Em Abril
A ARS-Norte vai lançar em Abril novos concursos para a contratação de “70 a 80” médicos de família destinados a colmatar alguns...

No final de uma reunião com o novo presidente da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte), Álvaro Almeida, destinada a debater “alguns problemas do sector no distrito”, Virgílio Macedo referiu ter recebido a indicação de que “irá ser dada particular atenção aos concelhos do Baixo Tamega, nomeadamente a Felgueiras e Baião, que têm ainda algumas deficiências em termos de cobertura de médicos de família”.

“Essa situação será obviamente resolvida com estas novas contratações no curto prazo e penso que isso é uma boa notícia para as suas populações”, considerou.

Virgílio Macedo contou que, de acordo com as informações recebidas do presidente da ARS-Norte, “estão em negociação novos acordo com as Misericórdias de Felgueiras e Marco de Canaveses”.

“Para além de haver a renegociação do protocolo existente, poderá existir a possibilidade de alargamento de serviços, nomeadamente de consultas e de pequenas cirurgias”, sustentou.

Na reunião foi ainda comunicado ao Grupo Parlamentar do PSD/Porto que foram já lançadas as obras para a abertura de dois novos centros de saúde no distrito, um na Batalha, no Porto, e o segundo em Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia. Foi também referido que, a curto prazo, vai ser iniciado o processo de reconstrução do Centro de Saúde de S. Martinho do Bougado, na Trofa.

Os deputados social-democratas questionaram ainda a ARS-Norte sobre o porquê da não abertura da Unidade de Saúde Familiar (USF) de S. Martinho do Campo, em Santo Tirso.

“Segundo o presidente da ARS-Norte, desde o dia 9 de Fevereiro que a Câmara Municipal de Santo Tirso tem um protocolo para analisar e para ser assinado entre as duas entidades, para que finalmente essa USF seja aberta”, disse Virgílio Macedo.

Segundo o deputado do PSD, “trata-se de uma USF que está pronta a ser utilizada e que vai servir 15 mil utentes. Ainda não foi aberta porque desde o dia 9 de Fevereiro os serviços jurídicos da Câmara de Santo Tirso não tiveram oportunidade de validar o protocolo que foi enviado, a tempo e horas, por parte da ARS-Norte”.

“Aqui faço um apelo ao presidente da autarquia para que dê uma ajuda na sua Câmara para que os utentes de S. Martinho do Campo tenham finalmente uma USF nova a funcionar, como merecem, porque efetivamente isso só depende da Câmara de Santo Tirso e não da ARS”, frisou.

De acordo com informações prestadas pela ARS-Norte ao Grupo Parlamentar do PSD/Porto, liderado por Virgílio Macedo, “cerca de 96% do utentes do distrito tem médico de família, o que é uma média muito superior à média nacional”.

Alzheimer Portugal apela ao Governo
A propósito da I Conferência Ministerial da Organização Mundial de Saúde, que se celebra nos dias 16 e 17 de Março em Genebra,...

Nesta carta, a Alzheimer Portugal procurou alertar para a extrema importância de que se reveste a realização da Conferência da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre Acção Global Contra a Demência, na qual Portugal deveria estar representada ao mais alto nível por forma a contribuir para que a problemática da Demência se torne prioritária a nível global.

No mesmo documento endereçado ao Executivo português, a Associação procurou sensibilizar para a urgência em se dar seguimento ao previsto Plano Nacional para as Demências, em cuja criação e posterior implementação a Alzheimer Portugal se propõe colaborar, dada a sua experiência de longos anos no apoio a pessoas com demência e aos seus cuidadores.

“Os mais recentes dados epidemiológicos apontam para a existência de 182.000 pessoas com demência em Portugal, das quais 130.000 têm doença de Alzheimer, forma de demência mais prevalente. No entanto, não existe em Portugal um Plano Nacional para as Demências, ao contrário do que se verifica em vários países da Europa, resultando numa inexistência de respostas especializadas. Os impactos sociais e económicos desta doença progressiva são cada vez mais relevantes e as diferentes exigências ao longo do percurso requerem, por um lado, apoio e formação aos cuidadores através de uma intervenção pluridisciplinar e de proximidade e, por outro lado, serviços e respostas específicos para pessoas com Demência. Acreditamos que só assim será possível melhorar, desdramatizar e valorizar o acto de cuidar, contribuindo para uma melhoria da qualidade de vida das pessoas com Demência e para uma promoção dos seus direitos”, refere Carneiro da Silva, Presidente da Direcção da Alzheimer Portugal.

Para a Alzheimer Portugal, os eixos fundamentais de um Plano Nacional para as demências deverão incluir aspectos como:

1 - Melhoria da qualidade de vida das Pessoas com Demência e dos seus cuidadores, abrangendo-se aqui as questões que se prendem com a intervenção farmacológica e não farmacológica, com os apoios sociais e com os equipamentos, através da criação e implementação de políticas de saúde e de enquadramento social específicas;

2 - Investigação sobre as causas, prevenção e diagnóstico da Doença de Alzheimer e recolha de dados epidemiológicos.

3 - Criação de quadro jurídico definidor dos Direitos das Pessoas em situação de incapacidade, incluindo o enquadramento legal dos cuidados, da intervenção e da investigação.

4– Definição, a partir do conhecimento dos meios actuais e das necessidades reais das pessoas com demência e dos seus cuidadores, da rede de apoios e cuidados de saúde, devidamente articulada, definindo as competências públicas e da sociedade civil, assim como os respectivos financiamentos.

