Em Portugal
A Genzyme anunciou que o INFARMED aprovou a comparticipação da teriflunomida 14 mg, uma terapia oral de toma única diária,...

“A comparticipação da teriflunomida, em Portugal, é um passo de inequívoca relevância no tratamento destes doentes que, por se tratar de uma opção terapêutica oral de toma única diária, aliando eficácia e segurança à tolerabilidade, permitirá uma maior comodidade aos doentes insatisfeitos com as formas injectáveis”. Afirmou Filipe Assoreira, Country Manager da Genzyme em Portugal. “O desenvolvimento da teriflunomida reflecte mais de uma década de trabalho do departamento de I+D do Grupo Sanofi em prol dos doentes com esclerose múltipla, cuja melhoria da qualidade de vida é uma prioridade para nós”.

Teriflunomida foi aprovado pela Comissão Europeia, em 2013, com base no seu programa de desenvolvimento clínico que incluiu estudos de Fase II e III, designadamente os estudos TEMSO (TEriflunomide Multiple Sclerosis Oral) e TOWER (Teriflunomide Oral in people With relapsing remitting multiplE scleRosis). Nestes ensaios, teriflunomida 14 mg demonstrou reduzir significativamente a taxa de surtos e progressão de incapacidade em relação ao placebo.

A esclerose múltipla é uma doença auto-imune, inflamatória, crónica, degenerativa que afecta o Sistema Nervoso Central (SNC). É mais comum entre os adultos jovens, estimando-se que afecte mais de 2,1 milhões de pessoas no mundo e cerca de 630 mil na Europa. 

Ipatimup
O neuro-oncologista pediátrico norte-americano David Lyden, especializado em tumores cerebrais, foi o vencedor da edição 2014...

O prémio de excelência de carreira será entregue quarta-feira, no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup), durante o Simpósio “Understand cancer as a systemic disease: cancer is not just the tumour”, que contará com a participação de Lyden e da própria Mina Bissell.

A investigação de David Lyden, grande parte da qual desenvolvida enquanto investigador do Weill Cornell Medical College, tem-se centrado nos mecanismos através dos quais os tumores crescem e disseminam (metastizam) para diferentes partes do corpo, incluindo o cérebro.

Recentemente, Lyden descobriu que os tumores cerebrais podem enviar sinais, transportados por exossomas (nano-vesículas produzidas por todas as células do corpo humano), que levam certas células da medula óssea a multiplicarem-se e a migrarem até ao cérebro onde induzem a formação de novos vasos sanguíneos que alimentam o tumor.

O investigador está, por isso, a desenvolver anticorpos que interferem com essas células procurando perceber como será possível torná-las alvos terapêuticos.

David Lyden terá a oportunidade de explicar estes progressos na palestra – intitulada “What are exosomes and how they are changing our concepts of cancer and metastasis?” – que vai protagonizar durante o simpósio.

Destinado a figuras da Ciência que se tenham distinguido pelas suas carreiras de excelência, o Prémio Mina J. Bissell foi instituído e atribuído à própria cientista irano-americana, especialista em cancro da mama, em 2008. Nesse mesmo ano, o prémio foi atribuído também a Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud.

Mina J. Bissell é conhecida por ter revolucionado a forma como a comunidade científica entende o cancro. Já em 2008, quando recebeu o prémio com o seu nome deixou uma mensagem especial aos jovens estudantes e investigadores: “Confiem em vocês. Pensem sempre ‘out of the box’. Não ouçam os vossos professores, não liguem ao que eles dizem, ao que eu digo, ao sistema. Confiem no vosso instinto. Se não conseguirem financiamento – como eu não consegui durante 15 anos -, não se preocupem. Mais tarde ou mais cedo, verão que vale a pena. Têm só uma vida, aproveitem-na bem”.

A entrega do prémio está marcada para as 12:30 de quarta-feira.

DECO
Mais de metade dos inquiridos num estudo da associação de consumidores Deco admite deitar para o lixo alimentos fora do prazo...

“O nosso inquérito revela muito desperdício alimentar: mais de metade dos inquiridos confessa deitar para o lixo alimentos fora de prazo”, refere um artigo publicado na edição de Abril da revista Proteste, com base em inquéritos a 1.725 consumidores que configuram uma amostra representativa da população portuguesa.

A Deco sublinha que deitar para o lixo produtos fora do prazo é o que deve ser feito no caso dos perecíveis (onde se lê na embalagem “consumir até”), mas nos produtos que indicam “consumir preferencialmente antes de” não há problema em consumi-los findo o prazo de validade, desde que em boas condições de conservação.

Carne, peixe, enchidos, ovos, leite do dia, bolos com creme, queijo fresco ou iogurtes são alguns dos exemplos de alimentos perecíveis em que se deve respeitar o prazo de validade indicado.

A Deco nota que cerca de dois terços dos inquiridos não sabem qual a distinção entre as designações “consumir até” e “consumir preferencialmente antes de”.

Uma técnica da Deco explicou que há legislação que define e diferencia as duas formas de rotular os prazos de validade. O “consumir até” é a forma de impor uma data limite de consumo e aplica-se a produtos perecíveis, enquanto o “consumir preferencialmente antes de” significa a data de durabilidade mínima do produto.

Segundo a Deco, o desconhecimento destas diferenças “explica que 40% dos inquiridos deitem fora produtos cujo prazo preferencial de consumo foi ultrapassado. Tal poderá constituir um desperdício desnecessário”.

A massa ou o café, por exemplo, podem apresentar, depois daquele prazo, um sabor ou textura um pouco alterados mas sem riscos de intoxicação alimentar.

No caso destes alimentos com a indicação “consumir preferencialmente até” não haverá problemas em consumi-los depois do prazo indicado desde que a embalagem esteja ainda fechada e o alimento bem guardado, segundo o modo de conservação aconselhado.

Ainda em relação a desperdícios, os dados do estudo mostram que 14% dos inquiridos deitam comida fora porque cozinhou em excesso.

