Sistema de Alerta Rápido da UE
Em 2014 foram notificadas pela primeira vez mais de 100 novas drogas junto do Sistema de Alerta Rápido da União Europeia,...

Durante a apresentação do relatório anual "A situação do país em matéria de drogas e toxicodependência" relativo a 2013, que decorre em Lisboa, foi feito um ponto da situação sobre "A droga na UE, situação e tendências 2014", pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT).

Em 2013 foram notificadas pela primeira vez 81 novas drogas junto do Sistema de Alerta Rápido da União Europeia. Em 2014 já foram notificadas mais de 100, disse Maria Moreira, do OEDT.

Eleva-se assim para perto de 500 o número de novas substâncias sujeitas à vigilância da agência europeia de informação sobre droga (EMCDDA).

"Estás substâncias aparecem a um ritmo muito significativo, temos 500 substâncias em monitorização e os canabinóides sintéticos são o grupo mais significativo", afirmou.

Maria Moreira disse ainda que está em avaliação o risco de quatro novas substâncias sintéticas consideradas muito perigosas.

Relatório anual apresentado hoje
Em 2013 o haxixe foi a droga com maior número de apreensões, a heroína atingiu o preço mais baixo desde 2002 e a potência da...

Estes dados, que reflectem o mercado de oferta de drogas em 2013, constam do relatório anual “A situação do país em matéria de drogas e toxicodependência 2014”, do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), hoje divulgado.

Segundo o documento, em 2013 o haxixe foi a substância com o maior número de apreensões (3.087), e o número de apreensões de cocaína (1.108) foi superior ao de heroína (792), mantendo a tendência de anos anteriores. Seguiram-se as apreensões de cannabis herbácea (764) e de ecstasy (80).

Foram ainda confiscadas outras substâncias em 2013, que o relatório destaca devido às quantidades apreendidas e à ausência ou raridade de registos de apreensões anteriores: estimulantes - como a efedrina, o metilfenidato e as metanfetaminas – e opiáceas – como a tebaína, a codeína, a morfina e o ópio.

Comparativamente ao ano anterior, houve um decréscimo no número de apreensões de várias drogas, mas no caso do haxixe e da cannabis herbácea os valores mantêm-se ao nível dos últimos cinco anos, período com as apreensões mais elevados desde 2002.

Em contrapartida, as apreensões de heroína e de cocaína têm vindo a diminuir nos últimos anos, registando-se em 2013 os valores mais baixos respectivamente desde 2002 e 2005.

Quanto aos mercados de tráfico e de tráfico-consumo, os preços médios das drogas confiscadas em 2013 não apresentaram alterações relevantes face a 2012, com excepção da heroína que registou novamente uma descida, atingindo o valor mais baixo desde 2002.

Quanto ao grau de pureza das drogas apreendidas, o relatório salienta que a potência média da cannabis, e em particular da cannabis resina, tem vindo a aumentar nos últimos anos, atingindo em 2013 os valores médios mais elevados desde 2005.

O presidente do SICAD, João Goulão, já tinha revelado, durante a apresentação do relatório europeu sobre drogas, que estavam a aumentar os pedidos de ajuda nos centros de tratamento de toxicodependência por consumo de cannabis, o que se devia ao aumento da potência da resina importada.

O Flash Eurobarometer realizado em 2014 entre os jovens europeus de 15-24 anos revelou que a cannabis continua a ser a droga percepcionada como de maior acessibilidade.

No entanto, entre os europeus, os portugueses eram os que tinham uma percepção de menor facilidade de acesso a esta droga, mas de maior facilidade de acesso à heroína e às novas substâncias psicoactivas. A evolução das percepções dos jovens portugueses entre 2011 e 2014 evidencia que aumentou ligeiramente a facilidade percebida de acesso à heroína, à cocaína e ao ecstasy.

De uma maneira geral, o predomínio crescente da cannabis foi consolidado, a cocaína continua a ser a segunda droga com maior visibilidade e em 2013 constatou-se novamente uma diminuição da visibilidade da heroína, reforçando a quebra registada em 2011, indica o relatório.

 

Em 2013 houve 184 mortes ligadas ao consumo de drogas, 12% foram overdoses

Em 2013 morreram 184 pessoas com substâncias ilícitas no organismo, 12% das quais por overdose, com presença principalmente de opiáceos, cocaína e metadona, mas registando-se já um aumento da presença de drogas sintéticas, dados do mesmo relatório.

Salvaguardando não terem sido disponibilizados atempadamente os dados de 2013 do Instituto Nacional de Estatística relativos à mortalidade relacionada com o consumo de drogas, o documento lembra que em 2012 voltou a registar-se um aumento no número destas mortes, depois de uma diminuição entre 2010 e 2011.

Citando os registos específicos do Instituto de Medicina Legal, o relatório indica que, em 2013, dos 184 óbitos com a presença de pelo menos uma substância ilícita e com informação sobre a causa de morte, 22 (12%) foram considerados overdoses (menos 24% em relação a 2012).

Entre as substâncias detectadas nestas overdoses, estavam presentes opiáceos em 46% dos casos, seguindo-se-lhe a cocaína (36%) e a metadona (27%).

“É de notar, enquanto tendência emergente, embora ainda com valores residuais, a ocorrência de overdose com a presença de drogas sintéticas”, sublinha o relatório.

Em quase todas as overdoses (91%) foram detectadas mais do que uma substância, sendo de destacar em associação com as drogas ilícitas, as overdoses com a presença de álcool (36%) e benzodiazepinas (50%).

Relativamente às outras 162 causas de mortes com a presença de pelo menos uma substância ilícita (ou seu metabolito) no organismo, estas foram sobretudo atribuídas a acidentes (44%), seguindo-se-lhes a morte natural (33%), suicídio (12%) e homicídio (7%).

No que se refere à mortalidade relacionada com o VIH/Sida, de acordo com as notificações de óbitos recebidas no Instituto Nacional de Saúde (INSA), foram notificados 101 óbitos em 2013 associados à toxicodependência, 69 dos quais já em fase de Sida.

A distribuição das mortes por infecção de VIH segundo o ano do óbito evidencia uma tendência decrescente de mortes ocorridas a partir de 2002, mais acentuada nos casos associados à toxicodependência.

No entanto, nos casos diagnosticados mais recentemente, a mortalidade observada continua a ser superior nas categorias de transmissão associadas à toxicodependência comparativamente aos restantes casos, o que poderá estar relacionado, entre outros, com o diagnóstico mais tardio neste grupo de risco.

Relativamente aos utentes em tratamento em ambulatório, o relatório aponta para uma “descida significativa” nas proporções de novas infecções pelo VIH em 2010 e 2011, mantendo-se estáveis nos últimos três anos, tal como as novas infecções de hepatites B e C, que não têm apresentado variações relevantes.

No contexto prisional, entre os reclusos em tratamento da toxicodependência, as prevalências de doenças infecciosas enquadram-se no padrão do meio livre.

Nas notificações anuais da infecção VIH/SIDA, continua a registar-se um decréscimo, tendência que se mantém mais acentuada nos casos associados à toxicodependência.

 

Cinco pessoas por dia iniciaram tratamento contra a toxicodependência em 2013

Mais de cinco pessoas por dia iniciaram tratamento contra a toxicodependência em 2013, verificando-se uma tendência de aumento de pedidos de ajuda de pessoas cada vez mais jovens e por causa da cannabis, segundo o relatório.