A nível europeu, está a decorrer a campanha da Alzheimer Europe para a assinatura online da Declaração de Glasgow, que apela à criação de uma estratégia europeia para as demências e de estratégias nacionais em todos os países da Europa. Os signatários apelam também a todos os líderes do mundo para que reconheçam a Demência como uma prioridade de saúde pública e para que desenvolvam um plano de acção global para as demências. Mais de 200 portugueses já assinaram a Declaração, sendo Portugal um dos países com mais subscritores. Marisa Matias, eurodeputada do Bloco de Esquerda assinou também a Declaração de Glasgow, sendo a primeira deputada portuguesa a fazê-lo e, até agora, a única.

Codeína
O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância da Agência Europeia do Medicamento concluiu a revisão de segurança dos...

Esta revisão surgiu, conforme divulgado na circular informativa n.º 095/CD/8.1.7, de 11/04/2014, na sequência da revisão dos medicamentos contendo codeína utilizados no alívio da dor em crianças.

Os efeitos da codeína devem-se à sua conversão, no organismo, em morfina. O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) considerou que esta conversão em morfina, em crianças com idade inferior a 12 anos, é variável e imprevisível pelo que, apesar dos efeitos secundários induzidos pela morfina poderem ocorrer em qualquer faixa etária, as crianças são alvo de um risco particular. Adicionalmente, crianças que já tenham problemas respiratórios são mais susceptíveis aos efeitos da codeína.

O PRAC referiu ainda que a eficácia da codeína no tratamento da tosse em crianças é limitada.

Face ao exposto, o PRAC recomenda o seguinte:
- A contraindicação em crianças com idade inferior a 12 anos;
- A não utilização destes medicamentos em crianças com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos e com problemas respiratórios;
- A contraindicação em indivíduos que sejam metabolizadores ultra-rápidos (com maior risco de intoxicação);
- A contraindicação em mulheres que estejam a amamentar (devido ao risco para o bebé);
- A obrigatoriedade de utilização de embalagens com abertura resistente a crianças nas formulações orais líquidas, a fim de evitar a ingestão acidental.

Estas recomendações são semelhantes às emitidas anteriormente para os medicamentos contendo codeína utilizados no alívio da dor de que resultaram restrições para garantir que só devem ser utilizados em crianças para as quais os benefícios são maiores que os riscos.

As recomendações do PRAC serão remetidas ao Grupo de Coordenação (CMDh), que emitirá uma posição.

Estudo
Um estudo indica que a crise no Sistema Nacional de Saúde é o mais recente sinal das medidas de austeridade.

A saúde dos portugueses está cada vez mais fragilizada, verificando-se, nomeadamente, o aumento de infecções ou depressões devido às políticas de austeridade que entraram em Portugal há três anos, dá conta o Jornal de Notícias.

O estudo ‘O impacto da crise financeira no sistema de saúde e na saúde em Portugal’, realizado pela Organização Mundial de Saúde e o Observatório Europeu sobre Sistemas e Políticas de Saúde em 2013, explica que o ajustamento financeiro se tem vindo a sobrepor ao bem-estar das populações.

“Dizer que o programa de ajustamento teve efeitos muito negativos na saúde das pessoas é assumir o fracasso”, afirma um dos autores do estudo, Constantino Sakellarides.

Embora o Governo rejeite esta ideia, os dados mostram a degradação quer da saúde dos portugueses, quer do próprio Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A crise nas urgências, com as longas esperas e morte de doentes que aguardavam atendimento, é um sinal desta degradação.

Também a depressão é um exemplo paradigmático de como os sucessivos alertas foram ignorados. O primeiro surgiu em 2012, mas nada foi feito entretanto. “Seria de esperar que as autoridades do país estudassem o assunto e tomassem medidas, mas nada foi feito”, critica o investigador. Sabe-se agora que a depressão aumentou em 2014, em todas as regiões.

A crise e as medidas de austeridade trouxeram também o aumento de infecções, principalmente respiratórias, em virtude do empobrecimento das crianças e na degradação das condições de vida dos idosos. “É preciso colocar a saúde no centro da agenda política e acelerar a transição para um modelo de equilíbrio entre políticas financeiras, económicas e sociais”, acrescenta Sakellarides.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Seis regiões do país apresentam hoje risco alto de exposição à radiação ultravioleta, informou o Instituto Português do Mar e...

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Faro, Beja, Évora, Penhas Douradas, Funchal, Porto Santo (arquipélago da Madeira), apresentam hoje risco alto de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Para as regiões com níveis altos, o IPMA recomenda o uso de óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol e protector solar.

De acordo com o IPMA, a radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde se o nível exceder os limites de segurança, sendo que o índice desta radiação apresenta cinco níveis, entre o baixo e o extremo, com onze.

O IPMA prevê para hoje no continente céu pouco nublado ou limpo, aumentando gradualmente de nebulosidade a partir do final da tarde.

A previsão aponta ainda para vento em geral fraco predominando do quadrante sul, tornando-se moderado nas terras altas a partir do final da tarde, possibilidade de ocorrência de neblina ou nevoeiro matinal e acentuado arrefecimento nocturno, com formação de geada nas regiões do interior, em especial do norte e centro.

Em Lisboa as temperaturas vão variar entre 6 e 17 graus Celsius, no Porto entre 5 e 15, em Vila Real entre 2 e 16, em Viseu entre 3 e 15, em Bragança entre 0 e 14, na Guarda entre 1 e 11, em Castelo Branco entre 4 e 17, em Coimbra entre 3 e 17, em Évora entre 3 e 19, em Beja entre 6 e20 e em Faro entre 8 e 17.