“A maioria dos pratos cozinhados e das sopas pode ser congelada durante três meses”, aconselha a Deco.

Numa análise aos hábitos de compras alimentares, o estudo concluiu que sete em cada 10 inquiridos optam pelo hipermercado, sendo o preço o factor que mais contribui para esta escolha, seguindo-se a proximidade e a variedade.

Dois terços dos inquiridos afirmaram ainda usar com frequência cupões de descontos e um quinto opta frequentemente por produtos em promoção, de venda rápida (perto do fim do prazo).

Relativamente a compras alimentares, apenas 4% dos inquiridos tem hábito de as fazer online.

“Esta opção pode ser interessante: além de poupar tempo em deslocações e filas de espera, correrá menos risco de se deixar tentar por produtos e novidades em destaque de que não precisa”, recomenda a Deco.

Logo a seguir à opção do preço, os consumidores procuram alimentos saudáveis e saborosos, com a preocupação ambiental a surgir apenas como quinto motivo mais apontado.

A falta de conhecimento ou desconfiança sobre o significado dos rótulos que alegam “orgânico” ou “biológico” será uma das razões, a par com a falta de produtos que anunciem aquelas caraterísticas.

Os inquéritos que serviram de base a este estudo foram realizados entre Setembro e Novembro do ano passado numa amostra de 1.725 consumidores dos 25 aos 74 anos.

Sindicato admite corrida aos tribunais
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos critica a obrigatoriedade dos médicos permanecerem no sector público...

“Acho errado que seja através do Orçamento de Estado (OE) que seja colocada esta questão”, disse Jorge Roque da Cunha, a propósito da medida definida nas contas de 2014.

O OE para 2014 definiu que “os médicos contratados pelo Serviço Nacional de Saúde podem ser obrigados a permanecer no mesmo serviço ou organismo por um período de três anos”.

Segundo o documento, sempre que haja situações de carência de profissionais de saúde, os serviços podem proceder à contratação, desde que com autorização dos ministros das Finanças e da Saúde.

Para Jorge Roque da Cunha, esta é uma matéria para resolver “em negociação colectiva”.

“O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) é avesso a qualquer tipo de medida administrativa de obrigação e limitação de liberdade laboral e contratual”, frisou.

Para o sindicalista, a medida limita a “liberdade laboral” dos médicos e tão pouco resolve o problema, cuja solução passa por o SNS fazer “concursos suficientemente aliciantes para os médicos”.

“Não faz qualquer sentido de uma forma administrativa, tipo pistola apontada à cabeça, obrigar as pessoas a fazer o que quer que seja”.

Jorge Roque da Cunha sublinhou que esta questão não se colocava quando existiam concursos, os quais foram retomados com o actual ministro da Saúde.

Nessa altura, disse, essa questão não se colocava, as pessoas ficavam onde estavam, onde se desenvolviam concursos.

A este propósito, questionou: “Faz algum sentido que havendo um concurso que se iniciou em Abril do ano passado para recém especialistas, de que é tão carente o SNS, ainda estejamos a aguardar que muitos deles sejam colocados e desenvolvam os seus postos de trabalho?”.

“Esses aspectos de celeridade e diminuição da burocracia fazem mais sentido e têm muito mais valor do que essas cláusulas administrativas”, adiantou.

Jorge Roque da Cunha está convicto de que “haverá muitos médicos que poderão contestar isso [esta obrigatoriedade] com a ajuda de um advogado”.

“Não faz sentido, num momento em que existe esta carência de recursos humanos, o Estado criar condições em que haja conflito”.

Sindicato defende
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos defende um acesso restrito às instituições do Serviço Nacional de...

Em entrevista, Jorge Roque da Cunha, recentemente reeleito no cargo para o triénio 2015/18, lembrou que a agressão contra os profissionais médicos é um “crime semipúblico”.

“Basta haver uma queixa para que passe a haver o desenvolvimento do processo no Ministério Público, o que é positivo”, afirmou.

Em 2014 foram registados 531 casos de violência contra profissionais de saúde. Em 2013 tinham sido notificados 202 casos.

Jorge Roque da Cunha acredita que estes casos devem ser muitos mais do que os reportados.

“São processos burocráticos e uma coisa que não é agradável. Além disso, os doentes não desaparecem”, reforçou.

O sindicalista defende “uma restrição ou um acesso condicionado” para o agressor. Outra hipótese que Jorge Roque da Cunha admite é “uma pena violenta”.

“Um impedimento não é possível. Não podemos, por muito que isso custe à pessoa que foi agredida - verbalmente ou fisicamente”, acrescentou.

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) defende formas de os médicos desenvolverem técnicas para que estas situações limite não aconteçam e que estes possam “aperceberem-se rapidamente dos sinais de alarme para pedir ajuda aos colegas dos centros de saúde”.

Segundo a Direcção-Geral da Saúde (DGS), só em Janeiro deste ano foram reportadas 33 notificações de violência contra profissionais de saúde no local de trabalho.

Roque da Cunha
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos diz que o ministro da Saúde é incapaz de fazer os organismos que...

“Há vida própria em muitos organismos do Ministério da Saúde, como as Administrações Regionais de Saúde (ARS), os conselhos de administração [dos hospitais], que objectivamente foram um grande entrave ao desenvolvimento dos acordos”, disse Jorge Roque da Cunha.

Em entrevista, a propósito da sua recondução à frente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), o sindicalista lamentou que o ministro decida, mas os organismos não cumpram.

Isto terá sucedido na aplicação dos descansos compensatórios, os quais ainda não estarão a ser aplicados em alguns hospitais, como no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto.

“Esses descansos compensatórios são importantes, não para os médicos, mas por uma questão básica de segurança para os doentes”, disse.

O IPO, “ao tornar pública esta posição, através de uma segunda circular, contraria aquilo que foi emanado pelo Ministério da Saúde”, criticou.

Sobre Paulo Macedo, o dirigente do SIM destaca duas características: “Uma capacidade de negociação interessante e uma grande dificuldade em mandar nas estruturas intermédias”.

