Mais frequentes nos pés
O uso de sapatos fechados e a utilização de balneários são algumas das condições que potenciam o apa

9 a 12 meses é, em média, o tempo necessário para tratar uma onicomicose. Este é o termo utilizado para caracterizar qualquer infecção fúngica na unha. Seja na unha dos pés ou das mãos, embora as onicomicoses sejam sete vezes mais frequentes nas unhas dos pés.

“Os casos mais leves e comuns tendem a afectar a parte lateral e mais afastada da zona de crescimento da unha, provocando alterações na sua cor e tornando-a amarelada, esbranquiçada ou acastanhada”, explica Miguel Rocha, farmacêutico especialista em Podologia, acrescentando que, para além da alteração da cor da unha, também o espessamento é frequente. O espessamento anormal da unha, tornar-se mais quebradiça e com maior probabilidade de esfarelar são também sinais que estamos perante uma infecção fúngica.

 

Factores de risco

“As onicomicoses representam cerca de 50% de todos os problemas de unhas, sendo na maioria dos casos consequência de outros problemas da pele, como por exemplo o pé de atleta”, alerta Miguel Rocha sublinhando que algumas doenças potenciam o seu aparecimento, “como a diabetes mellitus, a psoríase ou problemas circulatórios”.

Porém também a utilização de espaços comuns - piscinas e balneários -, o envelhecimento, os traumatismos ungueais e o uso de calçado apertado podem ser factores de risco para o aparecimento desta infecção. O especialista alerta ainda para profissões e outras situações onde as mãos e os pés estejam constantemente húmidos potenciam o aparecimento das onicomicoses.

 

Tratamento

O tratamento destas infecções é possível e deve ser feito com produtos adequados e recomendados pelo médico ou farmacêutico. “Existem várias possibilidades disponíveis, em formato de caneta ou verniz em pincel, mas a cura da unha só se verifica quando todos os microrganismos forem eliminados”, alerta o especialista.

E como o crescimento de uma unha nova e saudável demora cerca de 6 meses no caso das unhas das mãos, e entre 9 a 12 meses para as unhas dos pés é muito importante assegurar a eliminação completa do fungo para que a unha nova chegue e continue saudável. É que se isso não for conseguido… tem de continuar o tratamento.

 

Previna o seu aparecimento

As onicomicoses podem ser evitadas, se adoptados alguns comportamentos preventivos que diminuam a probabilidade de aparecimento da infecção:

  • Lavar e secar cuidadosamente os pés todos os dias, com especial atenção para os intervalos entre os dedos;
  • Não compartilhar toalhas ou tapetes de banho;
  • Utilizar meias de algodão e calçado respirável (não sintético);
  • Mudar de meias diariamente;
  • Evitar o calçado apertado;
  • Usar chinelos em zonas de banhos públicos (piscinas e balneários);
  • Tratar o pé de atleta antes que a infecção avance para as unhas.
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro e/ou Farmacêutico.
Indutora de relaxamento
A música pode e deve estar presente como agente adjuvante à terapêutica convencional, para proporcio
Música gravidez

A capacidade de audição é uma habilidade que o feto adquire cedo.

Às 18 semanas, sons altos provocam um aumento do batimento cardíaco no feto.

Às 25 semanas as principais estruturas do ouvido estão essencialmente no sítio.

Às 25 a 27 semanas a maioria dos fetos começam a responder inconscientemente aos sons movendo-se e pontapeando.

Às 30 a 35 semanas o feto ouve os sons maternais e responde, começa a discriminar os sons do discurso, principalmente pelo ritmo e tom.

Certas composições musicais são conhecidas como indutoras de relaxamento. A música melodiosa melhora o stress de manipulação, favorece uma distração que desvia o foco de atenção do paciente da dor, entre outros.

As pesquisas de enfermagem demonstraram que a musicoterapia melhora a depressão pós-parto, alivia a dor nas primíparas, diminui o tempo de trabalho de parto, e promove a recuperação pós-parto.

A infância marca o nascimento da comunicação musical.

Nos prematuros a musicoterapia permite:

  • Ganho de peso,
  • Redução de comportamentos de stress,
  • Redução do tempo de hospitalização,
  • Aumento da saturação de oxigénio no sangue por curtos períodos de tempo.

72 % das Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN'S) nos Estados Unidos usam a música para os prematuros.

A musicoterapia na maternidade é um projeto que estamos a iniciar na maternidade e tem como objetivo geral melhorar a qualidade dos serviços prestados e em específico: reconhecer a importância da musicoterapia na puérpera e recém-nascido (facilitar o processo de comunicação, promover a expressão individual, melhorar a integração social); valorizar a música como atitude não terapêutica.

Ajuda a desenvolver uma parentalidade positiva
Revelou-se um projeto pertinente para o serviço, uma vez que na maternidade as mães são confrontadas com uma nova realidade à qual têm que se adaptar assim como o recém-nascido se está a adaptar à vida extra-uterina e a musicoterapia é um coadjuvante para se desenvolver uma parentalidade positiva.

Já com a equipa multidisciplinar usamos a musicoterapia no sentido de prevenir situações de Burnout, nomeadamente por sabermos que a música tem influência direta sobre sinais vitais, sono, relaxamento, entre outros.

Desta forma o nosso público-alvo são as puérperas, recém-nascidos e equipa multidisciplinar.

A musicoterapia será então aplicada nas salas de trabalho da equipa multidisciplinar. Será usado para tal um rádio portátil ou computador com colunas. A escolha da música deverá ser de comum acordo e a avaliação deste programa junto da equipa será feita através de um questionário.

Já com as puérperas e recém-nascidos será usado o mesmo rádio portátil e será uma opção da puérpera beneficiar deste terapia, que música ouvir e em que horário, sendo que lhe serão aconselhados cerca de 30 e 90 minutos por dia num único período ou dividido em dois períodos. A avaliação será feita através da aplicação de um questionário sobre a satisfação da puérpera e um outro questionário a preencher pelos enfermeiros acerca de parâmetros vitais do recém-nascido.

