Hepatite C
Solução transitória tem como objectivo tratar 100 a 150 doentes até ao final do ano, enquanto decorrem as negociações sobre o...

Desde Setembro já foram autorizados 49 pedidos para tratar doentes com hepatite C em risco de evoluírem para uma situação mais grave, como cirrose ou cancro do fígado, com o fármaco inovador do laboratório norte-americano Gilead Sciences, autorizado em Janeiro pela Agência Europeia do Medicamento, confirmou ao jornal Público a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed). Nesse mês, o Infarmed definiu uma solução transitória para tratar com o Sofosbuvir, até Dezembro, os 100 a 150 portugueses que se prevê que durante o próximo ano possam estar em risco de vida na sequência do agravamento da infecção pelo vírus. Em 2015 a ideia é chegar a mais de 1000 pessoas.

O plano destina-se apenas aos casos mais urgentes, enquanto o regulador do medicamento negoceia com a indústria farmacêutica um preço que o Serviço Nacional de Saúde consiga pagar. Doentes com cirrose hepática e com as funções do fígado muito descompensadas foram os que um conjunto de peritos definiu como sendo prioritários. Ao todo, de acordo com os dados do Infarmed, há mais de 13 mil doentes com hepatite C registados nos hospitais e que serão divididos em grupos, consoante a fase da doença e o tipo de tratamento de que precisam.

A ideia é que os doentes que nunca tomaram qualquer medicamento comecem por receber os que estão no mercado há mais tempo, visto que nem todos necessitam do mais inovador. Por outro lado, as pessoas que forem submetidas sem sucesso às soluções mais antigas vão poder ter acesso ao fármaco inovador.

O Infarmed, através de uma resposta escrita, adiantou que, além dos 49 casos que receberam luz-verde, há ainda 32 que estão em processo de avaliação para poderem ter acesso ao fármaco. Houve ainda quatro que foram indeferidos no âmbito das chamadas autorizações excepcionais solicitadas pelos hospitais enquanto o medicamento não é aprovado para todos os doentes que reúnam os critérios necessários.

Para introduzir objectividade na selecção dos doentes, a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica do Infarmed reuniu-se no final de Agosto para elaborar um documento com as regras que devem estar na base das autorizações de utilização excepcional do fármaco. No documento, os peritos reconheciam os grandes benefícios do medicamento. Mas, ao mesmo tempo, admitiam que o custo elevado “impõe a necessidade de uma avaliação fármaco-económica do seu impacto clínico no âmbito do SNS”.

No dia 5 de Novembro houve, também, uma reunião com 54 especialistas portugueses (directores clínicos, médicos gastrenterologistas e hepatologistas) para afinar os critérios de eleição para o tratamento nesta fase transitória e que geraram consenso, diz o Infarmed. Através dos critérios definidos, a autoridade garante que “todos os doentes terão acesso equitativo ao tratamento”. A escolha é feita com recurso a elementos clínicos que dão origem a um valor que prevê o risco do doente em termos de mortalidade e de progressão da doença.

 

Legionella:
A Câmara de Vila Franca e as juntas de freguesia que foram mais afectadas pelo surto de "legionella" já receberam 23...

Devido a um inquérito em curso que corre no Ministério Público ainda não foi divulgado o nome da empresa que terá sido responsável pela propagação do surto de "legionella", que causou até ao momento oito mortes e infectou 331 pessoas, segundo os últimos dados da Direção Geral de Saúde (DGS).

Contudo, as juntas de freguesia de Vialonga e da Póvoa de Santa Iria/Forte da Casa tinham disponibilizado apoio psicológico e jurídico às famílias das vítimas que tencionassem avançar com processos judicias, tendo recebido até ao momento 21 pedidos de ajuda, segundo disseram os respectivos autarcas.

"Fomos procurados por oito famílias que nos pediram aconselhamento jurídico. Contudo, só poderão ser convocadas pelo nosso advogado quando existir algo mais concreto", explicou à Lusa o presidente da junta de Vialonga, José Gomes.

O autarca referiu que todos os pedidos de apoio jurídico foram feitos por familiares de doentes que sobreviveram à doença, não existindo, portanto, nenhum referente a vítimas que faleceram.

Por seu turno, na junta de freguesia vizinha da Póvoa de Santa Iria/ Forte da Casa foram feitos até ao momento 13 pedidos de apoio jurídico, dois deles de familiares de vítimas mortais.

"Estamos, para já, a recepcionar os pedidos que terão de obedecer a alguns critérios. Terá de ser provado que há uma relação directa com a doença da 'legionella'. Para já, é muito cedo para falar porque ainda não existe um culpado provado", apontou o autarca Jorge Ribeiro. O autarca adiantou igualmente que duas famílias procuraram a junta de freguesia para receber apoio psicológico.

Por sua vez, à Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, que também tinha mostrado disponibilidade para prestar aconselhamento jurídico, chegaram dois pedidos, segundo adiantou à agência Lusa o presidente da autarquia, Alberto Mesquita.

Contudo, o autarca escusou-se a falar do processo, alegando que o mesmo se encontra "em segredo de justiça". "Neste momento é preciso ter algum cuidado e cautela e na forma como se aborda este tema", afirmou.

A bactéria 'legionella' provoca pneumonias graves e pode ser mortal. A doença do legionário, provocada pela bactéria 'Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

 

Em vigor no próximo mês
A partir de Dezembro, todos os rótulos dos alimentos têm de ter a informação nutricional e a lista de ingredientes completas,...

Estas novas regras de rotulagem nutricional, que entram em vigor em Dezembro, emanam de uma orientação europeia e serão tema de debate no seminário “Qualidade e Segurança Alimentar/Implicações da Legislação Alimentar”, promovido pela Ordem dos Nutricionistas e que decorre na sexta-feira.

Na opinião de Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, esta nova legislação poderá trazer benefícios para o consumidor, porque passa a ser obrigatória a rotulagem nutricional.

“Esperamos um impacto positivo na saúde dos consumidores, com informação mais clara, precisa e objectiva. Acreditamos que os consumidores possam fazer escolhas mais acertadas e, eventualmente, a longo prazo e mais esclarecidos, possam fazer a substituição de alimentos menos saudáveis para mais saudáveis”, disse.

A responsável sublinhou, a propósito, que “a maior parte das doenças de que padecemos resulta da alimentação”.

Um dos exemplos referidos por Alexandra Bento é a descrição da quantidade de sal presente nos alimentos, que actualmente aparecem sob a forma de sódio,

“Sódio é sal, mas nem toda a gente sabe disso. Não devemos exceder 5 gramas de sal por dia. Ao passar a estar descrito sal, o consumidor pode ter um olhar mais atento e perceber se é muito ou pouco”, explicou.

Toda a outra informação - valor energético, lípidos, ácidos gordos saturados, hidratos de carbono, açúcares, proteínas e sal – terá de estar obrigatoriamente indicada nos rótulos de todos os alimentos.

Outra questão “muito relevante” é que os produtos alergénios passam a constar, especificados, na listagem de ingredientes, e não apenas sob a forma genérica de “pode conter vestígios”, como acontece actualmente, acrescentou.

Outra obrigatoriedade é a da indicação da data de congelação da carne, produtos à base de carne e produtos de pesca congelados.

A Ordem dos Nutricionistas está a considerar a possibilidade de aproveitar a saída do regulamento para promover acções de formação e elaboração de guias de orientação para operadores – indústria, distribuição e restauração – e público em geral.

Alexandra Bento reconhece que os operadores já têm mais informação e conhecimento sobre o assunto, mas em relação aos consumidores acredita que será importante “aumentar a literacia” em relação às rotulagens.

A dimensão dos caracteres também foi alvo de correcção, passando a ser obrigatória uma dimensão mínima para facilitar a leitura dos rótulos.

A nova legislação contém ainda normas para a venda à distância, as vendas on-line, para “estar adequada aos dias de hoje”.

O seminário de sexta-feira será presidido pela bastonária da Ordem dos Nutricionistas e contará com a presença do secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agro-alimentar, com o Director-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e vários técnicos da DGAV, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e de empresas e universidades.