“Foi possível aos dois sindicatos [SIM e FNAM] chegarem a um acordo com ele, mas em relação a algumas medidas a que se chegou a acordo, há dificuldade em serem implantadas no terreno”, adiantou.

Roque da Cunha considera Paulo Macedo “um bom negociador” que “conseguiu, de alguma maneira, encontrar uma forma de cada médico ficar com mais 350 utentes e cada médico hospitalar fazer mais seis horas de urgência”.

“Reassumiu os concursos, encerrados desde Correia de Campos, numa altura em que foram feitas várias operações de cosmética para por o défice da saúde debaixo do tapete”, prosseguiu.

Questionado sobre as lutas que o SIM antevê, o sindicalista garantiu que “os médicos preferem os acordos à gritaria”.

“Qualquer pessoa normal prefere negociar do que fazer greve. A greve médica deve ser o último recurso, estamos a falar da saúde das pessoas. É um direito e exercemo-lo em 2012, mas não devemos banalizar”.

Em relação à greve de Março de 2015, promovida pela FNAM, Jorge Roque da Cunha justifica a ausência: “Estávamos em processo negocial com o Ministério da Saúde. Não sei o que os colegas da FNAM ganharam com essa greve, além de dois dias de ordenado perdido”.

Para o secretário-geral do SIM, “não faz sentido um sindicalismo de protesto, não faz sentido os sindicatos pedirem demissão do governo, do ministro da Saúde, dos conselhos de administração ou de um presidente de uma ARS, por muito pouco que gostemos deles, porque os políticos são eleitos para isso”.

Sobre a falta de médicos, recordou que, nos últimos cinco anos, reformaram-se 1.900 médicos, dos quais 800 assistentes graduados sénior e 1.200 assistentes graduados, ou seja, "as pessoas mais experientes e capacitadas”.

“Há um problema gravíssimo de recursos humanos que é, neste momento, o grande responsável pela circunstância de continuar-se a apostar indevidamente nas horas extraordinárias e nas empresas de prestação de serviços”, adiantou.

O sindicalista refere que, “ao mesmo tempo que encurtavam os números clausus, facilitavam as reformas antecipadas. É o próprio Estado que diz: reformem-se mais cedo. E como existe algum trabalho fora do público, muitos desses colegas reformados terão o seu complemento na privada. O que se deve é melhorar a organização e continuar o aspecto da formação”.

Jorge Roque da Cunha recusa um “cenário catastrofista” sobre médicos a mais e o desemprego médico e acredita que “há muitos médicos que permanecem no SNS apesar de terem propostas mais simpáticas nos privados. Não é só o dinheiro”.

DGS
A Direcção-Geral da Saúde apresenta os dados provisórios da tuberculose em 2014, que revelam que pela primeira vez o país vai...

Com um total de 1.940 novos casos notificados em 2014, Portugal deixa assim de ser o único país da Europa ocidental com valores de incidência de tuberculose superiores àquele valor.

No entanto, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) sublinha que os distritos do Porto e de Lisboa continuam a ter incidências superiores à média nacional, pelo que “a luta contra a tuberculose não pode abrandar”.

Segundo os dados provisórios, foram até à data comunicados à DGS 1.940 novos casos de tuberculose, o que, atendendo à estimativa da população residente em Portugal de 10.397.315 habitantes (cenário central do INE para 2014), traduz a taxa de 18,7 por 100 mil habitantes.

A apresentação pública dos dados servirá também para traçar os objectivos para 2015, no que respeita ao combate à tuberculose.

Investigação conclui
Um demógrafo da Universidade de Genebra disse ter concluído que os emigrantes portugueses na Suíça vivem mais tempo que os...

"Os Portugueses residentes na Suíça tinham uma esperança de vida de 78,9 anos para os homens e 82,8 anos para as mulheres em 2000, contra 76,9 anos para os homens suíços e 82,5 anos para as mulheres suíças", disse Jonathan Zufferey, investigador do centro de investigação LIVES e autor da tese, "Porque os migrantes vivem mais tempo?".

De acordo com Jonathan Zufferey, as comunidades portuguesa, turca e de cidadãos da ex-Jugoslávia, gozam de maior longevidade em comparação aos Suíços.

"É um paradoxo no sentido em que os estrangeiros na Suíça ocupam posições inferiores na escala social, o que constitui um dos principais indicadores na questão da mortalidade", disse o investigador.

Segundo o demógrafo, a taxa de mortalidade dos portugueses é 10% inferior à dos Suíços entre os 25 e 79 anos, mas atinge 65% quando se toma em conta as dimensões sociais.

Jonathan Zufferey sublinhou que este tipo de resultado já foi observado em outros países ocidentais como nos Estados Unidos, onde a comunidade hispânica tem uma esperança de vida maior, de acordo com o investigador.

Para o demógrafo, vários fatores podem explicar este fenómeno. "Os mais fortes migram e os com menos saúde tendem a voltar para o país de origem se não podem trabalhar ou estar com a família", disse.

Zufferey acrescenta que factores culturais e factores adquiridos durante o processo de migração também influem sobre a longevidade, como o facto de haver mais ambição e ser mais combativo.

O estudo do investigador foi realizado a partir de dados do recenseamento do ano 2000 e de registos de óbito entre 2000 e 2008. O estudo não inclui estatísticas sobre os requerentes de asilo e os trabalhadores clandestinos.

Leonor de Sá Machado
A portuguesa Leonor de Sá Machado foi a primeira estrangeira a receber a medalha Ruth Cardoso, que premeia o trabalho em prol...

Leonor de Sá Machado é fundadora da TheBridge, empresa de responsabilidade social que actua no Brasil e em Angola, e desenvolveu desde Outubro de 2013, em São Paulo, um projecto para facilitar a realização de cirurgias plásticas reparadoras para mulheres vítimas de violência doméstica.

