Colaboração
Os doentes oncológicos tratados no Centro Hospitalar de Lisboa Norte vão realizar exames altamente diferenciados no Instituto...

Esta colaboração, que será hoje firmada através da assinatura de um protocolo entre as duas instituições, permitirá que os doentes seguidos nos hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, que compõem o Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), realizem exames na unidade de tomografia por emissão de positrões (PET) deste Instituto Português de Oncologia (IPO), inaugurada este ano.

Em 2014, o IPO de Lisboa realizou cerca de 2 mil exames PET e estima que, através deste protocolo, sejam realizados entre 800 a 900 exames anuais aos doentes do CHLN.

O administrador do IPO de Lisboa, Francisco Ramos, disse que a instituição é a única da zona sul do país com esta capacidade instalada e que será agora melhor aproveitada pelos doentes do CHLN.

Até agora, adiantou, os doentes do CHLN realizavam estes exames – que são “altamente diferenciados” – em unidades de saúde privadas, a custos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Ficará tudo dentro do SNS, o que é uma vantagem”, adiantou. O IPO de Lisboa tem ainda capacidade para realizar exames a doentes oriundos de outros hospitais de Lisboa, disse Francisco Ramos.

O equipamento PET “melhora claramente o diagnóstico de várias situações oncológicas, como linfomas, melanomas e do foro digestivo, sendo um exame muito diferenciado que melhora a informação para tomar decisões terapêuticas mais rápidas”.

Entre os objectivos deste protocolo consta “uma gestão mais eficiente dos recursos públicos e consequentemente da capacidade instalada, física e de recursos humanos nas instituições”.

“Diminuir o desperdício e potenciar a gestão dos recursos disponíveis, evitando a multiplicação de investimentos para servir os mesmos fins” é outro dos objectivos do acordo. Além da oncologia, este tipo de exame é igualmente importante noutras áreas, como é o caso da cardiologia e da neurologia.

Associação, BE e populares exigem
O Bloco de Esquerda e a Associação de Terapêuticas não Convencionais questionaram o Governo sobre quando pretende concluir a...

A associação que congrega as várias medicinas naturais lembra que foi aprovada em 2003 a lei de “Enquadramento Base das Terapêuticas Não Convencionais” (TNCs), tendo uma regulamentação desta sido aprovada apenas 10 anos depois.

Desde então tem-se sucedido a publicação de portarias que regulamentam a lei, mas o processo ainda não está concluído, o que levou a associação a exigir a completa regulação e regulamentação do diploma, continuando a ser parte activa no processo, designadamente para melhorar alguns pontos nas portarias já publicadas.

Paralelamente encontra-se a correr uma “Petição pela conclusão do processo de regulamentação das TNC”, com mais de 3.400 assinaturas.

Também o Bloco de Esquerda enviou ao Governo uma pergunta sobre a regulamentação da lei, na qual procura saber para quando está prevista a publicação das portarias em falta e que medidas estão a ser desenvolvidas com vista a esse fim. O Bloco questiona ainda o Governo sobre se as organizações e escolas do sector vão ser envolvidas no processo de regulamentação.

Até ao momento foram publicadas sete portarias de regulamentação da lei aprovada em Setembro de 2013, a primeira das quais ainda naquele ano, sobre as competências do Conselho Consultivo para as terapêuticas não convencionais.

Em Setembro de 2014 foram publicadas as portarias que criam o grupo de trabalho de avaliação curricular dos profissionais das TNC, que estabelecem os requisitos mínimos relativos à organização e funcionamento, recursos humanos e instalações técnicas para o exercício daquelas actividades, que fixam o montante das taxas a pagar pela cédula profissional e os montantes a pagar por esse documento.

Já em Outubro, foram publicadas as portarias referentes ao seguro de responsabilidade civil profissional e relativas à caracterização e aos conteúdos funcionais das TNC.

Segundo a Administração Central do Sistema de Saúde, falta agora publicar as portarias referentes ao plano de estudos das sete terapêuticas não convencionais (Acupunctura, Fitoterapia, Homeopatia, Medicina Tradicional Chinesa, Naturopatia, Osteopatia e Quiroprática).

Para ensaios clínicos
A Fundação Gulbenkian vai promover a união de esforços de investigadores portugueses e dos países africanos de língua...

"Vamos coordenar, tentar maximizar e tornar mais atraente aos investigadores do espaço PALOP e Portugal puderem vir a concorrer e a ter candidaturas aprovadas", no âmbito do programa EDCTP, uma parceria entre a União Europeia e países africanos para ensaios clínicos, disse a responsável pelo Programa Gulbenkian Parcerias para o Desenvolvimento.

Os responsáveis da Fundação Calouste Gulbenkian, juntamente com o Governo português, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), perceberam que no programa, que iniciou agora a segunda fase, não tinha havido muitas propostas aprovadas que envolvessem investigadores e grupos de investigação portugueses, referiu Maria Hermínia Cabral.

E o orçamento do programa EDCTP para os próximos seis anos poderá chegar aos dois mil milhões de euros, com as participações dos parceiros, devendo a União Europeia contribuir com cerca de 680 milhões de euros, através do programa Horizonte 2020.

Por isso, foi decidido que a Fundação Calouste Gulbenkian iria coordenar as actividades no sentido de não se fazerem "coisas descoordenadas", explicou a responsável, recordando que, na investigação científica, "a concorrência é grande" para obter financiamentos.

