Pela primeira vez
A segunda-feira de cada segunda semana do mês de Fevereiro foi instituída, a nível mundial, o Dia da Epilepsia. É hoje...

A partir de 2015, a segunda-feira de cada segunda semana do mês de Fevereiro, passa a ter um significado diferente, quer se encontre no hemisfério norte, no hemisfério sul, a oeste ou a leste de Greenwich, tenha as crenças que tiveres, seja mulher ou homem. É o mesmo dia em todo o Mundo. É o Dia Mundial da Epilepsia e este ano, esse dia é, 9 de Fevereiro.

Foi este o dia maioritariamente escolhido pelas organizações ligadas à epilepsia em todo o mundo. Na Europa, este dia era já o Dia Europeu da Epilepsia e esteve sempre muito relacionado com o Dia de São Valentim, personagem historicamente invocada pelos doentes que sofriam de epilepsia para sua protecção, surgindo como patrono da Epilepsia.

A importância de promover o conhecimento e a sensibilização pública para esta doença não pode ser subestimada.

A aprovação em 2011, no Parlamento Europeu, da Declaração Escrita de Epilepsia e o recente reconhecimento (Janeiro de 2015) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) da epilepsia como doença prioritária necessitando de uma acção coordenada a nível de cada país, dirigida aos seus aspectos médicos, sociais e conhecimento público, faz-nos acreditar que iniciativas deste género podem contribuir de facto para melhorar a assistência clínica às pessoas que sofrem de epilepsia, bem como fomentar o investimento na investigação em epilepsia, nomeadamente no desenvolvimento de novos tratamentos ou em estratégias preventivas.

É objectivo da Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (LPCE), que em Portugal as autoridades de Saúde integrem rapidamente as recomendações da Comissão Europeia e da OMS.

Estabelecer um Dia Mundial de Epilepsia, é enviar uma mensagem forte para toda a comunidade, que a epilepsia é uma doença global, requerendo acções a nível de cada país.

 

Iniciativas programadas

Articulação com a campanha europeia - “epilepsia é mais do que ter crises”. Divulgação dos vídeos publicitários promovendo uma maior sensibilização pública para esta doença

Acções de rua sob o lema “Um gesto basta”, onde um comportamento muito simples, como a partilha de um objecto simbólico, no nosso caso um balão lilás, se pode transformar num projecto de entre ajuda. A LPCE promove estas iniciativas de rua com uma dupla finalidade: informação e angariação de fundos.

Desenvolver projectos de investigação
A Direcção-Geral da Saúde assina acordo para desenvolver projectos de investigação relacionados com o envelhecimento activo e...

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) assinou, dia 4 de Fevereiro, um acordo-quadro de colaboração com a Fundación General de la Universidad de Salamanca, a Fundación General del Consejo Superior de Investigaciones Científicas e a Universidade do Algarve para desenvolver projectos de investigação e iniciativas relacionadas com envelhecimento da população.

O processo global de envelhecimento da população, resultante do aumento progressivo da esperança de vida e da redução das taxas de natalidade, coloca desafios semelhantes em Portugal e Espanha.

De acordo com diferentes estudos populacionais, a faixa etária da população com mais de 65 anos crescerá mais de 21% até 2050. Tanto no caso português como no espanhol, estas previsões ultrapassam os 30%.

A nova pirâmide populacional exigirá profissionais do Sistema Nacional de Saúde que, a partir das suas áreas de especialização, possam compreender o envelhecimento de uma forma integradora, pelo que esta será uma das acções fundamentais a desenvolver no âmbito desta colaboração.

O acordo agora assinado pretende potenciar esta investigação levada a cabo por equipas interdisciplinares, visando também a criação de um grupo de trabalho com o objectivo de apresentar um projecto no âmbito do Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP) da União Europeia.

Prémio em Contracepção 2015
Estão abertas a partir de hoje as inscrições para o 4º Prémio de investigação na área da contracepção, da responsabilidade da...

A Sociedade Portuguesa de Contracepção (SPDC) e a multinacional farmacêutica Gedeon Richter, que patrocina o prémio, abrem hoje, dia 9 de Fevereiro, as candidaturas para o 4º Prémio na área da contracepção e recebem projectos até 31 de Julho. O prémio surge para premiar estudos de investigação na área da saúde sexual e reprodutiva e impulsionar a investigação nacional.

Os autores do trabalho vencedor serão premiados com o montante de 6 mil Euros, pelo que se podem candidatar ao prémio, licenciados, profissionais de saúde ou educação na área da saúde sexual e reprodutiva, sócios da SPDC.

A direcção da SPDC afirma que, “Em Portugal, os apoios à investigação são muito escassos. Os profissionais de saúde procuram desenvolver investigação na área da saúde sexual e reprodutiva em condições muito difíceis, pelo que pretendemos que esta iniciativa seja um incentivo à investigação nesta área tão importante na vida da população.”

 “Queremos promover a inovação e investigação nacional e continuar a incentivar os profissionais portugueses no desenvolvimento de projectos que permitem criar respostas que vão ao encontro das necessidades da população no que diz respeito à sua sexualidade e saúde reprodutiva”, refere Daniel Pereira da Silva, Medical Advisor da Gedeon Richter Portugal.

