Directora de faculdade defende
A directora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Maria Amélia Ferreira, defendeu a obrigatoriedade de os...

“Não há a necessidade de introduzir a simulação como disciplina, mas há a necessidade de introduzir este instrumento em todas as unidades curriculares, ou quase todas, para que haja uma aprendizagem de competências, quer técnicas como de comportamento”, afirmou Maria Amélia Ferreira, a propósito do III Congresso da Sociedade Portuguesa de Simulação Aplicada às Ciências da saúde, que decorrerá esta semana no Porto.

Para a responsável, com a simulação, os estudantes são colocados perante situações práticas, tendo a possibilidade de treinar a aquisição de determinada competência.

“Esta possibilidade faz com que seja possível admitir o erro e corrigi-lo, e ao mesmo tempo não causar incómodo nem riscos para os doentes, nem para os próprios estudantes”, sustentou.

Maria Amélia Ferreira afirmou que “os profissionais de saúde não se podem confrontar pela primeira vez com situações que possam ser exercitadas ou treinadas antes em cenários”.

“Temos de algum modo, alguma vez, que lhes dar a possibilidade de se poderem confrontar com situações que terão que ser resolvidas, mesmo sendo raras e mesmo sendo feitas às vezes em contextos adversos”, disse, acrescentando que “esta obrigatoriedade é tanto mais importante quanto é obrigatório ao piloto de avião fazer o seu treino de simulação”.

Maria Amélia entende que há competências que devem ser ensinadas, aprendidas e avaliadas em meio controlado e seguro, através da simulação, por exemplo o saber dar uma má notícia da morte de um familiar ou o saber reanimar um recém-nascido.

“Eu não posso esperar que haja necessidade de fazer uma reanimação neonatal a 350 recém-nascidos para os meus 350 alunos poderem treinar, mas eles têm de saber fazer isto”, sustentou.

A responsável apontou a simulação como sendo também importantíssima para o “treino de equipas multidisciplinares”.

“A simulação tem hoje um âmbito muito ético, científico e muito aplicado às ciências de saúde”, disse, “e o preço que custa um centro de simulação biomédica é pago muito rapidamente pelo benefício e pela segurança que a população virá a ter das competências dadas aos profissionais” naquele espaço.

A directora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) referiu que “ainda há uma percentagem significativa de profissionais de saúde que continuam a achar que os centros de simulação biomédica são locais em que há uns bonecos e onde se treinam algumas técnicas”, contudo, estes espaços são “muito mais do que isso”.

Na sua opinião, a simulação deve ser obrigatória na formação pré-graduada dos profissionais de saúde, mas também “nos colégios de especialidade”.

A simulação existe na ginecologia/obstetrícia e na anestesiologia, por exemplo, mas “deveria ser alargada, porque certificava os profissionais que estão a ser formados, na medida em que já teriam tido contacto com situações que terão que resolver, mesmo não as tendo vivenciado do ponto de vista prático”.

O "Impacto da simulação na melhoria dos cuidados de saúde" é um dos temas a abordar na sexta-feira no âmbito do Congresso, que terá lugar no auditório do Centro de Investigação Médica da FMUP.

Dia Internacional assinala-se a 18 de Fevereiro
Assinala-se hoje o Dia Internacional da Síndrome de Asperger, uma síndrome que se manifesta por alte
Asperger

Dificuldades em comunicar, de aceitação das regras sociais e interesses limitados são algumas das características dos doentes com o Síndrome de Asperger (SA). Esta Síndrome é uma disfunção neuro comportamental, de base genética incluída nas perturbações do espectro do autismo. Assim, esta disfunção manifesta-se por alterações na interacção social, na comunicação e no comportamento. A dificuldade de comunicação pode originar muitas vezes situações de stress, já que as pessoas com SA ao perceberem que não estão a ser entendidos comportando-se de forma desajustada. Muitos acabam por se isolar e evitar qualquer tipo de convívio.

No dia 18 de Fevereiro assinala-se o Dia Internacional da Síndrome de Asperger com o objectivo de contribuir para um maior conhecimento desta problemática e uma maior sensibilização para o acolhimento e integração das pessoas com a Síndrome, que em Portugal se calcula serem cerca de 40 mil, na maioria rapazes (1:5).

Apesar de não haver tratamento específico para a Síndrome “é possível acompanhar as pessoas através de uma intervenção personalizada e adaptada a cada um, tendo como objectivo a sua total integração na sociedade”, explica Piedade Líbano Monteiro, presidente da direcção da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA), sublinhando que, “pode acontecer existirem outras doenças associadas à Síndrome, como por exemplo a hiperactividade, e aí sim muitas vezes recorre-se à medicação”.

O facto de esta ser uma Síndrome de base genética, não é possível preveni-la ou evitá-la. Por isso, é importante uma intervenção precoce nesta área e, conforme alerta a presidente, “estar atentos aos sinais de alerta à sua reacção com o meio ambiente, família, casa, escola, infantário e iniciar tão rápido quanto possível um programa de intervenção”.

Em termos económicos as famílias que têm pela frente este desafio de educar na diferença, têm um peso orçamental maior, começando pelo simples facto de ser uma perturbação que se baseia essencialmente no treino das competências sociais e de autonomia funcional que deve ser feita por técnicos especializados nestas matérias. “Estamos a falar de custos que na maioria das vezes não são contemplados pela Segurança Social e pelos apoios escolares, e também há que ter em conta a disponibilidade que estas famílias têm de ter para poder acompanhar os filhos nas intervenções”, refere Piedade Líbano Monteiro.

Diagnóstico e principais sinais
Embora seja uma disfunção com origem num funcionamento cerebral particular, não existe ainda, um marcador biológico, pelo que o diagnóstico se baseia num conjunto de critérios comportamentais.

Dificuldades de empatia, de aceitação das regras sociais, interesses limitados, hipersensibilidade aos estímulos sensoriais, descoordenação motora são algumas das características da Síndrome. Porém os sinais mais frequentes são:

  • Atraso significativo na linguagem;
  • Linguagem verbal e não verbal, pobres;
  • Interpretação literal dos enunciados;
  • Dificuldade no relacionamento social, na interacção com os pares, nas regras sociais;
  • Comportamentos social e emocional desajustados;
  • Número limitado mas muitas vezes obsessivo de temas e interesses;
  • Comportamentos repetitivos ou rotineiros;
  • Resistência à mudança;
  • Atitudes consideradas bizarras e excêntricas;
  • Hipersensibilidade sensorial a ruídos, cheiros, texturas, luzes;
  • Baixo nível de tolerância à frustração.

Tabus associados à doença
Na opinião de Piedade Líbano Monteiro, “existe falta de informação e sensibilização sobre esta disfunção, o que faz com que a sociedade, em geral, tenha alguma dificuldade em ‘aceitar naturalmente’ as pessoas com SA” e defende que se deve continuar a insistir na sensibilização, explicação e divulgação da Síndrome de Asperger nos diversos contextos da sociedade, no meio Empresarial, na Educação, na Saúde, no Emprego e segurança social.

Por muito que a mudança de mentalidades se faça sentir, ainda existem tabus em relação à diferença, tanto mais que a SA não é visível. Por essa razão a APSA tem por lema que “A SA não está na Cara mas Existe!”. “De facto à primeira vista os nossos filhos nada têm de visível que preveja que aquele rapaz/rapariga bem parecidos possam ter comportamentos tão out of the book em situações para nós absolutamente banais e normais”, refere Piedade Líbano Monteiro, acrescentando que a descriminação nota-se de forma mais acentuada na adolescência e na fase mais adulta, que devido ao seu comportamento desajustado na procura de emprego, este comportamento vai hipotecar todas as suas capacidades cognitivas. Na verdade estas pessoas são dotadas de uma inteligência acima da média nas suas áreas de interesse, com formação académica em ramos diversos das ciências, investigação, informática, tecnologia, música, artes…

“Por tudo isto é importantíssimo o treino dos comportamentos, porque acreditamos que há futuro para quem sofre com a Síndrome de Asperger. Damos uma resposta inovadora, adequada a cada jovem, queremos estar junto das empresas para que também elas se sintam integradas nesta nossa missão de promover as capacidades e a produtividade dos nossos filhos, facilitando a sua integração no mundo do trabalho como qualquer cidadão. Temos de mudar mentalidades, pontos de vista, formas de estar na vida, uma tarefa árdua que leva o seu tempo, que não se vê. Somos corredores de fundo que acreditamos nestes jovens. Vamos caminhando sempre!”