A musicoterapia é um método pouco dispendioso, não invasivo e um método não terapêutico de alívio da dor pelo que é nosso propósito sensibilizar a equipa e utentes para a sua utilização e desta forma melhorar a qualidade dos cuidados prestados adquirindo ganhos em saúde.

Segundo a World Federation of Music Therapy: “Musicoterapia é a utilização da música e/ou dos elementos musicais (som, ritmo, melodia e harmonia) … pelo cliente ou grupo, em um processo estruturado; para facilitar e promover a comunicação, o relacionamento, a aprendizagem, a mobilização, a expressão e a organização (física, emocional, mental, social e cognitiva); para desenvolver potenciais e desenvolver ou recuperar funções do indivíduo de forma que ela possa alcançar melhor integração intra e interpessoal e consequentemente uma melhor qualidade de vida.” (Bruscia, 1998, p.286).

Bibliografia
http://www.musicoterapiasp.com.br
BRUSCIA, Kenneth. Definindo Musicoterapia. Enelivros, Rio de Janeiro, 1998.
BARANOW, Ana Lea von. Musicoterapia – uma visão geral. Enelivros, Rio de Janeiro, 1999.
http://www.musicoterapiasp.com.br/ler.asp?id=18
HATEM, Thamine de Paula Efeito terapêutico da música em crianças em pós-operatório de cirurgia cardíaca – Recife, 2005.
Musical Identities, edited by raymond macdonald, david hargreaves and dorothy miell, oxford university press, 2002
Communicative Musicality, Exploring the basis of human companionship, edited by Stephen Malloch and Colwyn Trevarthen, oxford university press, 2009
LECOURT, Edith. La Musicothérapie. Presses Universitaires de France. Paris. 1988
Standley J., Cassidy J., R. Grant, A. Cevasco, C. Szuch, J. Nguyen, D. Walworth, D. Procelli, J. Jarred, K. Adams – The effect of music reinforcement for non-nutritive sucking on niple feeding of premature infants – PEDIATRIC NURSING, May-June 2010/Vol.36,nº3
Yang, Lingjiang, Haili – Music Therapy to relieve anxiety in pregnant women on bedrest: a randomized, controlled trial – MCN Volume 34, Number 5, September/October 2009

 

Ana Paula Carvalho e Ana Sofia Barata, Enfermeiras no Centro Hospitalar do Baixo Vouga, Aveiro – Serviço de Obstetrícia

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Na região Norte
A Administração Regional de Saúde do Norte publica hoje em Diário da República uma lista de 72 médicos que vão ocupar igual...

“Foi autorizada a celebração de contratos de trabalho em funções públicas, por tempo indeterminado, para o lugar de assistente da carreira especial médica, área profissional de Medicina Geral e Familiar”, lê-se na deliberação da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.

O maior número de médicos (29) destina-se ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Tâmega I, II e III, seguindo-se o ACES do Cávado I, II e III, com 15 médicos, e o ACES de Entre Douro e Vouga I e II, com dez médicos.

Os restantes especialistas em Medicina Geral e Familiar irão preencher vagas nos agrupamentos de centros de saúde do Ave (3), Grande Porto (5), Alto Ave (4), Douro (5) e Alto Trás-os-Montes (1).

Infecções das vias respiratórias superiores
As infecções das vias respiratórias superiores podem afectar o normal funcionamento do ouvido médio
Perda auditiva

O aumento drástico das gripes e constipações que se verificam anualmente nos meses de Janeiro e Fevereiro, principalmente durante os dias frios que se têm feito sentir, têm um forte impacto na saúde auditiva. As infecções das vias respiratórias superiores podem afectar o normal funcionamento do ouvido médio produzindo em maior ou menor grau uma perda auditiva de condução/transmissão, que pode ser reversível quando tratada atempada e adequadamente.

 

 

São duas as causas que podem criar estas disfunções:

A primeira ocorre quando as infecções respiratórias provocam uma obstrução ou inflamação da Trompa de Eustáquio (canal que liga a nasofaringe ao ouvido médio – que tem por função equilibrar as pressões e oxigenar os tecidos do tipo respiratório que cobrem estas estruturas), produzindo pressões negativas dentro do ouvido médio que acabam por fazer derramar o soro sanguíneo dos vasos que se encontram nestes tecidos. Como consequência causam otites médias com efusão (inflamação da orelha média com presença de líquido) ou otopatia serosa (otites médias). Esta disfunção é muito comum nas crianças, mas pode também afectar adultos, especialmente como complicação de infecções respiratórias. Os sintomas traduzem-se por sensação de ouvido tapado e perda auditiva de transmissão geralmente ligeira ou moderada.

A segunda decorre quando os agentes infecciosos atingem o ouvido médio originando uma otite média aguda. Os sintomas são geralmente febre, dor intensa e perda auditiva de transmissão de grau ligeiro ou moderado. Esta disfunção deve ser precocemente diagnosticada e tratada para evitar complicações, como a sua evolução para otite média supurada (onde se verifica a perfuração do tímpano), otomastoidite (complicação da otite média aguda) ou mesmo atingir o ouvido interno e produzir uma labirintite (inflamação das estruturas do ouvido interno que contêm os órgãos da audição e do equilíbrio). Em situações mais graves, mas felizmente raras, pode mesmo causar paralisia facial ou meningite.

Celso Martins, audiologista explica que “é importante frisar que a perda auditiva derivada destas situações é na maioria das vezes reversível quando devida e atempadamente tratada. No entanto, algumas situações deixam sequelas que, mesmo depois de intervencionadas do ponto de vista médico ou cirúrgico, acabam por causar perda auditiva permanente, carecendo muitas vezes de correcção auditiva através de próteses.” As pessoas que já tem uma perda auditiva e que já utilizam próteses auditivas, devem ser seguidas atentamente, uma vez que as complicações auditivas derivadas da gripe e das infecções das vias respiratórias superiores acabam por agravar de forma significativa a sua capacidade auditiva/comunicativa, originando limitações importantes na sua vida familiar, social e profissional. “É por isso aconselhável que qualquer pessoa após uma gripe, constipação ou outras infecções das vias respiratórias superiores, recorra a um audiologista ou otorrinolaringologista para efectuar um teste à sua audição e tomar as medidas correctivas mais adequadas, evitando os danos que a perda auditiva possa ter na sua qualidade de vida”, acrescenta o especialista.