Organização Mundial da Saúde
Um estudo da Organização Mundial da Saúde e do Observatório Europeu sobre Sistemas de Saúde considera que as taxas moderadoras...

As isenções às taxas moderadoras, apesar de "protegerem os pobres" dessas mesmas taxas, reintroduzem "no sistema de saúde certificados de pobreza", que estão mais próximos de uma visão assistencialista da saúde do que do "princípio da universalidade", critica o estudo, que é apresentado hoje em Coimbra, na sede da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

Apesar de a sua criação ter sido justificada como forma de "regular o acesso à saúde", as taxas moderadoras surgem no programa de ajustamento na área de "financiamento", aponta o documento.

"A sua lógica parece ser essencialmente de recolha de receitas", observa, sublinhando, porém, que para as taxas moderadoras serem uma "contribuição significativa" no orçamento da saúde (em 2012, 1,7%), as taxas teriam de atingir "elevados níveis, que seriam politicamente inviáveis e que afectariam fortemente o acesso aos cuidados de saúde".

Constantino Sakellarides, um dos autores do estudo, disse que as taxas "impedem a utilização abusiva, mas também impedem a utilização necessária" dos serviços de saúde.

De acordo com o autor, na agenda do "programa de ajustamento há uma grande ênfase nos aspectos financeiros e nenhuma preocupação com a saúde e bem-estar", apelidando esta mesma agenda de "absolutista".

"Este tipo de foco na questão financeira e nada de bem-estar não é aceitável", sublinhou.

O estudo do qual é um dos autores foi realizado em 2013 e publicado em 2014, sendo agora feita a sua apresentação pública em Coimbra.

Organização Mundial da Saúde
A despesa em cuidados de saúde por habitante em Portugal está 20% abaixo da média europeia, divulga um estudo da Organização...

O estudo, que é apresentado hoje em Coimbra, na sede da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, refere que, apesar da despesa em saúde representar 10,2% do PIB, estando acima da média europeia (8,5%), a despesa per capita, em 2012, estava "20% abaixo da média europeia".

A despesa em saúde por habitante tinha vindo a aumentar de 2000 a 2010, baixando desde esse ano até 2012.

A despesa pública como parte da despesa total em saúde mantém-se "essencialmente inalterada de 2008 a 2011", registando 65% da despesa total, acompanhada de uma ligeira quebra em 2012 para 62,6%, abaixo, também, da média europeia, em que a despesa pública representa 72,3% da despesa total em saúde.

Dessa forma, a despesa privada aumentou ligeiramente, passando de 35% em 2008 para 37,4% da despesa total em saúde em 2012, explicita o estudo.

Segundo o documento, o orçamento do Serviço Nacional de Saúde, depois de um crescimento entre 2005 e 2010, decresceu em 2011 e 2012.

A dotação do Serviço Nacional de Saúde reduziu em 13,5% entre 2010 e 2012, mas, se se incluírem "despesas adicionais" por parte da administração central que eram realizadas e que deixaram de existir em 2012, o decréscimo situa-se nos 14,4%, apontam os autores.

O documento sublinha que foi possível registar um impacto negativo da crise "na saúde mental" e nos comportamentos de procura de cuidados de saúde, "principalmente nos grupos mais vulneráveis".

O estudo foi realizado em 2013 e publicado em 2014, sendo agora apresentado ao público.

OMS critica e quer transparência
Um estudo da Organização Mundial da Saúde e do Observatório Europeu sobre Sistemas e Políticas de Saúde critica a falta de...

O estudo, que é apresentado hoje em Coimbra, na sede da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, conclui que as medidas do programa de ajustamento se centraram na redução de custos, racionalização do uso de recursos no sector e aumento de receitas, sem considerar "os potenciais efeitos da austeridade na saúde".

Uma "das mais significativas omissões" do programa foi "a falta de avaliação precoce do impacto da crise na saúde" e de medidas de austeridade associadas, sublinha o estudo, intitulado "O impacto da crise financeira no sistema de saúde e na saúde em Portugal".

"Com melhor monitorização, os decisores políticos poderiam ter desenhado medidas adequadas para minimizar efeitos negativos na saúde", defendeu, sublinhando a necessidade de se adoptar uma abordagem "transparente" que permita uma avaliação baseada em factos do "verdadeiro impacto da crise na saúde".

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), é necessário colocar a saúde de forma visível "na agenda política", através de uma "abordagem compreensiva" e observando de forma explícita os efeitos das políticas financeiras, económicas e sociais neste sector.

A monitorização dos sistemas "para garantir que resultados adversos na saúde não ocorram" "parece" que não foi tida em conta, aponta o estudo, realçando ainda que estratégias locais de saúde "intersectoriais" para responder à deterioração de determinantes sociais de saúde "não foram adoptados".

Para os investigadores que desenvolveram o estudo, foi "difícil" identificar efeitos dos cortes no orçamento, das reduções salariais ou das alterações das condições de trabalho, por falta de dados.

Apesar de evidências "bem documentadas" do impacto da crise na saúde mental e no comportamento de procura de cuidados de saúde, no presente, "não é possível identificar contributos relativos do empobrecimento, aumento de taxas a utentes, dificuldades no transporte e riscos do desemprego".

"O modelo de ajustamento tinha que ter sucesso" e, portanto, não poderia haver "qualquer alusão" a impactos negativos na saúde, pois esses efeitos seriam uma forma de mostrar que o programa não resulta, disse Constantino Sakellarides, um dos autores do estudo.