"Tive uma enorme surpresa [ao saber que receberia a medalha]. Pode dar mais visibilidade, pela divulgação do projecto, para que as mulheres que sofrem uma violência saibam que podem recorrer ás cirurgias reparadoras", afirmou Leonor de Sá Machado, por telefone.

A empresária realçou que a medalha pode ajudar também a encontrar empresas que façam projectos com a mesma qualidade, e divulgar a acção para que ela possa ser em outras áreas do Brasil.

O projecto de Leonor de Sá Machado, denominado Primeiro Programa de Cirurgia Reparadora para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica, funciona como um intermediador entre as mulheres que sofreram a violência doméstica e a possibilidade da cirurgia gratuita, que é oferecida pelo sistema público de saúde no Brasil, segundo o que está previsto na lei Maria da Penha, mas que tem uma extensa lista de espera.

"Há mulheres que esperam 12 a 16 anos na fila. E mulheres que levaram 20 facadas na barriga. Nós agilizamos esse atendimento", afirmou a fundadora da TheBridge.

A acção funciona em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, para que as vítimas possam ligar a um número grátis para serem avaliadas por psicólogas e indicadas aos médicos. No ano passado, o projecto encaminhou 140 mulheres a hospitais, e 30 delas realizaram a cirurgia.

De acordo com Leonor de Sá Machado, algumas vítimas precisam fazer diversas cirurgias para reconstruir a parte afectada do seu corpo. "Com o rosto queimado, com marcas de violência, muitas mulheres não se sentem as mesmas mulheres de antes. Mostramos que elas podem retomar a sua vida", afirmou.

O projecto, lançado em São Paulo, expandiu-se para o Estado do Mato Grosso, no centro-oeste brasileiro. A intenção, segundo Leonor de Sá Machado, é entrar também na área de cirurgia reparadora de seio após a mastectomia, realizada em casos de cancro.

"Sinto-me orgulhosa, é importante ganhar um prémio por um trabalho contra violência doméstica, que ocorre em todo o mundo", afirmou.

A medalha Ruth Cardoso será entregue a Leonor de Sá Machado na Assembleia Legislativa de São Paulo. A condecoração foi criada em 2008, para reconhecer projectos e personalidades que actuam na defesa dos direitos da mulher.

A TheBridge é uma empresa que trabalha com projectos de responsabilidade social, educação, capacitação de professores e pela diminuição da desigualdade social.

DGS alerta
A Direcção-Geral da Saúde alertou para dificuldades no fornecimento da vacina contra a tuberculose nos próximos meses e...

As reservas existentes da vacina (BCG) nas Administrações Regionais de Saúde “devem de ser geridas ao nível regional, concentrando as vacinas existentes nas maternidades ou fazendo marcações para vacinação”, diz a Direcção-Geral da Saúde (DGS) em comunicado.

No mesmo diz-se ainda que os utentes que forem afectados pela falta de vacina devem de ser informados e tranquilizados sobre a situação, e que todas as crianças que não forem vacinadas deverão de ser contactadas pelo respectivo centro de saúde logo que este receba novo fornecimento de BCG.

Citando a empresa que distribui a vacina BCG em Portugal a DGS diz que a situação deve de estar regularizada no final de Maio.

Os constrangimentos devem-se “a dificuldades por parte do Laboratório Público da Dinamarca que fornece as vacinas a Portugal”, diz-se no comunicado.

Ainda que a situação não constitua “risco para a saúde pública” é importante “reforçar outras medidas de prevenção da tuberculose”, acrescenta-se.

Prémio Santander Totta/UNL
Cientistas da Universidade Nova de Lisboa propõem-se desenvolver em laboratório a doença de Alzheimer, recorrendo a técnicas de...

Cláudia Almeida, investigadora do Centro de Estudos de Doenças Crónicas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (UNL) e coordenadora da equipa, explicou que o trabalho visa, numa primeira fase, "transformar neurónios normais" humanos em "neurónios em risco de desenvolver a doença" e "usar o modelo para validar os mecanismos da doença e novas terapêuticas".

A sua equipa vai pegar em fibroblastos (células presentes na pele) normais de humanos adultos, reprogramá-los para se transformarem em neurónios (células do sistema nervoso) e cultivá-los em 3D (neuroesferas).

Nos neurónios normais criados serão colocadas "alterações dos genes que estão relacionadas com a doença de Alzheimer, conferindo risco de desenvolvimento da doença" neurodegenerativa, na sua fase tardia, a que ocorre após os 65 anos.

A investigadora esclareceu que o grupo pretende "recapitular as principais características da doença", nomeadamente ver se há alterações no biomarcador beta amiloide, o principal constituinte das placas de amiloide observadas no cérebro de pessoas com Alzheimer.

O projecto de investigação conta, também, com a colaboração da cientista Catarina Brito, especialista em culturas 3D da Unidade de Tecnologia de Células Animais do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier e do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica, da UNL.

O Prémio de Investigação Santander Totta/UNL, no valor de 25 mil euros, será entregue, a 22 de Abril, na reitoria da universidade, de acordo com uma nota da organização divulgada.

A distinção resulta da colaboração entre a UNL e a instituição bancária, que concede o montante, e visa premiar a investigação nas áreas das ciências da vida, ciências sociais e humanas, ciências exactas e engenharias.

A oitava edição, referente a 2015, abrangia trabalhos na área das ciências da vida.

Médicos espanhóis
Os dermatologistas do Hospital do Mar de Barcelona, em Espanha, identificaram um novo biomarcador do melanoma maligno que prevê...

Os dermatologistas da unidade hospitalar de Barcelona e investigadores do Instituto Hospital do Mar de Investigações Médicas (IMIM) descobriram que uma proteína, denominada “NcoR”, que regula a transcrição genética (processo de transferência da informação do ácido desoxirribonucleico [ADN]) tem um papel chave na evolução do melanoma maligno.

A investigação, que foi publicada na revista Oncotarget, demonstra que a distribuição da proteína “NcoR” dentro das células dos tumores é um indicador de previsão da evolução o melanoma maligno, mesmo quando analisado nas fases iniciais da doença.

