Segundo o ministro da Saúde
As empresas que subscrevam o acordo que prevê a contribuição da indústria farmacêutica de 180 milhões de euros em 2015 ficam...

Paulo Macedo falava aos jornalistas no final da cerimónia de assinatura do acordo entre os ministérios das Finanças e da Saúde e a indústria farmacêutica, através do qual a indústria aceita “colaborar numa redução da despesa pública com medicamentos no ano de 2015, mediante uma contribuição no valor de 180 milhões de euros”.

A contribuição total das empresas associadas da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) e aderentes ao acordo apresenta como mínimo o valor de 135 milhões de euros.

Isto porque, como explicou Paulo Macedo, é fixado para o ano de 2015 um objectivo de despesa pública com medicamentos de 2 mil milhões de euros. Se esse valor for ultrapassado, os laboratórios terão de devolver o excedente em notas de crédito que os hospitais poderão usar na aquisição de fármacos, sem os pagar.

Desde 2012 que os ministérios e a Apifarma têm firmado acordos com vista à sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o acesso ao medicamento, mas este é o primeiro que é acordado antes da aprovação do orçamento do Estado e de ter início o ano ao qual se destina.

Para 2015, este acordo contempla uma novidade, já que as empresas que ao mesmo aderirem não irão pagar a taxa sobre vendas prevista no orçamento do Estado.

A existência em simultâneo do acordo com um imposto exige, segundo Paulo Macedo, que “o grau de controlo e fiscalização seja ainda maior”.

No final do encontro, o vice-presidente da Apifarma sublinhou o esforço que a indústria vem fazendo com estes acordos e que revela como esta “prefere a via do diálogo e da negociação”.

A indústria tem “procurado ajustar os objectivos de sustentabilidade do SNS a este momento particularmente difícil para Portugal”, adiantou Eduardo Pinto Leite.

Reunião da 'taskforce'
Desde 07 de Novembro, registaram-se 336 casos de 'legionella' no concelho de Vila Franca de Xira. Hoje no final da...

Ministro da Saúde declarou extinto surto que começou no dia 07

No final da última reunião da 'taskforce' constituída para acompanhar o surto de 'legionella' em Vila Franca de Xira, o ministro Paulo Macedo sublinhou a resposta dos hospitais que “trataram mais de 300 pneumonias”, sem que tal afectasse a produção normal destas unidades de saúde.

Segundo Paulo Macedo, os resultados laboratoriais agora divulgados reforçam a informação obtida anteriormente que apontam para uma relação entre as bactérias encontradas numa torre de refrigeração da empresa Adubos de Portugal e as recolhidas para análise de doentes.

Trata-se de “uma informação que confirma todas as outras que já tivemos, em relação à fonte de emissão”, disse. Paulo Macedo ressalvou que ainda poderão ser conhecidos novos dados, uma vez que ainda há análises a decorrer.

 

Resultados das análises à Centralcer são 100% negativos

A Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC) informou que deram negativos os resultados das análises realizadas às torres de refrigeração da empresa, na sequência do surto de 'legionella'.

"Os resultados das nossas análises chegaram ontem à noite [quinta-feira] e são 100% negativos. Enviamos os resultados ao início da manhã de hoje para as autoridades a fim de sermos libertados de qualquer condicionamento que existisse nas nossas instalações", adiantou hoje à agência Lusa o responsável da comunicação da SCC.

Nuno Pinto de Magalhães sublinhou que os resultados já foram recepcionados pelo inspector-geral do Ambiente, acrescentando que, face ao resultado negativo das análises, a Centralcer aguarda "a qualquer momento o levantamento de qualquer restrição ou condicionamento" imposto pelas autoridades à empresa situada na freguesia de Vialonga.

Na quinta-feira o inspector-geral do Ambiente disse que tinham sido levantados os mandados sobre as empresas DanCake e Solvay, pelo que estas empresas podiam voltar a laborar, depois de uma paragem devido à infecção por 'legionella', no concelho de Vila Franca de Xira.

Nuno Banza, inspector-geral do Ambiente, do Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, explicou, na ocasião, que as duas empresas provaram ter realizado procedimentos, nomeadamente de limpeza das torres de refrigeração, que garantem a laboração sem colocar em risco a saúde pública ou o ambiente.

Os casos que restam "serão levantados assim que as empresas comprovarem que cumprem as condições para poder laborar sem pôr em risco a saúde e o ambiente", acrescentou.

Nuno Pinto de Magalhães explicou que, à semelhança da DanCake e da Solvay, a Centralcer foi obrigada a realizar análises em laboratórios credenciados e indicados pelas autoridades.

"Os resultados das nossas análises é que só chegaram ontem à noite [quinta-feira] ", justificou o responsável pela comunicação da SCC.

Hoje, o director geral da saúde revelou que as bactérias encontradas em doentes com 'legionella' são semelhantes às detectadas numa torre de refrigeração da empresa Adubos de Portugal.

 

Adubos de Portugal já tem autorização para tratar torres de refrigeração

A empresa Adubos de Portugal obteve na quarta-feira autorização da Inspecção Geral do Ambiente para tratar as torres de refrigeração ainda paradas devido ao surto de 'legionella'. O director geral da Saúde revelou que as bactérias encontradas em doentes com ´legionella´ são semelhantes às detectadas numa torre de refrigeração da empresa Adubos de Portugal.

Antes de ser conhecido o resultado destas análises, fonte da Adubos de Portugal disse que "o pedido para realização do procedimento de tratamento necessário ao levantamento do mandado de suspensão do funcionamento das torres de refrigeração foi devidamente autorizado no dia 19 de Novembro pela Inspecção-geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território" (IGAMAOT).

Hoje, a empresa escusou-se a fazer qualquer comentário quando confrontada com os resultados divulgados no encontro da 'task force'.