O estudo foi realizado em 2013 e publicado em 2014, sendo agora apresentado publicamente em Coimbra.

Estudo
Um estudo da Organização Mundial da Saúde e do Observatório Europeu sobre Sistemas de Saúde alerta que "piorar as...

"Racionalizar recursos do Serviço Nacional de Saúde é certamente um importante contributo para melhorar a sustentabilidade, mas piorar as condições de trabalho" pode ser contraproducente e comprometer a sua "sustentabilidade financeira", apontou o estudo que é apresentado hoje em Coimbra, na sede da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.

Segundo esse documento, foram implementadas num curto espaço de tempo um grande número de medidas, sem a consideração das suas consequências ou "da capacidade de implementação da administração de saúde" portuguesa.

Como resultado da ausência de tais considerações, "algumas iniciativas não atingiram por completo os seus objectivos".

O estudo sublinha que os "cortes orçamentais, reduções salariais, condições adversas para gestores de unidades de saúde e para profissionais de saúde" poderão ter "efeitos negativos nos processos" de cuidados de saúde em Portugal.

Apesar disso, os autores apontam também desenvolvimentos positivos registados nos últimos anos.

Protecção orçamental, esforços para com as dívidas acumuladas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), iniciativas para melhorar a equidade, revisão dos subsídios estatais para subsistemas públicos, medidas direccionadas para a racionalização de recursos e melhoria da eficiência dos serviços foram alguns dos pontos realçados.

O estudo, intitulado "O impacto da crise financeira no sistema de saúde e na saúde em Portugal", foi realizado em 2013 e publicado em 2014, sendo agora apresentado publicamente, em Coimbra.

Elton John
O músico britânico Elton John apelou a um boicote à dupla de 'designers' italianos de moda Dolce & Gabbana por...

"A vossa mentalidade arcaica está fora de moda, assim como a vossa roupa", afirmou Elton John na rede social Instagram em resposta a uma entrevista de Domenico Dolce publicada este fim-de-semana na revista italiana Panorama.

Na entrevista, Dolmenico Dolce, que teve um relacionamento com Stefano Gabbana, afirma que cada criança devia nascer com um pai e uma mãe, e por isso opõe-se aos "bebés sintéticos, aos úteros alugados e ao sémen escolhido de um catálogo".

"Como é que se atreve a referir-se aos meus filhos como sintéticos!?", exclamou Elton John, 67 anos, que tem dois filhos com o marido David Furnish, nascidos em barrigas de aluguer.

Elton John lamenta que o 'designer' de moda tenha menosprezado a fertilização 'in vitro', por ser "um milagre" que permite às pessoas, hetero ou homossexuais, "cumprirem o sonho de terem filhos".

ModaLisboa
As nove meninas, oito das quais em tratamento no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, que ajudaram Filipe Faísca a...

A colecção “Darling” foi aplaudida de pé por muitos, alguns com os olhos molhados e fazendo comentários como “foi forte”.

Uma a uma, a caminhar ao lado de manequins profissionais, as meninas, com idades entre os 6 e os 16 anos, percorreram a longa 'passerelle' do Pátio da Galé com o ar tímido de quem enfrenta pela primeira vez uma plateia com centenas de desconhecidos.

A participação no desfile foi o culminar de uma parceria entre Filipe Faísca e a Fundação Rui Osório de Castro (FROC), instituição sem fins lucrativos que concentra a sua actuação na área informativa e científica do cancro pediátrico.

As meninas passaram dois dias no atelier de Filipe Faísca, que, num primeiro momento, lhes pediu que desenhassem o que para elas é o Amor. O resultado foi transformado em padrão, que o designer de moda aplicou em peças da colecção apresentada, e também em vestidos feitos à medida para cada uma das oito.

Como Filipe Faísca contou em declarações anteriores, para ele “não fazia sentido” associar-se a esta causa contribuindo apenas com um donativo monetário, através de um leilão, ou revertendo uma percentagem das vendas para a FROC.

“Gostava que houvesse mais interligação entre aquilo que a fundação faz e o que eu faço”, referiu, decidindo por isso “envolver as crianças” na criação da colecção.

De acordo com a directora-geral da FROC, Mariana Oliveira, as nove disseram “logo que sim ao desfile”, apesar de confessarem algum nervosismo.

Uma das participantes, Rita, confessou estar “um bocado nervosa”, enquanto Beatriz revelou algum receio por ter de desfilar de canadianas. Já Diana previa que iria ter “muita vergonha”.

“Mas temos de meter a vergonha para o lado”, disse. E foi o que fez, ela e as outras oito.

Além dos 'workshops' com as crianças, Filipe Faísca irá ajudar a FROC com um donativo monetário: 30% do valor de cada peça da colecção “Darling” será doada àquela instituição.

Além disso, a FROC tem uma banca nos Paços do Concelho, em Lisboa, onde estão à venda 't-shirts' e sacos estampados com desenhos feitos nos ‘workshops’.

DGS
Os centros de saúde realizaram uma média de nove testes rápidos ao VIH/Sida por dia no primeiro ano de actividade do programa...

Dos 3.300 testes realizados em todo o território nacional, desde o início de 2014, foram positivos 0,6% e devidamente encaminhados para os cuidados hospitalares.

