Ébola
Cerca de 16.600 crianças da Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa perderam um ou ambos os pais ou a pessoa responsável pela sua...

De acordo com os dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância, 9.234 crianças perderam um dos pais, 3.584 ficaram sem o pai e sem a mãe e 3.782 perderam a pessoa que se ocupava deles.

Mais de 22.000 pessoas ficam infectadas no último ano com o vírus do Ébola, que causou cerca de 9.000 mortos essencialmente nos três países referidos da África Ocidental.

A maioria dos órfãos devido ao Ébola encontra-se na Serra Leoa, onde 5.692 crianças perderam um dos progenitores e 2.276 os dois.

Na Libéria, 1.717 perderam um dos pais e 535 os dois, enquanto na Guiné-Conacri os números são de 1.825 e 773, respectivamente.

Calcula-se que menos de 3% dos órfãos, cerca de 500, tenha ficado fora do círculo familiar ou numa instituição.

A circunstância agrava uma situação que já era difícil nos três países, onde antes da epidemia existiam 1,3 milhões de órfãos e 3,2 milhões viviam com pessoas que não pertenciam à sua família biológica.

Infarmed autoriza
Além da Gilead Sciences, o Infarmed autorizou que mais dois outros laboratórios farmacêuticos cedam, nos próximos dias,...

Segundo apurou o SOL, são dois medicamentos totalmente novos, que ainda nem sequer terão autorização de introdução no mercado (AIM), mas que, tal como o produto da Gilead, também prometem a cura para certas variações da doença.

Um dos laboratórios irá oferecer 60 tratamentos e outro 15. O Infarmed, que recusa especificar o nome das empresas assim como a substância activa em causa, adianta apenas que neste momento foram aprovados estes três programas para um total de 165 doentes com hepatite C.

Tanto o Infarmed como a Gilead garantem ao SOL que os medicamentos vão começar agora a chegar aos hospitais.

Os estabelecimentos hospitalares só agora podem ter acesso a estes medicamentos sem custos porque até então o Infarmed exigia que, no Serviço Nacional de Saúde, na aquisição destes produtos fosse sempre definido um preço. Apenas dia 31 Dezembro aquele organismo decidiu publicar novas regras (um regulamento para o acesso precoce a medicamentos) que permitem aos laboratórios oferecer às unidades de saúde dois tipos de produtos: os que não têm ainda AIM ou os que já a têm mas aguardam que seja definido se podem ser usados nos hospitais públicos e o valor da comparticipação.  

É nesta última situação que se encontra o Harvoni, o medicamento de toma única da Gilead que está aprovado desde Novembro e que o Hospital Egas Moniz chegou a pedir ao laboratório para o ter sem custos para a doente que veio a morrer dia 31 Janeiro. Mas naquela data, justificou, entretanto, a empresa farmacêutica, o Infarmed ainda não tinha em vigor as normas que podiam ter salvado a vida a Maria Manuela Ferreira de 51 anos.

"Esta é a minha casa"
Um enfermeiro da Guarda especialista em Saúde Mental e Psiquiatria realizou um documentário que aborda a realidade de doentes...

O documentário "Esta é a minha casa" foi realizado e produzido, em 2014, por Pedro Renca, enfermeiro especialista em Saúde Mental e Psiquiatria do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, que acompanhou as visitas domiciliárias a quatro doentes mentais, três homens e uma mulher, dos concelhos de Fornos de Algodres e de Trancoso, no distrito da Guarda.

Segundo o autor, o filme visa "suscitar uma reflexão sobre alguns aspectos sociais e culturais que envolvem as histórias, emoções e dificuldades vividas por pessoas com problemas de saúde mental, residentes no próprio domicílio".

"Reabilitar e reintegrar o doente mental são os objectivos dos cuidados prestados [pela Equipa de Enfermagem do Serviço Comunitário do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da ULS da Guarda], demonstrando, assim, a importância das visitas domiciliárias para o equilíbrio social e emocional do doente, elemento de uma família e de uma comunidade", referiu Pedro Renca.

Os doentes mentais, pelo facto de viverem em meios recônditos e rurais, têm "os mesmos apoios" que aqueles que vivem em grandes meios urbanos, referiu o enfermeiro.

O documentário de 45 minutos vem provar que os doentes, "tendo uma doença que está medicada e tratada, não têm necessidade de estar internados em instituições", acrescenta.

O trabalho, que foi realizado junto de sujeitos com idades entre 50 e 60 anos, prova ainda que "o apoio domiciliário é uma alternativa à institucionalização" e é "mais benéfico para o doente".

O documentário de Pedro Renca vai permitir fazer "cair por terra" a ideia de que o doente mental "é perigoso, é um atrasado e um sem-abrigo", vaticina a enfermeira Susana Garcia, da Equipa do Serviço Comunitário do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da ULS da Guarda, que apoia cerca de 300 casos em todo o distrito.

"A ideia que queremos transmitir é que essas pessoas, que têm esses problemas de saúde mental, são pessoas capazes, que podem ser integradas socialmente no meio e que existem casos de sucesso nesse sentido de reintegração na comunidade", disse.

A temática da saúde mental vai estar em destaque na terça-feira, pelas 21:30, no pequeno auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG), onde será exibido o documentário "Esta casa é minha", seguido de debate.

A obra, com realização e produção de Pedro Renca, locução de Joaquim Martins e música de Miguel Cordeiro, já foi exibida em Coimbra e em Portalegre.

