Opinião
Nos últimos anos, a ciência tem oferecido uma luz ao fundo do túnel numa das batalhas mais desafiado

Mais do que uma inovação biomédica, uma vacina oncológica sinaliza uma transformação no entendimento de como enfrentamos esta doença devastadora, que rouba milhões de vidas todos os anos. Porém, enquanto celebramos os avanços, também é necessário questionar: será a medicina moderna uma manifestação de altruísmo ético ou um jogo estratégico de influência geopolítica? Quais são os limites e as oportunidades para o futuro da oncologia, e até onde podemos sonhar?

O que já foi feito: Uma linha do tempo de vitórias e desafios

A história da oncologia moderna está repleta de marcos que ilustram como a humanidade na busca incansável em combater o cancro. Desde o início do século XX, quando as primeiras terapias cirúrgicas começaram a ganhar sofisticação, até a criação da quimioterapia na década de 1940, a luta contra esta doença sempre foi permeada por avanços e retrocessos.

A radioterapia, descoberta como um subproduto do trabalho de pioneiros como Marie Curie, tornou-se um marco na abordagem localizada de tumores. Na década de 1970, o surgimento da hormonoterapia mudou a forma de tratar cancros hormonais, como o da mama e da próstata. O mapeamento do genoma humano, concluído em 2003, abriu portas para a medicina personalizada, enquanto as imunoterapias – como os inibidores de checkpoint – trouxeram uma nova dimensão ao permitir que o sistema imunológico reconhecesse e atacasse tumores.

Porém, o verdadeiro divisor de águas ocorreu no final da década de 2010, com os primeiros passos rumo a vacinas contra o cancro. Um exemplo notável foi a vacina contra o HPV, que comprovadamente previne o cancro do colo do útero. Agora, ao olharmos para o horizonte, a promessa de vacinas personalizadas e eficazes contra uma ampla gama de tumores parece estar ao alcance.

O presente: A geopolítica da saúde e os limites éticos

O anúncio da Rússia de que lançará uma vacina oncológica em 2025 coloca em destaque uma questão central: a quem pertence o progresso científico? A pesquisa médica, financiada por grandes potências, muitas vezes se torna uma ferramenta de «soft power». Não é coincidência que países como os EUA, China e Rússia estejam investindo pesadamente em biotecnologia. Em tempos de polarização global, o desenvolvimento de tratamentos revolucionários não é apenas uma questão de salvar vidas, mas também de projectar influência.

Esse cenário levanta questões éticas fundamentais: será que esses avanços estarão acessíveis para todos, ou serão reservados apenas para nações privilegiadas? A medicina deve ser um bem universal ou permanecerá sujeita às dinâmicas económicas e políticas?

Por outro lado, o impacto das vacinas oncológicas no próprio sistema de saúde será imenso. A prevenção do cancro poderia reduzir significativamente os custos de tratamentos longos e debilitantes, de modo a catalisar recursos para outras áreas da saúde. Mas, para isso, será preciso um esforço global de colaboração e acessibilidade, algo que a geopolítica contemporânea parece ter relutância em dar prioridade.

O futuro: Uma esperança à prova de desafios

Observando o que está por vir, o campo da oncologia parece estar em um ponto de viragem. A revolução tecnológica, combinada com a crescente integração da inteligência artificial, promete acelerar o desenvolvimento de terapias mais precisas e eficazes.

Imagina-se um mundo onde exames simples de sangue, as chamadas biópsias líquidas, permitam a detecção precoce do cancro em estágios imperceptíveis pelos métodos actuais. As terapias genéticas, como a edição de genes CRISPR, já começaram a mostrar potencial na modificação de células cancerígenas. Adicionalmente, o uso de nanotecnologia pode revolucionar a administração de medicamentos, tornando-os mais eficazes e menos tóxicos.

No entanto, o maior desafio continua a ser a acessibilidade. A ciência só terá cumprido seu propósito quando os avanços não forem privilégio de poucos. Isso exigirá políticas públicas que dêem prioridade a investimentos na saúde global, parcerias público-privadas e o fortalecimento de sistemas de saúde em países menos desenvolvidos.

Conclusão: O amanhã que queremos construir

Ao reflectirmos sobre o futuro da oncologia, é impossível ignorar o impacto potencial de uma vacina contra o cancro. Ela representa mais do que uma cura; simboliza um marco na história da medicina, um testemunho do que a humanidade pode alcançar quando ciência, tecnologia e determinação convergem.

Mas a pergunta permanece: estaremos prontos para tornar essa conquista acessível a todos? Ou permitiremos que ela seja mais uma ferramenta de desigualdade no mundo? A medicina, enquanto ciência da vida, não deve se submeter a jogos de poder; ela deve transcender as fronteiras geopolíticas e servir como um pilar universal de dignidade e esperança.