Esta prática “traduz um ganho indiscutível”, considera a Direcção-Geral da Saúde (DGS), acrescentando que a colaboração com os Cuidados de Saúde Primários permite identificar precocemente infecções e encaminhar o doente o mais rapidamente possível para tratamento, impedindo a transmissão da infecção na comunidade, e, desta forma, diminuir aparecimento de novos casos de doença.

Os testes rápidos para a detecção de anticorpos do VIH (através da análise de uma gota de sangue) podem ser efetuados nos centros de saúde, nos Centros de Aconselhamento e Detecção Precoce do VIH (CAD) e em organizações de base comunitária ao abrigo de projectos financiados pelo Programa Nacional para a Infecção VIH/SIDA.

E os problemas de base dos serviços de saúde?
O primeiro trimestre de 2015 começou particularmente difícil para os profissionais que trabalham nas

Dependendo do quadrante político, institucional ou social, as análises divergiram. Desde a explicação de que foi um quadro anormalmente atípico, causado pela conjugação do número de casos de gripe associados às complicações crónicas dos utentes, o responsável pelo anormal afluxo às urgências, até à ilação da falta de profissionais ou da sua exaustão, vários foram os argumentos debatidos para o caos que se verificou nalgumas instituições.

Reflectindo, a esta distância, sobre as polémicas nas várias urgências, a conclusão é algo paradigmática na forma como os portugueses e a generalidade dos governantes olham para a saúde. Para a população quando algo corre mal normalmente vem associado à falta de médicos, para os governantes a situação é normal nesta altura do ano e “arranjam-se” soluções temporárias para fazer face ao problema. Não tão raramente, ouvimos ainda que é a população que usa mal as opções que tem à disposição, entupindo as urgências com situações que poderiam ser resolvidas no centro de saúde. Raríssimas vezes, os enfermeiros são falados. Ora, tanto para a população, como para os governantes, os enfermeiros não são problema nem fazem parte da solução.

Enfermeiros com mais competências nas urgências, sim. E os problemas de base dos serviços?

Contudo, nos últimos tempos assistiu-se ao discurso de os enfermeiros poderem ser solução, suprindo a falta de outros profissionais, aumentando assim as suas competências. É preciso ter cuidado com esta leitura. Não quer dizer que os enfermeiros não tenham competências para tal, pelo contrário. Mas esta não é a solução para resolver os problemas de base dos serviços de saúde. Para quando a correta alocação de enfermeiros nos serviços? Quem irá colmatar a falta de enfermeiros que lamentavelmente e tão frequentemente podemos constatar nas visitas de acompanhamento do exercício profissional? Quem irá colmatar a falta de enfermeiros que vêem as suas atividades aumentarem, acrescentando mais ao que tanto fazem, sendo frequentemente menos do que deviam ser? É aqui que reside o problema. Apesar da sua comprovada importância, a maior parte da sociedade desconhece aquilo que os enfermeiros fazem e se são ou não suficientes para o que fazem. Isto acontece porque o financiamento em saúde é feito a partir da atividade médica. Quando o financiamento também for efetuado pela atividades dos enfermeiros, aí os enfermeiros farão parte da solução e da caracterização do problema. Então passará a ser visto o que é feito e o que deixa de ser efectuado.

A falta de condições de segurança para as populações que recorrem aos serviços de saúde tem sido uma preocupação constante da Ordem dos Enfermeiros. Temos denunciado publicamente as instituições de saúde que não têm enfermeiros em número suficiente. Por não existir qualquer instrumento que orientasse as instituições de saúde e seus gestores sobre o número de enfermeiros necessários para o seu funcionamento com condições de segurança para os doentes, a Ordem dos Enfermeiros publicou recentemente em Diário da República o Regulamento n.º533/2014 – a Norma para o Cálculo de Dotações Seguras dos Cuidados de Enfermagem, sendo este um instrumento regulador do número de enfermeiros necessários por cada serviço de forma a garantir a segurança dos doentes que a eles recorrem. Este é um importante instrumento, não só para os profissionais, mas também para os cidadãos, que vêem assim salvaguardadas as condições de segurança e qualidade que esperam e a que têm direito em qualquer serviço de saúde.

Manter a cabeça “enterrada” na areia terá os seus efeitos a médio/longo prazo

O que aconteceu nas urgências é de lamentar. Todavia, qualquer que seja a análise, não podemos esquecer-nos de que existem diversos serviços e instituições que não têm eco na comunicação social, que se debatem com profundas dificuldades, associadas a reduzido número de enfermeiros para as necessidades identificadas. São equipas exaustas e a prestar cuidados em contextos que põem em causa a segurança dos doentes, pela insuficiência de materiais para prestar cuidados, pelas instalações degradadas e pouco dignas, que ao invés de proporcionarem um ambiente seguro para doentes e profissionais, constituem-se elas mesmas como um risco acrescido. Esses contextos têm sido denunciados e continuar a manter a cabeça “enterrada” na areia terá os seus efeitos a médio/longo prazo. Não há investimento na promoção da saúde e prevenção da doença, não existe planeamento estratégico em saúde a longo prazo. Mantém-se a gestão da saúde da nossa população com prazos de 4 anos. Uma população saudável é uma população feliz, ativa, trabalhadora, mas esse investimento tem de ser feito desde o nascimento, na comunidade, onde as famílias vivem, onde as crianças estudam, e não apenas quando ficam doentes.

Faltam profissionais de saúde nos cuidados de saúde primários, nas comunidades, nas escolas e sobrecarregar o que falta não será a melhor solução, repor o necessário é o caminho. É urgente e não é só para as urgências.