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Associações de Doentes e ONGs
Até ao dia 28 de Fevereiro pode candidatar-se à bolsa de 45 mil euros que premiará os melhores projectos de promoção da saúde...

A Roche Portugal anunciou a criação de um programa de bolsas de financiamento, no valor de 45 mil euros, que pretendem viabilizar os melhores projectos, desenvolvidos por Associações de Doentes ou outras Organizações Não Governamentais (ONG), que visem a promoção da saúde junto de doentes.

Esta iniciativa enquadra-se na Política de Responsabilidade Social da empresa e resulta do seu compromisso em assumir um papel activo na sociedade apoiando, de forma transparente, iniciativas inovadoras e orientadas para a missão de suporte ao doente.

Os projectos candidatos a estas bolsas serão avaliados por um júri independente, do qual fazem parte personalidades como Maria de Belém Roseira (deputada e ex-ministra da Saúde), Eurico Castro Alves (Presidente do Infarmed) e José Manuel Pereira de Almeida (Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde), entre outros, que escolherão os projectos mais originais, focados na defesa dos direitos dos doentes e na promoção da saúde na comunidade.

Robin Turner, director-geral da Roche, refere que “a Responsabilidade Social é algo que faz parte do nosso ADN empresarial. É algo que fazemos naturalmente. Desde sempre. Este novo Programa de Bolsas é mais um exemplo do compromisso que assumimos diariamente com os doentes. Espero que esta iniciativa possa viabilizar projectos inovadores e que façam realmente a diferença na vida dos doentes portugueses.”

Para mais informações sobre o Programa de Bolsas, regulamento e formulário de candidatura, aceda ao seguinte endereço: http://www.roche.pt/bolsas

Moderado ou grave com perda da visão
Lucentis e Avastin com um desempenho semelhante ao Eylea quando a perda da visão é leve, mostra o estudo do National Institutes...

Num ensaio clínico do National Institutes of Health norte americano, que compara três medicamentos para edema macular diabético (DME), o Eylea (aflibercept) proporcionou maior melhora visual, em média, do que Avastin (bevacizumab) ou Lucentis (ranibizumab) quando a visão era de 20/50 ou pior no início do ensaio. No entanto, os três medicamentos têm resultados em média semelhantes quando o ponto de partida era uma visão de 20/40 a 20/32.

Os investigadores não encontraram grandes diferenças na segurança dos três medicamentos. O estudo foi financiado pelo National Eye Institute (NEI) que pertence aos Institutos Nacionais de Saúde (National Institutes of Health).

"Este estudo de eficácia comparativa vem ajudar médicos e doentes a tomar decisões informadas ao escolher tratamentos para edema macular diabético", disse Paul A. Sieving MD, Ph.D., Director do NEI. O estudo foi realizado pela Rede de Retinopatia Diabética de Pesquisa Clínica (DRCR.net), que é financiada pelo NEI. Os resultados foram publicados online no New England Journal of Medicine.

O edema macular diabético (DME) pode ocorrer em pessoas com retinopatia diabética, um tipo de doença do olho diabético que pode causar o crescimento de vasos sanguíneos anormais na retina. A mácula é a região da retina usada quando se olha para a frente, para tarefas como ler, conduzir e ver televisão. O edema macular ou inchaço, ocorre quando há vazamentos de sangue de vasos da retina que se acumula na mácula, distorcendo a visão. O edema macular pode ocorrer durante qualquer fase da retinopatia diabética e é a causa mais comum de perda de visão associada à diabetes. Cerca de 7,7 milhões de americanos têm retinopatia diabética. Destes, cerca de 750 mil têm DME.

Os investigadores da Rede de Retinopatia Diabética de Pesquisa Clínica (DRCR.net) inscreveram 660 pessoas com edema macular em 88 locais para ensaios clínicos nos Estados Unidos. Quando o estudo começou, os participantes tinham 61 anos de idade em média e tinham diabetes de tipo 1 ou tipo 2 diabetes, em média há 17 anos. Somente as pessoas com uma acuidade visual de 20/32 ou pior eram elegíveis para participar neste estudo (Para ver claramente, uma pessoa com visão 20/32 teria que estar a 20 pés de distância de um objecto que uma pessoa com visão normal pode ver claramente a 32 pés, (na referência anglo-saxónica – 20 pés=6 metros).

No momento da inscrição no estudo, cerca de metade dos participantes tinha 20/32 ou 20 / 40 de visão, e a outra metade tinha 20/50 ou pior. Em muitos estados, a acuidade visual corrigida de 20/40 ou melhor em pelo menos um olho é necessária para uma carta de condução de motorista que necessita guiar todo o dia e praticar condução nocturna, por exemplo.

Cada participante foi aleatoriamente designado para receber Eylea (2,0 miligramas / 0,05 mililitro), Avastin (1,25 mg / 0,05 mL), ou Lucentis (0,3 mg / 0,05 mL). Os participantes foram avaliados mensalmente e levaram a injecção no olho do medicamento que lhes tinha sido atribuído neste estudo até o DME ter resolvido ou estabilizado. Além disso, o tratamento a laser foi dada se o edema macular diabético persistiu sem melhoria contínua após seis meses de injecções. O tratamento com laser sozinho era o tratamento padrão para a DME até à adopção generalizada destes medicamentos há alguns anos atrás.