Nesse sentido, o presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Santos Silva, e o Comissário Europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, vão assinar um memorando de entendimento com "o propósito de potenciarem mutuamente as suas capacidades de mobilização para o desenvolvimento de novas soluções clínicas para a Sida, malária, tuberculose e doenças tropicais negligenciadas".

Para Maria Hermínia Cabral, "há uma tentativa crescente de se trazer para o domínio da investigação outros parceiros, em termos de coordenação das intervenções dos diferentes actores", como a sociedade civil ou a indústria farmacêutica.

O objectivo desta iniciativa é "reforçar a participação da investigação em parceria entre investigadores portugueses e dos PALOP para apresentarem propostas com mais possibilidade de sucesso", resumiu.

Recentemente lançado na Cidade do Cabo, na África do Sul, o segundo programa da parceria, o EDCTP2, elegeu também as doenças tropicais negligenciadas como um dos alvos da iniciativa, prevendo o financiamento de bolsas individuais e de projectos de investigação, assim como o reforço das capacidades institucionais dos países da África Subsaariana e a concretização efectiva de ensaios clínicos adaptados ao contexto populacional de cada região.

Conselhos da Sociedade Portuguesa de Transplantação
Numa época em que as urgências hospitalares começam a encher-se de casos de gripe, a Sociedade Portuguesa de Transplantação...

“Os doentes transplantados devem ser vacinados para o vírus influenza (vírus da gripe). Não se sabe exactamente quanto tempo se deve esperar após o transplante para a sua administração, para que seja eficaz. A literatura recomenda a vacinação 3-6 meses após o transplante, dado que nesta altura a dose da medicação imunossupressora (para evitar a rejeição do órgão transplantado por parte do organismo) já é mais baixa e portanto a resposta imunitária à vacina será mais eficaz”, explica Susana Sampaio, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT).

A especialista realça que “a gripe num doente transplantado pode ter consequências muito mais graves do que na população geral. Os doentes imunodeprimidos podem não responder adequadamente à infecção e portanto a “vulgar” gripe complicar-se com infecções bacterianas e dar origem a pneumonia quer vírica quer com infecção secundária a bactérias, geralmente mais graves e que podem levar à necessidade de internamento em Unidades de Cuidados Intensivos pela presença de dificuldade respiratória e podendo haver necessidade de utilizar ventiladores. Em situações muito graves pode mesmo culminar em morte”.

Apesar de a gripe poder ter consequências graves nas pessoas que passaram por um transplante, a durabilidade do órgão transplantado não é afectada. Susana Sampaio afirma que “a infecção pelo vírus da gripe, por si só, não afecta a durabilidade do enxerto mas, as complicações que podem surgir após uma gripe, como por exemplo, uma pneumonia grave com necessidade de ventilação e instabilidade tensional poderão ter repercussões a nível renal com comprometimento na durabilidade do órgão”.

Já Fernando Macário, presidente da SPT, deixa conselhos aos doentes transplantados para que se protejam do vírus da gripe. “Nesta época do ano, em que a infecção pelo vírus da gripe é mais frequente, os doentes transplantados não devem frequentar ambientes fechados e com muita gente para evitar o contágio. Não devem visitar pessoas que saibam estar doentes e devem ser vacinados para a gripe”.

“Se o doente transplantado tiver uma gripe deve estar atento a sinais de maior gravidade: febre alta que não cede a antipiréticos (medicamentos para a febre”, dificuldade respiratória e febre prolongada (superior a três dias), devendo nestes casos recorrer ao seu médico assistente”, conclui o especialista.

Em análises à qualidade das águas
A Sociedade Mineira de Neves, em Castro Verde, encerrou o acesso a alguns dos seus balneários por ter sido detectada a presença...

“No decorrer de análises realizadas à qualidade das águas nos balneários e nas torres de refrigeração na área industrial de Neves-Corvo foi detectada a presença de colónias de ‘legionella’ nas amostras colhidas nos balneários junto à lavaria de zinco”, refere o comunicado da sociedade mineira. O resultado das análises foi conhecido na sexta-feira [12 de Dezembro] à tarde, tendo a empresa decidido encerrar o acesso àqueles balneários.

A empresa informou “de imediato” a autoridade regional de saúde e “tem vindo a informar pessoalmente os utilizadores [dos balneários] a cada passagem de turno”. Segundo o ‘site’ da sociedade, a mina tem actualmente duas lavarias - a de zinco e a de cobre -, mas só foram encontradas colónias de ‘legionella’ na primeira. “As análises aos restantes balneários e torres de refrigeração obtiveram resultados negativos” e a estação de tratamento de água potável continua a funcionar normalmente, refere a Somincor.

A empresa diz que, por enquanto, não existem casos de doença a registar, mas está a recomendar todos os utentes do balneário que informem os seus médicos caso tenham sintomas como tosse, calafrios, dificuldades respiratórias, dores musculares, febre alta ou sintomas gastrointestinais como diarreia e vómitos.

“Foram ainda efectuadas diligências no sentido de contactar uma empresa especializada para proceder à desinfecção desse mesmo balneário”, de acordo com informações avançadas pela empresa.

Entretanto, foi revelado que as análises realizadas na sexta-feira [12 de Dezembro] à presença de colónias de ‘legionella’ na torre de arrefecimento de uma unidade fabril em Sines deram resultados negativos.