A entrega do 4º Prémio em Contracepção, vai decorrer na 5ª Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Contracepção, que se realiza de 25 a 26 de Setembro de 2015, em Lisboa.

Em 2014, o 3º Prémio em Contracepção foi atribuído ao trabalho “Adolescentes e Contracepção de Longa Duração - Satisfação e continuação no primeiro ano de utilização” ao grupo constituído por Lúcia Correia, Ana Marujo, Inês Antunes, Isabel Martins, Fátima Palma e Maria José Alves da Maternidade Alfredo da Costa.

As candidaturas podem ser enviadas para o e-mail [email protected]. Os trabalhos vão ser avaliados por um júri nomeado pela SPDC, constituído por cinco médicos diferenciados na área da saúde reprodutiva. O regulamento do prémio pode ser consultado aqui.

 

Avastin, Herceptin, Nivestim e Torisel
O Infarmed emitiu uma Circular Informativa - N.º 019/CD/8.1.7. – sobre a possível distribuição de medicamentos falsificados.

A Agência Europeia do Medicamento emitiu uma informação sobre a possível distribuição ilegal dos medicamentos constantes da tabela abaixo, na sequência de um furto nos serviços farmacêuticos de um hospital romeno:
 

Medicamento

Dosagem

Forma farmacêutica

Lote

Validade

Titular de AIM/Representante

Avastin

25mg/ml (4 frascos)

Concentrado para solução para perfusão

B7110B01
B8000B02

11-2015
04-2016

Roche Farmacêutica Química, Lda.

Avastin

25mg/ml (16 frascos)

Concentrado para solução para perfusão

B7031B03
B7050B06

02-2016
06-2016

Roche Farmacêutica Química, Lda.

Herceptin

150 mg

Pó para concentrado para solução para perfusão

H4450B03

05-2018

Roche Farmacêutica Química, Lda.

Torisel

25mg/ml

Concentrado e solvente para solução para perfusão

AJ64/92

04-2017

Laboratórios Pfizer, Lda.

Nivestim

30 MU/0,5 ml

Solução injetável ou para perfusão

2861123B

03-2016

Hospira Portugal, Lda.

 

Apesar de não ter sido detetada a existência destes lotes de medicamentos em Portugal, alerta-se que medicamentos fornecidos por distribuidores não autorizados devem ser considerados como falsificados, não podendo ser considerados seguros ou eficazes, pelo que não devem ser utilizados.

Atendendo a que estes medicamentos são utilizados apenas em meio hospitalar, as entidades que eventualmente tenham adquirido estes lotes de medicamento não devem proceder à sua venda, dispensa ou administração, devendo comunicar de imediato ao Infarmed.

 

Psiquiatra Luís Patrício defende
O psiquiatra Luís Patrício manifestou-se favorável à venda de canábis nas farmácias, para uso terapêutico, numa posição...

Em declarações, Luís Patrício, um dos pioneiros no tratamento da toxicodependência em Portugal, considerou que a medida para utilização em saúde é bem-vinda, mas não para utilização lúdica.

“Se a questão que se põe é de existir na farmácia canábis na forma de erva – uma vez que de cápsulas já tivemos. Se a hipótese é a utilização de erva de marijuana como fim terapêutico, é bem-vinda”, sublinhou o psiquiatra e autor do livro “Políticas e Dependências – Álcool e (De)mais Drogas em Portugal, 30 Anos Depois”.

A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, afirmou no sábado, em declarações à rádio TSF, a título pessoal, que concorda com a despenalização do uso de drogas leves, para que "não haja criminalidade altamente organizada e branqueamento de capitais".

Para Paula Teixeira da Cruz, a despenalização do consumo de drogas leves - disponibilizando-a, por exemplo, em farmácias - representa não um ganho para o Estado, mas sobretudo para os cidadãos, porque não alimenta um negócio "profundamente rentável".

Para o psiquiatra, é necessário, primeiro, “clarificar o que é droga”, decidindo se “continua a ser apenas aquilo que é ilegal” ou se se pode começar “a falar de substâncias de princípio ativo”.

Para o psiquiatra, o que se vende nas farmácias são “medicamentos para tratar, para prevenir”.

Luís Patrício recordou que já se vendem medicamentos para tratar determinados tipo de situações associadas a dependências patológicas, como álcool ou heroína e de outros medicamentos.

Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência
O presidente do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência considerou que “ainda não é hora” de discutir a...

João Goulão, que falava na sequência das declarações da ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, sobre a despenalização de uso de drogas leves, salientou que este assunto “não é uma prioridade”.

“Penso que, neste momento, temos tantas e tão graves situações na política interna, nas condições de vida dos nossos cidadãos, que esta, de facto, não me parece uma prioridade política. Por outro lado, em Portugal os indicadores de consumos têm evoluído de forma positiva”, recordou o presidente do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (OEDT).

No entender de João Goulão, a discussão sobre este assunto só se justificava se tivesse havido um retrocesso nos indicadores.

A ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, afirmou no sábado, em declarações à rádio TSF, que concorda com a despenalização do uso de drogas leves, para que "não haja criminalidade altamente organizada e branqueamento de capitais".

