Conheça as diferenças
A fotodepilação engloba dois tipos de depilação, a depilação com Luz Pulsada Intensa (IPL) e a depil
Fotodepilação

As tecnologias dos aparelhos e as técnicas utilizadas nestes dois tipos de fotodepilação são bastante diferentes. O tipo de energia utilizada e a forma como esta é aplicada vão fazer a diferença nos resultados finais da depilação.

A diferença entre as duas é que o laser possui um só comprimento de onda e a IPL tem vários comprimentos de onda. Uma possui apenas uma cor (monocromática), enquanto a outra tem luz branca (policromática), respectivamente.

A técnica IPL caracteriza-se por uma máquina que é usada normalmente em diversos espaços como cabeleireiros, centros de estética, etc. Não existe controlo médico da sua utilização, o tratamento é feito por técnicos e as máquinas podem ter mais utilidades para além da depilação, como por exemplo o tratamento de derrames e o foto rejuvenescimento.

A técnica laser distingue-se pelo modo de aplicação da luz, que é de uma forma mais precisa de modo a destruir o pelo de forma definitiva não danificando as camadas de pele envolventes. Contrariamente ao que acontece com a utilização dos aparelhos IPL, esta técnica só pode ser aplicada sob a supervisão de um médico.

O que faz com que a IPL tenha outras utilidades para além da depilação são os filtros utilizados e que permitem variar o comprimento de onda. Com o laser isto não acontece pois só tem um comprimento de onda, sendo necessário adicionar mais lasers para alterar o comprimento de onda.

Uma das maiores vantagens da IPL em relação ao laser é ser menos doloroso, porém são necessárias mais sessões para obter bons resultados. Se por um lado é melhor para pessoas mais sensíveis à dor, por outro torna-se mais dispendioso devido à quantidade de sessões, não garantido nunca a eliminação total dos pelos.

Em termos de resultados pode-se concluir que a depilação a laser tem mais sucesso, e é mais rápida, pois o comprimento de onda utilizado por estes aparelhos é específico para a depilação definitiva, garantido assim a eliminação total dos pelos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Quais os cuidados?
As hemorróides são comuns durante a gravidez, pois a pressão que o feto causa nas veias associado a
Grávida a comer salada

Os tipos de hemorróides

As hemorróides podem ser internas ou externas conforme se encontrem dentro do recto ou debaixo da pele à volta do ânus, respectivamente. Por vezes, as hemorróides internas poderão sair para fora do ânus mas não causam dor, apenas alguma irritação da pele e desconforto. Os casos que revelem dor, normalmente estão associados a alguma fissura anal existente.

Os sintomas:

  • Comichão perto do ânus;
  • Libertação de algum sangue após evacuação;
  • Dor e ardor durante a evacuação;
  • A zona do ânus apresenta-se inchada;
  • Existe a sensação de não se ter evacuado por completo;
  • Libertação de muco.

Quais os sintomas durante a gravidez?

Os sintomas são idênticos aos que se verificam fora da gravidez.

Quanto tempo dura?

As hemorroidas, durante a gravidez, podem manifestar-se pela primeira vez por volta do 3º trimestre e geralmente desaparecem após o nascimento do bebé.

As medidas preventivas:

  • Evacue logo que tenha vontade;
  • Tenha uma alimentação equilibrada com preferência para alimentos com fibras (fruta, vegetais e cereais);
  • Evite comer gorduras animais, alimentos com açúcar e alimentos processados;
  • Beba cerca de dois litros de água por dia;
  • Não consuma bebidas alcoólicas;
  • Pratique exercício físico.

O que fazer para alívio do desconforto?

  • Durante o dia pode mergulhar a zona afectada em água morna durante cerca de 15 minutos, o que vai proporcionar um efeito calmante;
  • Se as hemorróides saírem para fora do ânus, pode, com a ajuda de um creme gordo, empurrar suavemente a veia para dentro;
  • Pode fazer a higiene utilizando água morna e sabão neutro. Caso não consiga utilizar este método, utilize preferencialmente toalhitas de bebé pois o papel higiénico pode provocar alguma irritação;
  • Utilize um produto anti-hemorroidal com características analgésicas e anti-inflamatórias, aconselhado pelo seu médico.

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O que é?
A Estomatite Aftosa, mais conhecida como afta, é um processo inflamatório da mucosa oral.
Estomatite Aftosa

São mais comuns no interior das bochechas, nos lábios e na língua. Têm a aparência de uma mancha arredondada de cor esbranquiçada, com contorno avermelhado. Normalmente causam uma sensação de ardor.

Apesar de ser difícil prevenir o seu aparecimento, pois na maior parte das vezes a causa é desconhecida, pode-se ter alguma ideia de quais os factores que são mais propícios para o seu aparecimento.

Potenciais causas da Estomatite Aftosa

  • Uma lesão oral causada por certo tipo de alimentos mais rijos ou apenas por uma escovagem mais agressiva;
  • Alterações hormonais;
  • Stress;
  • Alergias a certos medicamentos;
  • Alimentos com mais acidez;
  • Próteses dentárias;
  • Factores genéticos.

Cuidados a ter

  • Não ingerir alimentos mais duros ou com maior acidez;
  • Evitar fumar pois agrava a inflamação;
  • Fazer uma boa higiene oral com produtos adequados;
  • Utilizar uma escova dentária macia;
  • Tomar suplementos vitamínicos.

Tratamento

Por norma, quem sofre de aftas tem bastantes dores e os diversos métodos de tratamento que existem são úteis para as diminuir.

As aftas não são contagiosas e costumam desaparecer após uma ou duas semanas. Como são desconfortáveis poderá recorrer-se a diversos produtos para alívio dos sintomas:

  • Soluções anti-sépticas

Inibem a proliferação de microrganismos nas mucosas. Estas soluções não só desinfectam a afta, como evitam e reduzem o risco de infecção.

