Voluntários da Universidade do Algarve
Um grupo de voluntários da Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve vai encetar um projecto de apoio a idosos e de...

Os voluntários vão estar disponíveis para “ajudar em pequenas tarefas, fazer um bocadinho de companhia, conversar, eventualmente ir buscar medicamentos e, como os voluntários têm alguma sensibilidade para as questões da saúde, sinalizar algumas situações e reportar ao gabinete de apoio ao idoso”, explicou aquela responsável.

O projecto “Histórias sem idade” conta com o apoio do gabinete de apoio ao idoso da Divisão de Acção Social e Educação da Câmara Municipal de Faro, que vai ser formalizado através de protocolo que vai ser assinado esta sexta-feira.

O grupo de voluntários da Escola Superior de Saúde foi criado em 2012 e tem vindo a colaborar com várias instituições do distrito de Faro, tendo decidido avançar agora com um projecto próprio que possa ajudar a minimizar a solidão de alguns idosos.

Os técnicos da autarquia vão identificar um grupo inicial de três ou quatro idosos da cidade de Faro para o projecto e vão acompanhar as visitas iniciais dos voluntários.

Dulce Estevão explicou que a regularidade e o tempo de cada visita vão ser definidos de acordo com cada caso, conforme as necessidades dos idosos e a disponibilidade dos voluntários.

Actualmente, o grupo conta com sete voluntários disponíveis para o projecto “Histórias sem idades”, mas está a receber novas inscrições que poderão permitir alargar o projecto a mais idosos e até a outras zonas do concelho.

Federação Portuguesa de Surf veste a causa
O MSV - Movimento ao Serviço da Vida arrancou segunda-feira com a sua Campanha de T-shirts MSV 2015, que este ano conta com o...

Os fundos angariados com a Campanha de T-shirts MSV 2015 revertem a favor dos seus três projectos. Ao adquirir uma das T-shirts, no valor de 10€, estará a contribuir para a sustentabilidade da Casa das Cores, casa de acolhimento temporário para crianças e jovens em risco, do Projecto Sentidos, equipa de rua que trabalha com pessoas sem abrigo na zona da Baixa-Chiado, e do Projecto Acção e Fé, grupo de voluntários que visita e acompanha pessoas com mais idade em Alcoutim.

A Campanha de T-shirts MSV 2015 envolve a primeira acção conjunta do MSV e da Federação Portuguesa de Surf. A parceria entre as duas organizações tem como objectivo recorrer à posição de destaque da Federação, junto de praticantes e adeptos, para aumentar a visibilidade do Movimento ao Serviço da Vida e demonstrar o alcance do Surf além da prática recreativa.

A vestir a causa estão os Padrinhos Francisco Alves, e Teresa Almeida, que pretendem levar a missão MSV mais longe.

Madalena Vasconcelos, presidente do MSV, afirma que “A Campanha anual de T-shirts arranca mais forte graças aos fabulosos apoios que tem recebido. Agradecemos a todos os padrinhos, ao IADE e à Federação Portuguesa de Surf os esforços envolvidos e que permitem que esta campanha seja uma realidade, assim como o contributo de quem se sentir cativado pelos nossos projectos e queira ajudar.”

João Aranha, presidente da FPS, acrescenta: “Esta primeira iniciativa da Federação Portuguesa de Surf com o MSV consiste em mais uma forma de contribuirmos para uma sociedade mais activa e inclusiva. O Surf é um desporto acompanhado por milhões de portugueses e esperamos com esta campanha sensibilizar a comunidade e ajudar o MSV.”

A Federação Portuguesa de Surf é responsável pela organização das principais provas de desportos de ondas em Portugal, pela formação de juízes e treinadores de Surf, pela acreditação de escolas e campos de surf e pela convocação e preparação das Selecções Nacionais, nas várias modalidades sob a sua tutela. A Federação associa-se ainda activamente a iniciativas inclusivas com jovens desfavorecidos ou de surf adaptado para deficientes, nas quais se insere a parceria com o MSV.

A Campanha T-shirts MSV 2015 irá visitar centenas de escolas e empresas da área metropolitana de Lisboa e está disponível em www.msv.pt.

Em 2014
O número de cirurgias realizadas em hospitais públicos aumentou em 2014, atingindo um total de 557.339, mas os episódios de...

De acordo com os dados da actividade assistencial do ano de 2014, da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), de uma maneira geral a “actividade do SNS [Serviço Nacional de Saúde] mantém níveis de crescimento”, atingindo um “valor inédito” nas cirurgias programadas.

O número de cirurgias programadas em 2014 foi de 557.339, sendo equivalente a um aumento de 1% ou a mais 6.603 cirurgias realizadas do que no ano anterior, revela a ACSS, especificando que, do total de intervenções cirúrgicas, 57,4% foram realizadas em ambulatório (55,8% em 2013).

Segundo a ACSS, também se verificaram mais episódios de urgência do que no ano anterior, com um total de 6,1 milhões casos urgentes atendidos.

O aumento, correspondente a 1%, ou seja, mais de 60 mil episódios de urgência, é justificado pela ACSS com a sazonalidade dos surtos de doenças.

No que respeita ao acesso aos cuidados de saúde primários, observou-se “a continuação da tendência dos últimos anos no aumento do acesso”, designadamente através de um crescimento de 0,6% do número de consultas (mais 165.268 consultas do que em 2013).

Esta tendência também se verificou no número de utilizadores dos cuidados de saúde primários: mais 7.712 utentes utilizadores, quando no ano passado foram 7.053.513.

A ACSS regista ainda um “aumento significativo” nas consultas de enfermagem, com uma subida de 6,9% - mais um milhão de consultas do que em 2013 -, num total anual de 15,6 milhões de consultas.

O número de consultas médicas não presenciais (1,3%) teve um aumento superior ao das consultas presenciais (0,3%), o que – na opinião da ACSS – reflecte a melhoria do acesso, com maior flexibilidade e adequação às necessidades das populações.

Ao nível da consulta externa hospitalar, constatou-se um crescimento de 0,9% nas primeiras consultas (correspondente a 3,4 milhões de consultas) e de 1,9% nas consultas subsequentes (equivalente a 8,48 milhões de consultas).

