Na sexta-feira
Quatro projectos de resolução que exigem o cumprimento da legislação sobre o acompanhamento médico periódico e gratuito aos ex...

Os projectos de resolução foram apresentados pelo PEV, BE, PCP e PS, depois de a Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio (ATMU) ter denunciado que, contrariamente ao que refere a Lei nº 10/2010 - que no artigo 3.º prevê “o acompanhamento médico periódico e gratuito” aos antigos trabalhadores Empresa Nacional de Urânio (ENU) e familiares directos – têm sido cobradas taxas moderadoras para a realização de consultas e de exames.

O presidente da ATMU, António Minhoto, disse que uma delegação de antigos trabalhadores e familiares se deslocará na sexta-feira a Lisboa para ver como os partidos do Governo acolhem os projectos de resolução dos partidos da oposição.

“Se os sinais forem negativos, vamos juntar um grande movimento, mobilizar toda a gente numa só luta, porque há várias questões por resolver que são consequência da exploração de urânio em Portugal”, avisou.

Segundo António Minhoto, serão mobilizados não só os antigos trabalhadores e seus familiares, mas também “os moradores das casas que foram construídas pela ENU e que estão altamente contaminadas (devido à radioactividade)” e as populações de Mangualde e de Tábua, “onde há ainda minas por recuperar”.

Por resolver está também a reivindicação do pagamento de indemnizações aos familiares dos trabalhadores que morreram devido a doenças provocadas pela radioactividade.

“Se o Governo continuar com medidas fora da lei, nós, os trabalhadores e as populações, vamos agir rapidamente e com grandes manifestações”, prometeu.

Na terça-feira, o Ministério da Saúde divulgou um ofício, datado de 19 de Dezembro e enviado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) ao presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), José Tereso, no qual é explicado que o artigo 3.º da Lei nº 10/2010 “se mantém em vigor na ordem jurídica”.

O ofício refere que “os trabalhadores que tenham exercido funções ou actividades de apoio nas áreas mineiras e anexos mineiros ou em obras e imóveis afectos à exploração da ENU” estão isentos das taxas moderadoras, quando estejam em causa consequências na saúde decorrentes da sua actividade.

Esta isenção aplica-se quer aos trabalhadores que tenham exercido funções ou actividades à data da dissolução da ENU ou, “no caso de cessação de contrato anterior à dissolução, que tenham aí trabalhado por um período não inferior a quatro anos”.

O ofício deixa também claro que se encontram igualmente isentos “os cônjuges ou pessoas que com eles vivam em união de facto e descendentes directos”.

Neste âmbito, o presidente do conselho directivo da ACSS, Rui Santos Ivo, pede à ARSC a divulgação desta informação junto dos hospitais e dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da região Centro.

A ARSC garantiu na quarta-feira à Lusa que "já informou o ACES Dão Lafões relativamente à isenção de taxas moderadoras na saúde para os ex-mineiros e seus familiares directos".

"Esta informação seguiu logo após a ARSC ter recebido o esclarecimento da ACSS, de 02 de Janeiro de 2015, sobre a interpretação da Lei 10/2010, de 04 de Janeiro, e do decreto-lei nº 113/2011, de 29 de Novembro", explica, acrescentando que também enviou, na quarta-feira, a informação à ATMU.

Com sede na Urgeiriça, Canas de Senhorim, no concelho de Nelas, distrito de Viseu, a ENU teve a seu cargo, desde 1977, a exploração de minas de urânio em Portugal.

A empresa entrou em processo de liquidação em 2001 e encerrou definitivamente no final de 2004.

Nos jovens
As causas da perda de audição são diversas e diferem consoante a faixa etária.

“As dificuldades auditivas nos jovens começam a ser um problema de saúde pública devido ao uso de headphones e à frequência de locais com ruído de alta intensidade”, alerta o Presidente da Associação Portuguesa de Audiologistas, Jorge Humberto Martins.

As razões da perda de audição podem ser diversas mas “atendendo ao envelhecimento da população a principal causa de perda de audição é a idade, ou seja o envelhecimento natural. A esta perda auditiva chama-se presbiacusia”, refere o especialista. Porém as causas do deficit de audição variam consoante a faixa etária. Jorge Humberto Martins explica: “ao nascimento a causa genética tem um grande contributo, já à entrada do ensino formal a patologia do ouvido médio, nomeadamente as otites, são a grande causa da perda de audição que se adicionam às doenças da infância, traumatismos e outras causas de problemas auditivos”.

Na idade adulta, o ruído, a medicação e as doenças aumentam a incidência da perda de audição. No idoso, à presbiacusia adiciona-se todas as perdas de audição que a pouco e pouco se vão adquirindo ao longo da vida.

Em Portugal pouco se sabe acerca da prevalência e incidência deste problema, mas segundo estudos realizados nos Cursos Superiores de Audiologia indicam que a prevalência não é muito diferente da prevalência internacional, sendo que por volta dos 6 anos, a perda de audição por problemas do ouvido médio (e portanto resolúvel), pode chegar aos 7% e a partir dos 65 anos a perda de audição bilateral, pelo menos de grau ligeiro, é uma realidade em quase todos os idosos.

“Também a partir dos últimos censos foi possível recolher alguns dados mas não permitem concluir sobre a prevalência por faixa etária, se a surdez é congénita, pré-lingual ou pós-lingual, não permite obter informação sobre a etiologia da surdez, etc.”, lamenta o especialista.

A implementação de um programa de promoção da saúde auditiva podia permitir o cálculo da incidência – novos casos – uma vez que a perda de audição é algo que se instala ao longo da vida sem que na grande parte das vezes o indivíduo se aperceba e são os familiares ou os amigos que primeiro a “sentem”.

As consequências da perda de audição são diferentes de acordo com a idade de surgimento da deficiência auditiva, por exemplo uma criança com uma perda de audição que não foi ainda diagnosticada pode ser classificada como distraída, irrequieta ou com dificuldades de aprendizagem; uma pessoa idosa terá tendência a isolar-se socialmente e a deprimir por não conseguir compreender a conversação das pessoas à sua volta. Muitas vezes existe vergonha e é um estigma admitir que há uma perda que audição e que é necessário utilizar um aparelho auditivo. Na realidade essa vergonha e estigma não têm razão de existir visto que a perda de audição é tão natural como a perda de visão. A resolução da perda de audição é fundamental para a melhoria da qualidade de vida do indivíduo e é esse o nosso objectivo enquanto profissionais de saúde.

