mil dólares (65 mil...

Em declarações à imprensa, à margem do acto de entrega, o ministro da Saúde de Angola, José Van-Dúnem, disse que o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) insere-se no esforço que o país e os seus parceiros vêm fazendo para melhorar a vigilância epidemiológica do vírus da pólio.

Segundo o governante angolano, este é um primeiro passo para se começar a tratar completamente das amostras no país, sem ter de as enviar para a África do Sul, como acontecia até agora, diminuindo igualmente os custos suportados pelos parceiros.

"É um esforço para aumentar a capacidade de resposta do ponto de vista integral, na luta contra a pólio, nomeadamente na área da vigilância epidemiológica", disse José Van-Dúnem, acrescentando que vai igualmente contribuir para a segurança, do ponto de vista do controlo sobre a circulação ou não do vírus.

"É uma retaguarda importante para a segurança, para a garantia da qualidade daquilo que se está a fazer", reforçou o governante.

José Van-Dúnem referiu que há mais de três anos que o vírus da pólio não circula em Angola, havendo assim condições criadas para se considerar erradicada a doença no país.

"Vamos fazer mais um ano, continuamos a fazer as campanhas de vacinação para garantir a vacinação de massa", disse o ministro, sublinhando a importância da população aderir sempre ao esforço governamental.

Em julho deste ano, Angola introduziu o método de recolha das amostras ambientais, em que se apanha em esgotos amostras para ver se o vírus está em circulação, tornando assim este país lusófono o terceiro Estado da região africana da OMS, ao lado da Nigéria e do Quénia, que estabelece a vigilância ambiental da poliomielite.

A vigilância ambiental da pólio fornece informação complementar sobre a qualidade da vigilância das paralisias flácidas agudas e é um método muito sensível para detectar a transmissão silenciosa do vírus da pólio, face ao risco de uma eventual importação.

Angola tem registado progressos na luta para a erradicação da poliomielite, promovendo campanhas bianuais de vacinação nas 18 províncias, sendo uma das estratégias para atingir todas as áreas do país a criação de postos avançados e móveis no terreno.

Em 1999, Angola foi atingida por um dos maiores surtos epidemiológicos de poliomielite registados em África, que provocou 113 mortos, num total de 1.117 casos.

2014
A actual epidemia da febre hemorrágica Ébola começou há perto de um ano e assustou o mundo. Trata-se da “mais grave emergência...

Mais de 16.000 infectados e perto de 7.000 mortos, essencialmente na África Ocidental, informou no final de novembro a Organização Mundial de Saúde (OMS), que admite que o número real de mortos será muito superior. A taxa de mortalidade rondará os 70%.

O surto iniciou-se na Guiné-Conacri no final de dezembro de 2013, mas o vírus na sua origem só é identificado a 22 de março e já regista 59 mortes.

No final do mês, a Libéria confirma os dois primeiros casos. A Serra Leoa, o terceiro dos países mais afectados, confirma a primeira morte devido ao Ébola a 26 de maio.

Estes três países registam mais de 95% dos mortos. No Mali, o último país atingido, a OMS dá conta de seis mortos em oito casos.

A Nigéria, com oito mortos em 20 casos, e o Senegal, com um doente que se restabeleceu, também integraram a lista dos afectados, mas já foram declarados livres da doença.

Foram ainda registados quatro casos nos Estados Unidos (a 30 de setembro é diagnosticado o primeiro caso de Ébola fora do continente africano) e um em Espanha (confirmado a 06 de outubro o primeiro caso de contágio fora de África, a doente sobreviveu).

Na primeira linha do combate à doença, os profissionais de saúde contam-se entre as numerosas vítimas: 340 mortos entre 592 contaminados.

No início de abril, a OMS já classificava a epidemia como uma das “mais assustadoras” desde o aparecimento da doença há 40 anos e, nos finais de junho, os Médicos Sem Fronteiras alertaram que estava “fora de controlo”, assinalando que o surto não tem precedentes quanto à distribuição regional, ao número de infectados e de mortes.

A OMS declara-o "emergência de saúde pública mundial" a 08 de agosto, mas para Peter Piot, codescobridor do vírus Ébola, a agência sanitária da ONU tardou em reagir.

A epidemia “explodiu em países em que os serviços de saúde não funcionam, devastados por anos de guerra (e onde) a população desconfia radicalmente das autoridades”, argumentou Piot.

Em meados de setembro, a ONU anuncia a criação da Missão das Nações Unidas para a Resposta de Emergência contra o Ébola, para coordenar os esforços internacionais e travar a epidemia, cujos efeitos económicos também suscitam preocupação.