O futuro da oncologia – e da própria medicina – será definido pelas escolhas que fizermos hoje. Escolheremos a competição ou a colaboração? A exclusividade ou a inclusão? O que está em jogo não é apenas o combate ao cancro, mas o tipo de sociedade que desejamos construir.

Que esta seja uma era onde a ciência, além de vencer batalhas contra a doença, inspire o melhor da humanidade: empatia, igualdade e o compromisso com um amanhã mais saudável e justo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ordem dos Psicólogos Portugueses
OPP partilha checklist que o ajuda a verificar o seu bem-estar e a lidar com alguém com um problema de saúde mental nesta...

A Ordem dos Psicólogos Portugueses alerta para o impacto significativo que a época natalícia pode causar na nossa saúde mental. 64% das pessoas com problemas de saúde mental relatam um agravamento dos seus sintomas e dificuldades habituais durante a quadra festiva. A época natalícia, frequentemente associada a celebrações e momentos de união familiar, pode também trazer desafios emocionais, particularmente para aqueles que enfrentam problemas como ansiedade, depressão ou stress. A pressão social para demonstrar felicidade, questões financeiras, isolamento e conflitos familiares são fatores que podem contribuir para o agravamento destes sintomas.

Para o ajudar a verificar se esta altura do ano está a impactar de forma negativa o seu bem-estar, a Ordem dos Psicólogos Portugueses elaborou uma lista de perguntas para utilizar durante a época das festas:

  • Reconhece e aceita as suas necessidades e sentimentos nesta época (mesmo quando não sente o mesmo que as pessoas à sua volta)?
  • Prioriza o seu autocuidado (mantém hábitos de atividade física, alimentação e sono saudáveis)?
  • Diz “não” a pedidos que lhe provoquem mal-estar e desconforto?
  • Aceita que, nas dinâmicas familiares, só controla o seu papel e que pode não ser realista esperar “momentos perfeitos”?
  • Reduz o tempo que passa nas redes sociais e evita comparar o seu Natal/Ano Novo com aqueles que aí vê?
  • Partilha como se está a sentir e comunica como as outras pessoas o/a podem ajudar neste período?
  • Agradece (por telefone ou mensagem, por exemplo) às pessoas que lhe deram apoio durante o ano?
  • Se for caso disso, garante que tem medicação suficiente e contactos de emergência?
  • Procura ou mantém/intensifica a ajuda profissional que já tem quando se sente sobrecarregado/a e não consegue funcionar habitualmente?

A acompanhar esta checklist, a Ordem dos Psicólogos Portugueses deixa ainda dicas do que fazer e evitar ao lidar com um familiar ou amigo que esteja a lutar com um problema de saúde mental.

Fazer: Escutar e aceitar necessidades e sentimentos diferentes dos nossos; compreender que o Natal e o Ano Novo não têm o mesmo impacto para todas as pessoas e que podem ser períodos difíceis de gerir; assegurar que a pessoa não está sozinha (estarmos presentes, enviar uma mensagem, fazer uma chamada); tornar o Natal inclusivo, organizando as atividades em função das necessidades de todos; perguntar às pessoas como podemos ajudar;

Evitar: Dizer coisas como “é suposto o Natal ser um momento feliz!”, “toda a gente se está a divertir menos tu! Podia ao menos tentar…”, “há quem esteja pior e não esteja com essa cara”; pensar e interpretar as situações de acordo com a ideia de que a pessoa está a (tentar) “estragar o natal”; pressionar a pessoa para comer, beber ou fazer comentários sobre a sua aparência e atitudes; “levar a peito” que a pessoa não queira participar ou estar connosco em determinados momentos; fazer perguntas difíceis ou implicar que a pessoa se deve justificar;

Saiba mais aqui: Natal e Saúde Psicológica - Eu Sinto-me

A Ordem dos Psicólogos Portugueses relembra que tem ajuda disponível através do Serviço de Aconselhamento Psicológico do SNS24 através do número: 808242424

ULSCBeira promoveu
A Unidade Local de Saúde da Cova da Beira realizou no passado dia 16 de dezembro, a habitual sessão de encerramento do ano,...

Esta sessão de balanço do ano formativo contou com a presença da Dra. Arminda Jorge, Diretora do Internato Médico, da Dra. Rosa Ballesteros, Diretora Clínica dos Cuidados de Saúde Hospitalar, da Dra. Sara Rodrigues, Diretora do Serviço de Recursos Humanos, do Dr. Gustavo Factori, representante da Comissão de Internos da ULS da Cova da Beira, e da Dra. Maria Beatriz Batista, representante dos Internos de Formação Geral de 2024.