Para obter melhorias deve bochechar a solução cerca de três vezes por dia. O tratamento deve durar até a afta começar a desaparecer.

  • Comprimidos adesivos

Com propriedades anti-inflamatórias, os comprimidos adesivos diminuem o tempo de tratamento da afta. Estes devem ser colocados directamente na afta para fazer efeito. Deve colocar um comprimido, duas vezes por dia, até que a afta esteja sarada.

  • Solução oral

Para além das propriedades analgésicas, a solução oral reduz a dore e sensibilidade e tem também propriedades anti-inflamatórias. Deve pincelar a afta várias vezes ao dia, até esta desaparecer.

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Top 5
Quinze hospitais estão nomeados para o "top" 5 das melhores unidades deste género no Serviço Nacional de Saúde, de...

O TOP 5, que será hoje revelado ao final da tarde, numa cerimónia durante a qual serão divulgados os cinco melhores hospitais públicos portugueses, é realizado pela IASIST, uma empresa multinacional de origem espanhola que se dedica a estudos de “benchmarking” para organizações prestadoras de cuidados de saúde.

Os hospitais nomeados são o de Santa Maria Maior (Barcelos), o Distrital da Figueira da Foz, os centros hospitalares da Póvoa de Varzim/Vila do Conde e de Entre o Douro e Vouga, o Hospital Beatriz Ângelo, o Centro Hospitalar de Tâmega e Sousa.

Igualmente nomeados estão os hospitais do Espírito Santo (Évora), de Braga, Garcia de Orta (Almada) e os centros hospitalares do Porto, de São João (Porto) e de Lisboa Central.

Também as Unidades Locais de Saúde (ULS) do Litoral Alentejano, do Alto Minho e de Matosinhos foram nomeados para o TOP 5.

O estudo envolve os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) do Continente, incluindo as Parcerias Público Privadas (PPP), e contempla uma avaliação global e integrada por hospital, não distinguindo serviços ou especialidades.

Para chegar a estes finalistas, os hospitais foram agrupados em “clusters” definidos pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), havendo quatro níveis, de acordo com critérios em que pesaram a dimensão, a variedade e a complexidade da casuística.

Os hospitais de nível “B” são o de Santa Maria Maior (Barcelos), os centros hospitalares de Médio Ave e da Póvoa do Varzim/Vila do Conde, o Hospital Distrital da Figueira da Foz, o Reynaldo dos Santos (Vila Franca de Xira), da Prelada e o Centro Hospitalar do Oeste.

As unidades de nível “C” são os centros hospitalares do Alto Ave, de Entre Douro e Vouga, Tâmega e Sousa, do Baixo Vouga, de Leiria-Pombal, Cova da Beira, Barreiro\Montijo, do Médio Tejo, de Setúbal, os hospitais de Cascais, Beatriz Ângelo (Loures) e o distrital de Santarém.

Com o nível “D” foram agrupados os hospitais de Braga, os centros hospitalares de Vila Nova de Gaia/Espinho, de Trás-os-Montes e Alto Douro, Tondela-Viseu, e do Algarve, os hospitais Garcia de Orta (Almada), Fernando da Fonseca (Amadora/Sintra) e do Espírito Santo (Évora).

No nível “E” encontram-se os centros hospitalares do Porto, de São João, Lisboa Central, Lisboa Norte, Lisboa Ocidental e Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

A IASIST criou um “cluster” próprio para os hospitais inseridos em ULS, justificando a medida com o facto de estas estruturas integradas poderem, “em tese, ter um funcionamento diferente que se venha a refletir nalguns dos indicadores de referência”.

Com a classificação de Hospitais Nível “ULS” estão as ULS Nordeste, do Baixo Alentejo, do Norte Alentejano, do Litoral Alentejano, de Matosinhos, do Alto Minho, de Castelo Branco e da Guarda.

Para o Top 5 – 2014 foi avaliado o desempenho de 2013, razão por que “não são adequadas análises de sustentabilidade ou de desempenho de médio e longo prazos”, segundo a empresa.

A recolha da informação dos hospitais só foi possível com autorização das instituições.

A IASIST garante que todos os hospitais aceitaram a sua inclusão nesta iniciativa, uma vez que a participação dos hospitais é voluntária.

Além dos nomeados, ao final da tarde será divulgado o hospital com o melhor desempenho, que só ficará a saber disso na cerimónia, que contará com a presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo.

Em 3 anos
A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, anunciou hoje que, nos últimos três anos, foram detidas 100 pessoas por...

Dados divulgados pela ministra na conferência “Combate à Corrupção”, a decorrer em Lisboa, indicam que entre 2011 e 2014 foram detidas 82 pessoas por suspeita de crime de corrupção, constituídos 1.277 arguidos e abertos 1.109 inquéritos.

Foram também detidas sete pessoas por peculato e 669 constituídas arguidas, na sequência de 1.066 inquéritos abertos, adiantou Paula Teixeira da Cruz.

Pelo crime de branqueamento de capitais foram detidas 11 pessoas, constituídos 312 arguidos e abertos 250 inquéritos.

Para a ministra da Justiça, “os resultados da Polícia Judiciária são deveras impressionantes”.

Na conferência, que assinala o Dia Internacional Contra a Corrupção, Paula Teixeira da Cruz reiterou que o combate à corrupção “é uma missão” pela qual se tem comprometido, “quer institucional quer pessoalmente”.

“Neste domínio há que promover uma cultura de tolerância zero, há que promover a transparência e assegurar a intervenção da justiça sempre que necessário”, defendeu.

Para a ministra, o combate à corrupção e à criminalidade financeira “não é um problema estritamente de lei, mas também um problema de mentalidades, de cultura e de práticas que urge desenraizar”, e uma luta que deve ser travada pela “sociedade no seu todo” e que deve “assentar na prevenção, na transparência e na promoção de uma cultura de integridade”.