Importância da prevenção

“Mais do que prevenir a perda de audição é fundamental prevenir o seu impacto na vida do indivíduo e naturalmente na sociedade em que se insere”, considera Jorge Humberto Martins. Para que isso aconteça, além de não haver comportamentos de risco, como seja o ouvir música a intensidades elevadas, é fundamental fazer a sua detecção precoce. Para isso, o especialista defende a existência de rastreios, desde o nascimento à velhice, de um modo organizado e universal.

A valorização da audição acontece como em relação a outras situações: só é dada quando começam a sentir os efeitos da perda. “Acresce o facto que a audição é um problema que não se vê pelo que qualquer que seja a faixa etária muitas vezes é confundida por má vontade, distracção, demência ou mesmo burrice do indivíduo”, comenta o especialista.

A ciência da Audiologia

A Audiologia é a ciência que estuda a audição e o equilíbrio pelo que previne, identifica, avalia e re(h)abilita/trata perturbações nestas funções.

Em Portugal, é a licenciatura em Audiologia que permite aceder à cédula profissional passada pelo ministério da saúde que atesta a capacidade de exercer a profissão de Audiologista, uma profissão de saúde devidamente regulamentada, mas uma área pouco valorizada. Na opinião de Jorge Humberto Martins, “poder-se-á dever à pouca visibilidade que a profissão e os seus profissionais tiveram até à actualidade”.

Por outro lado, este facto também se poderá ficar a dever “à inexistência de legislação que regulamente a venda dos auxiliares de audição. Estes auxiliares de audição, nomeadamente aparelhos auditivos, que permitem a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, deveria ser considerados produtos de saúde e, como tal, ter a sua venda exclusivamente subsequente a todo um processo de reabilitação auditiva de que faz parte não só a adaptação do auxiliar de audição mas também o aprender a voltar a ouvir”.

A reabilitação auditiva é um processo complexo, demorado, individual e adaptado às vivências e necessidades do indivíduo. “A inexistência de legislação que regulamente a comercialização destes equipamentos permite que esta seja efectuada por indivíduos sem qualquer formação académica para o efeito”, alerta.

Dia Mundial do Audiologista comemorado pela primeira vez

Foi a 10 de Outubro de 2014 que em Portugal se comemorou pela primeira vez o Dia Mundial do Audiologista. “Este dia permitiu que a Audiologia enquanto ciência e o Audiologista enquanto profissional fossem mais falados nos órgãos de comunicação social e tenha chegado um pouco mais de informação à população”, disse Jorge Humberto Martins.

Segundo o mesmo especialista a comemoração deste dia teve a sua origem em países em que a profissão é mais valorizada, por isso o objectivo da Associação em se associar a esta efeméride foi o de contribuir para a melhoria da informação fornecida à população sobre os cuidados a ter com a sua audição e naturalmente sensibilizar as pessoas que possuam este problema que devem recorrer a profissionais credenciados para a avaliação e reabilitação da sua perda auditiva.

As acções desenvolvidas nesse dia permitiram uma maior exposição à comunidade civil da profissão, do profissional e da associação. Contudo, refere o especialista “sentimos que muito mais deverá ser feito no campo da divulgação dos cuidados de saúde auditiva desde a nascença até à idade adulta e com uma cada vez maior importância na população idosa”.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Infarmed
Em Setembro passado, genéricos já representavam quase metade do total dos medicamentos vendidos nas farmácias. Significa que os...

Os portugueses estão a comprar mais medicamentos e optam cada vez mais pelos genéricos, mais baratos do que os fármacos que lhes deram origem, escreve o jornal Público na sua edição digital. Quase metade (46,3%) dos medicamentos vendidos em Portugal em Setembro passado já eram genéricos, um aumento de perto de 2% face ao mesmo mês de 2013, revelou a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).

Mesmo assim, apesar da opção crescente por fármacos mais baratos, os gastos dos cidadãos nas farmácias acabaram por crescer entre Janeiro e Setembro de 2014. A explicação é simples. Nos primeiros nove meses de 2014, foram comercializadas mais 4,6% de unidades de medicamentos nas farmácias, o que implicou um acréscimo, ainda que menor, dos encargos para os utentes (mais 1,1%) e também para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). No total, o Estado gastou perto de 857 milhões de euros e os cidadãos, 511 milhões de euros, indica o último balanço sobre consumo de medicamentos nas farmácias divulgado pelo Infarmed.

Quanto à quota de genéricos, apesar de esta não parar de crescer nos últimos anos, o Infarmed faz questão de notar que, no conjunto de medicamentos em que há substâncias activas com genéricos comercializados nas farmácias, a quota era em Setembro de 63,6%, o que significa que ainda é substancial o potencial de crescimento do consumo deste tipo de fármacos. O organismo volta a recordar, a propósito, que o preço médio dos genéricos desceu muito desde 2009: se nesse ano rondava os 16 euros, em Setembro passado custava 7,26 euros, em média.

Em unidades, entre Janeiro e Setembro, nas farmácias venderam-se mais antidepressivos (acréscimo de 8%), antiepilépticos e anticonvulsionantes (mais 7%) e antidislipidémicos (fármacos para o colesterol, um aumento de 5,3%), entre outros tipos de medicamentos, de acordo com a última monitorização do Infarmed.

Já nos hospitais públicos os gastos com medicamentos continuaram a diminuir ligeiramente até Outubro passado, para um total de 818,5 milhões de euros, um ligeiro decréscimo (menos 0,6%) face ao mesmo período de 2013. Na prática, gastaram-se menos 4,7 milhões de euros nos 46  hospitais do SNS com gestão pública considerados noutro relatório também divulgado pelo Infarmed, este relativo ao consumo em meio hospitalar.

Um decréscimo que “decorre, provavelmente, das medidas implementadas relativas à definição e revisão dos preços dos medicamentos hospitalares assim como do acordo estabelecido entre o Ministério da Saúde e a indústria farmacêutica”, justifica.