 

38 pessoas continuam nos cuidados intensivos

Trinta e oito das 336 pessoas infectadas no surto de 'legionella' de Vila Franca de Xira continuam internadas nos cuidados intensivos, informaram as autoridades de saúde e ambiente, adiantando que o risco de infecção é agora "praticamente nulo".

"Trinta e oito doentes ainda se encontram em cuidados intensivos, 23 dos quais com suporte ventilatório", indica um comunicado distribuído aos jornalistas no final do último encontro da equipa composta por elementos de vários organismos da saúde e do ambiente.

O comunicado da Direcção-Geral da Saúde, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Inspecção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, adianta ainda que outros 183 doentes já tiveram alta.

Até ao momento ocorreram dez mortes confirmadas por Doença dos Legionários em doentes com idades compreendidas entre 52 e 89 anos (sete homens e três mulheres).

Desde 07 de Novembro, registaram-se 336 casos de 'legionella' e em 327 dos casos, os doentes foram internados em hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo, em três na região norte, e em cinco na região centro e um na região do Algarve.

O documento informa que tiveram já alta 179 doentes internados nos hospitais de Vila Franca de Xira e nos restantes hospitais de Lisboa e Vale do Tejo, um dos doentes internados nos hospitais do norte, dois no centro e um no Algarve.

Porque acontecem?
As cefaleias podem ser primárias ou secundárias a outras doenças, tais como traumatismo craniano ou
Dor de cabeça

O que são cefaleias?

Sensação dolorosa na cabeça.

Que tipos de dor de cabeça existem?

Existem vários tipos de cefaleias (dor de cabeça), com causas e significados diferentes. Estas podem ser primárias ou secundárias a outras doenças/acontecimentos (ex: traumatismo craniano, meningite, hipertensão arterial, punção lombar, etc).

Quais os sintomas das dores de cabeça?

As cefaleias mais frequentes são as chamadas cefaleias de tensão. Caracterizam-se por uma dor tipo pressão ou capacete, geralmente dos dois lados da cabeça, podendo estender-se à nuca e pescoço, piorando ao longo do dia, mas sem agravar com os movimentos ou esforços. Associam-se a situações de cansaço, stress, falta de repouso (não dormir bem ou não dormir o suficiente) e ansiedade.

As enxaquecas são o segundo tipo de cefaleias primárias mais frequentes. A dor de cabeça da enxaqueca habitualmente afecta apenas um lado da cabeça, é pulsátil, intensa, frequentemente incapacitante (perturbando a rotina diária da pessoa), piora com o esforço e pode estar associada a náuseas e vómitos, intolerância à luz (fotofobia), ao som (sonofobia) e a cheiros (osmofobia).

Pode ser desencadeada por vários factores, tais como estímulos visuais (luz / movimento), cheiros intensos, tensão emocional/stress, esforço físico, álcool, jejum prolongado, entre outros.

Algumas pessoas podem apresentar sintomas antes da dor, designados por "aura", alguns exemplos são alterações da visão (ver manchas negras, perder a visão num olho), sensação de formigueiros ou falta de força num braço.

Como se faz o diagnóstico das dores de cabeça?

O diagnóstico é feito com base no tipo de dor que o doente tem, que permite perceber qual o tipo de cefaleia. Habitualmente não são necessários exames complementares de diagnóstico.

Como se trata as dores de cabeça?

O tratamento das cefaleias de tensão deve ter em conta medidas não farmacológicas (ex: repor sono em falta, descansar, realizar exercício físico e evitar situações de stress), podendo estas ser complementadas com medicação antidepressiva, calmantes e relaxantes musculares.

O tratamento das enxaquecas, nas situações agudas, necessita de medicação que resulte no alívio rápido da dor. Em alguns casos, pode haver indicação para tomar medicamentos a longo prazo, para prevenir recorrência de novos episódios.

Artigos relacionados

Saiba distinguir as dores de cabeça

Alimentos contra a dor de cabeça

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Bactérias de doentes semelhantes à encontrada na empresa
O director geral da saúde revelou que as bactérias encontradas em doentes com legionella são semelhantes às detectadas numa...

A revelação foi feita durante um encontro da 'task force' para lidar com a infecção por legionella que começou no dia 07 deste mês, em Vila Franca de Xira. O presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), também presente no encontro com os jornalistas, reiterou que "existe semelhança entre a legionella encontrada numa das torres de refrigeração da empresa Adubos de Portugal" e a detectada nos doentes.

Contactada pela Lusa, a empresa Adubos de Portugal escusou-se a comentar o assunto.

Segundo um comunicado conjunto dos vários organismos que compõem esta 'task force', lido pelo director geral da Saúde, Francisco George, desde o início do surto registaram-se 336 casos de doença dos legionários, dos quais dez morreram.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Estes dados – que estabelecem o cruzamento entre a bactéria encontrada nos doentes e na torre de refrigeração na empresa Adubos de Portugal – seguem agora para o Ministério da Saúde, segundo anunciou o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.

Jorge Moreira da Silva esclareceu que, apesar de se manter o segredo de justiça – que há uma semana foi a razão apontada pelas autoridades para não revelar a origem do surto – os resultados agora disponíveis apresentam dados mais concretos.

“Estamos perante resultados que resultam de análises de cultura e uma coincidência com a estirpe clínica. Só se avança para este tipo de informação para o Ministério Público quando existem dados robustos”, disse.

O ministro adiantou ainda que são estes dados que irão, junto do Ministério Público, ajudar no esclarecimento sobre a existência de um “eventual crime ambiental em relação a esta empresa”, numa referência à Adubos de Portugal.

10 internados em estado crítico
O número de bebés que morreram por falta de oxigénio nas incubadoras de um hospital no leste do Paquistão aumentou para 15,...

Os 15 bebés, nascidos prematuramente, morreram no Hospital Universitário do distrito de Sarghoda, na província de Punyab, onde outros dez estão internados em estado crítico, de acordo com uma médica citada pela agência noticiosa espanhola Efe e que pediu anonimato.

