Arrancam em 2015
A revisão da lei do tabaco e a linha telefónica de apoio à cessação tabágica arrancam no início de 2015, revelou o Ministério...

Estas são algumas das medidas do Governo para combater o tabagismo, reveladas na apresentação do relatório “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em números 2014”, na Direcção-Geral da Saúde.

O secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa, anunciou que o Governo tem intenção de promover a comparticipação dos medicamentos para deixar de fumar na ordem dos 40%, mas não especificou quais os custos que a medida terá para o Estado.

No entanto frisou que a comparticipação “não será a bola mágica que alterará as coisas em relação aos fumadores que não deixam de fumar”.

“A abordagem medicamentosa é apenas uma parte e não a mais significativa dos programas de desabituação. A maioria das desistências dos programas não tem a ver com os medicamentos”, afirmou.

O secretário de Estado explicou que o Governo ainda está a estudar a “melhor forma de enquadrar” a comparticipação destes medicamentos: se será apenas no âmbito das consultas de apoio à cessação tabágica da linha saúde 24, ou se abrangerá as consultas de cessação tabágica (nos hospitais e centros de saúde) e as consultas de medicina geral e familiar, relativas ao mesmo problema.

A este propósito, Leal da Costa adiantou que o Governo decidiu progressivamente criar condições para que os médicos de medicina geral e familiar “estejam preparados para fazer intervenção ao nível da desabituação”.

Esta medida pretende dar resposta ao declínio do número de consultas de cessação tabágica, devido à baixa procura e frequência que tinham.

Além disso, o Ministério da Saúde está apostado em tentar “chegar às pessoas através do telefone”, passando a dotar a linha Saúde 24 de uma componente de apoio à cessação tabágica – uma espécie de consulta com aconselhamento – e incentivando os fumadores, compensando-os com a comparticipação dos medicamentos se se mantiverem a ser seguidos ao longo de seis meses.

Esta linha está em desenvolvimento já há alguns meses e irá iniciar-se em Janeiro, procurando fazer a compensação em relação à “falta de consultas de cessação tabágica”, que ficarem aquém dos objectivos estabelecidos.

Quanto a outras medidas concretas para combater o tabagismo, o responsável disse que sendo um “problema de comportamento aditivo”, há que diminuir a propensão para o inicio do hábito nos jovens, trabalhando com os pais, apostando em “mensagens mais gravosas com impacto pictórico” (imagens chocantes nos maços de cigarros), trabalhando junto das comunidades jovens e aumentando o preço do tabaco.

Está ainda prevista a criação de ambientes livres de tabaco, a diminuição das oportunidades para que o tabaco seja comprado (através da sensibilização dos operadores), taxar os produtos de tabaco e promover a desabituação.

O aumento do consumo de tabaco entre os jovens do secundário foi uma das conclusões que mais preocuparam a responsável pelo relatório e directora do Programa Nacional de Combate ao Tabagismo, Emília Nunes.

Sobre o consumo nos adolescentes, a responsável disse que um em cada quatro alunos do terceiro ciclo experimentaram fumar nos últimos 30 dias.

O relatório revela ainda que o tabaco mata por ano cerca de 11 mil pessoas em Portugal, mas ainda assim, a grande maioria dos fumadores tem pouca vontade de deixar de fumar (apenas 1,8% se afirmam muito motivados para deixar de fumar) e as consultas de cessação tabágica têm vindo a diminuir.

Legionella:
Muitas empresas utilizam fontes de água próprias, como furos ou poços, para o processo de produção, mas, com cuidado na...

"A maior parte das empresas tem fontes próprias de água, como furos e poços, e geralmente nem há uma contabilização em termos de caudal, depois depende da utilização que as fábricas fazem desta água", disse Teresa Santos, professora no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) e especialista em engenharia sanitária.

"Estas unidades têm de fazer operações de manutenção, com adição de um desinfectante para controlar propagação de microrganismos", como a bactéria 'legionella', acrescentou.

João Cardoso, especialista em climatização e professor do ISEL, realçou que "existem normas internacionais e, se os donos do equipamento tiverem cuidado e conhecimento, a probabilidade de sucederem acontecimentos como este baixa radicalmente, para uma percentagem nula", referindo-se ao surto de 'legionella' que infectou 336 pessoas e originou a morte a 10, na região de Vila Franca de Xira.

Os especialistas falavam à agência Lusa a propósito da conferência "Legionella – Engenharia e Saúde Pública" que decorre hoje ao final da tarde, em Lisboa, organizada pelo ISEL e que reúne profissionais de várias áreas para debater as circunstâncias da ocorrência de surtos desta bactéria.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares, provocando pneumonia.

"Se a operação não for bem cuidada, [equipamentos como torres de refrigeração] são fontes potenciais de acumulação e proliferação de microrganismos, de bactérias como a 'legionella', que pode sobreviver e proliferar entre 20 e 40 graus, embora as torres funcionem a temperaturas mais baixas, de 17 a 20 graus, mas utilizam ar exterior que pode estar muito quente", referiu João Gomes, professor coordenador em tecnologia química, igualmente do ISEL.

Embora na manutenção dos equipamentos devam ser utilizados biocidas, desinfectantes como o cloro, numa periodicidade relacionada com o caudal de ar e de água a ser tratados, geralmente o período de vigilância é mais acentuado no verão.

"Durante o Outono e inverno relaxa-se um bocadinho mais e alarga-se o período [de manutenção] e, com situações [climatéricas] não expectáveis, podem acontecer problemas como infelizmente veio a acontecer", em Vila Franca de Xira, acrescentou João Gomes. Este especialista realçou que "os próprios industriais não estão interessados em que se acumulem algas e se desenvolvam bactérias porque isso faz baixar muito a eficiência dos sistemas".