No total realizaram-se mais 188.123 consultas médicas hospitalares do que no período homólogo, sintetiza a ACSS, destacando a “tendência de aumento da produção de consultas nos hospitais do SNS”, nomeadamente primeiras consultas.

Ao nível do internamento, a ACSS diz que os dados recolhidos reforçam "a tendência de transferência da actividade de cirurgia convencional para o ambulatório”.

Segundo o presidente do INEM
O presidente do INEM disse esperar que, dentro de dez anos, uma quantidade significativa de jovens saiba fazer manobras de...

O primeiro passo com vista à formação em Suporte Básico de Vida (SBV) foi dado hoje com a assinatura do protocolo entre o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Direcção Geral da Educação (DGE) que vai possibilitar a formação desta técnica a alunos do terceiro ciclo do ensino básico e a professores e funcionários.

Paulo Campos, que participou na cerimónia de assinatura do protocolo, que decorreu na escola D. Pedro V, em Lisboa, recordou que entre 25 a 30 pessoas por dia sofrem uma paragem cardiorrespiratória.

“Dentro de dez anos teremos os cidadãos preparados para serem o primeiro elo da cadeia de sobrevivência”.

De acordo com o conceito de cadeia de sobrevivência, existe um conjunto de procedimentos e atitudes que, quando desencadeados de forma adequada e eficaz, aumentam a possibilidade de sobrevivência de vítimas de paragem cardiorrespiratória.

“É por isso fundamental que quem presencia este tipo de ocorrência reconheça a gravidade da situação e saiba como actuar, ligando de imediato 112 e iniciando manobras de SBV”, prossegue o INEM.

Para Paulo Campos, o este dia é “tão importante quanto o da criação do INEM, em 1981”.

O secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, também presente no encontro, sublinhou a importância do protocolo, alertando para a inevitabilidade dos acidentes.

“Os acidentes e imprevistos podem acontecer a qualquer um”, disse.

Segundo o secretário de Estado e Adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, “Portugal está a preparar-se para responder com cada vez mais eficácia às paragens cardiorrespiratórias”.

Fernando Leal da Costa aproveitou a sua presença na cerimónia de assinatura do protocolo para se dirigir aos jovens que receberam a primeira aula de SBV e alertar para os efeitos nefastos do tabaco, do álcool e da droga.

Especialista alerta
A coordenadora do serviço de Patologia Dual do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra defendeu a integração das adições...

A 27 de Fevereiro de 2014 saiu um despacho do gabinete do Ministério de Saúde que previa a integração dos Centros de Resposta Integrados na estrutura dos Agrupamentos de Centros de Saúde e das Unidades de Alcoologia e de Desabituação em instituições hospitalares, mas, um ano depois, "ainda não houve a materialização do despacho", denunciou a coordenadora de Patologia Dual do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Célia Franco.

"Os serviços iriam ser extintos, mas continuam a funcionar", havendo um "vazio grande" na integração das adições nos serviços de psiquiatria, disse a especialista.

As adições "são uma doença mental e têm de ser tratadas com os mesmos recursos e serviços" que as restantes doenças mentais, defendeu, sublinhando que, "até hoje, a metodologia de tratamento partia do pressuposto que era um problema de comportamento".

Apesar de Célia Franco considerar que "os anteriores serviços fizeram um excelente trabalho", é necessário que as respostas "acompanhem a investigação" e desenvolvimentos científicos para se apresentarem serviços adequados para as adições.

A médica frisou que "50% dos doentes mentais têm problemas aditivos", sublinhando que o seu serviço trata de doentes com adições e problemas psiquiátricos.

Segundo Célia Franco, há também um "grande problema" em encarar-se pessoas com adições como "responsabilidade do assistente social e não dos médicos", alertando ainda para o facto de não haver "grande fiscalização" de instituições privadas de tratamento de toxicodependentes.

"Parece que qualquer pessoa abre uma instituição, sem qualquer controlo estatal", referiu.

A necessidade de integração das adições é um dos temas que será debatido no 2.º Congresso Ibero-Brasileiro de Patologia Dual, que se realiza no Hotel Tryp, em Coimbra, entre hoje e 7 de Março, e que conta com 60 a 70 oradores.

O congresso, coordenado por Célia Franco, irá também abordar temas como resistências ao tratamento, violência interpessoal, exclusão social, questões legais ou a integração das adições nos serviços de psiquiatria.

12 milhões de euros
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está em negociações avançadas com o Ministério da Defesa para comprar o antigo hospital...

Fonte da Santa Casa adiantou que "a negociação do valor está na ordem dos 12 milhões de euros" e que actualmente "se está a concluir o processo do registo do imóvel".

Na quarta-feira, num encontro promovido pela Câmara de Comércio luso-belga, o provedor da Santa Casa, Pedro Santana Lopes, disse estar "a trabalhar na aquisição do Hospital Militar da Estrela para instalação de uma grande unidade de cuidados continuados e também de cuidados paliativos infantis".

"Não vou aqui contar lamúrias, mas há um ano e meio que estamos a tentar comprar o hospital ao Estado", afirmou Santana, que sublinhou a falta de unidades de cuidados paliativos e continuados na zona de Lisboa.

A intervenção de quarta-feira de Santa Lopes está publicada no sítio da internet da Santa Casa.

Uma outra fonte próxima deste processo, que não quis ser identificada, disse que o provedor da Misericórdia de Lisboa visitou há poucas semanas as instalações do Hospital Militar, onde ficará instalada uma unidade de cuidados paliativos com "cerca de cem camas".

Sindicato do INEM
Um sindicato do INEM pediu à Inspecção-geral da Saúde para averiguar o desvio de uma ambulância com uma doente prioritária, que...

Na queixa enviada à Inspecção-geral da Saúde (IGAS), o Sindicato dos Técnicos de Ambulância e Emergência (STAE) refere que, "sendo a doente considerada prioritária, nunca poderia existir qualquer desvio do percurso, dado que se corria o risco de a doente sofrer consequências mais graves".