“Lembro que o primeiro-ministro já veio dizer que as declarações da ministra foram proferidas a título individual, e isto corresponde à posição oficial do Governo português, ou seja, que não vai ser avançada nenhuma posição relativa a esta questão da legalização ou regulação de vendas de drogas, nomeadamente a canábis”, sublinhou.

Na opinião de João Goulão, existem duas questões que têm sido abordadas de forma “mais ou menos” misturada.

“Por um lado, temos a questão do uso terapêutico de canábis, que terá as suas indicações médicas e vantagens em algumas situações clínicas muito particulares. Esta é uma questão que merece ser discutida, mas é um assunto para as agências do medicamento, é uma questão clínica e pode conduzir à possibilidade de prescrição de canábis e a sua aquisição nas farmácias”, disse.

Por outro lado, indicou João Goulão, existe a questão do uso recreativo de drogas, que deve ser discutida, mas “noutro contexto e com outros contornos”.

“Em Portugal, fomos pioneiros ao discriminarmos o uso de todas as substâncias em 2000 e isso teve impactos positivos na evolução dos indicadores. Há um conjunto de políticas que estão a ser seguidas desde então”, disse, lembrando no entanto que consumir drogas é proibido.

“Deixou de ser crime, mas é penalizado à luz do direito administrativo. Fomos tão longe quanto possível num paradigma penalizador proibicionista de drogas”, frisou.

João Goulão salientou ainda que estão a decorrer algumas experiências nos Estados Unidos e no Uruguai.

“Na minha opinião, agora é tempo de acompanhar as experiências noutros países e ver o impacto que têm ao nível dos consumos e na saúde individual e colectiva e, por outro lado, em 2016, as Nações Unidas vão organizar uma conferência para debater estas questões”, concluiu.

Em Tomar
O tornado que atingiu um jardim escola em Tomar, há cinco anos, deixou cicatrizes físicas e emocionais em dezenas de crianças,...

Uma criança que “voou” com o telhado da escola, outras soterradas em armários ou cobertas de vidros são algumas das imagens que, durante muito tempo, alunos e professores do Jardim Escola João de Deus, em Tomar, não conseguiram apagar após o tornado que atingiu aquela escola, a 7 de Dezembro de 2010.

O fenómeno meteorológico deixou cicatrizes físicas, mas também psicológicas nas crianças, cujos pais começaram a identificar sinais como medo do vento e da chuva, enurese nocturna e pedidos para dormir com a mãe ou o pai.

Na escola, os tempos seguintes também foram de medo, principalmente em dias de vento, de tal forma que a direcção pediu ajuda ao hospital local, sem capacidade para realizar uma intervenção a 136 crianças, familiares e professores.

Para contornar a situação, a Protecção Civil de Tomar pediu ajuda à pedopsiquiatria do Hospital Dona Estefânia, do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), que atende a zona sul do país.

Mas os custos para deslocar 136 crianças, familiares e educadoras semanalmente, durante seis meses, e o impacto no absentismo laboral dos pais e no funcionamento do jardim-escola ameaçavam tornar a intervenção inviável, pelo que uma equipa coordenada pelo enfermeiro António Nabais apresentou uma alternativa: levar a intervenção ao contexto escolar.

A iniciativa, inédita em Portugal, decorreu em 2011, ano em que quatro enfermeiros (dois especialistas em saúde mental e dois de cuidados gerais) da Área de Pedopsiquiatria do CHLC trabalharam uma vez por semana com estas crianças, mas também com pais e professores.

António Nabais disse que, na avaliação realizada através de inquéritos e pela interpretação dos desenhos das crianças – com idades entre os três e os dez anos – foi possível averiguar que quase metade (41,7%) apresentava possível perturbação mental.

Destas, a grande maioria já apresentava perturbação mental – nomeadamente ao nível do comportamento - antes do tornado, tendo com este aumentado em dez vezes a possibilidade do seu problema se agravar e evoluir para doença mental.

As crianças que ficaram marcadas após o tornado manifestavam perturbações emocionais, tendo sido estas as que mais facilmente melhoraram.

Os profissionais organizaram grupos terapêuticos, consoante a idade das crianças, com as quais dramatizaram histórias com o objectivo de verbalizar a situação vivida e ultrapassar o seu impacto.

Para os mais pequenos, entre os quatro e os seis anos, foi escolhida a história de “Os três porquinhos”, envolvendo “a construção, a destruição e reconstrução de uma casa, numa alusão à escola que foi destruída pelo tornado e depois reconstruída”, explicou António Nabais.

Aos que frequentavam o segundo, terceiro e quarto ciclo do ensino básico foi proposta a construção de uma história e a definição de personagens, que no final do ano foi apresentada como peça de teatro.

Segundo António Nabais, a intervenção permitiu que a maioria das crianças melhorasse o seu estado, sendo que as que não melhoraram ou até pioraram foram encaminhados para consultas de pedopsiquiatria.

Este projecto venceu, em 2014, o Prémio de Boas Práticas em Saúde.

Em Portugal
Em Portugal existem 626 dadores de espermatozoides e dadoras de ovócitos registados desde Janeiro de 2013, cuja identidade não...