A atividade física regular oferece muitos benefícios
O maior risco de ser lesado está no sofá e resulta tanto da inactividade física quanto da mental e s

A actividade física, a saúde de cada um e a qualidade de vida individual e familiar estão completamente associadas. O sedentarismo é um dos factores de risco mais prevalente em todo o mundo para o desenvolvimento de muitas e diferentes doenças crónicas, como é o caso de doenças cardiovasculares e metabólicas que estão entre as principais causas de morbilidade e mortalidade no mundo ocidental. Também o é para a obesidade cuja prevalência fez com que a OMS a considere como epidemia. A atividade física regular oferece muitos benefícios para a saúde, sociais e psicológicos. Assim, a integração da atividade física no quotidiano das pessoas é uma prioridade e até uma responsabilidade de todos e de cada um.

Sabemos que as lesões são uma preocupação e têm impacto socioeconómico significativo. Podemos classifica-las em agudas/traumáticas (ex.: entorses do tornozelo, cãibras, fracturas de stress) e crónicas/sobrecarga (ex.: tendinose rotuliana – Jumper’s Knee, aquiliana, Síndrome da banda ílio-tibial – Runner’s knee). As de sobrecarga são as mais frequentes. Não obstante, na maioria dos desportos coletivos a entorse do tornozelo tende a ser a mais prevalente.

A pergunta que se coloca é o que fazer para beneficiar das inúmeras vantagens do exercício físico reduzindo ao mínimo o risco de lesões. Neste sentido, somos de opinião que um exame médico-desportivo e a realização de exercício preventivo são muito importantes. O exame médico-desportivo pode ser mais ou menos completo e incidirá sobre, e tendo sempre em conta as características e história clínica individuais, a avaliação da função cardiorrespiratória, análises clínicas, avaliação do equilíbrio muscular (avaliação isocinética) e consulta de Medicina Desportiva. As recomendações serão abrangentes e completas passando pela quantidade e intensidade de exercício mais adequadas, aquecimento, exercícios de prevenção, hidratação e nutrição e outras.

Hoje conhecemos estratégias de prevenção muito eficazes e seguras para as lesões que podem resultar da prática de exercício físico. Os programas de prevenção, onde um exemplo é o FIFA 11+, são muito eficazes na prevenção de lesões, sendo fáceis e divertidos de fazer e consistem num conjunto de exercícios que duram cerca de 20 minutos. Se realizados pelo menos 2 vezes por semana podem reduzir as lesões em mais de 50%.

Justamente com vista a disseminar conhecimentos e promover o que de melhor se faz na prevenção, diagnóstico e reabilitação de lesões realiza-se a 3ª edição das Jornadas Saúde Atlântica na Clínica do Dragão - Porto, no dia 7 de Fevereiro, tendo por tema – As lesões e os problemas mais frequentes do futebol. O que todos devem saber - www.jornadassaudeatlantica.com. Vai-se discutir a avaliação Médico-Desportiva e divulgar os programas Safe Football, Footbal for Health e o FIFA 11+. Para isto levaremos um grupo de crianças para o Estádio do Dragão e mostraremos como se faz. É possível praticar futebol em segurança e evitar muitas lesões, beneficiando os 32% de crianças portuguesas com excesso de peso e a maioria dos jovens que não atingem os níveis recomendados de atividade física que, segundo o Observatório Nacional para a Actividade Física e Desporto, IPDJ, I.P., nos jovens, só os rapazes com 10-11 anos são suficientemente ativos. Nas Jornadas teremos também, pela primeira vez em Portugal, a passadeira anti-gravítica - Alter G® - com tecnologia da NASA. Vamos oferecer a alguns dos mais de 700 inscritos a oportunidade de caminhar e correr com a gravidade reduzida, o que permite a prática de exercício seguro e sem dor em pessoas com patologias ósseas, articulares ou outras, excesso de peso e a aceleração da reabilitação funcional. Assim, através desta aposta inovadora e efectiva, a Clínica do Dragão, primeira certificada pela FIFA na Península, reafirma e faz mais forte a sua missão na melhoria da saúde e da qualidade de vida das pessoas, alinhando com as orientações da União Europeia para a Actividade Física aprovadas pelos 27 países da UE em Novembro de 2008 e, mais recentemente, pelas que o Observatório Nacional da Actividade Física vem concretizando a bem da Saúde e aptidão física dos cidadãos.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Plataforma de Dados da Saúde
A Plataforma de Dados da Saúde registava, até à semana passada, 43 mulheres vítimas de mutilação genital feminina a viverem em...

A propósito do Dia da Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina, que se assinala hoje, a secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade referiu que a plataforma que faz a referenciação dos casos de mutilação genital feminina (MGF) em Portugal registou 40 mulheres em 2014 e outras três já neste ano.

Sublinhando que não se trata de casos de mutilações recentes, nem praticados em território nacional, Teresa Morais explicou que 74% daquelas 43 mulheres são oriundas da Guiné-Bissau e da Guiné-Conacri.

Na maioria, aquelas mulheres têm uma idade média de 29 anos e foram sujeitas à MGF por volta dos seis anos, acrescentou.

A governante adiantou que as situações foram detectadas em situação de internamento (40%), acompanhamento de gravidez (3%) e consulta externa (2%).

Estima-se que 140 milhões de mulheres tenham sido submetidas à MGF em todo o mundo e que três milhões de meninas estejam em risco anualmente. A prática, que causa lesões físicas e psíquicas graves e permanentes, é mantida em cerca de 30 países africanos, entre os quais a lusófona Guiné-Bissau.