O caso ocorreu na segunda-feira, pelas 13:00, e envolveu a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Gaia, que acompanhava uma ambulância com a doente para o hospital de Santo António (Porto).

Segundo a carta do Sindicato, quando a ambulância teve de parar numa passagem de nível fechada, a condutora da VMER (enfermeira e mulher do presidente do INEM) decidiu alterar a rota para que a equipa fosse rendida.

Ainda de acordo com o STAE, foi o próprio presidente do INEM que transportou a equipa que ia substituir a da sua mulher, tendo-a depois levado ao hospital de Gaia, onde iria entrar ao serviço.

A queixa refere também que o presidente do INEM, Paulo Campos, entrou na ambulância para cumprimentar toda a equipa e a doente.

"O INEM decidiu desviar uma doente prioritária para a enfermeira, esposa do major Paulo Campos, entrar ao serviço pontualmente, no bloco operatório do hospital onde trabalha", diz a carta.

O Sindicato frisa que os técnicos de emergência têm de cumprir regras impostas por lei que impedem que as substituições de equipa se realizem no decorrer de um serviço: "O INEM (...) violou a legislação vigente, os direitos dos utentes, colocando em causa a saúde e a vida da vítima que era transportada".

O STAE pede à IGAS que averigue a situação e que tome medidas para sancionar o ocorrido.

Segundo o gabinete de comunicação do INEM, a doente em causa foi estabilizada e transportada em segurança pelas equipas do INEM.

Em resposta, acrescenta ainda que o presidente do INEM "não telefonou ao meio de emergência", não teve qualquer intervenção neste transporte, nem na rendição da equipa.

O INEM frisa que a gestão das equipas de médicos e enfermeiros que tripulam as VMER cabe aos hospitais aos quais as viaturas se encontram adstritas.

Em 2014
A Luz Saúde teve um resultado líquido de 18,1 milhões de euros em 2014, o que representa um crescimento de 29% face ao ano...

De acordo com o comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), "em 2014, a Luz Saúde manteve a sua trajectória de crescimento, quer a nível do segmento de cuidados de saúde privados quer do segmento de cuidados de saúde públicos".

A empresa, antiga Espírito Santo Saúde, registou um aumento de 7,5% dos rendimentos operacionais consolidados, face a 2013, para os 401,6 milhões de euros.

Registou ainda uma evolução do EBITDA (lucros antes de impostos, juros, depreciação e amortização) consolidado para os 57 milhões de euros, valor que representa um decréscimo de 3,3% face ao período homólogo, com uma margem EBITDA de 14,2%, face a 15,8% em 2013.

A empresa considera que esta variação é explicada pelo aumento de custos de estrutura associados ao facto da Luz Saúde ter passado a ser uma empresa cotada e pelos custos com o processo de venda no âmbito da OPA e por efeitos não recorrentes a nível do segmento privado.

O investimento total da Luz Saúde foi de 28,3 milhões de euros, dos quais 22,7 milhões de euros representam investimento de expansão de capacidade, nomeadamente, as obras de expansão do parque de estacionamento do Hospital da Luz, em Lisboa, a aquisição do terreno adjacente ao hospital para a sua expansão e a aquisição do terreno adjacente à Clínica de Oeiras, para a expansão desta unidade.

Em 2014 a Luz Saúde reduziu a sua dívida líquida em 4,3 milhões de euros, menos 2%, para 206 milhões de euros.

Em vias de perder apoio
Dezenas de famílias de crianças com paralisia cerebral estão em vias de perder o apoio de um projecto que permitiu a estes...

O projecto Cuidar dos Cuidadores, que decorreu no último ano, é uma iniciativa da Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral (FAPPC) que contou com fundos comunitários e envolveu as associações de norte a sul do país.

A presidente da FAPPC, Eulália Calado, disse que a iniciativa envolveu cerca de 300 famílias, a quem foi prestado apoio, de forma a “libertar” os cuidadores da necessidade constante de prestar assistência aos filhos.

As crianças em causa, com elevado grau de dependência, necessitam de cuidados permanentes de profissionais altamente especializados que saibam, por exemplo, resolver uma crise de epilepsia, trabalhar com ventiladores ou fornecer alimentação.

Devido a esta complexidade, os cuidadores dificilmente aceitam ajuda que não seja especializada e acabam, muitas vezes, por abdicar da sua carreira profissional, enveredando por um caminho altamente desgastante, em que não faltam os casamentos acabados, como explicou Eulália Calado.

Anabela Martins Gonçalves, mãe de uma criança de quatro anos com doença crónica e paralisia cerebral, que já se submeteu a 18 cirurgias e esteve várias vezes em risco de vida, sublinhou a importância deste apoio, cuja continuidade reivindica.

“Há crianças que dependem dos seus pais 24 horas por dia, em que a mãe não consegue sair para ir tomar um café, nem abstrair-se ou distrair-se durante cinco minutos. Sim, cinco minutos descansada”, afirma.

Para esta mãe, o projecto que este mês chega ao fim é “um dos mais importantes” para estes pais.

“Sim, as crianças são importantes. E os pais que cuidam dessas crianças? Normalmente ninguém pergunta por nós”, lamenta.

Pais como Anabela Martins Gonçalves estão agora a movimentar-se no sentido do projecto poder continuar, o que Eulália Calado considera possível, principalmente se o novo projecto que vão submeter à avaliação da Segurança Social for aprovado.

“O projecto já provou o que tinha a provar. E os pais não querem ter de voltar a perder a liberdade nem a enviar os filhos para instituições”, adiantou.

Outra vantagem do projecto enumerada por Eulália Calado é o conhecimento que os profissionais têm do universo da criança que costumavam atender na instituição.

“Algumas enfermeiras disseram que, apesar de conhecerem a criança, não sabiam mais nada da sua vida e do seu universo familiar, o que conseguiram com o cuidado que lhes prestaram em casa”, disse.

Sobre os cuidadores, a presidente da FAPPC sublinha que muitos estão “no limite”, com os casamentos em risco ou terminados.