Este registo entrou em funcionamento em Janeiro de 2013 e, desde então, reúne os dadores de gâmetas masculinos e femininos que realizaram as doações em Portugal, segundo disse o presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA).

De acordo com Eurico Reis, a informação que consta desta base de dados é confidencial e a ela só poderão ter acesso o presidente e o vice-presidente do CNPMA, em simultâneo.

Os dadores em questão realizam as suas dádivas, algumas das quais já foram utilizadas e deram origem a gravidez e a crianças nascidas, embora estes dados não constem do registo. Não constam desta base de dados as dádivas importadas.

Em 2014 entrou ainda em funcionamento o registo da actividade de Procriação Medicamente Assistida (PMA) em Portugal, com dados sobre as crianças nascidas através destas técnicas, que em 2016 cumprem 30 anos em Portugal.

O CNPMA tem, até hoje, compilados os dados referentes à actividade dos centros de PMA em 2012, tendo em conta a necessidade de aguardar o tempo da gestação. Em 31 de Janeiro deste ano, começaram a ser tratados os dados de 2013.

Em 2012 nasceram 2.134 crianças com recurso a técnicas de PMA, representando 2,4 por cento dos nascimentos nesse ano.

32 doados em 2013
Perto de 20 mil embriões estavam, no final de 2013, congelados e a aguardar um destino, 32 foram nesse ano doados a outros...

O maior número de embriões excedentários (8.893) resultou de tratamentos com microinjecção intracitoplasmática (ICSI) intraconjugais, seguindo-se os oriundos de ciclos de Fertilização In Vitro (FIV), que totalizaram 5.845.

No mesmo período foram criopreservados 3.239 embriões, resultantes de tratamentos de ICSI com ovócitos de dadora e 660 no âmbito de ciclos de FIV com ovócitos de dadora.

Os embriões criopreservados no âmbito de ciclos de FIV com espermatozoides de dador ascenderam a 496 e 273 resultaram de ciclos de ICSI com espermatozoides de dador.

No total, encontram-se crioconservados 19.406 embriões, contabilizados entre 2009 e 2013.

Segundo o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA), em 2013 foram doados 32 embriões a outros casais (135 entre 2009 e 2013) e 398 foram descongelados e eliminados (1.491 entre 2009 e 2013).

Em 2012, último ano com os dados compilados pelo CNPMA, nasceram 2.134 crianças com recurso a técnicas de Procriação Medicamente Assistida.

Em Nova Iorque
Centenas de bactérias e outros organismos, quase metade com ADN desconhecido, podem ser encontrados no sistema de metro de Nova...

No entanto, especialistas e autoridades sanitárias citados pelo jornal The New York Times indicam que os utilizadores do metro não devem temer pela sua saúde.

O estudo, elaborado por investigadores do Weill Cornell Medical College, tinha como objectivo criar um mapa do ADN encontrado no metro de Nova Iorque, que transporta cerca de 5,5 milhões de pessoas por dia.

Durante 17 meses, foram recolhidas amostras em bancos, corrimões, assentos, portas e outros elementos da rede de metro, nas quais foram detectados milhares de tipos diferentes de organismos, metade dos quais foram considerados desconhecidos.

Entre os milhares de organismos foram detectadas centenas de bactérias, a maioria destas inofensivas para os seres humanos, mas também algumas que podem causar problemas digestivos, infecções por estafilococos e meningite.

Também foram encontrados alguns vestígios sem vida do que poderia ser a peste bubónica e bacilos de carbúnculo, embora os autores do estudo deixem claro que, dada a ausência de casos registados em Nova Iorque, estes agentes patogénicos provavelmente representam apenas um micróbio habitual em ambientes urbanos.

No caso da ‘peste negra’, a cidade não regista nenhum caso há mais de um século, ainda que em 2002 dois doentes do Novo México tenham visitado Nova Iorque.

“Ninguém deve preocupar-se”, afirmou o responsável pela investigação, Christopher E. Mason, em declarações ao The New York Times.

O investigador explicou que as amostras também poderiam pertencer a outra bactéria muito semelhante e anunciou que a sua equipa vai tentar perceber se o suposto ADN da peste está presente nas ratazanas que vivem nos túneis do metro.

“Tal como o estudo indica claramente, os micróbios foram encontrados em níveis que não significam qualquer perigo”, disse aos meios de comunicação social locais o porta-voz da empresa municipal de transportes, Kevin Ortiz.

O estudo revela ainda que os organismos encontrados numa estação de metro que ficou alagada na altura da passagem do furacão Sandy, em 2012, por Nova Iorque, são similares aos de um “ecossistema marinho”.

Da China, Nigéria e Índia
O ministro da Saúde angolano disse, em Luanda, que os medicamentos contrafeitos que chegam ao país têm origem na sua maioria na...

Devido à situação actual, José Van-Dúnem referiu que as autoridades estão a reforçar as medidas para acabar com a situação, a melhoria da inspecção e de controlo da entrada de medicamentos nas fronteiras.

"É evidente que um país com a fronteira como a nossa tem sempre possibilidades de ter muitos medicamentos que passam nas bolsas, nos carros, mas não é aquela contrafacção maciça que vem através dos portos, dos aeroportos", explicou o ministro.