A profissional explicou que o hospital carece dos recursos necessários para dar respostas às necessidades dos 60 a 70 bebés internados, muitos dos quais "precisam de cuidados especiais" por terem nascido antes dos nove meses de gestação.

"O hospital admite qualquer criança que se encontre em estado crítico, mas a ala infantil só tem 26 incubadoras precárias e 50 camas, que os menores dividem", relatou à Efe um administrador do centro, Ejaz Akram, na quarta-feira passada, quando os primeiros oito bebés morreram.

Na quinta-feira, outros quatro bebés morreram no hospital e, hoje de madrugada, mais três, entre eles dois gémeos e um recém-nascido, com dois dias.

Esta é a segunda tragédia deste tipo em dois meses na província de Punyab, onde outros sete bebés morreram em Setembro passado em incubadoras do Hospital do distrito de Vihari.

Notícias revelam falta de tratamento desde Junho
Desde Junho que vários hospitais públicos e privados têm sentido a ruptura de stock de fármacos para o cancro da bexiga, deu...

O Jornal de Notícias revelou que face à ruptura de stock de fármacos para o cancro da bexiga há doentes que não estão a fazer o tratamento adequado, dando conta que o Infarmed não tem ainda uma data para repor o medicamento em causa, o BCG-MEDAC. De acordo com a informação avançada pelo jornal, o medicamento BCG-MEDAC escasseia desde Junho deste ano. Face a esta notícia o Infarmed emitiu a seguinte informação:

1. Atendendo a problemas de fabrico do medicamento BCG-MEDAC, reportados pelo fabricante sedeado na Holanda, este medicamento está em ruptura no mercado europeu desde Junho de 2014.

2. Desde a notificação da ruptura, o Infarmed tem mantido contactos frequentes com o titular de autorização no mercado deste medicamento.

3. Apesar da ruptura, o medicamento esteve sempre acessível para o tratamento dos doentes portugueses, através das autorizações especiais que o Infarmed tem concedido de modo a não prejudicar os tratamentos.

4. De acordo com informação disponibilizada pelo titular da autorização de introdução no mercado, Medac, GmbH, a sua reposição, em condições normais, está prevista para Abril de 2015.

5. Atendendo ao impacto da falta deste medicamento nos doentes em tratamento, o Infarmed criou um mecanismo especial para aprovação em 24 horas de pedidos de autorização especial solicitados pelos hospitais para importar o medicamento.

6. Para o efeito, o Infarmed criou a “Via Verde BCG MEDAC”, que passa a estar acessível pelos hospitais através do endereço [email protected].

7. Este mecanismo consiste num canal prioritário, que visa minimizar os impactos provocados pelo fabricante e permitir uma resposta rápida aos hospitais para facilitar o acesso a este medicamento.

Estudo da Ordem dos Enfermeiros
Idosos carenciados, maioritariamente mulheres, com baixa escolaridade e elevada incapacidade e dependência são o retrato da...

O estudo da Secção Regional Sul da Ordem dos Enfermeiros (OE) visou caracterizar as 117 unidades de internamento da rede na região sul do país, descrever a sua população e as equipas de enfermagem. Do total das 117 unidades, 44 aceitaram participar no estudo, tendo a amostra envolvido 1.049 pessoas internadas, com uma média de idades de 74 anos. Mais de metade (57%) das pessoas internadas na rede têm dependência total e 40% uma dependência leve, moderada ou severa, disse o presidente da secção regional sul da Ordem dos Enfermeiros, Alexandre Tomás.

Estes dados demonstram que 97% da população que hoje está na rede tem um nível de dependência efectiva para as actividades diárias, adiantou o enfermeiro.

Para Alexandre Tomás, esta realidade “exige um conjunto de cuidados de saúde” e o “reforço de equipas com enfermeiros e enfermeiros especialistas para prevenir um conjunto de complicações e promover a recuperação destas pessoas”.

Observou ainda que 70% das pessoas que estão internadas nestas unidades “têm risco de queda”, o que obriga ao acompanhamento permanente destes doentes.

Quarenta por cento dos utentes têm mais do que uma doença. Destes, 10% têm mais de três patologias, o que significa “uma enorme necessidade em cuidados de enfermagem”, sublinha o estudo.

Nas 44 unidades trabalham 452 enfermeiros, faltando 659 para assegurar os cuidados. Esta situação leva a que os enfermeiros que trabalham nestes equipamentos tenham “um volume de trabalho muito significativo”, disse Alexandre Tomás.

“Não só fazem mais horas, como a necessidade de cada uma das pessoas que está internada coloca uma pressão muito grande no trabalho do enfermeiro”, sublinhou.

Advertiu que esta carga de trabalho pode condicionar a segurança das intervenções e, sobretudo, os processos de recuperação da saúde destas pessoas.

“Há um limiar de segurança que os enfermeiros asseguram, mas há um conjunto de actividades que deviam ser desenvolvidas e não são porque não há recursos disponíveis”, lamentou.

O estudo refere que “o reforço de recursos humanos permitiria também o desenvolvimento de projectos na capacitação de cuidadores para uma melhor preparação da alta e assim evitar reinternamentos, agudizações das doenças crónicas e também perdas de capacidades das pessoas com alta destas unidades”.

As 117 unidades de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) da região sul dão resposta a 4,4 milhões de habitantes, sendo que 851.694 habitantes têm mais de 65 anos, representando 19,2% da população.

Após reunião inconclusiva com Governo
Os enfermeiros iniciaram, às 00:00 de hoje, o segundo e último dia de greve nacional em protesto pelos cortes salariais nas...

No primeiro dia de greve, há uma semana, a adesão rondou os 70%, um número que o Sindicato admitiu ser pouco rigoroso devido a um despacho ministerial que decretou serviços máximos nos hospitais onde são seguidos os casos de infecção por ‘legionella’.