Segundo as estimativas, na Europa vivem 500 mil mulheres mutiladas e 180 mil meninas estão em risco de serem submetidas à prática anualmente.

O registo de dados na Plataforma de Dados da Saúde é “um avanço muito significativo no conhecimento concreto da realidade da mutilação genital feminina em Portugal”, considerou Teresa Morais. “Até 2013, toda a gente especulava e calculava que existissem casos, ninguém sabia quantos. Agora começa-se a saber”, realçou.

Actualmente, está em curso um estudo de prevalência da MGF em Portugal, coordenado pelo Centro de Estudos de Sociologia e pelo Observatório Nacional de Violência e Género da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

O estudo só estará concluído no final de Fevereiro, mas já é possível antecipar algumas conclusões, ainda que preliminares e apenas quantitativas.

Teresa Morais adiantou que essas primeiras conclusões apontam para uma estimativa de mais de cinco mil mulheres mutiladas a viverem em Portugal.

“Trata-se de um valor estimado, com base no número de mulheres residentes de cada um dos países [com prática de MGF] e nas taxas de prevalência dos países de origem”, especificou.

Do número total estimado de 5.246 mulheres mutiladas a viverem em Portugal, mais de 90% serão oriundas da Guiné-Bissau, o único país lusófono listado pelas organizações internacionais como praticante de MGF.

A Guiné-Bissau lidera a taxa de prevalência “sem surpresas”, seguindo-se, “a uma distância muito grande”, Guiné-Conacri, Senegal, Nigéria e Egito, enumerou Teresa Morais, sublinhando tratar-se de “uma metodologia de extrapolação”.

O estudo de prevalência está em curso há quase um ano e apenas nove Estados-membros da União Europeia têm pesquisas semelhantes.

O Governo português assinala hoje o Dia da Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina com uma iniciativa no Hospital de S. Francisco Xavier, em Lisboa, que fará “um ponto de situação" do III Programa de Acção para a Prevenção e a Eliminação da MGF e contará com intervenções de profissionais de saúde, referiu Teresa Morais.

Na Maia
A Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras Raríssimas quer criar na Maia a "Quinta dos Marcos", um espaço...

A Raríssimas foca a sua acção nos portadores de doenças raras, pessoas que, como descreveu a vice-presidente desta Instituição Particular de Solidariedade Social, Joaquina Teixeira, "às vezes pensam estar sós no mundo" por "desconhecerem casos semelhantes" ou que "existem respostas sociais e clínicas".

Depois de, em 2014, ter entrado em funcionamento na Moita a "Casa dos Marcos", a Raríssimas quer agora estender um modelo que diz ser "pioneiro" ao Norte e hoje é apresentada a "Quinta dos Marcos", uma réplica do espaço localizado no distrito de Setúbal que nascerá em Vila Nova de Telha, na Maia.

"A ideia é, no mesmo espaço, criar serviços completos em todas as áreas e essencialmente dar respostas a estas famílias, a estes doentes. Quando se veem confrontados com um diagnóstico de uma doença rara precisam de ajuda a vários níveis", descreveu Joaquina Teixeira.

"A ‘Quinta dos Marcos’ terá as respostas que os doentes necessitam. Geralmente o que acontece é que estas famílias andam assim um bocadinho perdidas no sistema e fazem fisioterapia aqui e vão aquela especialidade num hospital, e a outra em outro", acrescentou.

O terreno para a construção deste equipamento foi cedido pela autarquia da Maia, concelho do distrito do Porto, e o projecto prevê a criação de um lar residencial com capacidade para 24 utentes, centro de actividades ocupacionais para 60 pessoas, bem como unidades de ambulatório, reabilitação e investigação e áreas sociais de atendimento e apoio.

A vice-presidente da Raríssimas, e também responsável pela instituição a Norte, não tem ainda números concretos sobre o custo do equipamento, mas avança com a necessidade de juntar cerca de nove a dez milhões de euros.

A Raríssimas vai, portanto, candidatar-se a fundos europeus, estando "expectante", confessou a responsável, quanto ao que trará o programa Portugal 2020 em matéria de apoios sociais, mas também espera contar com a "solidariedade e apoio" de parceiros e empresas da região.

Com a angariação de parceiros e de fundos, a associação estima conseguir colocar o projecto no terreno ainda este ano.

"Temos identificados a Norte de Portugal muitos doentes. Há uma grande procura de serviços que a ‘Casa dos Marcos’ já presta. Ao falar de doenças raras, estamos a falar de doenças que são crónicas e altamente limitadoras da qualidade de vida. Na sua maioria são genéticas e portanto afectam logo desde o nascimento", apontou Joaquina Teixeira.

A área dedicada à investigação a localizar na Maia, onde a Raríssimas já tem um centro de reabilitação, será complementar à "Casa dos Marcos", sendo objectivo aproveitar o espaço do Norte para dar destaque à epidemiologia.

Pentágono diz
O Presidente russo pode sofrer de uma forma de autismo, a síndrome de Asperger, que o obriga a um “controlo máximo” de si...

Depois de estudarem as expressões e os movimentos do seu rosto em vídeo, os analistas militares concluíram que o desenvolvimento neurológico de Vladimir Putin tinha sido perturbado na sua infância, dando a impressão de um desequilíbrio físico e de estar pouco à vontade nas relações com terceiros.