Leonor Pássaro, médica especialista em infecciologia no Centro Hospitalar Barreiro Montijo, disse à Lusa que, regra geral, a pneumonia por 'legionella' em adultos corresponde a 2% das pneumonias da comunidade.

Quanto ao surto de Vila Franca de Xira, "a resposta foi boa e conseguiu-se conter uma epidemia em duas semanas", referiu, acrescentando que, "nestas situações, o mais importante é perceber qual é o foco" da contaminação.

Portugal tem 315 ensaios clínicos a decorrer
Portugal tem actualmente 315 ensaios clínicos a decorrer, principalmente nas áreas oncológicas, virais, neurológicas,...

De acordo com o organismo que regula o sector, em 2013 foram autorizados 116 ensaios clínicos. Este ano, até ao segundo trimestre obtiveram autorização 88 ensaios.

Os ensaios clínicos serão quarta-feira um dos temas da conferência "Portugal: o sítio certo para investir e construir parcerias em Saúde", promovido pela Health Cluster Portugal.

Neste encontro, o presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves, irá fazer uma intervenção sobre “Portugal: um destino competitivo para a realização de ensaios clínicos.

Portugal tem desde 16 de Junho uma nova legislação de investigação clínica, que abrange os ensaios e que visou aumentar esta actividade.

Isto porque assistiu-se nos últimos anos a uma diminuição do número de ensaios clínicos, que a nova lei visa inverter.

Segundo o Infarmed, em 2009 foram autorizados 116 ensaios clínicos, 105 em 2010, 87 em 2011, 99 em 2012 e 116 em 2013.

O reduzido número de doentes que participa em ensaios clínicos em Portugal é um dos aspectos que merece preocupação por parte da tutela.

Em Maio, o secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde manifestou-se preocupado com o reduzido número de doentes que participa em ensaios clínicos em Portugal, que não ultrapassa os mil por ano, o que considerou “manifestamente muito pouco”.

Fernando Leal da Costa, que falava durante a III Conferência sobre Economia e Financiamento em Saúde, que decorreu em Lisboa, disse que, mais do que a redução de 33% dos ensaios clínicos em Portugal, o que o preocupa é o número de doentes recrutados.

“Grande parte dos doentes [que participam nos ensaios clínicos] sente a investigação clínica como uma experimentação em si própria e não como uma melhoria em si mesmo”, disse, lamentando esse facto.

O governante revelou-se confiante na aplicação da lei da investigação clínica, que entrou em vigor a 16 de Junho.

Reduzir fumadores em 2% e aumentar consultas
O Governo quer rever a lei do tabaco, reduzir em 2% os fumadores até 2016, aumentar o número de consultas de apoio intensivo...

Estas são algumas das recomendações constantes do relatório da Direcção-Geral da Saúde (DGS) “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em Números 2014”, que é hoje apresentado em Lisboa.

Uma das recomendações é no sentido de promover a revisão da lei do tabaco, transpondo uma directiva europeia aprovada em abril, com o objectivo de controlar o tabaco, garantindo a protecção da saúde e promovendo uma redução sustentada do consumo, em particular nos jovens.

Neste contexto, haverá alterações de rotulagem, de ingredientes e de comercialização dos produtos do tabaco e serão adoptadas medidas restritivas de proibição de fumar em locais de trabalho e outros locais fechados.

Alguns dos principais objectivos do Governo são reduzir a prevalência do consumo de tabaco (diário ou ocasional) na população com 15 ou mais anos em pelo menos 2%, até 2016, e eliminar a exposição ao fumo ambiental do tabaco.

A DGS recomenda também que seja definida uma rede de referenciação de apoio intensivo à cessação tabágica, que garanta uma resposta equitativa e ajustada às necessidades de saúde da população a nível de todos os agrupamentos de centros de saúde (ACES).

A medida visa criar “pelo menos uma consulta de apoio intensivo em todos os ACES que ainda não atingiram esse objectivo”.

Além disso, o Governo considera necessário melhorar a formação pré e pós graduada dos profissionais de saúde na realização de intervenções breves e reduzir os custos das terapêuticas de cessação tabágica, para aumentar o incentivo dos fumadores para deixar de fumar.

Promover o aumento anual dos preços dos produtos do tabaco é outra das medidas em vista, dado tratar-se de uma medida de “reconhecida efectividade na redução do consumo, em particular nos jovens e nos grupos populacionais com menores recursos económicos”, bem como “adoptar medidas fiscais que possam ser consignadas ao combate ao tabagismo e ao tratamento das suas consequências”.

A DGS recomenda ainda que se melhore a monitorização do consumo de tabaco, que se desenvolva um sistema de informação para melhorar o conhecimento sobre o consumo e a exposição ao fumo ambiental e que se crie um módulo clínico para registo das intervenções breves e das actividades realizadas nas consultas de apoio intensivo à cessação tabágica.

Maioria dos fumadores com pouca vontade de deixar de fumar
O tabaco mata por ano cerca de 11 mil pessoas em Portugal, ainda assim, a grande maioria dos fumadores tem pouca vontade de...

“Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em números 2014” é o título do relatório da Direcção-Geral da Saúde, que será hoje apresentado e que revela que mais de 10% do total de mortes anuais em Portugal (11 mil) se devem ao consumo de tabaco e que 845 óbitos se deveram à exposição ao fumo passivo, 96% dos quais devido a doenças cardiovasculares, segundo dados referentes a 2010.