O surto de ‘legionella’, aliás, acabou por marcar esta greve decretada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que chegou a reunir para avaliar se mantinha ou não a paralisação, face ao pedido do Ministério da Saúde para que os sindicalistas reconsiderassem, tendo em conta o cenário "extraordinário" provocado pelo surto de Vila Franca de Xira. Os sindicalistas, porém, consideraram que não era uma questão suficiente para desconvocar o protesto.

Na quinta-feira à tarde, a Direção do SEP teve uma reunião no Ministério da Saúde mas, no final, a dirigente do SEP Guadalupe Simões disse que nenhuma das exigências foi atendida. E como, segundo a responsável, o Ministério não apresentou soluções, a dirigente do SEP apelou a que os enfermeiros demonstrem hoje a sua insatisfação, aderindo à greve.

Quando anunciou a marcação da greve, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses acusou o Ministério da Saúde de não cumprir os compromissos assumidos em processo negocial no que se refere à possibilidade do descongelamento do tempo de serviço para a progressão na carreira.

“A proposta de Orçamento do Estado para 2015, contrariamente ao que estava inscrito no Documento de Estratégia Orçamental e que o Governo propagandeou, em Junho, não prevê normas que são exigências dos enfermeiros e do SEP, nomeadamente, a progressão na carreira, o fim dos cortes salariais nas horas penosas e nas horas extraordinárias, reposição das 35 horas”, referem os sindicalistas.

Os enfermeiros portugueses cumpriram dois dias de greve nacional há menos de dois meses, nos dias 24 e 25 de Setembro, contra a “grave carência” de profissionais nas unidades públicas de saúde e pela dignificação da profissão e da carreira de enfermagem.

 

Reunião inconclusiva com Governo

A dirigente do SEP Guadalupe Simões disse que o Ministério da Saúde não apresentou qualquer proposta que pudesse levar a que a greve fosse desconvocada.

A reunião entre SEP e Governo estava marcada para dia 25, mas foi antecipada, tendo os enfermeiros levado para a negociação questões como a contratação de mais enfermeiros, harmonização salarial, progressão na carreira, valorização salarial dos enfermeiros especialistas ou pagamento de horas penosas e extraordinárias sem cortes.

“O Ministério da Saúde antecipou a reunião mas, na realidade, não apresentou uma evolução positiva que possamos pensar sequer na possibilidade de suspender a greve”, disse Guadalupe Simões, acrescentando: “Resta-nos apelar aos enfermeiros para que demonstrem a sua insatisfação perante esta situação”.

É que, acrescentou, na longa reunião, não foi possível que o Ministério da Saúde apresentasse “propostas concretas” em relação às principais exigências do SEP. Para o sindicato tal era “determinante” e, para o Governo, não era “discutível”, disse Guadalupe Simões.

No sul do país
Um estudo da Ordem dos Enfermeiros revela que faltam 1.779 enfermeiros nas 117 unidades da Rede Nacional de Cuidados...

O estudo de caracterização das unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) teve como objectivo “perceber qual é a capacidade de resposta da rede e, sobretudo, os desafios que se colocam e os recursos necessários para o seu funcionamento”, disse à agência Lusa o presidente da Secção Regional Sul da Ordem dos Enfermeiros (OE), Alexandre Tomás.

Tendo em conta a área de abrangência da região Sul, que abrange as administrações regionais de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, “foi possível identificar a capacidade instalada desta rede, mas também a capacidade efectiva de investimento nas unidades da rede”, adiantou Alexandre Tomás.

Dados do estudo realizado pela Secção Regional do Sul da OE revelam que nas 44 unidades de internamento, de um total de 117 que responderam ao estudo, trabalham 412 enfermeiros (93% generalistas e 7% especialistas), faltando 659 destes profissionais, tendo por base o documento para o cálculo da dotação segura.

Se estes dados forem extrapolados para as 117 unidades de internamento existentes entre Santarém e Faro faltam 1.779 enfermeiros, o que significa que, em média, faltam 15 enfermeiros em cada unidade.

O enfermeiro Alexandre Tomás explicou que o número de enfermeiros em falta não é igual em todas as unidades. “Cada uma das unidades da rede, de convalescença, de média duração, de longa duração ou de paliativos tem uma necessidade própria de número de enfermeiros que decorre do tipo de utente que está nessa unidade”, sustentou.

O estudo constatou ainda a carência de enfermeiros especialistas nestas unidades, “o que pode condicionar a capacidade de resposta destes profissionais”.

De acordo com a OE, existem 2.749 lugares de internamento na rede na região sul, distribuídos por Unidades de Longa Duração (50,4%), Unidades de Média Duração (27,4%), Unidades de Convalescença (12,8%) e Unidades de Cuidados Paliativos (9,4%).

Sobre a taxa de ocupação nas unidades estudadas, a investigação refere que “é elevada”, sendo maior nas Unidades de Convalescença e de Longa Duração, 97,35% e de 97,52%, respectivamente. Para Alexandre Tomás, estes dados permitem afirmar que “as unidades da rede têm uma efectiva carência de enfermeiros” e que “a rede nacional de cuidados continuados não consegue responder às necessidades das pessoas que estão internadas em unidades hospitalares e que necessitam de resposta desta rede".

Levantam ainda “duas questões paradoxais”, disse, explicando: Por um lado, há “uma efectiva carência de enfermeiros” nestas unidades de acordo com a orientação da Ordem dos Enfermeiros, mas, por outro lado, uma recente portaria que regula o funcionamento dessas unidades “diz que ainda são precisos menos profissionais”.

“Não conseguimos compreender como o decisor faz sair uma portaria que manifestamente não qualifica as equipas e não prevê que haja um reforço destas equipas”, frisou.

As 117 Unidades de Internamento da RNCCI na região sul dão resposta a 4,4 milhões de habitantes, sendo que 851.694 habitantes têm mais de 65 Anos, que representam 19,2% da população.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde revelou que 5.420 pessoas já morreram de Ébola em oito países, onde foram identificados 15.145...