Nesse ano, estiveram em tratamento, em regime de ambulatório da rede pública, 28.133 utentes com problemas relacionados com o uso de drogas, revela o relatório anual “A situação do país em matéria de drogas e toxicodependência 2014”, do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).

Dos que iniciaram tratamento em 2013, 2.154 eram readmitidos e 1.985 fizeram-no pela primeira vez, constatando-se nos últimos quatro anos “uma tendência para o aumento de novos utentes, cerca de metade dos quais tendo como droga principal a cannabis”.

Em 2013, as Unidades de Desabituação (unidades para internamentos de curta duração) registaram 1.631 internamentos (1.535 em redes públicas e 96 em redes licenciadas), 55% dos quais por problemas relacionados com o uso de drogas.

O número de internamentos em Comunidades Terapêuticas (instituições para internamento prolongado) foi de 3.534 (127 em públicas e 3.407 em licenciadas), 71% por problemas relacionados com o uso de drogas.

Quanto aos consumos, a heroína continua a ser a droga principal mais referida, excepto entre os novos utentes em ambulatório, em que foi a cannabis (49%), e os utentes das Comunidades Terapêuticas públicas, em que predominou a cocaína (61%).

O relatório destaca um aumento de utentes que referem a cannabis e a cocaína como drogas principais, nos últimos três anos, face aos anos anteriores.

O documento aponta também para “evidentes” reduções de consumo recente de droga injectada (prevalências entre 3% e 25% nos utentes das diferentes estruturas, em 2014) e de partilha de material deste tipo de consumo, existindo no entanto, “bolsas de utentes” ainda com prevalências elevadas destas práticas.

Por outro lado, e sobretudo nos quatro últimos anos, constata-se uma maior heterogeneidade nas idades dos utentes que iniciaram tratamento no ambulatório, com um grupo cada vez mais jovem de novos utentes e, outro, de utentes readmitidos, cada vez mais envelhecidos.

No âmbito do tratamento em sistema prisional, em 2013 estiveram integrados em Programas Orientados para a Abstinência 185 reclusos e 466 estavam em Programas Farmacológicos.

Segundo o relatório, verifica-se uma tendência de decréscimo de reclusos nos Programas Orientados para a Abstinência, mas em contrapartida, e sobretudo a partir de 2009, constata-se um aumento de reclusos em Programas Farmacológicos, seja da responsabilidade dos estabelecimentos prisionais, seja em articulação com estruturas de tratamento exteriores.

Investigação americana
Idosos com cancro da próstata podem viver mais, se forem tratados com radiação e com terapia hormonal, mas muitos homens não...

A terapia dupla salvou cerca de 50% mais vidas no grupo de homens entre 76 e 85 anos com cancro da próstata localmente avançado, em comparação com aqueles que fizeram apenas terapia hormonal, segundo o estudo publicado no Journal of Clinical Oncology.

Trata-se da primeira pesquisa a concentrar-se em homens na terceira idade com cancro da próstata localmente avançado. O trabalho foi feito com base nos resultados de dois testes clínicos, os quais mostraram que uma terapia combinada poderia salvar vidas, no caso de homens mais jovens.

O cancro da próstata localmente avançado acontece quando este se espalhou para fora, perto da glande prostática, estimulando tumores mais agressivos. Estes tendem à metástase e tornam-se fatais, afirmam os pesquisadores.

Estudos anteriores mostraram que, em média, 40% dos homens com cancro da próstata agressivo são tratados apenas com terapia hormonal. Há, portanto, um grupo significativo de pessoas que poderiam beneficiar de uma terapia com radiação.

“Falhas no uso de tratamentos eficazes para pacientes mais velhos são uma preocupação dos EUA em matéria de qualidade do cuidado da saúde”, disse o autor principal do estudo, Justin Bekelman, professor assistente de Oncologia Radioterápica, Ética Médica e Políticas da Saúde da Escola Perelman de Medicina e do Centro Abramson de Cancro, da Universidade da Pensilvânia.

No universo da pesquisa, foram considerados 31.541 homens com cancro da próstata, entre 65 e 85 anos de idade.

Prémios da FLAD
Os prémios FLAD Life Science 2020 distinguiram estudos sobre o "sistema de navegação" dos cromossomas na divisão...

A equipa dos investigadores Hélder Maiato, do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, e Ekaterina Grishchuck, da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos, recebe o galardão na categoria de investigação básica, pelo estudo cromossomático.

O grupo dos cientistas Ana Cristina Rego, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, e George Dailey, da Harvard Medical School, Estados Unidos, é contemplado com o prémio na categoria de investigação aplicada, pelo trabalho sobre a doença de Huntington.

Atribuídos pela primeira vez este ano, os prémios FLAD Life Science 2020 são promovidos pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e distinguem projectos de investigação na área das ciências da vida. O galardão, que funciona como uma bolsa de financiamento para quatro anos, vale 400 mil euros em cada categoria.

A entrega dos prémios será feita na sede da FLAD, numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

O investigador Hélder Maiato explicou à Lusa que a sua equipa se propõe perceber, recorrendo a células humanas, como funciona o "sistema de navegação" dos cromossomas no momento em que a célula se divide e a informação genética neles contida é distribuída por duas células-filhas.

"Antes da distribuição dos cromossomas, estes têm de se alinhar no 'equador' da célula, no meio da célula, mas não sabemos porquê e como vão para lá", assinalou.

As "estradas" que os cromossomas usam para chegar e se distribuírem pelas células-filhas, durante o processo de divisão celular, estão "sinalizadas" e são esses "sinais" que a equipa de Hélder Maiato quer descortinar.

A equipa pensa que "são pequenas modificações", ao nível celular, "que não estão codificadas nos genes" que estão a servir de "sinais", de "sistema de navegação" para os cromossomas.

Hélder Maiato esclareceu que as "estradas" funcionam como o esqueleto da célula, sendo este formado por microtúbulos, que, codificados nos genes, "formam proteínas, que são a base estrutural" do esqueleto.

Os microtúbulos "estão envolvidos na divisão celular e vão interagir com os cromossomas, para os levar e distribuir pelas células-filhas".

Acontece, porém, adiantou o cientista, que esses microtúbulos, "apesar de serem codificados nos genes, sofrem também pequenas modificações que não estão codificadas no ADN", mas que são igualmente importantes para o processo biológico.

O estudo deste mecanismo celular pode ajudar a compreender por que algumas das "estradas" usadas pelos cromossomas para se distribuírem pelas células-filhas "estão alteradas em vários tipos de cancro", assinalou Hélder Maiato.

A equipa de Ana Cristina Rego pretende saber por que motivo pessoas portadoras da doença de Huntington, patologia neurodegenerativa de origem genética e sem cura, têm uma progressão diferente da doença, apesar de manifestarem alterações genéticas semelhantes.

No fundo, é "perceber, a nível celular, quais as alterações moleculares que possam justificar a alteração em termos de progressão da patologia", sintetizou à Lusa.

O seu grupo propõe-se criar células estaminais pluripotentes, as que são capazes de gerar outras células, nomeadamente as nervosas, cuja morte desencadeia a doença de Huntington, a partir de células de pacientes da mesma família com mutação genética, mas nuns casos sem sintomas, noutros com sintomas da doença.

Para este processo, os investigadores vão fazer uma biópsia da pele dos doentes com ou sem sintomas, assim como dos seus familiares sem a mutação genética, e isolar a fibroblasto (célula).