José Van-Dúnem destacou também que "há um grande esforço nacional para criar as condições para diminuir a possibilidade de contrafacção".

A abertura em Luanda de um novo centro de distribuição de medicamentos vai, segundo o ministro, ajudar a melhorar a compra de medicamentos, bem como a sua gestão.

"Por exemplo, há situações em que não temos medicamento em Catabola, mas temos no Chinguar, cujos prazos estão quase a caducar porque não foram usados", apontou, acrescentando que uma informação centralizada ajuda a uma melhor gestão.

O governante angolano acrescentou que a "gestão global dos medicamentos que já fazia sentido que se realizasse, mas que neste momento, em que há menos recursos, faz ainda mais sentido e torna oportuna a inauguração daquela estrutura".

Por sua vez, Sílvio Samuel, Presidente do Conselho de Administração do grupo SILISA, proprietário do centro, disse que até ao momento todos os medicamentos são importados de Portugal.

"Temos como única proveniência Portugal, de princípio, não pensamos mandar vir de outra origem, porque achamos que Portugal é o local com medicamentos mais seguros. Temos acordos com vários laboratórios. Neste momento, o nosso objectivo é comprar melhor para conseguir vender melhor cá", concluiu o ministro.

Investimento privado angolano
Um novo centro de distribuição de medicamentos importados de Portugal foi inaugurado em Luanda, decorrente de um investimento...

A infraestrutura, localizada em Benfica, nos arredores de Luanda, ocupa uma área de 900 metros quadrados e conta com uma capacidade de armazenamento de mais de dois mil metros cúbicos.

O Presidente do Conselho de Administração do grupo SILISA, que há mais de dez anos actua no mercado local em áreas como construção civil, farmácia e hotelaria, disse que o centro permitirá ajudar a colmatar a necessidade de armazenamento em boas condições.

"Temos capacidade para poder dar resposta à demanda e à carência existente no mercado, de forma que os medicamentos aqui estão armazenados com condições apropriadas", disse Sílvio Samuel, acrescentando que o armazém possui 36 metros cúbicos de área de frio.

Acrescentou que actualmente o depósito, que já distribui medicamentos para farmácias, centros de saúde e hospitais, tem um stock de medicamentos importados de Portugal de cerca de um milhão de dólares (883 mil euros).

Entretanto, a dificuldade financeira que Angola atravessa actualmente com a quebra da receita petrolífera e por consequência na entrada de divisas, está a dificultar a importação de mercadorias, lamentou o responsável.

"Estamos com uma certa dificuldade de importação, nas aquisições de divisas, mas esperamos que isso seja ultrapassado e vamos conseguir cumprir os nossos objectivos", referiu.

Hospital de Vila Real
Um surto de sarna (escabiose) afectou seis enfermeiros e uma assistente do serviço de medicina interna do Hospital de Vila Real...

Fonte do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) disse que os casos verificados de escabiose no Hospital de Vila Real aconteceram pelo contacto directo com uma doente que esteve internada no serviço de medicina.

A sarna é uma doença de pele que é contagiosa e provoca uma grande comichão.

De acordo com o CHTMAD, a escabiose afectou seis enfermeiros e uma assistente operacional, os quais se encontram de baixa e estão ser tratados segundo o protocolo médico instituído. Ou seja, estão em tratamento dermatológico.

Todos os restantes profissionais do serviço de medicina estão em tratamento profilático adequado à situação.

Pela monitorização efectuada, a administração da unidade saúde diz que não verificou “a existência de mais nenhum doente contaminado e, assim sendo, não está previsto o encerramento do serviço em questão”.

O CHTMAD referiu ainda que, após ter sido detectada a situação, foi accionada de imediato a Autoridade de Saúde Pública Local, o Serviço de Saúde Ocupacional e Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e de Resistência aos Antimicrobianos (GCL-PPCIRA) do centro hospitalar para monitorização e acompanhamento, nomeadamente no lar residente onde esta doente se encontra.

Jorge Cadete, presidente do conselho directivo da Secção Regional do Norte (SRN) da Ordem dos Enfermeiros (OE), afirmou que “à partida estas situações não são muito comuns”.

O responsável explicou que, segundo informações recolhidas no CHTMAD, a doente, proveniente de um lar, esteve internada no Hospital de Vila Real em Janeiro e que foi já no final do internamento que foi detectada a doença, a qual possui um período de incubação.

Entretanto, segundo disse, foram accionados todos os mecanismos de defesa, como uma desinfestação de roupa e do próprio serviço, acrescentando que a “situação será minimizada rapidamente”.

Quanto à baixa dos seis enfermeiros, Jorge Cadete referiu “não é uma situação de alarme”.

Reconheceu, no entanto, que poderá haver algum reflexo no funcionamento do serviço, levando a uma sobrecarga dos enfermeiros a nível de mais doentes e mais horas de trabalho.

“O que não quer dizer que internamente a direcção de enfermagem não procure que estas horas necessárias de enfermeiros não sejam cobertas por outros enfermeiros em mobilidade interna. Penso que internamente será sempre encontrada uma solução”, frisou.