“A educação é uma área fundamental na prevenção da corrupção”, frisou.

Presente na conferência, o director da PJ, Almeida Rodrigues, disse que, nos últimos cinco anos, “fruto do trabalho contra a fraude na saúde e na segurança Social” foram detidas 73 pessoas, constituídos 122 arguidos e apreendidos bens cujos valores ultrapassam os 100 milhões de euros.

Sobre estas fraudes, o ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, disse que “um euro mal gasto nos sistemas sociais é um euro que é retirado a quem é mais fraco, a quem é mais pobre”.

Segundo Mota Soares, foram instaurados, entre janeiro e setembro, mais de 1400 processos-crime e constituídos 1.500 arguidos devido a fraudes na área da Segurança Social.

“No total representa um montante global em dívida à Segurança Social de 70 milhões de euros”, disse o ministro, acrescentando que, dos crimes investigados, as tipologias mais comum são o abuso de confiança, seguido de burla tributária e fraude fiscal.

O ministro adiantou que, em média, desde 2008, a fiscalização no pagamento de prestações tem permitido ao Estado garantir uma poupança média de cerca de seis milhões de euros por ano.

Referiu ainda que o Instituto de Segurança Social detetou cerca de 70 milhões de euros que não entraram nos cofres do Estado, na sequência de mais de 3.600 fiscalizações feitas a entidades empregadoras nos primeiros nove meses deste ano.

Também presente na conferência, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, defendeu que “é preciso actuar com celeridade, capacitar as instituições de recursos e meios adequados para prevenir e combater os fenómenos da fraude e da corrupção no sector da saúde, crimes que anualmente lesam os cofres do Estado em dezenas de milhões de euros”.

Para 2015
O orçamento angolano para 2015 prevê uma quebra de mais de 30% nas verbas para combate à SIDA, que passam de 16 para 11 milhões...

De acordo com a agência financeira Bloomberg, que cita uma entrevista com o presidente da Rede Angolana das Organizações de Serviços de SIDA, António Neto, Angola vai reduzir as verbas para combater o HIV no próximo ano, tendo orçamentado 11 milhões de dólares para 2015, o que representa uma descida de 31,25% face aos 16 milhões disponíveis este ano.

O valor de 11 milhões para 2015 representa a continuação da tendência de descida: em 2014 o orçamento previa 16 milhões, e em 2013 a verba prevista para combater a epidemia de SIDA no país estava nos 22 milhões de dólares, segundo a Bloomberg.

António Neto referiu que a capacidade do Governo angolano para conter a doença "depende na quantidade de recursos investidos, especialmente nas campanhas de aconselhamento, nos tratamentos retrovirais e na formação do pessoal de saúde" e lamentou que "Angola esteja a fazer o contrário, conduzindo ao aumento de novas infecções e de mortes".

O corte no financiamento arrisca-se a reverter o sucesso que o país tem tido no combate a esta epidemia, cuja taxa de infecção na população - 2,4% - é uma das mais baixas em África, disse Neto.

A redução das verbas para o combate à SIDA é uma das muitas consequências da descida do preço do petróleo, que representa mais de 75% das receitas do orçamento angolano e é responsável por mais de 99% das exportações.

As contas públicas angolanas deverão apresentar um défice orçamental de 7,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, prevendo-se um crescimento da economia nacional de 9,7%.

O executivo angolano justifica este desempenho com a incerteza na cotação internacional do preço de crude, estabelecendo 81 dólares por barril de petróleo como valor de referência na exportação, contra os 98 dólares inscritos no OGE de 2014. Este valor serve de base ao cálculo das receitas fiscais petrolíferas, que em 2015 deverão render ao Estado 2,5 biliões de kwanzas (20.475 milhões de euros), uma quebra superior a 16% face à estimativa para este ano.

O petróleo deverá corresponder a cerca de 66% das receitas correntes angolanas, com a produção a aumentar 10,7%, de 604,4 milhões de barris em 2014, para 669,1 milhões de barris no próximo ano.

O saldo negativo de 7,6% nas contas públicas de 2015, a que se soma uma estimativa de 0,2% de défice este ano, corresponderá a uma necessidade de financiamento de 1,031 biliões de kwanzas (8,2 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual).

O stock de dívida pública angolana atingirá em 2015, na previsão do Ministério das Finanças, os 48,3 mil milhões de dólares (38,7 mil milhões de euros), correspondendo a 35,5% do PIB nacional, contra os 10,9% de 2012.

O executivo prevê ainda uma taxa de inflação de 7%, o que representa uma descida de meio ponto percentual face a 2014.

Em 5 anos
Mais de metade das 1.646 mulheres atendidas em cinco anos num centro dedicado à vítima de violência doméstica que actua no...

Em dia de aniversário, os responsáveis do centro P'ra Ti – um serviço da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) - compilaram dados sobre maus tratos em contexto doméstico, dividindo-os em físicos, psicológicos, sexuais e económicos.

As mulheres atendidas - de 2009 a 2014, maioritariamente dos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia e Gondomar - colocam as bofetadas e os murros como queixas principais (55,1% e 36,9%, respectivamente) de maus-tratos físicos.

Em queixas sobre violência psicológica, aparecem nos registos os insultos (75,3%) e as ameaças (62,8%). As ameaças de morte foram 22,5% e 1,7% foram ameaçadas com arma.

A idade média das mulheres atendidas no P'ra Ti é 41 anos. A maioria é construída por portuguesas (87%), mas há também brasileiras (9%) e de outras nacionalidades (4%), nomeadamente chinesas e marroquinas. A utente mais jovem que recorreu a este serviço da UMAR na zona do Porto tinha 16 anos e a mais velha 86.