“Este sério problema de comportamento foi identificado pelos neurologistas como a síndrome de Asperger, uma forma de autismo que afecta todas as suas decisões”, afirmou a autora do relatório, Brenda Connors, da Escola de Guerra da Marinha, produzido num centro de reflexão do Pentágono.

Mas a instituição, equivalente a um Ministério da Defesa, minimizou o documento, revelado pelo diário USA Today, que nunca subiu ao gabinete do secretário da Defesa ou outros dirigentes militares.

Uma porta-voz do Pentágono, Valerie Henderson, disse à agência noticiosa AFP que o documento “nunca foi transmitido ao secretário [da Defesa] e não foi objecto de pedidos de dirigentes do Departamento da Defesa para o examinarem”.

Por outro lado, esta possibilidade só pode ser confirmada por um ‘scanner’ do cérebro de Putin, segundo o relatório.

“Durante as crise, para se estabilizar e equilibrar as suas percepções (…), ele tem de se impor um controlo máximo”, explicou Connors, que estudou a linguagem corporal de outros dirigentes mundiais.

No documento do Pentágono considerou-se também que o olhar sempre fixo de Putin é a marca de uma falta neurológica e uma incapacidade de responder a sinais externos.

Putin apresenta uma “hipersensibilidade” e “uma forte dependência ao combate, às reacções frias ou dando a impressão de fugir”, em vez de um comportamento social mais matizado, especificou-se ainda no relatório.

Tratamento da hepatite C
O Ministério da Saúde e o laboratório farmacêutico Gilead chegaram a acordo para o fornecimento ao Estado português de um...

De acordo com o site da Rádio Renascença (RR), o ministro da Saúde, Paulo Macedo, e o presidente do Infarmed (autoridade para a área dos medicamentos) vão explicar na sexta-feira “todo o processo de autorização de uso excepcional de medicamentos para o tratamento da hepatite C”.

A edição 'online' do jornal Expresso refere que o último valor negocial conhecido era o de 24 mil euros por três meses de tratamento, mais três meses gratuitos caso fosse necessário prolongar o tratamento.

A Gilead acordou, no dia 16 de Janeiro, com o Ministério da Saúde o acesso sem custos ao medicamento Sofosbuvir para a Hepatite C para os 100 doentes mais urgentes.

Nas respostas enviadas à Lusa, o Infarmed informou que estes tratamentos foram aprovados no dia 20 e que os hospitais estão desde ontem a fazer as encomendas, sem no entanto explicar as razões para este intervalo de tempo.

O Ministério da Saúde encontra-se há meses a negociar com a Gilead para tentar baixar o preço do fármaco proposto pelo laboratório, que chegou a ser de 48 mil euros por doente.

Portugal chegou a propor a constituição de uma aliança europeia, entretanto não concretizada, no âmbito da qual sugeriu fixar o preço máximo do medicamento em 4.151 euros.

Ainda assim, este valor é mais de cinco vezes superior ao preço estabelecido no Egipto para o mesmo medicamento, que é de 700 euros.

A agência Lusa tentou contactar a assessoria do Ministério da Saúde para mais esclarecimentos sobre este assunto, mas não obteve resposta.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
A actividade gripal desagravou-se na semana passada, mantendo-se a mortalidade acima do esperado, apesar da tendência para...

A descrição consta no Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, divulgado semanalmente, à quinta-feira, pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Segundo o relatório, a actividade gripal baixou, na semana de 26 de Janeiro a 1 de Fevereiro, de alta para média, com a taxa de incidência a cair de 148,0 casos por cada cem mil habitantes, da semana precedente, para 82,1 casos, embora mantendo-se "acima da zona de actividade basal".

O vírus do tipo B continua a ser o predominante, tendo sido detectado em 71% dos casos de gripe na semana passada.

De acordo com o boletim, foram admitidos seis novos doentes em unidades de cuidados intensivos hospitalares da rede de vigilância epidemiológica, correspondendo a uma taxa de admissão de 3,0% , inferior à que foi estimada para a semana anterior.

A mortalidade "por todas as causas" continua "acima do esperado", apesar da "tendência para decréscimo".

Segundo os dados da Vigilância de Mortalidade, disponíveis no portal da Direcção-Geral da Saúde, registaram-se 3.106 óbitos na semana de 18 a 24 de Janeiro, 2.986 entre 25 e 31 de Janeiro e 1.886 na semana em curso, que começou a 1 de Fevereiro e termina no domingo.

O Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, referente à semana passada, menciona que o excesso de mortes foi observado apenas entre idosos, com 75 ou mais anos, e nas regiões do Norte, Centro e Vale do Tejo, "podendo estar associado ao frio extremo, ao aumento da incidência das infecções respiratórias agudas e à actividade gripal".

O Sistema Nacional de Vigilância da Gripe foi activado em Outubro de 2014 e funciona até Maio de 2015.

Infarmed
Mais de 600 pessoas estão actualmente a ser submetidas a vários tipos de tratamentos contra a Hepatite C, a maioria dos quais...

Segundo o Infarmed, “até à data” o universo total de tratamentos para a hepatite C é de 631, 375 dos quais com esquemas posológicos com medicamento inovador alternativo, sem custos para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

É o caso de 200 tratamentos em ensaios clínicos com um medicamento equivalente ao inovador Sofosbuvir e de 175 tratamentos realizados ao abrigo de três Programas de Acesso Precoce (PAP) com Sofosbuvir ou equivalente, um esquema que permite aceder gratuitamente aos medicamentos.