A maior parte da despesa com medicamentos nos hospitais é feita no ambulatório (consulta externa, hospital de dia e cirurgias que não implicam internamento), 631 milhões de euros, que correspondem a mais de três quartos dos gastos totais. “O elevado peso do ambulatório hospitalar deve-se, essencialmente, à despesa com medicamentos para a infecção com VIH, oncologia, artrite reumatóide” e outras patologias, refere.

Por grupos terapêuticos, os medicamentos usados sobretudo em oncologia (imunomoduladores) são os que implicam mais gastos nos hospitais públicos, seguidos pelos antivíricos. Enquanto no primeiro grupo terapêutico se observou um acréscimo dos encargos (mais 6,3%), sobretudo devido ao preço de alguns fármacos inovadores, no segundo grupo, que inclui os medicamentos para o VIH/sida, a despesa diminuiu, graças à redução do custo médio dos medicamentos desta área.  Os medicamentos órfãos (para doenças raras) representaram de Janeiro a Outubro de 2014 um encargo de 67,3 milhões de euros,  uma variação homóloga de mais 6,9%.

O Infarmed nota ainda que, neste período, os hospitais que mais contribuíram para o decréscimo na despesa foram o Centro Hospitalar de Lisboa Norte, o Centro Hospitalar de Lisboa Central e o Instituto Português de Oncologia de Lisboa.

Em três anos
Nos últimos anos as rescisões superaram as aposentações. Sindicato Independente admite que tendência nova também contribuiu...

Em três anos 1400 médicos abandonaram o SNS por sua iniciativa. Em 2012 e 2013 as denúncias e resoluções de contrato por parte dos clínicos superaram mesmo as aposentações, o que nunca tinha acontecido, noticia o iOnline.

Segundo uma análise do jornal i a dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), as saídas por vontade própria aumentaram em 2010, quando começou o congelamento salarial na função pública. Em 2011 e 2012 foram mais do dobro do que as que se registavam em 2009, mais de 500 por ano. Em 2013 baixaram para 387, sendo que, ainda assim, houve mais 40 médicos a rescindir do que a reformarem-se.

Numa altura em que se tenta perceber o que tem gerado as dificuldades nos serviços de urgência, o fracasso no planeamento dos recursos humanos poderá ter mais esta variável em conta. O governo insiste que tem contratado todos os médicos que se formam mas nem sempre o saldo tem sido positivo. Se os estudos feitos na última década já anteviam dificuldades dado o envelhecimento da classe e um período em que as vagas de Medicina não eram suficientes para as aposentações previsíveis, reformas antecipadas e rescisões terão agravado o défice.

Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), admitiu ao i não ter noção da dimensão das rescisões mas adianta que havia a percepção de que este, a par das reformas antecipadas, seria um factor importante, sendo aliás números que o SIM tinha solicitado à tutela numa recente carta aberta. O dirigente atribui as saídas à desmotivação e concorrência do sector privado, que tem a fragilizado os serviços. O facto de as unidades estarem dependentes de autorização da tutela para contratações e haver um histórico elevado de saídas que não foram substituídas terá contribuído para o evidenciar de lacunas este Inverno, quando a maioria das unidades tem testemunhado que não há mais doentes do que noutros anos, apenas menos meios - não só médicos mas também enfermeiros e auxiliares. No Amadora-Sintra havia, por exemplo, pedidos à tutela para a contratação de 17 médicos desde Março do ano passado, que só pelo Natal foram autorizadas face ao pico de 22 horas de espera na noite de 23 para 24.

O problema das urgências vai ser esta tarde discutido no parlamento após um agendamento potestativo do PS. Ontem o SIM reuniu-se com deputados socialistas, alertando que se o problema de planeamento carece de uma resposta a médio prazo, reduzir as burocracias na contratação pode ter um resultado imediato.

Segundo o dirigente, metade dos médicos que concluíram a especialidade em Abril do ano passado ainda não está colocado devido a atrasos nos procedimentos concursais, continuando como internos nos serviços onde fizeram a formação. "Se são 500 médicos vezes 24 horas de urgência por semana, estamos a falar de 12 mil horas. Estando ainda como internos, não têm autonomia e não podem estar escalados sem supervisão." Roque da Cunha diz que tal como muitos clínicos rescindem contratos, alguns destes médicos que aguardam há quase um ano por uma colocação e vencimentos de início de carreira, 600 euros superior ao que têm como internos, poderão ser aliciados para o privado com melhores condições. Sobretudo os melhores, adverte.

O SIM defende que a colocação destes médicos deverá demorar no máximo três meses. "Não faz sentido numa situação de calamidade de recursos humanos haver este corpo de médicos a aguardar", defende o dirigente. Do lado da tutela, o alargamento excepcional dos horários dos centros de saúde e autorização de contratações foram as medidas paliativas. Mas Paulo Macedo pretende a médio prazo também que os médicos trabalhem mais anos nas urgências, sendo que actualmente podem pedir dispensa do serviço nocturno aos 50 e do diurno a partir dos 55 anos. Roque da Cunha diz que 30% dos médicos continua ainda assim a fazer urgências para lá destas idades, admitindo que será difícil obter um acordo sobre esta matéria dado a actividade nas urgências ser de elevado risco de burnout.

A partir de 1 de Fevereiro
A Administração Regional de Saúde do Norte decidiu acabar, a partir de 1 de Fevereiro, com o prolongamento de horário em 10...

Das 30 unidades de saúde familiar do Norte que têm prolongamento de horário, oito vão deixar de funcionar ao fim de semana e duas não estarão abertas depois das 20 horas, confirmou ao JN Rui Cernadas, do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte. A par desta redução, vai ser introduzida uma uniformização, que implicará que as unidades que até agora abrem ao domingo (das 9 às 13 horas) passem a funcionar ao sábado, no mesmo horário, escreve o Jornal de Notícias.

Investigação sugere
Investigadores americanos sugerem que manter o nariz quente e evitar o ar frio ajuda os vírus a não se reproduzirem.

O vírus que causa a constipação comum dá-se melhor num nariz frio, de acordo com cientistas americanos. O estudo mostrou que o sistema imunológico humano fica mais fraco quando exposto a temperaturas mais baixas, o que permite a disseminação do vírus. Os investigadores sugeriram manter o nariz quente e evitar o ar frio enquanto se estiver constipado. Os rinovírus são um dos principais grupos de vírus que deixam os nossos narizes a escorrer e nos fazem espirrar.