Study comparing Opdivo (nivolumab) to chemotherapy in treatment naïve advanced melanoma patients
Opdivo demonstrated superior overall survival vs. dacarbazine with a one-year survival rate of 73% vs. 42% and a 58% decrease...

Bristol-Myers Squibb Company announced results from CheckMate -066, a Phase 3 randomized double blind study, comparing Opdivo, an investigational PD-1 immune checkpoint inhibitor, to the chemotherapy dacarbazine (DTIC) in patients with treatment naïve BRAF wild-type advanced melanoma (n=418). The study met the primary endpoint of overall survival (OS) with the median OS not reached for Opdivo vs. 10.8 months for DTIC. The one-year survival rate was 73% for Opdivo vs. 42% for DTIC and there was a 58% decrease in the risk of death for patients treated with Opdivo (Hazard Ratio for death [HR]: 0.42, P<0.0001). This survival advantage was also observed in Opdivo-treated patients in both PD-L1 positive and PD-L1 negative patients. Findings from CheckMate -066 were published today in The New England Journal of Medicine and presented during an oral session at the Society for Melanoma Research 2014 International Congress in Zurich, Switzerland.

“The results from CheckMate -066 are significant as they represent the first time a PD-1 immune checkpoint inhibitor has shown a survival benefit in a randomized Phase 3 trial,” said Prof Caroline Robert, Professor of Dermatology, Head of the Dermatology Unit, Institute Gustave Roussy and lead author of the New England Journal of Medicine manuscript. “This represents a major milestone in the study of treatment naïve patients with wild-type BRAF advanced melanoma.”

Safety was reported in all patients treated in the Opdivo and DTIC arms. Fewer discontinuations were observed with Opdivo than DTIC (6.8% vs. 11.7%) as well as for treatment-related Grade 3/4 adverse events (AEs) (11.7% vs. 17.6%), which were managed using established safety algorithms. The most common Opdivo treatment-related AEs were fatigue (20%), pruritus (17%), and nausea (16.5%). Common adverse events in the DTIC arm were consistent with those in previous reports and included nausea (41.5%), vomiting (21%), fatigue (15%), diarrhea (15%) and hematological toxicities. No deaths were attributed to study drug toxicity in either arm.

“Treatment naïve advanced melanoma patients who received nivolumab in this study had clinically important improvements in both overall survival and objective response rates compared to DTIC,” said Georgina V. Long, M.D., Ph.D., Melanoma Institute Australia & the University of Sydney and Mater Hospital and presenter of the results. “This study also confirms our hypothesis on the role of PD-L1 expression in advanced melanoma. In CheckMate -066, both PD-L1 positive and negative patients treated with nivolumab had a clear survival benefit.”

“Results from this Phase 3 Opdivo trial with a survival endpoint build upon the pioneering science that led to the introduction of Yervoy in 2011 and underscore our strategic commitment to provide more patients with the potential opportunity for long-term survival,” said Michael Giordano, senior vice president, head of Development, Oncology, Bristol-Myers Squibb. “And, we continue to develop our immuno-oncology portfolio across the continuum of melanoma and multiple other cancers as single agents and as part of combination regimens.”

Bristol-Myers Squibb has proposed the name Opdivo (pronounced op-dee-voh), which, if approved by health authorities, will serve as the trademark for nivolumab.

 

About the CheckMate -066 Trial Design

CheckMate -066 is a Phase 3 randomized, double-blind study of patients with treatment naïve BRAF wild-type unresectable Stage III and IV melanoma. The trial enrolled 418 patients who were randomized to receive either Opdivo 3 mg/kg every two weeks (n=210) or DTIC 1000 mg/m2 every three weeks (n=208). Treatment continued until there was disease progression or an unacceptable level of toxicity. Thirty-eight percent of patients in the DTIC arm received Yervoy (ipilimumab) after stopping study treatment. All randomized patients were followed for up to 16.7 months at the time of database lock. The primary endpoint was OS. Secondary endpoints included progression free survival (PFS), objective response rate (ORR) by RECIST v1.1 criteria and PD-L1 expression as a predictive biomarker of OS. PD-L1 positivity was defined as at least 5% of tumor cells showing cell-surface PD-L1 staining. The study, which was designed in consultation with the Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP), was primarily conducted in countries where DTIC is a commonly-used treatment in the first-line setting, including Canada, Europe and Australia, but not at U.S. trial sites. On June 24, 2014, Bristol-Myers Squibb announced that CheckMate -066 was stopped early because an analysis conducted by the independent Data Monitoring Committee showed evidence of superior OS in patients receiving Opdivo compared to the control arm, DTIC. As a result, patients in the trial were unblinded and allowed to receive Opdivo. However, the results reported today are from the double-blind portion of the study before the amendment.

 

Detailed Study Results

Median OS was not reached for patients treated with Opdivo and was 10.8 months for DTIC (95% CI 9.3­–12.1). The one-year survival rate was 73% for Opdivo (95% CI = 66-79) vs. 42% for DTIC (95% CI = 33-51). There was a 58% decrease in the risk of death for patients treated with Opdivo (Hazard Ratio for death [HR]: 0.42; 99.79% CI = 0.25-0.73; P<0.0001). Median PFS was 5.1 months and 2.2 months, respectively (HR: 0.43; 95% CI = 0.34–0.56; P < 0.0001).

ORR was also significantly higher for Opdivo than DTIC (40% vs. 14%, p<0.0001). Complete responses were observed in 7.6% of Opdivo-treated patients vs. 1% for DTIC. Median duration of response was not reached for Opdivo responders and was six months for DTIC (95% CI, 3.0–not estimable). Responses were ongoing in 86% of Opdivo responders compared to 51% for DTIC responders.

In both the PD-L1 positive and PD-L1 negative/indeterminate subgroups, Opdivo-treated patients had improved OS vs. DTIC (unstratified HR 0.30, 95% CI, 0.15-0.60 in PD-L1 positive patients; 0.48, 95% CI 0.32-0.71 in PD-L1 negative/indeterminate patients). Median OS was not reached in either PD-L1 subgroup in the Opdivo arm. In the DTIC arm, mOS was slightly longer in the PD-L1 positive subgroup (12 vs. 10 months).

Safety was reported in all patients treated in the Opdivo and DTIC arms. The incidence of any-grade treatment-related AEs was similar between the Opdivo and DTIC groups (74.3% and 75.6%, respectively). However, fewer treatment-related Grade 3/4 AEs were observed with Opdivo than DTIC (11.7% vs. 17.6%), which were managed using established safety algorithms, and there were fewer treatment discontinuations (6.8% vs. 11.7%). The frequency of Grade 3/4 treatment-related serious AEs was similar between the Opdivo and DTIC group (5.8% and 5.9%, respectively). The most common Opdivo treatment-related AEs were fatigue (20%), pruritus (17%), and nausea (16.5%). Common AEs in the DTIC arm were consistent with those in previous reports and included nausea (41.5%), vomiting (21%), fatigue (15%), diarrhea (15%) and hematological toxicities. No deaths were attributed to study drug toxicity in either arm.

 

About Opdivo

Cancer cells may exploit “regulatory” pathways, such as checkpoint pathways, to hide from the immune system and shield the tumor from immune attack. Opdivo is an investigational, fully-human PD-1 immune checkpoint inhibitor that binds to the checkpoint receptor PD-1 (programmed death-1) expressed on activated T-cells.

Bristol-Myers Squibb has a broad, global development program to study Opdivo in multiple tumor types consisting of more than 50 trials – as monotherapy or in combination with other therapies – in which more than 7,000 patients have been enrolled worldwide. Among these are several potentially registrational trials in non-small cell lung cancer (NSCLC), melanoma, renal cell carcinoma (RCC), head and neck cancer, glioblastoma and non-Hodgkin lymphoma.