Na passada sexta-feira, a agência das Nações Unidas - Organização Mundial de Saúde (OMS) - tinha dado conta de 5.177 mortes e 14.413 casos. A OMS acredita que o número real de mortos é muito superior, já que a taxa de fatalidade da epidemia é que cerca de 70%.

Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa continuam a ser os países mais afectados.

O Mali, a Nigéria e o Senegal também registaram alguns casos, mas a situação permanece, por enquanto, controlada.

Fora do continente africano foram registados casos em Espanha e nos Estados Unidos.

De acordo com a OMS, 584 profissionais de saúde a trabalhar nas áreas afectadas pela doença já contraíram o vírus e 329 destes morreram.

Legionella:
A Câmara de Vila Franca de Xira decidiu que na sexta-feira será Dia de Luto Municipal para sexta-feira, em memória das vítimas...

Segundo anunciou a autarquia, durante o dia de sexta-feira as bandeiras estarão a meia haste em todas as instalações do município. A iniciativa foi aprovada por unanimidade na última reunião do executivo, presidido pelo socialista Alberto Mesquita.

Em comunicado enviado a junta de freguesia da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, uma das mais afectadas pelo surto de 'legionella', refere que também se irá associar a esta homenagem.

Na mesma nota a autarquia refere, igualmente, que já tem disponíveis os serviços de apoio psicológico e de aconselhamento jurídico a funcionar "excepcionalmente de forma alargada" para esta situação.

Devido a um inquérito em curso que corre no Ministério Público ainda não foi divulgado quem foi o responsável pela propagação do surto de "legionella", que causou até ao momento oito mortes e infectou 331 pessoas, segundo os últimos dados da Direção Geral de Saúde (DGS).

Suspeitas de favorecimentos
A Ordem dos Médicos anunciou que pretende fazer uma auditoria aos concursos no Serviço Nacional de Saúde, por suspeitar de...

Segundo o bastonário José Manuel Silva, já foi feita uma denúncia ao Ministério Público, a propósito de um concurso específico, em que se suspeita de favorecimento a colegas que tinham feito a especialidade no hospital ao qual pertenciam os elementos do júri.

Neste concurso para contratação de jovens especialistas, que o bastonário se escusou a revelar onde tinha decorrido, houve médicos que desceram dois ou três valores em relação às notas de exame e outros que subiram também dois ou três valores.

“Não há cultura de isenção em Portugal para a realização deste tipo de entrevistas. Está a haver a subversão do espírito de avaliação, por causa da entrevista. Daí que o exame seja tão importante. Queremos fazer uma auditoria nacional para perceber o que se está a passar neste tipo de concursos”, revelou José Manuel Silva.

O bastonário explicou que estes concursos são regionais, com júris escolhidos pelas administrações regionais da Saúde, considerando ainda que não faz sentido que os elementos que o compõem sejam predominantemente de um mesmo hospital.

Um caso concreto já foi enviado para análise ao Ministério Público, à Inspecção-geral das Actividades em Saúde e à Provedoria de Justiça.

 

Júris de concursos do SNS perguntam a médicas candidatas se pretendem engravidar

Várias médicas denunciaram a um advogado da Ordem dos Médicos que, nos concursos de selecção para unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), lhes era perguntado se pretendiam engravidar, uma situação que o bastonário repudia veementemente.

Segundo o bastonário José Manuel Silva, a situação passou-se em entrevistas em concursos de provimento de admissão em unidades do SNS, embora as jovens médicas em causa não queiram identificar-se nem nomear os júris em que a situação ocorreu, por receio de serem penalizadas. Contudo, o advogado a quem estas médicas solicitaram ajuda colocou a questão por escrito à direcção da Ordem.

“O que me entristece e me deprime é estas perguntas terem sido colocadas por médicos”, afirmou José Manuel Silva.

“As mulheres têm cada vez menos condições para engravidar. Não se dá estabilidade nem condições de trabalho com dignidade e ainda se põem entraves. Perante isto, tudo o que se possa falar de medidas para aumentar a taxa de natalidade é uma hipocrisia”, declarou o bastonário.

Alerta do Núcleo de Estudos da Infecção ao VIH da SPMI
No âmbito do Dia Mundial da Sida, que se assinala a 1 de Dezembro de 2014, o Núcleo de Estudos da Infecção ao VIH da Sociedade...

No âmbito do Dia Mundial da Sida, que se assinala a 1 de Dezembro de 2014, o Núcleo de Estudos da Infecção ao VIH da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) alerta para o facto de mais de 60% dos diagnósticos serem realizados tardiamente, o que compromete a eficácia dos tratamentos, o bem-estar dos doentes, a sua qualidade de vida e a própria incidência da infecção.

Portugal é o terceiro país da União Europeia com maior taxa de casos de Sida, quer em termos de prevalência, quer em termos de incidência e, nesta efeméride, a SPMI pretende alertar para as elevadas taxas de diagnósticos tardios que se verificam em Portugal, incentivando medidas de prevenção e diagnóstico precoce.

Telo Faria, Internista e Coordenador do Núcleo de Estudos da Infecção ao VIH (NEVIH) refere que “a epidemia em Portugal afecta as populações com comportamentos particularmente vulneráveis. Neste contexto, a percentagem de infectados ultrapassa os 5%. Por outro lado a percentagem de diagnósticos tardios chegam a ser superiores a 60%, o dobro da média europeia.” O especialista justifica estes números através dos factores de organização dos serviços de saúde, à ausência de campanhas dirigidas a grupos de populações com vulnerabilidades particulares, e a factores de ordem socioculturais complexos. Contudo, refere, tem havido um esforço nos últimos anos, para inverter esta situação

Apesar da actual crise político-económica, Telo Faria acredita que é possível investir na prevenção do VIH e deixa conselhos para uma melhor actuação nesta área, entre os quais o “reforço de acções de educação, informação e prevenção em meio escolar e respectiva articulação com a saúde Escolar; realização de programas direccionados para grupos vulneráveis com articulação com as ONGs; e a implementação e reorganização de uma rede de detecção precoce da infecção, com testes rápidos nas unidades de saúde.”