Nos hospitais da região
A União de Sindicatos de Setúbal criticou a situação dos serviços de urgência dos hospitais da região, considerando que os...

"Nos Serviços de Urgência da península, os tempos de espera para atendimento previstos na triagem de Manchester são largamente ultrapassadas, enquanto os utentes agravam o seu estado de saúde, evoluindo para situações de risco de vida que não são presenciadas pelos profissionais", referiu a União de Sindicatos em comunicado.

O documento acrescenta que os profissionais de saúde vivem "em desespero, exaustos pelas muitas horas de trabalho acumuladas e pelo sofrimento que presenciam diariamente".

"São obrigados a prestar cuidados em serviços que passam em 300% a sua lotação prevista", salienta.

A União de Sindicatos referiu ainda que quando são internados, os utentes continuam em condições "pouco dignas".

"Os utentes têm ainda que esperar a existência de macas disponíveis e são depois transferidos para corredores, onde se amontoam em condições pouco dignas, sem privacidade, empilhados sem espaço mínimo de segurança para controlo de infecção, ou para a circulação dos profissionais e utentes", salienta.

A União de Sindicatos de Setúbal acusa o ministério da Saúde, liderado por Paulo Macedo, de ser o responsável pela situação actual.

"A reestruturação levou ao encerramento e diminuição do horário de atendimento de muitos centros de saúde e de SAP dificultando o acesso dos cidadãos à saúde preventiva. Aumentaram as taxas moderadoras e a implementação da portaria 82/2014 retirou várias valências aos hospitais da região e promoveu a diminuição do número de camas hospitalares", concluiu.

12 e 13 de Fevereiro
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica anunciaram a realização de dois dias de greve nacional, a 12 e 13 deste mês, para...

Análises clínicas e outros exames de diagnóstico e terapêutica poderão ser afectados pela greve, que pode ainda ter impacto em cirurgias programadas.

Em comunicado, o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica considera que o Governo “agravou a discriminação e a violência institucional que vem exercendo sobre” estes profissionais.

Em Novembro do ano passado, os técnicos de diagnóstico já tinham realizado dois dias de greve nacional, exigindo a revisão da carreira, contestando a interrupção de negociações por parte do Ministério da Saúde e reclamando da sobrecarga de trabalho, devido à falta de substituição de funcionários que se foram aposentando.

Segundo o Sindicato, a necessidade de revisão das carreiras dos profissionais de diagnóstico e terapêutica tem sido reconhecida pelos governos nos últimos 14 anos, sem que ainda se concretizasse a alteração pretendida.

Relativamente ao diálogo negocial, os sindicalistas acusam o actual Ministério da Saúde de bloquear as negociações sem qualquer explicação.

Além destes motivos, os sindicalistas consideram que o Governo veio agravar a “discriminação institucional” destes profissionais.

“Aplicação da requalificação (despedimentos colectivos) dos técnicos colocados nos serviços da Segurança Social”, “inexistência de políticas de emprego dos técnicos de diagnóstico”, falta de reconhecimento das novas licenciaturas ou transferência dos técnicos do ensino especial para a dependência das autarquias são algumas das questões contestadas pelo sindicato.

“Depois de tudo ter feito para gerar entendimentos com o Ministério da Saúde, só restou o recurso à greve, decretada já para os dias 12 e 13 de Fevereiro, bem como uma manifestação a realização frente ao Ministério no primeiro dia de greve”, explica a nota hoje divulgada.

Projectos na área da saúde
Cinco cientistas portugueses receberam dez milhões de euros do Conselho Europeu de Investigação, para desenvolver os seus...

Cristina Pereira Silva, do Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB), Luís Moita, do Instituto Gulbenkian de Ciência, Bruno Silva-Santos, Henrique Veiga-Fernandes e João Barata, os três do Instituto de Medicina Molecular (IMM), da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, foram premiados com bolsas Consolidator, anunciaram as instituições.

Cada um recebe cerca de dois milhões de euros, por cinco anos, para desenvolver os seus projectos de investigação em diferentes áreas de ciências da vida.

Cristina Silva Pereira, investigadora principal do ITQB, pretende desenvolver novas estratégicas antifúngicas de prevenção e tratamento.

O grupo da cientista desenvolveu um método que preserva a estrutura e as propriedades antimicrobianas da barreira poliéster das plantas e agora o objectivo é compreender a funcionalidade deste material, para o desenvolvimento de aplicações clínicas.

O investigador principal do IGC Luís Moita pretende utilizar os dois milhões de euros do prémio para identificar e caracterizar novos mecanismos de protecção das células que possam conferir tolerância a doenças como a sepsis.

"A sepsis grave continua a ser uma condição inflamatória sistémica que não compreendemos bem, apresentando altas taxas de mortalidade, com opções terapêuticas limitadas e, com base em dados recentes que obtivemos em ratinhos, propomos que as estratégias que visam a protecção de ‘órgãos-alvo’ tem um potencial extraordinário para o tratamento [desta doença] e, possivelmente, para outras condições inflamatórias", explica Luís Moita.

Bruno Silva-Santos, investigador principal do IMM, vai usar o financiamento para identificar mecanismos baseados em microRNAs, "moléculas que controlam a expressão dos genes, especificamente na produção de substâncias (citocinas) altamente inflamatórias".