Síndrome também afecta os famosos
Susan Boyle, a mulher que se tornou famosa no programa Britain’s Got Talent, vive diariamente com a Síndrome de Asperger. Antes do diagnóstico todos (incluindo a própria Boyle) atribuíam o seu comportamento excêntrico e imprevisível ao facto de ter tido problemas de oxigenação no cérebro durante o nascimento.

Numa simples ida ao restaurante pode-se testemunhar os ataques de fúria, as ‘birras’ feitas por Boyle por pequenas coisas, como a falta de cebola no prato. Muitos podem pensar que se trata de uma atitude de diva, mas é de facto uma consequência da síndrome. Em palco a cantora diz nunca ficar irritada, mas quando sai acontece muitas vezes. “Eu estou a conseguir lidar com isto porque já sei o que é. Se sinto que vou ter uma mudança de humor repentina, levanto-me e saio de onde estou”, explicou Susan Boyle ao Daily Mail. A cantora sabe que está prestes a ter uma mudança de humor quando sente “uma sensação de pânico, de não querer estar ali. Fico deprimida. E depois saio. Sozinha”, descreve Boyle.

Dia Internacional da Síndrome de Asperger
Assinalar este dia ajuda na medida em que é uma oportunidade de falar e de dar a conhecer, até mesmo pela curiosidade, o que é a Síndrome de Asperger, mas também, diz Piedade Líbano Monteiro, “dar a conhecer qual o trabalho que tem sido desenvolvido pela APSA durante estes 11 anos de existência”.

“É uma oportunidade de podermos explicar que para além das dificuldades que os nossos filhos têm, aliás como qualquer um de nós, eles têm capacidades que nos superam em muitas áreas. Também para reforçarmos a ideia da equidade e igualdade de oportunidades REAL em relação ao direitos e deveres das pessoas com SA no pleno desempenho do seu direito de cidadania”.

A APSA assinala este dia através da ‘Semana Aberta’ da Casa Grande com actividades diversas, visitas à Casa Grande, actividades no exterior, participação em conferências que se prologaram pelo mês de Fevereiro.

Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger
A APSA tem por missão promover o apoio e a integração social e profissional das pessoas com Síndrome de Asperger, favorecendo as condições e capacitando para uma vida autónoma e mais digna.

“Para a concretização da nossa missão a APSA tem em funcionamento, em Lisboa, o projecto Casa Grande através do qual proporciona aos jovens/adultos treinarem competências sociais, a sua autonomia funcional e comunitária, bem como experiências em contexto social e comunitário, mediadas por técnicos especializados”, explica a presidente.

A APSA Norte, abriu recentemente um Centro de Actividades Ocupacionais - CAO em Penafiel, mais precisamente em Valpedre onde dinamiza diversas iniciativas para responder aos jovens com SA naquela zona do País.

Para além deste objectivo, a APSA organiza sessões de sensibilização pelas escolas de Portugal, a que foi dado o nome de «Projecto Gaivota», a tradução e publicação de livros sobre este tema, organização de seminários e ciclos de encontros e o apoio e encaminhamento das famílias e dos filhos com Síndrome de Asperger.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Em 2014
A maternidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo registou 800 partos em 2014, mais 15 nascimentos do que em 2013, resultado ‘em...

"É um aumento ligeiro, uma ténue inversão de tendência que queremos consolidar e gostaríamos de ver aumentar nos próximos anos, sabendo nós que o valor mínimo para repor gerações, por casal, é de 2,4 filhos", disse o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), Carlos Andrade.

Nesse sentido, apontou, o CHMT vai "desenvolver e reforçar o trabalho de articulação" com os médicos de família, com médicos obstetras e com os centros de saúde da zona, para que, "pela relação de proximidade e acompanhamento do processo de gravidez, desde o seu início, as parturientes possam optar, de forma natural, pela maternidade” daquele centro.

O gestor lembrou ainda que, para além da anestesia epidural, a actividade cirúrgica da especialidade de ginecologia do CHMT passou este mês a ser assegurada pelos meios clínicos existentes na maternidade da Unidade Hospitalar de Abrantes.

A concentração da actividade cirúrgica de uma mesma especialidade, apontou, vai contribuir para "um melhor serviço às cidadãs, acrescentando eficiência na prestação de cuidados" de ginecologia/obstetrícia.

"A medida traz ganhos evidentes, não só em termos de eficiência, como também de segurança para as utentes", frisou.

Concentrada na unidade hospitalar de Abrantes desde 2001, a maternidade registou 1.079 bebés em 2009, mais 11 do que em 2008.

A partir daí, e até ao ano de 2014, houve decréscimos consecutivos, com 1.046 partos em 2010, 985 em 2011, 908 em 2012 e 784 (número mais baixo de sempre) em 2013.

O ligeiro aumento do número de partos em 2014 está ‘em linha’ com o pequeno aumento de nascimentos registados no ano passado a nível nacional.

Segundo as estimativas da Direcção-Geral da Saúde (DGS), em 2014 registaram-se em Portugal 83.511 nascimentos, o que representa um aumento de 724 partos em relação ao ano anterior, em que se registaram 82.787 partos.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 255 mil habitantes de 12 concelhos do Médio Tejo, no distrito de Santarém, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.

Em 2015
Ana Galvão e Nuno Markl abraçaram a causa da Operação Nariz Vermelho e serão embaixadores da Instituição durante o presente ano...

Na primeira acção enquanto embaixadores da Operação Nariz Vermelho (ONV), o casal visitou esta quinta-feira, 12 de Fevereiro, o IPO de Lisboa e acompanhou o trabalho dos Doutores Palhaços com as crianças internadas.

“Acho notável a entrega e talento destes profissionais do amor e da diversão. Sou mãe e aperta-me o coração ver outras mães e pais a ter que ultrapassar uma etapa como esta. Só por isso tenho que sempre apoiar e divulgar quem se dedica, de alma e coração, a trazer distração e alegria a todas estas pessoas,” explica Ana Galvão

O Doutor Félix Férias e a Super Doutora Ginjação guiaram Ana Galvão e Nuno Markl numa visita que ficou marcada por sorrisos rasgados e francas gargalhadas – tanto de crianças como de adultos.

“Os doutores palhaços têm um dom quase sobrenatural para arrancar gargalhadas onde elas são mais difíceis e mais precisas de acontecer. Isto é comédia a sério. O que me motivou a aceitar o convite foi toda a ajuda e divulgação que poder ser feita à obra destes doutores, os palhaços e não palhaços”, refere Nuno Markl.

A locutora da Antena 3 acrescentou que chorou de tanto rir durante a visita e que foi “deveras emotivo ver que no meio desta luta pela cura os olhos dos pequenos iluminam-se com os narizes vermelhos. Aceitei o desafio porque acho notável a entrega e talento destes profissionais do amor”.

Inovação nas Farmácias Portuguesas
A Mylan, uma das empresas líder da indústria farmacêutica, é o patrocinador exclusivo do inovador projecto da Receita...

“Com esta parceria, a Mylan mostra o seu compromisso com a inovação entre as empresas que comercializam medicamentos genéricos em Portugal. Com este apoio facilitamos a implementação de uma plataforma electrónica de dispensa de receita médica, que permite aumentar o acesso a medicamentos de elevada qualidade. Tendo as farmácias como um parceiro estratégico em Portugal, seria impensável não olhar para esta iniciativa estratégica da Associação Nacional de Farmácias (ANF) e do Ministério da Saúde como um meio de promover a nossa diferenciação e reforçar a imagem de qualidade global dos produtos e serviços Mylan”, afirma o director geral da Mylan Portugal, João Madeira.