Posteriormente, nas células neuronais criadas a partir da fibroblasto - e que darão origem a células semelhantes aos neurónios afectados dos doentes - "vai ser corrigida" a mutação genética e comparados os resultados obtidos.

Ao todo, apresentaram-se à iniciativa da FLAD 70 candidaturas, avaliadas por peritos. Os pareceres emitidos foram, depois, analisados por um comité de avaliação, presidido pela investigadora Maria Mota, Prémio Pessoa 2013.

Medida de prevenção
A Direcção-Geral da Saúde insistiu na vacinação contra a gripe, como principal medida de prevenção da doença, mesmo que ainda...

Num comunicado divulgado, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) lembra que os vírus da gripe sofrem mutações, pelo que as vacinas são especialmente fabricadas para cada época, e acrescenta que ainda não é possível saber qual vai ser o vírus da gripe dominante em Portugal.

“Mesmo que se venha a verificar uma menor efectividade da componente A (H3N2) da vacina, as vacinas utilizadas no nosso país são trivalentes e portanto protegem também contra outros vírus da gripe que possam vir a circular este inverno”, diz o comunicado.

Mesmo no caso dessa “menor efectividade”, os benefícios esperados (menos tempo de gripe e menos gravidade) “são ainda relevantes”, pelo que as pessoas mais vulneráveis (idosos e portadores de doenças crónicas) e que ainda não foram vacinadas devem fazê-lo, recomenda a DGS.

Só na região de Lisboa, de 01 de Outubro até final do ano, foram administradas 267.400 vacinas da gripe, 246.200 de forma gratuita, divulgou a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

A mesma entidade recomenda também a vacinação de grupos vulneráveis e diz que o pico da actividade gripal tem ocorrido entre Dezembro e Fevereiro, devendo a vacinação ser feita de preferência entre Outubro e Novembro, ainda que possa decorrer durante todo o Outono e Inverno.

Ministério da Saúde esclarece
O Ministério da Saúde esclareceu ter pedido à Administração Regional de Saúde do Centro, no dia 19 de Dezembro, que faça...

Num ofício enviado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) ao presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), José Tereso, é explicado que “o artigo 3.º da Lei n.º 10/2010, de 14 de Janeiro, se mantém em vigor na ordem jurídica”.

Ou seja, “os trabalhadores que tenham exercido funções ou actividades de apoio nas áreas mineiras e anexos mineiros ou em obras e imóveis afectos à exploração da Empresa Nacional de Urânio (ENU)” estão isentos das taxas moderadoras, quando estejam em causa consequências na saúde decorrentes da sua actividade, refere.

Esta isenção aplica-se quer os trabalhadores que tenham exercido funções ou actividades à data da dissolução da ENU ou, “no caso de cessação de contrato anterior à dissolução, que tenham aí trabalhado por um período não inferior a quatro anos”.

O ofício deixa também claro que se encontram igualmente isentos “os cônjuges ou pessoas que com eles vivam em união de facto e descendentes directos”.

Neste âmbito, o presidente do conselho directivo da ACSS, Rui Santos Ivo, pede à ARSC a divulgação desta informação junto dos hospitais e dos agrupamentos de centros de saúde da região Centro.

Esta situação vem sendo denunciada há mais de um ano pela Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio (ATMU), que ainda em Novembro do ano passado realizou uma vigília de protesto junto ao centro de saúde de Nelas.

No final de Dezembro, também a Assembleia Municipal de Nelas mostrou o desagrado com a situação, aprovando, por unanimidade, uma moção a exigir ao ministro da Saúde a reposição da legalidade.

Com sede na Urgeiriça, Canas de Senhorim, no concelho de Nelas, a ENU teve a seu cargo, desde 1977, a exploração de minas de urânio em Portugal.

A empresa entrou em processo de liquidação em 2001 e encerrou definitivamente no final de 2004.

Estudo revela
Se é mulher e está a pensar deixar de fumar, esteja atenta ao seu ciclo menstrual. Segundo um estudo a fase folicular ajudam a...

De acordo com um estudo desenvolvido na Universidade de Montreal e publicado no Hindawi Psychiatry Journal, o seu ciclo menstrual pode desempenhar um papel determinante na forma como deixa de fumar, escreve o jornal Sol na sua edição digital.

Os investigadores analisaram 34 fumadores crónicos saudáveis (19 mulheres e 15 homens) que não estavam a pensar deixar de fumar. Tiveram que fumar um cigarro 30 a 40 minutos antes de fazerem uma ressonância magnética. Durante o exame tiveram que ver uma sequência de imagens relacionadas com tabaco e outras ‘neutras’.

Após a ressonância, os voluntários tiveram quer ver as mesmas imagens mais uma vez e dar-lhes uma ‘nota’ de 0 a 100, no que dizia respeito à vontade que tinham de fumar. Para além disso, os investigadores testaram 13 das 19 mulheres de forma a perceber as suas respostas consoante o ponto em que estavam no seu ciclo menstrual.

A investigação mostrou que durante a fase folicular (depois do período, mas antes da ovulação) ver cigarros ou imaginar que se estava a fumar activava pelo menos cinco áreas diferentes do cérebro, mostrando que havia um maior desejo de fumar. Mas durante a fase lútea, apenas uma área do cérebro é activada.

De acordo com os cientistas, elevados níveis de estrogénio e progesterona durante esta última fase ajudam uma mulher a sentir-se mais forte e a conseguir resistir aos desejos. Quando os níveis descem (durante a fase folicular, ou seja, após o período) os desejos têm uma maior probabilidade de aumentar.

“A informação recolhida mostra que a vontade de fumar é maior no início da fase folicular, que começa após a menstruação”, disse Adrianna Mendrek, líder da equipa de investigação ao Huffington Post.

No entanto, é preciso realçar que esta foi a única forma que os investigadores arranjaram de relacionar os desejos e o ciclo menstrual. Não houve qualquer ligação entre as fases menstruais e as ‘notas’ dadas pelos participantes. Mendrek disse também que as diferenças entre as fases são “subtis”.

Até final da semana
O tempo vai continuar frio pelo menos até ao final da semana, prevendo-se temperaturas mínimas abaixo dos 5 graus Célsius em...

O meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) adiantou que hoje vai registar-se uma pequena alteração do estado do tempo com uma pequena subida da temperatura mínima em algumas regiões do país, mas os termómetros voltarão a descer na quarta-feira.

De acordo com Ricardo Tavares, as temperaturas mínimas vão estar, durante a semana, abaixo dos cinco graus no interior e entre os cinco e os oito no litoral oeste e as máximas vão variar entre os 10 e os 15 graus em todo o país.

"Hoje, realmente, há uma subida das temperaturas mínimas da ordem dos dois ou três graus no norte, mas amanhã a tendência é para voltar descer e durante a semana vai manter-se, apesar de poder registar-se alguma variação de um ou outro grau, mas vai manter-se nesta ordem de grandeza. Portanto, o tempo frio vai continuar ao longo da semana", concluiu.

O IPMA prevê para quarta-feira céu com períodos de muita nebulosidade, tornando-se gradualmente pouco nublado ou limpo a partir do meio da manhã, vento fraco, soprando temporariamente moderado de nordeste nas terras altas do norte e centro até meio da manhã.

A previsão aponta ainda para neblina ou nevoeiro matinal, que poderá persistir até ao início da tarde em alguns locais, acentuado arrefecimento nocturno, com formação de geada, em especial nas regiões do interior e pequena descida da temperatura mínima.