O Fundo Monetário Internacional prevê que a epidemia pode reduzir o crescimento das economias da África Ocidental em mais de três pontos percentuais e o Banco Mundial estima que o seu custo possa chegar no pior cenário aos 32 mil milhões de dólares no final de 2015.

O Fundo da ONU para a Alimentação e a Agricultura alertou para uma eventual crise alimentar nos três países mais afectados, com as quarentenas e restrições de deslocações a dificultarem as colheitas e a fazerem disparar os preços dos alimentos.

Transmitido através do contacto com o sangue, outros fluidos corporais ou tecidos de pessoas ou animais infectados, o Ébola provoca febre alta, fraqueza intensa, dores de cabeça, musculares e de garganta a que se seguem os vómitos, a diarreia e, em alguns casos, hemorragias interna e externa. Não existe vacina ou tratamento específico para a doença.

Em meados de agosto, o comité de peritos da OMS aprovou o uso de tratamentos experimentais e alguns doentes foram tratados com uma droga experimental, a ZMapp, cujos testes tiveram resultados promissores na cura de macacos infectados com Ébola.

O “plasma convalescente", de pessoas que sobreviveram à doença, também já foi utilizado no tratamento de infectados e encontra-se entre os três tratamentos clínicos que vão começar a ser testados este mês na Guiné-Conacri e na Libéria, juntamente com dois medicamentos antivirais.

Duas vacinas, desenvolvidas pela GlaxoSmithKline e pela Newlink Genetics, deverão começar a ser testadas no início de 2015 nos países mais afectados na África Ocidental. A primeira, submetida a um ensaio clínico nos Estados Unidos, foi bem tolerada e desencadeou uma boa resposta imunitária.

Para a directora-geral da OMS, a inexistência de tratamentos, ou vacinas para um vírus conhecido desde 1976 deve-se ao facto de “o Ébola ter sido histórica e geograficamente confinado a nações africanas pobres” e o actual surto “demonstra os perigos das crescentes desigualdades sociais e económicas no mundo”.

Serra Leoa é agora país com mais casos
O número de mortos da epidemia de Ébola nos três países mais afectados da África ocidental elevou-se para 6.331, num total de...

A Serra Leoa é agora o país que conta com mais pessoas infectadas pelo vírus Ébola, com 7.798 contabilizadas, enquanto a Libéria conta com 7.719.

O balanço anterior, datado de 02 de dezembro, apontava para 6.070 mortos, num total de 17.145 pessoas infectadas pelo vírus.

A epidemia, a mais grave desde a identificação do vírus, em 1976, começou na Guiné-Conacri, em dezembro de 2013.

A 06 de dezembro, estavam contabilizados 1.412 mortos, num total de 2.283 casos registados na Guiné-Conacri.

No Mali, o ultimo país afectado pelo vírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou oito casos, que causaram seis mortos.

Em 2015
A cidade de Viana do Castelo vai dispor, a partir de fevereiro de 2015, de um centro especializado em demências, fruto da...

Segundo o secretário da Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo, a estrutura, que terá capacidade para acolher até 20 utentes, vai ser criada num imóvel onde já funcionou uma creche, e que se encontrava devoluto.

O edifício vai ser sujeito a "pequenas obras de adaptação", processo que deverá ser "célere", já que "não necessita de licenciamento" e terá "custo reduzido".

"O edifício já dispõe de condições para funcionar nas novas funções, mas interiormente precisa de pintura e limpeza", explicou Albino Ramalho.

O protocolo de cooperação entre as duas instituições vai ser assinado na sexta-feira, às 11:00, nas instalações da Santa Casa, em pleno centro histórico da cidade de Viana do Castelo.

De acordo com a Misericórdia, trata-se da primeira unidade da região com intervenção especializada em diversas demências, “incluindo a modalidade ‘Snoezelen', uma terapia à base de estimulação sensorial, orientada para pacientes com a doença de Alzheimer".

O novo serviço vai funcionar como centro de dia e vem, segundo a Santa Casa, "preencher uma lacuna existente no distrito".

Em Viana do Castelo, a associação “Hope” integra outra iniciativa destinada a apoiar a pessoas com problemas de memória ou demência, os seus familiares ou cuidadores.

Trata-se do "Café Memória", que começou a funcionar na cidade em novembro, nos quartos sábados de cada mês, numa iniciativa da Associação Alzheimer Portugal em parceria com o grupo Soane Sierra e com o apoio da Câmara Municipal local.

Consiste num ponto de encontro destinado a pessoas com problemas de memória ou demência, bem como respectivos familiares e cuidadores para a partilha de experiências e suporte mútuo, com o acompanhamento de profissionais de saúde ou de acção social.