De acordo com um comunicado conjunto da Câmara de Sines e da Autoridade de Saúde do Alentejo Litoral, não foram registados casos de doença e a empresa pode retomar a actividade.

A 'legionella', ou doença do legionário, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) pela bactéria, de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde anunciou que novos testes de diagnóstico do vírus Ébola vão estar disponíveis nos próximos meses...

Na sequência de uma reunião que teve lugar em Genebra para determinar novos diagnósticos da febre hemorrágica de Ébola, um dos elementos da Organização Mundial de Saúde (OMS) responsável pelo combate à doença, Francis Moussy, disse, sem avançar uma data exacta, que "os novos testes poderão estar disponíveis nos próximos meses”, estando agora a ser avaliados os resultados dos testes já realizados.

Presente na reunião, o director científico da Fundação para Novos Diagnósticos Inovadores (FIND), sedeada em Genebra, Merk Perkins sublinhou que sem vacina e sem medicamentos, a única forma para controlar a epidemia de Ébola é a detecção precoce da doença.

Actualmente, os resultados aos testes de detecção de Ébola demoram várias horas.

Os testes que estão a ser avaliados são mais rápidos e de fácil utilização e podem ser efectuados fora dos laboratórios, acrescentou o responsável, alertando, no entanto, que é preciso reforçar os equipamentos de protecção para os profissionais que realizem os testes.

 

Até conclusão do concurso
A ministra da Justiça disse que o Serviço Nacional de Saúde assegura o apoio psicológico aos reclusos até ao final do ano,...

“Resolvemos o problema, está autorizada a nova contratação. O recurso ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) assegura plenamente essa situação, que durará 15 dias”, disse aos jornalistas Paula Teixeira da Cruz, no final da cerimónia de abertura da mostra e venda de Natal de 2014, no Espaço Justiça, em Lisboa. A ministra da Justiça garantiu que não haverá “uma situação de ausência de psicólogo” para os reclusos.

As declarações surgem após a Ordem dos Psicólogos ter avisado que os mais de 14 mil reclusos existentes em Portugal vão ficar sem apoio psicológico a partir de hoje por ausência de renovação dos contratos dos profissionais que trabalham nos estabelecimentos prisionais. Segundo a Ordem dos Psicólogos, exerciam funções nas prisões cerca de 30 psicólogos. A Ordem sublinha que o apoio psicológico nos estabelecimentos prisionais é obrigatório e que a falta de psicólogos pode ter “gravíssimas consequências”.

Paula Teixeira da Cruza adiantou que, durante os 15 dias em que estão a decorrer os concursos, os reclusos têm o apoio garantido pelo SNS.

“De resto prevê-se, futuramente, que seja o SNS a aplicar-se a toda a população reclusa, sem prejuízo de se manterem serviços dentro das penitenciárias, em casos que isso se justifica”, sustentou.

Questionado sobre o número de psicológicos que o novo concurso prevê, a ministra disse que o número destes profissionais “vai depender da reposição das necessidades” que está a ser feita nos estabelecimentos prisionais.

Estudo revela
Quantidades moderadas de bebidas açucaradas com frutose ou glicose “não alteram substancialmente a saúde metabólica”. Esta é a...

Os resultados de um estudo científico publicado na revista científica The American Journal of Clinical Nutrition indicam que o consumo de “quantidades moderadas de bebidas açucaradas com frutose e glicose durante duas semanas não tem efeitos diferenciais em jejum no colesterol pós-prandial, triglicéridos, glicose, ou na eliminação da insulina hepática em adolescentes com um peso estável e fisicamente activos”.

Dada a quantidade limitada de ensaios experimentais que comparam os efeitos de bebidas açucaradas com frutose e glicose na saúde metabólica dos adolescentes, o principal objectivo deste estudo científico foi o de comparar os efeitos a curto prazo derivados do consumo deste tipo de bebidas açucaradas em pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 20 anos, relacionados com vários indicadores de saúde: a sensibilidade à insulina, a secreção de insulina, a eliminação de insulina, e as concentrações de triglicéridos e colesterol.

Os principais resultados deste estudo indicam que a curto prazo, bebidas açucaradas com frutose ou glicose não alteram diferencialmente a sensibilidade à insulina e resistência à insulina hepática nem os marcadores tradicionais em jejum ou pós-prandial de saúde metabólica (triglicéridos, colesterol, glicose, a secreção de insulina, ou eliminação de insulina) em adolescentes com um peso estável e fisicamente activos.

A partir dos dados da pesquisa, os autores concluíram que “o consumo de frutose ou glicose por si só não são prejudiciais à saúde” e enfatizou a necessidade de avaliar outros factores, como os níveis de obesidade e actividade física para prevenir a doença crónica.

Resultados de estudo indicam:
Resultados de um estudo indicam que há já jovens “viciados” nos cigarros electrónicos, um método que muitos especialistas...

Os cigarros electrónicos surgiram como um possível aliado para ajudar quem quer deixar de fumar. A segurança desses equipamentos, porém, ainda não está clara, no entanto estão a tornar-se tão populares que há até uma nova geração de jovens “viciada” nos produtos, mesmo sem nunca ter sido dependente do tabaco. É o que mostra uma pesquisa realizada no Centro de Cancro da Universidade do Havai.