Na apresentação de hoje, a directora técnica do P´ra Ti, Ilda Afonso, contrariou a ideia de que as vítimas de violência doméstica sejam principalmente mulheres com pouca ou nenhuma escolaridade, já que a maior percentagem das vítimas tem pelo menos o 3.º ciclo de escolaridade. E 114 mulheres atendidas têm mesmo licenciatura.

Ilda Afonso apontou como maior constrangimento actual no combate à violência doméstica a morosidade ou o indeferimento do apoio social, uma vez que “a maior parte das mulheres sai de casa com a roupa do corpo e o dinheiro que tem na carteira e só consegue ter acesso aos bens do casal após um longo processo judicial”.

A falta de articulação das decisões judiciais, em articulação com o direito de representação, gerou uma ideia: “a criação de uma lista de advogados que tenham formação adequada para lidar com casos de violência doméstica”.

No que diz respeito aos filhos das vítimas que passaram pelo P'ra Ti, a idade média é de 13 anos, sendo que 39% foram sinalizados às comissões de protecção de crianças e jovens em risco e 7% acompanhados pelas equipas multidisciplinares de assessoria aos tribunais (EMAT).

O grau de parentesco entre o agressor e os filhos dos agressores é maioritariamente pai (82,2%) e padrasto (14,8%).

Já quanto à ligação entre vítima e agressor, 45% indicaram serem vítimas do marido e 26% do companheiro. No lado oposto, 1% queixa-se do irmão e 2% do filho.

O estudo feito pelos responsáveis do serviço da UMAR no Porto, sinalizaram que 18% das utentes sofreram violência durante 20 ou mais anos, ainda que a percentagem maior seja a de ciclos de um a cinco anos (29%).

"Um terço das utentes quando chega ao P'ra Ti já fez pelo menos um pedido de ajuda anterior", indicaram os responsáveis da UMAR.

O dado suscitou ao representante da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, Manuel Albano, presente na cerimónia, o realce da "importância da parceria activa entre respostas".

"Tentamos que as capelas e capelinhas deixem de existir. Temos cada vez mais respostas, mas queremos mais ainda", disse Manuel Albano, enquanto Ilda Afonso destacou o trabalho que a UMAR tem vindo a fazer de "prevenção primária" em escolas.

OMS
Cabo Verde e São Tomé e Príncipe diminuíram em 75% a incidência de paludismo entre 2000 e 2013, segundo o relatório global...

Cabo Verde está entre os dois países de África Ocidental juntamente com a Argélia, que diminui em 75% a incidência do paludismo entre 2000 e 2013, sendo que o país está a caminho da eliminação da doença, refere o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS).

São Tomé e príncipe é o único país em África central que reduziu em 75% a incidência do paludismo entre 2000 e 2013 e que registou uma diminuição de 90% de vítimas da doença e de admissões no hospital.

No entanto, a OMS indica no relatório que "o número de casos e admissões entre 2011 e 2013 foi superior aos quatro anos anteriores, sugerindo um progresso mínimo nos últimos anos" em São Tomé e Príncipe.

Para Angola e Moçambique, a OMS não conseguiu estimar a incidência do paludismo entre 2000 e 2013 por falta de dados consistentes, indicou à Lusa fonte da organização.

Moçambique e Angola assinaram a Iniciativa para a Eliminação da Paludismo da África subsaariana, que foi lançada em março de 2009.

No relatório, a OMS também não fornece uma estimativa da tendência da doença para a Guiné-Bissau.

Segundo a OMS, a região africana contabiliza 82% dos casos de paludismo no mundo.

Em 2013, o paludismo afectou 198 milhões de pessoas e provocou a morte de 584.000 pessoas e 453.000 crianças menores de cinco anos.

No mundo, 3,2 mil milhões de pessoas em 97 países estão expostas ao mosquito que transmite o paludismo.

O paludismo ou malária é uma infecção do sangue causada pelo parasita Plasmodium. Geralmente, o paludismo transmite-se através da picada de um mosquito infectado.

Diabetes tipo 2
Adaptar os menus natalícios para que sejam mais adequados e ajudem a controlar os níveis de açúcar no sangue, é a proposta da...

A época natalícia pode ser um obstáculo para os diabéticos com excesso de peso ou obesidade, visto que a quantidade de hidratos de carbono e gorduras contidas nos petiscos tradicionais podem trazer graves consequências. Especialistas em nutrição do Método DiaproKal – um tratamento médico de perda de peso para diabéticos tipo 2 e pré-diabéticos baseado numa dieta proteinada – aconselham a adaptar os menus natalícios para que se tornem mais saudáveis e para que toda a família possa desfrutar, controlando ao mesmo tempo os níveis de açúcar no sangue.

Estima-se que em Portugal, 1 milhão de portugueses sofram de diabetes, sendo importante estas pessoas tomarem precauções extra no que diz respeito à confecção das refeições.

“As entradas e os aperitivos são os grandes inimigos dos hábitos saudáveis, já que podem ser ricos em hidratos de carbono e gorduras. Por essa razão é preferível optar por alimentos mais saudáveis para todos, para que não haja descontrolo no momento da ingestão.”, comenta a equipa de nutricionistas especializada em diabetes tipo 2

Os aperitivos propostos pelos nutricionistas incluem alimentos baixos em hidratos de carbono como os cogumelos e a abóbora. Para ajudar a controlar os níveis de glicose, recomendam tomate e verduras cruas, cuja quantidade de fibra ajuda a evitar picos de glicemia e todas as consequências que um aumento de açúcar provoca num diabético tipo 2.

Ricos em ómega 3, os especialistas afirmam que os mexilhões e as anchovas são boas opções para reduzir a hipertensão e o risco cardiovascular, frequente em pessoas mais velhas. Para melhorar os níveis de colesterol e fornecer vitaminas e ferro, é recomendado o consumo de espinafres.