Além destes, estão a decorrer em hospitais de todo o país 94 tratamentos com Sofosbuvir e suas combinações, no âmbito de Autorizações de Utilização Excepcional (AUE).

O Infarmed contabiliza ainda mais 162 tratamentos com Boceprevir autorizados.

Um dos três PAP referidos pelo Infarmed engloba os cem tratamentos de Sofosbuvir oferecidos pelo laboratório Gilead em meados de Janeiro e que só 15 dias depois começaram a ser encomendados pelos hospitais.

A Gilead acordou, no dia 16 de Janeiro, com o Ministério da Saúde o acesso sem custos ao medicamento Sofosbuvir para a Hepatite C para os 100 doentes mais urgentes.

Nas respostas enviadas, o Infarmed informa que estes tratamentos foram aprovados no dia 20 e que os hospitais estão desde hoje a fazer as encomendas, sem no entanto explicar as razões para este intervalo de tempo.

O Ministério da Saúde encontra-se há meses a negociar com a Gilead para tentar baixar o preço do fármaco proposto pelo laboratório, que chegou a ser de 48 mil euros por doente.

Portugal chegou a propor a constituição de uma aliança europeia, entretanto não concretizada, no âmbito da qual sugeriu fixar o preço máximo do medicamento em 4.151 euros.

Ainda assim, este valor é mais de cinco vezes superior ao preço estabelecido no Egipto para o mesmo medicamento, que é de 700 euros.

Em Portugal
Trinta sociedades científicas organizaram-se para criar em Portugal um Conselho das Sociedades Científicas Médicas, que visa...

Presidido por Silva Cardoso, actual presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, o Conselho visa “desenvolver acções concertadas das sociedades científicas no âmbito da formação, da investigação e intervenção junto do público, assim como a intervenção junto dos decisores políticos”, segundo uma nota.

“O poder político não nos dá grande importância e não ouve as sociedades científicas nas suas decisões. Consideramos que num contexto em que há limitação de recursos é importante que a sua gestão, concretamente na área da saúde, seja feita com base numa melhor ciência”, defende Silva Cardoso.

Para o responsável, a necessidade de criar este Conselho teve um novo impulso depois de um diploma publicado no ano passado que estabeleceu a incompatibilidade dos membros dos corpos sociais das sociedades científicas com o exercício de cargos de júris no Serviço Nacional Saúde (SNS).

Dia da Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina
O apelo no Dia da Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina, que se assinala na sexta-feira, é, este ano, dirigido aos...

Na mensagem divulgada a propósito da efeméride internacional, o secretário-geral das Nações Unidas destacou que “os sistemas e os profissionais de saúde são essenciais para o bem-estar das sociedades”.

Recordando que “o apoio activo” da comunidade médica a favor da eliminação da mutilação genital feminina (MGF) tem sido “fundamental”, Ban Ki-moon sublinhou que a comunidade médica pode prestar uma “informação credível, científica e imparcial”, que ajudará “as pessoas a protegerem-se de violações dos seus direitos”.

Porém, alertou, é preciso “garantir que os pais não evitam os profissionais de saúde para encontrar métodos alternativos de sujeitar as suas filhas à MGF”.

Também a propósito do dia 6 de Fevereiro, uma coligação de organizações de saúde, coordenada pelo Comité Interafricano de Práticas Tradicionais, emitiu um comunicado no qual se compromete a mobilizar os seus membros para “ajudar a acelerar o fim da MGF”.

Entre os membros da coligação estão a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, a Confederação Internacional de Parteiras, os Colégios de Especialidade de Obstetras e Ginecologistas e de Parteiras do Reino Unido, e organizações como a Girl Generation, a FORWARD e a Equality Now.

“A não ser que a acção para eliminar a MGF seja acelerada, na próxima década, 30 milhões de meninas podem ser sujeitas a essa forma de violência, que não tem quaisquer benefícios médicos e pode causar significativos danos físicos e psicológicos”, alertou a coligação, destacando ainda a necessidade de assegurar “apoio e cuidados físicos, emocionais e psicológicos às sobreviventes” da prática.

Actualmente, estima-se que 140 milhões de mulheres e meninas vivam com esta prática, que causa lesões físicas e psíquicas graves e permanentes. Se a tendência se mantiver, outras 86 milhões serão sujeitas à prática até 2030, estimam as Nações Unidas.

A prática é sobretudo mantida no continente africano, incluindo na lusófona Guiné-Bissau, mas tem migrado para a Europa, onde se estima que vivam 500 mil mulheres mutiladas e 180 mil meninas estejam em risco anualmente.

“A crescente medicalização da prática é um obstáculo enorme à sua erradicação e, apesar do grande número de profissionais de saúde activamente envolvidos nos esforços para acabar com a MGF, é necessário um empurrão final para garantir que todos se comprometem com a tolerância zero”, reconheceu a coligação.

Na mensagem divulgada a propósito do Dia da Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina, o secretário-geral da ONU destacou que “a mudança está a acontecer no seio das comunidades, quebrando o silêncio e derrubando mitos em torno da MGF”.

Como exemplo de boas práticas, Ban Ki-moon citou a Associação de Parteiras da Mauritânia, que se recusa a praticar a MGF e promove activamente o abandono da prática.

“Se todos se mobilizarem, mulheres, homens, jovens, é possível, nesta geração, acabar com a prática”, estimou o responsável máximo das Nações Unidas.