O projecto da Receita Electrónica é uma iniciativa estratégica do ministério da Saúde que permite a simplificação de processos na dispensa diária de medicamentos sujeitos a prescrição médica. Em Portugal são dispensadas mais de 300.000 receitas por dia. Além de mais seguro, mais amigo do utente este é um sistema mais eficiente para as farmácias. Mais informações em www.receitaeletronica.pt

A Mylan está em Portugal há mais de oito anos e é hoje reconhecida como líder global com enfoque nas necessidades locais e conta com mais de 50 profissionais no País.

A Mylan disponibiliza em Portugal medicamentos para as seguintes áreas terapêuticas: alergologia, antibioterapia, anti-inflamatória, cardiologia, dermatologia, diabetes / metabolismo, gastroenterologia, oftalmologia, osteoporose, psiquiatria/neurologia, urologia, disfunção eréctil e anticoncepcional.

Aproximadamente 10 milhões de euros
Um financiamento da Comissão Europeia vai ser atribuído a quatro instituições portuguesas com o objectivo de potenciar a...

O Instituto de Medicina Molecular, o InBIO - Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva, a Universidade de Coimbra e a Universidade do Minho - Grupo de Investigação 3B’s, vão receber cerca dois milhões e meio de euros cada, do European Research Area - Chairs. Trata-se de um financiamento da Comissão Europeia inserido no programa Horizonte 2020. Foram submetidas 88 propostas das quais 13 foram aprovadas, quatro destas, portuguesas.

Este financiamento internacional tem como propósito potenciar a investigação científica de excelência, bem como aumentar a capacidade de captação de verbas destas entidades. Estes projectos terão a duração de cinco anos e permitem atrair investigadores de topo, para que as instituições possam competir com os centros de excelência pertencentes ao Espaço Europeu de Investigação.

Os investigadores, para cada uma das instituições serão seleccionados com base em critérios de qualidade e inovação científica, assente nos projectos que desenvolvem com as suas equipas, bem como a sua rede de colaborações internacionais.

Os investigadores para cada uma das instituições, irão ser seleccionados em critérios baseados na excelência e inovação científica dos projectos das equipas de investigação bem como a sua rede de colaborações internacionais.

No caso do Instituto de Medicina Molecular (IMM), o projecto EXCELLtoINNOV irá dotar o IMM dos meios necessários para atingir um patamar de excelência científica, através do recrutamento de um ERA Chair em investigação biomédica translacional na área de imunidade e infecção.

O objectivo será posicionar o IMM na primeira linha da investigação, desenvolvimento e inovação nesta área, estabelecendo um eixo de investigação biomédica translacional, que irá permitir: expandir o potencial nacional além-fronteiras; actuar como interface da Europa, América e África; potenciando avanços científicos em imunidade e infecção, através de esforços colaborativos a nível mundial.

O sucesso desta estratégia baseia-se na implementação de actividades específicas tais como: o desenvolvimento de uma nova frente de investigação em estudos pré-clínicos moleculares e de imagiologia no IMM pelo European Research Area - Chairs (ERA-Chairs), que irá beneficiar de uma forma transversal todas as áreas de investigação do instituto.

Através das diferentes actividades propostas, o IMM irá não só melhorar a sua capacidade para assegurar financiamento competitivo a nível internacional como também contribuir para os objectivos da estratégia de especialização inteligente, através do aumento da atractividade, competitividade e do potencial de inovação do IMM, da região de Lisboa e de Portugal. Henrique Veiga-Fernandes, Investigador Principal e Director de Estratégia Institucional refere que “o fortalecimento da área de imunologia e infecção permitirá alavancar a excelência científica em todas as áreas de investigação e desenvolvimento (I&D) do IMM”.

EnvMetaGen, é o nome da proposta apresentada pelo Laboratório Associado InBIO - Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva que será também financiada. Este projecto tem como objectivo ampliar a Capacidade de Investigação e Inovação do InBIO através da metaGenónica Ambiental e pretende fortalecer o potencial de investigação, dos recursos humanos, laboratórios e equipamento de nova geração de sequenciação de genomas do InBIO, apoiando uma linha de investigação na área emergente de metaGenómica Ambiental. Os resultados poderão ser aplicados na conservação da biodiversidade, controlo de espécies invasoras, avaliação de serviços dos ecossistemas e (bio) monitorização da qualidade ambiental.

“A EnvMetaGen irá permitir o lançamento de um concurso internacional para a contratação de um investigador de alto nível, bem como a respetiva equipa, de modo promover a massa crítica adequada na área da metaGenómica Ambiental”, comenta Pedro Beja, detentor da Cátedra Convidada EDP-Biodiversidade no InBIO e acrescenta “esperamos que esta área de investigação tenha um impacto tanto a nível regional como nacional e europeu, criando abordagens e metodologias inovadoras e de baixo custo para o estudo da biodiversidade, ecologia e qualidade ambiental”.

O projecto do grupo de Investigação 3B’s da Universidade do Minho intitulado FoReCast tem como principal objectivo científico o desenvolvimento, por metodologias de engenharia de tecidos, de modelos in vitro tridimensionais (3D) de tecidos tumorais. Estes modelos 3D devem ser capazes de reproduzir a complexidade da matriz extracelular (ECM). Espera-se que estes modelos reduzam a necessidade de alguns ensaios animais e venham a ter um papel fundamental na avaliação do potencial farmacológico de novas moléculas e, consequentemente, no desenvolvimento de tratamentos mais eficientes e personalizados para esta doença complexa e devastadora.

Neste projecto pretende-se conjugar de forma estratégica o conhecimento adquirido ao longo dos últimos 20 anos nas áreas dos Biomateriais e de Engenharia de Tecidos com a implementação de cinco novas áreas de investigação, nomeadamente: Glicoengenharia para imagiologia tumoral (RL1); Bioinformática (RL2); Engenharia celular (RL3); Nanotecnologias (RL4); e Sinalização celular (RL5).

Primeiro-ministro britânico
Os desempregados britânicos com problemas de obesidade que não cumpram o tratamento médico para emagrecer podem deixar de...

O chefe do Governo britânico enviou a sua proposta ao Ministério da Saúde para que seja avaliada a possibilidade de os obesos, alcoólicos e toxicodependentes "com condições de serem tratados" que não se submetam a terapia virem a perder os subsídios do Estado.

"Alguns têm problemas de álcool ou de drogas, mas recusam tratar-se. Em outros casos, há pessoas que têm problemas de peso que podiam resolver-se mas, em vez disso, preferem uma vida sustentada por ajudas e não trabalhar", referiu David Cameron.

Para o primeiro-ministro, "não é justo pedir aos contribuintes, que trabalham, para pagar os subsídios das pessoas que recusam a ajuda e o tratamento que poderia levá-los de novo à vida laboral".

Quando faltam três meses para as eleições gerais no Reino Unido, o líder conservador disse que o seu Governo "está decidido a proporcionar às pessoas as maiores ajudas possíveis" para que regressem a uma vida plena.

Para a conselheira do Ministério da Saúde Carol Black, que vai avaliar a proposta, "estas pessoas, além de terem problemas que se arrastaram durante muito tempo e complicações com o seu estilo de vida, sofrem a grande desvantagem de não estarem integrados no mundo do trabalho, algo tão básico na sociedade".

No Reino Unido, a legislação actual não exige a quem pede prestações sociais que se submeta a tratamento.

Neste país, cerca de 60% das 2,5 milhões de pessoas que recebem subsídios por doença têm esta ajuda por períodos superiores a cinco anos.

Nos Açores
O haxixe foi a droga mais apreendida nos Açores pela Polícia Judiciária em 2014, mas a PJ manifesta grande preocupação em...