A equipa da Universidade de Yale testou o rinovírus a uma temperatura nasal de 33ºC e uma temperatura corporal normal de 37°C. “Sabemos há 50 anos que o vírus se reproduz com mais facilidade no nariz, mas o mecanismo nunca foi claramente definido”, disse à BBC a investigadora Akiko Iwasaki, citada pelo Diário Digital. A investigadora disse que o sistema imunológico torna-se mais fraco num nariz frio e dá ao vírus mais oportunidades para se reproduzir.

Duas ferramentas importantes - um conjunto de sensores que detectam a infecção e os químicos que coordenam a resposta imunológica - foram menos eficazes em temperaturas mais frias. “Em geral, quanto menor a temperatura, mais baixa é a resposta imune inata ao vírus”, disse Iwasaki. A cientista afirmou que as descobertas poderiam ajudar a explicar por que a constipação é mais comum nos meses de Inverno. Mas advertiu que isso é “muito mais complicado”.

Outros factores, incluindo mudanças de comportamento no Inverno em comparação com o Verão, também podem ajudar a explicar as constipações de Inverno.

Iwasaki sugeriu algumas formas de combater uma constipação: “Pode ficar num clima tropical quente ou tentar impedir que a cavidade nasal seja exposta a ar muito frio”.

Jonathan Ball, professor de virologia da Universidade de Nottingham, disse que as descobertas podem explicar por que o rinovírus infecta o nariz em vez de partes mais quentes do corpo, como os pulmões.

“Sabemos que a temperatura das células que revestem o nariz são mais frias do que outras partes menos expostas do corpo. Isso pode explicar por que o rinovírus causa constipações e é menos capaz de causar infecções pulmonares mais graves, como a influenza faz”, disse à BBC.

ONU:
O director da missão da ONU de resposta ao Ébola alertou para “um problema de coordenação” na luta contra a epidemia,...

“Os governos da Libéria, Serra Leoa e Guiné Conacri são quem está a dirigir (...), isto é sobre os seus cidadãos, sobre o destino dos seus países (e) devíamos reconhecer essa liderança nacional”, disse Ismail Ould Cheikh Ahmed, o novo director da missão da ONU para a Resposta de Emergência contra o Ébola.

“Há um problema de coordenação”, afirmou, na sua primeira visita a Monróvia, alertando para “demasiados cozinheiros na cozinha” com boas intenções.

Por proposta do PS
A Assembleia da República debate hoje a situação das urgências hospitalares, por proposta do PS, numa discussão que contará com...

Os deputados do PS solicitaram na terça-feira "o agendamento potestativo de um debate de actualidade para a reunião plenária do dia 08 de Janeiro de 2015 com o tema: ‘situação das urgências hospitalares'", segundo o requerimento.

Para preparar esse debate, o PS marcou reuniões com delegações de representantes de médicos e de enfermeiros, entre quarta-feira e hoje no parlamento: Ordem dos Enfermeiros, Sindicato Independente dos Médicos, Federação Nacional dos Médicos, Sindicato dos Enfermeiros e Ordem dos Médicos foram as entidades ouvidas.

Nas últimas semanas, foram relatadas várias experiências de utentes nas urgências, com mais de 20 horas de espera para atendimento no hospital Amadora-Sintra, por exemplo, devido a problemas com os médicos escalados e a uma afluência maior do que o normal.

Posteriormente, o Ministério da Saúde decidiu determinar aos centros de saúde da Grande Lisboa para alargarem os seus horários de funcionamento nos dias 30 e 31 de Dezembro e 02 de Janeiro.

Em Lisboa e em Santa Maria da Feira, dois homens morreram antes de receberem cuidados médicos enquanto esperavam nas urgências do Hospital de São José e de São Sebastião, respectivamente.

Numa experiência com ratos
Investigadores identificaram um novo antibiótico, que, numa experiência com ratos, se revelou eficaz no combate a certas...

O antibiótico, chamado de teixobactin, é uma molécula natural que uma equipa de cientistas da Universidade Northeastern, em Boston, nos Estados Unidos, descobriu, passando em revista dez mil compostos extraídos de bactérias provenientes do solo e cultivadas sobre microrganismos, através de uma "câmara de difusão" introduzida na terra durante uma a duas semanas.

Testado em ratos, o teixobactin revelou-se eficaz sobre estirpes resistentes de bactérias como a "Clostridium difficile", responsável por diarreias, a "Staphylococcus aureus", na origem de intoxicações alimentares, e a "Mycobacterium tuberculosis", que causa a tuberculose, de acordo com o artigo publicado na Nature.

Estirpes destas bactérias desenvolveram resistências aos antibióticos clássicos.

Segundo a investigação, o teixobactin mata a bactéria, provocando a ruptura na parede celular, um método semelhante ao de um outro antibiótico, a vancomicina, usada, desde a década de 1950, no tratamento de infecções bacterianas, mas como último recurso, e que ganhou resistências ao fim de 30 anos.

A equipa de investigadores liderada por Kim Lewis salienta, como vantagens do novo antibiótico, a ausência de efeitos secundários, esperando iniciar ensaios clínicos com humanos dentro de dois anos, depois de aperfeiçoadas as propriedades farmacêuticas do teixobactin. O estudo foi financiado pela farmacêutica norte-americana Novobiotic, da qual Kim Lewis é consultor.

Na Amadora
A Associação de Pais e Amigos de Deficientes Profundos – Amorama – inaugura novas instalações na Amadora permitindo apoiar mais...

"É um equipamento importante para o concelho, pela resposta que dá a pessoas portadoras de deficiência", considerou a presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares. As novas instalações da Amorama na urbanização Vila Chã orçaram em cerca de 2 milhões de euros, comparticipados em 1.175.000 euros do Programa Operacional Potencial Humano, da Segurança Social (POPH), e em 354 mil euros pelo Programa de Apoio à Construção de Equipamentos Sociais da Câmara da Amadora.

Segundo José Reis, presidente da Amorama, a instituição fundada em 1988 "tem como objectivo a recuperação de portadores de deficiência", a partir dos 16 anos, nas valências de centro de actividades ocupacionais e de serviço de apoio domiciliário.