Macau
O Governo de Macau encomendou 10.000 vacinas contra uma nova estirpe do vírus da gripe H3N2, mas garante que não há motivo para...

As novas vacinas, encomendadas recentemente e ainda sem data para chegarem ao território, pretendem proteger a população de uma mutação do H3N2 que, só na quarta-feira, matou sete pessoas em Hong Kong, de acordo com o jornal South China Morning Post.

Segundo anunciaram os Serviços de Saúde de Macau (SSM), as novas vacinas custaram 500.000 patacas (cerca de 55.000 euros) e vão complementar as 107.000 vacinas já adquiridas para a gripe sazonal, 82.000 destas já administradas, que custaram aos cofres públicos seis milhões de patacas (cerca de 660.000 euros).

No mês de Janeiro, as amostras que os SSM têm efectuado acusaram sete casos de pessoas infectadas com este vírus - apenas um caso foi considerado mais preocupante, de um homem de 68 anos que desenvolveu uma pneumonia.

No que toca à gripe sazonal, os números de Janeiro deste ano são inferiores aos de 2014: 238 contra os 569 no período homólogo, indicaram os serviços.

"A situação não é grave. Há uma tendência activa do vírus e da doença em Macau, mas até agora não se registou nenhum caso grave", garantiu Lam Chong, do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças.

Nesta época considerada de pico para a gripe, todos os casos devem ser reportados aos SSM por instituições como escolas ou lares de idosos. Os próprios serviços contactam diariamente os hospitais para assegurar que não se registaram casos que necessitem de exames mais pormenorizados.

Em caso de necessidade de isolamento, os SSM têm 25 camas reservadas e estão a preparar mais enfermarias, informou Cheong Tak Hong, do serviço de pneumologia do Centro Hospitalar Conde de São Januário.

Os SSM explicaram ainda que não serão para já alterados os procedimentos na fronteira, onde habitualmente funciona um sistema de medição de temperatura - qualquer pessoa com a temperatura acima dos 38º é encaminhada para um rastreio médico.

"A [nossa] medida de prevenção não pode ser impedir a sua propagação na fronteira. Actualmente, há medição de temperatura corporal, mas é difícil impedir a propagação de gripe", explicou Lam Chong, defendendo que o importante é antes preparar as instituições médicas para tratar os potenciais doentes.

Em Escolas
A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal organiza no próximo dia 11 de Fevereiro, entre as 12h00 e as 13h30, uma sessão de...

A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) tem vindo a desenvolver, desde 2009, o projecto “AJDP nas Escolas” com o objectivo de informar e principalmente de desmistificar a diabetes. Com este fim, a AJDP organiza sessões de esclarecimento em Escolas, onde aborda temáticas como a patologia da diabetes tipo I e tipo II, as rotinas das pessoas com diabetes, a importância do exercício físico, entre outras.

As sessões de esclarecimento são especialmente úteis quando existem problemas em encarar, aceitar e lidar com a patologia, tanto da parte da criança ou adolescente com diabetes, como da parte dos seus colegas, professores e/ou pais, no entanto também se podem organizar apenas numa perspectiva de educação para a saúde.

As voluntárias da AJDP desenvolverão, durante a sessão de esclarecimento, um jogo dinâmico que abordará, de forma lúdica, os aspectos mais importantes do dia-a-dia de um jovem com diabetes, evidenciando as vantagens de se cumprir o plano aconselhado de tratamento e de se adoptar hábitos de vida saudáveis, e simultaneamente será feita uma apresentação participativa sobre diabetes.

Para Carlos Neves, presidente da AJDP e diabético tipo I, “O controlo da diabetes é sempre um desafio, sobretudo em crianças e jovens. O estigma associado à necessidade de injecções de insulina, a confusão entre diabetes tipo I e tipo II e o fantasma das complicações de uma diabetes mal controlada podem levar um jovem a não aceitar bem a sua diabetes. No entanto, um jovem com diabetes pode actualmente ter uma vida igual à dos outros jovens, e o desporto desempenha um papel fulcral num estilo de vida saudável.”

No Japão
Investigadores japoneses desenvolveram um sistema para “smartphones” que avisa os pacientes epilépticos pelo menos 30 segundos...

Uma equipa da Universidade de Kyoto, no centro do Japão, que desenvolveu o sistema, está a trabalhar com a Universidade de Kumamoto (sudoeste) e a Universidade de Medicina e Odontologia de Tóquio para que o dispositivo comece a ser comercializado em 2020, informou o diário Nikkei.

O sistema utiliza um pequeno sensor colocado perto da clavícula ou no coração para medir as alterações nos batimentos cardíacos.

Antes de um ataque epiléptico, a atividade das células nervosas que afetam os nervos que controlam o coração muda.

O sistema detecta as alterações através do sensor e envia os sinais para o telemóvel, que utiliza uma aplicação especial para analisá-las.

Infarmed
O presidente do Infarmed garantiu que os hospitais portugueses começaram ontem a pedir os 100 tratamentos gratuitos para a...

Eurico Castro Alves, em entrevista no telejornal da RTP ontem à noite, adiantou que os tratamentos oferecidos por esta farmacêutica começaram a ser pedidos pelos hospitais, depois de o Infarmed (autoridade para a área dos medicamentos) ter “demorado alguns dias” a definir “critérios muito rigorosos” para “garantir que todos os doentes tivessem acesso por igual, justo e equitativo” aos tratamentos.