A infecção por VIH afecta diversos grupos sociais, mas, nos últimos anos regista-se um número em crescente de idosos infectados. O internista afirma que tal se deve ao facto da “infecção ser uma doença com características de cronicidade, que permite aos doentes viverem bem, e durante mais anos.” Por outro lado, Telo Faria justifica a elevada incidência do vírus neste grupo social, também, pela existência e aquisição de fármacos para tratamento da disfunção eréctil, o que permite que os doentes “retomem a vida sexual, sendo assim potenciais infectados e agentes infectáveis, se tiverem comportamentos sexuais de risco.”

O Coordenador do NEVIH refere que as preocupações da Medicina Interna relativamente à situação do VIH/Sida em Portugal são de dois níveis: “por um lado, as comuns a todas as especialidades que seguem doentes infectados, como Infecciologistas, Internistas e Pneumologistas, ou seja, as preocupações relativas à área da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento. Relativamente a este último ponto, Telo Faria reforça “a importância da Consulta Multidisciplinar, a implementação do Sistema de Informação SIVIDA a nível nacional, e a formação permanente dos profissionais de saúde que seguem estes doentes. Por outro lado a Medicina Interna é uma especialidade privilegiada neste seguimento, tendo em conta a nossa perspectiva multiorgânica e holística de ver o doente infectado. Esta postura do Internista vai ao encontro da visão actual da Doença VIH, como doença crónica. Assim, irão naturalmente surgir mais cedo ou mais tarde, as co-morbilidades inerentes ao avanço da idade, além das repercussões em todos os sistemas orgânicos, da própria infecção, e ainda, os efeitos secundários da própria medicação anti-retroviral”.

 

Sobre a Sida

Em Portugal, a infecção por VIH apresenta valores elevados em termos de prevalência e termos de incidência, sendo que ao nível de prevalência a proporção é de 1 infectado em 140 pessoas, e em termos de incidência é de 13.1 infectados por 100 mil pessoas.

No ano de 2013, registaram-se 1,8 milhões de novas infecções por VIH e cerca de 1,3 milhões de mortes em todo o mundo.

Associação preocupada
Vários hospitais privados estão sem receber pagamentos da ADSE desde Outubro, o que preocupa a associação que os representa. A...

O presidente da Associação Portuguesa da Hospitalização Privada (APHP), Artur Osório, disse à agência Lusa que o atraso dos pagamentos da Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública (ADSE) começaram em Outubro.

“Formalmente, os nossos associados ainda não informaram a associação destes atrasos. Temos conhecimento, por unidades de saúde que nos vão comunicando a situação, a qual está a preocupar-nos muito”, disse.

Artur Osório lamenta este atraso, principalmente porque as verbas deste subsistema “são provenientes do pagamento dos beneficiários”.

Segundo o presidente da APAH, que dirige também uma unidade de saúde privada, alguns dos hospitais com montantes por cobrar à ADSE foram informados de que este subsistema estava “sem cabimento orçamental” e que não deveria conseguir efectuar pagamentos até ao final deste ano.

“Os beneficiários da ADSE correm o risco de perder o atendimento nestas unidades de saúde que contam, em muito, com as verbas da ADSE.

Em alguns casos, avançou, o volume de negócios oriundo de serviços prestados a beneficiários da ADSE chega aos 50%, sendo em média na ordem dos 30%.

“Muitos prestadores trabalham no limite, nomeadamente os mais pequenos. A falta deste pagamento pode provocar roturas, impedindo-os de cumprir os compromissos para com os profissionais ou os fornecedores”, alertou.

“Isto é um abuso da parte do Estado em relação ao dinheiro dos beneficiários que já realizaram os seus pagamentos e que podem, desta forma, ser privados de uma assistência, para a qual contribuíram”, adiantou.

A APHP aguarda a comunicação oficial dos prestadores para avançar com iniciativas para resolver a situação, nomeadamente um contacto junto do Ministério das Finanças

Projecto de Investigação concluiu
Cerca de um terço de mais de 2 mil famílias com crianças inquiridas num estudo divulgado afirmam ter alguma dificuldade em...

"Em alguns casos, não comeram por vezes o suficiente (1,1%) ou muitas vezes (1,2%)", refere o resumo do projecto de investigação "Estudo de Caracterização da Pobreza e Insegurança Alimentar Doméstica das Famílias com Crianças em Idade Escolar".

O estudo é financiado pelo Fundo Social Europeu e pelo Estado e enquadra-se na actual conjuntura de crise económica, desemprego, diminuição dos rendimentos das famílias e aumento do risco de pobreza.

Devido aos constrangimentos registados, "11,6% das famílias pertencentes à amostra encontram-se numa situação de insegurança alimentar", que pode ser de três tipos: ligeira, moderada e severa. Destas, "mais de metade (64,7%) encontra-se em situação de insegurança alimentar ligeira [sem fome], mais de um quarto (26,7%) está numa situação de insegurança alimentar moderada e 8,6% está em insegurança alimentar severa", aponta um documento elaborado pela coordenadora do estudo.

Mónica Truninger explica que em ambas as situações já existe fome, mas no último caso as famílias reduziram a ingestão de alimentos das crianças, que sentiram fome, e os adultos sentem "repetidamente reduções mais extensivas".

A investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa explica que a insegurança alimentar foi mais prevalecente nas famílias com baixos rendimentos e níveis de escolaridade, com profissões pouco qualificadas ou em situação de desemprego.

A generalidade das famílias afirmaram que, nos últimos dois anos, as suas despesas com a alimentação aumentaram. Para as famílias "em situação de insegurança alimentar" foi necessário fazer alterações na alimentação, mudanças que incidiram, principalmente, "numa gestão mais rigorosa do orçamento familiar".