 

Isabel de Jesus Oliveira, Presidente do Conselho Diretivo Regional da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Na África do Sul
Uma equipa de médicos sul-africanos anunciou ter realizado o primeiro transplante de pénis bem-sucedido do mundo, três meses...

O doente, de 21 anos, tinha sofrido uma amputação do pénis há três anos, após uma infecção causada por uma circuncisão mal feita numa cerimónia de iniciação tradicional africana.

Numa operação de nove horas, efectuada no Hospital Tygerberg, na Cidade do Cabo, ele recebeu o seu novo pénis de um dador morto a cuja família os médicos agradeceram.

“Provámos que pode ser feito – podemos dar a alguém um órgão tão bom como o que tinha”, disse Frank Graewe, director do serviço de cirurgia plástica reconstrutiva da Universidade Stellenbosch, no sudoeste da África do Sul.

“Foi um privilégio participar no primeiro transplante de pénis bem-sucedido em todo o mundo”, acrescentou.

Os médicos indicaram que o homem, cuja identidade não foi revelada, fez uma recuperação total desde a operação, a 11 de Dezembro, e recuperou todas as funções urinárias e reprodutivas.

“O nosso objectivo era que ele estivesse totalmente funcional ao fim de dois anos e estamos muito surpreendidos com a sua rápida recuperação”, afirmou Andre van der Merwe, director do serviço de urologia de Stellenbosch.

Um transplante semelhante tinha já sido feito, com êxito, em 2006, na China, mas os médicos tiveram de remover o órgão ao fim de duas semanas devido a “um grave problema psicológico do receptor e da sua mulher”.

Todos os anos, muitos adolescentes sofrem amputações de pénis em consequência de circuncisões mal feitas em cerimónias de iniciação.

“Existe na África do Sul uma maior necessidade deste tipo de procedimento do que no resto do mundo”, sublinhou Van der Merwe em comunicado.

Os adolescentes africanos de alguns grupos étnicos passam cerca de um mês isolados no mato ou em regiões montanhosas como parte da sua iniciação à idade adulta. A experiência inclui circuncisão, bem como lições de coragem e disciplina masculinas.

No ano passado, uma comissão concluiu que 486 rapazes tinham morrido nas escolas de iniciação de inverno entre 2008 e 2013, sendo uma das principais causas complicações provocadas por infecções pós-circuncisão.

“Para um jovem de 18 ou 19 anos, a perda do pénis pode ser profundamente traumática e ele não tem necessariamente a capacidade psicológica para processar isso, havendo mesmo casos de suicídio”, observou Van der Merwe.

O médico descreveu o dador anónimo e a sua família como “os heróis” desta história.

“Eles salvaram as vidas de muitas pessoas, porque doaram o coração, os pulmões, os rins, o fígado, a pele, as córneas e o pénis”, frisou.

A equipa sul-africana é composta por três médicos experientes, coordenadores de transplantes, anestesistas, enfermeiros, um psicólogo e um especialista em ética.

Os cirurgiões da Universidade de Stellenbosch e do Hospital Tygerberg tinham procurado intensivamente um dador compatível como parte de um estudo piloto para desenvolver os transplantes de pénis em África.

Algumas técnicas foram desenvolvidas a partir do primeiro transplante facial, em França, em 2005.

A equipa tenciona, agora, realizar mais nove operações semelhantes.

A África do Sul é, há muito, pioneira nas cirurgias de transplante: em 1967, Chris Barnard realizou o primeiro transplante de coração no Hospital Groote Schuur, na Cidade do Cabo.

O cidadão chinês que rejeitou o seu novo pénis em 2006 recebeu o órgão transplantado quando os pais de um homem em morte cerebral aceitaram doá-lo.

Ordem dos Nutricionistas
A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar anunciou que cerca de metade dos alimentos consumidos na Europa contêm vestígios...

A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar anunciou na passada quinta-feira, 12 de Março, que cerca de metade dos alimentos consumidos na Europa contêm vestígios de pesticidas, embora a maioria, dos pesquisados, se apresente dentro dos limites legais e, provavelmente, sem efeitos na saúde. A Ordem dos Nutricionistas aponta diversas preocupações relativamente à divulgação dos resultados deste estudo e apresenta dúvidas quanto à afirmação de que os pesticidas poderão não apresentar efeitos nocivos na saúde dos indivíduos.

“Os alimentos possuem uma composição complexa de macro e micronutrientes, mas também podem ser uma fonte de compostos com potencial tóxico e, de facto, é difícil assegurar a ausência de toxicidade para concentrações inferiores às consideradas como desprovidas de efeitos nocivos”, esclarece Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, acrescentando que “naturalmente que uma ingestão sistemática deste tipo de contaminantes acabará por levar efeitos maiores na saúde dos cidadãos”.

Muitos dos pesticidas possuem potencial tóxico e podem se apresentar como alteradores endócrinos que interferem substancialmente na actuação hormonal, seja ao nível da síntese, da degradação, da excreção ou da inibição das vias de sinalização celular. Desta forma a exposição crónica e o facto de se acumularem no organismo poderão levar ao posterior aparecimento de doenças crónicas tais como a diabetes, a obesidade, o cancro, as doenças neurodegenerativas ou as doenças cardiovasculares, por exemplo.

Não é possível tecer recomendações precisas sobre consumos ideias tendo em consideração o nível de contaminação, fundamentada por uma escassez de investigação neste âmbito. No entanto, a Ordem dos Nutricionistas salienta que uma alimentação variada e sustentável e a escolha de alimentos mais saudáveis nas refeições, como o peixe proveniente do mar, em detrimento dos elevados consumos de carne, poderão constituir boas práticas.