Segundo o chefe da secção do serviço de Dermatologia do Hospital do Mar, Fernando Gallardo, até agora não havia marcadores de prognósticos a nível molecular que fossem indicativos de uma melhor ou pior evolução do melanoma maligno, que é o tipo mais agressivo o cancro de pele e provoca anualmente mais de 20 mil mortes na Europa e mais de 50 mil no mundo.

Ainda que tenha um índice de cura elevado quando está localizado só na pele, este cancro não tem cura quando se estende a gânglios ou metástases alargadas.

No entanto, os especialistas indicaram que as diferenças na expressão genética (processo de transformação da informação genética em proteínas necessárias para o funcionamento e desenvolvimento das células) nestes cancros fazem com que o seu comportamento varie bastante de um paciente para outro, ainda que estejam na mesma fase da doença.

Tanto assim que, em alguns melanomas, mesmo sendo detectados e tratados em estados iniciais da enfermidade, acabam tendo uma evolução fatal.

“É muito importante detectar o melanoma maligno em fases iniciais para poder tratá-lo, mas também há que dispor de marcadores fiáveis que nos permitam prever a sua evolução”, disse Gallardo.

“A identificação do 'NcoR' como novo biomarcador abre a porta para termos uma ferramenta que permita prever como evoluirá a doença em cada paciente, mas, além disso, permitirá identificar que pessoas podem se beneficiar de futuras terapias baseado no controlo desta proteína”, afirmou ainda Gallardo.

Em Luanda
Uma delegação do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, liderada pelo seu presidente, Francisco Brízida...

Das 17 comunicações a apresentar ao 3.º Congresso de Medicina Legal e Ciências Forenses da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), sete serão proferidas pelos membros da representação portuguesa, que inclui também o vice-presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), João Pinheiro, mais seis especialistas do quadro deste instituto.

“À medida que Angola e outros países da CPLP vão evoluindo no sentido da normalidade da vida democrática, sentem também necessidade de ter este tipo de serviços”, disse João Pinheiro.

O desenvolvimento da medicina legal e das ciências forenses, registado nos últimos anos no mundo, “é cada vez mais necessário para uma melhor administração da justiça, sobretudo na área dos vivos”, acrescentou.

No seio da CPLP, o INMLCF “pode ter um grande papel, porque Portugal vai mais à frente”, especialmente em relação a antigas colónias portuguesas que viveram longos períodos de guerra, como é o caso de Angola, Moçambique e Timor-Leste.

“O percurso destes países é o que Portugal já empreendeu”, sublinhou João Pinheiro.

Hoje, em diferentes locais de Luanda, antecedendo o programa do congresso, já foram realizados quatro cursos práticos sobre “Investigação do local do crime e técnica de autópsia médico-legal”, “Técnicas de colheita, preservação e transporte de amostras para exame forense”, “Técnicas e noções básicas de antropologia forense” e “Avaliação do dano corporal pós-traumático – estado da arte”.

Os cursos foram orientados pelos especialistas do INMLCF Luísa Eiras, Teresa Ribeiro, Maria Cristina Mendonça, Fernanda Rodrigues e Susana Tavares.

Na terça-feira, na abertura dos trabalhos do congresso, às 9:30h, Francisco Brízida Martins e João Pinheiro dissertarão em torno dos temas “Medicina legal e ciências forenses: o contributo para a paz, justiça e segurança” e “INMLCF e organização médico-legal portuguesa: formação e potencialidades da cooperação”.

“A língua é um facilitador desta nossa colaboração”, realçou o médico legista João Pinheiro.

O Congresso de Medicina Legal e Ciências Forenses da CPLP realiza-se, de dois em dois anos, num dos países da comunidade.

As primeiras edições decorreram no Funchal (Portugal) e em Fortaleza (Brasil).

Durante três dias, o terceiro congresso vai reunir 250 participantes, maioritariamente médicos, juristas, investigadores, polícias e estudantes do país anfitrião, em instalações da Assembleia Nacional, na capital angolana.

Grande Porto
O Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária identificou recentemente uma nova praga em citrinos na área do...

De acordo com um ofício da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), datado do dia 9 de Março, o insecto – psila africana –, “além de provocar estragos directos, pode veicular uma doença muito grave dos citrinos denominada ‘Citrius greening’ causada por uma bactéria muito destrutiva” e que faz com que o fruto cresça pouco e se apresente deformado e descolorido.

Contactada, Gisela Chicau, da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, garantiu que o consumo de citrinos recolhidos em árvores afectadas pela praga “não tem qualquer risco para a saúde humana”.

Depois de em Dezembro do ano passado Espanha ter notificado a primeira detecção desta praga na zona da Galiza, foi levada a cabo uma vigilância suplementar particularmente dirigida à zona norte do país, “tendo sido detectada a presença deste insecto em citrinos isolados em jardins particulares na área do Grande Porto em Janeiro de 2015”, lê-se no ofício, disponível na internet.

“Da prospecção exaustiva realizada verifica-se que as detecções se circunscrevem à Área Metropolitana do Porto”, refere o documento, especificando que a praga foi detectada em diversas freguesias dos concelhos de Gondomar, da Maia, de Matosinhos, do Porto e de Gaia.

A psila africana, que foi “observada pela primeira vez na Europa, em 1994, na ilha de Porto Santo (Madeira)”, provoca a deformação das folhas novas, que ficam enroladas acentuadamente para o interior, atrofiadas e amareladas.

Como medida de combate a esta praga de quarentena, a Direcção Regional salienta a proibição da entrada no país de material de propagação de citrinos, o corte e queima de imediato dos ramos com sintomas, seguindo-se um tratamento contra as formas hibernantes de insectos e ácaros à base de óleo de verão, tendo cuidado de atingir completamente a copa da árvore.