O "Café Memória" de Viana do Castelo, o primeiro da região Norte, pretende também "sensibilizar a comunidade para a relevância crescente do tema das demências e envolvê-la na prossecução da sua missão, nomeadamente, através da prática de voluntariado".

UE anuncia
A Comissão Europeia anunciou ontem um novo financiamento de 60,5 milhões de euros para combater o surto de vírus Ébola em...

O anúncio foi feito pelo comissário europeu para a Cooperação Internacional, Neven Mimica, durante uma visita à Guiné-Conacri, um dos países cujo governo via receber directamente apoio - tal como o da Libéria - para ajudar a lidar com o impacto económico do surto de Ébola.

A Guiné-Conacri vai receber uma ajuda no valor de 11 milhões de euros e a Libéria 14 milhões, neste âmbito.

O envelope financeiro inclui ainda outros 20 milhões para apoiar o plano de saúde lançado em 2013 para fazer face à epidemia na Guiné-Conacri.

A Guiné-Bissau partilha com o Mali, o Burkina Faso, o Togo, a Costa do Marfim e a Mauritânia uma verba de 11 milhões de euros para investimento na prevenção da febre hemorrágica.

Um total de 4,5 milhões de euros destinam-se a custear a prevenção de violência e a reduzir tensões que possam surgir em zonas fronteiriças dos países afectados.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a 28 de novembro, havia 2.155 casos de Ébola na Guiné-Conacri, com 1.312 mortos, 7.635 casos na Libéria, com 3.145 mortos, e 7.109 na Serra Leoa, com 1.530 vítimas mortais.

Guiné-Conacri
Dois médicos portugueses partiram recentemente para a Guiné-Conacri para reforçar as equipas que combatem o Ébola naquele país,...

Em comunicado, este Ministério deu conta de que o ministro Paulo Macedo esteve sábado reunido com o ministro da Saúde da Guiné-Conacri, Rémy Lamah, que esteve em Portugal numa visita particular.

“O combate ao vírus do Ébola foi um dos temas abordados neste encontro”, que contou ainda com a presença do Director Geral da Saúde, Francisco George, e de Paula Dias Almeida, da direcção do Infarmed.

De acordo com o comunicado, Rémy Lamah abordou a participação de Portugal no combate à epidemia provocada pelo vírus Ébola, nomeadamente “o tipo de apoio a ser prestado pelas instituições portuguesas de saúde”.

“Portugal endereçou um convite para que uma delegação daquele país da costa ocidental de África visite os centros portugueses que estão preparados para dar resposta ao Ébola, no quadro do plano de contingência estabelecido pelas autoridades nacionais”, prossegue o comunicado.

A Guiné-Conacri, bem como a Serra Leoa e a Libéria, é um dos três países mais afectados pelo surto de Ébola que começou em fevereiro e já provocou mais de 5.000 mortos.

Quinta do Pisão
Escondida entre árvores e ribeiras, em pleno Parque Natural de Sintra-Cascais, a Quinta do Pisão é a morada de 340 pessoas com...

Rita Valente é a actual coordenadora dos serviços sociais e há 30 anos que cuida dos 275 homens e 65 mulheres a quem foram diagnosticadas doenças psiquiátricas e que estão ali internados. Sabe o nome de todos e todos a conhecem também.

"Professora", "tia", "mãe" é como a chamam, repetidamente, quando atravessa o pátio onde todos passeiam. Rita fala com todos, cumprimenta os que lhe estendem a mão, deixa-se abraçar.

"Para mim não é um trabalho. É um privilégio. Estas pessoas dão-nos imensas coisas. Estão sempre agradecidas. A família deles, muitas vezes, somos nós e são muito gratos por aquilo que lhes fazemos", contou à agência Lusa.

A coordenadora explicou que há casos muito frágeis, de "extrema dependência" e que exigem uma interação muito próxima de todos os que ali trabalham, para dar de comer, mudar fraldas, ou simplesmente para conversar. Por este motivo, não lhe restam dúvidas: "é um trabalho feito com o coração".

Para a directora do Centro de Apoio Social do Pisão (CASP), Anabela Gomes, gerir um espaço assim é "um desafio diário", até porque, contou, há cada vez mais casos e de pessoas mais jovens.

"De há 11 anos para cá que estou na direcção sinto que a população que vem tem outros recursos, de formação e académicos e necessidades terapêuticas. Há cada vez mais casos e mais jovens, daí que as nossas necessidades estejam também a mudar", contou.

A responsável alertou também para o aparecimento de pessoas com toxicodependência, que são, muitas vezes, pessoas violentas.