European Business Awards
Em 2013, a Jaba Recordati foi eleita Campeã Nacional na categoria Melhor Empregador do Ano pelo European Business Awards. Este...

A Jaba Recordati, subsidiária portuguesa da farmacêutica Recordati, concorre pela segunda vez aos European Business Awards e pela primeira vez à categoria Empreendedor do ano tendo a partir de hoje o seu vídeo institucional disponível online para votação pública.

Os European Business Awards (EBA) são um reconhecimento internacional que vem premiar a inovação, excelência e sustentabilidade das melhores empresas europeias. Em 2013, votaram online mais de 95 mil pessoas nas suas empresas preferidas.

A primeira fase de votação do EBA decorre entre 6 de Janeiro e 24 de Fevereiro de 2015. Para votar basta ir ao site www.businessawardseurope.com, visualizar os vídeos dos candidatos e votar. É possível eleger os candidatos através do país que representam ou da categoria a que estão nomeados. Competem pelo título de Campeão Nacional um total de 709 empresas representantes de 33 países europeus, um recorde de participações nos EBA 2014/15 patrocinados pela RSM International

Na primeira fase de apuramento dos EBA 2013/2014, a Jaba Recordati, subsidiária portuguesa da farmacêutica Recordati, foi eleita Campeã Nacional na categoria Empregador do Ano, um reconhecimento que veio premiar a aposta da empresa numa política de recursos humanos diferenciadora e centrada no indivíduo.

Na segunda fase de votação a Jaba Recordati foi galardoada com o prémio europeu de melhor Empregador do Ano 2013/2014 na final dos EBA numa cerimónia que decorreu em Atenas com a participação de empresários e representantes políticos europeus.

Para Nelson Pires, Director-geral da Jaba Recordati “o programa do European Business Awards reconhecido largamente como uma das competições mais duras na Europa e presidida por um júri altamente qualificado, permite-nos posicionar-nos entre um dos negócios top ten europeus e é uma oportunidade para tentarmos premiar a dedicação e esforço de todos os nossos colaboradores e shareholders.

 

Sobre os European Business Awards

Os European Business Awards reconhecem e premiam a excelência, as boas práticas e a inovação das mais bem-sucedidas e sustentáveis empresas na Europa. A competição serve três propósitos para a comunidade empresarial europeia. Fornece exemplos para a comunidade empresarial, celebra o sucesso individual e organizacional e disponibiliza case studies para que todos possam aprender com estas organizações de sucesso.

Para mais informações, visite www.businessawardseurope.com

 

Sobre a Jaba Recordati

A Jaba Recordati actua em três áreas de negócio, produtos inovadores sujeitos a prescrição médica, genéricos e produtos de venda livre. A subsidiária portuguesa foi responsável em 2013 por um volume de negócios de 32,9 milhões de euros, correspondente a cerca de 4% da facturação global do grupo Recordati. A Jaba Recordati tem operações nos PALOP, nomeadamente Angola, Cabo Verde e Moçambique.

Para mais informações, visite: www.jaba.pt e http://www.businessawardseurope.com/vote/detail/the-rsm-international-entrepreneur-of-the-year-award/13071

2.500 atendimentos diários
Cerca de 4 mil idosos estão a ser acompanhados pelo serviço "Saúde 24 Sénior", que telefonicamente segue estas...

Este serviço, que é gerido pela mesma empresa que gere a linha Saúde 24 – Linha de Cuidados de Saúde (LCS) – e é acessível a partir do mesmo número (808 24 24 24), entrou e vigor a 25 de Abril do ano passado.

Desde então, foram identificados cerca de 4 mil idosos, os quais estão a ser contactados por colaboradores da Linha, os quais averiguam o seu estado de saúde, a sua mobilidade e dependência ou outras limitações. Segundo Sérgio Gomes, através deste contacto os idosos são ajudados a realizar algum treino físico, sempre que tenham condições para isso, e a praticar uma alimentação mais saudável. O eventual estado de depressão em que estes idosos se encontrem é igualmente averiguado através destes contactos. Sérgio Gomes adiantou que cerca de metade destes idosos apresenta um nível de dependência razoável.

Além deste serviço, a Linha Saúde 24 continua o atendimento normal, tendo nos últimos dias registado um aumento das chamadas. Segundo Sérgio Gomes, no início de Dezembro a Linha Saúde 24 recebia uma média de 1.800 chamadas por dia, encontrando-se actualmente a realizar 2.500 atendimentos diários.

Este aumento, “expectável para a altura do ano”, centra-se nas pessoas com mais de 65 anos e também na faixa pediátrica, que se situa nos 40 a 45% da procura. O principal motivo das chamadas são problemas respiratórios, gastrointestinais, musculares, e outro tipo de limitações.

De acordo com Sérgio Gomes, cerca de 18% dos casos atendidos por este serviço telefónico são encaminhados para as urgências hospitalares.

Investigadores demonstram
Pela primeira vez, foi possível detectar e isolar, no fluxo sanguíneo, células susceptíveis de criar metástases e espalhar um...

Uma equipa de cientistas nos Estados Unidos demonstrou que é possível, graças a pequenos bocados específicos de ADN espetados à superfície de diminutas bolinhas de ouro, detectar no sangue humano células cancerosas que estão à deslocar-se à procura de novos sítios do corpo para invadir. A inédita técnica, que poderá permitir destruir estas células antes de elas se instalarem noutros órgãos e formarem metástases, foi descrita recentemente na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Quando um cancro forma metástases, o prognóstico para o doente não é bom; já pode ser tarde demais. Ora, até aqui, não era possível apanhar as células cancerosas circulantes directamente no sangue, antes de elas colonizarem novos tecidos.

Agora, Chad Mirkin, da Universidade Northwestern (EUA), e colegas, conseguiram literalmente fazer brilhar essas células iluminando-as do interior por uma salva de microscópicos very-light. Os cientistas deram à sua invenção o nome de NanoFlares (nano-clarões) e mostraram, em várias condições experimentais, que eles permitem não só detectar individualmente as células cancerosas na circulação sanguínea, como também isolá-las. E que, como não matam estas células, permitem ainda cultivá-las no laboratório para testar a eficácia de diversos fármacos anti-cancro.

“Tanto quanto sabemos, esta é a primeira abordagem baseada na genética que permite ao mesmo tempo o isolamento e a análise genética intracelular de células tumorais vivas em circulação”, escrevem os autores na PNAS.

A bolinha de ouro que forma o núcleo dos NanoFlares, com apenas 13 nanómetros (milionésimo de milímetro) de diâmetro, está coberta por uma camada de pequenas sequências de ADN (em hélice simples) capazes de reconhecer e de se ligar a genes específicos das células cancerosas. Por sua vez, essas sequências de ADN estão "acopladas" a bocadinhos de ADN que contêm o clarão propriamente dito (uma molécula fluorescente).

Inicialmente, a fluorescência do clarão é abafada pela proximidade do ouro, explicam ainda os cientistas no seu artigo. Mas o que acontece é que os NanoFlares penetram, não se sabe bem como, no interior das células. E se vierem a dar com o material genético específico do cancro que são capazes de reconhecer, ligam-se a ele, libertando o bocadinho que contém o clarão. Ao afastar-se da bolinha de ouro central, o clarão vai assim iluminar o interior da célula em causa, marcando-a como cancerosa.