“As árvores afectadas devem ser sujeitas a monitorização durante o ano, para confirmação da eliminação ou não da praga e continuação de aplicação de medidas para o seu combate”, acrescenta a Direcção Regional, na nota de divulgação da praga, disponível em http://www.drapn.mamaot.pt/drapn/conteudos/edm/Circular_03_2015.pdf.

Gisela Chicau referiu que qualquer horto e cooperativa dispõem de profissionais habilitados para proceder ao combate desta praga, que implica o uso de insecticidas.

Até ao momento, a praga foi encontrada em árvores de citrinos, na sua maioria limoeiros, nas freguesias de Fânzeres, São Cosme e Valbom (Gondomar), Águas Santas (Maia), Leça da Palmeira, Matosinhos, São Mamede de Infesta e Senhora da Hora (Matosinhos), Aldoar, Nevogilde e Ramalde (Porto) e Arcozelo, Canidelo, Guilpilhares, Madalena, São Félix da Marinha, Valadares e Vilar do Paraíso (Gaia).

"Caso observe sintomas em plantas de citrinos deve contactar a Direcção Regional de Agricultura e Pescas da sua região", apela a DGAV no ofício.

O objectivo, concluiu Gisela Chicau, "é delimitar a zona infestada, acompanhar a mancha para ver a sua evolução".

Carlos Moedas garante
O Comissário Europeu para a Ciência e Inovação, Carlos Moedas, tentou tranquilizar a comunidade científica britânica sobre o...

"A ideia não é diminuir, mas aumentar o financiamento à ciência através do novo 'plano Juncker', porque vai ser muito direccionado para a área da ciência, da tecnologia, do digital e da economia do conhecimento. O que estamos a fazer é aumentar a capacidade de investir na ciência", afirmou em Londres, onde iniciou uma visita de trabalho de dois dias.

O comissário europeu foi confrontado pelo geneticista e prémio Nobel da Medicina Paul Nurse, que o conduziu numa visita aos estaleiros do Instituto Francis Crick, o qual vai presidir, sobre a reafectação de verbas do programa de financiamento Horizonte 2020 para o Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos, que privilegiará projectos na economia digital e energia, infraestruturas de transportes em centros industriais, educação, investigação e inovação.

Nurse verbalizou o conteúdo de uma carta assinada por outros cientistas prestigiados sobre a transferência de 2,7 mil milhões de euros, incluindo 221 milhões de euros destinados ao Conselho Europeu de Investigação, que atribui bolsas a projectos científicos de excelência.

"Ao cortar este financiamento, a União Europeia está a dar a mensagem que na Europa não se faz ciência de alto nível, e as ideias que precisamos que se desenvolvam irão para outras partes do mundo", refere a carta, citada pelo jornal The Independent na semana passada.

Paul Nurse vincou: "O que é importante para nós é que exista um bom apoio à ciência e que algumas questões de política sejam bem informadas. Houve alguns soluços com algumas decisões tomadas, mas tenho esperança que pensem bem nelas e que possamos chegar a um entendimento".

Carlos Moedas elogiou a importância da comunidade científica britânica, que só no anterior programa-quadro de apoio à investigação científica captou cerca de sete mil milhões de euros.

"É aquela que representa, em termos de programas da Comissão Europeia, mais sucesso em termos de número de projectos de ciência, investigação e inovação. É vibrante e não é só composta de britânicos, mas também de muitos estrangeiros", vincou.

O comissário iniciou esta primeira visita ao Reino Unido, após assumir as actuais funções, com uma visita aos estaleiros do Instituto Francis Crick, ainda em construção, e que está programado abrir no final deste ano.

Ao todo, representa um investimento de 650 milhões de libras (893 milhões de euros), destinado a criar um ambiente interdisciplinar de investigação em medicina em áreas como o cancro, doenças cardíacas, malária e doenças neurodegenerativas, entre mais de 1.500 trabalhadores.

Carlos Moedas reuniu-se depois com o secretário de Estado para as Universidades, Ciência e Cidades, Greg Clark, e, durante a tarde, acompanhará o presidente da Câmara Municipal de Londres, Boris Johnson, para uma visita a várias instituições científicas da cidade, especializadas em inovação digital.

O dia encerra com uma palestra e discussão na Royal Society, onde se falará da "Ciência sem fronteiras" e da "Diplomacia da ciência".

Na terça-feira, o comissário Europeu terá mais encontros com cientistas e visitas a unidades de investigação, concluindo a viagem a Londres, com encontros com membros da Câmara dos Comuns e da Câmara dos Lordes.

Grande problema de saúde pública
“Chegar a 3 milhões: alcançar, tratar, curar todos” é o mote para as comemorações do 2015.

Todos os anos, a 24 de Março, se assinala Dia Mundial da Tuberculose (TB), um dos grandes desafios de saúde. Em 2013, 9 milhões de pessoas adoeceram com TB e 1,5 milhões morreram.

Este dia é uma ocasião para mobilizar compromissos políticos e sociais para novos progressos no sentido de eliminar a TB, um grande problema de saúde pública.

“Chegar a 3 milhões: alcançar, tratar, curar todos” é o mote escolhido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para as comemorações do 2015.

A OMS convida os agentes da saúde e da sociedade civil para num esforço organizado continuar o compromisso de encontrar, tratar e curar os que estão doentes e acelerar o progresso em direcção à meta de acabar com a epidemia e eliminar a TB até 2035.

O evento anual, comemorado no dia 24 de Março, recorda o dia do ano de 1882 em que Robert Koch anunciou à comunidade científica da altura que havia descoberto a causa da tuberculose, o bacilo TB. Foi o primeiro passo para diagnosticar e curar a tuberculose.

Programa Nacional para a Tuberculose apresenta o relatório

No âmbito do Dia Mundial da Tuberculose o Programa Nacional para a Tuberculose apresenta o relatório "Portugal no grupo dos 20 - centrar a atenção nos grandes centros urbanos".

Esta apresentação hoje – 24 de Março - terá lugar no 8.º piso, edifício da Direcção-Geral da Saúde, em Lisboa, com início agendado para as 10 horas.