In 2012, the FDA granted Fast Track designation for Opdivo in NSCLC, melanoma and RCC. In April 2014, the company initiated a rolling submission with the FDA for Opdivo in third-line pre-treated squamous cell NSCLC and expects to complete the submission by year-end. The FDA granted Opdivo Breakthrough Therapy Designation in May 2014 for the treatment of patients with Hodgkin lymphoma after failure of autologous stem cell transplant and brentuximab. On July 4, Ono Pharmaceutical Co. announced that Opdivo received manufacturing and marketing approval in Japan for the treatment of patients with unresectable melanoma, making Opdivo the first PD-1 immune checkpoint inhibitor to receive regulatory approval anywhere in the world. On September 26, Bristol-Myers Squibb announced that the FDA accepted for priority review the Biologics License Application for previously treated advanced melanoma, and the Prescription Drug User Fee Act goal date for a decision is March 30, 2015. The FDA also granted Opdivo Breakthrough Therapy status for this indication. In the European Union, the European Medicines Agency (EMA) has validated for review the Marketing Authorization Application for Opdivo in advanced melanoma. The application has also been granted accelerated assessment by the EMA’s CHMP. The EMA also validated for review the MAA for nivolumab in NSCLC.

 

About Advanced Melanoma

Melanoma is a form of skin cancer characterized by the uncontrolled growth of pigment-producing cells (melanocytes) located in the skin. Metastatic melanoma is the deadliest form of the disease, and occurs when cancer spreads beyond the surface of the skin to the other organs, such as the lymph nodes, lungs, brain or other areas of the body. The incidence of melanoma has been increasing for at least 30 years. In 2012, an estimated 232,130 melanoma cases were diagnosed globally. Melanoma is mostly curable when treated in its early stages. However, in its late stages, the average survival rate has historically been just six months with a one-year mortality rate of 75 percent, making it one of the most aggressive forms of cancer.

 

Immuno-Oncology at Bristol-Myers Squibb

Surgery, radiation, cytotoxic or targeted therapies have represented the mainstay of cancer treatment over the last several decades, but long-term survival and a positive quality of life have remained elusive for many patients with advanced disease.

To address this unmet medical need, Bristol-Myers Squibb is leading advances in the innovative field of immuno-oncology, which involves agents whose primary mechanism is to work directly with the body’s immune system to fight cancer. The company is exploring a variety of compounds and immunotherapeutic approaches for patients with different types of cancer, including researching the potential of combining immuno-oncology agents that target different and complementary pathways in the treatment of cancer.

Bristol-Myers Squibb is committed to advancing the science of immuno-oncology, with the goal of changing survival expectations and the way patients live with cancer.

 

About the Bristol-Myers Squibb and Ono Pharmaceutical Collaboration

In 2011, through a collaboration agreement with ONO PHARMACEUTICAL CO., Bristol-Myers Squibb expanded its territorial rights to develop and commercialize Opdivo globally except in Japan, South Korea and Taiwan, where ONO had retained all rights to the compound at the time. On July 23, 2014, Bristol-Myers Squibb and ONO PHARMACEUTICAL CO further expanded the companies’ strategic collaboration agreement to jointly develop and commercialize multiple immunotherapies – as single agents and combination regimens – for patients with cancer in Japan, South Korea and Taiwan.

 

About Bristol-Myers Squibb

Bristol-Myers Squibb is a global pharmaceutical company whose mission is to discover, develop and deliver innovative medicines that help patients prevail over serious diseases. For more information about Bristol-Myers Squibb, visit www.bms.com, or follow us on Twitter at http://twitter.com/bmsnews.

 

Bristol-Myers Squibb Forward-Looking Statement

This press release contains "forward-looking statements" as that term is defined in the Private Securities Litigation Reform Act of 1995 regarding the research, development and commercialization of pharmaceutical products. Such forward-looking statements are based on current expectations and involve inherent risks and uncertainties, including factors that could delay, divert or change any of them, and could cause actual outcomes and results to differ materially from current expectations. No forward-looking statement can be guaranteed. Among other risks, there can be no guarantee that Opdivo will receive regulatory approval in the U.S. or, if approved, that it will become a commercially successful product. Forward-looking statements in this press release should be evaluated together with the many uncertainties that affect Bristol-Myers Squibb's business, particularly those identified in the cautionary factors discussion in Bristol-Myers Squibb's Annual Report on Form 10-K for the year ended December 31, 2013 in our Quarterly Reports on Form 10-Q and our Current Reports on Form 8-K. Bristol-Myers Squibb undertakes no obligation to publicly update any forward-looking statement, whether as a result of new information, future events or otherwise.

 

Iniciativa decorre entre os dias 21 e 28 de Novembro em todo o país
Na sexta-feira 21 de Novembro tem início a Semana Europeia do Teste VIH. Portugal aderiu à campanha com o Grupo de Activistas...

Centros de saúde, hospitais e associações aderem à iniciativa

Centros de Saúde, hospitais e associações de todo o país aderiram à Semana Europeia do Teste ao VIH e vão promover a realização do exame e distribuir preservativos e informação sobre a doença.

Dados da organização da iniciativa - GAT - Grupo Português de ACtivistas sobre Tratamento de VIH/SIDA - referem que 30 a 50% das pessoas que vivem na Europa não sabem que são VIH positivo e metade destas pessoas são diagnosticadas tardiamente, adiando o acesso ao tratamento. “Tendo em conta que em Portugal e noutros países as pessoas chegam demasiado tarde ao tratamento, houve esta necessidade de criar uma semana europeia do teste VIH para que as pessoas percebam não só a importância de fazer o teste, mas também desmistificar um bocadinho as questões à volta do teste”, disse hoje à agência Lusa o director-executivo do GAT, Ricardo Fernandes.

O objectivo é que “todas as pessoas, independentemente do tipo de comportamento que têm, de risco ou não, possam fazer o teste para saber o seu estatuto serológico”, mas também conter a epidemia do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).

“Muitas das pessoas não sabem que se o diagnóstico for precoce, os tratamentos disponíveis permitem que a pessoa tenha uma vida muito longa e com bastante qualidade”, elucidou Ricardo Fernandes.

Os dados da organização estimam que em Portugal existam entre 38 mil e 62 mil pessoas infectadas, o que faz com que o país tenha uma das prevalências mais altas de toda a Europa (entre os 0,7 e o 0,9 %). Os utilizadores de drogas injectáveis são o grupo mais afectado, com uma taxa da infecção pelo VIH de cerca de 9,2%, devendo-se em parte “ao declínio na distribuição de agulhas esterilizadas e à hepatite C”.

Ricardo Fernandes salientou o papel das equipas de rua durante o período em que as farmácias deixaram de distribuir seringas: “foram as grandes responsáveis por manter um número de distribuição de material de injecção substancial”. Existem outras comunidades muito vulneráveis ao VIH, como os homens que têm relação com homens, os migrantes e os trabalhadores do sexo.

Segundo dados da organização, a prevalência do VIH entre os trabalhadores do sexo é estimada em 9%, fazendo de Portugal um dos cinco países da União Europeia com uma das taxas mais altas de infecção entre este grupo.

Para promover a realização do teste “anónimo, gratuito e confidencial”, o GAT conta com a parceria de 30 instituições. “Vai haver uma panóplia de sítios onde as pessoas vão poder fazer os testes, recolher informação e obter os resultados na altura”, salientou Ricardo Fernandes.

Os profissionais de saúde deverão aconselhar o teste a todas as pessoas que possam ter sido expostas ao VIH, que tenham sido diagnosticadas com outras doenças sexualmente transmissíveis, com hepatite C, tuberculose e que apresentem sinais ou sintomas da infecção por VIH.

Alertar para a importância do diagnóstico precoce da infecção pelo VIH e incentivar os portugueses a realizarem o teste são os objectivos do GAT (Grupo de Activistas em Tratamento) ao dinamizar em Portugal a segunda edição da Semana Europeia do Teste VIH, que este ano decorre entre os dias 21 e 28 de Novembro. Em 2013, esta iniciativa permitiu aumentar o número de testes em 200% naquela semana, tendo aderido 34 organizações portuguesas, num universo de 477 (47 países).

Estima-se que em Portugal existam entre 38 mil e 62 mil pessoas infectadas, o que faz com que o nosso país tenha uma das prevalências mais altas de toda a Europa (entre os 0,7 e o 0,9 % - UNAIDS, 2013). Portugal encabeça assim a lista dos cinco países mais afectados por esta epidemia na Europa.

Entre os dias 21 e 28 de Novembro, por todo o país vários centros de saúde e associações disponibilizam-se para realizar testes ao VIH a todas as pessoas interessadas, além de promoverem informação sobre prevenção.