“O NanoFlare acende uma luz dentro das células cancerosas que procuramos”, diz o co-autor Shad Thaxton em comunicado de Universidade Northwestern. “E o facto de os NanoFlares serem eficazes na complexa matriz do sangue humano constitui um enorme avanço técnico. Conseguimos encontrar pequenos números de células cancerosas no sangue, o que é mesmo como procurar uma agulha num palheiro.”

Os cientistas construíram quatro tipos de NanoFlares, cada um dirigido contra um alvo genético conhecido por estar associado a cancros da mama agressivos (isto é, que formam facilmente metástases). Mais precisamente, os NanoFlares são dirigidos contra o “ARN mensageiro” (uma outra forma de material genético) que codifica certas proteínas que se sabe estarem associadas às células dos cancros agressivos da mama.

E a seguir mostraram, em particular, que esses NanoFlares eram capazes de detectar as células cancerosas, com uma taxa de erro inferior a 1%, quando estas eram misturadas com sangue de dadores humanos saudáveis.

Uma vez identificadas as células, os cientistas conseguiram separá-las das células normais e estudá-las em cultura. “Ao contrário de outras técnicas de isolamento de células cancerosas, baseadas em anticorpos, a exposição das células aos NanoFlares não resulta na morte celular”, escrevem ainda. Ora, esta ausência de toxicidade poderá permitir estudar células cancerosas vivas, avaliar o seu potencial metastático e determinar qual a melhor combinação de fármacos para as eliminar. “Isto poderia conduzir a terapias personalizadas, nas quais olhamos para a forma como as células de um dado doente respondem a diversos cocktails terapêuticos”, diz por seu lado Chad Mirkin.

Os autores testaram os nano-clarões, com resultados igualmente promissores (embora com maiores taxas de falsos positivos), em ratinhos que são utilizados como modelo experimental de cancro da mama humano. E neste momento, explica ainda o comunicado, estão a tentar ver se a sua nova técnica consegue detectar células cancerosas directamente no sangue de doentes com cancro da mama.

Ao coelho-bravo
A Secretaria da Agricultura e Ambiente dos Açores anunciou hoje a proibição da caça nas ilhas das Flores e S. Jorge devido ao ...

A 11 de Dezembro, o Governo dos Açores proibiu a caça na Graciosa face ao "surgimento de um grande número de coelhos-bravos mortos" naquela ilha "indiciando a ocorrência da Doença Hemorrágica Viral (DHV)".

Hoje, a tutela adianta, numa nota, que a interdição da caça ao coelho-bravo nas Flores e São Jorge “é uma medida apropriada e que deve ser tomada a nível preventivo antes da confirmação da doença”, acrescentando que a patologia, “apesar de muito contagiosa para os coelhos (bravos e domésticos), não é de modo algum transmissível aos seres humanos ou a outras espécies animais”.

Enquanto se espera pelos resultados das análises para apurar as causas da mortandade entre os coelhos nestas ilhas, a Direcção Regional dos Recursos Florestais tem em curso iniciativas destinadas a informar a população sobre os comportamentos a adoptar, nomeadamente no que se refere à promoção de boas práticas para impedir a disseminação do vírus, caso se confirme tratar-se da Doença Hemorrágica Viral dos coelhos.

Em locais públicos, como portos e aeroportos, têm sido colocados editais informativos proibindo o trânsito de coelhos e seus derivados para o restante arquipélago.

O Governo Regional assegura que a implementação de todas estas iniciativas tem permitido “uma evolução positiva na contenção dos efeitos do surto” da virose hemorrágica detectada na ilha Graciosa.

Além do controlo e da realização diária de vistorias, recolha e eliminação dos cadáveres com o apoio da Câmara Municipal das Lages das Flores, como forma de eliminar potenciais focos infecciosos, está a ser distribuído um folheto informativo sobre a forma de actuar perante a detecção de animais mortos, apelando-se a que os Serviços Florestais locais sejam imediatamente avisados para a sua recolha e registo.

A tutela revela, ainda, que também já foram registados dois animais mortos na ilha Terceira, tendo-se igualmente procedido à recolha de amostras para análise no Laboratório Regional de Veterinária, que determinará eventuais medidas adicionais.

É desaconselhado o consumo humano de carne de coelhos eventualmente infectados.

Direcção-Geral da Saúde reforça
Apesar de correspondência com uma das três estirpes não ser total, responsáveis afirma que esta é melhor protecção contra a...

Entre centros de saúde e farmácias, ainda há cerca de 200 mil vacinas - entre doses gratuitas disponíveis nos centros de saúde e vacinas à venda nas farmácias - contra a gripe disponíveis para serem tomadas pelos grupos de risco. Apesar da correspondência não ser total com uma das estirpes contempladas, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) reforça a recomendação para que as pessoas com 65 ou mais anos, doentes crónicos e profissionais de saúde a tomem de forma a proteger-se. A actividade gripal está a aumentar e o pico de infecções deverá acontecer entre o final deste mês e início de Fevereiro.

Segundo Graça Freitas, sub-directora-geral da Saúde, já terão sido administradas nos centros de saúde cerca de 930 mil vacinas contra a gripe. Doses que estão a ser dadas gratuitamente às pessoas com 65 e mais anos nos centros de saúde, sem necessidade de pagamento de taxa moderadora ou receita do médico, a residentes em lares de idosos, doentes que estão colocados na rede de cuidados continuados e a crianças e adolescentes com doenças crónicas que estejam institucionalizados

Ponto de situação
O acesso aos serviços de urgências de alguns hospitais do país complicou-se nos últimos dias, com tempos de espera que chegam a...

No Grande Porto, os serviços de urgência dos hospitais de Gaia, Santo António e São João (Porto) estavam hoje ao final da manhã com uma afluência acima do normal, mas, contactados pela Lusa, todos referiram que a situação não é caótica.

No Hospital de Gaia o principal problema é a falta de camas para internamento. De acordo com uma fonte hospitalar, os doentes são obrigados a permanecer horas em observação no serviço de urgência até que seja possível transferi-los.

A mesma fonte referiu que se encontram nesta situação cerca de meia centena de doentes.

No Hospital de Santo António, a urgência regista também uma procura acima da média, mas o serviço “não está caótico”.

Fonte hospitalar referiu que foi decidido reforçar o número de camas de internamento, o que tem permitido encaminhar os doentes sempre que necessário. Na passada sexta-feira, que foi considerado “um dos piores dias”, foram atendidas 424 pessoas, quando a média é de 300.

No Hospital de São João, de acordo com o director do Serviço de Urgência, João Sá, “a situação é idêntica” ao que se está a passar a nível nacional.

“Nos últimos dias, tivemos doentes urgentes que esperaram, em média, quatro horas para serem atendidos”, lamentou o responsável.

João Sá considerou que “o aumento da procura é tradicional desta época, mas o aumento da procura interligado ao problema da escassez de recursos humanos faz com que a situação se agrave. Aconteceu agora e vai continuar a acontecer, se não se mudarem as regras de contratação de profissionais para as urgências”.

No Hospital Padre Américo, em Penafiel, interior do distrito do Porto, a segunda maior urgência médico-cirúrgica do norte do país, a situação é considerada “normal para a época”, confirmando-se uma forte afluência de doentes.

Barros da Silva, director clínico, disse à Lusa que nos últimos dias foram reforçadas as equipas nas urgências “para fazer face aos picos de afluência que já eram esperados”.

Fonte da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) disse à Lusa que “apesar de um aumento do número de admissões no serviço de urgência, a situação ainda não compromete significativamente os tempos de espera para a primeira observação médica”.