Os três medicamentos neste estudo têm como alvo uma substância chamada factor de crescimento endotelial vascular (VEGF), o que pode causar fugas de vasos sanguíneos e o crescimento de novos vasos sanguíneos anormais. Os medicamentos anti-VEGF para o edema macular diabético, reduzem as fugas vasculares. Os custos baseados no Medicare indicam que os custos por injecção de cada medicamento nas doses utilizadas neste estudo foram cerca de 1960 dólares para Eylea, cerca de 70 dólares para o Avastin, e cerca de 1200 dólares para Lucentis. Durante o estudo de um ano, os participantes de Avastin e Lucentis receberam, em média, 10 injecções, contra nove para aqueles que receberam em Eylea.

Um ano após o início do tratamento, a visão tinha melhorado substancialmente para a maioria dos participantes do ensaio. Quando a acuidade visual era 20/32 ou 20/40, no início do ensaio, a visão melhorou, em média, quase duas linhas na carta de olho em todos os três grupos de tratamento. Em contrapartida, para os participantes cuja acuidade visual era de 20/50 ou pior, no início do ensaio, o Eylea melhorar a visão, em média, quase quatro linhas, Avastin melhora a visão, em média, quase 2,5 linhas e Lucentis, em média, quase três linhas.

"Eylea, Avastin e Lucentis produzem ganhos substanciais de acuidade visual para a maioria das pessoas com edema macular diabético, no entanto, em média, o Eylea parece fornecer benefício adicional para os pacientes que iniciam o tratamento com perda de visão moderada ou grave", disse John A. Wells, MD, principal autor do estudo e um especialista em retina no retina Centro Palmetto, Columbia, Carolina do Sul.

Todas as três drogas reduziram o inchaço da mácula, mas o Eylea e o Lucentis reduziram o inchaço mais do que Avastin. Além disso, durante o estudo, uma percentagem menor de participantes em Eylea (36%) foram submetidos a tratamento a laser para edema persistente, que não resolveu com tratamento anti- VEGF sozinho, em comparação com aqueles com Avastin (56%) ou Lucentis (46%).

O DRCR.net dedica-se a facilitar a investigação clínica multicêntrica da doença ocular diabética. A rede formada em 2002 e é composta por mais de 350 médicos em actividade em mais de 140 locais clínicos em todo o país (EUA). Para mais informações, visite o site da DRCR.net em http://drcrnet.jaeb.org

Este ano
O Governo autorizou a celebração de contratos-programa que vão permitir a instalação de mais 150 camas em unidades de cuidados...

As novas camas vão funcionar em unidades de cuidados paliativos distribuídas pelas Administrações Regionais de Saúde (ARS) do Norte (35), Centro (38), Lisboa e Vale do Tejo (67) e Alentejo (10).

Actualmente existem 175 camas de cuidados paliativos em funcionamento.

Para a abertura destas camas, os ministérios das Finanças, da Saúde e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social autorizaram a celebração de contratos-programa que, em 2015, terão o valor de 2,6 milhões de euros.

As unidades de cuidados paliativos são unidades de internamento, com espaço físico próprio, preferencialmente localizadas num hospital, para acompanhamento, tratamento e supervisão clínica a doentes em situação clínica complexa e de sofrimento decorrentes de doença severa ou avançada, incurável e progressiva.

Mais de 70 pessoas
Mais de 70 pessoas realizaram uma marcha de protesto, do Hospital Curry Cabral até ao Ministério da Saúde, em Lisboa, contra as...

A acção, promovida pela Plataforma Lisboa Em Defesa do Serviço Nacional de Saúde, começou com uma concentração em frente ao Hospital Curry Cabral, passava pouco das 17:00. Daí, os manifestantes, entre profissionais de saúde e utentes, marcharam durante cerca de 30 minutos até à porta do Ministério da Saúde.

Durante a marcha, de cerca de um quilómetro, os manifestantes pediram a demissão do ministro da Saúde, Paulo Macedo, e asseguraram que vão continuar a lutar em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"A política do Governo mata!" e "Direito à saúde e igualdade" eram algumas das inscrições que constavam dos cartazes levados por utentes.

Maria Rosa Carvalho, utente em Queluz, juntou-se ao protesto por considerar que o estado em que se encontra o Serviço Nacional de Saúde é chocante.

"Nos hospitais é o que se vê, com pessoas horas e horas à espera de serem atendidas, os médicos a trabalhar horas e horas de forma indecente, bem como os enfermeiros. Peço a Deus e a todos os santinhos que não me aconteça nada para que não tenha de ir parar ao hospital", disse.

Também José Guerreiro não quis faltar ao protesto por "haver pessoas a morrer nas urgências".

"Eu não consigo perceber como se chegou a este estado. O dinheiro não ardeu nem foi pelo rio abaixo. Então o que fizeram ao dinheiro? Este ministro é um sonsinho e não presta para nada. Já se devia ter ido embora há muito tempo", afirmou.

A porta-voz da Plataforma Lisboa Em Defesa do Serviço Nacional de Saúde, Ana Amaral, disse que o objectivo deste protesto é "novamente dizer ao senhor ministro que as políticas que têm sido desenvolvidas neste últimos anos estão a criar cada vez mais situações difíceis, quer para utentes, quer para trabalhadores do SNS".

A representante acrescentou que a "situação caótica" que se tem verificado nas urgências dos hospitais é "responsabilidade do desinvestimento na Saúde e das políticas do Governo".

Para Célia Portela, da União dos Sindicatos de Lisboa, que integra também a Plataforma, "a falta de profissionais de saúde está a levar à exaustão de outros profissionais, que não têm condições de trabalho dignas".

Da Plataforma Lisboa Em Defesa do Serviço Nacional de Saúde, criada contra o encerramento da Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, fazem ainda parte representantes da Comissão de Utentes da cidade de Lisboa, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, o Movimento Democrático das Mulheres, o Inter-Reformados (CGTP-IN), o Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul e a União dos Sindicatos de Lisboa.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe
A actividade gripal continuou moderada na semana passada, mantendo-se a mortalidade acima do esperado, com o excesso de óbitos...