Apesar desta realidade, o estudo revela que a maioria dos fumadores não está motivada para deixar de fumar.

Citando os resultados do III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoactivas na População, o relatório indica que cerca de 19% dos inquiridos fumadores responderam não ter interesse em parar de fumar, cerca de 65% responderam ter um interesse ligeiro ou moderado e 17% um forte interesse em parar de fumar.

Apenas 2,5% dos inquiridos fumadores responderam que, com toda a certeza, iriam tentar parar de fumar nas próximas duas semanas, mais de metade respondeu negativamente a esta questão e cerca de 43% revelaram-se hesitantes.

O teste de Richmond, que avalia a motivação para a cessação tabágica, também citado pelo relatório, revela por sua vez uma realidade ainda mais negativa: a grande maioria dos consumidores (85,5%) tem uma motivação baixa, 12,6% uma motivação moderada e apenas 1,8% uma motivação elevada para deixar de fumar.

A percepção dos riscos do fumo também parece não ser clara para os inquiridos no III Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoactivas, já que “apenas 66% da população dos 15 aos 64 anos considerou que fumar um ou mais maços de tabaco por dia tinha um elevado risco para a saúde, cerca de 4% considerou que tinha pouco ou nenhum risco”.

Para tratar a dependência tabágica, alguns hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e centros de saúde oferecem consultas para ajudar a deixar de fumar.

No entanto, em 2014, apenas cerca de 70% dos Agrupamentos de Centros de Saúde ofereciam este tipo de consultas e o número de equipas para a realização destas consultas tem diminuído nos últimos anos, embora sem uma redução significativa do número anual de consultas efectuadas.

O relatório destaca a “inexistência de um sistema de informação adequado a esta área de intervenção”, o que “limita a possibilidade de dispor de dados nacionais sobre o trabalho realizado nestas consultas, em particular, no que se refere às intervenções breves”.

Nos últimos quatro anos (entre 2009 e 2013), em Portugal continental, o número total de consultas de cessação tabágica diminuiu de 25.765 para 21.577, o número de utentes atendidos nas consultas de apoio intensivo à cessação tabágicas baixou de 7.748 para 5.377, enquanto o número de locais de consultas para esse fim caíram de 223 para 116.

O relatório aponta ainda dados do Inquérito Nacional sobre Asma, que indicam que a exposição ao fumo ambiental do tabaco em casa foi reportada por 26,6% dos inquiridos, 39% dos quais eram crianças e jovens com menos de 25 anos.

Investigadora afirma
A presidente da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro, Leonor David, afirmou hoje em declarações à Lusa que Portugal...

“Temos uma investigação de qualidade, mas estamos sem futuro à vista. Não sabemos quando vão abrir concursos, com que montantes. Isto é verdade para a saúde e para outras áreas. O impacto da saúde é que é um pouco maior porque tem uma relação directa com a qualidade da medicina que é exercida no país”, disse a investigadora.

Leonor David falava à Lusa no início do Congresso Internacional da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro (ASPIC), que decorre até quarta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com a participação de cerca de 250 investigadores e clínicos.

A responsável pelo encontro considerou que “os investigadores não podem aceitar como razoável que venhamos daqui a dois anos a ter apenas dois ou três grupos que tenham conseguido financiamento para trabalhar. Vamos ter que ter confiança para dizer que não vai ser assim. Vamos ter que arranjar formas de se poder financiar e continuar a trabalhar com a qualidade que temos, que é excepcional”.

Leonor David disse acreditar que “os grupos melhores terão capacidade de concorrer a financiamento europeu, mas é necessário encontrar outras formas de financiamento. É preciso encontrar na sociedade o suporte para que o país compreenda que não pode deixar de investir nesta área”.

A dirigente da ASPIC salientou “a qualidade e o entusiasmo dos investigadores portugueses desta área”, considerando tratar-se de “uma mensagem de confiança no futuro, apesar das circunstâncias dramáticas que vivemos”.

De acordo com Leonor David, “o último concurso realizou-se em 2012 e foi um financiamento de seis projectos com um milhão de euros. Em 2013, tivemos um financiamento de 140 mil euros, para três projectos pequeninos. Neste momento, não sabemos quando é que vai haver concursos, quanto dinheiro é que vai haver, não sabemos nada. A nossa capacidade de programar o futuro é extremamente reduzida e estamos muito preocupados”.

De qualquer maneira, a participação dos investigadores portugueses neste encontro “está a ser maciça, a qualidade dos trabalhos é enorme e eu acredito que vamos chegar ao fim deste congresso com a força suficiente para contra tudo e contra todos continuarmos a fazer uma investigação de qualidade”, referiu.

No primeiro congresso internacional da Associação Portuguesa de Investigação em Cancro, que foi oficialmente criada em fevereiro de 2013, participam investigadores oriundos de Espanha, Israel, Reino Unido e Portugal, entre outros.

Nas sessões científicas serão apresentadas novas abordagens de investigação, as últimas novidades sobre o diagnóstico precoce de cancro, os genes do cancro e o que já aprendemos com eles e ainda mecanismos e implicações da diversidade de cada tumor.

Leonor David realçou a presença do investigador português Samuel Aparício, que apresentará os resultados da sequenciação de tumores sólidos e implicações terapêuticas mais recentes, e de Moshe Oren, que apresentará resultados inovadores sobre um dos genes mais importantes em cancro humano.