Foram reconhecidos o empenho e a dedicação destes jovens médicos, sublinhando-se a relevância do seu contributo para a qualidade dos cuidados de saúde prestados. As intervenções reforçaram o compromisso da instituição com a excelência formativa e a valorização contínua dos seus profissionais.

Em janeiro de 2025, a ULS da Cova da Beira acolherá 42 novos médicos de formação geral e 16 de formação especializada, reafirmando a sua posição como referência na formação e desenvolvimento de carreiras na área da saúde.

 

Como prevenir riscos e evitar urgências veterinárias
O Natal é uma época de celebrações, convívio familiar e momentos de alegria, mas também é um período

A AniCura, grupo de hospitais e clínicas especializado em cuidados médico-veterinários para animais de companhia, considera importante reconhecer algumas ameaças que podem comprometer o bem-estar dos nossos animais de companhia e alerta os cuidadores para as precauções necessárias a fim de evitar urgências veterinárias, comuns durante esta época.

 

 

Entre os principais riscos, destacam-se:

  1. Ruídos fortes e fogos de artifício. Os foguetes, os fogos de artificio e a música alta são um clássico desta época, mas representam um dos maiores problemas para os animais, provocando medo, pânico, stress significativo ou mesmo traumas. Os cães e gatos têm uma audição muito sensível, pelo que o ideal é mantê-los num ambiente confortável e isolado do barulho, como um local com as janelas fechadas e, se o animal se apresentar agitado, considerar soluções como terapia hormonal ou medicamentos, mas sempre com orientação do veterinário.
  2. Plantas e decorações de Natal. Plantas decorativas como jacintos, amarílis, flor-de-Natal ou visco são tóxicas para os animais1. Tanto a ingestão como o contacto podem causar graves problemas. Além disso, objetos como grinaldas, fitas, velas e pequenos ornamentos podem ser ingeridos, levando a obstruções intestinais. Aconselha-se a manter as plantas e as decorações fora do alcance das patas e bocas dos animais curiosos.
  3. Alimentação inadequada. Alimentos típicos desta época, como doces, uvas, passas e frutos secos, são perigosos para os animais, mesmo em pequenas quantidades. Muitos destes alimentos contêm níveis elevados de gordura e sal, podendo causar intoxicação, graves problemas gastrointestinais e até mesmo insuficiência renal ou danos em órgãos internos. É importante não oferecer restos de comida aos animais e ter cuidado para que eles não acedam a alimentos deixados em locais vulneráveis. Em alternativa, oferecer alimentos indicados pelo veterinário ou guloseimas específicas para animais são as melhores opções.
  4. Risco de perda. O aumento de visitas, movimentação e passeios durante o Natal aumenta a possibilidade de os animais se desorientarem e se perderem. Deve certificar-se de que os animais têm coleira com identificação visível e, idealmente, microchip com os dados atualizados.
  5. Exposição ao frio. Nos passeios ao ar livre em dias frios ou com neve, alerta-se ainda para as feridas ou irritações nas patas e a necessidade de agasalhos adequados, especialmente em cães de pelo curto, idosos ou mais sensíveis ao frio. É aconselhável limpar as almofadas das patas após os passeios e uso de cremes protetores próprios para animais, se necessário, e evitar passeios prolongados em temperaturas muito baixas.

O Dr. João Reis, especialista em comportamento animal do AniCura Alma Hospital Veterinário, reforça que “as festividades podem ser desafiadoras para os animais de companhia devido às mudanças na rotina e ao ambiente festivo, que muitas vezes não consideram as necessidades dos animais. Com algumas precauções simples, é possível garantir que todos desfrutem de um Natal seguro e tranquilo”.

Os cuidadores ao planearem o Natal devem ter em conta o bem-estar dos seus animais e estarem atentos a sinais de intoxicação ou doença como prostração, falta de apetite, vómitos, diarreia, aumento da sede e do consumo de água, úlceras ou feridas na boca. 

A prevenção é essencial para evitar acidentes e emergências e, assim, viver o espírito de Natal da forma mais feliz. Caso se verifiquem comportamentos estranhos ou alguns dos sintomas mencionados, os cuidadores devem procurar imediatamente assistência veterinária.

 

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Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) volta a consciencializar para a doença hepática alcoólica, uma...

No Ano Novo é comum traçarem-se novas metas e objetivos. "Com este desafio, queremos motivar os jovens e adultos portugueses a adotarem um estilo de vida mais saudável durante todo o ano. É particularmente preocupante o consumo de álcool entre os jovens, sobretudo no contexto da vida social e noturna." Segundo os dados do relatório do ICAD, podemos verificar que, no ano de 2023, em cada 10 jovens de 18 anos, 8 beberam álcool”, alerta Arsénio Santos, presidente da APEF.