“Comparando com o período homólogo de 2013 (correspondendo aos dados aproximados da última semana de 2014 e início de 2015) constatou-se globalmente um aumento do número de admissões no serviço de urgência da ULSAM”, explicou.

A ULSAM integra os hospitais de Viana do Castelo e Ponte de Lima, além de 13 centros de saúde.

No Centro Hospitalar da Cova da Beira, que agrega os hospitais da Covilhã e do Fundão, tem havido um ligeiro aumento da procura do serviço de urgências e, logo, um maior tempo de espera para o atendimento.

O presidente da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, Vieira Pires, disse à Lusa que o serviço de urgência do Hospital Amato Lusitano (HAL) está a funcionar "sem problemas", apesar de uma afluência de doentes "acima da média", tendo o serviço de urgência sido reforçado com mais médicos desde o dia 01 de Janeiro".

Já em Loures, segundo fonte hospitalar, hoje de manhã havia 30 doentes para internar e, apesar de estar a 100%, ainda havia capacidade para internamentos devido às altas de outros doentes.

Na segunda-feira havia 18 médicos na urgência devido a um "reforço normal que acontece às segundas-feiras, enquanto hoje estão 17 médicos ao serviço”.

A maior parte dos casos de urgência são doenças respiratórias, pessoas mais velhas, doenças crónicas que se agravam, acrescentou a fonte.

No hospital de Abrantes, unidade que agrega as urgências dos hospitais de Tomar e Torres Novas, do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), distrito de Santarém, os bombeiros debatem-se "de forma recorrente" com o problema da falta de macas.

Em declarações à Lusa, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Abrantes, António Jesus, disse que as ambulâncias, e respectiva tripulação, ficam "retidos no hospital por falta de macas durante várias horas e de forma recorrente, comprometendo o socorro às populações".

Questionado pela agência Lusa, o Conselho de Administração do CHMT, através da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, disse que, no período entre o dia 1 e 4 de Janeiro, o número de atendimentos no Serviço de Urgência Médico Cirúrgica do CHMT foi de 607 episódios, com um tempo médio de espera entre a triagem e o atendimento médico de uma hora e 23 minutos.

No Centro Hospitalar do Baixo Vouga, que integra as unidades de Estarreja, Aveiro e Águeda, a Urgência do Hospital de Aveiro registou na manhã de hoje alguns picos de afluência, que obrigaram a um reforço de meios e à transferência de alguns doentes para o Hospital de Águeda, que socorreu a unidade de Aveiro também em macas.

“Para já, ainda não está nenhum cenário grave e temos conseguido dar resposta aos bombeiros. Estava uma corporação em espera, mas nós já providenciamos mais quatro marcas, que fomos buscar a Águeda, e esse problema vai deixar de existir”, disse a responsável pela comunicação.

Segundo descreveu à Lusa, verificaram-se alguns picos de afluência, sobretudo de pessoas idosas, adiantando que três doentes foram transferidos para o Hospital de Águeda, para conseguir libertar camas, dada a dificuldade de escoamento, sentida sobretudo na área da Medicina.

No Hospital de Aveiro permanecem dezenas de doentes à espera de vaga nos cuidados continuados, cujas camas são necessárias para escoar os doentes da urgência e, segundo Rosa Aparício, “foi pedido ao serviço social para fazer novo contacto com essas unidades”.

Já no Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, a principal unidade, o Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, a situação foi descrita como normal para a época do ano pelas relações públicas.

Nos últimos dias, a afluência ao Serviço de Urgência do Hospital de Beja também “tem sido normal para a época" e o atendimento aos doentes tem acontecido "dentro dos tempos previsíveis”, segundo fonte oficial da unidade hospital.

O mesmo não aconteceu em Évora, onde, entre sexta-feira e sábado, houve "um aumento do tempo de espera" por parte dos utentes, ultrapassando o recomendado", devido à falta de médicos, segundo reconheceu o gabinete de comunicação.

Entre sexta-feira e sábado, utentes das urgências do hospital alentejano esperaram mais de 18 horas para serem atendidos, disseram à agência Lusa fontes da unidade de saúde, apontando como um dos motivos a falta de médicos.

Nas urgências do Centro Hospitalar do Algarve, que engloba as unidades de Faro, Portimão e Lagos, não tem havido registo de problemas e os tempos de espera estão “dentro do aceitável” para a época, segundo o director do departamento de Urgência, Emergência e Cuidados Intensivos.

De acordo com Luís Pereira, o tempo de espera para os doentes urgentes não ultrapassava os 60 minutos hoje de manhã no hospital de Faro, o maior dos três.

Segundo o médico, começaram hoje a ser integrados nas urgências do centro hospitalar 121 médicos internos, que vão contribuir para “agilizar procedimentos” e para um atendimento mais rápido.

Ruptura temporária
Um antibiótico com a substância activa benzilpenicilina, pertencente ao grupo das penicilinas, está esgotado em várias...

Em causa está o fármaco com o nome comercial Lentocilin, cuja substância activa é a benzilpenicilina benzatínica, um antibiótico usado para o tratamento de infecções do trato respiratório superior, sífilis, febre reumática ou difteria, entre outras doenças.

Segundo a autoridade que regula o sector do medicamento (Infarmed), a ruptura do medicamento foi motivada “por constrangimentos no processo de fabrico relacionados com a falta da substância activa”.

O laboratório Atral, titular da Autorização de Introdução no Mercado (AIM), divulgou, a 12 de Novembro, uma comunicação dirigida aos profissionais de saúde sobre a ruptura temporária no abastecimento dos referidos medicamentos.

Na altura, o laboratório previa que o abastecimento destes medicamentos fosse retomado a partir de 08 de Dezembro do ano passado, o que não aconteceu.

Eduardo Oliveira, director dos assuntos regulamentares do Laboratório Atral, confirmou a ruptura do fármaco, que já se sente em “várias farmácias e hospitais”.

Este responsável sublinhou que este é um fármaco “essencial em algumas situações”, embora existam alternativas terapêuticas, as quais devem ser escolhidas pelos médicos.

O antibiótico em questão pode ser administrado através de uma injecção de dose única, ou em mais doses.

Segundo Eduardo Oliveira, o laboratório solicitou autorização ao Infarmed para um novo fabricante da substância activa - o North China Pharmaceutical Group Corp (NCPC) – aguardando ainda resposta do Infarmed.

O instituto confirmou este pedido: “Com o objectivo de obter a substância activa em falta junto de um outro fabricante, os Laboratórios Atral, em cumprimento com as obrigações legais, submeteram um pedido de alteração aos termos da AIM para substituir o fabricante de substância activa autorizado”.

O Infarmed “tem agilizado a gestão deste processo, para que a avaliação desta alteração aos termos da AIM seja concluída com a máxima brevidade”.

“Do ponto de vista regulamentar, é fundamental garantir o cumprimento dos requisitos e normas nacionais e europeias, garantindo assim que a qualidade, a segurança e a eficácia destes medicamentos continuam asseguradas”, esclarece o Infarmed.

Associação de Administradores Hospitalares
A Associação de Administradores Hospitalares considera que a falta de recursos humanos nos cuidados de saúde é um dos...

“Temos olhado para esta situação com natural preocupação e especial consternação, atendendo a alguns desfechos fatais de doentes em espera nos serviços de urgência”, declarou a presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares.