Samuel Aparício é doutorado em Genética do Desenvolvimento pela Universidade de Cambridge (Reino Unido, 1995) e dirige o programa de Oncologia Molecular e Cancro da Mama da British Columbia Cancer Research Center, em Vancouver, no Canadá desde 2005. Foi como líder de uma equipa de investigadores deste centro que descodificou pela primeira vez, em 2009, a evolução genética de um cancro da mama.

Moshe Oren nasceu na Polónia em 1948 e trabalha actualmente no Instituto Weizmann, em Israel. Grande parte do seu trabalho é centrado no gene p53, um gene considerado “guardião do genoma”, mas que, quando mutado, perde essa função de protecção. Sabe-se que é um fator importante na formação de mais de 50 por cento de todos os cancros humanos.

Este investigador foi também presidente da EACR - European Association for Cancer Research – e é defensor de uma política europeia de cancro e da necessidade de uma estratégia de coordenação a nível europeu.

Serviço Nacional de Saúde
Um farmacêutico, professor universitário, foi detido pela presumível prática dos crimes de falsificação de documento agravada e...

Em comunicado, a PJ revelou que, no decurso desta operação, foram ainda constituídos arguidos cinco pessoas (profissionais de saúde e outros), por suspeitas da prática dos crimes de crimes de falsificação de documento agravada, burla qualificada, associação criminosa, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Foram realizadas “40 buscas em domicílios, farmácias, clínicas médicas, armazenistas de medicamentos e escritórios de contabilidade”.

As autoridades investigam “um esquema fraudulento de obtenção de medicamentos comparticipados pelo Estado Português entre 95% e 100%, com base em receituário falso”.

“Esses medicamentos são depois canalizados para armazenistas de produtos farmacêuticos, farmácias e distribuidores que depois os exportam, ou os introduzem novamente no mercado nacional, assim se obtendo ganhos ilícitos significativos”, adianta o comunicado.

“A investigação prossegue com vista à continuação de recolha de prova e ao apuramento do prejuízo causado ao Estado Português através de comparticipações indevidas”, prossegue o comunicado.

Esta operação, dirigida pelo Ministério Público, está relacionada com o processo principal, denominado “Remédio Santo”, indicou ainda a fonte.

O "Remédio Santo" envolve mais de duas centenas de casos de fraude no SNS, no valor global superior a 200 milhões de euros.

Também no âmbito do processo "Remédio Santo", em outubro, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) comunicou o encerramento de um inquérito com a acusação de 20 arguidos, três dos quais pessoas colectivas, que “forjavam receitas” médicas.

As receitas, neste caso, eram depois submetidas ao "pagamento da comparticipação pelo SNS dos medicamentos, de elevado preço e comparticipados a 100 por cento ou 95 por cento".

Eurostat
Mais de uma em cada quatro pessoas (26,3%) morre de cancro na União Europeia, sendo o do pulmão o que causa mais óbitos (20,8%)...

Segundo o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia (UE), com dados de 2011, o cancro matou 1.281 pessoas e, ainda que o número total de óbitos tenha diminuído 0,5% de 2002 para 2011, as mortes por cancro aumentaram 6,3% no mesmo período.

O cancro no pulmão matou mais de 266 mil pessoas na UE em 2011 (20,8% dos óbitos por cancro), seguindo-se o colorretal (152 mil ou 11,9%), cancro da mama (93 mil ou 7,2%), o do pâncreas (78 mil ou 6,1%) e o da próstata (73 mil ou 10,2% dos cancros que matam homens).

Em Portugal, uma em cada quatro mortes deveu-se, em 2011, a cancro (24.8%), mas - ao contrário da média europeia – o cancro do pulmão é o que regista menos mortes (14,5%) no conjunto dos 28 Estados-membros.

Já no que respeita ao cancro colorretal, Portugal apresenta a terceira maior taxa de morte (15,%) entre os 28, ultrapassado apenas pela Hungria (15,5%) e pela Eslováquia (15,3%).

Em 15 anos
Mais de três milhões de crianças e jovens aprenderam a comer melhor através de um programa educativo que há 15 anos promove...

Em parceria com a Direcção-Geral da Educação, o programa trabalha, desde 1999, com crianças e jovens em idade escolar, com professores e famílias “nos princípios fundamentais de uma vida saudável assentes numa alimentação equilibrada e na prática da actividade física”, disse hoje à agência Lusa a coordenadora do programa, Ana Leonor Perdigão.

A edição deste ano do “Nestlé Crianças Saudáveis” envolveu mais de 500 mil alunos, entre os quatro e os 15 anos, que “aprenderam a comer melhor para viver melhor”, e a eles juntaram-se perto de 300 mil jovens através de um protocolo com a Federação Portuguesa de Atletismo para a promoção da actividade física.

Ana Leonor Perdigão explicou que o programa, que está presente em escolas de todo o país, desde o pré-escolar até ao terceiro ciclo, suporta-se em materiais lúdico-didáticos e pedagógicos que são fornecidos às escolas e aos professores para que possam trabalhar os conteúdos de alimentação e actividade física com os alunos.

“Em cada um dos anos lectivos chegamos a cerca de meio milhão de crianças com estes materiais, estas iniciativas e com estes objectivos”, disse a nutricionista, adiantando que, ao longo da sua existência, o programa envolveu mais de 3.300.000 crianças e jovens.

Ao longo do tempo, tem vindo a ser medido o impacto que o programa tem nos hábitos e comportamentos das crianças e que “a médio e a longo prazo se traduzirão em estados nutricionais mais saudáveis”.