O trabalho, publicado na revista Pediatrics, mostrou que quase 30% de 1.900 adolescentes já experimentaram cigarros electrónicos. Desses, 17% tem estado a consumir o produto com frequência. A taxa é cerca de três vezes mais alta que a encontrada em estudos feitos nos EUA em 2011 e 2012. Os entrevistados tinham entre 14 e 15 anos.

A pesquisa também descobriu que 12% dos jovens usam cigarros comuns e electrónicos em paralelo. Apenas 3% usa só cigarros comuns. E 67% deles, ou seja, a maioria, considera o cigarro electrónico mais saudável que o tradicional.

Analisando outros factores de risco dessa população, os investigadores questionam se os cigarros electrónicos não estariam a atrair uma parcela de jovens que, se não existisse a novidade, não estaria a fumar.

É uma questão importante a ser considerada, já que os cigarros electrónicos também contêm nicotina e, por isso, são viciantes. Talvez comece a chegar a hora de prestar atenção a esta tendência, principalmente agora que as taxas de vício em cigarro (comum) têm estado a diminuir

Projecto açoriano
Um projecto de intervenção junto de condenados por abuso sexual ou violação de menores nos Açores acompanhou este ano nove...

“Actualmente são acompanhados seis indivíduos, dois dos quais iniciaram em 2012. No ano de 2013 foram acompanhados três indivíduos em São Miguel, um no Pico e dois nas Flores”, disse o psicólogo José Belicha, do Centro de Terapia Familiar e Intervenção Sistémica.

O Programa de Reabilitação para Agressores Sexuais de Crianças e Jovens, que arrancou em 2012, insere-se na Estratégia Regional de Prevenção e Combate ao Abuso Sexual de Crianças e Jovens. Conta com a participação de várias entidades, como o Ministério Público, a Polícia Judiciária, a Direcção Regional da Solidariedade Social, a Direcção Geral de Reinserção Social e Serviços Prisionais, o Centro de Terapia Familiar e Intervenção Sistémica, a Universidade de Coimbra e o Instituto de Segurança Social dos Açores.

Os casos são encaminhados para o programa pela Direcção Geral de Reinserção Social e Serviços Prisionais na sequência de condenações judiciais. A intervenção passa, numa primeira fase, pela avaliação e, posteriormente, o acompanhamento psicológico dos condenados por abuso sexual ou violação, que se encontrem em regime de pena suspensa ou em suspensão provisória do processo-crime.

As consultas individuais visam "essencialmente o ajustamento emocional e a reestruturação cognitiva através da modificação de crenças associadas à sexualidade, o desenvolvimento de aptidões pessoais e relacionais para a intimidade, o controlo dos impulsos e a empatia com a vítima”.  Em paralelo, é feito "um trabalho psicoeducativo junto dos agressores sobre a legalidade dos seus actos", disse o psicólogo José Belicha, lembrando que nalguns casos é também tido em conta que estes agressores sofrerem de outras patologias, como "o abuso de substâncias, défice cognitivo ou perturbações da personalidade”.

O intervalo de idades dos homens acompanhados pelo programa varia entre os 18 e os 70 anos, sendo a média de idades próxima dos 30 anos, segundo o psicólogo, que indicou que "existe uma prevalência de crimes de abuso sexual" sobre os de violação.

A explicação "residirá na natureza do crime per se”, se se levar em consideração que, “na maioria das situações em acompanhamento psicológico, o agressor não recorre à força física, nem existe premeditação do acto”.

“Nestes casos, o abuso sexual surge frequentemente em contextos de relacionamentos amorosos consentidos por parte da vítima, em que existe um diferencial muito significativo entre a idade do agressor e a idade da vítima com enquadramento penal", afirmou. "Este comportamento não é percepcionado como crime e assenta numa distorção baseada em valores individuais e culturais que a presente intervenção visa reestruturar", explicou ainda.

Para o psicólogo, já é possível verificar “alguns ganhos” com a intervenção, nomeadamente, "a modificação de comportamentos, a alteração de crenças culturais enraizadas que desvalorizam o abuso sexual, a inserção profissional, a abstinência do consumo de estupefacientes" ou "até a consciencialização para este tipo de crime por parte de alguns agressores com limitações cognitivas".

Quanto ao aumento das detenções por abuso sexual de menores nos Açores, José Belicha relaciona-o com “uma maior consciencialização" para denunciar, mas afirmou que este tipo de crimes geralmente é praticado "no silêncio, no seio da família ou assente nas relações de proximidade entre abusadores e vítimas, o que, muitas vezes, ainda encobre esta problemática".

“Creio que há um ‘antes’ e um ‘após’ o processo Casa Pia. A problemática do abuso sexual a crianças e jovens adquiriu outro impacto na sociedade portuguesa. A mediatização da problemática terá contribuído, ainda que lentamente, para a alteração de crenças e comportamentos aqui nos Açores, o que se traduz num aumento do número de denúncias efectuadas junto das autoridades”, sustentou.

A Estratégia Regional de Prevenção e Combate ao Abuso Sexual de Crianças e Jovens abrange também a intervenção junto das vítimas de abuso e famílias, acompanhando este ano 23 pessoas na ilha de São Miguel.

Ordem dos Médicos
A Ordem dos Médicos não encontra razões para actuar contra a prescrição inadequada., isto depois de um estudo em Maio da DECO...

Um estudo da DECO, divulgado em Maio, sugeria que há um excesso de prescrição de antibióticos. Para a Ordem dos Médicos, no entanto, sete meses depois e “sem afastar a hipótese de exagero de prescrição, nada de anormal foi detectado”, escreve o Notícias ao Minuto.