“No ano de 2013, este departamento da PJ a nível nacional, e entre todas as polícias, foi aquele que apreendeu maior quantidade de heroína", afirmou o coordenador da Polícia Judiciária (PJ) nos Açores, João Oliveira, em declarações, acrescentando que aquele foi "um ano atípico em termos de apreensão".

Em 2013, a PJ "apreendeu cerca de 16 quilos de heroína" nos Açores, segundo João Oliveira, que sublinhou que, porém, o consumo desta droga, aquela "que tem maior danosidade social", não é só preocupante no arquipélago.

Em 2014, a Judiciária apreendeu nos Açores cerca de 35 quilos de haxixe, cerca de um quilo de cocaína e seis quilos de heroína e deteve 11 pessoas em casos relacionados com drogas.

"No que diz respeito ao haxixe, há aqui um aspecto que merece algum relevo, porque aumentou consideravelmente o volume de apreensão de haxixe, relativamente ao ano de 2013 (...), e para isto contribuiu uma apreensão feita em maio de mais de 20 quilos de pólen de haxixe" na ilha de São Miguel, indicou João Oliveira.

Além disso, foi efectuada “uma apreensão de grande magnitude” de “mais de seis mil unidades de produtos anabolizantes” com aparência semelhante a medicamentos. Houve ainda uma apreensão de produto de corte (substâncias muito mais baratas que são adicionadas à droga, nomeadamente, comprimidos), o que, neste último caso, "indicia que a preparação vai ser feita no arquipélago".

Uma parte "muito significativa" da droga apreendida entrou no arquipélago por via aérea e a outra por via marítima, de acordo com o coordenador da PJ nos Açores, que acrescentou que a percepção é que a cocaína "não é uma droga muito implantada, em termos de consumo, no arquipélago", quando feita uma comparação com a heroína e o haxixe.

Embora tenha diminuído, em 2014, o total de apreensões de heroína, para o coordenador da PJ nos Açores, foram, ainda assim, "um número considerável", tendo em conta o número de habitantes das ilhas.

“Isto tem que nos preocupar e muito, por ser a heroína uma droga com elevado grau de danosidade social e tendo os Açores as características geográficas que têm, e tendo a população que tem”, afirmou João Oliveira.

O responsável alertou também para um fenómeno ligado a esta problemática, em concreto, o pequeno tráfego de medicamentos utilizados no combate a determinado tipo de doenças e que os toxicodependentes usam como droga de substituição, por exemplo, da heroína, "em razão da sua composição química e dos efeitos que produz no organismo".

Além disso, "o consumo de heroína tem efeitos altamente perniciosos na saúde do indivíduo, no seu comportamentos social e nas ligações que tem com outras áreas da criminalidade, estando intimamente associado à pequena criminalidade", referiu o coordenador da PJ nos Açores, para quem, "do ponto de vista social, em termos de impacto na comunidade", este é um fenómeno "que tem" de preocupar e, sobretudo, as "entidades com um papel activo" no seu combate.

João Oliveira referiu ainda que devido à sua "localização geográfica", os Açores estão na rota do tráfego internacional de cocaína, por via marítima, mas a droga que algumas embarcações de recreio trazem até às ilhas "não se destinará ao mercado açoriano, mas sim a outros mercados".

Por questões emocionais
Muitos pais resistem a que sejam prestados cuidados paliativos pediátricos aos filhos por considerarem que estão a desistir de...

“O que sentimos é que nem sempre é fácil para um pai ou para uma mãe encarar a possibilidade do seu filho entrar numa fase de cuidados paliativos”, contou a directora da Acreditar - Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro.

Para muitos pais, esta decisão significa que desistiram de “lutar pelo seu filho ou pela sua filha”, o que “é tremendo”, disse Margarida Cruz, que falava a propósito do Dia Internacional da Criança com Cancro, que se assinala no domingo.

Para Margarida Cruz, é urgente que pais, profissionais de saúde, hospitais e o Estado debatam esta questão para que seja dado “um enquadramento melhor às crianças e jovens que precisam deste tipo de apoio”.

Para o coordenador nacional do Programa das Doenças Oncológicas, Nuno Miranda, esta questão emocional dos pais é “um problema muito complicado”.

“É muito difícil para os pais aceitar de alguma maneira uma desistência de medidas curativas para assumir outras prioridades", como as medidas paliativas ou de conforto, disse Nuno Miranda.

Para a pediatra Ana Lacerda, responsável pela unidade de cuidados paliativos pediátricos do IPO de Lisboa, é preciso desmistificar a ideia de que os cuidados paliativos pediátricos são para crianças em fim de vida, porque não são.

É “preciso despertar a sociedade” e até os profissionais de saúde para esta questão, explicando-lhes que estes cuidados devem ser prestados às crianças e às famílias “desde o diagnóstico de uma situação limitante ou ameaçadora da vida”, quando “ainda há muito para fazer”.

“Não podemos já curar, mas podemos cuidar e podemos cuidar muito melhor se realmente aceitarmos essas necessidades da criança e da família”, disse Ana Lacerda.

Os cuidados paliativos pediátricos ainda são escassos em Portugal, localizando-se nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, mas Ana Lacerda acredita que “2015 venha a ser um ano de viragem”, para estabelecer serviços e acabar com as desigualdades.

“O balanço do último ano é muito positivo, porque felizmente os decisores políticos acordaram para esta situação que é de grande impacto sobre as famílias”, frisou.

Para a directora da Acreditar, “estas respostas têm que ser criadas de forma adequada”.

“É sabido que em Portugal não há praticamente respostas a este nível, como existem noutros países europeus, e obviamente que estas respostas têm que ser criadas de forma adequada”, sustentou Margarida Cruz.

Com base em estudos de prevalência realizados noutros países, estima-se que existam em Portugal cerca de 6.000 menores com necessidades paliativas.

“Não podemos esquecer que não curamos todos e não podemos iludir esse facto, embora em oncologia pediátrica cada vez tenhamos maiores taxas de sucesso e de cura e sobrevivências mais longas”, disse Nuno Miranda.

Mas esses doentes para os quais não há cura “merecem a mesma dignidade e o mesmo rigor de tratamento quer sejam crianças, quer sejam adultos”.

“Há uma mensagem muito importante nisto é que a própria sociedade está a mudar a sua posição”, disse Nuno Miranda, explicando que o trabalho das organizações como a ‘Make-a-wish’”, que cumpre desejos destas crianças, “são estímulos” para os profissionais trabalharem melhor e partilharem com os pais e com a sociedade esta realidade para a qual é preciso “arranjar soluções”, frisou Nuno Miranda.

 

Segundo dados da Direcção-Geral da Saúde, nos últimos cincos anos, foram contabilizados cerca de 3.000 casos de cancro pediátrico por ano, sendo os mais frequentes a leucemia, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas.

Por ano
Todos os anos cerca de 32 mil profissionais de saúde sofrem acidentes inadvertidos com objectos corto-perfurantes nos blocos...

A propósito do Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório, que se assinalou ontem, a Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses (AESOP) alertou para estes acidentes que expõem os profissionais de saúde “a um maior risco de transmissão de doenças pela projecção de fluídos contaminados, picada ou contacto com pele não-integra”.

Segundo a presidente da AESOP, Mercedes Bilbao, estima-se que com procedimentos cirúrgicos (área de maior risco), 6,4% dos incidentes sejam com objectos corto-perfurantes, sendo que em Portugal se realizam à volta de 500 mil cirurgias por ano.

Também um estudo envolvendo sete mil profissionais de saúde indicou que 41% dos enfermeiros relataram ter tido na sua vida lesões por corto-perfurantes, acrescentou, sublinhando que estes dados são inferiores à realidade porque estes acidentes estão sub-relatados.