Através deste projecto, adiantou, muitos cuidadores conseguiram libertar-se dos filhos, ainda que durante algumas horas, o suficiente para poderem ir ao cabeleireiro, beber um café ou gozar de um jantar com o conjugue.

Em Abril
Portugal acolhe em Abril o 1º Congresso Lusófono de Doenças Transmitidas por Vectores, para “chamar atenção da Lusofonia” para...

Entre os dias 20 e 21 de Abril, especialistas de saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão debater temas relacionados com arboviroses, doenças transmitidas por carraças, filariose, leishmaniose, malária e nanotecnologia no diagnóstico e prevenção de doenças transmitidas por vectores, durante o 1º Congresso Lusófono de Doenças Transmitidas por Vectores.

O evento, que se realiza em simultâneo com o III Congresso Nacional de Medicina Tropical, será organizado pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical e a Universidade Nova de Lisboa.

“Com a globalização e as viagens que se fazem – cada vez mais se viaja de país lusófono para países lusófonos - aumentam os riscos de doenças, quer as contraídas cá, como as transmitidas nos outros países”, disse a presidente da Comissão Científica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Lenea Campino.

Na véspera da reunião, peritos de saúde da CPLP vão realizar um seminário sobre Monitorização e controlo de vectores em Portugal e no espaço europeu, a eliminação da doença de Chagas na Europa e seu controle nas Américas e Pacífico Ocidental: avanços, desafios e oportunidades, e um Curso Medicina do Viajante.

Em entrevista, Lenea Campino disse que a ideia é “trocar experiências, alertar – não é alertar de alarmar aos profissionais da saúde, bem como as comunidades, que precisam de fazer profilaxia” às enfermidades que têm registado, especialmente, na Europa, decorrente da globalização.

“Ultimamente tem acontecido que a Europa tem tido surtos epidémicos e muitas vezes há focos endémicos de doenças anteriormente desconhecidas, como por exemplo, o vírus do dengue, a Chikungunya, que têm sempre casos fatais. Se as pessoas não estiverem alertadas, o diagnóstico pode não ser feito com a urgência que deve ser e o tratamento adequado”, afirmou.

Lenea Campino citou o caso de dengue na ilha da Madeira, em 2012, onde se registaram 2.168 casos, cujo diagnóstico rápido foi feito pela Direcção-Geral da Saúde, pelo Instituto de Medicina Tropical e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) europeu, que “conseguiram evitar” mais casos e eliminar a epidemia.

Num artigo de opinião, sobre os dois eventos, a presidente da Comissão Científica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical referiu que “estas infeções comumente fixadas em regiões tropicais e subtropicais estão em expansão, estimando-se até 17% da taxa global das doenças infecciosas”.

“A mais mortal de todas, a malária, foi estimada como sendo a causa de 584.000 mortes em 2013, a doença com um crescimento mais rápido é o dengue, estimando-se que possam ocorrer cerca de 390 milhões de infecções pelo vírus com potenciais 96 milhões de casos patentes”, assinala.

Recentemente, acrescentou, “observaram-se epidemias de dengue em Cabo Verde, Angola, Moçambique e Portugal (Ilha da Madeira)” e “confirmou-se o ressurgimento da malária na Grécia. Discute-se o risco da emergência da febre amarela na Europa. A infecção pelo vírus chikungunya cobre uma área cada vez mais extensa do globo disseminando-se actualmente pelo continente americano e ilhas”.

“De facto, a Europa e os EUA debatem-se com surtos epidémicos de infecções por agentes patogénicos considerados tropicais”, assegurou Lenea Campino.

O I Congresso Nacional da Medicina Tropical realizou-se em 1952, quando a instituição, que se denominava Instituto de Medicina Tropical e do Hospital do Ultramar, comemorou o 50º aniversário, e a segunda edição foi há dois anos.

Estudo
Desigualdade no tratamento de pessoas com doença mental e “graves lacunas” no processo de desinstitucionalização psiquiátrica...

A premissa que devia orientar um processo de desinstitucionalização, que é melhorar a qualidade e as condições de vida das pessoas, “não foi acautelada”, conclui Filipa Palha, coordenadora do “Trajectórias pelos Cuidados de Saúde Mental em Portugal”, estudo promovido pela Associação para a Promoção da Saúde Mental e Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, com o apoio científico do Centro de Estudos em Desenvolvimento Humano da Universidade Católica do Porto.

Em entrevista, a especialista em saúde mental critica o facto de ter havido desigualdade no tratamento das pessoas no processo de desinstitucionalização e sugere, até, que o processo seja “travado” caso não sejam garantidas as premissas definidas como necessárias no Plano Nacional de Saúde Mental.

“Há claramente pessoas para as quais a situação se agravou radicalmente”, denuncia Filipa Palha, adiantando que o processo de desinstitucionalização psiquiátrica em Portugal “tem graves lacunas” em termos de planeamento e concretização e que está “longe do que seria expectável”.

“Nem todas as pessoas foram tratadas de igual forma”, assevera a especialista, questionando, por exemplo, o facto de 24 doentes do Hospital Miguel Bombarda, que encerrou em 2011, terem sido transferidos para uma “vivenda de luxo” – a Casa do Restelo -, enquanto outros utentes foram colocados em lares de terceira idade que vieram a ser encerrados por falta de condições mínimas de habitabilidade, ou levados para o Centro Social do Pisão (Sintra), cuja localidade mais próxima é a quatro quilómetros de carro.

A investigação teve por base entrevistas a doentes mentais desinstitucionalizados, seus familiares e profissionais que viveram a experiência do encerramento de hospitais psiquiátricos em Portugal, designadamente o Hospital Miguel Bombarda, em Lisboa, o Centro Psiquiátrico de Recuperação de Arnes, em Coimbra, e o Hospital do Lorvão, em Penacova, estes dois últimos encerrados em 2012.

Para o estudo foram entrevistados, entre Janeiro de 2013 e Setembro de 2014, seis doentes mentais desinstitucionalizados, oito familiares e dez profissionais.

O estudo diz também que Portugal está “longe de garantir um dos direitos fundamentais das pessoas com doença mental (…) que é o direito aos melhores cuidados de saúde disponíveis, integrados no sistema de saúde a apoio social”.