Os profissionais de saúde dos centros aderentes proporão o teste a todas as pessoas que possam ter sido expostas ao VIH, que tenham sido diagnosticadas com outras doenças sexualmente transmissíveis, que tenham sido diagnosticadas com hepatite C ou tuberculose e que apresentem sinais ou sintomas da infecção por VIH.

De acordo com os dados apresentados, a Semana Europeia do Teste VIH é uma iniciativa que se revela de enorme pertinência, uma vez que: 30 a 50% das pessoas que vivem na Europa não sabem que são VIH positivo e 50% destas pessoas são diagnosticadas tardiamente, adiando o acesso ao tratamento. Os testes regulares levam a um diagnóstico precoce; com os avanços terapêuticos dos últimos 30 anos as pessoas têm uma vida normal e saudável, se diagnosticados numa fase precoce, além de o tratamento reduzir o risco de transmissão.

Em 2014, 685 organizações de 57 países da União Europeia vão disponibilizar durante uma semana testes ao VIH de forma rápida, gratuita e confidencial.

Em Portugal, o GAT, em parceria com 26 organizações da sociedade civil, proporá o teste (gratuito, confidencial e anónimo) de forma consistente fora dos contextos formais de saúde, facilitando assim o acesso ao teste do VIH. O GAT terá tendas no Largo de Camões, em Lisboa, onde qualquer pessoa poderá realizar o teste do VIH.

Locais de teste comunitário em Portugal: http://bit.ly/1oPQ5fZ

 

Mais de 140 trabalhos científicos serão apresentados
Ao longo da vida a mulher tem um risco de AVC superior ao do homem e acima dos 75 anos a mortalidade por AVC é maior nas...

A prevenção do acidente vascular cerebral (AVC) na mulher é um dos temas em destaque no 15.º Congresso do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, que decorrerá nos dias 28 e 29 de Novembro, no Hotel Tiara Park Atlantic Porto. Durante este encontro serão entregues dois prémios aos melhores projectos de investigação básica e clínica sobre AVC.

Maria Teresa Cardoso, coordenadora do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral (NEDVC) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), explica que o AVC na mulher terá especial destaque devido ao “grande impacto negativo na mulher e na sociedade. De facto, ao longo da vida, a mulher tem um risco de AVC superior ao do homem. O predomínio do AVC nas mulheres é explicável, em parte, pelo envelhecimento da população e pela maior esperança de vida do sexo feminino. As mulheres têm mais probabilidade de enviuvar e viverem sós antes do AVC e, assim, de serem institucionalizadas após o AVC, tendo uma pior recuperação relativamente aos homens”.

A especialista refere também que “a mortalidade por AVC na mulher acima dos 75 anos é também superior à do homem. Em suma, as mulheres são as mais afectadas, particularmente em idades avançadas. É fundamental ter consciência desta realidade e implementar estratégias preventivas adequadas, incidindo especialmente no controlo da pressão arterial, na detecção e tratamento dos casos de fibrilhação auricular e na promoção de um estilo de vida saudável”.

Um ponto alto deste congresso é a atribuição do prémio “AVC e Investigação Clínica”, um estágio de 3 meses em Oxford e o prémio “AVC e Investigação Básica”, um estágio de 3 meses em Santiago de Compostela. Mais de 140 trabalhos científicos serão apresentados que reflectem um grande dinamismo e evolução nesta área. A coordenadora do NEDVC considera que “estes incentivos à investigação são fundamentais para um conhecimento aprofundado das especificidades do AVC na população portuguesa para uma uniformização de atitudes diagnósticas terapêuticas e de prevenção adaptadas à nossa realidade, para que possamos prevenir este flagelo, diagnosticar cada vez com maior rapidez e tratar com a máxima eficácia este problema que continua a matar 35 portugueses por dia”.

A fibrilhação auricular e o seu tratamento com os novos anticoagulantes orais, a craniectomia descompressiva, o controlo da pressão arterial, a dissecção arterial e ateromatose do arco aórtico serão outros dos temas em debate neste 15º Congresso do AVC que receberá cerca de 500 participantes.

Dentro deste congresso ainda há espaço para a formação, com administração de cursos dirigidos a temas específicos como o Tratamento na fase aguda do AVC (trombólise), Treino de Avaliação de Imagem no AVC e Genética no AVC.

O papel da Medicina Interna no estímulo à Investigação e na Formação constitui uma base sólida no combate ao impacto do AVC em Portugal.

 

Estudo do Sistema de Vigilância Nutricional Infantil
Um estudo sobre obesidade em crianças do primeiro ciclo concluiu que Portugal é um dos países com maior prevalência do problema...

A obesidade afecta 14,6% das crianças portuguesas com idades entre os 6 e os 9 anos e 21% apresentam sinais de pré-obesidade, indica o último estudo conhecido do Sistema de Vigilância Nutricional Infantil (COSI Portugal) realizado em 2010.

O COSI (Childhood Obesity Surveillance Initiative) é um sistema promovido pela Organização Mundial de Saúde e estuda, de forma padronizada, as crianças de dezassete países europeus (Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Malta, Noruega, Portugal, Eslovénia, Suécia, Grécia, Hungria, Macedónia e Espanha).

Em termos gerais, e apesar de terem passado mais de três anos sobre o último estudo, a responsável disse acreditar que os níveis de obesidade infantil no país se manterão estabilizados, afirmando que “uma em cada três crianças tem excesso de peso”.

Os dados são referentes a uma amostra de cerca de 5 mil crianças de todo o país que frequentam o ensino primário.

“A obesidade infantil é das doenças mais prevalentes na criança e é um problema geral”, tudo aquilo que “integre o ambiente que envolve a criança é importante para corrigir estas questões”, alertou a nutricionista.

Quanto aos factores que influenciem esta situação, Ana Rito disse que “a família está no topo da lista, porque os pais são os educadores”, porém, não é possível identificar um agente único.

Para dar resposta à doença que a Organização Mundial de Saúde considera como “a epidemia global do século XXI”, o programa MUN-SI para a promoção da saúde infantil em municípios vai lançar, na sexta-feira, dia 28 de Novembro, a campanha “Alimente esta família”.

Segundo adiantou Ana Rito, que também é a directora do programa MUN-SI, esta campanha tem o objectivo de angariar fundos através de chamadas telefónicas para depois levar a cabo acções de acompanhamento nutricional de famílias.

O número da campanha é o 760 10 25 50. Está disponível a partir de sexta-feira, dia 21, sendo que a iniciativa se estende até Abril.

“A cada 200 euros angariados ajuda-se uma família durante seis meses”, explicou.

“As famílias serão identificadas pelos municípios que queiram participar nesta campanha, eles têm um papel extraordinariamente importante porque conhecem as suas realidades e a sua comunidade”, acrescenta.

O programa MUN-SI é coordenado pelo Centro de Estudos e Investigação em Dinâmicas Sociais e Saúde, em parceria com as autarquias e com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, e conta com o apoio dos Ministérios da Educação e Ciência e também da Saúde.

 

Por marcar reunião para depois de discussão do OE
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses acusou o Ministério da Saúde de “má fé” ao marcar a reunião com a estrutura sindical...

“O Ministério da Saúde marcou uma reunião negocial para 25 de Novembro à tarde. Consideramos inaceitável. O orçamento é discutido de manhã”, declarou à Lusa a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) Guadalupe Simões.

A sindicalista especificou que a greve (marcada para dia 21) serve para “atingir objectivos” – negociar soluções para problemas dos enfermeiros -, um dos quais é garantir que o Orçamento do Estado (OE) contemple propostas para dar continuidade ao processo negocial.

Por isso, o SEP pediu, na terça-feira à noite, ao Ministério da Saúde para antecipar a reunião para data anterior à greve e poderá suspender a paralisação se tal acontecer e forem apresentadas propostas concretas para os problemas dos enfermeiros.

Caso contrário, “os enfermeiros darão a resposta no dia 21”, diz a sindicalista, considerando ter havido “má fé do Ministério, que sabe que os enfermeiros têm problemas cuja resolução passa pela introdução de normas no OE e marcou a reunião para esse dia à tarde”.

No início da semana passada, o SEP anunciou uma greve nacional de dois dias, 14 e 21 de Novembro, em protesto pelos cortes salariais nas horas extraordinárias, exigindo a progressão na carreira e a reposição das 35 horas de trabalho semanais.