Na Europa calcula-se que 1 milhão de profissionais de saúde sofre anualmente um acidente inadvertido com corto-perfurantes, refere a responsável, sublinhando que a maioria destes incidentes pode ser evitada com as medidas reguladas por uma diretiva comunitária de 2012, transposta para a legislação portuguesa em 2013, “que não está a ser cumprida”.

Esta regulamentação estabelece políticas de avaliação de risco, formação e treino, práticas seguras no ambiente de trabalho e tecnologia de segurança incorporada nos dispositivos médicos, continua Mercedes Bilbao.

“Continua a ser urgente consciencializar os profissionais do bloco operatório, que o seu melhor aliado na prevenção de acidentes é o seu comportamento diário, através de um melhoria sistemática da prática na manipulação de dispositivos corto-perfurantes”, afirma.

Mercedes Bilbao estabelece o “objectivo zero” para estes incidentes, que “não deviam acontecer”, e salienta que não basta dar formação aos profissionais, é preciso um conjunto de medidas que têm que ser interiorizadas.

“Avaliação do risco de todos os locais de trabalho, possuir materiais de protecção individual de qualidade e introduzir nos dispositivos corto-perfurantes engenharias de segurança”, são algumas das medidas apontadas.

Na opinião de Mercedes Bilbao todos os intervenientes têm responsabilidades, não só os profissionais de saúde têm que ter boas práticas, como as organizações têm que instituir uma política de segurança e dar suporte aos profissionais, os hospitais que têm que fornecer matérias e as tutelas que têm que estar sintonizadas.

“Estas medidas deviam ser dinamizadas, como a campanha de lavagem de mãos, que foi lançada durante a gripe A, ou da utilização do cinto de segurança pelos condutores, que conseguiram que todos interiorizassem as mensagens e as praticassem”, defendeu.

Com o objectivo de divulgar o seu trabalho na sociedade e consciente de que a infância seria um dos alvos para mostrar o trabalho perioperatório, a AESOP foi este ano a 35 escolas apresentar o ambiente do bloco operatório, ensinar qual o papel do enfermeiro, o que uma criança pode encontrar naquelas unidades e quais os maiores riscos que envolvem a cirurgia, tudo num “ambiente de brincadeira”.

Mais de 1.800 alunos do primeiro ciclo participaram na iniciativa, que incluiu um concurso de desenho infantil subordinado ao tema “A representação que as crianças têm do Enfermeiro de Bloco Operatório”, e cujos três melhores receberão prémios no domingo.

Dia Internacional da Criança com Cancro
“Queremos nesta data mostrar ao mundo que o cancro infantil existe, que os impactos na vida de cada

É todos os anos no dia 15 de Fevereiro que se assinala o Dia Internacional da Criança com Cancro. De uma forma geral o objectivo da efeméride é chamar a atenção da população que o cancro infantil existe e o impacto socioeconómico é muito elevado. Por outro lado é um momento adequado para as várias associações lançarem campanhas de solidariedade com o intuito de angariar fundos para suportar as muitas actividades/acções de ajuda a estes doentes. O Atlas da Saúde falou com Margarida Cruz da Associação Acreditar e quisemos saber mais sobre esta realidade e porque a solidariedade faz a diferença.

 

Impacto do diagnóstico

“Na verdade o impacto é muito grande e em diversos campos”, comenta Margarida Cruz. Segundo a responsável, todas as rotinas do doente e da sua família são radicalmente alterados e, na maioria dos casos, por um tempo que é bastante longo.

Em particular, a rotina escolar da criança altera-se substancialmente ao ponto de muitas vezes não poder frequentar a escola, para poder fazer todos os tratamentos que a doença obriga. Muitas vezes em regime de internamento. “Por vezes provoca a uma separação temporária dentro da família que é sempre muito difícil de gerir e dolorosa para todos”, lamenta Margarida Cruz, sublinhando que, “são muitos os incómodos e consequências dos mesmos com os quais, não só o doente, mas a família tem de lidar com todas as incertezas e preocupações que vivenciam”.

O impacto negativo também se faz sentir ao nível económico. Uma doença como esta pode levar a situações complexas em que o pai ou a mãe não conseguem continuar a trabalhar, o que reduz significativamente o orçamento familiar numa época em que este precisaria de ser reforçado, para fazer face a despesas acrescidas.

 

O cancro mais prevalente

O cancro pediátrico com maior prevalência até aos 14 anos de idade é a leucemia. Dos 14 aos 18 são os linfomas, segundo os dados que estão disponíveis sobretudo ao nível da Europa e da América (EUA e Canadá).

As taxas de sobrevivência a cinco anos têm crescido bastante e aproximam-se dos 80% (79,1% em 2007 segundo dados da European Society for Paediatric Oncology - SIOPE).

A idade é um factor importante na forma como o doente encara a notícia de que tem “uma doença má”. “Uma criança a partir dos três anos apercebe-se que tem algo que é suficientemente grave para preocupar os seus pais e, por isso, a sua reacção vai depender muito da forma como os próprios pais reagem”, explica a responsável da Acreditar.

Já a partir dos 10-11 anos há uma compreensão bastante real sobre a doença, mas “por vezes a percepção da gravidade ocorre apenas quando começam a existir sinais exteriores, como a queda do cabelo a qual é, pelo menos numa primeira fase, bastante traumática” refere.

 

A solidariedade faz a diferença

A solidariedade faz com que todos os intervenientes se sintam mais acompanhados, mais compreendidos e que consigam através dela ver ultrapassados alguns dos problemas com os quais se vêm confrontados.

Por outro lado, é primordial fazer entender que as crianças com cancro não podem ser vítimas indefesas. São crianças e jovens iguais a todos os outros, com os mesmos sonhos, as mesmas oportunidades e as mesmas exigências, e todos temos o nosso papel a cumprir para garantir que assim seja. É através da solidariedade que podemos fazer a diferença.

Também a possibilidade de existirem pessoas, voluntários, que brincam, jogam, ouvem, riem ou simplesmente estão com os doentes e com a família, é fundamental. Para além disso, a solidariedade permite apoiar as organizações que no terreno procuram todo o tipo de respostas para ajudar.

Para citar um exemplo, diz Margarida Cruz, “de entre as várias respostas da Acreditar, é com a solidariedade que esta consegue manter as suas Casas de Acolhimento onde as crianças e jovens deslocadas para tratamento e acompanhadas de familiar, conseguem locais para gratuitamente poderem estar junto aos hospitais e usufruírem de algo que se aproxima das suas casas e onde podem viver com qualidade e estar sempre acompanhados e apoiados”.

 

Dia Internacional da Criança com Cancro

Para Margarida Cruz é muito importante que haja um dia dedicado a esta questão para que a sociedade civil perceba que o cancro pediátrico é uma realidade com um enorme impacto na vida das pessoas, mas que devem poder viver esse período com acompanhamento digno e eficaz.

“Queremos nesta data mostrar ao mundo que o cancro infantil existe, que os impactos na vida de cada família são inúmeros mas, sabemos, a solidariedade faz, de facto, a diferença!”. Esta é a principal mensagem que a Acreditar quer fazer passar, mas a Associação procura sempre assinalar este dia, ou com acções de sensibilização, ou com lançamento de alguma nova forma de apoio. Este ano será assinalado com o lançamento da 1ª pedra da futura Casa de Acolhimento no Porto, que virá a acolher até 16 famílias em simultâneo.

“Desta forma a partir do final de 2016, data prevista para a conclusão da obra, as crianças e jovens que se deslocam ao Porto para tratamentos oncológicos passam a dispor do mesmo tipo de resposta que já existe em Lisboa e em Coimbra e que tem feito a diferença para as famílias que acolhe”, congratula-se Margarida Cruz.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
14 de Fevereiro - Dia Nacional do Doente Coronário
Especialistas incentivam portugueses a mudar comportamentos para reduzir o risco da doença coronária, na semana em que se...