Colonoscopias:
Hospitais privados e colégio da especialidade alertam que novo concurso pode ficar deserto, piorando acesso ao meio de...

A Ordem dos Médicos e a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada dizem que se vai agravar o acesso às colonoscopias prescritas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que os hospitais públicos não têm capacidade para realizar. Acusam o ministério de pretender baixar os preços para valores “ridículos” que não pagam as despesas, afastando os privados e dificultando o acesso a este meio de diagnóstico do cancro do intestino.

O concurso aberto em Janeiro e que acaba no início de Abril já foi notícia por exigências que a Ordem dos Médicos considerou exageradas e impossíveis de cumprir por não existirem “em lado nenhum”. Contudo, as críticas também se estendem aos valores que o governo pretende pagar aos privados.

O presidente do Colégio de Gastrenterologia da Ordem dos Médicos fez contas e concluiu que, neste concurso, o ministério pretende pagar aos privados um máximo de 69,99 euros por um pacote que inclui uma colonoscopia e uma série de outros procedimentos relacionados com este exame. Procedimentos que, todos juntos, num hospital público, custariam ao Estado quase 500 euros. José Cotter fala em valores “vergonhosos” e uma diferença “impensável”.

O médico acrescenta que se a colonoscopia for com anestesia o privado receberá perto de 150 euros do Estado, muito menos do que paga o utente se se apresentar sem prescrição do SNS e uma descida de 15% face à última tabela publicada há menos de um ano.

O representante da classe sublinha que por estes valores está em causa a qualidade e que muitas clínicas e hospitais privados não vão participar no concurso, complicando o acesso a um meio fundamental de diagnóstico do cancro. José Cotter recorda que estes exames incluem, para além de uma série de fármacos e materiais, um gastrenterologista, um anestesista e uma enfermeira, pelo que o que está em vigor já é “o mínimo dos mínimos para fazer colonoscopias com qualidade”.

A Ordem dos Médicos contesta ainda que o concurso seja feito com base num leilão, com preços máximos muito baixos e em que o único critério de escolha será o valor mais pequeno. José Cotter diz que quem trabalha com qualidade não vai aceitar trabalhar para o SNS.

O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada também fez contas iguais às dos médicos. Artur Osório diz que os preços “ridículos” e as “exigências absurdas aos privados” são “um convite muito forte à falta de qualidade e para que estes concursos fiquem desertos, levando os portugueses a ficar sem acesso às colonoscopias”. Do lado da Associação de Luta contra o Cancro do Intestino, Vítor Neves explica que não conhece este concurso. Mas sublinha que continuam a existir grandes dificuldades em fazer as colonoscopias a tempo, sem meses de espera, através do SNS, sobretudo na região de Lisboa onde apenas cinco clínicas estão convencionadas.

O representante desta associação explica que as queixas, na zona Sul, são quase diárias, e acredita que foram estas dificuldades que levaram o ministério a abrir este novo concurso para alargar o número de privados que fazem colonoscopias para o SNS.

Contactado pela TSF, o gabinete do ministro da Saúde diz que estas são criticas precoces, uma vez que o modelo do concurso ainda não está fechado.

A mesma fonte garante que o objectivo é não prejudicar quem quer que seja, alcançando as condições de acesso - ponderada a oferta e a procura - o mais abrangentes possível.

MAR Shopping
O MAR Shopping abre na próxima sexta-feira, dia 27 de Março, o Quiosque dos Desejos – um espaço no Atrium, piso 0, onde todos...

À causa juntam-se também figuras públicas como Ana Bravo, Domingos Paciência, Lucília Lara e Tiago Girão que mostrarão que há desejos que, embora possam ser comprados, como estes, não têm preço!

“Já pensou em oferecer magia?” é o tema geral de uma semana em que os visitantes do MAR Shopping poderão adquirir partes de desejos e, mais tarde, partilhar o momento da sua realização com as crianças que os desejaram, se assim pretenderem. Entre 27 de Março e 6 de Abril decorrerão ainda, no espaço envolvente do quiosque, acções de sensibilização e de animação com o objectivo de demonstrar a força que a realização de um desejo tem no combate à doença.

Figuras públicas realizam desejos
Logo no primeiro fim de semana, todas as crianças poderão ser o que desejarem. No sábado, 28 de Março, às 15h30, o ex-jogador e agora treinador de futebol Domingos Paciência estará no MAR Shopping a treinar aspirantes a craques. No mesmo dia, mas às 18h30, e para aqueles que sonham em apresentar um programa de televisão, Tiago Girão, o rosto do desporto no Porto Canal, dará umas dicas num workshop para futuras estrelas da TV.

O casting às princesas abre no domingo, dia 29, às 16h00, com a ex-manequim e maquilhadora Lucília Lara, que transformará meninas em verdadeiras representantes da realeza numa sessão de maquilhagem.

Comer bem é também comer saudável. Podia ser este o lema da nutricionista Ana Bravo e do Chef João Conceição que, na terça-feira, dia 31, às 18h30, estarão a preparar uma Francesinha Saudável.

Quatro palestras, quatro testemunhos
Paralelamente, decorrerão no Fórum da Fnac do MAR Shopping quatro palestras que são também quatro testemunhos sobre o impacto que a realização de um desejo tem numa criança ou jovem com uma doença grave e nas suas famílias.