A resposta foi dada por escrito ao Jornal de Notícias, que contactou a Ordem dos Médicos com o intuito de saber se as conclusões da investigação da DECO estariam a ter seguimento na prática clínica diária.

O estudo em caso sugeria que 21 dos 50 médicos consultados pelos colaboradores da DECO receitavam antibiótico, receitava antibiótico em situações que envolviam uma simples dor de garganta, sem febre nem outros sintomas.

Em dois anos, o consumo de antibióticos nos hospitais baixou 8%, destaca o Jornal de Notícias, citado pelo mesmo portal. O risco do excesso de prescrição passa pela possibilidade de tornar as bactérias mais resistentes e difíceis de tratar. Algo que torna a toma do antibiótico menos eficaz.

Organização Mundial de Saúde dá-lhe o título
Não stresse. Respire e relaxe. Se não conseguir, não resista e peça ajuda. O stress é já o maior vírus do século XXI e afecta...

O stress é o maior vírus do século XXI. Não é um vírus como os habituais, mas quem lhe deu o título foi a Organização Mundial de Saúde, certa de que o stress também mata. Para evitá-lo e levar uma vida mais relaxada, há aspectos aos quais deve estar atento. Ou melhor, atenta. Sim, porque as mulheres são mesmo as mais afectadas por esta ‘prava’ da vida moderna, que torna tão difícil a conciliação do papel de mulher, mãe e trabalhadora.

Ao Diário de Notícias, a especialista Conceição Espada explicou que irritabilidade, impaciência, insónias, problemas cardíacos e tensão alta são os principais sintomas desde vírus, que afecta todos, uns mais do que outros.

“Todos temos stress. Como o colesterol, há o bom e o mau, que é quando a adrenalina atinge os valores mais altos”, afirmou, frisando que “em Portugal, as mulheres ainda têm tendência a puxar tudo [as tarefas] para si”.

Mas desengana-se quem julga que os homens não ficam stressados. Ficam pois, mas há casos e casos. Além disso, sentem o stress de forma diferente das mulheres.

Se quanto a isso não há muito a fazer, evitá-lo deve ser uma tentativa de cada um. Porque “quanto melhor estiverem as pessoas com elas próprias, mais produzem e menos conflitos geram. Tornam-se mais focadas, mais rentáveis e mais organizadas”.

IPO Porto alerta
O IPO Porto avisa no seu portal que informação veiculada sobre a campanha a decorrer de doação de cabelo é falsa.

O Instituto Português de oncologia do Porto esclarece, em comunicado publicado no seu site, que a informação que tem circulado sobre doação de cabelo, no que respeita ao caso específico daquele instituto, IPO Porto, não corresponde à verdade.

O IPO afirma que não recebe doações de cabelo, uma vez que não dispõe das condições logísticas necessárias, e conclui o comunicado agradecendo "todos os gestos solidários que diariamente chegam ao IPO-Porto e que fazem sorrir os nossos doentes".

Cuidados do doente diabético
Projecto pioneiro pretende optimizar a gestão de cuidados do doente diabético no norte do país.

A Administração Regional de Saúde do Norte, o Centro Hospitalar de S. João, o Agrupamento de Centros de Saúde do Porto Oriental e o Agrupamento de Centros de Saúde da Maia-Valongo criam projecto pioneiro “Caminhe Sempre com os Dois Pés”, resultante da articulação na gestão do doente diabético.

Este projecto pretende implementar critérios para uma referenciação directa para a consulta do pé diabético no hospital, com triagem eficaz proveniente do centro de saúde, com tempos máximos de resposta.

O desafio é melhorar a gestão de cuidados do doente diabético, melhorando a referenciação directa dos doentes com pé diabético para a consulta do hospital, obtendo uma resposta em tempo útil às situações com maior gravidade e urgência de resposta, e optimizando o seguimento do doente não grave no centro de saúde.

A longo prazo, a implementação deste projecto tem como metas:

  • Aumentar a percentagem de doentes referenciados à consulta do pé diabético
  • Incrementar o registo do risco de ulceração do pé e de diabéticos com úlceras activas do pé
  • Melhorar a proporção de utentes diabéticos com observação do pé
  • Diminuir custos inerentes aos internamentos relacionados com o pé diabético
  • Baixar a incidência de amputações major dos membros inferiores.

O projecto “Caminhe Sempre com os Dois Pés” integra-se no programa Boas Práticas de Governação, uma iniciativa da Novartis em parceria com a Universidade Nova de Lisboa, que proporciona aos participantes uma oportunidade de acesso a um plano curricular desenvolvido pela universidade e que lhes garante as bases teóricas e o acompanhamento necessário ao desenvolvimento dos projectos.

Este ano, o programa tem como tema “Caminhos para a Articulação” e pretende criar as condições para a implementação de projectos de inovação, promovendo o desenvolvimento de boas práticas que fomentem uma maior articulação entre os cuidados de saúde primários e hospitalares, que possam trazer melhorias efectivas para o doente.

Investigador de Coimbra lidera
O investigador Luís Pereira de Almeida, do Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra, vai liderar um novo estudo...

Visando identificar potenciais alvos terapêuticos nas doenças de Parkinson e Machado-Joseph, este novo projecto europeu, intitulado ‘SynSpread’, foi aprovado pelo programa ‘Joint Programme-Neurodegenerative Disease Research’ (JPND).