As novas instalações vão permitir voltar a disponibilizar uma resposta social para pessoas com deficiência e para as suas famílias na área de lar residencial, valência que tinha sido suspensa com as actuais instalações, explicou o dirigente da associação.

O município da Amadora cedeu o terreno para as instalações, comparticipou na construção e "vai lançar o concurso para os arranjos exteriores, no valor de mais 100 mil euros", adiantou a presidente da autarquia.

A associação presta actualmente apoio a 24 utentes no centro de actividades ocupacionais, que aumentarão para 28 e podem no futuro chegar a 60, destinando-se a pessoas com deficiência mental, proporcionando actividades de desenvolvimento pessoal e social e lúdicas.

O serviço de apoio domiciliário aumentará de 45 para 92, assegurando a prestação de cuidados individualizados no domicílio como higiene pessoal e habitacional, fornecimento de refeições, acompanhamento ao exterior e administração de medicação.

A valência de lar residencial, para pessoas impedidas, temporária ou definitivamente de residir no seu meio familiar, arranca com 22 utentes, admitindo-se que possa ser ampliada para 28.

"O novo edifício poderá permitir o aumento neste apoio para 188 utentes, além de criar 61 novos postos de trabalho", afirmou, em comunicado, a autarquia da Amadora, com base em informação prestada pela Amorama.

Para já, o presidente da instituição admitiu "mais 32 novos postos de trabalho", mas as contratações dependem ainda da concretização dos acordos a estabelecer com as entidades oficiais.

"As respostas são sempre curtas para as necessidades", reconheceu Carla Tavares, embora salientando que o concelho da Amadora possui instituições que prestam um apoio fundamental a portadores de deficiência.

Para José Reis, "as pessoas com familiares portadores de deficiência são verdadeiros heróis e a comunidade precisa de ser sensibilizada para esta realidade", frisou.

Estudo averigua causas
O Centro de Investigação de Recursos Naturais dos Açores está a fazer um estudo através do qual pretende apurar as causas do ...

A investigação "aterosclerose como principal causa das doenças cardiovasculares" é coordenada por Maria Leonor Pavão, do Centro de Investigação de Recursos Naturais dos Açores, que pertence à universidade açoriana.

"Ao nível da incidência de morte por isquemia cardíaca, que é cerca do dobro daquela que se observa no continente português, portanto, é nossa preocupação perceber porque é que isso acontece e quais são os factores de risco prevalentes que existem na região e que podem explicar esta diferença", adiantou Maria Leonor Pavão, sem especificar números.

A coordenadora do estudo explicou que se pretende analisar os factores de risco ao nível "dos mais tradicionais", como a hipertensão, a obesidade ou o consumo de tabaco e álcool, mas também outros factores de "natureza molecular que não estão comummente aceites pela comunidade científica".

Maria Leonor Pavão esclareceu que, "regra geral", se trata de uma doença "silenciosa", que só se descobre quando já está estabelecida e que o estudo tem como principal objectivo "descobrir a doença antes dela se manifestar".

"Uma das nossas preocupações é justamente encontrar marcadores moleculares que tenham a ver ou com a parte genética ou com a parte individual ligada ao ambiente e que pode ser específica para a nossa população. Encontrar marcadores que sejam detectados precocemente, antes que a doença se manifeste", sublinhou.

A investigação está a ser feita com base na comparação da população do continente e de cada uma das ilhas dos Açores, tendo como referência pessoas "aparentemente saudáveis" e doentes acompanhados pelo serviço de cardiologia no Hospital Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada.

"Por um lado, considerando uma população que é aparentemente saudável, portanto, que ainda não tem sintomas da doença, e, por outro lado, uma população de doentes cardiovasculares, numa parceria com o Hospital de Ponta Delgada, através de um grupo de doentes que é recrutado e que nos vai servir para estudar os mesmos parâmetros nas populações aparentemente saudáveis", explicou.

Maria Leonor Pavão diz que o estudo já arrancou há seis anos e que tem avançado conforme "vai aparecendo financiamento", sendo o próximo objectivo aumentar a base de recrutamento de populações para "consolidar conclusões".

Estudo Análise Preliminar dos Indicadores Nacionais de Asma 2014
Alerta é feito pelo Programa Nacional para as Doenças Respiratórias. Apesar de tudo, o número de óbitos relacionados com a...

Os cuidados de saúde primários não têm conseguido controlar os doentes com asma, levando a que muitos casos cheguem aos hospitais em situações que exigem já internamento, escreve o jornal Público na sua edição online. O alerta é deixado no Estudo de Análise Preliminar dos Indicadores Nacionais de Asma – 2014 do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias, publicado nesta semana pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

O relatório da DGS salienta que “melhorando a prestação de cuidados a nível ambulatório, particularmente nos cuidados de saúde primários, será possível diminuir um certo número de internamentos”. Para isso, os responsáveis pelo programa consideram que é preciso aumentar o acesso aos centros de saúde e incentivar a vacinação contra a gripe.

Por outro lado, defendem que se aposte no “diagnóstico precoce e tratamento adequado, na cessação tabágica” e em dar mais formação aos doentes crónicos para que saibam gerir os seus problemas. “A escolha das medidas certas e a sua implementação nos locais certos conduzirão a melhorias na eficiência do sistema de saúde, com consequentes ganhos em saúde e redução de custos”, reforça o documento.

Apesar dos problemas nos centros de saúde, o relatório salienta que o número de mortes associadas à asma tem sido “razoavelmente estável ao longo dos anos, oscilando entre 17 e 32”, sendo o valor mais elevado registado no ano que coincidiu com a gripe pandémica. No que diz respeito aos internamentos directamente relacionados com asma, de 2012 para 2013 houve uma ligeira descida, de 3033 para 2762 episódios – o que representa 3,4% do total de internamentos por doença respiratória. Na maior parte dos casos os doentes tinham menos de 18 anos.

Porém, os autores do relatório salientam que quando aos números da asma como diagnóstico principal se juntam os casos de internamentos em que a asma brônquica também teve um papel, ainda que secundário, o cenário sofreu um agravamento de 2012 para 2013, passando de 15.737 para 16.634 casos. A subida foi sobretudo sentida na Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Como explicações para este fenómeno, os autores dizem que é preciso explorar os dados, mas avançam que a doença pode estar “menos controlada mesmo em internamentos hospitalares decorrentes de outras causas”, mas também pode existir uma “maior sensibilização dos médicos” para os registos.