Para melhorar o processo de institucionalização, Filipa Palha considera necessário um maior orçamento para a saúde mental e defende que não se devia ter encerrado nenhuma instituição sem que houvesse alternativas.

Em Portugal, a prevalência da experiência de uma doença mental é de cerca de 30%, incluindo-se neste valor desde a pessoa que sofre de depressão, àquela que tem esquizofrenia crónica e está institucionalizada há 30 anos.

O estudo “Trajectórias pelos cuidados de saúde mental em Portugal” vai ser apresentado publicamente por Filipa Palha no próximo dia 13, no Auditório da Clínica Psiquiátrica de São José (Lisboa), pelas 17:00.

Organização Mundial de Saúde
A Organização Mundial de Saúde recomendou a redução do consumo de açúcares livres ou escondidos em produtos como o ‘ketchup’ e...

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esses açúcares devem representar apenas 10% da ração energética diária da população, em todas as fases da vida.

Tais 10% são equivalentes a 50 gramas de açúcar ou 12 colheres de café.

A OMS recorda que uma grande parte dos açúcares consumidos actualmente está “escondida” nos alimentos que não são considerados doces.

Uma colher de sopa de ‘ketchup’ representa quatro gramas de açúcar escondido, e uma lata de gasosa doce pode conter até 40 gramas de açúcar escondido, ou seja, 10 colheres de café.

Se o consumo diário de açúcares escondidos ficar abaixo dos 5%, será ainda melhor para a saúde dos consumidores, prosseguiu a OMS.

Em particular, uma melhor etiquetagem dos alimentos, informando sobre o teor de açúcares escondidos, pode permitir reduzir o seu consumo, de acordo com a OMS.

Além disso, serão necessárias menos “campanhas publicitárias com crianças como destinatários, para produtos alimentares ou bebidas não-alcoólicas com alto teor de açúcares camuflados.

A OMS recomenda igualmente aos seus países membros “que iniciem o diálogo com as indústrias agroalimentares para que estas reduzam os açúcares escondidos na composição dos seus produtos”.

Evitar problemas de coluna
O salto alto é esteticamente muito elegante para as senhoras mas a sua utilização deve obedecer a al

A dor na coluna cervical, dorsal ou lombar é um sintoma comum que pode afectar indivíduos de todas as idades mas com causas distintas. Na idade adulta é muito frequente a má postura ser a origem das dores, que quando surgem não damos muita importância mas com o decorrer do tempo podem trazer consequências mais complicadas.

Importa salientar que a coluna vertebral “é um órgão com uma importante função de sustentação e flexibilidade do tronco, e possui estruturas neurológicas muito importantes para a sensibilidade e mobilidade dos membros”, explica Luís Teixeira, cirurgião ortopédico do Spine Center, em Coimbra.

A coluna divide-se em cinco segmentos: cervical, dorsal, lombar, sagrado e coccígeo. “Ao olharmos uma pessoa com uma postura correcta ela deverá, quando vista de frente, estar com os ombros e a bacia nivelados com o chão, correspondendo à coluna a forma de um eixo rectilíneo”, esclarece o especialista. Vista de lado (perfil) a coluna ela apresentará curvaturas ditas fisiológicas (normais) que garantem a boa distribuição de pressão através dos discos intervertebrais. Ou seja, “teremos no perfil uma lordose cervical (convexidade posterior do pescoço), cifose dorsal (convexidade anterior do dorso), lordose lombar (convexidade anterior da região lombar), e uma cifose sacrococcígea (convexidade anterior da região do sacro e coccis)”, refere o cirurgião ortopédico.

Para manter a coluna de “boa saúde”, Luís Teixeira recomenda “a prática de actividades físicas, uma vez que o fortalecimento na musculatura das costas ajuda na sustentação da coluna e, de certa forma, a contrabalançar a desidratação discal que acontecerá com todas as pessoas”. O especialista recomenda ainda cuidados posturais nas actividades diárias, “como sentar-se correctamente, proteger a coluna quando se carregam objectos pesados, e muitos outros que são importantes para procurar evitar o aparecimento de problemas na coluna vertebral. O excesso de peso contribui para o aparecimento e/ou agravamento da patologia da coluna vertebral por sobrecarga mecânica de todas as estruturas vertebrais”. O controlo do peso é, portanto, também um dos importantes factores a ter em conta.

Calçado vs coluna

A escolha do calçado é igualmente de extrema importância, uma vez que “deve dar estabilidade ao pé que carrega o peso de todo o corpo e que não altere o balanço sagital da coluna vertebral, evitando criar desequilíbrios no eixo de carga que podem ser muito prejudiciais”, refere o especialista sublinhando que, o calçado deve ser o número correcto, deve respeitar o formato do pé evitando a compressão sem alterar a forma de andar, deve ser escolhido o sapato de acordo com a função a que se destina: desportivo, laboral ou para actividades sociais.

O salto alto é esteticamente muito elegante para as senhoras mas a sua utilização deve obedecer a algumas regras: “o salto não deve ultrapassar os 4 cm e deve ter uma base de apoio o mais larga possível para evitar instabilidades. Quando há necessidade de obter maior altura, tal deve ser compensado na parte anterior do sapato para que a diferença final se mantenha nos valores atrás referidos”, aconselha Luís Teixeira.

O sapato com salto alto altera a maneira como a mulher anda. Este tipo de calçado força levemente a cabeça para frente e os ombros para trás. A mudança, aparentemente pequena, causa uma angulação diferente na coluna e o resultado pode ser dores no calcanhar, tornozelos, joelhos ou vértebras. “Além das dores, o salto alto favorece a torção do tornozelo e em idosos aumenta o risco de quedas e fracturas secundárias”, esclarece o médico especialista.

E os modelos dos saltos também podem pesar na equação já que os do tipo fininho “forçam uma maior pressão sobre os calcanhares enquanto os mais largos são menos prejudiciais”. As mulheres que usam saltos diariamente devem, quando possível, retirá-los e apoiar os pés no chão enquanto estiver sentada. Mas, para quem já sofre de dores na coluna, as notícias são menos animadoras, devendo abandonar-se, quase por completo, o uso de saltos e optar por uma terapia como a hidroginástica ou a fisioterapia.