De acordo com o relatório “Comportamentos Aditivos aos 18 anos. Inquérito aos jovens participantes no Dia da Defesa Nacional – 2023: Consumos de Substâncias Psicoativas”, realizado pelo Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD) , há um elevado consumo de bebidas alcoólicas entre os jovens com 18 anos, em Portugal, sendo a sua prevalência mais expressiva no sexo feminino (80%), do que no sexo masculino (77%).

O elevado consumo de álcool traz graves consequências para a saúde, principalmente para o fígado. “Entre as principais consequências estão a esteatose hepática, mais conhecida como fígado gordo, a hepatite alcoólica e a cirrose hepática. Além disso, há também consequências indiretas, como as provocadas por acidentes de viação, entre outras. Estas situações, se não forem tratadas ou prevenidas, podem causar danos graves à saúde e até levar à morte. É, assim, importante reforçar que viver sem consumir álcool é perfeitamente possível, sem que isso impeça as pessoas de se divertirem, relaxarem ou socializarem”, explica Arsénio Santos.

E acrescenta: “Os adultos devem ponderar sobre os seus comportamentos sociais e os impactos que estes têm na sua saúde, além de alertarem os jovens sobre os perigos e problemas associados ao consumo de álcool. Entre esses riscos, destacam-se situações de mal-estar emocional e comportamentos impulsivos ou arriscados, como a prática de relações sexuais desprotegidas”.

A iniciativa “Janeiro Sem Álcool” ocorre em simultâneo em vários países, desde 2013. Em Portugal é a quarta vez que o desafio é promovido.

Segundo os dados do relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), de 2022, e as últimas estimativas disponíveis do WHO Global Information System on Alcohol and Health (GISAH) para Portugal, verifica-se que, em 2019, o consumo de álcool era mais elevado por parte dos homens, com 19,5 litros de álcool puro per capita por ano, do que das mulheres, que consumiam 5,6 litros.

O relatório do SICAD demonstra também que em 2022 foram registados 40.465 internamentos hospitalares, com diagnóstico principal ou secundário atribuíveis ao consumo de álcool, envolvendo 30.301 indivíduos em Portugal. Os dados referem ainda que, em 2021, morreram 2.526 pessoas por doenças atribuíveis ao álcool, 26% das quais por doença alcoólica do fígado. 

Federação Internacional da Diabetes
O Dr. Luís Gardete Correia, médico endocrinologista e ex-presidente da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP),...

A IDF concede o título de Honorary Fellow a um seleto grupo de indivíduos que demonstram um compromisso extraordinário com a sua missão e que contribuem significativamente para o avanço do conhecimento e dos cuidados na área da diabetes a nível global. Os profissionais distinguidos com este título são verdadeiros embaixadores da missão da IDF: melhorar a vida das pessoas com diabetes e daquelas que estão em risco de a desenvolver. Luís Gardete Correia, que já foi vice-presidente da Federação Internacional da Diabetes junta-se agora a este grupo distinto, refletindo o impacto e a importância do seu trabalho.

"Receber o título de Honorary Fellow da IDF é uma honra imensa, especialmente por vir de uma organização que considero minha casa. A IDF tem sido uma parte integral da minha jornada profissional, e este reconhecimento reforça a importância do trabalho coletivo que a APDP realiza há mais de 100 anos para melhorar a vida das pessoas com diabetes em todo o mundo", revela o presidente da Fundação Ernesto Roma.

Representando a comunidade global da diabetes, a IDF é uma organização sem fins lucrativos que une mais de 240 associações nacionais em 161 países e territórios. Com o objetivo de melhorar a vida e capacitar os cerca de 540 milhões de indivíduos que vivem com diabetes, a IDF também trabalha na prevenção da doença em pessoas em risco. Através de ações de sensibilização, a organização mantém a diabetes como um tema central na agenda pública, destacando questões cruciais para a comunidade global afetada pela doença.

Para doentes renais
A pensar nas celebrações de Natal e Ano Novo, a Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) está a promover o livro ...

"Para quem vive com doença renal, a alimentação durante a época festiva pode ser um desafio, já que muitos alimentos tradicionais do Natal, como o leite, os ovos, as batatas, as hortaliças e o bacalhau, possuem níveis elevados de fósforo, potássio ou sal. Por isso, é importante que os doentes tenham atenção às recomendações nutricionais, controlando a dose e a frequência com que ingerem estes alimentos”, explica Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL.

E acrescenta: “Com este livro, esperamos ajudar os doentes a desfrutarem desta quadra de forma prazerosa, saudável e segura. Além disso, queremos educar para escolhas alimentares mais conscientes, não apenas no Natal, mas em todas as ocasiões.” 