Programação

Quiosque dos Desejos

Acções de sensibilização e animação Make-A-Wish®
Atrium (piso 0)

27, 28 e 29 de Março - Das 12h00 às 22h00
3, 4 e 6 de Abril - Das 12h00 às 22h00
30 e 31 de Março - Das 18h00 às 22h00
1, 2 e 5 de Abril - Das 18h00 às 22h00

Acções com Figuras Públicas
Atrium (piso 0)

A liga das estrelas! com Domingos Paciência | 28 de Março - 15h30
aPRESSa-te! Cria a notícia! com Tiago Girão | 28 de Março - 18h30
Make-up-Wish para princesas! por Lucília Lara | 29 de Março - 16h00
Na cozinha com Ana Bravo e Chef João Conceição: A Francesinha Saudável | 31 de Março - 18h30

Palestras “Poder de um Desejo”
Auditório Fnac, MAR Shopping

Tema: Fundação Make-A-Wish® – Onde os desejos se tornam realidade
27 de Março - 18h30
Oradora: Ana Póvoas, Coordenadora do Núcleo de Voluntários Make-A-Wish® no Porto
Médica de profissão e realizadora de desejos nos tempos livres, Ana Póvoas perdeu a conta do número de sorrisos que ajudou a proporcionar em crianças Make-A-Wish®. A representante institucional da organização no Porto apresentará o trabalho desenvolvido pela instituição, os critérios de elegibilidade dos desejos, o papel dos voluntários, partilhando, ao mesmo tempo, a sua experiência e o seu testemunho.

Tema: O poder de um desejo na primeira pessoa
28 de Março - 19h00
Oradores: Família da Maria Alberta e Bruno Antão, voluntário da Make-A-Wish®
Quando um elemento da família está gravemente doente, toda a estrutura familiar fica fragilizada. O poder da realização de um desejo torna-se, pois, numa fonte de força não só para a criança como também para os que a rodeiam. Que o digam Maria Alberta, de 18 anos, doente oncológica, e os pais. O maior desejo da jovem era visitar a casa do Jack Skellington, protagonista de “O Estranho Mundo de Jack”, de Tim Burton – realizador que admira –, na Disneyland, nos EUA. Os pais, a Maria Alberta e o voluntário Bruno Antão, que acompanhou a concretização do desejo, contam sobre a força desta experiência na luta contra a doença.

Tema: Perspectiva médica sobre o poder de um desejo
29 de Março - 18h00
Oradora: Filomena Maia, educadora no IPO do Porto e intermediária Make-A-Wish®
Quais as ansiedades mais comuns entre as crianças com doença oncológica e suas famílias? Quais os impactos da doença na estrutura familiar? Como funciona a relação entre os médicos e a Make-A-Wish® para a realização de um desejo? E qual o seu poder sobre a doença? São estas algumas das questões a que Filomena Maia tentará responder na sua intervenção, onde partilhará a sua própria experiência.

Tema: Importância da Make-A-Wish® junto de crianças com doenças crónicas, degenerativas e progressivas
4 de Abril - 17h00
Oradora: Isabel Mota, educadora no Hospital de São João e intermediária Make-A-Wish®
Um desejo pode não curar uma doença grave – e sendo ela crónica, degenerativa ou progressiva, é certo que não o fará – mas tem um impacto impressionante nas crianças e jovens que dela sofrem, que os profissionais de saúde testemunham diariamente. É o que acontece com a oradora, para quem a realização de um desejo pode ser uma lufada de ar fresco numa batalha de que tantas vezes se sai derrotado.

Esperança
Cientistas falam em tratamento que vem “mudar o paradigma”. Primeiros resultados são animadores.

É uma das curas mais procuradas na medicina de todo o mundo. A luta contra o cancro ainda não tem uma solução definitiva, mas pode estar próxima.

O Daily Mail noticia que Guenther Koehne, um médico alemão, já está a experimentar vacinas em doentes com leucemia há alguns anos com resultados animadores. A primeira doente tratada tinha apenas alguns meses de esperança de vida, mas três anos depois do início do tratamento ainda está viva.

O tratamento ‘ensina’ o sistema de imunidade do corpo a identificar e atacar as células cancerígenas, criando condições para a eliminação da doença. O mesmo princípio está a ser utilizado por um laboratório britânico num estudo em 20 doentes com vários tipos de cancros.

O médico alemão que começou a experimentar a vacina em Nova Iorque diz que "antes do tratamento, estas pessoas diziam-me 'não tenho escolha, tenho de tentar isto'. Agora, ligam-me do trabalho a dizer que estão demasiado ocupadas para falar comigo".

“Eu acredito mesmo que isto vem mudar o paradigma actual”, diz Guenther Koehne, acrescentando que “ver as pessoas em remissão completa foi uma experiência extraordinária.”.

Sociedade Portuguesa de Contracepção
Presidente da Sociedade Portuguesa de Contracepção alerta para necessidade de acompanhamento médico para quem toma a pílula.

“Não há um contraceptivo para todas as mulheres mas várias mulheres para vários contraceptivos,” avisa a presidente da Sociedade Portuguesa de Contracepção (SPC), Teresa Bombas.

Em entrevista ao site P3, do jornal Público, Teresa Bombas mostra-se preocupada com as consequências que pode ter o alerta lançado “sobretudo na comunicação social” sobre a pílula e casos como o de Carolina Tendon, de 22 anos, que morreu de embolia pulmonar, depois de tomar durante dois anos o contraceptivo oral Yasmin.

A presidente da SPC relembra os efeitos que alertas semelhantes tiveram no passado, dando o exemplo do ano de 1995 que viu um aumento de gravidezes e de interrupções voluntárias na Europa graças a um artigo publicado no jornal médico The Lancet que referia um aumento de trombo embolismo nas mulheres que tomavam pílula com duas substâncias: gestodeno e desogestrel.

Teresa Bombas considera seguro continuar a tomar pílula, pelo menos para as “mulheres que o estão a fazer sob vigilância médica”. Todavia, aconselha as mulheres que tomam pílula a terem um acompanhamento regular com o seu médico e a aproveitarem os momentos a sós para serem sinceras sobre o historial médico familiar.

“Acontece que a população está cada vez mais obesa, há cada vez mais consumo de cigarros, uma série de factores de risco que é preciso considerar a longo prazo,” esclarece Teresa Bombas. “Há mulheres que começaram a tomar a pílula aos 20 anos, mas entretanto esqueceram-se que nos últimos dez anos não foram ao médico e que aumentaram 20 quilos e passaram a fumar 20 cigarros", alerta.

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