Os benefícios destes alimentos não são apenas para os indivíduos com excesso de peso ou obesidade, mas sim para todos os membros da família que assim podem degustar um Natal mais saudável. O Método DiaproKal incentiva as pessoas a aproveitar esta época mas sem esquecer as boas práticas alimentares para continuar a manter um peso saudável e os níveis de açúcar controlados.

Infarmed alerta
Após suspeita, o Infarmed alerta Hospitais, ARS, Centros de Saúde, Ordens Profissionais, Associações Profissionais e...

A Agência Alemã do Medicamento Paul-Ehrlich-Institut (PEI), reportou a suspeita de falsificação dos lotes H0156B09, validade 05/2016, e H0721B04, validade 04/2016, do medicamento Mabthera, concentrado para solução para perfusão, 500 mg/ 50 ml,.

Apesar de não ter sido detectada a existência destes lotes do medicamento em Portugal, e atendendo a que este medicamento é utilizado apenas em meio hospitalar, as entidades que tenham adquirido os referidos lotes do medicamento não procedam à sua venda, dispensa ou administração, devendo comunicar de imediato com o Infarmed.

No Natal, doar sangue é o melhor presente
Numa época em que os presentes de Natal assumem o protagonismo, há uma outra prioridade que não podemos esquecer: doar sangue e...

Este é um apelo do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e do MAR Shopping, que juntos promovem mais uma acção de recolha na próxima sexta-feira, dia 12 de dezembro, entre as 14h00 e as 19h00, junto à entrada MAR (porta rotativa).

Os feriados festivos e períodos de férias natalícias poderiam ser a altura ideal para doar sangue, sobretudo quando, segundo Ofélia Alves, responsável de programação e colheitas do Centro de Sangue e Transplantação do Porto, “o risco de acidentes rodoviários aumenta, uma vez que há mais deslocações nas estradas”. No entanto, os dias de descanso, preenchidos pela azáfama típica da quadra, servem de pretexto para adiar este tipo de acções. O facto de as plaquetas de sangue – um dos seus derivados – terem apenas até 5 dias de vida é outra das agravantes que faz da adesão a estas recolhas uma prioridade.

A parceria entre o MAR Shopping e o IPST, que se mantém desde há dois anos, resultou já em quase 300 inscritos para recolhas de sangue, recolhidos em sete acções de sensibilização.

Especialistas alertam
Especialistas em doenças respiratórias alertam para a “fraca capacidade” dos cuidados de saúde primários para diagnosticarem a...

O relatório "Portugal - Doenças Respiratórias em Números 2014", do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias, da Direcção Geral da Saúde (DGS), que vai ser hoje apresentado em Lisboa, refere que “o número de utentes activos com o diagnóstico de asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é muito baixo” ao nível dos cuidados de saúde primários.

Em 2013, existiam 101.028 utentes inscritos activos em cuidados de saúde primários com diagnóstico de DPOC e apenas 8.799 com a doença confirmada por espirometria, o exame que avalia a quantidade de ar que um indivíduo é capaz de colocar para dentro e para fora dos pulmões e a velocidade com que o faz.

“A baixa percentagem de diagnósticos de DPOC baseados na realização de uma espirometria aponta para uma fraca adesão às Normas de Orientação Clínica (NOC), muito provavelmente decorrente da ausência de acessibilidade à espirometria nos cuidados de saúde primários”, lê-se no documento.

Os autores referem que “o número de pessoas inscritas que já efectuaram uma espirometria, no contexto do diagnóstico de DPOC, tem vindo a aumentar substancialmente, mais do que triplicando de 2011 para 2013: de 2.879 para 8.799.

Contudo, alertam, “o valor absoluto reportado é ainda muito baixo, continuando a evidenciar uma fraca acessibilidade à espirometria nos cuidados de saúde primários”.

Segundo o relatório, da globalidade dos internamentos de causa respiratória (com exclusão das neoplasias respiratórias e dos internamentos por síndrome de apneia do sono) no ano passado, 13,5% deveram-se à DPOC.

O relatório indica que o decréscimo consistente dos internamentos por DPOC, a partir de 2009, foi interrompido por um excesso de internamentos ocorridos em 2012, aparentemente atribuídos à virulência do vírus influenza A (H3) associada a uma baixa cobertura vacinal (43,4%) na respectiva época vacinal.

Na análise regional comparativa dos anos 2012 e 2013, no que concerne aos episódios de internamento associados à DPOC, constata-se um aumento do número de internamentos no último ano.

Este aumento é “particularmente acentuado nas regiões de saúde do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo, o que, associado a um decréscimo de internamentos com diagnóstico principal de DPOC, leva a concluir pela existência de mais diagnósticos secundários de DPOC”.

Os autores do documento sublinham que uma percentagem elevada desses internamentos (26 por cento em 2013) “corresponde a um segundo episódio, sugerindo um risco aumentado de reinternamento”.

“Uma elevada taxa de segundos episódios de internamento hospitalar associados à asma e DPOC, respectivamente de 13 e 26% em 2013, também poderá reflectir uma deficiente integração entre cuidados de saúde primários e hospitalares”, lê-se no relatório.

Relatório revela
As doenças respiratórias são a primeira causa de letalidade intra-hospitalar, representando, no ano passado, mais de um quarto...

De acordo com o documento "Portugal - Doenças Respiratórias em Números 2014", do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias, da Direcção Geral da Saúde (DGS), em termos de letalidade intra-hospitalar, as doenças respiratórias causam mais óbitos do que as doenças neoplásicas e as cardio-circulatórias.

Em 2013, registaram-se 12.494 óbitos hospitalares com causa respiratória (26%), refere o relatório, que será hoje apresentado em Lisboa.

Analisando a evolução do número de internamentos da globalidade das doenças respiratórias, o documento aponta para um aumento de forma consistente desde 2009.

“Este aumento decorre sobretudo dos casos ambulatórios e dos internamentos inferiores a 24 horas. Assistiu-se também, desde 2009, a uma redução de 1,7 dias na demora média. A mortalidade hospitalar tem aumentado, mas não a mortalidade prematura”, lê-se no relatório.