Com mais de 20 receitas, o livro inclui opções variadas de entradas, sopas, pratos principais (de peixe, carne e vegetarianos) e sobremesas, da autoria de nutricionistas de clínicas privadas de diálise associadas da ANADIAL.

A alimentação desempenha um papel fundamental na vida do doente renal crónico, sendo uma parte integrante do tratamento e da gestão da doença. Para estas pessoas, cada escolha alimentar tem um impacto direto na sua saúde renal e no seu bem-estar geral. A alimentação do doente renal crónico deve respeitar quantidades e qualidades específicas, sendo que as principais preocupações dizem respeito às quantidades de energia, proteína, potássio, fósforo, sódio e água recomendadas.

A doença renal crónica caracteriza-se pela deterioração lenta e irreversível da função renal, resultando na acumulação de produtos metabólicos tóxicos no organismo. Doentes com diabetes, hipertensão, obesidade ou historial familiar estão entre os mais suscetíveis, sendo essencial que sigam um plano alimentar adaptado, equilibrando nutrientes como proteína, fósforo, potássio e sódio.

O livro “Receitas de Natal para Doentes Renais Crónicos” será distribuído nas clínicas de diálise privadas associadas da ANADIAL, e pode ser consultado em www.anadial.pt ou em www.rim.pt . Esta publicação sucede ao lançamento do livro “Receitas de Páscoa para Doentes Renais Crónicos”, apresentado em abril deste ano e igualmente disponível online.

Promete muito power!
O RETHINKING PHARMA, reunião magna dos profissionais da Indústria Farmacêutica em Portugal, regressa em 2025 com o mote ...

Este será um momento para reencontrar colegas, afinar parcerias, descobrir novas soluções e desbravar novos caminhos no negócio farmacêutico. 
"Este ano, podem esperar muito power! Estamos a construir um cartaz fantástico, que brevemente será revelado”, afirma Paulo Silva, diretor da Revista MARKETING FARMACÊUTICO. 

A edição de 2025 decorre no dia 5 de junho, em Lisboa, e as inscrições já se encontram abertas aqui.

O RETHINKING PHARMA 2024 é uma iniciativa da PHARMAPLANET em parceria com a revista MARKETING FARMACÊUTICO, o meio de referência do setor, e conta com o patrocínio da RANGEL LOGISTICS SOLUTIONS e da OCP Portugal. A revista FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO, FARMÁCIA CLÍNICA e o Portal NETFARMA são media partners. 

Coimbra recebe debate
No próximo dia 19 de dezembro, pelas 19h, o Hotel D. Luís, em Coimbra, será o cenário de um evento que reúne especialistas de...

Inspirado no filme "Joy – O Nascimento da FIV", que narra a criação da técnica revolucionária que possibilitou o nascimento de Louise Brown, o primeiro "bebé-proveta", o encontro promete um olhar aprofundado sobre o passado, presente e futuro da Procriação Medicamente Assistida (PMA).

O evento tem como objetivo explorar os marcos históricos da medicina reprodutiva, desde os desafios enfrentados nos seus primórdios até os avanços mais recentes, como as tecnologias de inteligência artificial que auxiliam na tomada de decisões clínicas e as técnicas sofisticadas capazes de identificar problemas genéticos em embriões, permitindo prever características genéticas dos futuros bebés.

Para debater estes temas, o encontro conta com a presença de alguns dos mais conceituados especialistas portugueses da área da Medicina da Reprodução, nomeadamente:

●        Prof.ª Isabel Torgal, Diretora Clínica da Ferticentro e considerada uma das pioneiras da FIV em Portugal.

●        Dra. Joana Mesquita Guimarães, Diretora Clínica da Procriar e membro do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida.

●        Dr. Vladimiro Silva, Diretor Científico das Clínicas Procriar, Ferticentro e Ava Clinic.

A participação no evento é gratuita e aberta ao público, sendo que a confirmação de presença deve ser feita para o seguinte contacto: [email protected]

Um Natal para todos ouvir
Natal é sinónimo de união e celebração, de convívios e reencontros com família e amigos.

Na hora de planear os detalhes da festa de Natal e de Ano Novo, importa considerar as diferenças de cada um e criar um ambiente mágico e verdadeiramente inclusivo, onde todos se sintam confortáveis e façam parte da celebração.