A descrição, referente à semana de 9 a 15 de Fevereiro, consta no Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, publicado à quinta-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Segundo o relatório, a síndrome gripal voltou a baixar na segunda semana de Fevereiro, com a taxa de incidência a cair de 79,0 casos por cada cem mil habitantes, da semana precedente, para 74,4 casos, embora continuando "acima da zona de actividade basal".

Os vírus do tipo A (58%) e B (42%) foram codominantes, tendo diminuído o número de vírus A(H3), em que a maioria pertence ao grupo genético "que inclui estirpes diferentes da estirpe" de vírus contemplada na vacina antigripal da época 2014/2015.

De acordo com o boletim, foram admitidos, na segunda semana de Fevereiro, cinco novos doentes em unidades de cuidados intensivos hospitalares da rede de vigilância epidemiológica, sendo que quatro tinham uma patologia crónica associada e um estava vacinado contra a gripe.

O relatório adianta que dos 64 doentes com gripe admitidos nas unidades de cuidados intensivos da rede, desde o início da época de vigilância, 11 morreram, a maioria tinha o vírus B.

A mortalidade "por todas as causas" continua "acima do esperado", tal como "observado em épocas anteriores", adianta o documento.

Segundo dados da Vigilância de Mortalidade, disponíveis no portal da Direcção-Geral da Saúde, o número de óbitos, que baixara a partir da terceira semana de Janeiro, subiu na segunda semana de Fevereiro, passando dos 2.859 (de 1 a 7 de Fevereiro) para 3.005 (de 8 a 14 de Fevereiro).

"A inversão da tendência decrescente da mortalidade é coincidente com a descida da temperatura mínima do ar ambiente observada na semana anterior", assinala o relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

O Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, relativo à semana passada, volta a mencionar que o excesso de mortes foi observado apenas entre idosos, com 75 ou mais anos, e nas regiões do Norte e Centro, "podendo estar associado ao frio extremo, ao aumento da incidência das infecções respiratórias agudas e à actividade gripal".

O Sistema Nacional de Vigilância da Gripe foi activado em Outubro de 2014 e funciona até Maio de 2015.

Em 2014
A clínica de saúde oral da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário realizou 1.600 consultas gratuitas ou a ...

Fonte do projecto explicou que as consultas decorreram no contexto de formação de alunos do terceiro e quarto anos do curso de Medicina Dentária, sob a orientação de professores e dentistas experientes.

Foram aqueles profissionais que realizaram as consultas e definiram planos de tratamentos e actos clínicos.

As consultas realizaram-se na Clínica Nova Saúde, no campus universitário de Gandra, no concelho de Paredes.

"Incrementar o acesso a cuidados de saúde oral, assim como o desenvolvimento de medidas que melhorem a saúde oral da população são áreas em que a Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) tem apostado", lê-se num comunicada daquela instituição de ensino superior privada.

Para Almeida Dias, presidente da cooperativa de ensino, "a CESPU sempre assumiu um importante papel na democratização do acesso aos cuidados de saúde oral e no desenvolvimento de conhecimentos dos profissionais de saúde".

O dirigente sublinhou ainda a importância de “educar os pacientes sobre a relação entre a saúde oral e a saúde no geral".

Infarmed
As parafarmácias venderam um quinto dos Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica comprados em 2014, segundo dados do Infarmed.

De acordo com o relatório referente à venda destes fármacos, no ano passado foram vendidas 7.699.484 embalagens, no valor de 41.406.325 euros.

Estes dados apontam para um aumento de 4,2%de embalagens vendidas e de 12,4% em termos de valor.

O grupo farmacoterapêutico com maior nível de vendas foi, em termos de volume, o dos analgésicos e antipiréticos (1.905.237 embalagens, 24,7% do total) e, em valor, o dos modificadores da motilidade intestinal (4.978.249 euros, 12,0% do total).

A substância activa com maior nível de vendas foi, em volume, o paracetamol (1.140.411 embalagens) e, em valor, o diclofenac (anti-inflamatório) (3.198.536 euros).

O documento indica ainda que, em 2014, foram vendidas 37.133.831 embalagens de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM): 29.434.347 em farmácias e 7.699.484 fora destes estabelecimentos.

Os MNSRM vendidos fora das farmácias representam, assim, 21% dos medicamentos não sujeitos a receita médica vendidos no ano passado.

Espaço OPP Desenvolvimento Profissional
A Ordem dos Psicólogos anunciou que 190 profissionais foram reintegrados no mercado de trabalho e 34 criaram o seu próprio...

Neste momento, estão 1.319 psicólogos desempregados inscritos neste serviço da Ordem Portuguesa dos Psicólogos (OPP) destinado a apoiar os profissionais em situação de desemprego e a ajudar na procura do primeiro trabalho ou na criação do seu próprio emprego, disse o bastonário da OPP, Telmo Mourinho Baptista.

Os psicólogos são acompanhados através de um processo de tutoria individual e gestão do Plano de Acompanhamento Individual, um projecto que é pioneiro e inédito nas ordens em Portugal e na Europa, explicou.

Telmo Mourinho Baptista adiantou que a empregabilidade dos psicólogos é “uma questão que preocupa muitos profissionais, principalmente os mais jovens, os que estão a ingressar na profissão".

Este espaço “prepara as pessoas e dá-lhes apoio nas várias etapas”, recorrendo também a outras iniciativas, como a Bolsa de Emprego da OPP, onde estão inscritos 3.719 psicólogos, sublinhou.

Nesta Bolsa de Emprego estão inscritos 3.719 psicólogos, segundo dados da OPP. No total, estão inscritos na Ordem dos Psicólogos 20.643 profissionais.

“Com a necessidade que existe em responder às necessidades das pessoas e com a existência de profissionais no desemprego não se percebe (…) porque não se faz a contratação de profissionais para resolver parte dos problemas existentes” a nível psicológico”, disse o bastonário.

Deu como exemplo o Serviço Nacional de Saúde (SNS), onde existem 601 profissionais, um número que considerou “manifestamente pouco”.