Os custos associados aos internamentos por doenças respiratórias atingiram 232,1 milhões de euros em 2012.

“As doenças respiratórias, excluindo o cancro do pulmão, constituem também a terceira mais importante causa de custos directos relacionados com os internamentos hospitalares a seguir aos custos das doenças cardiovasculares e do sistema nervoso, sendo 70,7% desses custos atribuídos a doentes com 65 ou mais anos”, prossegue o documento.

Os autores referem que o custo médio de um internamento por doença respiratória foi, em 2012, de 1.982 euros.

Na UE
Portugal é o segundo país da União Europeia onde as doenças do aparelho respiratório mais matam, a seguir ao Reino Unido, e o...

De acordo com o documento "Portugal - Doenças Respiratórias em Números 2014", do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias, da Direcção Geral da Saúde, em 2012, estas patologias foram responsáveis por 102,1 mortes por cada 100 mil habitantes.

Apenas o Reino Unido se posiciona à frente de Portugal neste “ranking”, com 104,9 mortos por 100 mil habitantes.

Em 2013, dados ainda provisórios indicam que estas doenças causaram 12.605 mortos, o que representou 11,83 por cento de todas as causas de morte.

No ano anterior (2012), as doenças respiratórias tinham provocado 13.893 óbitos.

Em Portugal, as mortes causadas por estas doenças têm vindo a crescer nos últimos anos: 98,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2008 para 102,1 mortes por cada 100 mil habitantes em 2012.

As Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores apresentaram, em 2012, os valores mais elevados e a região de Lisboa os mais baixos.

“A Região Autónoma da Madeira é a que apresenta taxas mais elevadas, tendo a mortalidade por doenças respiratórias correspondido a 18,5% da totalidade dos óbitos, contrastando com a percentagem nacional de 12,9%”, lê-se no documento.

Nas mortes causadas por pneumonia, Portugal está à frente dos países da União Europeia (UE), com 49,9 óbitos por 100 mil habitantes em 2012 (44 em 2008).

Os autores do documento reconhecem que “Portugal encontra-se numa situação desfavorável quanto à mortalidade por doenças respiratórias, quando comparado com outros países da UE.

A explicação avançada pelos autores é a “elevada mortalidade por pneumonia em Portugal (49,9 mortos por 100 mil habitantes), a mais elevada no conjunto dos países europeus analisados”.

“A mortalidade por doença respiratória, e por pneumonia em particular, tem a particularidade de afectar as faixas etárias a partir dos 65 anos”, lê-se na síntese do relatório.

Entre 2009 e 2012 observou-se “um aumento da mortalidade na população com 65 e mais anos e um decréscimo da mortalidade abaixo dos 65 anos”.

“A mortalidade por doença respiratória não corresponde, portanto, a mortalidade prematura, dado que se constatam ganhos em saúde evidenciados por uma diminuição dos anos potenciais de vida perdidos e respectiva taxa por 100 mil habitantes”, explicam os autores.

O documento refere que “a ocorrência de doença respiratória está relacionada com a faixa etária, mas também com as condições atmosféricas e com a virulência do vírus da gripe (razões pelas quais a doença apresenta um padrão sazonal)”.

Em 2012, aliás, registou-se “um aumento dos óbitos e internamentos hospitalares atribuíveis à epidemia e virulência do vírus influenza A(H3), associada a uma baixa cobertura vacinal”.

Os autores do relatório, que será hoje apresentado em Lisboa, referem que, “devido ao aumento da esperança média de vida e aos efeitos do tabagismo a nível respiratório, Portugal tem vindo a confrontar-se nos últimos anos com um incremento de doenças respiratórias crónicas, que impõem uma elevada carga no sistema de saúde, quer no que diz respeito a mortalidade, quer no que se refere à morbilidade”.

As doenças respiratórias, excluindo o cancro do pulmão, são a terceira principal causa de morte em Portugal e no mundo e a primeira causa de letalidade intra-hospitalar nacional.

Estas patologias são ainda a terceira mais importante causa de custos directos relacionados com os internamentos hospitalares, a seguir aos das doenças cardiovasculares e do sistema nervoso.

No ano passado, os internamentos por doença respiratória corresponderam a 11% da totalidade dos doentes internados.

O documento aponta para uma diminuição do número de utentes saídos de internamento por doenças respiratórias: 117.110 em 2012 e 110.028 em 2013 (menos seis por cento).

No ano passado, da globalidade dos internamentos de causa respiratória (com exclusão das neoplasias respiratórias e dos internamentos por síndrome de apneia do sono), 65,3% corresponderam a internamentos por pneumonias (bacterianas ou virais), 13,5% por Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), 5,7% por fibrose pulmonar e 4,3% por asma brônquica.

A mais antiga distinção na investigação biomédica em Portugal
Os Laboratórios Pfizer e a Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa realizam amanhã, pelas 18h00, a cerimónia de entrega dos...

A entrega dos prémios será presidida pela Secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira, numa cerimónia que conta com a presença do Presidente da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa (SCML) e Presidente do Conselho de Administração da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa (FCML), Prof. José Caldas de Almeida e da Directora Geral Executiva dos Laboratórios Pfizer, Ana Torres.

Reconhecida como a mais antiga distinção na investigação biomédica em Portugal, os Prémios Pfizer visam estimular e desenvolver a investigação científica, cobrindo todos os ramos da medicina humana. Os Prémios Pfizer foram criados em 1955 e, ao longo de décadas de existência, já premiaram mais de 500 investigadores.

Na edição deste ano foram apresentados 72 trabalhos para avaliação, correspondendo 51 candidaturas à área da Investigação Básica e 21 á área da Investigação Clínica. O júri, composto por investigadores, professores universitários e médicos de reconhecido mérito, norteou as decisões com base em rigorosos critérios científicos, definidos em regulamento.