O seu objectivo é perceber como a produção destas citocinas é regulada pelos microRNAs poderá abrir novos horizontes em estratégias de vacinação e em tratamentos de doenças autoimunes.

Henrique Veiga-Fernandes, investigador principal do IMM, refere que o prémio de 2,3 milhões de euros vai ser usado para estudar a regulação da inflamação no intestino.

"O nosso trabalho revelará novos processos e alvos terapêuticos em doenças inflamatórias, infecciosas e tumorais no intestino e que têm grande relevância para a Saúde Pública", salienta Henrique Veiga-Fernandes.

Para o investigador principal do IMM João Barata, os dois milhões de euros vão permitir estudar o impacto da molécula IL-7, que circula no sangue e está presente na medula óssea, timo e outros órgãos, e do seu receptor, que está à superfície de vários tipos de células, em especial do sistema imune.

"Queremos entender os mecanismos através dos quais a IL-7 e o seu receptor podem transformar células normais e fazer com que se tornem malignas e o papel que têm no desenvolvimento de leucemia e outros cancros", explica João Barata.

Já são nove os investigadores a trabalhar em Portugal que receberam bolsas deste programa.

Em 2014
O Núcleo Distrital de Apoio à Vítima de Castelo Branco registou 120 novos casos de violência doméstica em 2014 naquele distrito...

"Durante o ano de 2014, o Núcleo Distrital de Apoio à Vítima de Castelo Branco (NAV) registou 120 novos casos de violência doméstica e houve mil atendimentos. Desde o início deste ano [2015] já estão contabilizados mais 20 novos casos", referiu Arnaldo Brás.

O presidente da Associação Amato Lusitano, entidade responsável pela gestão do NAV desde 2010, explicou ainda que há mais pessoas a recorrer ao núcleo por iniciativa própria, além daquelas que são encaminhadas por outras instituições.

"Verifica-se um aumento de novos casos de violência doméstica e, da parte das vítimas, há mais disponibilidade para a denúncia. Esta violência não se confina às mulheres, mas também a homens, idosos e entre jovens", referiu.

O responsável pelo NAV adiantou que, apesar de no ano passado não se terem registado casos de homicídio na região, os números de violência doméstica não param de aumentar.

Além do apoio directo às vítimas, o NAV desenvolve campanhas de sensibilização junto da comunidade e outras acções de prevenção de violência, em especial dirigidas a públicos mais jovens, em idade escolar.

Arnaldo Brás sublinhou ainda que mais recentemente "o NAV desenvolveu diversas acções de sensibilização para reforçar a necessidade de apoio a esta população específica", dado o número crescente de crianças e jovens sinalizados ao gabinete de apoio, vítimas directas e indirectas de situações de violência doméstica.

O presidente da Associação Amato Lusitano referiu também que a conjuntura económica actual, por si só, não pode ser um factor explicativo para o aumento ou decréscimo do número de casos de violência doméstica.

A Amato Lusitano tem protocolos estabelecidos com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, Instituto da Segurança Social, GNR, PSP, Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, Centro Hospitalar da Cova da Beira, Secretariado Distrital de Castelo Branco da União da Misericórdias Portuguesas, Ordem dos Advogados do Fundão, Castelo Branco e Covilhã.

Matosinhos, Porto e Gaia
As autarquias de Matosinhos, do Porto e de Gaia querem “contagiar os cidadãos para a mobilidade activa”, apostando em...

Estes três municípios, que compõem a Associação Frente Atlântica, anunciaram, em conferência de imprensa, a “Carta para a Saúde”, que visa definir políticas que melhorem os índices de qualidade de vida dos cidadãos.

A ideia é “declarar o território saudável, onde os cidadãos são mobilizados para combater a sedentarização”, disse o presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto.

Segundo Guilherme Pinto, no âmbito desta estratégia que visa “encontrar o que as pessoas gostam de fazer mas que as arranque do sofá”, as câmaras pretendem “generalizar a todos” os programas desportivos já existentes nos municípios.

Está também previsto dinamizar rastreios de doenças cujo tratamento se torna muito mais fácil com detecção precoce, como a diabetes, e combater a obesidade, sobretudo através da criação de condições para que a população tenha hábitos alimentares saudáveis.

O autarca de Matosinhos frisou que, com esta estratégia, os três municípios conseguirão “poupar muitos milhões de euros ao Estado”.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, destacou que esta estratégia vai “complementar algumas acções” já desenvolvidas pelo município, quer realizadas pela empresa municipal PortoLazer quer por juntas de freguesia como a do Centro Histórico e a de Paranhos, pró exemplo.

Já o autarca de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, afirmou ser de “particular importância” esta estratégia, adiantando que a Frente Atlântica “vai rapidamente evoluir” de forma a criar uma “carta de bons hábitos que possa ter efeito de réplica”.

“Nós percebemos o que temos pela frente em relação a ameaças de comportamentos de risco”, concluiu Guilherme Pinto.