Os dados permitem também identificar que “uma percentagem elevada (13% em 2013) dos internamentos associados à asma, corresponde a um segundo episódio, sugerindo um risco aumentado de reinternamento hospitalar, perante a condição clínica de asma brônquica”.

Em linhas gerais, o Programa Nacional para as Doenças Respiratórias propunha-se a reduzir em 10% as mortes relacionadas com estas patologias entre 2012 e 2016 – numa altura em que Portugal apresenta dos piores dados da União Europeia no que diz respeito, por exemplo, a óbitos por pneumonia.

Desde perda de patente
20 genéricos do medicamento mais famoso contra a disfunção eréctil estão no mercado desde que, há um ano. O Viagra perdeu a...

De acordo com o organismo que regula o sector do medicamento em Portugal, existem neste momento 51 medicamentos genéricos com Autorização de Introdução no Mercado (AIM) contendo a substância activa Sildenafil, mas nem todos estão à venda.

Destes 51 medicamentos, iniciaram comercialização 20 genéricos do Sildenafil, a substância activa do Viagra, que perdeu a patente no dia 14 de Janeiro do ano passado.

Após esta perda de patente, a venda do Sildenafil aumentou significativamente: 115.430 embalagens vendidas em 2013 e 210.549 nos primeiros três trimestres deste ano.

Em termos de valor, os portugueses deixaram nas farmácias 4.890.743 euros em 2013 e 5.334.325 entre Janeiro e Setembro de 2014.

O Viagra começou a ser vendido em Portugal em 1998 e, desde então, tem sido um dos mais “copiados” em todo o mundo.

A venda ilegal deste fármaco, ou de outros que se fazem passar por este, tem preocupado as autoridades. Segundo o Infarmed, graças à colaboração diária entre este organismo do Ministério da Saúde, a Autoridade Tributária e Aduaneira e os serviços de alfândegas têm sido apreendidos, para distribuição, medicamentos importados directamente de países terceiros.

Em 2014, foram detectadas e apreendidas para destruição (nas alfândegas e no seguimento de parecer do Infarmed) 15.232 unidades de medicamentos contendo na sua composição a substância activa Sildenafil. Entre estes encontram-se produtos que “recorrem a 'alcunhas' como 'o comprimido azul', Nizagara, Kamagra, Vigour, entre outros, e também medicamentos 'que se fazem passar por Viagra', ou seja, suspeitos de falsificação”.

Johnson & Johnson
A Johnson & Johnson já produziu mais de 400 mil doses de vacinas para uso em ensaios clínicos de larga escala até Abril de...

A Johnson & Johnson anunciou ontem que a Janssen, a Companhia farmacêutica do grupo, iniciou a Fase 1 do programa de desenvolvimento clínico de uma vacina contra a infecção pelo vírus Ébola. O ensaio é liderado pelo Oxford Vaccine Group, do Departamento de Pediatria da Universidade de Oxford. O recrutamento para este ensaio encontra-se aberto e os primeiros voluntários receberam já a dose inicial da vacina. Espera-se que a inclusão de participantes esteja concluída no final de Janeiro.

A Janssen, em parceria com a Bavarian Nordic A/S, já produziu mais de 400 mil doses de vacinas, as quais estarão disponíveis até Abril de 2015. Um total de dois milhões de doses será fabricado durante 2015, embora exista capacidade disponível para passar rapidamente para uma escala de cinco milhões de doses adicionais, num período de 12 a 18 meses.

Trata-se de um incremento face ao objectivo inicial de produção de um milhão de doses de vacinação até ao final do ano, acrescidos de 250 mil doses para utilização em ensaios clínicos até Maio de 2015.

"Como líderes globais na área da saúde, temos a responsabilidade de agir rapidamente enquanto o Ébola continua a causar sofrimento entre doentes, familiares e profissionais de saúde na África Ocidental", afirmou Alex Gorsky, Chairman e CEO da Johnson & Johnson. 

"Porque cada dia conta, estamos a acelerar substancialmente a produção da vacina", refere Paul Stoffels, Chief Scientific Officer e Worldwide Chairman da Janssen. "Através de uma colaboração sem precedentes entre a comunidade global na área da saúde, o nosso objectivo é levar a vacina às famílias e aos profissionais de saúde que estão na linha da frente, o mais rapidamente possível".

O primeiro estudo de Fase I em seres humanos irá avaliar a segurança e a tolerabilidade de um esquema de vacinação, no qual os voluntários recebem uma dose inicial de vacina para estimulação do sistema imunitário, seguida de um reforço para aumentar a resposta imunitária ao longo do tempo. A resposta imunitária produzida pela vacina, a longo termo, será igualmente avaliada. Este ensaio irá incluir 72 voluntários saudáveis e estudará diferentes regimes de administração da vacina em comparação com placebo. Estão ainda previstos ensaios clínicos adicionais nos Estados Unidos com início previsto no final deste mês, e um pouco mais tarde em África. Mais detalhes sobre o referido estudo serão disponibilizados em www.clinicaltrials.gov.

 

Sobre a Janssen

A Janssen, empresa farmacêutica do grupo Johnson & Johnson, é uma das companhias farmacêuticas de investigação líder a nível mundial, estando presente em todos os continentes. A Janssen está empenhada em descobrir e disponibilizar medicamentos inovadores para necessidades médicas não preenchidas e desenvolveu ao longo das últimas décadas múltiplas terapêuticas que têm feito a diferença, de forma significativa, na vida dos doentes. As áreas chave da companhia são: as Neurociências, Imunologia, Oncologia, Infecciologia e Doenças Metabólicas. Para mais informações consultar: www.janssen.pt.

Universidade da Beira Interior
A informação foi disponibilizada em Dezembro e alerta para os produtos e seus derivados que podem originar reacções alérgicas.

As cantinas e os bares da Universidade da Beira Interior (UBI) disponibilizam desde Dezembro informação sobre os potenciais alergénios presentes nos produtos alimentares vendidos nesses locais. Segundo os Serviços de Acção Social da UBI (SASUBI), “as alergias ou intolerâncias alimentares constituem um perigo para a saúde das pessoas afectadas, pelo que os consumidores devem poder conseguir tomar decisões informadas”.