“Seriam necessárias duas ou três vezes mais, mas a questão fundamental é começar com um processo que progressivamente se aproxime de números mais adequados”, sustentou.

Apesar de entender que o país atravessa uma situação de crise, o bastonário disse que não pode ser motivo para “deixar diminuir totalmente” a resposta às necessidades das pessoas.

“É uma contínua batalha que travo com os ministérios da Educação e da Saúde para conseguir que façam uma contratação mais adequada e que resolvam as necessidades, porque todos os dias vemos que faltam profissionais”, sustentou.

Para Telmo Mourinho Baptista, a solução passa por conseguir “ter mais protecção psicológica generalizada e de proximidade”, como nos centros de saúde e nas escolas.

O número de psicólogos inscritos nos centros de emprego tem aumentado desde 2009. Apesar das oscilações do ano de 2014, o último semestre “ficou marcado pelo acentuado aumento do número de psicólogos inscritos no IEFP”, fixando-se nos 3.719, números semelhantes aos de 2013, refere a OPP.

APCOI
47 mil alunos de todo o país juntam-se à Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil para promover hábitos saudáveis e...

Já foram divulgados os 378 “Hinos da Fruta” no site www.heroisdafruta.com, desenvolvidos por alunos dos 2 aos 12 anos de escolas do 1º ciclo e jardins de infância, de todo o país, no âmbito da 4ª edição do projecto “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável” promovido pela APCOI - Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil, que tem como objectivo aumentar o consumo diário de fruta fresca em idade escolar tendo em conta que 73,5% das crianças portuguesas ainda não ingere fruta na quantidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os “Hinos da Fruta” são canções apresentadas em formato de videoclip nos quais as crianças pretendem partilhar com os adultos, através da música, as importantes lições que aprenderam na 1ª etapa deste projecto sobre o papel da alimentação saudável na prevenção da obesidade infantil, doença que em Portugal afecta uma em cada três crianças.

A 2ª etapa do projecto “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável” que agora começa, convida todos os adultos a participar solidariamente naquela que é já segundo Mário Silva, presidente da APCOI “a maior iniciativa gratuita de educação para a saúde a nível nacional e que desde 2011 melhorou os hábitos alimentares de 183.395 crianças através de um modelo pedagógico de sucesso comprovado, como demonstram os resultados do impacto da última edição: 42,6% das crianças que participaram aumentaram o seu consumo diário de fruta, em apenas 12 semanas.”

Os vídeos estão disponíveis para votação do público até às 23:59 do dia 10 de Março de 2015, no site www.heroisdafruta.com. Esta votação irá apurar os 60 hinos finalistas, correspondentes aos 3 mais votados dos 18 distritos continentais e das 2 regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Posteriormente, o Júri composto por nomes de referência no panorama musical português (João Gil, Ana Bacalhau dos Deolinda, Amor Electro, Henrique Feist, Maria João, Mário Laginha, Vanessa Silva, Rita Redshoes, OqueStrada, HMB, Frankie Chavez, Filipe Pinto e também o cantor infantil Avô Cantigas) escolherá três vencedores entre os 60 finalistas e ainda um vencedor entre os hinos não finalistas.

Estas quatro escolas vencedoras vão receber a visita da APCOI que realizará a peça de teatro interactiva "Super Festa dos Heróis da Fruta" para celebrar a importância da fruta na alimentação diária das crianças.

Se votar nos “Hinos da Fruta” pode ganhar mais de 1200 prémios!

Quem votar nos hinos estará também a participar em simultâneo no passatempo "Vote nos Hinos da Fruta e Habilite-se a Ganhar Prémios" que vai oferecer 1250 bilhetes para: Parques Aquáticos, Zoológicos, Museus, Cinemas, Aquários, Centros Ciência Viva, Parques de Diversões e muito mais!

Para ganhar um prémio basta votar em qualquer “Hino da Fruta”. Até 10 de Março a APCOI está a oferecer um destes prémios de 40 em 40 votos. Saiba como votar em: www.heroisdafruta.com

Health Cluster Portugal
Cerca de 400 pessoas estão a usar e a testar diariamente soluções tecnológicas que visam simplificar a vida dos idosos, no...

O teste piloto, a decorrer no Grande Porto, Aveiro, Covilhã e Évora, é o resultado do AAL4ALL (‘Ambient Assisted Living’ para todos), que é financiado em 4,8 milhões pelo QREN e que reúne 30 entidades parceiras com o objectivo de desenvolver e implementar tecnologia e serviços que apoiem a população sénior no que diz respeito aos cuidados de saúde e bem-estar.

“A iniciativa AAL4ALL vem trazer soluções e apontar caminhos de resposta a um dos grandes desafios do nosso tempo: garantir que não perdemos qualidade de vida à medida que vamos envelhecendo. O aumento da população idosa e a necessidade de providenciar meios que respondam à crescente procura de melhores cuidados de saúde e bem-estar estão na base desta iniciativa”, explica o director-executivo do Health Cluster Portugal (HCP).

Segundo Joaquim Cunha, “a boa utilização das TICE (Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica) é essencial para proporcionar à população sénior a manutenção do seu estilo de vida de uma forma autónoma, com qualidade e no seu ambiente habitual, ou seja em casa ou no local de trabalho. Nesta iniciativa foi possível juntar empresas e instituições de referência nas áreas do conhecimento relevantes para os objectivos pretendidos, e obter resultados validados pelos utilizadores, num quadro em que a preocupação em assegurar modelos de negócio sustentáveis esteve sempre presente”.

Em comunicado, o HCP refere que ao longo dos quatro anos de projecto (2011-2015) foram desenvolvidos “centenas de testes e criadas dezenas de soluções inovadoras” com o objectivo de proporcionar “um novo fôlego à perspectiva de viver até uma idade avançada com qualidade de vida, decorrente do uso de novas tecnologias que suportam a manutenção do seu estilo de vida de uma forma autónoma, no ambiente habitual da sua casa”.