“O que temos vindo a identificar de uma forma consistente é uma mudança progressiva de conhecimentos, de atitudes, comportamentos e do estado nutricional das crianças que trabalham com o programa ao longo de vários anos”, adiantou Ana Leonor Perdigão.

Deu como exemplo o caso de um grupo de crianças que está a ser acompanhado pelo programa e outro que não está.

“O primeiro grupo apresenta um comportamento de maior consumo regular de fruta, hortícolas, sopa e água, que são grandes marcadores daquilo que são hábitos de alimentação saudável e nos permitem concluir que as crianças ficam mais sensíveis aos temas e que mudam os seus hábitos alimentares”, explicou a coordenadora do programa.

Os resultados dos 15 anos de programa vão ser apresentados na quarta-feira, num evento que decorrerá no Centro de Alto Rendimento, no Jamor, em Oeiras.

O que fazer?
Uma boa noite de sono é importante para todos, pois é durante esta parte do dia que o corpo e mente
Dormir melhor

 

 

 

 

 

 

 

Apresentamos-lhe algumas dicas que poderão ajudá-lo a reconciliar-se com a almofada:

  • Não se levante tarde mesmo que tenha dormido mal na noite anterior, nem use os fins-de-semana para por o sono em dia, de modo a não interferir com o seu ritmo biológico;
  • Não tome refeições pesadas antes de dormir;
  • Não tome bebidas estimulantes perto da hora de ir para a cama;
  • Não faça esforços mentais ou físicos, como estudar ou ler textos complexos, 90 minutos antes de se ir deitar;
  • Se estiver acordado na cama durante mais de 20 minutos levante-se, saia do quarto e procure fazer alguma coisa relaxante até se sentir suficientemente cansado para voltar para a cama;
  • Reserve o quarto apenas para dormir;
  • Evite fazer sestas durante o dia;
  • Evite fazer exercício físico à noite. O exercício regular praticado próximo da hora de deitar pode dificultar o sono.

Se as alterações comportamentais não forem suficientes para resolver naturalmente o seu problema de sono é imprescindível procurar a ajuda de um médico.

Lembre-se que dormir bem é fundamental para que se sinta revigorado na manhã seguinte!

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
3 de Dezembro
O acesso à inovação terapêutica em oncologia e as percepções dos portugueses sobre o cancro serão debatidos por um grupo de...

Na primeira parte deste encontro, promovido pela Escola Nacional de Saúde Pública, da Universidade Nova de Lisboa, com o apoio da Roche, são apresentadas as principais conclusões de um grupo de reflexão multidisciplinar formado com o objectivo de contribuir para encontrar caminhos que permitam o acesso à inovação terapêutica na área da oncologia, assegurando a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde. Na segunda parte são divulgados os resultados de um estudo realizado junto de mais de mil portugueses, que avalia as percepções da população sobre o cancro e o investimento no seu tratamento.

O Think Tank 2014 conta com a participação de especialistas como Júlio Machado Vaz, Constantino Sakellarides e Maria de Belém Roseira e com a moderação da jornalista Clara de Sousa.

As inscrições para participação são gratuitas e já se encontram disponíveis no site http://www.inovarnasaude.pt/

Estudo descreve
Um estudo desenvolvido por investigadores de Coimbra descreve, pela primeira vez, o caso clínico de uma criança que, apesar de...

Uma equipa de investigadores descreveu, “pela primeira vez numa criança, uma variante do vírus da imunodeficiência humana (VIH) associada ao surgimento tardio de SIDA”, revela a Universidade de Coimbra (UC), numa nota hoje divulgada.

O estudo descreve “o caso clínico de uma criança de cinco anos de idade que, apesar de estar infectada por VIH, manteve-se saudável, registando apenas as patologias típicas da idade”, afirma a UC.

As “análises de rotina” a que a criança foi submetida, para ser sujeita a “uma pequena cirurgia”, revelaram “alterações das provas de coagulação e marcadores hepáticos”.

Foram ainda identificadas a “ausência de linfócitos CD4+ (glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo contra infecções) e um grau muito elevado de infecção pelo vírus VIH, apresentando mais de um milhão de vírus por mililitro de sangue (1.073.899 cópias/ml de sangue)”, adianta a UC.

“Através de um estudo detalhado do gene do VIH que codifica a proteína Vpr (responsável por regular o nível de virulência), os investigadores descobriram argumentos fortes para impedir o vírus de se manifestar durante tanto tempo”, salienta a mesma nota.

“Detectámos a presença de duas mutações associadas à proteína Vpr do HIV1, R77Q e Q3R, descritas como estando envolvidas no aparecimento tardio dos primeiros sintomas da Síndroma da Imunodeficiência Adquirida (SIDA)”, explica Teresa Gonçalves, coordenadora do estudo.

A descoberta destas duas mutações é muito relevante para “o prognóstico da doença”, sublinha a especialista, que é docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).

“Idealmente, a inclusão do estudo destas mutações na rotina clínica permitiria prever a evolução do vírus e evitar, por exemplo, a administração de medicação antirretrovírica numa fase precoce do diagnóstico”, acrescenta Teresa Gonçalves.

“Além de proteger o doente, uma vez que os tratamentos podem causar efeitos secundários indesejáveis (e no caso das crianças afectam o normal crescimento)” aquela circunstância também “possibilitaria reduzir custos aos serviços de saúde”, salienta a investigadora.

O estudo evidenciou ainda que a criança foi infectada por transmissão vertical, ou seja, a partir da mãe, também ela “assintomática, durante a gravidez, no parto ou no período de aleitamento materno”.