O primeiro dia de greve coincidiu com o surto de legionella de Vila Franca de Xira, que levou ao internamento de largas dezenas de pessoas, a maioria na área da Grande Lisboa.

Considerando este cenário “extraordinário”, o Ministério da Saúde pediu na altura ao sindicato que reconsiderasse as datas da greve nacional, por recear que esta pudesse comprometer a prestação de cuidados de saúde.

O SEP respondeu negativamente à tutela e manteve os dias marcados, considerando que o motivo alegado não era razão suficiente para desconvocar o protesto.

Especialista norte-americano diz
O presidente do Centro de Cancro MD Anderson, da Universidade do Texas, Ronald DePinho, disse que Portugal não pode deixar de...

O responsável do centro de investigação e tratamento disse à Lusa, à margem de uma sessão na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto com vista à criação de parcerias em Portugal, que, neste âmbito, vários membros da diáspora portuguesa, da qual o próprio faz parte, vão reunir-se em Lisboa com membros do Governo “antes do Natal” para discutir “oportunidades de prevenção [na saúde] e bem-estar em Portugal”.

“A pergunta não deve ser se Portugal pode dar-se ao luxo de não fazer isto. Portugal não pode deixar de o fazer. Porque ao fazer investimentos em saúde aumenta-se a produtividade e a vitalidade económica da nação e isso é importante”, disse Ronald DePinho.

O também investigador recordou que “os Estados Unidos gastaram 3,6 mil milhões de dólares nos anos 1990 no projecto do Genoma que, desde então, já tiveram um retorno de milhões de milhões”.

“Nós compreendemos a situação financeira e é preciso uma regulação austera para ter a certeza que o dinheiro está a ser bem usado, mas o importante é [perceber que] preservar a saúde e o bem-estar da população não é uma opção”, afirmou DePinho.

O presidente do Centro de Cancro MD Anderson realçou que “há áreas de oportunidade que são relativamente baratas, como a prevenção e a detecção precoce”, sendo campos que “podem poupar muito dinheiro ao Governo e permitir o reinvestimento noutras coisas”.

Em 2014, o MD Anderson Cancer Center ficou em segundo lugar na pesquisa “Melhores Hospitais” para o tratamento do cancro, publicado na revista US News & World Report. O centro ocupa ainda o primeiro lugar no número de bolsas do National Cancer Institute, com um investimento acima de 670 milhões de dólares (cerca de 539 milhões de euros) em pesquisa no ano de 2013.

Cerca de sete milhões de pessoas são vítimas de cancro anualmente. O MD Anderson Cancer Center promoveu o tratamento de cerca de 1 milhão de doentes desde 1944 e detém o maior programa de ensaios clínicos dos Estados Unidos.

 

Com doentes internados
Os enfermeiros da Urgência do Hospital de Santarém decidiram recusar responsabilidades no atendimento aos utentes internados no...

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) tinha dado à administração do Hospital de Santarém um prazo até terça-feira para a contratação de mais enfermeiros para o Serviço de Urgência, onde "faltam seis profissionais por turno", explicou a dirigente sindical Helena Jorge.

"No espaço onde funciona o Serviço de Urgência estão internados, em média, duas a três dezenas de doentes, principalmente do foro médico, pessoas dependentes e que aguardam internamento num qualquer serviço do hospital, mas que ali podem ficar durante vários dias", relatou.

São os enfermeiros do Serviço de Urgência, explicou, que "têm de assegurar este trabalho, além da sua obrigação efectiva para com as urgências do Hospital, numa situação insustentável, quer para os enfermeiros, pela falta de profissionais, quer para os doentes, que não têm a sua segurança garantida pela insuficiência de enfermeiros".

Indicando que, por turno, na Urgência do Hospital de Santarém, "faltam entre seis a oito enfermeiros", Helena Jorge afirmou que, para cuidar das pessoas dependentes que ali aguardam por transferência para internamento, seriam necessários "entre três a cinco enfermeiros".

"Hoje, no turno da manhã, nenhum enfermeiro do Serviço de Urgência recebeu os cerca de 20 doentes internados num chamado serviço ´fantasma` existente no espaço físico da Urgência", disse a dirigente sindical, afirmando que as responsabilidades da resolução do problema são do conselho de administração (CA) do Hospital de Santarém.

"O CA é que vai ter de assumir as suas responsabilidades, contratar mais enfermeiros, e, enquanto isso não sucede, transferir enfermeiros de outros departamentos para cuidar destes doentes, que é o que hoje já está a suceder", relatou.

"Os enfermeiros da Urgência não conseguem fazer, sozinhos, o seu trabalho e o que outros profissionais deveriam fazer, mas que não existem por falta de contratação de pessoal", vincou, tendo afirmado que "todo o Hospital de Santarém está em situação de ruptura", pela falta de 170 profissionais.

"Faltam cerca de 170 enfermeiros no Hospital de Santarém. O conselho de administração pediu autorização para contratar 90 e o Ministério da Saúde apenas autorizou 30, dos quais apenas dois chegaram às Urgências, um número manifestamente insuficiente", referiu.

Segundo a dirigente sindical, a Urgência tem, actualmente, "uma sobrecarga de trabalho em todos os turnos, manhã, tarde e noite", pelo que os enfermeiros, a partir de agora, só vão trabalhar no Serviço de Urgência e não para os outros".

"É num contexto de arrastamento deste problema que os enfermeiros decidiram dizer ´basta`", afirmou Helena Jorge.

A agência Lusa contactou o CA do Hospital de Santarém para obter uma reacção à posição dos enfermeiros, mas foi informada que ninguém estava disponível para prestar declarações.

 

19 de Novembro
Assinala-se hoje o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, uma doença que afecta cerca de 14% na população...

Em comemoração do Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), que este ano se assinala a 19 de Novembro, o Programa Nacional para as Doenças Respiratórias (PNDR) e o Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo (PNPCT) divulgam em conjunto algumas publicações, que em breve serão distribuídas às Unidades de Saúde.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma doença crónica e progressiva que se manifesta pela diminuição da capacidade respiratória. Em Portugal, estima-se que existam cerca de 700 mil doentes com DPOC. Destes, pouco mais de 10% estão diagnosticados mediante a realização de uma espirometria.

Está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases nocivos, como o tabaco, poluição, substâncias químicas ou outros irritantes pulmonares. Por isso, preservar a qualidade do ar que respiramos é importante para prevenir e controlar a DPOC.

 

Organização Mundial de Saúde incita Pequim
A Organização Mundial de Saúde instou os legisladores de Pequim a ultimar a lei para reforçar a proibição do tabaco nos espaços...

Os legisladores de Pequim terminaram no final deste mês a minuta definitiva de uma nova lei que obriga a permanecer livres de fumo todos os espaços públicos fechados, como instituições educativas, centros de saúde, edifícios estatais e nos transportes públicos.

O Governo central chinês tem vindo a levar a cabo esforços para conter os níveis muito altos de poluição na capital chinesa, tendo inclusive sido encerradas na semana passada cerca de 2.380 empresas das imediações de Pequim durante a cimeira da APEC (Económica Ásia-Pacífico).

“O ar exterior durante a APEC era provavelmente mais saudável do que o ar dos estabelecimentos encerrados”, assinalou através de um comunicado o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) na China, Bernhard Schwartländer, que defende “ar limpo nos espaços fechados de forma permanente”.

A China tem mais de 300 milhões de fumadores e fontes oficiais estimam que a exposição ao fumo mata mais de 100 mil pessoas por ano.

Pequim comprometeu-se em 2008 a proibir o consumo do tabaco na maior parte dos lugares públicos e colocou muitos sinais de proibição em vários sítios, inclusive nos edifícios governamentais, mas a norma tem sido ignorada pelos fumadores.

 

A partir de hoje
Tem início hoje, em Roma, a II Conferência Internacional sobre Nutrição, promovida pela Organização das Nações Unidas para...

Organizações não-governamentais (ONG) lusófonas participam em Roma na II Conferência Internacional sobre Nutrição, promovida pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e Organização Mundial da Saúde (OMS).