Entre as substâncias ou produtos que provocam alergias ou intolerâncias incluem-se vários produtos e alimentos feitos à base deles. Os SASUBI lembram que a lista inclui cereais que contêm glúten (trigo, centeio, cevada, aveia); crustáceos (por exemplo camarão); ovos; peixes; amendoins; soja; leite; frutos de casca rija; aipo; mostarda; sementes de sésamo; dióxido de enxofre e sulfitos; tremoço; moluscos (por exemplo polvo, lulas, caracóis).

As reacções alérgicas podem acontecer “mesmo com quantidades muito pequenas do ingrediente”, acrescentam os Serviços Sociais, e os sintomas incluem problemas de estômago, erupções cutâneas, comichão na pele ou da boca, inchaço da garganta e dificuldades respiratórias.

Pico foi dia 2 de Janeiro
As urgências do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa observaram 709 doentes na segunda-feira, mas o pico foi atingido na sexta...

Segundo Barros da Silva, a elevada afluência tem gerado "alguns constrangimentos" nos serviços, o que se traduz num aumento do tempo médio de espera para atendimento, embora "não exagerado" para a época, observou.

À Lusa, explicou que o impacto só não tem sido maior porque foram reforçadas as equipas para acorrer aos picos que já eram esperados.

Naquele dia de pico, só a urgência médico-cirúrgica do Hospital Padre Américo, em Penafiel, distrito do Porto, atendeu 422 doentes, aos quais acrescem 156 vistos na urgência pediátrica e 54 na de obstetrícia e ginecologia. Na urgência básica do Hospital de Amarante, também no distrito do Porto, foram atendidos 138 casos naquele dia.

A média dos tempos de espera nas quatro urgências do centro hospitalar foi, para os dentes triados com a cor amarela, de 93 minutos. Os "laranjas" esperaram cerca de 40 minutos.

O director disse que um problema informático ocorrido no sábado e no domingo não permite disponibilizar os dados rigorosos desses dias, também de grande movimento, mas já em relação a segunda-feira os dados apontam para a afluência de 709 doentes, 339 dos quais à urgência médico-cirúrgica de Penafiel. À urgência básica de Amarante acorreram 109 utentes.

Os tempos de espera no conjunto dos quatro serviços e urgência foi, na segunda-feira, de 119 minutos para os doentes triados com pulseiras amarelas e 42 com laranjas.

Em média, os tempos de espera em Amarante são superiores aos de Penafiel, o que é explicado por se tratar de uma urgência básica. Os doentes mais graves são transferidos para Penafiel, explicou.

A elevada afluência que se tem verificado às urgências do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa acaba por se reflectir num maior número de internamentos. Segundo Barros da Silva tem sido possível "alocar camas para todas as necessidades" devido à monitorização que tem sido feita pelos serviços nos recursos existentes e nas altas.

Apesar disso, o responsável admitiu que os resultados alcançados nos últimos dias pela segunda maior urgência do norte o país, atrás do Hospital de S. João, no Porto, estão a provocar um elevado cansaço nas equipas, devido à sobrecarga de trabalho.

Numa primeira análise aos dados dos últimos dias, o responsável assinalou que tem aumentado o número de casos mais graves, triados com pulseiras vermelhas e laranjas, a maioria "envolvendo idosos descompensados, com doenças respiratórias e patologias cardíacas".

Questionado sobre se espera para os próximos dias a continuação do elevado número de atendimentos nas urgências, admitiu recear que "o pior esteja ainda para vir", se as temperaturas baixas se mantiverem.

Entre Outubro e Dezembro
As farmácias portuguesas venderam cerca de 600 mil vacinas contra a gripe entre Outubro e Dezembro, que acrescem às mais de 900...

Segundo dados da Associação Nacional de Farmácias (ANF), o maior pico de venda de vacinas foi em Outubro, quando foram dispensadas quase 500 mil. Até Dezembro terão sido vendidas cerca de 600 mil.

De acordo com a ANF, mais de duas mil farmácias estão preparadas para administrar a vacina em Portugal, “sem listas de espera ou hora marcada”, com 3.600 farmacêuticos aptos a dar a vacina contra a gripe, depois de terem recebido formação complementar para o efeito.

Além da vacina que pode ser adquirida, mediante receita médica, na farmácia, alguns utentes do Serviço Nacional de Saúde podem levá-la gratuitamente nos centros de saúde, como o caso das pessoas com mais de 65 anos.

Num balanço feito pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) no final da semana passada, estima-se que tenham sido administradas gratuitamente 910 mil doses da vacina contra a gripe, que começou a ser dada em Outubro, contando as que são dadas nos centros de saúde, mas também em lares ou unidades de cuidados continuados.

Nesta época vacinal, à semelhança do que aconteceu em anteriores, as pessoas com mais de 65 anos podem levar gratuitamente a vacina nos centros de saúde, sem necessidade de receita médica ou guia de tratamento, nem de pagamento de taxa moderadora.

A DGS calcula que 60% da população com mais de 65 anos já tenha sido vacinada e avisa que quem ainda não recebeu a vacina pode continuar a procurá-la em qualquer centro de saúde.

Para esta época vacinal, Portugal dispôs de perto de dois milhões de vacinas contra a gripe, entre as que são gratuitas no Serviço Nacional de Saúde e as que podem ser compradas nas farmácias, mediante receita médica e com comparticipação.

A Direcção-Geral da Saúde insistiu na vacinação contra a gripe, como principal medida de prevenção da doença, mesmo que ainda se desconheça qual o vírus dominante neste inverno.

Utentes da Saúde do Médio Tejo
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo disse que as razões do mau funcionamento das urgências naquele Centro Hospitalar...

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 250 mil habitantes do Médio Tejo, distrito de Santarém.

"A concentração da urgência médico-cirúrgica num único hospital", no caso, em Abrantes, "e o crónico sub-financiamento dos hospitais, questões da responsabilidade do Ministério da Saúde, são os dois constrangimentos de raiz que contribuem para os recorrentes problemas na urgência do CHMT", disse o porta-voz da CUSMT.