Os Prémios Pfizer distinguem os melhores trabalhos de investigação básica e clínica, elaborados total ou parcialmente em instituições portuguesas por investigadores portugueses ou estrangeiros e conferem anualmente um prémio monetário no valor de 20.000 euros para cada um dos projectos vencedores em cada área.

OMS
O número de pessoas mortas pela malária (paludismo) caiu quase metade entre 2000 e 2013, anunciou hoje a Organização Mundial da...

Entre 2000 e 2013, a taxa de mortalidade relacionada como o paludismo diminuiu 47 por cento a nível global e 54% em África, segundo o relatório anual da Organização Mundial da Saúde (OMS), o que permitiu salvar o equivalente a 4,3 milhões de vidas.

“Estes são os melhores resultados que já tivemos e é uma notícia maravilhosa em termos de saúde pública”, declarou em Genebra aos jornalistas Pedro Alonso, director do programa mundial da OMS contra a malária.

Globalmente, foram 198 milhões de casos de malária e 584 mil mortes que foram registados no ano passado (respetivamente 4,3% e 6,9% menos que em 2012), com 90% das mortes em África. As crianças com menos de cinco anos constituem 78% destas vítimas.

Este declínio dos casos em África explica-se nomeadamente pelas medidas de prevenção mais bem aplicadas, sendo que cerca de metade da população em risco em 2013 teve acesso a mosquiteiros impregnados de inseticida. Em 2004, somente três por cento desta população tinha acesso a esta medida de prevenção.

O aumento dos testes de diagnóstico permitiu a identificação de 62% dos pacientes suspeitos de terem paludismo, com 128 milhões de testes distribuídos em África no ano passado pela OMS.

A OMS só conseguiu 2,7 mil milhões de dólares (através de financiamentos nacionais e internacionais), pouco mais de metade do financiamento que necessitava para as metas fixadas, o que significa que muitas pessoas ainda não puderam beneficiar da assistência da organização.

“Estimamos que 278 milhões de pessoas em África vivem em casas com mosquiteiros impregnados com o insecticida e quase 15 milhões de grávidas não tem acesso ao tratamento preventivo”, disse Margaret Chang, directora-geral da OMS.

No relatório indica-se que a pobreza e um baixo nível de educação são factores determinantes para que falte o acesso aos serviços básicos.

A OMS está preocupada igualmente com a propagação do vírus Ébola, um forte desestabilizador dos sistemas de saúde, sobretudo na Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria, que ficam privados de certos tratamentos, como a malária, por estarem sobrecarregados devido ao Ébola.

A malária mata cem vezes mais que o vírus do Ébola (que já provocou a morte de 6.331 pessoas, segundo o último balanço da OMS, a 06 de dezembro).

Para a directora-geral da OMS, “reforçar os sistemas de saúde destabilizados beneficiará a saúde pública mundial, devendo-se concentrar os esforços no controlo e na eliminação do paludismo”.

O relatório 2014 sobre a malária no mundo resume as informações de 97 países em que a doença ainda prevalece.

OMS
O enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas sobre o Ébola, David Nabarro, disse hoje à Lusa que os países vizinhos...

"Quero que todos os países estejam em alerta e preparados porque não se sabe quando o problema pode chegar", disse à Lusa David Nabarro, após uma visita de duas semanas à África ocidental onde esteve na Libéria, Guiné-Conacri, Serra Leoa e Mali.

O responsável sublinhou a importância de manter os níveis de alerta e prontidão nos países vizinhos. "É muito importante que os países nas regiões próximas dos países afectados por Ébola estejam bem preparados para a chegada de pessoas suspeitas de terem contraído o Ébola".

David Nabarro salientou que é preciso manter a atenção e os esforços para eliminar a epidemia.

"O surto ainda é forte (…) Não podemos relaxar-nos (…) enquanto houver infecções, (o vírus) pode propagar-se facilmente até lugares onde não há vírus", salientou.

A epidemia de Ébola começou há perto de um ano e já infectou cerca de 16.000 pessoas e fez perto de 7.000 vítimas mortais, essencialmente na África ocidental.

Os países mais afectados pelo vírus são Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri.

OMS
A Organização Mundial de Saúde entregou hoje ao Governo angolano equipamento laboratorial no valor de 80 mil dólares (65 mil...

Em declarações à imprensa, à margem do acto de entrega, o ministro da Saúde de Angola, José Van-Dúnem, disse que o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) insere-se no esforço que o país e os seus parceiros vêm fazendo para melhorar a vigilância epidemiológica do vírus da pólio.

Segundo o governante angolano, este é um primeiro passo para se começar a tratar completamente das amostras no país, sem ter de as enviar para a África do Sul, como acontecia até agora, diminuindo igualmente os custos suportados pelos parceiros.

"É um esforço para aumentar a capacidade de resposta do ponto de vista integral, na luta contra a pólio, nomeadamente na área da vigilância epidemiológica", disse José Van-Dúnem, acrescentando que vai igualmente contribuir para a segurança, do ponto de vista do controlo sobre a circulação ou não do vírus.

"É uma retaguarda importante para a segurança, para a garantia da qualidade daquilo que se está a fazer", reforçou o governante.

José Van-Dúnem referiu que há mais de três anos que o vírus da pólio não circula em Angola, havendo assim condições criadas para se considerar erradicada a doença no país.

"Vamos fazer mais um ano, continuamos a fazer as campanhas de vacinação para garantir a vacinação de massa", disse o ministro, sublinhando a importância da população aderir sempre ao esforço governamental.

Em julho deste ano, Angola introduziu o método de recolha das amostras ambientais, em que se apanha em esgotos amostras para ver se o vírus está em circulação, tornando assim este país lusófono o terceiro Estado da região africana da OMS, ao lado da Nigéria e do Quénia, que estabelece a vigilância ambiental da poliomielite.