A conferência tem por objectivo identificar as novas oportunidades para melhorar as políticas sobre nutrição.

Como lidar com o "múltiplo custo" da fome, da subnutrição e das deficiências de micro nutrientes é o assunto principal dos debates de alto nível, nos quais participam representantes de mais de 190 países, agências da ONU, organizações governamentais, membros da sociedade civil, fundações e sector privado.

Mais de 100 ministros da Agricultura e da Saúde marcam presença, assim como o papa Francisco, a rainha Letizia, de Espanha, o Rei Letsie III, do Lesoto, a primeira-ministra do Bangladesh, Sheika Hasina, e ainda Melinda Gates e Jeffrey Sachs, entre outras individualidades.

Os especialistas vão abordar questões relacionadas a todos os estágios da alimentação, começando pela fase de produção dos alimentos.

A sociedade civil moçambicana está representada por Olga Loforte, da Marcha Mundial das Mulheres e por Angola está presente a União Nacional dos Camponeses Angolanos, representada por Vitor Paulo Salusseque.

 

Em todo o mundo e de forma sustentada
Um total de 748 milhões de pessoas não possuem acesso a água potável de forma sustentada em todo o mundo e calcula-se que...

O mesmo estudo refere que 2.500 milhões de pessoas não têm acesso a um saneamento adequado e que mil milhões defecam ao ar livre, nove em cada dez, em áreas rurais.

Os dados constituem as principais conclusões do relatório GLASS 2014, um estudo realizado a cada dois anos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que, este ano, está titulado “Investir em água e saneamento, aumentar o acesso e reduzir as desigualdades”.

O texto recorda que o acesso a água potável e a saneamento adequado tem implicações num amplo leque de aspectos, desde a redução da mortalidade infantil, passando pela saúde materna, o combate de doença infecciosas, redução de custos sanitários e no meio ambiente.

O estudo mostra que nas duas últimas décadas, 2.300 milhões de pessoas conseguiram aceder a fontes de água melhoradas.

No mesmo período, o número de mortes de crianças devido a doenças diarreicas – muito relacionadas com o saneamento precário – caiu de 1,5 milhões em 1990 para 600 mil em 2012.

“Claro que podemos dizer que se melhorou muito, mas 600 mil crianças continua a ser um número muito elevado”, disse em conferência de imprensa Maria Neira, directora de Saúde Pública e Meio Ambiente da Organização Mundial de Saúde.

Segundo dados da OMS, se fosse melhorado o acesso a água potável e se fossem implementados serviços de saneamento adequado, as mortes por diarreia poderiam ser reduzidas em cerca de 70%.

O estudo calcula que por cada dólar investido em serviços de água e saneamento se pode obter um retorno de 4,3 dólares, com a redução dos custos de saúde, aumento da produtividade em postos de trabalho e criação de novos empregos em indústrias relacionadas com a gestão de resíduos.

“A água e o saneamento é um tema básico de Direitos Humanos e tem uma componente de género essencial. No mundo são, maioritariamente as raparigas que vão buscar água, o que as impede muitas vezes de ir à escola”, especificou Maria Neira.

 

Perguntas e respostas
Conheça as respostas às principais perguntas feitas sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

O que é Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e quais são as causas?
A DPOC caracteriza-se pela obstrução crónica, mas parcialmente reversível, do fluxo de ar nos pulmões. É causada por uma resposta exagerada dos pulmões quando são diariamente irritados pela inalação de substâncias nocivas, principalmente as contidas no fumo de cigarro. Esta resposta é denominada de processo inflamatório, ou seja, é a forma através da qual o pulmão se defende dos agressores, levando à bronquite crónica e ao enfisema do pulmão. As alterações da forma do pulmão reflectem-se em outros órgãos, principalmente no coração e nos músculos periféricos. Por isso, a DPOC é considerada uma doença sistémica, isto é, que ataca vários órgãos ao mesmo tempo.

Como se sente/percebe a DPOC?
O pulmão fica parcialmente cheio o tempo todo e não há reserva para inspirar e expirar rápido. Este mecanismo é chamado de hiperinsuflação por aprisionamento de ar. O ar entra mas não consegue sair na velocidade adequada. A cada ciclo respiratório sobra uma quantidade de ar dentro dos pulmões. Este ar deforma e estica toda a estrutura dos pulmões, prejudicando a função de oxigenar.

Quem tem DPOC e qual o seu impacto na nossa sociedade?
A real incidência da DPOC na maioria dos países não é conhecida, pois os dados são obtidos por questionários de sintomas e difíceis de serem avaliados com o máximo rigor estatístico. Os níveis de incidência desta patologia estão a aumentar, com consequências graves ao nível da Saúde Pública e até da Economia. Diversos estudos apontam para que a doença possa afectar cerca de 10 em cada mil homens e à volta de sete mulheres em cada mil. A prevalência para pessoas acima dos 40 anos, está estimada em 9 por cento da população mundial, percentagem que aumenta para 15 pontos no caso dos fumadores.

Quais são os factores de risco para a DPOC?
Existem vários factores de risco descritos para o desenvolvimento da DPOC, sendo o mais conhecido e estudado, o tabagismo. Todavia não se sabe com rigor quem é susceptível à doença e quando esta se começa a desenvolver. Aconselha-se, portanto, uma atitude preventiva, nomeadamente em relação ao tabagismo. Outros factores desencadeantes conhecidos podem ser de natureza genética – relacionados com a hiperactividade das vias aéreas e com o crescimento pulmonar – ou ainda ambientais, através de exposição a poeiras, produtos químicos e poluição. A relação entre os factores genéticos e os ambientais, concretamente quanto à sua contribuição para a doença, está ainda pouco estudada.

Qual a diferença entre Asma e DPOC?
A Asma e a DPOC são chamadas doenças obstrutivas das vias aéreas porque dificultam o fluxo de ar nos pulmões. A palavra mais usada para diferenciá-las é "reversibilidade da obstrução”, na asma a limitação ao fluxo de ar é reversível com o tratamento ou mesmo espontaneamente, enquanto na DPOC tal não acontece, mesmo nos pacientes cujos sintomas melhoraram. Por outro lado, a Asma costuma manifestar-se na infância e a DPOC após os 40 anos de idade.

Como fazer uma prova de função pulmonar?
A espirometria que mede os fluxos e os volumes do pulmão, é um exame extremamente simples e que pode ser realizado no próprio consultório médico ou em laboratórios. O diagnóstico da DPOC é feito quando a relação entre todo o ar que cabe no pulmão e o expirado no primeiro segundo for menor que 70 por cento.

A radiografia do pulmão serve para avaliar se eu tenho DPOC?
Não, mas é muito importante para identificar outras doenças do pulmão, como o cancro e a tuberculose, facilitando o diagnóstico correcto da patologia associada ao doente em causa.

Existe uma classificação de gravidade da DPOC?
Consideram-se quatro estadios: Leve (com sintomas pouco perceptíveis), Moderada (falta de ar ao fazer exercício físico), Grave (falta de ar nas actividades diárias), Muito Grave (Falta de ar mesmo em situação de repouso).

A DPOC tem tratamento?
Sim, os doentes melhoram...e muito! A DPOC não tem cura, mas o tratamento devolve a independência e qualidade de vida ao paciente.

O que é a exacerbação da DPOC?
A exacerbação é o aumento na quantidade de catarro do portador de DPOC, ou a mudança de aspecto da secreção, ficando mais espessa, amarela ou esverdeada. Este sintoma, em geral, está acompanhado de um agravamento na falta de ar. Quando o doente se apercebe da falta de ar, mais cansaço, junto com o aumento do catarro, a melhor coisa a se fazer é procurar o seu médico ou um posto de saúde. Este quadro deve ser rapidamente diagnosticado e tratado, para que não evolua para a insuficiência respiratória. Se isso ocorrer pode haver a necessidade de internamento.

Quais são os sintomas que me dizem poder estar a sofrer de DPOC?
A presença de sintomas como tosse, expectoração, pieira ou falta de ar, persistentes ou desencadeados pelo exercício físico, embora não específicos, devem fazer pensar no diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Vias respiratórias
A doença pulmonar obstrutiva crónica é a obstrução persistente das vias respiratórias provocada por
Homem a dormir com máscara para apneia do sono

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) caracteriza-se pela limitação do débito aéreo acompanhada por dificuldade respiratória, tosse e aumento da produção de expectoração. A dificuldade respiratória é devida à obstrução das vias respiratórias aéreas provocada por enfisema ou por bronquite crónica.