Nas outras famílias, as alterações passaram pela adopção de uma alimentação considerada mais saudável, preocupação que se torna menos frequente à medida que as dificuldades aumentam.

As famílias em "insegurança alimentar ligeira" aumentaram o consumo de legumes e fruta e reduziram nos enlatados, nas conservas e nos congelados, e também no consumo de carne e peixe e nos produtos biológicos certificados.

Ao contrário, para os agregados em "insegurança alimentar moderada ou severa" foi necessário consumir mais enlatados e congelados e menos legumes, frutas, frescos, carne e peixe.

Para enfrentar as dificuldades económicas, a estratégia comum a muitas famílias passa por "transmitir às crianças a importância de não desperdiçar comida", enquanto a maior diferença se verifica na opção por "comprar alimentos mais baratos".

As famílias apontaram ainda estratégias para organizar melhor os alimentos no frigorífico para evitar que se estraguem, cozinhar e preparar refeições de uma forma diferente para evitar o desperdício e cozinhar de forma a não gastar tanta energia.

A maioria dos agregados em "insegurança alimentar" afirma que o Estado é a entidade com maior responsabilidade no apoio alimentar e tende a recorrer mais aos familiares, amigos ou vizinhos, à produção agrícola própria, familiar ou comunitária, às instituições de apoio social e à oferta de cabazes. O acesso a alimentos através das cantinas sociais revelou uma fraca adesão pelas famílias com crianças.

O inquérito foi aplicado telefonicamente a uma amostra de 2.007 representantes de famílias a residir em Portugal continental e com pelo menos uma criança dependente em idade escolar, a frequentar um nível de ensino entre o pré-escolar e o 3º ciclo do ensino básico.

Liga Portuguesa Contra o Cancro
...

Vítor Veloso, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro/Norte, defendeu a necessidade de o Estado adoptar medidas “urgentes e adequadas” no campo da prevenção primária e secundária. “É necessário que o estado compreenda que embora este tipo de prevenção seja, sob o ponto de vista económico, um pouco pesado inicialmente, esse investimento tem a médio prazo (5/10 anos) uma compensação muito grande em termos económicos, porque é totalmente diferente tratar um doente com cancro inicial do que tratar um doente com cancro avançado”, sublinhou.

Para o presidente do Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) “[o doente] além de ter uma sobrevivência muito menor, de não poder ser curado e de ter má qualidade de vida, vai gastar ao erário público o triplo, o quadruplo ou o quíntuplo do que um cancro inicial”.

Em relação aos resultados dos rastreios de base populacional (prevenção secundária) realizados em Portugal (cancro da mama, cancro do colo do útero e cancro colo-rectal), Vítor Veloso referiu que em relação ao cancro do colo do útero, “no norte e sul esse rastreio praticamente não funciona, na medida em que são rastreios oportunísticos, que não têm estrutura, qualidade e, nesse sentido, ainda não são, de maneira nenhuma, consequentes. o mesmo sucede em relação ao cancro do cólon e recto”.

“Espero que estas situações sejam ultrapassadas e que os rastreios que estão atribuídos às respectivas Administrações Regionais de Saúde ultrapassem as barreiras e comecem a funcionar com qualidade e com as respectivas estruturas”, disse.

No que se refere ao rastreio do cancro da mama, realizado pela LPCC, Vítor Veloso afirmou que “no centro está praticamente concluído e, no norte, cerca de 80% da população já está coberta”.

“Esperamos que no próximo ano tenhamos já a população de todo o norte também completamente rastreada. No sul há grandes áreas que não estão cobertas, não por culpa da liga, mas por culpa de outras situações que correspondem muitas vezes a interesses instalados”, afirmou.

Outro dos assuntos que estará em análise no congresso será os direitos dos doentes oncológicos e sobreviventes de cancro. Segundo o responsável, a legislação em vigor no nosso país encontra-se dispersa por diversos decretos-lei, portarias e normas de orientação, “facto que impossibilita os doentes de terem um conhecimento adequado e, em tempo útil, dos seus direitos nos mais diversos aspectos e sectores”. “Esta situação permite que os doentes oncológicos sistematicamente sofram atropelos por parte das diferentes entidades de saúde, as quais sistematicamente informam, não conhecer ou não terem indicações relativas aos direitos legais dos doentes”, nomeadamente, no que se refere ao pagamento de taxas moderadoras.

Segundo a LPCC, os maus hábitos de vida como o álcool e o tabaco, a sedentarização, uma má alimentação e obesidade e o mau uso do sol agravam o risco de cancro. Se estes comportamentos fossem evitados conseguia-se evitar o cancro em 80% dos casos.

É por esse motivo que Vítor Veloso insiste na necessidade de “implementar planos de educação estruturados nas escolas e na comunidade em geral de estilos de vida saudáveis. Informar a população e sensibilizá-las para os comportamentos de risco. Depois deste primeiro grande passo, deveriam criar-se estruturas que permitissem um rastreio abrangente, dirigido e de diagnóstico precoce da doença”.

A Organização Mundial de Saúde prevê, caso não sejam adoptadas medidas urgentes e adequadas no campo da prevenção primária e secundária, um aumento de 50% de novos casos de cancro nos próximos 20 anos.

Segundo a LPCC, em Portugal são diagnosticados anualmente 55 mil novos casos de cancro aumentando gradualmente nos últimos anos. A taxa de sobrevivência dos doentes ronda os 55% (doença controlada há pelo menos 10 anos). É já considerado o principal problema de saúde pública, sendo cada vez mais encarado como uma doença crónica.

Em zonas mais populadas
Os portugueses estão a morrer mais nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e no sul e interior do país por causas que...

Paula Santana, geógrafa e investigadora na Universidade de Coimbra, defende que se continuam a verificar desequilíbrios geográficos que se traduzem em desigualdades no acesso aos cuidados de saúde.