Principais doenças de coluna

“A frequência da patologia da coluna depende do escalão etário em que se insere cada indivíduo”, esclarece Luís Teixeira. Na criança e adolescente, as deformidades (escoliose, etc.) e as malformações congénitas são as patologias mais frequentes. No adulto jovem, a hérnia discal e a patologia traumática são as doenças mais prevalentes.

“Com o avançar da idade as doenças degenerativas como o canal estreito lombar, as discopatias e a espondilolisteses tornam-se mais frequentes, surgindo ainda em idade mais avançadas as fracturas osteoporóticas vertebrais”, explica Luís Teixeira, acrescentando que, os discos intervertebrais sofrem mudanças importantes no seu volume, formato, estrutura e composição, o que tem como consequência uma menor capacidade de realizar a sua função nativa de transferência de cargas e de estabilidade.

O disco é um complexo fibrocartilaginoso que funciona como o principal elo estrutural entre os corpos vertebrais adjacentes. Quando essa morfologia do disco muda com o envelhecimento, ocorre: perda da altura do disco, protusão do disco central para dentro do corpo vertebral e proeminência do anel fibroso. Até que, por fim, ocorre saída de disco do espaço intervertebral (hérnia de disco) pela ruptura das fibras desse anel.

5 conselhos para uma correcta utilização calçado vs coluna

  1. Evitar saltos de altura superior a 4 cm e com base estreita;
  2. Se o fizerem, façam-no por períodos de tempo o mais curto possível;
  3. Praticar exercício físico para fortalecimento da musculatura lombar paravertebral e dos membros inferiores;
  4. Em profissões que permaneçam por períodos prolongados de tempo em pé deve ser usado calçado confortável e sem salto ou com salto muito reduzido;
  5. Evitem usar compensações no calçado (tacão ou palmilhas) sem a indicação de um especialista.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Na “Capital da Catalunha”
Ricardo Melo, estudante na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra conta-nos a sua experiência ERAS

No período de 9 de Setembro a 22 de Novembro do ano de 2014, enquanto estudante do curso de licenciatura em enfermagem, tive oportunidade de realizar o programa de mobilidade internacional - ERASMUS. Sempre foi algo que planeei no decorrer do meu percurso académico, quer pela experiência pessoal quer pelo enriquecimento curricular e formativo na construção da minha identidade profissional. Parti nesta aventura acompanhado de seis colegas que, à minha semelhança, iriam realizar ensino clínico na área de cuidados de saúde primários/diferenciados. Na bagagem carreguei a saudade, fomentada pela ansiedade e medo face à incerteza do sucesso deste desafio.

A cidade que me acolheu - “Capital da Catalunha” - é atração de muitos turistas que se pretendem deslumbrar com a arquitectura de Gaudí, provar as suas saborosas “tapas”, banhar-se nas calmas praias Mediterrâneas, ou mesmo, assistir a um jogo de futebol no mágico Camp Nou: falo, está claro, da cidade de Barcelona.

 

As 10 semanas seguintes foram passadas no Centre d´Atenció Primària Sagrada Familia, uma unidade prestadora de cuidados de saúde primários numa zona com uma população de elevado nível socioeconómico. Neste percurso, acompanhei o trabalho de toda a equipa multiprofissional daquela instituição, que, na minha opinião, desenvolve um trabalho em equipa distinto, onde existe envolvimento de todos os profissionais respeitando cada um as competências dos demais.

A proximidade que mantinha com a comunidade através das visitas domiciliárias facilitou significativamente a possibilidade de conhecer os seus contextos culturais, sociais, políticos e económicos e até as rotinas quotidianas tão características desta população.

 

A grande barreira e o grande desafio enquanto estudante de enfermagem e que, neste contexto, seria colocada à prova foi a Comunicação (aquela que, pessoalmente, considero ser a principal ferramenta de trabalho do enfermeiro). Como é que o enfermeiro cuida quando é colocado num contexto idiomático que não domina otimamente? Embora tivesse concluído algumas formações em castelhano, senti nas primeiras semanas alguma dificuldade a esse nível, quer ao nível da comunicação com os utentes quer ao nível da integração na unidade de saúde, uma vez que o idioma mais usado na Catalunha é o catalão, do qual não possuía qualquer domínio. Com o decorrer das semanas, a ajuda e compreensão da equipa que me acompanhava, assim como a autoformação desenvolvida, foram essenciais para suprir esta dificuldade que com o passar do tempo se atenuou, permitindo-me aproveitar eficazmente as diversas oportunidades de aprendizagem que foram surgindo.

A prática de enfermagem em Espanha assemelha-se em parte àquilo que eu, enquanto estudante vivencio em Portugal, no âmbito dos cuidados de saúde de nível primário. O enfermeiro apresenta um papel fundamental ao nível de prevenção e promoção de hábitos de saúde.

De volta a Portugal, sinto-me realizado com esta experiência de mobilidade, que aconselho a todos os colegas. Atrevo-me a dizer que um dia voltarei à fantástica Barcelona para recordar todos os momentos vivenciados num tão curto espaço de tempo (3 meses), onde deixo também a saudade das aventuras academicamente experienciadas. Com a certeza que o contexto sociocultural que experienciei me permitiu ter uma visão mais alargada enquanto pessoa, o que se traduzirá na minha concepção do cuidar da pessoa consoante o seu contexto.

 

Ricardo António Pinheiro Melo - Estudante do CLE na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (4º Ano)

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Alunos, professores e funcionários
Alunos, professores e funcionários das escolas portuguesas vão passar a poder ter formação em suporte básico de vida, anunciou...

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Direcção-geral da Educação assinam na quinta-feira um protocolo de colaboração que possibilita a formação em suporte básico de vida a alunos do 3.º ciclo do ensino básico e a professores e funcionários dos agrupamentos de escolas e das escolas não agrupadas.