Trata-se de “um caso clínico excepcional porque, embora a criança frequente um infantário, nunca desenvolveu patologias infeciosas oportunistas e nunca foram registadas reacções adversas à vacinação efectuada de acordo com o Plano Nacional de Vacinação”, conclui Teresa Gonçalves.

Desenvolvido por uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da FMUC, o estudo já foi publicado no Journal of Medical Microbiology Case Reports da Society for General Microbiology.

Direcção-Geral da Saúde
A Direcção-Geral da Saúde reforçou hoje a recomendação para a vacinação contra a gripe às pessoas com idade igual ou superior a...

Em comunicado hoje divulgado, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) refere que este ano em Portugal ainda não se regista actividade gripal, adiantando que desde o início da vacinação contra a gripe, a 01 de outubro passado, já foram administradas, nos centros de saúde, mais de 780 mil vacinas, para além das que foram cedidas aos lares de idosos e residentes em instituições abrangidas pela vacinação gratuita.

A DGS reforça agora a recomendação de vacinação contra a gripe às pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e aos pertencentes a grupos de risco (doentes crónicos e imunodeprimidos com 6 ou mais meses de idade, grávidas, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados).

A vacina contra a gripe é gratuita para todas as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e deverá ser tomada durante todo o outono e inverno, preferencialmente até ao final do ano, de acordo com a recomendação das autoridades de saúde.

A gripe é uma doença contagiosa que, na maior parte das vezes, tem cura espontânea, mas podem ocorrer complicações, em pessoas com determinadas doenças crónicas ou com idade igual ou superior a 65 anos., sendo a melhor prevenção a vacinação.

A vacina gratuita contra a gripe está disponível nos Centros de Saúde. É igual às vacinas que se encontram à venda nas farmácias e não necessita de receita ou guia médica para ser administrada, nem está sujeita a pagamento de taxa moderadora.

De acordo com o relatório do Vacinómetro, que monitoriza em tempo real a taxa de cobertura da vacinação em grupos prioritários, mais de um milhão de portugueses com mais de 60 anos já se vacinaram contra a gripe sazonal

Segundo os dados da primeira avaliação do vacinómetro para a época 2014-2015 divulgado a 06 de novembro, estima-se que tenham sido vacinados 44% dos portugueses com idade igual ou superior a 65 anos, o que representa mais de 900 mil idosos, e 26% com idades compreendidas entre os 60 e os 64 anos, num total de mais de 168 mil idosos.

Lançado em 2009, o Vacinómetro monitoriza a taxa de cobertura da vacinação contra a gripe em grupos prioritários e recomendados, num projecto que é uma iniciativa conjunta da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, com o apoio de uma farmacêutica.

Estudo divulga
Os custos da poluição do ar, pela indústria portuguesa, poderão ter custado mais de três mil milhões de euros, entre 2008 e...

"Para Portugal, nos cinco anos (2008/2012), a poluição das instalações industriais custaram à Europa, como um todo, pelo menos 3,320 mil milhões de euros", disse ontem o especialista da Agência Europeia do Ambiente (AEA) Martin Adams.

Este não é um custo só para Portugal, mas também para os países onde estes poluentes chegam, já que uma das características da poluição do ar é que se espalha por vários locais e não "conhece" fronteiras, acrescentou o responsável pelo grupo de técnicos que acompanha a área da Qualidade do Ar na AEA.

O relatório da entidade europeia, ontem divulgado, analisa as consequências de vários poluentes na saúde, com perdas de vidas, mas também na agricultura ou outros sectores, em 29 países.

Na Europa, a poluição do ar por elementos como dióxido de carbono, óxidos de azoto ou poluentes orgânicos persistentes, terá tido custos superiores a um bilião (um milhão de milhões) de euros, entre 2008 e 2012.

Na maior parte das análises, por tipo de poluente, tendo em conta o Produto Interno Bruto (PIB), ou a população, Portugal situa-se no meio da tabela, entre o grupo daqueles países com mais custos, devido ao elevado número de fábricas, como Alemanha, Polónia, Reino Unido, França, Itália ou Roménia, e dos que apresentam valores mais baixos, como Letónia, Malta, Luxemburgo ou Chipre.

Entre as 200 unidades industriais que causam mais danos à saúde e ao ambiente, Portugal aparece citado duas vezes, com duas unidades em Sines: a central termoeléctrica (em 125.º lugar) e a refinaria da Petrogal (em 163.º lugar).

As empresas portuguesas que aparecem a seguir estão igualmente relacionadas com a produção de energia e são a central termoelétrica do Pego (em 296.º lugar) e a refinaria da Petrogal de Matosinhos, no Porto (posição 394).

Outras áreas de actividade também constam da lista da AEA, como o aterro sanitário da Figueira da Foz, que está no lugar 488, ou o centro de produção de Souselas, da Cimpor, no lugar 558.

Martin Adams disse que, "em Portugal, são cerca de 350 as unidades industriais que reportam anualmente à Europa as suas emissões, nomeadamente de dióxido de carbono, relevante (para as) alterações climáticas, e de outros poluentes que afectam a saúde e podem causar problemas respiratórios".

Estes poluentes "contribuem para mortes prematuras e são responsáveis por custos para a sociedade, como aqueles resultantes de hospitalizações ou outros gastos com a saúde, ou ainda das ausências ao trabalho", explicou o especialista.

"Algumas instalações industriais em Portugal contribuem muito para os custos relacionados com a saúde, devido à poluição do ar, mas também com os efeitos do ambiente", apontou Martin Adams, e recordou que outras fontes de poluição do ar são importantes, como aquelas relacionadas com as emissões dos transportes, nas cidades.