Entre as actividades já desenhadas pelos autarcas estão, entre outras, a criação de uma rede de espaços de prática desportiva informal e de acesso livre, a promoção de uma Carta da Mobilidade Activa, definindo uma rede de locomoção pedestre e velocipédica que ligue as margens dos três concelhos, e a promoção de uma rede de restaurantes com ementas saudáveis.

As autarquias pretendem agora ver "quais as instituições no terreno que querem participar neste programa" e "estabelecer protocolos com entidades que realizam rastreios junto da população".

Sem registo de doentes
A Unidade Local de Saúde do Nordeste divulgou que foi detectada a presença de Legionella na água do hospital de Bragança e que...

Em comunicado, o gabinete de imprensa da entidade responsável pelas unidades de saúde do distrito de Bragança esclarece que “na sequência da monitorização periódica efectuada regularmente à qualidade química e biológica da água, foi identificada na última avaliação, a 5 de Fevereiro, na Unidade Hospitalar de Bragança, a presença de Legionella Pneumófila Serotipo 1”.

Face ao resultado da análise efectuada, acrescenta, “foram tomadas de imediato todas as medidas necessárias – e em conformidade com as orientações emanadas pela Direcção Geral da Saúde – no sentido da erradicação daquele agente”.

As medidas, segundo ainda o esclarecimento visaram “a garantia da qualidade química e biológica da água e da segurança de todos os doentes internados naquela Unidade Hospitalar”.

A Unidade Local de Saúde (ULS) Nordeste realça que “a par da rápida identificação e pronta actuação, a situação tem sido acompanhada pela Autoridade de Saúde Pública, em conjunto com técnicos especializados nesta matéria”.

“Não foram registados casos de doença”, sublinha ainda, no comunicado, acrescentando que “a situação encontra-se, de momento, regularizada, e salvaguardadas as garantias referidas”.

Em 2011, três doentes foram infetados e dois acabaram por morrer vítimas da bactéria detectada numa ala do quarto piso do edifício hospitalar.

Naquela ocasião também foi detectada a presença de Legionella Pneumophila na água do hospital de Bragança, que procedeu à desinfecção através da injecção de água a alto impacto nas canalizações e com cloro e lixívia.

Doentes iniciam tratamento este mês
Na próxima semana o novo medicamento para tratar a Hepatite C já vai estar disponível em “quantidades substanciais” e durante o...

A garantia foi deixada por Paulo Macedo durante uma conferência de imprensa destinada a explicar o acordo alcançado com a indústria farmacêutica para fazer chegar os medicamentos inovadores para a hepatite C aos doentes portugueses.

Para já, o universo de doentes a ser abrangido é de 13 mil pessoas, um número que poderá ter oscilações, não só porque haverá um conjunto que não precisará do medicamento, como outros doentes novos a registarem-se.

O ministro adiantou ainda que “o acordo é para dois anos, porque quer a Gilead [o laboratório] quer outras empresas estão a introduzir novas inovações no mercado”, pelo que não faria sentido um horizonte temporal mais alargado.

“Para a semana o contrato é assinado”, disse o ministro, acrescentando que depois disso “o medicamento estará disponível em quantidades substanciais” e que “há condições para que este mês todos os doentes emergentes estejam em tratamento”.

O ministro da Saúde explicou que o acordo que o Estado alcançou para o fornecimento de dois medicamentos inovadores para a hepatite C (o Sofosbuvir e uma combinação de Sofosbuvir com Ledipasvir) prevê o pagamento por doente tratado.

O acordo prevê a comparticipação do Estado português dos dois medicamentos a 100%.

Para Paulo Macedo, esta modalidade de pagar por doente tratado e não por tratamento de três, 12 ou 24 semanas, é garantia de uma “clara equidade de acesso aos doentes”.

Trata-se de acordar pagar por um mecanismo que leva a que o custo que o Estado suporta seja relativo à cura do doente.

Segundo o responsável, cada vez que um doente não ficar curado com o tratamento – e isto representa uma probabilidade de 5% - o laboratório dá outro tratamento.

“É a primeira vez em Portugal que se faz um acordo assim”, destacou o ministro, sublinhando também que o laboratório (Gilead) lhe transmitiu que este é o melhor acordo da Europa.

Quanto a valores, Paulo Macedo explicou que a confidencialidade do preço é uma regra para disponibilização do medicamento pela farmacêutica.

No entanto referiu que o desconto correspondia ao dobro do que seria efectuado face ao preço inicial e, em resposta à questão sobre se o valor era semelhante ao praticado em Espanha, de cerca de 25 mil euros), o ministro limitou-se a afirmar que a Gilead disse que este era o melhor acordo da Europa.

Paulo Macedo especificou ainda que se conseguiu “gastar menos dinheiro por doente curado”, mas que vão ser curados “mais doentes do que o previsto”, pelo que o Estado vai gastar mais.

Para fazer face a este acordo, há um reforço de verbas acordado com o Ministério das Finanças, de dezenas de milhões de euros por ano.

Os hospitais terão que ter uma dotação, mas o programa não será só dependente dos hospitais, terá “uma componente central”, que será da responsabilidade da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Quanto ao tempo demorado na negociação, o responsável explicou que a tutela esteve a falar com outras entidades durante o processo e que esteve em causa não só o tratamento dos doentes, mas as respostas das várias empresas.

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