A vigilância ambiental da pólio fornece informação complementar sobre a qualidade da vigilância das paralisias flácidas agudas e é um método muito sensível para detectar a transmissão silenciosa do vírus da pólio, face ao risco de uma eventual importação.

Angola tem registado progressos na luta para a erradicação da poliomielite, promovendo campanhas bianuais de vacinação nas 18 províncias, sendo uma das estratégias para atingir todas as áreas do país a criação de postos avançados e móveis no terreno.

Em 1999, Angola foi atingida por um dos maiores surtos epidemiológicos de poliomielite registados em África, que provocou 113 mortos, num total de 1.117 casos.

2014
A actual epidemia da febre hemorrágica Ébola começou há perto de um ano e assustou o mundo. Trata-se da “mais grave emergência...

Mais de 16.000 infectados e perto de 7.000 mortos, essencialmente na África Ocidental, informou no final de novembro a Organização Mundial de Saúde (OMS), que admite que o número real de mortos será muito superior. A taxa de mortalidade rondará os 70%.

O surto iniciou-se na Guiné-Conacri no final de dezembro de 2013, mas o vírus na sua origem só é identificado a 22 de março e já regista 59 mortes.

No final do mês, a Libéria confirma os dois primeiros casos. A Serra Leoa, o terceiro dos países mais afectados, confirma a primeira morte devido ao Ébola a 26 de maio.

Estes três países registam mais de 95% dos mortos. No Mali, o último país atingido, a OMS dá conta de seis mortos em oito casos.

A Nigéria, com oito mortos em 20 casos, e o Senegal, com um doente que se restabeleceu, também integraram a lista dos afectados, mas já foram declarados livres da doença.

Foram ainda registados quatro casos nos Estados Unidos (a 30 de setembro é diagnosticado o primeiro caso de Ébola fora do continente africano) e um em Espanha (confirmado a 06 de outubro o primeiro caso de contágio fora de África, a doente sobreviveu).

Na primeira linha do combate à doença, os profissionais de saúde contam-se entre as numerosas vítimas: 340 mortos entre 592 contaminados.

No início de abril, a OMS já classificava a epidemia como uma das “mais assustadoras” desde o aparecimento da doença há 40 anos e, nos finais de junho, os Médicos Sem Fronteiras alertaram que estava “fora de controlo”, assinalando que o surto não tem precedentes quanto à distribuição regional, ao número de infectados e de mortes.

A OMS declara-o "emergência de saúde pública mundial" a 08 de agosto, mas para Peter Piot, codescobridor do vírus Ébola, a agência sanitária da ONU tardou em reagir.

A epidemia “explodiu em países em que os serviços de saúde não funcionam, devastados por anos de guerra (e onde) a população desconfia radicalmente das autoridades”, argumentou Piot.

Em meados de setembro, a ONU anuncia a criação da Missão das Nações Unidas para a Resposta de Emergência contra o Ébola, para coordenar os esforços internacionais e travar a epidemia, cujos efeitos económicos também suscitam preocupação.

O Fundo Monetário Internacional prevê que a epidemia pode reduzir o crescimento das economias da África Ocidental em mais de três pontos percentuais e o Banco Mundial estima que o seu custo possa chegar no pior cenário aos 32 mil milhões de dólares no final de 2015.

O Fundo da ONU para a Alimentação e a Agricultura alertou para uma eventual crise alimentar nos três países mais afectados, com as quarentenas e restrições de deslocações a dificultarem as colheitas e a fazerem disparar os preços dos alimentos.

Transmitido através do contacto com o sangue, outros fluidos corporais ou tecidos de pessoas ou animais infectados, o Ébola provoca febre alta, fraqueza intensa, dores de cabeça, musculares e de garganta a que se seguem os vómitos, a diarreia e, em alguns casos, hemorragias interna e externa. Não existe vacina ou tratamento específico para a doença.

Em meados de agosto, o comité de peritos da OMS aprovou o uso de tratamentos experimentais e alguns doentes foram tratados com uma droga experimental, a ZMapp, cujos testes tiveram resultados promissores na cura de macacos infectados com Ébola.

O “plasma convalescente", de pessoas que sobreviveram à doença, também já foi utilizado no tratamento de infectados e encontra-se entre os três tratamentos clínicos que vão começar a ser testados este mês na Guiné-Conacri e na Libéria, juntamente com dois medicamentos antivirais.

Duas vacinas, desenvolvidas pela GlaxoSmithKline e pela Newlink Genetics, deverão começar a ser testadas no início de 2015 nos países mais afectados na África Ocidental. A primeira, submetida a um ensaio clínico nos Estados Unidos, foi bem tolerada e desencadeou uma boa resposta imunitária.

Para a directora-geral da OMS, a inexistência de tratamentos, ou vacinas para um vírus conhecido desde 1976 deve-se ao facto de “o Ébola ter sido histórica e geograficamente confinado a nações africanas pobres” e o actual surto “demonstra os perigos das crescentes desigualdades sociais e económicas no mundo”.

Serra Leoa é agora país com mais casos
O número de mortos da epidemia de Ébola nos três países mais afectados da África ocidental elevou-se para 6.331, num total de...

A Serra Leoa é agora o país que conta com mais pessoas infectadas pelo vírus Ébola, com 7.798 contabilizadas, enquanto a Libéria conta com 7.719.

O balanço anterior, datado de 02 de dezembro, apontava para 6.070 mortos, num total de 17.145 pessoas infectadas pelo vírus.

A epidemia, a mais grave desde a identificação do vírus, em 1976, começou na Guiné-Conacri, em dezembro de 2013.

A 06 de dezembro, estavam contabilizados 1.412 mortos, num total de 2.283 casos registados na Guiné-Conacri.

No Mali, o ultimo país afectado pelo vírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou oito casos, que causaram seis mortos.

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