Marta Temido avisa que se trata de uma “situação cíclica”, já que há alturas do ano, como nos meses de inverno, em que é habitual haver relatos de elevadas esperas nas urgências ou congestionamentos nos hospitais.

“Não se pode dizer que são situações imprevistas. São situações para as quais os serviços deveriam estar capacitados para responder, até porque não são grande emergências nem situações de catástrofe, são apenas picos de afluência”, referiu.

Marta Temido não crê, por isso, que seja apenas um problema de falta de planeamento, mas antes de dotação dos recursos necessários em função da afluência previstas.

“Era possível ter previsto estas situações e acautelá-las, designadamente tendo reforços de recursos que estivessem previamente disponíveis para entrar caso houvesse necessidade. Obviamente que isso tem um custo”, afirmou.

A responsável apontou o caso das urgências do hospital Amadora-Sintra, para o qual acabaram por ser contratados mais profissionais, mas só depois de “se terem verificado situações de espera além dos tempos de referência”.

O problema não está só nos hospitais, considera a presidente da Associação dos Administradores Hospitalares, lembrando que chegam às urgências várias situações de agravamento de doenças crónicas que deveriam ter tido resposta noutros níveis, nomeadamente nos centros de saúde.

A Ordem dos Médicos salienta que Portugal perdeu num só ano mais de 400 camas hospitalares, considerando que este problema, aliado à falta de planeamento, contribui para relatos sobre congestionamento nos hospitais “de norte a sul do país”.

O Ministério da Saúde admite que a afluência às urgências é maior nesta altura do ano “um pouco por todo o lado”, mas adianta que “há serviços que estão a responder muito bem”, enquanto outros “têm maior dificuldade”.

“Os que têm maior dificuldade estão nos grandes centros urbanos, mas nem todos nos centros urbanos se deparam com problemas”, afirmou fonte oficial do Ministério.

Sindicatos dos médicos e enfermeiros
Os sindicatos dos médicos e enfermeiros atribuem as dificuldades que se vivem em algumas urgências hospitalares à falta de...

Para o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, o problema não são as falsas urgências, até porque estas “não devem ser assim apelidadas”.

“Ninguém vai de ânimo leve a um hospital para tratar um problema de saúde”, disse, considerando que estas idas se devem a “falta de alternativas”.

Para a dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Guadalupe Simões, muitos dos casos que são atendidos nas urgências hospitalares só são ali tratados porque encerraram extensões de centros de saúde.

Mais do que o fecho destas extensões, foi a diminuição de profissionais nesses centros de saúde, que impediu o tratamento dessas pessoas mais perto das suas casas.

Guadalupe Simões atribui ainda à diminuição do número de camas nos hospitais o congestionamento que se vive em algumas instituições, acrescentando que “não existe qualquer fundamento para a criação de centros hospitalares”, a qual se traduziu em menos camas.

“Não houve outra estratégia, à excepção da questão economicista”, disse. Para a dirigente sindical, o problema agrava-se em épocas com maior afluência de doentes, já que as camas entretanto desactivadas não são reabertas. Guadalupe Simões alerta ainda para o estado de exaustão em que se encontram os profissionais de saúde, que em muitos casos “trabalham em condições terceiro-mundistas”.

Roque da Cunha atribui a situação que se vive em algumas urgências a uma má organização e à falta de profissionais. O médico defende a existência de “equipas coesas e adequadamente constituídas”, uma solução que “é muito melhor, até financeiramente, do que a contratação de empresas de prestação de serviços".

Segundo este sindicalista, cabe aos conselhos de administração “organizar as escalas anuais” e levar em conta “os aumentos de procura esperados”.

“Os planos de contingência não devem ser a situação normal”, adiantou. Roque da Cunha alertou para as consequências de uma sobrecarga do trabalho dos médicos, nomeadamente “uma maior possibilidade de erro”.

Por isso, defendeu “uma investigação com todo o detalhe” aos casos em que dois doentes morreram, um no Hospital de São José, em Lisboa, e outro no Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, após horas à espera nas urgências. “Estas situações têm de ser investigadas com todo o detalhe, saber o que aconteceu, qual a responsabilidade”, declarou.

Ordem dos Médicos
A Ordem dos Médicos salientou hoje que Portugal perdeu num só ano mais de 400 camas hospitalares, considerando que este...

O Ministério da Saúde admite que a afluência às urgências é maior nesta altura do ano “um pouco por todo o lado”, mas adianta que “há serviços que estão a responder muito bem”, enquanto outros “têm maior dificuldade”.

“Os que têm maior dificuldade estão nos grandes centros urbanos, mas nem todos nos centros urbanos se deparam com problemas”, afirmou fonte oficial do Ministério.

Para a Ordem dos Médicos, os problemas de congestionamento nos hospitais estão a ocorrer um pouco por todo o país, com o bastonário a estimar que a situação se vai agravar quando Portugal entrar num período de maior epidemia de gripe.

“Isto é consequência inevitável das medidas tomadas por este governo por razões economicistas, porque a saúde está a ser gerida como uma repartição de finanças”, afirmou à Lusa o bastonário José Manuel Silva, criticando a falta de planeamento para preparar o inverno e o maior afluxo previsível de doentes aos hospitais e centros de saúde.

O bastonário lamenta que só no período depois do natal tenham sido tomadas algumas medidas ao nível dos centros de saúde, que é onde considera que tem origem a maior parte dos problemas.

“Enquanto a reposta dos cuidados de saúde primários não for a adequada, as urgências hospitalares vão estar permanentemente congestionadas em períodos de maior procura. O Ministério da Saúde devia ter feito planeamento para reforçar os horários de abertura dos centros de saúde e reforçar as equipas hospitalares, mas por razões economicistas não o fez”, disse.

Uma das soluções para os cuidados primários seria, segundo o bastonário, a contratação de médicos de família que se aposentaram precocemente. Nas contas da Ordem, nos últimos cinco anos reformaram-se 1.400 médicos de família, a maioria por antecipação.

Para os médicos, outro problema central é a falta de camas nos hospitais, já que, segundo dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), Portugal tem quatro camas por cada mil habitantes.

Esta questão tem-se vindo a agravar, sublinha José Manuel Silva, dado que só entre Março de 2013 e Março de 2014 se perderam 420 camas hospitalares.

Na altura do Natal foram relatados problemas nas urgências do hospital Amadora-Sintra, que chegou a ter mais de 20 horas de espera, devido a problemas com os médicos escalados e a uma afluência maior do que o normal.

Depois desta situação, o Ministério decidiu determinar aos centros de saúde da Grande Lisboa para alargarem os seus horários de funcionamento nos dias 30 e 31 de Dezembro e 02 de Janeiro.

Já hoje foi noticiado que corporações de bombeiros de concelhos do Oeste, servidos pela urgência de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste, denunciaram que há ambulâncias a ficarem retidas no hospital por falta de macas, comprometendo o socorro às populações.

Tão importante ao convívio humano…
A voz humana consiste no som produzido pelo ser humano usando as suas cordas vocais para falar, cant
Voz

A voz é uma característica humana intimamente relacionada com a necessidade do homem se agrupar e comunicar. Ela é produto da sua evolução, um trabalho em conjunto do sistema nervoso, respiratório e digestivo e de músculos, ligamentos e ossos, actuando harmoniosamente para ser possível obter uma emissão eficiente.