“Definido esse critério, hoje mesmo, os hospitais começaram a pedir os tratamentos à Gilead e creio que alguns já terão sido entregues, os 100 gratuitos”, declarou.

O presidente do Infarmed adiantou que há mais 200 tratamentos para a Hepatite C oferecidos pela farmacêutica Abbvie, “em sede de ensaios clínicos de um medicamento perfeitamente equivalente”, e cerca de 60, também oferecidos, pela farmacêutica Bristol-Meyrs Squibb.

Eurico Castro Alves admitiu que as farmacêuticas “têm a vida dos doentes nas mãos” e deixou um apelo público para que essas empresas aceitem “o preço que o Estado português pode pagar” pelos tratamentos inovadores para a Hepatite C.

“As farmacêuticas têm nas mãos delas a vida dos nossos doentes. Eu percebo que são empresas que têm expectativas, que nós respeitamos. Temos que encontrar um equilíbrio entre aquilo que é possível o Estado português pagar para tratar todos os seus doentes e as suas legítimas expectativas”, disse.

Eurico Castro Alves declarou ainda que o preço justo “tem que ser encontrado urgentemente” e que se dependesse apenas de si ou do Ministério da Saúde isso já teria acontecido.

“Ninguém tem mais pressa do que o Governo e aqueles que estão a negociar. Temos tanta pressa como os doentes. Estamos solidários com eles, estamos na mesma luta”, declarou.

Sublinhando que está em causa “muito dinheiro”, o presidente do Infarmed deu como exemplo os tratamentos realizados pelo Hospital de São João a quatro doentes, que tiveram um custo de aproximadamente 100 mil euros por doente e por tratamento completo.

Eurico Castro Alves referiu que um “inquérito rigoroso” realizado em maio nos hospitais permitiu identificar 13.015 doentes a precisar de tratamento.

“Multipliquemos 13.015 doentes, que são aqueles que precisam de tratamento, por 100 mil euros cada um. Estamos a falar de muito dinheiro. O que é preciso é arranjar maneira de poder pagar o preço justo”, disse, já depois de ter afirmado que “não podem morrer doentes por falta de tratamento”.

Na Venezuela
Os venezuelanos, que passam horas nas filas para comprar bens de primeira necessidade, têm agora outra dificuldade em mãos, já...

No site MercadoLibre, utilizado pelos venezuelanos para obter bens escassos, um pacote de 36 preservativos é vendido por 4.760 bolívares (660 euros), valor muito próximo do salário mínimo do país, que é de 5.600 bolívares.

"O país está numa tal confusão que, agora, temos de esperar na fila até para ter sexo", lamentou Jonathan Montilla, de 31 anos e diretora de arte numa empresa de publicidade.

A queda no preço do barril de petróleo agravou a escassez de produtos de consumo, desde fraldas a desodorizantes, num país que importa a maioria dos seus bens e tem na exportação petrolífera cerca de 95% das receitas provenientes do exterior.

Como o valor que a Venezuela recebe pelo petróleo exportado caiu 60% nos últimos sete meses, a economia do país está a ser empurrada para o abismo com fortes possibilidades de não conseguir satisfazer o compromisso de pagar o serviço da dívida externa nos próximos 12 meses, se o preço do petróleo não recuperar.

A redução no acesso a contraceptivos é mais grave do que pode parecer, pelo facto de a Venezuela ter elevados números de infecção pelo vírus da Sida e uma das mais altas taxas de gravidez na adolescência da América do Sul, sendo o aborto ilegal no país.

Para Carlos Cabrera, vice-presidente da filial local da International Planned Parenthood Federation (Federação Internacional de Planeamento Familiar), sediada em Londres, dada a ilegalidade da interrupção voluntária da gravidez, o desaparecimento de contraceptivos poderá aumentar o número de mortes entre mulheres grávidas que recorram a clínicas clandestinas.

Por seu lado, Johnatan Rodriguez, do grupo sem fins lucrativos StopVIH, sublinhou que "esta escassez ameaça os programas de prevenção em que a organização tem vindo a trabalhar em todo o país".

Preservativos e outros contraceptivos começaram a desaparecer de muitas farmácias e clínicas venezuelanas no final de Dezembro passado, quando o governo limitou o recurso a divisas ao mesmo tempo que as receitas do petróleo baixaram.

Também as pílulas anticoncepcionais de emergência e as drogas antirretrovirais para pacientes com HIV estão a atingir níveis críticos.

Apenas na capital do país ainda era possível obter contraceptivos no final de Janeiro, recorrendo a um dos três centros de planeamento familiar onde os mesmos eram vendidos livremente a 3 bolívares a unidade.

Em 2015
O secretário regional da Saúde do Governo dos Açores anunciou o alargamento, este ano, do rastreio do cancro colorrectal a...

"O projecto arrancou em 2014. Tivemos uma experiência piloto na área de influência do hospital da Horta extremamente positiva e fui informado recentemente pelo Centro de Oncologia dos Açores de que é um projeto que vai arrancar em todas as ilhas do arquipélago no ano de 2015", salientou.

Luís Cabral falava numa cerimónia, a pretexto do Dia Mundial do Cancro, em que foram de novo apresentados dados já anteriormente divulgados do Registo Oncológico Regional dos Açores relativos às taxas de incidência do cancro e sobrevivência à doença na região.