A agricultura biológica como base das boas práticas alimentares poderá ser também uma das soluções mais eficazes na garantia da redução da ingestão de alimentos possivelmente contaminados.

“Estes números são preocupantes e é de lamentar que não seja efectuado um controlo mais restrito a estes e a muitos outros contaminantes químicos”, refere Alexandra Bento, referindo ainda que a Ordem dos Nutricionistas tem procurando sensibilizar os organismos responsáveis pelas políticas alimentares.

A Ordem dos Nutricionistas acrescenta que, além das preocupações no âmbito dos contaminantes do próprio alimento, não devem ser negligenciados os cuidados a ter também durante a confecção, por exemplo, dando primazia aos “pratos de panela”, tais como os ensopados ou as caldeiradas, numa tentativa de reduzir a possibilidade de criação de compostos potencialmente tóxicos, suscetíveis aquando da preparação em temperaturas elevadas. Mais ainda alerta para suscetibilidade de contaminação em embalagens, sobretudo quando as mesmas são utilizadas por tempo prolongado, por exemplo.

“As autoridades responsáveis têm um papel central no que toca à salvaguarda da qualidade dos alimentos que chegam aos consumidores, pelo que devem reforçar as suas políticas de investigação e de segurança no sentido de fazer reduzir significativamente os valores resultantes deste estudo”, diz a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

Estudo
Três em cada 10 profissionais de saúde que trabalham em unidades de cuidados intensivos e paliativos encontram-se em exaustão...

Segundo o estudo, que vai ser apresentado na próxima semana nas Jornadas de Investigação em Cuidados Paliativos, a esmagadora maioria dos profissionais que se encontravam em ‘burnout’ – exaustão – exerciam funções em unidades de cuidados intensivos.

Foram analisados profissionais de nove unidades de cuidados paliativos e de 10 unidades de cuidados intensivos e conclui-se que cerca de 30% estavam em exaustão. Do total dos que estavam em ‘burnout’, 86% exerciam funções em cuidados intensivos.

De acordo com um resumo do estudo, acresce ainda que os níveis de ‘burnout’ em cuidados intensivos eram quase três vezes superiores aos que foram encontrados em cuidados paliativos.

Os autores consideram que este indicador mostra a necessidade de incorporar a filosofia, princípios e metodologias de trabalho dos cuidados paliativos noutros contextos, como o caso dos cuidados intensivos.

É ainda considerado importante que os profissionais com funções nestes cenários de elevada complexidade tenham formação avançada nos domínios nos quais trabalham.

Aliás, segundo o estudo, os profissionais com formação pós-graduada em cuidados intensivos/paliativos exibiam menores níveis de ‘burnout’.

Pelo outro lado, a existência de conflitos no local de trabalho mostrou-se a variável mais significativamente associada à presença de ‘burnout’.

Os autores e investigadores lembram que as consequências desta exaustão dos profissionais afectam não só os trabalhadores, mas também têm impacto directo nos doentes e famílias, havendo um aumento do risco de erros por parte dos profissionais de saúde.

É ainda salientado que o agravamento da crise económica e financeira faz agravar o confronto dos profissionais de saúde com situações de elevado stress, desgaste físico, pressão temporal, sobrecarga de trabalho ou percepções de injustiça.

O estudo foi liderado pela enfermeira Sandra Martins Pereira, investigadora integrada do gabinete de investigação e bioética da Universidade Católica Portuguesa, em conjunto com mais três investigadores.

Cientistas japoneses
Investigadores japoneses identificaram dois genes que poderão estar por detrás de um problema pouco comum que transforma...

Uma equipa de cientistas de um centro de investigação da Universidade de Quioto fez a descoberta durante os testes com células pluripotentes induzidas (iPS), as quais são capazes de se converterem em qualquer tipo de tecido corporal.

O grupo criou iPs a partir de células da pele de um paciente que sofre de um problema genético pouco comum denominado de fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP).

Quando recriaram a desordem transformando as células iPS em células cartilaginosas, que são a base dos ossos, observaram que as iPS tinham uma tendência maior para se converterem em cartilagem do que as de uma pessoa sã.

Os investigadores realizaram estudos mais detalhados e descobriram dois genes que funcionavam activamente nas células.

Ao reduzir as funções destes genes, os cientistas comprovaram que a percentagem de células se transformaram em cartilagem diminuiu para menos de metade.

Os investigadores suspeitam, por isso, que os dois genes sejam os responsáveis pela FOP.

A equipa, liderada pelo professor Junya Toguchida, espera que a descoberta sirva para abrir caminho ao desenvolvimento de uma cura para esta patologia que, segundo o centro europeu Orphanet, afecta uma pessoa em cada dois milhões em todo o mundo.

Especialista faz estimativa
A apneia do sono, distúrbio que se caracteriza por pausas respiratórias durante o sono, pode afectar em Portugal mais de 10%...

A doença, que afecta mais os homens, mas que passa a afectar com a mesma incidência as mulheres a partir da menopausa, pode aumentar o risco de enfartes, arritmias ou Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), entre outros, explicou o pneumologista José Romero, do Centro Hospitalar do Algarve (CHA).

Hoje, o Algarve assinala o Dia Mundial do Sono com a iniciativa “Corra/Caminhe pelo Sono”, que pretende sensibilizar para esta doença crónica, que pode ter grande impacto na qualidade de vida dos doentes, causando sonolência diurna que afecta as relações pessoais, laborais e sociais.