Alguns exemplos destas tecnologias passam pela detecção de queda do idoso/utilizador pelo smartphone e envio de um SMS de alerta ao seu cuidador, lembrete para a toma de medicação, monitorização da actividade física, contagem do número de passos efectuados, cálculo da distância percorrida e quilocalorias despendidas, entre outras.

Os resultados deste projecto serão apresentados na próxima segunda-feira, no Auditório do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), entre as 14:00 e as 17:45.

O Health Cluster Portugal é uma associação privada sem fins lucrativos que tem como objetivo promover o exercício de iniciativas e actividades tendentes à consolidação de um polo nacional de competitividade, inovação e tecnologia, de vocação internacional, através da promoção da cooperação entre empresas, organizações, universidades e entidades públicas.

O objectivo é o aumento do respectivo volume de negócios, das exportações e do emprego qualificado, nas áreas económicas associadas à área da saúde, bem como à melhoria da prestação de cuidados de saúde.

Assume como missão tornar Portugal num ‘player’ competitivo na investigação, concepção, desenvolvimento, fabrico e comercialização de produtos e serviços associados à saúde, em nichos de mercado e de tecnologia selecionados, tendo como alvo os mais exigentes e mais relevantes mercados internacionais.

Banco Farmacêutico
O Banco Farmacêutico anunciou que os portugueses doaram cerca de 10.500 fármacos e produtos de saúde na campanha de recolha de...

Os medicamentos doados vão ser entregues a 77 instituições de solidariedade social, que apoiam cerca de 79.758 pessoas.

Segundo o Banco Farmacêutico (BF), participaram nas VII Jornadas de Recolha de Medicamentos cerca de 400 voluntários e 132 farmácias dos distritos de Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora, Beja, Portalegre, Faro, Aveiro, Porto, Vila Real e Bragança.

Com esta iniciativa, “contribuímos para aumentar a acessibilidade ao medicamento a populações desfavorecidas”, refere o BF num comunicado publicado no seu ‘site’.

Todos os medicamentos e produtos de saúde doados eram “novos, seguros e de qualidade” (não são aceites medicamentos vindos de casa) e correspondem à lista de necessidades de cada uma das instituições de solidariedade social contempladas pela recolha.

No ano passado, aderiram ao programa 122 farmácias, que recolheram 10 mil medicamentos e produtos de saúde, no valor de 40 mil euros, que foram distribuídos pelas zonas centro e sul do país. Este ano, a iniciativa estendeu-se à região norte.

Em seis anos de Jornadas de Recolha de Medicamentos já foram doados 50 mil medicamentos e produtos de saúde, tendo-se “verificado um sólido crescimento do número de farmácias aderentes, voluntários, instituições apoiadas e também do número de medicamentos recolhidos”.

Desde 2009, ano em que a iniciativa decorreu pela primeira vez em Portugal, tanto o número de instituições apoiadas como o de farmácias associadas a esta causa quase duplicou, registando-se um crescimento que ronda os 190% em ambos os casos.

O Banco Farmacêutico nasceu em Milão e a primeira Jornada de Recolha de Medicamentos decorreu em Dezembro de 2000. Desde então, a iniciativa tem-se realizado todos os anos no segundo sábado do mês de Fevereiro.

Actualmente, a iniciativa, que também existe em Espanha desde 2007, abrange cerca de 3.500 farmácias e já beneficia mais de 450 mil pessoas carenciadas.

Após demissão de Miguel Oliveira e Silva
O obstetra Miguel Oliveira e Silva, que apresentou a demissão do cargo de director clínico do Centro Hospitalar de Lisboa Norte...

O médico, que preside ao Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), estava nestas funções desde Outubro de 2014, tendo substituído no cargo a pediatra Maria do Céu Machado, que também se demitiu.

Miguel Oliveira e Silva será substituído por Margarida Lucas, que actualmente dirige o serviço de urgências do Hospital de Santa Maria que, juntamente com o Pulido Valente, compõe o Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN).

A demissão de Miguel Oliveira e Silva foi hoje noticiada pelo Diário de Notícias.

OMS pede
A Organização Mundial de Saúde pediu aos países para investirem mais fundos no combate a um conjunto de doenças tropicais...

Com 1,5 mil milhões de pessoas afectadas num universo de 149 países, a Organização Mundial de Saúde (OMS) insiste, num relatório sobre o combate a “doenças tropicais negligenciadas” – em que elenca 17 – que a injecção de verbas adicionais pode salvar vidas, prevenir deficiências, acabar com o sofrimento e melhorar a produtividade.

“O aumento do investimento por parte dos governos pode aliviar a miséria humana, distribuir de forma equitativa os ganhos e libertar multidões há muito condenadas à pobreza”, afirmou a directora-geral da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan.

Dirk Engels, que lidera o departamento de controlo de doenças tropicais negligenciadas, disse aos jornalistas, em Genebra, que África é “o continente com o maior número dessas doenças, em termos absolutos”, com muitas pessoas a sofrerem de mais do que um tipo.

Segundo o mesmo responsável, cerca de 450 milhões de pessoas na África subsariana estão em risco de contrair essas doenças.

Contudo, como ressalvou a OMS, também atingem a América Latina, o Médio Oriente e a Ásia e podem até aparecer em países europeus ou nos Estados Unidos.

A OMS considera a úlcera de Buruli, a doença de Chagas, a cisticercose, a dengue, a dracunculíase (doença do verme da Guiné), a equinococose, a fasciolíase, a tripanossomíase africana (doença do sono), a leishmaniose, a lepra, a filaríase linfática, a oncocercíase (a cegueira dos rios), a raiva, a esquistossomose, as parasitoses, o tracoma e o bouba como as doenças tropicais negligenciadas.

Neste sentido, a OMS recomenda aos países que invistam 2,9 mil milhões de dólares anualmente até 2020 para tratar as doenças ou combater os vetores das mesmas, como sejam os insectos.