"Em causa estão os tempos de espera para os atendimentos, em alguns casos a qualidade dos serviços prestados, e também o sofrimento a que são sujeitos alguns utentes que se deslocam às urgências, questão que coloca em causa a dignidade e, por vezes a vida, de quem a elas recorre", disse Manuel Soares.

"Protestam os utentes e familiares, pelas demoras e pelo corrupio constante entre as urgências básicas de Tomar e Torres Novas e a urgência médico-cirúrgica de Abrantes, tendo de percorrer dezenas e dezenas de quilómetros, protestam os profissionais por serem poucos e não terem condições de funcionamento, e protestam as corporações de bombeiros pelo demasiado tempo de espera pelas macas, o que põe em causa, muitas vezes, o seu serviço e a vida de pessoas", assinalou.

Manuel Soares defendeu a "resolução urgente dos problemas de funcionamento das urgências no Médio Tejo e a nível nacional", afirmando "temer por um agravamento da situação devido ao anunciado surto da gripe".

Questionado pela agência Lusa, o Conselho de Administração do CHMT, através da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, disse que, no período entre o dia 1 e 4 de Janeiro de 2015, o número de atendimentos no Serviço de Urgência Médico Cirúrgica do CHMT, em Abrantes, foi "abaixo do tempo médio de espera previsto".

"O registo foi de 607 episódios, com um tempo médio de espera entre a triagem e o atendimento médico de uma hora e 23 minutos, um tempo abaixo do tempo médio de espera previsto, inclusive para a cor verde (pouco urgente), do Sistema de Triagem de Manchester, sistema utilizado no Serviço de Urgência do Centro Hospitalar", informou a administração do CHMT.

O Conselho de Administração daquele centro hospitalar não confirmou o encerramento da Unidade de Curta Duração Cirúrgica de Abrantes no dia 17 de Janeiro, encerramento que chegou a estar previsto, tendo observado que, "para garantir o melhor funcionamento dos serviços prestados aos utentes", foram abertos concursos para a contratação de assistentes operacionais e de enfermeiros, números que não especificou.

Estudo da Universidade Nova de Lisboa
Estudo sobre utilização dos cuidados hospitalares revela efeitos dos anos de crise: mais internamentos mas doentes menos tempo...

A crise aumentou os internamentos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Estes internamentos também passaram a ser mais curtos e subiram os casos de gravidezes com complicações. E o aumento do desemprego em Portugal também surge ligado a mais enfartes agudos do miocárdio, escreve a TSF na sua página digital.

As conclusões são de um estudo de três investigadores da Universidade Nova de Lisboa que analisou os quase 18 milhões de internamentos entre 2001 a 2012. Um dos autores admite que há alguns sinais preocupantes: os portugueses podem estar com menos capacidade para evitar situações de saúde mais graves.

O trabalho publicado na revista científica internacional "Health Policy" (Política de Saúde) tem por título "A Grande Recessão em Portugal: impacto na utilização dos cuidados hospitalares". Um dos resultados revela que, nos anos de recessão (2009, 2011 e 2012), os internamentos aumentaram muito mais do que era habitual até aí, sobretudo aqueles que tiveram origem nas urgências.

Julian Perelman, investigador da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa e um dos autores do estudo, fala num “salto” acima do normal nos internamentos devido à crise (mais 3,2% depois de 2009 e 3,1% depois de 2011). Tendência contrária, de descida, tiveram os tempos de internamento.

À TSF, Perelman sublinha que esta evolução é “estatisticamente significativa” e motivada pela crise, recordando que a análise inclui todos os internamentos no SNS durante uma década. Os resultados são aliás consistentes com outros que já se tinham alcançado em estudos sobre a Grécia e outros países em recessão.

Para além dos efeitos da crise sobre os internamentos nos hospitais do SNS, o trabalho mostra que cresceram as gravidezes com complicações nos anos de recessão e o aumento do desemprego surge associado a mais enfartes agudos do miocárdio (de novo, com crescimentos acima do que tinha acontecido noutros anos).

Os investigadores colocam duas hipóteses sobre o que motivou estas mudanças na procura de cuidados de saúde nos hospitais: a crise limitou a procura de cuidados de saúde privados levando mais doentes ao serviço público; e/ou a falta de dinheiro travou o acesso a consultas da especialidade, cuidados de ambulatório e cuidados de saúde primários.

O investigador da Universidade Nova de Lisboa sublinha que há um sinal de que a crise pode ter mesmo limitado os cuidados de saúde prévios antes da ida ao hospital com sintomas mais graves: o aumento dos internamentos aconteceu, em grande parte, através de doentes chegados pelas urgências.

Os efeitos da crise sobre a saúde dos portugueses têm sido alvo de polémica. Depois de críticas dos especialistas, em Junho de 2013 o ministro anunciou um estudo detalhado. Um ano depois, Paulo Macedo sublinhou que o trabalho estava a ser feito pela OCDE e pela Organização Mundial de Saúde. Um estudo que, segundo fonte do governo, continua a ser feito.

Escutado pela TSF, Luís Graça, presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno Infantil, atribui o aumento das complicações na gravidez ao facto de as mulheres estarem cada vez mais a adiar a maternidade. Luís Graça acrescenta que são pontuais os casos em que as mulheres atribuem complicações na gravidez à falta de dinheiro para as consultas.

Sistema de Alerta Rápido da UE
Em 2014 foram notificadas pela primeira vez mais de 100 novas drogas junto do Sistema de Alerta Rápido da União Europeia,...

Durante a apresentação do relatório anual "A situação do país em matéria de drogas e toxicodependência" relativo a 2013, que decorre em Lisboa, foi feito um ponto da situação sobre "A droga na UE, situação e tendências 2014", pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT).

Em 2013 foram notificadas pela primeira vez 81 novas drogas junto do Sistema de Alerta Rápido da União Europeia. Em 2014 já foram notificadas mais de 100, disse Maria Moreira, do OEDT.

Eleva-se assim para perto de 500 o número de novas substâncias sujeitas à vigilância da agência europeia de informação sobre droga (EMCDDA).

"Estás substâncias aparecem a um ritmo muito significativo, temos 500 substâncias em monitorização e os canabinóides sintéticos são o grupo mais significativo", afirmou.

Maria Moreira disse ainda que está em avaliação o risco de quatro novas substâncias sintéticas consideradas muito perigosas.

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