Na semana em que se assinala o Dia Nacional do Doente Coronário – a 14 de Fevereiro – e em que se celebra também o Dia de São Valentim, a Associação Nacional AVC alerta para a importância de cuidarmos do coração daqueles que amamos e alterarmos comportamentos que estão na origem da maior parte dos acidentes vasculares cerebrais, uma doença que coloca em risco 85% da população portuguesa.

As doenças cardiovasculares continuam a ser a maior causa de mortalidade em Portugal. Em 2012, registaram-se 23 mil mortes provocadas por este tipo de patologias, das quais 16 mil foram causadas por acidente vascular cerebral. De acordo com os estudos mais recentes, 6 portugueses sofrem um AVC por hora, resultando em 2 a 3 mortes.

“Adoptar uma alimentação saudável, com consumo de frutas, vegetais, redução de sal e gorduras, praticar exercício físico e alterar rotinas diárias – usar as escadas em vez do elevador, por exemplo – e deixar de fumar, visto que parar de fumar pode cortar os riscos de AVC pela metade”, explica Diogo Valadas, director técnico da Associação Nacional AVC.

Além dos factores de risco que podem ser reduzidos com a mudança de hábitos é crucial prestar atenção a situações que não dependem da alteração de comportamentos. Existem pessoas com maior probabilidade de sofrer AVC do que outras, como os idosos, pessoas com histórico familiar de ocorrência de AVC, homens com menos de 75 anos e indivíduos com doença coronária e diabetes.

No âmbito das doenças cardiovasculares e tendo em conta o objectivo da Associação, cujo foco é o apoio aos doentes que sofreram um AVC, a instituição pretende integrar o Programa Nacional para as Doenças Cérebro-cardiovasculares, um dos projectos de saúde prioritários da Direcção-Geral da Saúde, assumindo o papel de entidade representante de famílias vítimas de AVC.

 

Sobre o AVC

Um AVC surge quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é impedido. O sangue leva nutrientes essenciais e oxigénio para o cérebro. Sem o fornecimento de sangue, as células cerebrais podem ficar danificadas, impossibilitando-as de cumprir a sua função.

O cérebro controla tudo que o corpo faz, por isso, uma lesão no cérebro afectará as funções corporais. Por exemplo, se um AVC danificar a parte do cérebro que controla o movimento dos membros, ficaremos com essa função alterada.

A doença é repentina e os efeitos no corpo são imediatos. Os sintomas incluem:

  • Dormência, fraqueza ou paralisia de um lado do corpo (pode ser um braço, perna ou parte inferior da pálpebra descaídos, ou a boca torta e salivante);
  • Fala arrastada ou dificuldade em encontrar palavras ou discurso compreensível;
  • Visão subitamente enublada ou perda de visão;
  • Confusão ou instabilidade;
  • Forte dor de cabeça.

 

Use um teste simples que o pode ajudar a reconhecer se uma pessoa teve um AVC:

  • Fraqueza Facial: a pessoa pode sorrir? Tem a sua boca ou um olho caído?
  • Fraqueza no braço: a pessoa consegue levantar os braços?
  • Problemas de expressão: a pessoa consegue falar com clareza e entender o que lhe dizem?

Se reconhecer algum destes sinais, ligue o 112 imediatamente.

14 de Fevereiro - Dia Nacional do Doente Coronário
A Fundação Portuguesa de Cardiologia promove uma iniciativa para a população, assinalando o Dia Nacional do Doente Coronário.

No próximo dia 14 de Fevereiro, entre as 10h e as 13h, o Porto de Recreio de Oeiras será palco da iniciativa “PASSEIO COM O CORAÇÃO - um parceiro para a vida”, uma caminhada orientada e promovida pela Fundação Portuguesa de Cardiologia em parceria com a Câmara Municipal de Oeiras.

Assentes na temática “Como prevenir o Enfarte do Miocárdio”, a FPC preparou ainda uma série de outras iniciativas. Assim, no local, para além dos rastreios cardiovasculares gratuitos e de um espaço com aconselhamento nutricional, estarão presentes também a Associação de Produtores da Maçã de Alcobaça, com oferta de fruta e sumos, e o Museu do Pão, com oferta de Pão São.

Anualmente morrem por Enfarte do Miocárdio mais de 8 mil portugueses, o que equivale sensivelmente a uma morte a cada hora. Estima-se que em 2020 serão as doenças cardiovasculares a principal causa de incapacidade e mortalidade no Mundo.

Em Portugal, apesar de algum decréscimo nas últimas décadas, as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte. Segundo Dr. Carlos Catarino, médico da Fundação Portuguesa de Cardiologia, “um dos grandes desafios neste início de século é o de travar o flagelo das doenças cardiovasculares. Os números são assustadores, com Portugal a liderar a maior taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares na Europa Ocidental.”. Salienta ainda que, “esta situação é facilmente explicada, se tivermos em conta que 70% da população adulta tem colesterol elevado, 20% é fumadora, mais de 30% é obesa, 40% é hipertensa, a maioria é sedentária (somos o país da União Europeia com menos praticantes de actividade física) e o número de diabéticos tem vindo a aumentar consideravelmente”.

A prevalência elevada de factores de risco (hipertensão, colesterol elevado, tabagismo, obesidade e diabetes) leva à aterosclerose, a qual, afecta todo o sistema cardiocirculatório, sendo causa de AVC (acidentes vasculares cerebrais) e de doença das artérias coronárias (principalmente o enfarte do miocárdio).

Sabendo que, a aterosclerose é a principal causa de morte a nível mundial, com redução substancial da esperança média de vida após a primeira complicação cardiovascular, 8 a 12 anos depois dos 60 anos, investir na prevenção dos factores modificáveis, já que são factores concomitantes e agravantes, derivados do comportamento e estilo de vida, é essencial.

A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) desenvolve um papel fundamental na luta por Corações (mais) Saudáveis e, neste âmbito, no seu conjunto, este evento pretende ser uma referência à importância da adopção de estilos de vida saudável, que inclua a prática de actividade física e uma alimentação saudável.

14 de Fevereiro - Dia Europeu
A disfunção eréctil e a hiperplasia benigna da próstata são as doenças em destaque numa campanha da

Mais e melhor informação tem permitido que as disfunções sexuais masculinas já não sejam encaradas com vergonha e o homem, ou mesmo o casal, procure ajuda especializada. Actualmente as disfunções são consideradas doenças e são tratadas como tal.

Considera-se que uma disfunção sexual pode ocorrer quando existe um bloqueio de natureza orgânica e/ou psicogénica, resultando na interrupção de uma das fases que compõem o ciclo da resposta sexual. Dependendo da fase do ciclo interrompida, podem existir vários tipos de disfunções. Segundo os especialistas as duas disfunções sexuais masculinas mais comuns são a disfunção eréctil e a ejaculação prematura.

A disfunção eréctil caracteriza-se pela incapacidade persistente em atingir e manter erecção suficiente para permitir um desempenho sexual satisfatório. Apesar de a disfunção eréctil ser uma doença benigna afecta a saúde física e psicossocial com forte impacto na qualidade de vida do homem e também do casal. Estima-se que esta condição afecte cerca de 52% dos homens entre os 40 e os 70 anos, ou seja 500 mil portugueses.

Mas “a mais frequente das disfunções sexuais masculinas é a ejaculação prematura, com uma prevalência que atinge, nos países europeus e norte-americanos, cerca de 30-35% dos homens, independentemente da idade”, refere o andrologista Nuno Monteiro Pereira à revista Priview. A ejaculação prematura define-se como “uma situação recorrente em que a ejaculação se produz antes de desejada pelo homem”.

Sociedade Portuguesa de Andrologia assinala o dia

A Sociedade Portuguesa de Andrologia assinala o Dia Europeu da Disfunção Sexual, que se comemora a 14 de Fevereiro, nos dias 13, 14 e 15 de Fevereiro, no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, com a iniciativa "Amor sem obstáculos".