Depois disso, os fundos necessários para a década seguinte cairiam para 1,6 mil milhões de dólares anuais, à medida que as doenças são reduzidas ou erradicadas, indicou o organismo.

O investimento total para 16 anos ascende a 34 mil milhões de dólares.

Nos Açores
Uma investigadora da Universidade dos Açores identificou, em espécies marinhas invasoras presentes nas águas do arquipélago,...

“Encontrámos uma série de extractos dessas espécies que têm actividade antitumoral, em laboratório, que ainda não foram testadas em animais”, revelou Carmo Barreto, à margem de um seminário sobre espécies marinhas invasoras, que decorreu no polo de Ponta Delgada da Universidade dos Açores.

A investigadora referiu que um destes extractos, encontrados no âmbito de uma recolha de espécies marinhas invasoras realizada em 2013 nas ilhas de São Miguel e Santa Maria, possui uma “actividade bastante elevada” no combate às células tumorais que pode ajudar a combater o cancro de mama.

“Ainda por cima, têm uma actividade muito mais elevada contra estas células cancerígenas do que contra as células normais. Isto é algo muito positivo quando andamos à procura de produtos para a quimioterapia”, explicou Carmo Barreto.

Ainda no âmbito da análise de espécies marinhas invasoras que chegam aos Açores através dos cascos dos navios, foi identificada, segundo a investigadora, uma substância que pode dar um bom pesticida de origem biológica e, por outro lado, uma boa droga para combater a doença de Alzheimer.

O trabalho de laboratório que conduziu a estas conclusões teve início em 2014, de acordo com Carmo Barreto, que referiu que a Universidade de Aveiro tem colaborado com a academia açoriana neste projecto, que é coordenado por Ana Cristina Costa, responsável pelo CIBIO-Açores - Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos.

Maioria com fármacos recentes
O Ministério da Saúde autorizou até agora 802 tratamentos para a hepatite C, dos quais 633 com os medicamentos mais recentes,...

Em comunicado, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) precisa que há 302 tratamentos com sofosbuvir ou suas combinações, e 331 tratamentos por via de ensaios clínicos (170) ou através de acesso sem custos para o Serviço Nacional de Saúde (161 casos).

O comunicado foi divulgado depois de uma reunião do Ministério da Saúde com os hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), marcada na sequência do acordo de terça-feira entre o ministério e a farmacêutica Gillead para a comparticipação a 100% dos medicamentos para a hepatite Sovaldi (sofosbuvir) e Harvoni (sofosbuvir e ledipasvir).

A reunião serviu para dar início ao dispositivo nacional para o tratamento imediato da hepatite C e dizer aos hospitais a estratégia para o tratamento da doença.

Segundo a nova estratégia as Comissões de Farmácia e Terapêutica (CFT) de cada hospital devem de pronunciar-se no prazo de cinco dias para decidir a utilização dos medicamentos, cabendo à Administração Central do Sistema de Saúde gerir o modelo de financiamento. Todo o processo será gerido através do Portal da hepatite C.

“Desta forma pretende-se promover uma maior celeridade aos pedidos de tratamento no mais curto espaço de tempo e com critérios claros, protocolados e monitorizados”, diz-se no comunicado, no qual se salienta a “mudança de paradigma” no tratamento da hepatite C.

A questão da hepatite C e dos medicamentos para a doença (um universo de cerca de 13.000 pessoas) foi recentemente polémica, depois de uma doente ter morrido enquanto esperava autorização para a toma de um novo fármaco e dos protestos de outro doente numa comissão parlamentar na qual estava o ministro da Saúde.

A farmacêutica Gillead chegou a pedir 48 mil euros para curar cada doente com hepatite C através de um medicamento inovador (sofosbuvir). O Ministério da Saúde negociou durante um largo período para conseguir preços mais baixos.

Ordem dos Médicos alerta
O conselho regional do Sul da Ordem dos Médicos responsabiliza a tutela pelas demissões no Hospital Fernando da Fonseca,...

A Ordem dos Médicos reagia assim em comunicado à decisão dos directores de serviço do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) colocarem os seus lugares à disposição, acusando a Administração e a Direcção Clínica de não terem em consideração as necessidades do hospital para levar a cabo a sua missão de tratar bem os doentes.

Numa referência à recente demissão de chefes de equipa de urgência do Garcia de Orta, o conselho do Sul da Ordem sublinha que esta é a segunda vez, num curto espaço de tempo, que médicos chefes de serviço se demitem por razões semelhantes: falta de condições de trabalho e défice do número de elementos das equipas.

“Uma política de saúde que se baseia nas regras financeiras teria que dar este resultado, era apenas uma questão de tempo. Podem as intervenções do ministro da Saúde, que nunca responde a questões essenciais de forma clara, dar a ideia de que um surto de gripe imoderado causa imensos problemas ao seu modelo de gestão dos serviços, mas a realidade é outra, é a de um caminho que conduzirá outros hospitais para situações semelhantes a esta”, afirma.

O conselho regional do Sul da Ordem dos Médicos responsabiliza os dirigentes políticos da saúde, orientados pelo ministro da tutela, e os gestores por eles nomeados – e não os médicos nem os outros profissionais de saúde – por este “caos no SNS [Serviço Nacional de Saúde] de que não há memória”.

A Ordem salienta que “a situação dramática” que se vive neste hospital, que esteve sem director clínico cerca de dois meses, estava prevista por estes médicos, que advertiram o Conselho de Administração e a Direcção Clínica em diversas circunstâncias.

“Mas a verdade é que o Hospital continuou a perder profissionais e revelou uma grave incapacidade de contratar”, afirma aquele organismo, acrescentando ter acompanhado “com atenção ocaso” e recebido denuncias que tentou resolver, mas que “caíram em saco roto”.

Para a Ordem dos Médicos, com esta política de contenção de despesas e de contratos em outsourcing dificilmente poderão melhorar as condições de trabalho dos médicos e os cuidados de saúde prestados aos doentes.

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