De acordo com aquele especialista, mais de 80% das pessoas afectadas pelo distúrbio sofrem de obesidade, sendo igualmente factores de risco o facto de fumar e ingerir bebidas alcoólicas em excesso.

Os sintomas nocturnos são, normalmente, ressonar forte, transpiração excessiva, movimentos durante a noite e despertares súbitos com sensação de sufocação ou engasgamento, o que é muitas vezes desvalorizado pelas pessoas.

As pausas respiratórias durante o sono, com duração superior a 10 segundos e que se podem repetir mais de cinco vezes por hora, originam diminuição do oxigénio e também o aumento do dióxido de carbono no sangue.

"Normalmente, o organismo tem mecanismos para que a pessoa acorde, mas há apneias que chegam a durar um minuto", explicou José Romero, lamentando que haja "muito descuido" por parte da população em geral para os problemas do sono.

A iniciativa, que decorre às 20:30 na aldeia de Querença, no concelho de Loulé, conta já com mais de 200 inscrições.

É promovida pelo Centro Hospitalar Algarve (CHA) em conjunto com a Linde Saúde e o grupo “Corridas à 6ª Feira”.

Organização Mundial de Saúde
A epidemia de Ébola na África Ocidental ultrapassou a fasquia de 10 mil mortos, divulgou a Organização Mundial de Saúde,...

Os três países mais afectados pelo vírus do Ébola – Serra Leoa, Guiné-Conacri e Libéria - contabilizaram 10.004 mortes em 24.350 casos registados, desde que a epidemia surgiu na África Ocidental, no sul da Guiné-Conacri, em Dezembro de 2013, indicou a agência das Nações Unidas.

Foram também registadas seis vítimas mortais no Mali, uma nos Estados Unidos e oito na Nigéria. Todos estes países foram declarados livres do vírus.

Um estudo publicado na revista especializada norte-americana Science alertou que a epidemia de Ébola poderá potenciar os casos de sarampo e de mortalidade infantil na África Ocidental.

Segundo peritos, os hospitais da região foram sobrecarregados com o combate ao Ébola e não conseguiram cumprir calendários e procedimentos de vacinação.

O estudo alertou que podem ocorrer cerca de 100 mil novos casos de sarampo, a par dos 127 mil casos já previstos entre crianças que não foram vacinadas contra o sarampo na Guiné-Conacri, Serra Leoa e na Libéria.

“Os efeitos secundários do Ébola nas taxas de infecção de sarampo e de outras doenças infantis podem também ser devastadores ao nível de perdas de vidas humanas”, afirmou Justin Lessler, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins e principal autor do estudo.

Sociedade Portuguesa de Saúde Mental
A presidente da Sociedade Portuguesa de Saúde Mental considera que a desinstitucionalização dos doentes psiquiátricos falhou,...

A responsável da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), Luísa Figueira, falava a propósito de uma reunião a ter lugar hoje, sob o tema a Saúde Mental em Questão, para debater o futuro da gestão da saúde mental em Portugal.

O ponto de partida para esta discussão será um relatório promovido pela SPPSM e pela associação Encontrar-se, que conclui que houve desigualdade no tratamento de pessoas com doença mental e “graves lacunas” no processo de desinstitucionalização psiquiátrica.

Para Luísa Figueira, “ficou claro” com este estudo que os doentes não foram "desinstitucionalizados" mas "transinstitucionalizados", isto é, transitaram dos Hospitais para outras instituições, maioritariamente do sector social.

“Algumas com poucas condições para os receber, outras sobrelotadas. Não foram criadas instituições específicas de prestação de cuidados de saúde mental ou estruturas comunitárias alternativas aos Hospitais encerrados”, alerta.

Segundo o estudo em causa, a premissa que devia orientar um processo de desinstitucionalização, que é melhorar a qualidade e as condições de vida das pessoas, “não foi acautelada” e as pessoas não foram tratadas de igual forma, como demonstra o facto de 24 doentes do Hospital Miguel Bombarda, que encerrou em 2011, terem sido transferidos para uma “vivenda de luxo” – a Casa do Restelo -, enquanto outros utentes foram colocados em lares de terceira idade que vieram a ser encerrados por falta de condições mínimas de habitabilidade, ou levados para o Centro Social do Pisão (Sintra).

Este tipo de situação decorre da dificuldade que tem havido em pôr em prática aspectos fundamentais do Plano de Saúde Mental, como a criação de estruturas adequadas para estes doentes, uma das principais preocupações da SPPSM.

“Não foram devidamente implementadas nem as estruturas comunitárias e integradas (equipas multidisciplinares) que melhoram a acessibilidade dos doentes aos cuidados psiquiátricos e psicológicos, nem as estruturas para os cuidados continuados dos doentes mentais mais graves”, alerta Luísa Figueira.

Quanto às razões que justificam tais falhas, a responsável aponta em primeiro lugar o “défice de financiamento”, já que os cuidados integrados e os cuidados continuados são dispendiosos em termos de gestão de recursos humanos.

Além disso, existe no país uma “má distribuição geográfica dos cuidados clínicos e sociais, muitas vezes feitos a uma distância do local de residência perfeitamente contrária às boas práticas clinicas nesta área”.

Para tentar inverter esta situação, a SPPSM sugere que o Plano de Saúde Mental seja revisto à luz dos conhecimentos actuais da Psiquiatria e Saúde Mental e que o próprio sistema de financiamento seja reanalisado.

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