O protocolo, que entra em vigor já este ano lectivo, abrange ainda a formação certificada dos professores como formadores em suporte básico de vida e prevê a acreditação dos centros de formação de associações de escolas como entidades acreditadas pelo INEM para formação em suporte básico de vida.

O INEM lembra que há um conjunto de procedimentos e atitudes que, quando desencadeados de forma adequada e eficaz, aumentam a possibilidade de sobrevivência de vítimas em paragem cardiorrespiratória.

“É por isso fundamental que quem presencia este tipo de ocorrência reconheça a gravidade da situação e saiba como actuar, ligando de imediato 112 e iniciando manobras de suporte básico de vida, as vulgarmente chamadas manobras de reanimação”, refere o INEM num comunicado.

O domínio daquelas manobras e procedimentos pode salvar vidas e deve ser incorporado desde cedo na vida de cada cidadão, considera o Instituto.

O Programa Nacional de Saúde Escolar – 2014 já defendia que a maioria dos profissionais de educação das escolas devia ter formação em suporte básico de vida.

"É importante que a escola disponha de um local próprio para primeiros socorros e que a maioria dos profissionais de educação possua formação em suporte básico de vida", refere o documento elaborado no ano passado pela Direcção-geral da Saúde.

O documento sugeria que as equipas de saúde escolar deviam aumentar as competências da comunidade escolar na avaliação da criança vítima de acidente e prestação de primeiros socorros.

Além dos profissionais, também as crianças a partir dos 10 anos são capazes de aprender e aplicar técnicas de suporte básico de vida: "Esta formação precoce reduz a ansiedade sobre os possíveis erros e aumenta acentuadamente a disponibilidade para ajudar".

OCDE
Um quinto das pessoas que trabalham sofre de uma doença mental, o que vai afectar, em algum momento da vida, metade desta...

Esta prevalência explica o elevado custo económico das doenças mentais, sublinha a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), com base nas análises de casos de nove países-membros e outros trabalhos realizados desde 2012.

Em 2010, um estudo da UE quantificava o custo das doenças mentais em 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), estimativa que a OCDE considera conservadora por não contabilizar o impacto das doenças derivadas do consumo de estupefacientes e por avaliar apenas custos indirectos conhecidos pela atribuição de subsídios de doença e incapacidade.

A diferença na taxa de actividade entre as pessoas que sofrem de uma doença mental e as que não, varia entre 10 a 15% nos casos de problemas ligeiros e 25 a 30% nos mais graves.

Na prática, os trabalhadores que têm uma doença mental de leve a moderada estão expostos, no mundo desenvolvido, a um risco duplo de ficarem desempregados. A taxa de desemprego de quem sofre uma doença mental grave por ser quatro ou cinco vezes superior à de trabalhadores saudáveis.

Para dar resposta a esta situação, a OCDE defende que a saúde mental deve ser uma prioridade no mundo laboral, no sistema de saúde e em todas as políticas sociais, incluindo para o desemprego e para incapacidades.

A intervenção deve ser feita a partir do momento que a doença mental afecta negativamente a educação e a transição para o mundo laboral.

Frequentemente só se começa a atuar quando o doente já está afastado do mercado laboral há anos, adverte a organização.

"Qualquer acção em escolas ou no lugar de trabalho terá um maior impacto e mais duradouro que esperar até que as pessoas tenham abandonado o sistema educativo ou o mercado de trabalho", afirma.

Outro ponto importante é a realização de uma política coordenada nas áreas do emprego, saúde e educação.

"Serviços integrados oferecem resultados significativamente melhores e mais rápidos", de acordo com a OCDE, que pede também a implicação dos especialistas em saúde mental.

Professores, empresários, supervisores ou trabalhadores dos serviços de emprego podem identificar problemas com mais facilidade e recorrer a profissionais quando necessário, acrescenta.

8 de Março - Dia Internacional da Mulher
Na semana em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, o Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa de...

Com uma esperança média de vida de 82,79 anos (mais 6 anos do que os homens) as portuguesas idosas estão em maioria nos internamentos dos hospitais, geralmente devido a complicações associadas a infecções respiratórias, doença coronária, AVC, insuficiência cardíaca e tumores. Estes problemas de saúde estão directamente relacionados com a condição económica. “As idosas com melhor situação económica têm geralmente menos problemas de saúde e problemas de saúde menos graves do que as mulheres mais pobres. As centenárias são geralmente mulheres ricas e que levam uma vida activa”, explica João Gorjão Clara, coordenador do Núcleo de Estudos de Geriatria (GERMI), internista e cardiologista.

Perante esta realidade, João Gorjão Clara considera ser premente “aumentar a quantidade de serviços de cuidados continuados, assim como a promoção de campanhas que estimulem a prática de uma alimentação saudável, actividade intelectual e exercício físico junto da população idosa. É preciso ler, conviver e não se desligar da realidade”.

O especialista em geriatria defende também a necessidade de “desenvolver programas de saúde especificamente orientados para a terceira idade, como por exemplo o ProFound, um programa europeu de prevenção de quedas e de promoção do envelhecimento activo, que poderá vir a ser implementado em Lisboa”.

O coordenador do GERMI afirma também que, em Portugal, ainda há um longo caminho a percorrer até se conseguir que a Geriatria seja vista como peça-chave no tratamento dos mais velhos. “Nem todas as pessoas de idade avançada são pacientes geriátricos. Trata-se de uma falsa ideia”.

Dos idosos internados, estima-se que sejam 15% aqueles que necessitam de cuidados em unidades de Geriatria. Mas todos eles têm particularidades que condicionam as manifestações clínicas, a estratégia diagnóstica, as opções terapêuticas. Para estes também é preciso actualizar conhecimentos, optimizar a intervenção médica”.

E continua: “A aposta na Geriatria traria vantagens também a médio, longo prazo, porque os doentes teriam uma melhor qualidade de vida e, paralelamente, o Serviço Nacional de Saúde teria menos (re) internamentos, menor agudização de doenças que exigem vários cuidados, menos gastos.”