Para assegurar que todos os seus convidados, especialmente aqueles que vivem com dificuldades auditivas, desfrutam da magia desta época, partilhamos nove conselhos que deve seguir:

  1. Reduza o ruído de fundo – A música alta, conversas paralelas e o barulho de eletrodomésticos podem dificultar a compreensão para quem tem perda auditiva. É recomendado optar por música ambiente suave e, se possível, criar zonas mais calmas no espaço, para facilitar as conversas.
  2. Boa iluminação – A iluminação adequada ajuda na leitura labial, uma estratégia importante para as pessoas com perda auditiva que, por vezes, precisam de elementos visuais para complementar a audição.
  3. Escolha estrategicamente os lugares dos convidados – A organização da sala é um dos detalhes cruciais para integrar as pessoas com dificuldades auditivas. Estes convidados devem ficar em lugares onde consigam ver claramente os rostos de quem fala e afastadas de fontes de ruído (televisão ou colunas de som, por exemplo).
  4. Evitar gritos – Os gritos distorcem os sons e dificultam o entendimento do discurso. É recomendado falar de forma clara e pausada, articulando bem as palavras.
  5. Se quiser falar com alguém com perda auditiva, chame à atenção a pessoa e seja paciente – Quando se tem perda auditiva, distraímo-nos com mais facilidade. Se quiser falar com a pessoa, dê-lhe um sinal para captar a sua atenção, como um toque no braço. Caso a pessoa não consiga perceber o que foi dito, reformule com outras palavras e seja compreensivo.
  6. Envolva as pessoas com perda auditiva na conversa – É fundamental incluí-las nos temas, fazendo perguntas diretas.
  7. Escolha atividades lúdicas com recursos visuais – Nos momentos de lazer é aconselhado utilizar recursos visuais, que não dependam exclusivamente da audição, como jogos com cartas, filmes e programas de televisão com legendas, mímica, entre outros.
  8. Informe-se sobre as necessidades das pessoas com perda auditiva – Perguntar abertamente o que pode facilitar a sua participação e compreensão é indispensável, pois cada pessoa é única e tem necessidades específicas.

Se algum dos seus convidados utiliza aparelhos auditivos, é importante verificar que o ambiente permitirá o seu bom funcionamento, minimizando as interferências.

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Fóruns 20 Anos 20 Temas
No âmbito das comemorações dos 20 anos da criação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) serão ao longo de 2024 realizados...

Estes fóruns temáticos são abertos à participação de toda a sociedade portuguesa, quer através da colocação de perguntas por meios eletrónicos, quer através de colocação de perguntas em formato digital (usando vídeos).
 

 

FÓRUM: A participação no sistema de saúde: um direito dos utentes

DATA: 12 dezembro 2024

HORA: 11H30

CONTEXTO: Os utentes têm direito a participar no sistema de saúde, de forma individual ou coletiva, o que decorre, desde logo, do Estado de Direito Democrático e da consagração, na Constituição da República Portuguesa, do direito à proteção da saúde.

Neste fórum serão caracterizados os processos participativos, bem como abordados os princípios e formas de participação, a importância e o papel das associações representativas e de defesa dos direitos e interesses dos utentes, e outras figuras e aspetos relevantes sobre esta temática.

Apresentação: Teresa Santos

COMO PARTICIPAR

As pessoas interessadas em participar nos fóruns, que irão ser emitidos em direto e posteriormente disponibilizados na página eletrónica da ERS, podem enviar as suas questões do seguinte modo:

1. Enviar Perguntas através de Vídeo:

Nesta situação devem:

  1. Gravar a sua pergunta em vídeo;
  2. Submeter a questão através deste formulário que autoriza a difusão e reprodução da sua pergunta;
  3. Esperar pelo dia da emissão e acreditar que a pergunta será escolhida para ser exibida.

CLIQUE AQUI PARA ENVIAR PERGUNTA

2. Enviando perguntas em direto

Através do acesso à pagina eletrónica da ERS - www.ers.pt -, da página LinkedIn e do Canal de You tube, pode formular perguntas e estas podem ser emitidas durante o fórum.

Nota importante: Ao colocar a pergunta numa das caixas de diálogo esta poderá ser exibida durante a emissão, acompanhada do nome e do apelido. Caso pretenda colocar perguntas sob a forma de anonimato não deve usar o nome que o identifique , sendo permitido o uso de acrónimos, siglas ou pseudónimos.

Consulte as políticas de privacidade da ERS aqui

 

19 de dezembro
A Unidade Local de Saúde da Cova da Beira (ULSCBEIRA) vai promover a iniciativa “DIA DIGITAL E TELESSAÚDE”, um evento de...

Esta atividade surge como uma oportunidade única para explorar o papel transformador da tecnologia na saúde, promovendo uma conexão mais próxima e acessível entre cidadãos e serviços de saúde, transcendendo barreiras geográficas e físicas.

Durante este dia, a ULSCBEIRA irá:

- Apresentar iniciativas já implementadas no âmbito da telessaúde e telecuidados.

- Revelar novas ferramentas e tecnologias que em breve estarão disponíveis para a população.