O programa comunitário JPND é “a maior iniciativa global de combate às doenças neurodegenerativas”, tendo como objectivo “fomentar a descoberta das causas e tratamentos destas patologias”.

Com a duração de três anos e um orçamento global de 750 mil euros, o projecto pretende “compreender o papel da migração de proteínas” envolvidas naquelas duas “doenças incuráveis”, refere a Universidade de Coimbra (UC), numa nota hoje divulgada.

“A investigação visa estudar a interacção que a autofagia (mecanismo de limpeza no interior da célula) estabelece com a secreção de exossomas (vesículas expelidas pelas células), e como contribuem para a difusão da doença a outras células do cérebro”, adianta Luís Pereira de Almeida.

O estudo será realizado em neurónios de doentes com Parkinson e Machado-Joseph e recorrerá a “técnicas de neuroimagem para mapear o caminho que as proteínas percorrem no contexto da autofagia e secreção de exossomas no cérebro”, explica o cientista do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e docente da UC.

“Os resultados desse mapeamento poderão contribuir” para se prever “a progressão das doenças neurodegenerativas”, admite o especialista. Luís Pereira de Almeida vai coordenar uma equipa portuguesa, constituída por duas dezenas de cientistas, e equipas de investigadores da Universidade do Luxemburgo e da Universidade Paris Descartes.

Iniciativa existe desde 2006
Depois de dois anos parados, o grupo de Robótica da Universidade do Minho volta a adaptar brinquedos para crianças com...

“O que costumamos fazer é pedir brinquedos a fábricas, que oferecem esses brinquedos, e adaptamos para que eles possam ser usados por crianças com algumas necessidades especiais”, explicou o director do departamento de electrónica industrial, da Universidade do Minho, em Guimarães.

A iniciativa já dura desde 2006, mas, tal como explicou Fernando Ribeiro, foi obrigada a parar porque em 2012 e em 2013 não conseguiram angariar brinquedos. “Nos dois últimos anos não conseguimos brinquedos porque as empresas não deram e este ano optámos por pedir às pessoas brinquedos usados e estamos a adaptá-los”, explicou Fernando Ribeiro.

Neste ano, angariaram, para já, cerca de 60 brinquedos, que perto de uma dúzia de alunos e dois docentes estão agora a adaptar para que possam ser usados por crianças com necessidades especiais. São brinquedos electrónicos, que tenham componentes como luz, movimento ou som que possam ser adaptadas.

“O que fazemos é abrir esses brinquedos, vamos à placa electrónica onde ligamos um interruptor externo, com fios próprios para poderem ser usados, por exemplo, com a cabeça do boneco”, adiantou o responsável.

Segundo Fernando Ribeiro, o trabalho deste alunos e docentes não passa só pela adaptação, já que alguns dos brinquedos chegam-lhes às mãos a precisar de outros cuidados.

“Alguns brinquedos vêem avariados e temos de os reparar, outros têm várias funções e nós, com o mesmo botão, fazemos com que ele percorra as várias funções porque senão só daria ou som ou luz”, exemplificou.

Os brinquedos foram recolhidos, praticamente porta a porta, por agrupamentos de escuteiros, que depois os fizeram chegar ao grupo de Robótica.

Para seleccionar as instituições sociais que vão receber estes brinquedos, contam com a ajuda de uma entidade parceira, a Saluslive, que faz a ponte e faz chegar os brinquedos a quem mais precisa.

Fernando Ribeiro adiantou que a adaptação dos brinquedos foi feita entre os dias 10 e 12 de Dezembro, e que a entrega deverá ocorrer na próxima terça e quarta-feira, 16 e 17 de Dezembro por instituições de cidades da região do Minho, como Guimarães, Barcelos ou Braga.

Conclusão de encontro entre oftalmologistas
O debate sobre as últimas novidades na correcção cirúrgica do astigmatismo juntou profissionais portugueses e estrangeiros com...

Só 2% das operações às cataratas contemplam a correcção do astigmatismo, quando cerca de 30% dos doentes operados às cataratas têm também astigmatismo significativo. Esta é a principal conclusão do encontro que juntou dezenas de oftalmologistas.

 “Apesar de cerca de 30% dos pacientes operados às cataratas sofrerem também de astigmatismo significativo, apenas 2% destas operações contemplam a correcção da deficiência visual, causada pelo formato irregular da córnea”, afirma o Professor Joaquim Murta, director do Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

O evento realizado à margem do 57º Congresso Português de Oftalmologia deu a conhecer as mais recentes técnicas cirúrgicas para a correcção do astigmatismo, fundamentalmente durante a cirurgia da catarata. Debateram-se também as diversas abordagens à cirurgia: influência do astigmatismo na visão; intervenção cirúrgica em pacientes com astigmatismo que são operados às cataratas; intervenção cirúrgica em pacientes que são operados às cataratas e que previamente foram submetidos a um transplante de córnea; intervenção em pacientes jovens aquando da implementação de uma lente intra-ocular para correcção da miopia, hipermetropia e astigmatismo.

Segundo o Professor Joaquim Murta, que moderou o encontro, “as lentes intra-oculares são uma solução de grande precisão para os pacientes com astigmatismo. No entanto, para que o seu efeito seja total, é necessário o recurso a tecnologia moderna nomeadamente sistemas de controlo intra-operatório do eixo de implantação da lente bem como o laser de fentosegundo para a cirurgia de catarata”.