O especialista não tem dúvidas em afirmar que a formação em Geriatria optimiza os cuidados a idosos. Daí a aposta do GERMI, que coordena desde há alguns meses, na realização da sua primeira reunião, nos dias 12 e 13 de Março, no Hotel dos Templários, em Tomar dirigida a todos os profissionais de saúde que sentem necessidade de dar uma resposta mais concreta a doentes geriátricos, como acontece na Medicina Geral e Familiar (MGF).

Bolsa de 12.500 euros
Uma médica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra venceu uma bolsa de investigação no valor de 12.500 euros atribuída...

De acordo com uma nota dos promotores do prémio, Andreia Martins Rosa, 36 anos, oftalmologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e estudante de doutoramento na faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, (UC) venceu a bolsa D. Manuel de Mello entre 47 candidatos.

Na nota, a premiada afirma que a atribuição vai permitir prosseguir um trabalho de investigação "cujo objectivo é compreender a forma como o cérebro se adapta à visão após a cirurgia de catarata, em especial com as mais recentes lentes intraoculares premium".

A médica oftalmologista refere que a visão "não é apenas um a imagem óptica", antes uma percepção "que depende do processamento cerebral" de cada pessoa e que a forma como cada um se adapta a uma modificação súbita da forma como vê - seja após uma cirurgia às cataratas ou até quando muda de óculos - "é muito variável".

"O objectivo deste projecto é descobrir a forma como o cérebro se adapta ao novo tipo de imagem obtido com as mais recentes lentes intraoculares, as lentes premium. Para isso vamos usar, pela primeira vez neste contexto, ressonância magnética funcional para observar as áreas do cérebro que estão a ser activadas e a sua evolução ao longo do tempo", explica Andreia Martins Rosa.

Os promotores da bolsa - atribuída anualmente pela José de Mello Saúde e Fundação Manuel de Mello com o objectivo de contribuir para a investigação e progresso das ciências da saúde - adiantam que o projecto agora premiado "pretende responder a uma questão clínica extremamente relevante" e que a investigação em causa possui "aplicabilidade clínica directa".

"Trata-se de uma abordagem completamente inovadora a uma questão de enorme relevância, dado que é necessário realizar cirurgias oftalmológicas subsequentes [às cirurgias às cataratas] para remover algumas lentes intraoculares em 4 a 12% dos doentes.

A bolsa D. Manuel de Mello 2014 é atribuída hoje à médica e investigadora de Coimbra, numa cerimónia agendada para as 11:00 na sede da José de Mello Saúde em Carnaxide, concelho de Oeiras.

Noruega, Islândia e Liechtenstein
25 projectos portugueses para a promoção da saúde pública, de hospitais, universidades e organizações não-governamentais, vão...

Os projectos foram escolhidos por um comité de selecção do programa Iniciativas de Saúde Pública, programa suportado pelos três países doadores e destinado a 10 estados europeus, incluindo Portugal.

A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que divulgou numa nota o número de projectos nacionais aprovados, é a entidade que gere o programa em Portugal .

As propostas aprovadas, de acordo com as áreas temáticas definidas no regulamento do programa, visam a redução das desigualdades entre utentes no domínio da nutrição e a melhoria dos serviços de saúde mental, da prevenção e do tratamento de doenças transmissíveis e do uso dos sistemas de informação de saúde.

Um dos 25 projectos, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, pretende criar um sistema de vigilância para a tuberculose na população de risco. Outro, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, propõe-se avaliar o desempenho do Programa Nacional para a Saúde Mental e conceber um novo modelo de financiamento e de organização.

O programa Iniciativas de Saúde Pública, cujo processo de candidaturas terminou em Novembro, decorre até 2016, com o financiamento dos três países doadores do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (2009-2014) a ser atribuído ao abrigo de um memorando de entendimento assinado, em 2012, com Portugal.

Ao todo, em Portugal, foram apresentadas 171 candidaturas, das quais foram validadas 101.

O programa Iniciativas de Saúde Pública prevê também, conforme o contrato-programa acordado entre Portugal e Noruega, Islândia e Liechtenstein, a realização de um inquérito nacional, com exame físico, a 4.200 utentes do Serviço Nacional de Saúde, entre os 25 e os 74 anos, e que está a cargo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Organização que controla estupefacientes alarmada
A Organização Internacional de Controlo de Estupefacientes está alarmada com a proliferação de novas drogas produzidas pelos...

“O aparecimento cada vez mais maciço, nos últimos anos, de novas substâncias psicoativas não submetidas a controlo tornou-se um grave problema de saúde pública e um fenómeno verdadeiramente global”, salienta a Organização Internacional de Controlo de Estupefacientes (OICE), um organismo ligado às Nações Unidas, no seu relatório anual.

Particularmente acentuado nos Estados Unidos, o fenómeno, que emergiu há uma dezena de anos, alastrou-se ao resto do mundo e constitui, segundo a OICE, um “problema cada vez mais grave”.

A 1 de Outubro último, 388 substâncias distintas tinham sido inventariadas em todo o mundo, ou seja, “mais 11%” que em 2013 e duas vezes mais que em 2009.

Produzidas rapidamente em laboratórios, as novas substâncias, entre as quais canabinoides sintéticos, apanham de surpresa as legislações dos diferentes países, beneficiando assim de um vazio jurídico durante o qual são comercializadas, nomeadamente via internet.

“Estas substâncias são muitas vezes apresentadas como produtos ‘legais’ ou ‘naturais’ que substituem as drogas colocadas sob controlo, o que leva a pensar que, se elas não são controladas, é porque são inócuas”, alerta a OICE.

“É particularmente difícil para os poderes públicos identificar tais substâncias suficientemente cedo, dado o ritmo a que elas são colocadas no mercado”, lamenta ainda a organização.

No ano passado, graças a uma lei sobre os “produtos análogos”, os Estados Unidos conseguiram, contudo, apreender “centenas de milhares de embalagens” destinadas a venda, bem como centenas de quilos de substâncias a granel, congratulou-se a OICE. Na ocasião, foram detidas 150 pessoas.

A China é considerada “uma das principais fontes de fornecimento de novas substâncias psicoativas”, recorda o organismo internacional.

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