O objectivo é informar de forma séria sobre doenças como a disfunção eréctil e a hiperplasia benigna da próstata e alertar para a existência de soluções.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
15 de Fevereiro de 2015 – Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório
A Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses alerta para os acidentes com objectos corto-perfurantes. Na...

“O nosso objectivo é alertar para a segurança dentro do Bloco Operatório. Os enfermeiros perioperatórios, ao lidar com objectos corto-perfurantes, estão expostos a um maior risco de transmissão de doenças pela projecção de fluídos contaminados, picada ou contacto com pele não-integra, com cerca de 27% dos incidentes com corto-perfurantes a ocorrerem no Bloco Operatório”, explica Mercedes Bilbao, Presidente da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses (AESOP).

“Na Europa pelo menos 1 milhão de profissionais de saúde sofre anualmente um acidente inadvertido com corto-perfurantes. A evidência mostra que a maioria destes incidentes podem ser evitados com uma combinação de medidas reguladas na CE pela Directiva 2012/32/EU e em Portugal pelo Decreto-Lei 121/2013 de 4 de Agosto.

Esta regulamentação estabelece políticas de avaliação de risco, formação e treino, práticas seguras no ambiente de trabalho e tecnologia de segurança incorporada nos dispositivos médicos”, continua Mercedes Bilbao.

“Continua a ser urgente consciencializar os profissionais do Bloco Operatório, que o seu melhor aliado na prevenção acidentes, é o seu comportamento diário, através de um melhoria sistemática da prática na manipulação de dispositivos corto-perfurantes. Os enfermeiros perioperatórios devem usar para si próprios, a mesma cultura de segurança que usam para o doente cirúrgico”, finaliza Mercedes Bilbao.

A AESOP considera que a mudança da cultura de segurança começa na infância e promove, um concurso de desenho infantil subordinado ao tema “A representação que as crianças têm do Enfermeiro de Bloco Operatório”.

As escolas aderentes receberam a visita de Enfermeiros perioperatórios, em acções informativas sobre a profissão. Posteriormente as crianças fizeram desenhos representando a visão do bloco operatório e do papel do Enfermeiro perioperatório. Os trabalhos finalistas serão expostos em locais públicos no dia 15 de Fevereiro. Os trabalhos finais deste concurso vão estar presentes numa Exposição Nacional, na Sala de Conferências do Hospital D. Estefânia, em Lisboa, onde será atribuído em sessão solene um prémio aos 3 melhores desenhos, num universo de 1870.

Este ano a EORNA (European Operating Room Nurses Association) lançou o tema “Sharps Safety Begins with you”.

 

Sobre a AESOP

A Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses – AESOP – é uma organização profissional, de âmbito nacional, sem fins lucrativos, fundada em Fevereiro de 1986 e considerada como Entidade Colectiva de Utilidade Pública desde 28 de Setembro de 2001. Em 1989 iniciou o trabalho com um grupo de enfermeiros europeus para a criação de uma Associação Europeia de Enfermeiros de Sala de Operações que foi constituída oficialmente em 1992 sendo portanto a AESOP membro fundador da European Operating Room Nurses Association – EORNA. Os objectivos de ambas as organizações passam por promover a qualidade dos cuidados prestados no bloco operatório, desenvolver a investigação na área dos cuidados perioperatórios.

 

O Enfermeiro perioperatório

Avalia a necessidade dos cuidados, executa-os, previne complicações e zela pela segurança e conforto dos doentes no período perioperatório. No âmbito das suas competências, assumem funções de enfermeiros de anestesia, circulante, instrumentista e actua também na unidade de cuidados pós-anestésicos. A sua missão é cuidar da pessoa, tendo em conta a sua individualidade e vulnerabilidade, antes, durante e após a cirurgia.

15 de Fevereiro
A busca do reconhecimento internacional do papel do Enfermeiro Perioperatório conta com mais de 30 a

Convictos de que as bases científicas e a fundamentação em dados concretos e mensuráveis devem pautar a prática do enfermeiro em todo o processo cirúrgico, enveredaram os colegas de então, numa jornada emocionante de busca e partilha de conhecimento... em 1980 foram dados os primeiros passos para a constituição da EORNA (European Operating Room Nurses Association) e em 1986 foi oficialmente constituída a AESOP (Associação de Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses).

Mudar paradigmas implica, em última instância, mudar Pessoas. E este grupo tão específico de enfermeiros, que muitas vezes não passa de um borrão na memória obnubilada de quem percorre o circuito operatório, ultrapassou barreiras e constrições e mesmo sujeitos ao tumultuoso processo de mudança, culminam na realidade de hoje... Aptos, competentes e capazes, são insubstituíveis na prática dos nossos dias!

A evolução das técnicas e recursos, permitem um conjunto de intervenções cada vez mais invasivas e disponíveis para a generalidade da população independentemente da idade e das co-morbilidades, estar preparado para esta conjuntura é estar preparado para “garantir e disponibilizar ao doente cirúrgico e ao ambiente que o envolve, cuidados de enfermagem específicos, de qualidade, tanto no bloco operatório como noutros locais onde se realizam procedimentos invasivos” (Oliveira, Paula). É esta a atual missão do enfermeiro perioperatório.

Se concentrarmos as atenções em Portugal, a maior lacuna no processo de desenvolvimento e formação destes profissionais é a falta de reconhecimento de competências. Como enfermeiro perioperatório são várias as atividades desempenhadas e os papéis assumidos, o enfermeiro de anestesia, enfermeiro circulante, enfermeiro instrumentista e enfermeiro de cuidados pós-anestésicos. Toda a estrutura organizacional depende da resposta destes profissionais perante novas situações, cada vez mais complexas, e da capacidade de otimizar a prática associada às novas tecnologias.

Numa estrutura com objetivos de produtividade bem definidos e cada vez mais ambiciosos, está nas mãos dos enfermeiros garantir a humanização dos cuidados. Considerar que se tratam de um entrave à produção de receita é um estigma difícil de carregar, sentir que na balança o seu lugar está no prato da despesa, arrasa a motivação de quem é parte ativa na racionalização de recursos, planeia atividades, garante que todo o processo se desenrola de acordo com as normas e boas práticas e assegura os cuidados antes, durante e após a cirurgia.

A busca de novos paradigmas é um objetivo obsoleto, é necessário reestabelecer prioridades. Passados anos a debater e a estudar formas de melhorar a prática, surge um vazio entre o sucesso na adoção e implementação dos resultados obtidos e a concentração de esforços visando novos resultados. Infelizmente, a falta de motivação, recursos humanos e materiais, e de disponibilidade das equipas constituem barreiras à minimização deste vazio, e assim protelamos a evolução e otimização dos cuidados.

Faltam horas de formação base, e cursos de especialização que permitam cimentar a posição que os enfermeiros perioperatórios já ocupam mas que não se reflete na sua remuneração, muito menos, no reconhecimento profissional e social.

Este é o décimo aniversário do Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório. Foram várias as atividades que marcaram a celebração deste dia, e os enfermeiros têm contribuído ativamente sempre que solicitados.

São de extrema relevância todas as ações desenvolvidas particularmente em cada instituição, sejam apresentações, filmes, sessões de esclarecimento, ou quaisquer outras que permitam aos doentes e à família perceber qual o papel de cada profissional em todo o processo cirúrgico e quais as etapas do mesmo.

A ideia de reunir e partilhar o que de melhor se faz em Portugal permite lançar o mote para futuras comemorações...

Juntos chegaremos mais longe!

 

Bibliografia

Oliveira, Paula – Enfermeiros de salas de operações (http://www.british-hospital.pt/pt/content/7-corpo-clnico/234-enfermeiros...)

http://www.aesop-enfermeiros.org

http://www.eorna.eu

http://www.ordemenfermeiros.pt

 

Pedro Baptista, Enfermeiro

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Balões e bolachas em forma de coração
Iniciativa da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, amanhã à tarde no Parque Verde do Mondego, pretende sensibilizar para...