"São casos que estão a aparecer e que não recebíamos há uns tempos, mas agora recebemos, talvez porque as respostas na Saúde estão com mais dificuldades", lamentou Anabela, sublinhando, por isso, a necessidade urgente de mais recursos humanos.

O apelo é partilhado pela provedora da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, que gere o espaço.

Isabel Miguéns disse que o CASP "não é nenhum caixote do lixo", que recebe as pessoas que outras entidades não podem cuidar.

"Nós não temos condições de receber aqui pessoas violentas e com doenças transmissíveis, porque depois há também pessoas muito frágeis e nós não temos recursos para estas situações", disse.

A provedora lamentou ainda que Quinta do Pisão, localizado no Parque Natural Sintra-Cascais, não possa ser aproveitada.

"É um pouco maldade que um espaço tão grande (340 hectares) não tenha retorno para esta comunidade a precisar tanto dos seus recursos. Eu queria, por exemplo, fazer um ginásio, mas não podemos fazer nada porque é área protegida", referiu.

Às pessoas que se dedicam a ajudar os doentes, Isabel Miguéns sabe que o segredo é "gostar e esquecer os problemas".

"Não somos nós que estamos numa secretária que fazemos alguma coisa. Ajudamos, mas não fazemos nada", reconheceu.

Após avaliação pedida pela tutela
A remodelação das urgências do hospital das Caldas das Rainha, deve avançar depois de realizada uma avaliação prévia pedida...

Em comunicado enviado à agência Lusa, o Centro Hospitalar do Oeste (CHO) anunciou ter sido assumido pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, “o compromisso para, cumpridas avaliações prévias, avançar com as obras necessárias para o alargamento da urgência” do hospital das Caldas da Rainha, no concelho de Leiria.

Segundo o documento, o compromisso foi assumido durante uma visita de trabalho do governante ao hospital, que, em conjunto com as unidades de Torres Vedras e Peniche, forma o CHO.

Na reunião com o Conselho de Administração (CA), “foram abordadas as várias matérias da gestão hospitalar, do equilíbrio económico e financeiro, com realce para a actividade assistencial em geral e para o Programa de Prevenção da Gripe Sazonal”, segundo o comunicado.

Em concreto, acrescenta o documento, “foram analisados os principais desafios que se colocam ao CHO, entre os quais a necessidade de alargamento e requalificação do serviço de urgência médico-cirúrgica da unidade das Caldas da Rainha e a necessidade de reforço orçamental e do quadro de pessoal em várias áreas, nomeadamente em diversas especialidades médicas”, entre as quais a obstetrícia e a psiquiatria, cuja única médica pediu a exoneração da função pública.

De acordo com a administração do CHO, o ministro “foi sensível às diversas questões colocadas, perspectivando-se a possibilidade de a curto prazo serem desbloqueadas algumas das situações pendentes”, entre as quais o alargamento das urgências, cujo funcionamento foi considerado “caótico” pela Ordem dos Enfermeiros (OE).

A OE alertou, em março deste ano, para a permanência de cerca de 40 macas nos corredores do serviço que, em períodos de maior procura, não tem capacidade de internamento de todos os doentes.

No final de novembro foram criadas mais dez camas para internamento das urgências no Hospital de Peniche, mas, ainda assim, a administração reforçou ao governante a necessidade de alargamento do serviço, o que implica um investimento superior a um milhão de euros.

O Centro Hospitalar do Oeste integra os hospitais das Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras, e abrange, além destas, as populações de Óbidos, Bombarral, Cadaval, Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra, servindo mais de 292.500 pessoas.

Em doentes que não receberam quimioterapia prévia
Enzalutamida reduziu significativamente o risco de progressão radiográfica ou morte em 81% quando comparado com placebo, bem...

A Astellas Pharma anuncia que a Comissão Europeia aprovou a alteração da Autorização de Introdução no Mercado de enzalatumida (nome comercial XTANDI).1 Enzalutamida está agora aprovada na Europa para o tratamento de doentes com cancro da próstata metastático resistente à castração (CPRCm) assintomáticos ou ligeiramente sintomáticos após insucesso da terapia de privação androgénica, para os quais a quimioterapia não é ainda clinicamente indicada.[i]

“Enzalutamida constitui uma opção viável de tratamento para uma população alargada de homens com CPRCm, independentemente da idade, ou de tratamento prévio com quimioterapia, o que permite um período significativo de tempo no qual os homens tenham a sua doença controlada sem a necessidade de quimioterapia”, disse o Professor Bertrand Tombal, MD, PhD, Presidente da Divisão de Urologia e Professor de Psicologia, da Université Catholique de Louvain (UCL) e investigador principal do estudo PREVAIL. “A decisão da Comissão Europeia de aprovar a enzalatumida, uma alternativa eficaz e bem tolerada à quimioterapia, é um marco muito importante para os homens com cancro da próstata após progressão.”