A especialista tem trabalhado os indicadores da saúde dos portugueses nos últimos 40 anos e detectou algumas “áreas de sinal de alerta” no que diz respeito à mortalidade evitável sensível à prevenção primária.

Este indicador corresponde a um conjunto de causas de morte - cancro da traqueia, brônquios e pulmão, doença isquémica do coração, doença crónica do fígado e cirrose e acidentes de trânsito com veículo a motor - ocorridas antes dos 75 anos de idade que poderiam ter sido evitadas através de medidas eficazes de prevenção das doenças e acções multissectoriais de promoção da saúde.

Paula Santana recordou que, nos últimos 20 anos, “as mortes consideradas evitáveis pela prevenção da doença e promoção da saúde diminuíram consideravelmente em Portugal: menos 37% nos homens e menos 42% nas mulheres”.

A investigadora destaca “a redução nas mortes por doença isquémica do coração (menos 50% nos homens e menos 57% nas mulheres), causa considerada evitável tanto pela prevenção primária como pelo acesso atempado e efectivo a cuidados médicos”.

Paula Santana refere que “esta diminuição não ocorreu de forma homogénea em todo o território”.

“As regiões evoluíram a ritmos diferentes em função da evolução da demografia, das acessibilidades e das condições económicas e sociais”, disse.

Por este motivo, “continuam a verificar-se desequilíbrios geográficos que se traduzem em desigualdades em saúde”.

Segundo a geógrafa, cerca de 48% da população reside em municípios onde a mortalidade evitável associada à prevenção primária “melhorou muito”, diminuindo e ficando abaixo do valor de Portugal continental.

Neste caso, destaca-se a faixa litoral centro e norte, à excepção de alguns municípios na Área Metropolitana de Lisboa e Porto.

“Estas duas últimas áreas juntam-se a um conjunto de municípios localizados no sul e interior centro e norte (nos quais reside 35% da população) onde, em sentido inverso, as mortes aumentaram significativamente”, refere Paula Santana.

A especialista apresenta estas zonas como “áreas de sinal de alerta” para um conjunto de mortes que poderiam ter sido evitadas.

Segundo Paula Santana, “o padrão espacial destas causas de morte não parece estar relacionado apenas com o carácter rural ou urbano, mas também com as características do local de residência”.

“Foram encontradas associações entre factores sociais e económicos permitindo afirmar que a regressão da mortalidade associada à prevenção primária ao longo do tempo está em parte ligada a dois grupos de factores”, refere.

Esses factores são “a promoção de condições de vida saudáveis, decorrentes de alterações profundas nas condições sociais e económicas, melhoria das condições de vida em geral, nomeadamente na habitação, trabalho, alimentação, higiene e educação” e “o aumento do acesso e da qualidade dos cuidados de saúde preventivos, nomeadamente ao nível dos acessos a serviços de proximidade e terapêuticos, que decorreu do sistema de saúde enquadrado pelo Serviço Nacional de Saúde”.

 

Relatório da OMS
Um novo relatório da Organização Mundial da Saúde revela que o afogamento mata mais crianças abaixo de 15 anos por ano do que o...

O afogamento mata mais crianças abaixo de 15 anos por ano do que o sarampo ou a tuberculose, alertou um novo relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde), avança o Diário Digital.

Segundo o órgão da ONU, a asfixia debaixo de água está entre as dez principais causas de óbito de crianças e jovens em todo o mundo. De acordo com estimativas da OMS, 372 mil pessoas morreram afogadas em 2012. Mais de metade delas tinha menos de 25 anos.

No grupo de pessoas com menos de 15 anos, essa foi a causa de morte de mais de 140 mil meninos e meninas, duas vezes mais que o número de mortes por tuberculose (quase 70 mil). O sarampo, em comparação, matou 145 mil pessoas, em todos os grupos etários, em 2013, segundo a OMS.

O órgão da ONU informou que a maior parte das mortes por afogamento em 2012 (cerca de 90%) está concentrada em países menos desenvolvidos, especialmente em África, no sul da Ásia e nas regiões do Pacífico ocidental.

Os homens têm o dobro de hipóteses de serem vítimas de afogamento do que as mulheres, acrescentou o relatório.

Esta foi a primeira vez que a OMS fez um levantamento exclusivamente sobre o número de mortes provocadas por afogamento no mundo.

 

Nutrimento.pt
Fotografias dos alimentos tipicamente consumidos em Portugal estão disponíveis no blog do Programa Nacional para a Promoção da...

Já se encontram disponíveis no blog da DGS em www.nutrimento.pt fotografias de alimentos tipicamente consumidos em Portugal. Podem ser utilizadas em trabalhos escolares, científicos e outras actividades sem fins lucrativos. É uma oferta inovadora de serviço público disponibilizada pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS/DGS) em parceria com o IADE (Instituto de Arte, Design e Empresa) e que pretende divulgar alimentos saudáveis e fotógrafos do nosso país.

Para obtê-las deve clicar numa das imagens e será remetido para uma página, onde poderá descarregar as fotografias. Ou então entre directamente no directório com todas as fotografias em https://www.flickr.com/photos/dgsaudeportugal/

 

Comida processada pode ter o mesmo efeito
As gorduras trans encontradas em algumas bolachas, bolos e comida processada podem ter efeitos negativos na memória, segundo um...

As gorduras trans - que se criam por um processo natural ou artificial de hidrogenação - são usadas na comida para melhorar a textura e o sabor.

O estudo, escreve o Correio da Manhã na sua edição digital, analisou mil homens com menos de 45 anos, comparando aqueles que comiam mais gorduras trans com os que comiam menos. Os investigadores afirmaram que os problemas de memória aumentavam com o aumento do consumo desta gordura.

Estas gorduras estão também directamente ligadas à obesidade, aos comportamentos agressivos e a problemas cardiovasculares.

 

Páginas