As cordas vocais, primordialmente, não foram feitas para o uso da voz. Esta foi uma função na qual a laringe (local onde se encontram as cordas vocais) se especializou, mas estes músculos foram desenvolvidos, em primeiro lugar, para as funções de respiração, alimentação e esficteriana.

De modo geral, o mecanismo para gerar a voz humana pode ser subdividido em três partes: os pulmões, as pregas (cordas) vocais (que se encontram dentro da laringe) e os responsáveis pela articulação: lábios, língua, dentes, palato duro, véu do palato e mandíbula.

Os pulmões geram um fluxo de ar, que é o "combustível da voz”. O diafragma expulsa este ar, que passa pelas pregas vocais, fazendo-as vibrar, transformando o ar em impulsos sonoros. Os músculos da laringe ajustam a duração e a tensão das pregas vocais para adequar a altura e o tom podendo sugerir emoções variadas (raiva, felicidade…). Isto é particularmente importante para quem trabalha com a voz.

As pregas vocais vibram muito rapidamente. Nos homens, o número de ciclos vibratórios é de cerca de 125 vezes por segundo. Na mulher, que tem voz, geralmente, mais aguda, o número aumenta para 250 vezes por segundo. A esta característica damos o nome de frequência. As pregas vocais do homem têm mais massa e são menos esticadas que as da mulher (como no violão, as cordas mais esticadas são mais agudas e vibram mais que as cordas mais graves).

O mau uso da voz é responsável por grande número de doenças do aparelho vocal.

A voz está associada à fala, na realização da comunicação verbal, e pode variar quanto à intensidade, altura, inflexão, ressonância, articulação e muitas outras características.

Frequência
A mais baixa frequência que pode dar a audibilidade a um ser humano é mais ou menos de 20 hertz (vibrações por segundo), enquanto a mais alta se encontra entre 10.000 e 20.000 hertz, dependendo da idade/capacidade do ouvinte (quanto mais idoso menores as frequências máximas ouvidas).

A frequência comum de um piano é de 40 a 4.000 hertz e a da voz humana encontra-se entre os 60 e os 7.000 hertz.

Eufonia e disfonia
Eufonia é o nome dado à emissão de uma voz saudável. O contrário, ou seja, uma voz doente com uma ou mais características alteradas é denominada de disfonia.

A disfonia pode ser orgânica, funcional ou mista (orgânica e funcional). Não é propriamente uma doença, mas o sintoma, uma manifestação do mau funcionamento de um dos sistemas ou estruturas que actuam na produção da voz. Por exemplo a rouquidão, (quando está constipado) é um tipo de disfonia. Já à incapacidade de produzir a voz o nome dado é de afonia.

Existe tratamento para a disfonia e o profissional habilitado e responsável pela intervenção das disfonias é o fonoaudiologista. Habitualmente este profissional trabalha em conjunto (no caso da voz) com o otorrinolaringologista ou o laringologista.

As várias doenças da voz:

- Fuga glótica;
- Utilização de bandas ventriculares;
- Disfonia psicogénica;
- Paralisia das cordas vocais;
- Pólipos, nódulos, quistos;
- Refluxo;
- Papiloma;
- Laringite crónica, leucoplasias e queratoses;
- Cancro da laringe.

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Conheça
Quase todas pessoas sentem, por vezes, uma certa rouquidão.
Mulher com dor de garganta

A rouquidão representa um mau funcionamento da actividade normal do canal vocal, ou laringe, localizado na garganta.

A laringe é um conjunto de cartilagens, músculos e membranas mucosas que constituem a entrada para a traqueia.

Contém as cordas vocais - dois conjuntos de membranas mucosas que cobrem músculos e cartilagens.

Em condições normais, as cordas abrem-se e fecham-se suavemente, formando sons através dos seus movimentos vibratórios. Mas quando o ar se escapa por entre as cordas vocais, quando tal não devia ocorrer, a voz torna-se rouca.

São várias as causas de rouquidão e todas elas têm uma justificação. Por isso, é necessário perceber o que está por trás de cada uma:

Cansaço

Falar ou cantar muito alto ou por muito tempo pode resultar numa laringite, situação em que as cordas vocais ficam inflamadas ou irritadas e incham, provocando a rouquidão. O excesso frequente do uso das cordas vocais pode provocar chagas (úlceras de contacto) ou a aparição de nódulos nas cordas vocais, o que provoca a rouquidão.

Doença

Uma vulgar gripe ou outras doenças do tracto respiratório podem provocar uma laringite.

Pólipos

O excesso do uso das cordas vocais pode provocar pólipos. Os pólipos - pequenas excrescências na membrana da mucosa - podem interferir com o movimento normal das cordas vocais, provocando rouquidão.

Tabaco

Fumar pode provocar uma inflamação crónica das cordas vocais. Pode igualmente levar à formação de nódulos cancerígenos. Um fumador com rouquidão permanente deverá sempre consultar o médico.

Acidez (refluxo esofágico)

Regurgitações frequentes dos sucos estomacais para o esófago ou para a garganta podem provocar úlceras de contacto nas cordas vocais.

Idade

À medida que se envelhece, as cordas vocais podem perder a tensão. Com menor tensão, as cordas deixam de funcionar como o faziam anteriormente.

Paralisia vocal

Ferimentos ou pressões sobre os nervos dos músculos que fazem mover as cordas vocais, podendo levar a uma paralisia vocal.

Procurar auxílio

Felizmente, na maioria dos casos, a rouquidão pode ser atribuída a ligeiras afecções do tracto respiratório ou a irritação provocada por um uso indevido ou excessivo da voz, que tendem a desaparecer ao cabo de alguns dias.

Contudo, uma rouquidão que se prolongue por mais de duas ou três semanas exige uma consulta médica. Uma consulta que deve ser imediata se a pessoa, além da rouquidão, tem hemorragias quando tosse, dificuldade em engolir ou respirar amplamente ou se constata a existência de algum nódulo estranho na garganta.

Não há tempo a perder, pois a rouquidão pode ser sinal de algo de grave, incluindo o cancro da laringe.

Para a rouquidão provocada pelo cansaço ou infecções respiratórias, o descanso é o único tratamento necessário. Se os pólipos são a causa da rouquidão, fazê-los extrair pode solucionar o problema. Frequentemente, os médicos recomendam a terapia vocal para evitar o reaparecimento dos pólipos.

Se a rouquidão é provocada por um afrouxamento das cordas vocais, uma intervenção cirúrgica pode torná-las mais tensas.

Como tratar (ou evitar) a rouquidão:

  • Não fume e evite o "fumo em segunda mão";
  • Evite falar muito alto e durante muito tempo. Se tem necessidade de falar perante grupos muito numerosos, use um microfone ou um megafone;
  • Evite o álcool e a cafeína que desidratam o organismo, tornando a garganta mais seca;
  • Beba muita água;
  • Humidifique a sua casa;
  • Evite as comidas muito picantes;
  • Evite cochichar, que exige ainda maior força das cordas vocais do que a fala normal;
  • Faça educar a sua voz, se se trata de um cantor ou de pessoa em que a qualidade da voz seja importante;
  • Inale vapor durante alguns minutos antes de se deitar. Enquanto dormir, faça funcionar um humidificador no seu quarto;
  • Chupe rebuçados expectorantes, gargareje com água salgada ou masque uma pastilha para manter a garganta húmida;
  • Evite clarificar a garganta e pigarrear. Faz mais mal do que bem e provoca vibrações anormais das cordas vocais, ao mesmo tempo que pode aumentar um eventual inchaço.

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