Durante o debate, que contou com especialistas nacionais e internacionais, foram apresentadas “técnicas cirúrgicas e novos instrumentos que permitem uma maior precisão e segurança nas intervenções, como o laser de fentosegundo, que realiza alguns passos muito importantes na cirurgia das cataratas”, explica o director do Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Quanto às novas tecnologias para a cirurgia ocular, o Professor Joaquim Murta destaca que “esta foi uma área científica onde apareceram muitas novidades, quer na melhoria das lentes intra-oculares que permitem a correcção do astigmatismo, quer no aparecimento de instrumentos cirúrgicos que permitem ao cirurgião não só melhorar o cálculo correcto da potência da lente intra-ocular, bem como o posicionamento preciso da lente dentro do saco capsular do olho e ainda alguns passos cirúrgicos capitais”.

O astigmatismo, defeito refractivo que provoca visão desfocada e distorcida, afecta cerca de 26% da população2. No caso dos pacientes que se submetem a uma cirurgia às cataratas, a incidência do astigmatismo superior a 1,5 dioptrias chega aos 30%.

Em geral, os pacientes com cataratas desconhecem, a opção de corrigir o astigmatismo durante a intervenção cirúrgica. Para obter sucesso visual e prescindir de óculos na maioria das situações, é fundamental solucionar não só a remoção da catarata como os defeitos refractivos concomitantes.

Doentes mal informados
Associações de Doentes estiveram reunidas com o objectivo de esclarecer o tema dos medicamentos biossimilares. A conclusão foi...

É crucial educar os doentes a questionar sobre todas as possibilidades de tratamento disponíveis, de forma a garantir o acesso a toda a informação necessária para a realização de uma escolha consciente e informada, e o direito de optar pela terapêutica que mais se adequa ao seu estilo de vida e às necessidades clínicas da sua doença. Esta foi a principal conclusão do encontro que teve lugar com Associações de Doentes.

O início da discussão teve por base a apresentação do Documento de Consenso da Comunidade Europeia “O que necessita saber sobre os medicamentos Biossimilares”, elaborado por todos os Stakeholders Europeus envolvidos na área do medicamento, publicado pela CE, e o debate incidiu sobre os motivos pelos quais estes medicamentos não ocupam ainda o lugar esperado face as necessidades de mercado existentes, apesar dos benefícios comprovados: têm, pelo menos, a mesma qualidade, e são tão eficazes e seguros como o seu medicamento de referência (o biológico originador). Trazem ainda vantagens para o SNS e para o doente, no sentido em que melhoram o acesso à terapêutica biológica: com o mesmo orçamento, é possível tratar mais doentes.

As associações consideram que o doente não está bem informado sobre as suas opções terapêuticas pois a informação não lhes chega de forma acessível e compreensível. Todos concordam que o doente não compreende questões sensíveis como a alteração da terapêutica de um medicamento biológico mais caro para um medicamento biossimilar mais acessível, e que um preço inferior está percepcionado como sendo algo com uma “menor qualidade” da terapêutica. É necessário passar a mensagem de que este valor mais acessível está associado ao menor custo de desenvolvimento e de produção de um medicamento biossimilar. Uma empresa que comercializa biossimilares não necessita de investir milhões de euros na descoberta da substância activa (pois esta já foi descoberta) e não necessita (nem seria ético) realizar os ensaios clínicos de fase II, e os múltiplos ensaios clínicos de fase III. Na fase III, para um medicamento biológico, demonstra-se a sua eficácia (e força da mesma face às alternativas no mercado ou placebo) e a segurança num grupo alargado de doentes; no caso do novo paradigma do medicamento biossimilar, os estudos de fase III servem para comprovar os resultados prévios do exercício de comparabilidade com o medicamento de referência, com a administração a um grupo significativo de doentes com a(s) patologia(s) sensível(eis) para o(s) efeito(s) que se pretende(m) confirmar.

“Os biossimilares têm tido uma aceitação muito diferente nos vários mercados. Em Portugal, denotamos que ainda existe muita resistência e desconhecimento relativamente a este grupo de medicamentos e, por isso, decidimos reunir-nos e ouvir as opiniões de quem representa os verdadeiros interessados nestas terapêuticas: as associações de doentes. Estes representantes são, muitas vezes, mediadores entre a Indústria Farmacêutica, os médicos e os doentes; logo, devem estar informados e ser envolvidos em todos os processos. Este encontro foi também muito importante para desmistificar algumas questões que têm vindo a ser levantadas, como a extrapolação e o switching. Num medicamento biossimilar não devemos questionar “que ensaios clínicos foram efectuados (como acontece num originador)”, mas sim, que “exercícios de comparabilidade foram efectuados versus o medicamento de referência”, explica Pablo de Mora, Director-Geral Ibérico da Hospira, entidade que organizou o encontro.

Outra das conclusões apresentadas foi que os doentes associam regularmente os biossimilares aos genéricos, não compreendendo as diferenças. Os medicamentos genéricos são mais fáceis de produzir, uma vez que são compostos por moléculas mais simples e a sua síntese é química. Já os Biossimilares, como medicamentos biológicos que são, são produzidos em organismos vivos - a sua síntese é biológica, são moléculas grandes e complexas. O tempo e custo de produção de um genérico é consideravelmente inferior ao de um biossimilar.