O enfisema é uma dilatação dos pequenos sacos de ar dos pulmões (alvéolos) e a destruição das suas paredes. A bronquite crónica manifesta-se como uma tosse crónica persistente que produz expectoração e que não se deve a uma causa clínica perceptível, como o cancro do pulmão. As glândulas brônquicas dilatam-se, provocando uma secreção excessiva de muco.

Trata-se de uma doença de carácter progressivo, parcialmente irreversível, que provoca graves limitações, podendo conduzir a incapacidade e morte prematura. A taxa de mortalidade associada a DPOC, ao nível mundial, tem vindo a aumentar, embora este efeito esteja também relacionado com o envelhecimento da população.

Segundo os dados da Organização Mundial de Saúde é a segunda causa, depois das doenças cardíacas, de incapacidade laboral, sendo também a quarta causa mais frequente de morte. Mais de 95 por cento de todas as mortes provocadas por DPOC verificam-se em pessoas com mais de 55 anos. É mais frequente nos homens que nas mulheres e tem maior mortalidade nos primeiros. A mortalidade é também mais alta na etnia branca e nos operários do que nos trabalhadores administrativos.

Em Portugal, a DPOC atinge mais de 500 mil portugueses, sendo a sexta causa de morte a nível nacional. Cerca de 600 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de DPOC, sendo que destes, 3 milhões morrem todos os anos. Estima-se que 1 em cada 10 adultos com mais de 40 anos sofra de DPOC.

A doença pulmonar obstrutiva crónica aparece muito frequentemente em pessoas que trabalham num ambiente contaminado por vapores químicos ou poeiras não tóxicas, uma vez que estas substâncias podem aumentar o risco. No entanto, a principal causa da doença é o fumo do tabaco. A DPOC desenvolve-se, aproximadamente, em 10 a 15 por cento dos fumadores.

Causas

As principais causas para desenvolver DPOC são o tabaco. Em 80 a 90 por cento dos doentes há ou houve exposição ao tabaco. Também a exposição a certas poeiras, vapores, produtos irritantes ou fumos podem desenvolver a doença, independentemente de ser ou não fumador. A poluição atmosférica é um factor de agravamento. Alguns poluentes ocupacionais, como o cádmio e a sílica, aumentam igualmente o risco. As pessoas com maior risco a este tipo de poluição ocupacional são os trabalhadores da construção, mineiros e os indivíduos que trabalham com metal e algodão.

Sintomas

Todas as formas de doença pulmonar obstrutiva crónica fazem com que o ar fique retido nos pulmões. Nas primeiras fases da doença, a concentração de oxigénio no sangue está diminuída, mas os valores de dióxido de carbono permanecem normais. Nas fases mais avançadas, os valores de dióxido de carbono elevam-se enquanto os do oxigénio diminuem ainda mais.A DPOC desenvolve-se progressivamente, por isso, muitas vezes o doente só recorre ao médico quando a doença já está numa fase avançada. Assim, os sintomas iniciais da doença podem aparecer ao fim de 5 a 10 anos.

A tosse, a pieira, a sensação de falta de ar e as secreções, principalmente ao levantar, são os principais sintomas. A tosse é geralmente ligeira e, com frequência, considera-se como uma tosse "normal” de fumador, já a expectoração, com frequência, se torna amarela ou verde devido à presença de pus e podem tornar-se mais frequentes. Uma respiração sibilante também é habitual embora seja mais evidente para os membros da família do que para o próprio doente.

Numa fase mais avançada da doença surge a dispneia de esforço, que se torna progressiva, e o doente sente falta de ar nas actividades diárias mais simples, como lavar-se, vestir-se e/ou preparar as refeições.

Diagnóstico

A DPOC é frequentemente suspeita pela presença de sintomas – tosse, expectoração, sensação de falta de ar e/ou pieira – num indivíduo que fuma, fumou ou que esteve exposto a gases nocivos.

No entanto para que o diagnóstico seja rigoroso deverá ser confirmada a obstrução das vias aéreas ou seja, verificar que não se altera no dia-a-dia ou em resposta ao tratamento. Isto porque por vezes, a DPOC é confundida com outras doenças do sistema respiratório, como a asma. Embora os sintomas sejam semelhantes, as origens das duas doenças são diferentes.

O exame mais frequentemente utilizado para avaliar a função dos pulmões chama-se espirometria, uma técnica que permite medir a quantidade de ar obstruído. Numa pessoa que sofre desta doença, o exame mostra uma redução do débito de ar durante uma expiração forçada. O especialista pode também entender ser necessário pedir uma radiografia do tórax.

Tratamento

Uma vez que a causa mais importante da DPOC é sem dúvida o tabaco, o tratamento principal consiste em deixar de fumar. E isso é benéfico em qualquer fase da doença. O doente deve também tentar evitar a exposição a partículas irritantes no ar.

Deve também evitar as infecções respiratórias, pois elas agravam a sua condição. Aconselha-se por isso a vacina contra as infecções bacterianas e contra a gripe.

Trate as infecções respiratórias: em geral não se acompanham de febre. Reconhecem-se pela cor amarela da expectoração, pelo aumento da viscosidade da expectoração que se torna mais difícil de expulsar.

É igualmente importante manter uma alimentação equilibrada e, se for o caso, reduzir o peso, de forma a não sobrecarregar as vias respiratórias e o pulmão. Pode praticar exercício físico, tendo em conta que não pode esforçar-se e ir além das suas capacidades.

Em termos medicamentosos, existem diversas opções, mas deve ser o seu especialista a indicar qual a mais adequada ao seu caso. O objectivo será sempre combater a falta de ar e o cansaço fácil. Poderá, inclusive, ser-lhe indicada reabilitação respiratória ou ter de fazer oxigenoterapia para reduzir a dispneia.

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Direcção-Geral da Saúde apontou para Dezembro
A Associação Nacional de Farmácias alegou que não lhe foi proposto qualquer calendário para a reactivação do programa de troca...

O programa está suspenso desde Novembro de 2012, altura em que cessou o contrato entre a Associação Nacional de Farmácias (ANF) e o Ministério da Saúde e o projecto passou a ser assegurado pelos centros de saúde.

Hoje, em declarações à Lusa, António Diniz, director do Programa Nacional para a Infecção VIH/Sida, na dependência da Direcção-Geral da Saúde (DGS), disse que "estão criadas as condições" para que o programa seja retomado no início de Dezembro, em Lisboa e Setúbal, rejeitando responsabilidades pelos atrasos.

Numa resposta enviada posteriormente à Lusa, a Associação Nacional de Farmácias frisou que, "até ao momento, não foi proposto à ANF qualquer calendário de reactivação do programa de troca de seringas, ou de implementação gratuita experimental de qualquer outro programa de saúde pública".

A retoma do programa de troca de seringas já fora anunciada em Abril, para começar em Maio, e depois em Julho, altura em que foi assinado novo acordo entre a ANF e o Ministério da Saúde.

De acordo com a ANF, nesse acordo "ficou previsto que as farmácias prestariam gratuitamente, durante um ano, todos os serviços de saúde pública que uma comissão paritária - Ministério da Saúde/Associação Nacional de Farmácias - decida implementar".

A segunda reunião da comissão realiza-se na quarta-feira, precisa a ANF, sem se pronunciar sobre os motivos dos atrasos da reactivação do programa de troca de seringas.

Inicialmente, a troca de seringas vai começar em Lisboa e Setúbal – os primeiros sítios que precisam mais, do ponto de vista epidemiológico e de estrutura de farmácias – e depois vai estender-se gradualmente ao resto do país, adiantou António Diniz.

Coluna cervical é o alvo principal
Estima-se que entre 10 a 15% dos jogadores de futebol sofram uma lesão traumática da coluna cervical de maior ou menor...