A aprovação da alteração da Autorização de Introdução no Mercado é baseada nos resultados do ensaio clínico de fase III PREVAIL que demonstra que a enzalutamida melhora os resultados para os homens com cancro da próstata avançado que não receberam quimioterapia.[ii]

De acordo com os resultados do ensaio clínico PREVAIL, a enzalutamida reduz o risco de morte em 29% (HR=0,71; p<0,001) e o risco de progressão radiográfica ou morte em 81% (HR=0,19; p<0,001), comparativamente a placebo. Os homens tratados com enzalutamida obtiveram um atraso de 17 meses no tempo de início da quimioterapia quando comparado com placebo (28,0 meses versus 10,8 meses, respectivamente; HR=0,35; p<0,001).2

Os efeitos adversos clinicamente mais relevantes de entre a população tratada com enzalutamida comparativamente aos doentes tratados com placebo no ensaio clínico PREVAIL incluíram fadiga, afrontamentos e hipertensão. A hipertensão foi observada em 13% dos doentes tratados com enzalutamida versus 4% dos doentes tratados com placebo. Efeitos adversos cardíacos grau 3 ou superior foram reportados em 3% dos doentes tratados com enzalutamida versus 2% dos tratados com placebo. Um doente (0,1%) de 871 doentes tratados com enzalutamida, e um doente (0,1%) de 844 doentes que receberam placebo tiveram uma convulsão.2

Enzalutamida foi aprovada pela Comissão Europeia em Junho de 2013 para o tratamento de homens adultos com CPRCm cuja doença tenha progredido durante ou após o tratamento com docetaxel.[iii] A nova indicação torna a enzalutamida acessível a homens aos quais a quimioterapia ainda não é clinicamente indicada. A Astellas espera lançar a enzalutamida em doentes que não tenham recebido tratamento com quimioterapia prévia nos primeiros países Europeus, incluindo Reino Unido, a partir de Dezembro de 2014.

 

Sobre o ensaio clínico PREVAIL

O ensaio clínico PREVAIL, de fase III, aleatorizado, com dupla ocultação, controlado com placebo, multinacional, envolveu mais de 1700 doentes em centros de investigação dos EUA, Canadá, Europa, Austrália, Rússia, Israel e Ásia, incluindo Japão. O ensaio clínico incluiu doentes que ainda não tinham recebido tratamento prévio com quimioterapia e cuja doença progrediu após tratamento com análogo LHRH ou após orquitectomia. Os objectivos co-primários deste estudo foram a sobrevivência global e a sobrevivência livre de progressão radiográfica. O estudo foi desenhado para avaliar a eficácia da enzalutamida na dose de 160 mg, uma vez ao dia, por via oral comparativamente a placebo.2

 

Sobre XTANDI(enzalutamida)

XTANDI é um inibidor da via de sinalização do receptor androgénico (RA), com toma única diária por via oral. XTANDI actua em três fases diferentes da via de sinalização do receptor androgénico:

  • Bloqueia a ligação dos androgénios[iv]
    • Inibe competitivamente a ligação dos androgénios aos receptores androgénicos[iv]
  • Impede a translocação nuclear dos RA4
    • A translocação do RA para o núcleo é um passo essencial na mediação da regulação do gene do receptor androgénico[v]
  • Afecta a ligação ao X, impedindo a modulação da expressão genética4
    • A interacção do receptor androgénico ao X é essencial para a modelação da expressão do gene5



[i] European Medicines Agency – XTANDI (enzalutamide)

[ii] Beer TM, et al. Enzalutamide in Metastatic Prostate Cancer before Chemotherapy. N Engl J Med 2014; DOI: 10.1056/NEJMoa1405095

[iii] European Medicines Agency. XTANDI (enzalutamide). Summary of Product Characteristics, 2013

[iv] Tran C, et al. Development of a second-generation antiandrogen for treatment of advanced prostate cancer. Science 2009; 324:787-790.

[iv] Tran C, et al. Development of a second-generation antiandrogen for treatment of advanced prostate cancer. Science 2009; 324:787-790 

[v] Hu R, Denmeade SR and Luo J. Molecular processes leading to aberrant androgen receptor signaling and castration resistance in prostate cancer. Expert Rev Endocrinol Metab 2010; 5 (5): 753–764

 

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