No encontro estiveram representadas – APIR (Associação Portuguesa de Insuficientes Renais), ANDAR (Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatoide), APDI (Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino), ANEA (Associação Nacional da Espondilite Anquilosante) e EuropaColon (Associação Portuguesa de Doentes com Cancro Aparelho Digestivo).

Primeira terapêutica aprovada para a Esclerose Múltipla
O interferão beta-1b foi o primeiro medicamento capaz de modificar a evolução da doença e foi aprovado há 25 anos.

No contexto de um encontro médico intitulado “MS: Back to Basis” será feita uma perspectiva da evolução das terapêuticas disponíveis para o tratamento de primeira linha da esclerose múltipla em Portugal. A Bayer editará testemunhos de vários profissionais de saúde, uma forma de assinalar os 25 anos do Betaferon®, uma terapêutica que continua a ser usada por neurologistas no tratamento da esclerose múltipla.

Esta reunião clínica MS Back to Basis está integrada no programa do Congresso do Grupo de Estudos da Esclerose Múltipla (GEEM) da Sociedade Portuguesa de Neurologia, que se realiza em Lisboa nos dias 12 e 13 de Dezembro no mesmo local. O encontro da Bayer intitulado “MS: Back to Basis” (MS de esclerose múltipla em inglês), com uma mesa redonda “Early Treatment decisions: what matters the most?” convida os neurologistas Lívia de Sousa, Maria José Sá, Joaquim Pinheiro, Pinto Marques, Rui Pedrosa e Filipe Palavra, a debater o tratamento da esclerose múltipla e a importância que o Betaferon® tem tido ao longo dos anos, sobretudo nas fases iniciais da doença.

Surgiu há 25 anos o primeiro medicamento capaz de interferir na história da natural da esclerose múltipla, reduzindo o número e gravidade dos surtos e atrasando a progressão da incapacidade. Durante mais de duas décadas de investigação em torno dos efeitos de Betaferon®, foi ainda possível identificar mecanismos fisiopatológicos da própria doença, que representam hoje um enorme contributo para o conhecimento da esclerose múltipla.

“Os doentes não tinham outra alternativa terapêutica a não ser a corticoterapia para os surtos e a aprovação do Betaferon® significou uma enorme esperança”, refere Isabel Fonseca Santos, Directora Médica da Bayer no seu testemunho. “Apoiamos diversos estudos da iniciativa dos investigadores e fomos dos primeiros países a criar um programa de apoio ao doente para a auto administração das injecções”.

Joaquim Pinheiro, Assistente Hospitalar de Neurologia, responsável da consulta de doenças desmielinizantes do Centro Hospitalar de Gaia/ Espinho refere: “Era assim o funcionamento no início dos anos 90: tratamento sintomático, de fase aguda mas nada que modificasse a história natural da doença. A situação impressionava mas enfim: não havia mais nada a fazer. (…) Todos estes anos depois continua eficaz e seguro integrando o grupo de fármacos a utilizar em primeira linha. É obra!”

O aparecimento do Betaferon® foi um marco no tratamento da esclerose múltipla. Constituiu uma esperança para médicos e doentes. Este tratamento veio modificar a história natural na evolução da doença. Teve um impacto muito positivo na qualidade de vida dos doentes ao modificar a evolução da doença. Continua a ser um tratamento actual, mantendo o seu lugar no tratamento da esclerose múltipla, apesar de novas opções terapêuticas.

 

Sobre a Bayer HealthCare

O Grupo Bayer é uma empresa global com competências centrais nas áreas da saúde, agricultura e materiais de alta tecnologia. A Bayer HealthCare, um subgrupo da Bayer AG com vendas anuais de mais de 18,9 mil milhões de Euros (2013), é uma das companhias inovadoras líderes mundiais na indústria dos cuidados de saúde e de produtos médicos e está sediada em Leverkusen, na Alemanha. A empresa combina as actividades globais das Divisões Saúde Animal, Consumer Care, Medical Care e Pharmaceuticals. A Bayer HealthCare tem como objectivo descobrir, desenvolver e fabricar produtos que venham a melhorar a saúde humana e animal em todo o mundo. A Bayer HealthCare emprega 56 mil (31. Dez. 2013) e está representada em mais de 100 países.

Referente a um empréstimo contraído
A Região Autónoma da Madeira vai saldar uma dívida que ascende a 25,5 milhões de euros na área da saúde referente a um...

O pagamento inicia-se em 2015 e acaba em 2018, totalizando 25,5 milhões de euros por "serviços prestados e facturados". As dívidas da saúde que a região tinha perante casas de psiquiatria e a Associação Portuguesa de Médicos Patologistas ficam saldadas.

Este é mais um acordo plurianual assinado entre a Secretaria Regional dos Assuntos Sociais e o BCP.

Estes são pagamentos de dívidas a fornecedores da Região Autónoma da Madeira, que estão a ser feitos em linha com a estratégia de pagamentos apresentada pela região e aprovada pelo Ministério das Finanças.

A Madeira está, desde 2012, sob um Plano de Ajustamento Económico e Financeiro, um acordo celebrado entre os governos central e regional que surgiu depois do apuramento de uma dívida pública da região autónoma de 6,3 mil milhões de euros, e implicou, entre outros aspectos, o agravamento da carga fiscal para os madeirenses, que ficaram sujeitos a mais austeridade.

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