Tal como em 2013, quando foram apresentados os últimos números da incidência do cancro nos Açores, Luís Cabral deixou um apelo à prevenção dos cancros provocados pelo consumo de tabaco.

Por seu turno, Raul Rego, presidente do COA, disse que o centro tem já uma anteproposta de uma campanha de sensibilização antitabágica, que não apresentou por ter de ser ainda aprovada pelo Governo Regional dos Açores.

Ainda assim, Raul Rego sublinhou a necessidade de sensibilização dos jovens no 3.º ciclo de escolaridade, alegando que são o grupo etário mais vulnerável à prevenção do consumo do tabaco.

De acordo com dados relativos ao período entre 2007 e 2011, o cancro com maior incidência nos Açores é o da próstata, seguido do cancro do pulmão, do cancro da mama, do cancro colorrectal e do cancro do estômago.

Por outro lado, um estudo do COA relevado em dezembro passado, que analisou dados entre 2000 e 2009, concluiu que houve um aumento da taxa de sobrevivência em casos de cancro nos Açores.

"A maioria dos cancros teve uma evolução favorável na sobrevivência entre o período 2000-2004 e o período mais recente (2005-2009)", segundo um comunicado do COA divulgado nesse dia.

Os tipos de cancro com melhor sobrevida cinco anos após o diagnóstico, entre 2005 e 2009, foram, nos homens, o da próstata (86,3%) e, na mulher, o da mama (79,3%). Já os cancros mais letais foram o do fígado (6,5%) e o do pulmão (7,9%).

Na maioria dos tipos de cancro, a taxa de sobrevivência nos Açores é menor do que a nível nacional, mas Raúl Rego considerou, em dezembro, que é difícil fazer "comparações com a realidade nacional" e lembrou que os serviços de oncologia nos Açores só foram criados "a partir da década de 80" do século passado.

Desde 2011 que o Centro de Oncologia dos Açores divulga dados sobre a incidência do cancro na região, tendo registos desde 1997.

Hospital esclarece
O Hospital Egas Moniz esclareceu que a doente que morreu de Hepatite C, alegadamente por falta de tratamento com Sofosbuvir,...

A doente de 51 anos, que faleceu na sexta-feira no Hospital de Santa Maria, foi seguida durante nove anos no Hospital Egas Moniz, pertencente ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), afirma esta unidade em comunicado.

“Desde 2008 foi-lhe proposta por várias vezes a terapêutica convencional com resultados muito favoráveis para o genótipo que a doente apresentava, terapêutica esta que a doente sempre recusou, tendo a doença evoluído, sem tratamento específico durante cerca de seis anos”, refere a nota.

Segundo o CHLO, em 2014 a doente apresentava já doença hepática “muito avançada, com prognóstico reservado”, tendo estado internada sete vezes durante esse ano.

Em Julho, a Comissão de Farmácia e Terapêutica do CHLO recebeu o primeiro pedido de terapêutica com Sofosbuvir (medicamento inovador para a hepatite C), tendo sido posteriormente solicitada ao laboratório Gilead a disponibilização desse medicamente de forma gratuita.

Segundo o CHLO, esse pedido foi aceite pela Gilead em Janeiro deste ano.

“Nesta data a doente estava internada em situação extremamente critica e por acentuada deterioração do estado clinico, com necessidade de cuidados intensivos (…) foi transferida para o Hospital de Santa Maria”.

Promessa de averiguar morte
O ministro da Saúde recebeu hoje os filhos de duas doentes com hepatite C, que assistiram à audição do governante no Parlamento...

No final de uma audição na Comissão Parlamentar da Saúde, que durou mais de quatro horas, Paulo Macedo recebeu David Gomes e Ivo Miguel, numa sala longe dos olhares dos jornalistas.

“O ministro disse-nos, olhos nos olhos, que iria averiguar o que aconteceu no caso da minha mãe e porque é que ela não recebeu o medicamento Sofosbuvir [alvo de negociações para redução de preço entre a farmacêutica e o Ministério da Saúde]”, afirmou David Gomes aos jornalistas, no final da reunião com Paulo Macedo.

David Gomes quer saber a razão pela qual a mãe, “que pelos vistos era uma doente tão prioritária que acabou por morrer”, não recebeu o fármaco.

No encontro, Paulo Macedo terá explicado a David Gomes e Ivo Miguel as negociações que decorrem com o laboratório.

“Temos de pressionar as farmacêuticas”, disse David Gomes, que continua com a intenção de processar o Estado e o Ministério da Saúde.

Recusando a ideia de que no encontro o ministro da Saúde terá feito uma lavagem cerebral, Ivo Miguel corroborou a ideia de que não se deve pressionar apenas o Ministério da Saúde, mas também o laboratório.

Paulo Macedo adiantou aos jornalistas que, no decorrer da reunião, David Gomes lhe terá transmitido que o hospital onde a mãe foi seguida já terá aberto um inquérito para averiguar o que se passou.

O ministro tinha afirmado, ainda no decorrer da audição, que se comprometia “pessoalmente” a verificar o circuito das autorizações de utilização excepcional de medicamentos, como o Sofosbuvir, para a hepatite C, de modo a averiguar como pode ser melhorado.

David Gomes revelou ainda que elaborou uma carta para a presidente da Assembleia da República contra a forma como o deputado social democrata Miguel Santos se dirigiu a si e a Ivo Miguel, sugerindo que abandonassem a sala da comissão, após um doente se ter exaltado e gritado com o ministro da Saúde.

Páginas