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), através do projecto (O)Usar & Ser Laço Branco, assinala amanhã o Dia dos Namorados, com um conjunto de actividades no Parque Verde do Mondego, que compreende uma largada de balões, a venda de bolachas (em forma de coração), animação musical de rua e, sobretudo, muitos momentos de sensibilização para o problema, tantas vezes oculto, da violência no namoro.

A partir das 14h00 e até às 17h00 (sensivelmente), cerca de 50 jovens voluntários vão, ainda, distribuir mensagens em cartões e informação avulsa com dados acerca da violência no namoro, os sinais de alerta e algumas orientações sobre locais onde procurar ajuda.

O convite à participação na iniciativa, lançado quer à comunidade escolar, quer à população da cidade, tem em vista “quebrar o(s) silêncio(s) e tornarmo-nos mais activos no combate à violência, especialmente contras as mulheres e as meninas”, explicam as professoras da ESEnfC responsáveis por esta iniciativa, Conceição Alegre e Cristina Veríssimo.

 

Jovens têm direito a relações de namoro saudáveis

Sob o lema “Os jovens têm o direito a relações de namoro seguras e saudáveis”, o programa desta tarde de sensibilização inclui animação musical de rua pelo grupo “Roncos & Curiscos”, um espaço com motivos alusivos ao Dia dos Namorados (com enfeites de papel dependurados nas árvores), onde os namorados podem tirar uma fotografia, e uma banca com materiais de divulgação de sensibilização sobre violência no namoro, destinada a jovens e pais.

A largada de 150 balões em forma de coração, junto à ponte pedonal Pedro e Inês, está prevista para as 16h00.

O projecto (O)Usar & Ser Laço Branco procura “contribuir para informar, sensibilizar e educar jovens através dos seus pares, para prevenirem e combaterem a violência exercida directamente sobre as mulheres, especialmente no contexto das relações de intimidade, sejam elas conjugais ou equiparadas”, pode ler-se na descrição do projecto que consta na página Web da ESEnfC (www.esenfc.pt).

 

Escola de Enfermagem de Coimbra cria
Projecto visa identificar sinais de alerta e encaminhar para uma ajuda mais próxima e especializada. Colegas vão ser “agentes...

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) abre, na próxima segunda-feira (16 de Fevereiro), o “Espaço SMS” (Saúde Mental no Superior), onde os estudantes podem falar com profissionais que estão disponíveis para os ajudar a comunicar preocupações e a conseguir maior bem-estar.

A funcionar nas instalações do Pólo A (Avenida Bissaya Barreto, junto ao IPO de Coimbra), o “Espaço SMS” foi criado com o objectivo de promover a saúde mental na comunidade educativa da ESEnfC, de modo particular nos estudantes, e de prevenir comportamentos de risco.

“A fase da adolescência e jovem adulto é marcada por transições que podem dificultar o bem-estar no ambiente académico e a nível pessoal. A maioria não recebe a ajuda adequada ou recebe-a com muito atraso. Conhecer estratégias e recursos para lidar com os problemas é importante para ti ou para ajudares um amigo”, afirmam os promotores do “Espaço SMS” numa informação dirigida aos estudantes da ESEnfC.

No âmbito do projecto, estudantes do curso de licenciatura em Enfermagem já receberam formação para se tornarem “agentes SMS” que, beneficiando da proximidade de alguns colegas, terão o papel de identificar sinais de sofrimento mental e de os direccionar para uma ajuda mais próxima e adequada.

Também os funcionários da ESEnfC estão, progressivamente, a ser sensibilizados para este tema, no sentido de poderem funcionar como “porteiros sociais” na detecção e encaminhamento das situações identificadas.

O “Espaço SMS” funcionará às segundas-feiras, entre as 14h00 e as 18h00, no Laboratório de Saúde Mental (Centro de Simulação de Práticas Clínicas), no Pólo A da ESEnfC. Também no Pólo B (Rua 5 de Outubro, em S. Martinho do Bispo) poderá ser feito atendimento, mediante marcação via e-mail, para [email protected].

A equipa SMS é constituída por docentes, enfermeiras especialistas em saúde mental e enfermeiras recém-formadas.

José Carlos Santos, Carlos Melo Dias, Cândida Loureiro (professores da ESEnfC), Sónia Leal, Rosa Simões, Joana Pinto, Rita Ferreira e Carla Pacheco são os promotores da iniciativa, que conta com a colaboração internacional do especialista John Cutcliffe, professor da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos.

Ordem dos Nutricionistas contesta
A Ordem dos Nutricionistas manifestou aos órgãos de soberania a sua preocupação e posição após a publicação a 12 de Fevereiro...

A Ordem dos Nutricionistas considera que as carreiras onde se inserem os nutricionistas e os dietistas deve ser retirada do âmbito da gestão dos recursos humanos, devendo manter-se no âmbito do Ministério da Saúde à semelhança dos médicos e dos enfermeiros, dada a natureza da prestação de cuidados de saúde diferenciados e conteúdo funcional.

Segundo Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas “Entendemos que esta proposta para a ‘municipalização’ de parte dos Cuidados de Saúde Primários, podendo envolver nutricionistas e dietistas, não demonstra os anunciados ganhos de eficiência sendo, apenas uma delegação de poderes para os municípios, ou seja, a transferência de responsabilidades e encargos do Governo para os municípios, o que pode levar a uma desmaterialização do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”

Os técnicos Superiores de Saúde – Ramo Nutrição, são nutricionistas com especialização de dois anos subsequentes à licenciatura, adquirida em ambiente laboral provido pelo Ministério da Saúde pelo que a delegação das suas competências deve ser definida pelo próprio Ministério da Saúde, defende a Ordem.

No entanto, no diploma pode ler-se que “no domínio da saúde poderão ser delegáveis nos órgãos dos municípios e nas entidades intermunicipais competências no âmbito da gestão dos recursos humanos, como o recrutamento, a alocação, a gestão, a formação e a avaliação de desempenho dos técnicos superiores, técnicos superiores de saúde, técnicos de diagnóstico e terapêutica, assistentes técnicos e assistentes operacionais”, algo que a Ordem dos Nutricionistas contesta.

Instituto Nacional de Emergência Médica
O Instituto Nacional de Emergência Médica encaminhou dois casos de enfarte do miocárdio por dia para a via verde coronária, ao...

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) revela em comunicado que foram encaminhadas para a Via Verde Coronária um total de 738 casos de Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) em 2014, sendo os distritos de Lisboa e do Porto que tiveram maior incidência, com 174 e 138 casos, respectivamente.

Os dados disponíveis mostram ainda o encaminhamento de 62 casos no distrito de Faro e 58 no distrito de Aveiro.

O INEM indica ainda que os homens são as principais vítimas de EAM, e que os Hospitais de São Marcos (90), em Braga, São João (89), no Porto, o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho (76) e o Hospital Santa Marta (76), no Centro Hospitalar Lisboa Central, foram os que receberam o maior número de casos encaminhados pela Via Verde Coronária.

O INEM encaminha as vítimas de EAM para os Hospitais adequados através desta Via Verde, permitindo um tratamento mais rápido e eficaz nas unidades de cuidados intensivos coronários ou salas de hemodinâmica, explica o instituto, acrescentando, que o encaminhamento é feito com base em critérios clínicos específicos, visando o rápido tratamento de determinados tipos de EAM em que há necessidade da realização de angioplastia primária.

Dor no peito de início súbito, com ou sem irradiação ao membro superior esquerdo, costas ou mandíbula, suores frios intensos, acompanhados de náuseas e vómitos, são alguns dos sinais que podem indicar um EAM e que devem levar imediatamente a contactar o número de emergência nacional, o 112.

O EAM é uma das principais causas de morte em Portugal, ocorrendo quando se dá uma interrupção súbita da perfusão sanguínea coronária, e pode ser prevenido através da realização de exames médicos de rotina, hábitos de vida saudáveis, prática regular de desporto, evitar o tabaco e a vida sedentária.

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