- Facilitar a interação entre profissionais, utentes e soluções digitais inovadoras, destacando o futuro dos cuidados de saúde.

O evento é destinado a profissionais de saúde no período da manhã e à comunidade em geral durante a tarde, e visa oferecer a todos uma experiência imersiva e educativa.

Programa do Evento:

Período da Manhã – Exclusivo para Profissionais de Saúde

Local: Auditório do Hospital Pêro da Covilhã

Inscrições obrigatórias em: chcbeira.up.events (certificação disponível para os colaboradores da ULSCBEIRA inscritos).

09:30h - Receção dos participantes

10:00h - Boas Vindas e Abertura - Dra. Rosa Maria Ballesteros Ballesteros, Diretora Clínica dos Cuidados de Saúde Hospitalares da ULSCBEIRA

10:10h - Apresentação da Plataforma Live para a prática de Teleconsultas - Catarina Sardinha, SPMS-UID

10:30h - Apresentação da Plataforma de Telecuidados, para a prática da Telemonitorização e Telereabilitação - Ana Garcia, SPMS-UID.

10:50h - Serviços Digitais, foco no profissional de Saúde - Rui Parreira, SPMS-UID

11:10h - Apresentação dos projetos piloto da ULSCBEIRA:

- Telemonitorização na Insuficiência Cardíaca - Dr. Luís Oliveira, Cardiologista, ULSCBEIRA

- Telemonitorização Fisiológica - Dr. Manuel Carvalho Rodrigues, Cardiologista, ULSCBEIRA

- Papel da Telemedicina na Diabetes Mellitus - Dra. Dídia Lages, Internista, ULSCBEIRA

12:30h - Encerramento da Sessão - Prof. Doutor João Pedro Marques Gomes, Presidente do Conselho de Administração da ULSCBEIRA

Período da Tarde – Aberto a Profissionais, Utentes e Público em Geral

Local: No átrio de entrada do Auditório do Hospital Pêro da Covilhã

14:00 – Apresentação e Demonstração:

Plataformas LIVE e Telecuidados com suporte técnico.

Acesso às plataformas e utilização de dispositivos médicos integrados.

Exploração de outros canais digitais disponíveis para utentes e profissionais.

Junte-se a nós e seja parte do futuro da saúde!

 

GEDII
Vinte estudos científicos, 89 publicações indexadas com elevado fator de impacto, 39 bolsas de investigação atribuídas no valor...

Para além do Grupo ter alcançado, em duas décadas, estes marcos significativos, conseguiu criar também uma estrutura organizacional de ensino, desenvolvimento e fomento de ciência no âmbito da doença inflamatória intestinal (DII). Tem sido o motor da DII e é o líder nacional da procura de conhecimento no diagnostico, monitorização e abordagem terapêutica.

Esteve na génese da procura de novos biomarcadores, alvos terapêuticos dirigidos e terapêutica personalizada. Foi líder mundial na exploração de novos “end-points” terapêuticos como a resposta e remissão histológica, e melhoria endoscópica-histológica da mucosa.

O Professor Fernando Magro, membro da Direção do GEDII, sublinha que “estamos extremamente orgulhosos de tudo o que foi conquistado nos últimos 20 anos. Este marco é uma prova do trabalho árduo, da inovação e da dedicação de toda a equipa. Iremos continuar a priorizar a excelência académica e clínica, assim como a promover a multidisciplinaridade e a implementação de critérios de qualidade nos centros de tratamento de Doença Inflamatória Intestinal (DII)”.

Principais impactos

Nos últimos anos a evolução foi significativa em várias áreas do conhecimento. No diagnostico, a imagem (por TAC, RMN ou ultrassonografia) tornou-se fulcral porque permitiu avaliar a extensão da inflamação e os seus múltiplos componentes; a monitorização por índices de atividade clínica, acompanhados de biomarcadores é fulcral, existindo entendimento que é necessário ir mais longe, procurando a inflamação subclínica, numa tentativa de alterar o prognóstico da doença; em termos terapêuticos, existe atualmente vários fármacos , que permitem aumentar a qualidade de vida do doente.

Contudo, o que mais progrediu nos últimos anos foi o conceito de alvo terapêutico bem definido, com monitorização continua e tratamento precoce e atempado numa janela de oportunidade.

“Com os avanços constantes, os objetivos definidos há 20 anos foram inevitavelmente mudando, mas o Grupo fez os ajustes necessários para acompanhar a evolução. Um dos maiores desafios iniciais foi criar um grupo motivado, empenhado, com energia empreendedora e vontade de fazer o que nunca tinha sido alcançado, isto é, sermos ambiciosos, diferentes e com capacidade edificadora. Neste momento o maior desafio é criar uma estrutura sólida e passar o testemunho às novas gerações”, remata o Professor Fernando Magro.