Tal ocorre sobretudo por traumatismo indirecto na sequência de movimentos bruscos de flexão/extensão após traumatismos cranianos contra os postes da baliza, contra o solo ou contra outros jogadores. Esta informação surge no âmbito de um comentário de Luís Teixeira sobre a situação de Júlio César, actual guarda-redes do Benfica que apresenta uma lesão crónica na coluna. O médico especialista refere também a predisposição dos atletas desportivos para este tipo de situações.

Depois de uma longa ausência no clube da Luz, que já preocupava os adeptos encarnados e a própria SAD, Júlio César regressou aos relvados e muito se tem falado sobre a lesão crónica do guarda-redes e do rendimento dos atletas desportivos nestas situações. Numa altura em que o nome de Loris Karius tem sido apontado para o plantel do Benfica, ou o de Dida, o cirurgião ortopedista explica que: “um guarda-redes está mais sujeito a algumas lesões na coluna vertebral, tal como a lesões de lises ístmicas na coluna lombar que ocorrem por movimentos repetidos de hiper-extensão, ou de quedas em posição de hiper-extensão forçada com sobrecarga mecânica dos elementos articulares facetários posteriores e sua consequente lesão.”

Já sobre como se deve proceder face a este tipo de situações, o médico que trouxe para Portugal o primeiro sistema O-ARM que permite a obtenção de imagens multidimensionais durante as operações, recolhendo imagens em 3D no bloco operatório, explica que o melhor é sempre prevenir e antecipar já que um sintoma num ombro, pescoço ou nas mãos, por exemplo, pode ser um indicador de que algo na coluna está errado. “É importante não esquecer de que a coluna vertebral está envolvida no mecanismo de transmissão e coordenação dos movimentos entre os membros superiores e inferiores. Essas estruturas incluem ossos, articulações, músculos, ligamentos e os discos intervertebrais, que agem continuamente no sentido de potencializar a força a ser desprendida pelos membros. Por isso, lesões na coluna podem prejudicar todas as partes do corpo”, conclui o especialista.

 

Cuidados paliativos
Os cuidados paliativos são definidos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, como uma abordag
Cuidados boca

Os cuidados paliativos são definidos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (2002), citada por Serrano (2009), como uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida dos doentes, e das suas famílias, que enfrentam problemas decorrentes de uma doença incurável e/ou grave e com prognóstico limitado, através da prevenção e alívio do sofrimento, com recurso à identificação precoce e tratamento rigoroso dos problemas não só físicos, como a dor, mas também psicossociais e espirituais. (Serrano, 2009, p. 14)

Sabe-se que a “Pessoa com doença crónica, incurável e progressiva é alvo possível de diversas alterações” (Serrano, 2009, p. 14), pelo que os cuidados à boca constituem uma das importantes intervenções dos enfermeiros na prevenção de complicações e promoção do conforto da pessoa em fim de vida. A boca é um órgão complexo, constituído por múltiplas estruturas com funções específicas, tais como a alimentação e a comunicação. À ingestão de alimentos inclui-se o prazer em saboreá-los que, poderão estar comprometidos se não forem prestados cuidados adequados à cavidade oral. Outro aspeto importante das pessoas em cuidados paliativos é a administração de terapêutica via oral, quando esta ainda se mantém disponível. Esta é considerada uma das principais vias de administração de medicação e é útil, eficaz, barata, segura e confortável para o doente. Porém, a boca ao apresentar lesões, decorrentes de xerostomia, mucosite e infeções, poderá comprometer o processo de absorção da terapêutica ingerida. Também, a auto-estima, a comunicação verbal, a expressão de sentimentos e o conforto poderão estar igualmente comprometidos se as condições da boca não o permitirem.

Os enfermeiros aparecem como uma importante fonte de conforto (Kolcaba, 2003). Segundo Katherine Kolcaba o conforto é “uma experiência imediata de se sentir confortado, por ter as necessidades de alívio, tranquilidade e transcendência, satisfeitas nos quatro contextos (físico, psicoespiritual, sociocultural e ambiental); muito mais do que a ausência de dor ou desconfortos físicos” (Kolcaba, 2009, p. 254). Segundo a mesma, as intervenções de enfermagem confortadoras são “realizadas pela equipa de saúde, de forma intencional,” e “visam a promoção do conforto do cliente ou da sua família” (Kolcaba, 2009, p. 254), com vista à satisfação das necessidades dos doentes. Posto isto, os cuidados à boca das pessoas em fim de vida poderão ser consideradas intervenções de enfermagem confortadoras, na medida em que previnem alterações decorrentes das doenças progressivas e incuráveis das pessoas, como também, a promoção da interação social, alívio da dor e promoção do conforto.

De acordo com o trabalho elaborado pela Enfermeira Maria Fernanda Serrano (2009), sabe-se que os enfermeiros, apesar de reconhecerem a importância dos cuidados à boca e o seu impacto na qualidade de vida da pessoa em fim de vida, atribuem a estes cuidados uma baixa prioridade e, por sua vez uma prestação pouco sistemática. Porém, parece consensual a dificuldade dos enfermeiros em prestarem cuidados direcionados à boca, uma vez que, segundo o estudo elaborado pela Enfermeira Fernanda Serrano (2009) a definição de um plano de cuidados depende de quem avalia e dos instrumentos que utiliza, carecendo portanto de um método científico e um protocolo de atuação uniformizado e adequado aos contextos, que permitirá a continuidade dos cuidados prestados à pessoa em fim de vida.

Referências bibliográficas:
Kolcaba, K. (2003). Comfort theory and practice: a vision for holistic health care and research. New York:Springer Publishing Company, Inc.
Kolcaba, K. (2009). Comfort. In S. J. Peterson & T. S. Bredow (Eds.), Middle range theories. Application to nursing research (2ª ed., p. 254-272).
Serrano, M. (2009). Cuidar a Boca em Cuidados Paliativos – Contributo para a Promoção da Dignidade Humana. (Dissertação de mestrado). Universidade de Lisboa – Faculdade de Medicina de Lisboa, Lisboa.

Texto elaborado sob o novo acordo ortográfico e as normas da APA

Ana Raquel Borralho, Enfermeira na Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos do Hospital da Luz

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
DGS rejeita responsabilidades no atraso
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O programa de troca de seringas está suspenso desde Novembro de 2012, altura em que cessou o contrato entre a Associação Nacional de Farmácias (ANF) e o Ministério da Saúde (MS) e o projecto passou a ser assegurado pelos centros de saúde.

A retoma do programa já fora anunciada em Abril, para começar em Maio, e posteriormente em Julho, altura em que foi assinado novo acordo entre a ANF e o MS.

Agora, o director do Programa Nacional para a infecção VIH/SIDA, António Diniz, diz que “estão criadas as condições” para que o programa seja retomado no início de Dezembro.

Esta informação é corroborada pelo Infarmed, que especifica que o programa de troca de seringas foi um dos pontos abordados na última reunião da Comissão de Acompanhamento dos acordos celebrados entre o MS e a ANF, que decorreu na semana passada.

Quanto aos motivos que têm levado aos sucessivos adiamentos da retoma do programa, o Infarmed disse ter informação de que se devem à DGS, mas não os especificou.

“Segundo nos informou a ANF, está dependente da DGS o início deste programa, encontrando-se a decorrer os preparativos para o seu início”, afirmou fonte oficial da autoridade do medicamento.

António Diniz rejeita estas responsabilidades, garantindo que está tudo pronto há bastante tempo.

“A DGS não é de certeza [responsável]. Temos autocolantes para distribuir nas farmácias, os cartazes, os ‘kits’ comprados, tudo pronto. Estamos preparados, e não é de ontem”.

Segundo o responsável, receberam os autocolantes há três semanas e esta foi a última coisa que faltava e não era sequer “um elemento decisivo”, tudo o resto já estava.

“O circuito de distribuição está montado, temos ‘kits’ em número suficiente, se nos disserem que é para começar amanhã, começamos, se nos disserem que é hoje à tarde, também começamos”, garantiu.

Inicialmente a troca de seringas vai começar em Lisboa e Setúbal – os primeiros sítios que precisam mais, do ponto de vista epidemiológico e de estrutura de farmácias – e depois vai estender-se gradualmente ao resto do país, adiantou.

A Lusa questionou a ANF sobre os motivos que têm posto entraves à retoma do programa, mas até ao momento não recebeu qualquer resposta.

 

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