As maiores unidades de produção de electricidade são as mais poluentes e situam-se em Itália, no Reino Unido ou na Alemanha, registando os maiores custos por danos. Mas quando a análise tem em conta a eficiência, os resultados mudam e encontram-se mais instalações poluidoras, ou seja, necessitando de queimar mais combustível para obter a mesma quantidade de energia, no leste da Europa, disse ainda Martin Adams.

Em Outubro
A farmacêutica que comercializa o medicamento para Hepatite C Sofosbuvir disse o ter apresentado, em outubro, ao Ministério da...

Na sexta-feira, conforme noticiado pela agência Lusa, o Hospital S. João, no Porto, anunciou que iria apresentar queixa às autoridades competentes pelo elevado preço de um medicamento praticado pela empresa Gilead para tratar quatro doentes de Hepatite C e, apesar de fazer a encomenda, declarou a fornecedora "hostil".

Ontem, em comunicado, a Gilead referiu que "tem trabalhado com o Ministério da Saúde para finalizar as condições da comparticipação e permitir o acesso dos doentes portugueses ao Sofosbuvir o mais rapidamente possível".

A Gilead recordou que esta comparticipação "é decidida a nível nacional através do Ministério da Saúde e não de forma individual com os hospitais".

"A 23 de outubro de 2014, a Gilead apresentou a proposta revista ao Ministério da Saúde, oferecendo um preço substancialmente abaixo para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta proposta tem em conta o peso da doença em Portugal, a gravidade dos doentes, assim como as restrições económicas do país, de forma a proporcionar um preço que seja sustentável para o SNS", refere o comunicado.

Contactado pela agência Lusa, o Ministério da Saúde, através do Infarmed, sublinha que "até ao momento, o laboratório farmacêutico não foi ainda capaz de apresentar um preço e condições adequadas que possam ser consideradas comportáveis pelo SNS" e que o Infarmed "continua envolvido no processo de negociação, com o laboratório farmacêutico, com o objectivo de chegar a um acordo com condições que possam ser aceitáveis".

"Gostaríamos de sublinhar que os doentes que se encontrem em situações que, de acordo com os critérios clínicos aprovados, se encontrem em situação que necessite de início urgente do tratamento continuam a ter acesso através de Autorização Excepcional solicitada pelo hospital e autorizada pelo Infarmed", acrescenta a mesma resposta.

A Gilead referiu ainda que "já propôs ao Ministério Saúde que estas condições sejam aplicadas aos hospitais com retroactividade a janeiro de 2014" e que "isto significa que com a assinatura do contrato de comparticipação a empresa devolveria, à data de hoje, cerca de 500 mil euros aos hospitais".

De acordo com o Hospital S. João, o medicamento antiviral, aprovado pelo Infarmed tem um custo de 97.620 euros por doente, ou seja, 16.270 euros por embalagem, equivalente a um mês de tratamento.

O hospital referiu, na sexta-feira, que "encarregou o gabinete jurídico de comunicar estes dados à Provedoria de Justiça, Comissão Parlamentar dos Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, Comissão Parlamentar de Saúde, Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida e à Entidade Reguladora da Saúde".

Segundo cálculos do hospital, para tratar todos os doentes "potencialmente curáveis", um total de 895, seria necessário um dispêndio de 65,5 milhões de euros.

No sábado o ministro da Saúde, Paulo Macedo, considerou "hostil" pedir 400 mil euros para tratar quatro doentes com Hepatite C.

“Perdido para sempre”
Um responsável governamental da Guiné-Conacri admitiu ontem que o recipiente térmico contendo uma amostra de sangue infectada...

Um bando de ladrões assaltou um táxi na semana passada, perto da cidade de Kissidougou, que transportava a amostra do município central de Kankan para Gueckedou, no sul do país, a cerca de 265 quilómetros de distância.

“Estamos certos de que não conseguiremos encontrar esse recipiente térmico. Com a atenção da comunicação social em torno do caso, temos a certeza de que os bandidos já se livraram dele”, disse Fode Tass Sylla, porta-voz da unidade governamental de resposta ao Ébola.

Segundo Tass, o vírus não terá sobrevivido na amostra, embora diversos estudos tenham mostrado que ele pode manter-se vivo nos fluidos durante várias semanas, se não for exposto à luz solar.

As autoridades da Guiné-Conacri exortaram os ladrões a devolver a amostra, recolhida da boca de um doente pouco depois de este ter morrido.

O incidente fez soar os alarmes quanto à segurança do transporte de amostras do altamente virulento agente patogénico, que se estima matar cerca de 70 por cento dos infectados.

“A maioria das amostras recolhidas na Guiné-Conacri nos últimos tempos chega-nos por transporte público”, disse Sakoba Keita, o ministro encarregado da resposta governamental ao Ébola na Guiné-Conacri.

“Embalamos as amostras três vezes e isolamo-las três vezes com fita adesiva antes de as colocarmos nas arcas térmicas. Esta amostra foi retirada da boca de uma vítima em Kankan, antes do seu funeral”, explicou.

O Ébola, que já matou cerca de 5.500 pessoas na Libéria, na Serra Leoa e na Guiné-Conacri, transmite-se por contacto com fluídos fisiológicos infectados.

“Lamentamos este acontecimento, porque ele representa um verdadeiro perigo para a população. É um produto biológico considerado perigoso pela Organização Mundial de Saúde”, acrescentou Keita.

De acordo com o ministro, se a amostra tiver sido deitada fora num local com exposição directa ao sol, o vírus não durará mais de uma semana e não poderá ser transmitido pelo ar.

“O verdadeiro risco é que outras pessoas toquem na arca térmica e tenham contacto com o líquido”, observou.

“Entretanto, pedimos à polícia para nos ajudar a garantir que um caso destes nunca mais se repete”, sublinhou.

Estudo
A esperança de vida dos habitantes de Paris reduziu-se em seis meses devido à poluição do ar que afecta os pulmões com o mesmo...

De acordo com os resultados de uma pesquisa feita em 15 distritos da principal cidade francesa, em média, os parisienses aspiram 200 mil partículas por cada litro de ar, um volume que pode chegar a seis milhões no pico da poluição em Paris, como aconteceu em dezembro de 2013 e março deste ano.

Citada pela agência francesa AFP, a pesquisa refere que até 42 mil mortes por ano na França podem estar ligadas a partículas finas, cuja origem principal está associada ao tráfego e à indústria.

Esta contaminação pode aumentar o risco de doença cardiovascular, doença respiratória e cancro do pulmão, sublinha o estudo.

As autoridades parisiense, que copatrocinaram o projecto, afirmam que estão a estudar medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, tendo já restringido o tráfego durante o mês de dezembro passado, que registou o pico da poluição.

O estudo indica que a prefeitura da capital francesa está agora a estudar a possibilidade de restringir carros essencialmente movidos a gasóleo em alguns bairros de Paris.

Recentemente detectada no norte da Alemanha
A nova estirpe de gripe aviária recentemente detectada no norte da Alemanha está a ameaçar as rotas migratórias de aves...

Segundo a Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) e a agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), além do caso da detecção do vírus numa quinta de criação de perus na Alemanha, também a Holanda e o Reino Unido confirmaram a nova estirpe do vírus H5N8 da gripe aviária em quintas avícolas.

“A nova estirpe de gripe aviária detectada na Europa é semelhante às estirpes que circularam este ano, representando uma ameaça significativa para o sector avícola, especialmente nas rotas migratórias de aves selvagens nos países de baixos recursos situados ao longo do Mar Negro e do Atlântico”, afirmam as duas organizações, segundo um comunicado conjunto divulgado em Roma.

No entanto, “não foram detectados casos de infecção do vírus H5N8 em humanos”, embora seja “altamente patogénico para as aves domésticas, causando mortalidade em galinhas e perus”.

De acordo com as duas organizações, “o vírus pode infectar aves selvagens, que demonstram pequenos sinais de doença. Sabe-se que outros vírus da gripe são capazes de transmitir o vírus por longas distâncias”.

A nova estirpe da gripe aviária, baptizada H5N8, foi detectada pela primeira vez na Europa numa quinta de criação de perus no norte da Alemanha.

No início do mês, o ministério regional da Agricultura disse o vírus havia sido detectado numa quinta do Estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, atingida por uma vaga de mortes inexplicáveis de aves, mas os casos estavam confinados na Ásia, em particular na Coreia do Sul e que ainda não tinha sido detectada “entre a população de aves selvagens”.

No início do ano, a China, Japão e a Coreia assinalaram a ocorrência de surtos de H5N8 em aves de capoeira, bem como em aves migratórias e aquáticas.

“O fato de o vírus ter sido agora encontrados num intervalo de tempo muito curto em três países europeus, tanto em um pássaros selvagens e aves em três sistemas muito diferentes de geração, sugere que as aves selvagens desempenham um papel na propagação do vírus”, consideram especialistas da FAO e da OIE.

Para as duas instituições, o aparecimento e a propagação H5N8 demonstram a capacidade de evolução do vírus, com grande impacto na saúde e alimentação e alertam para a necessidade de se implementar mecanismos de controlo e vigilância.

Em Baião
Foram registados 13 casos de brucelose desde Agosto no concelho de Baião. A Administração Regional de Saúde do Norte remeteu...

A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) confirmou terem sido registados 13 casos de brucelose desde Agosto no concelho de Baião.

Quatro desses casos obrigaram a internamento em duas unidades hospitalares do Porto, acrescentou aquele organismo.

A ARS-N remeteu para um comunicado a divulgação de mais pormenores.

Entretanto, fonte da Câmara de Baião confirmou esta tarde terem sido detectados 13 casos de brucelose associados ao consumo de queijo fresco produzido no concelho, informação que hoje foi comunicada oficialmente à autarquia pela tutela.

O município diz estar a acompanhar a situação, tendo-se já disponibilizado para colaborar na resolução do problema.

No Serviço Nacional de Saúde
A polícia Judiciária está hoje a efectuar buscas em farmácias e empresas de distribuição de medicamentos no âmbito de uma...

A mesma fonte adiantou que a operação policial ainda decorre e que se insere no combate à prescrição fraudulenta, que envolve medicamentos comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) que não chegam aos utentes e que são ilegalmente exportados.

Esta operação, dirigida pelo Ministério Público, está relacionada com o processo principal, denominado “Remédio Santo”, indicou ainda a fonte.

O "Remédio Santo" envolve mais de duas centenas de casos de fraude no SNS, no valor global superior a 200 milhões de euros.

Também no âmbito do processo "Remédio Santo", em Outubro, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) comunicou o encerramento de um inquérito com a acusação de 20 arguidos, três dos quais pessoas colectivas, que “forjavam receitas” médicas.

As receitas, neste caso, eram depois submetidas ao "pagamento da comparticipação pelo SNS dos medicamentos, de elevado preço e comparticipados a 100% ou 95%".

A notícia das buscas da PJ foi hoje avançada pela SIC notícias.

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