Planos futuros

Enquanto celebra os 20 anos, o GEDII também olha para o futuro. Os próximos planos incidem sobre um projeto muito ambicioso de estudo do microbioma fecal e tentar conhecer fatores prognósticos e preditivos. O objetivo é tentar perceber a correlação entre atividade, lesão da mucosa, microbioma e efetividade terapêutica.

Porto Business School
Mais de 102 mil estrangeiros atendidos pelo SNS, 27% de aumento na procura por hospitais privados e 13,4 mil turistas nas...

A Porto Business School (PBS) destacou o turismo de saúde e bem-estar como uma prioridade estratégica para Portugal durante o seminário "O Futuro do Turismo de Saúde e Bem-Estar", realizado na passada quarta-feira. Promovido pelo Tourism Futures Center do Innovation X Hub da Porto Business School, o evento reuniu especialistas nacionais e internacionais para explorar o potencial de crescimento acelerado deste setor.

Rita Marques, diretora do Tourism Futures Center da Porto Business School, sublinhou o posicionamento único de Portugal no mercado global, afirmando: “O turismo de saúde é mais do que uma tendência — é uma oportunidade real de diferenciação para Portugal. Temos tudo: excelência médica, infraestruturas de qualidade e um posicionamento competitivo no turismo mundial.”

O seminário iniciou-se com uma apresentação de David Vequist, fundador e diretor do Medical Tourism Research Center (EUA), que partilhou tendências globais do setor e reforçou o potencial de Portugal neste mercado. Em seguida, um painel de debate reuniu figuras como Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal; Óscar Gaspar, presidente da APHP – Associação Portuguesa de Hospitalização Privada; António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto e presidente da Associação Health and Leisure Portugal; Joaquim Cunha, diretor executivo do Health Cluster Portugal; além de Carlos Brito, docente da Porto Business School e moderador da sessão.

Os participantes enfatizaram a importância de colaboração entre os setores da saúde e do turismo para consolidar Portugal como destino de referência. Além disso, destacaram a necessidade de inovação e sustentabilidade, com soluções como a telemedicina, o desenvolvimento de centros de excelência regionais e a criação de pacotes integrados que combinem tratamentos médicos, terapias e experiências culturais.

Durante o evento, destacaram-se dados recentes da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, Turismo de Portugal e APHP, que demonstram o crescimento deste segmento. Neste âmbito, foi sublinhado que, em 2023, mais de 102 mil estrangeiros foram atendidos pelo SNS, incluindo 43 mil sem seguros ou acordos internacionais. Nos hospitais privados, a procura internacional registou um aumento de 27% em diagnósticos e internamentos, e de 22,7% em consultas externas. Já no segmento do termalismo, 13,4 mil turistas estrangeiros recorreram a termas portuguesas, com 80% provenientes de mercados estratégicos como Espanha, França, EUA, Alemanha e Austrália.

Para que Portugal assuma um papel de liderança global no turismo de saúde e bem-estar, foi destacada a necessidade de um plano de ação abrangente. Sugeriram-se parcerias público-privadas para integrar os setores médico e turístico, a criação de centros de excelência em regiões estratégicas como Lisboa, Porto e Algarve, e campanhas dirigidas a mercados-chave, como Europa do Norte, Estados Unidos, Canadá e países do Golfo. Além disso, considerou-se essencial o investimento em tecnologia, como a telemedicina, e em infraestruturas sustentáveis para posicionar o país na vanguarda do setor.

Rita Marques reforçou a importância de ações concretas: “Portugal tem uma oportunidade única de liderar globalmente no turismo de saúde e bem-estar. Mas, para isso, precisamos de uma estratégia clara, colaboração entre setores e vontade de investir.”

O seminário reafirma o compromisso da Porto Business School em liderar o debate sobre os grandes desafios e oportunidades do turismo, alinhando-se com a Estratégia de Turismo 2035.

CIRC 2025 Eyes on the future!
Um grupo de licenciados de radiologia do Serviço de Imagem Médica (SIM) da ULS Coimbra, reunidos em associação denominada AHD1,...
Este evento reunirá durante dois dias especialistas, académicos, discentes, docentes e profissionais de saúde vários para discutirem as mais recentes inovações e pesquisas nas áreas de diagnóstico, tratamento e tecnologias aplicadas à radiologia. Tem associado um segundo evento, a Medical Radiology Exhibition, uma mostra de players obrigatórios no século XXI à disciplina de radiologia e que nos trazem as suas últimas inovações.
O CIRC 2025 contará com a participação já confirmada de conceituados conferencistas nacionais e internacionais, de Reino Unido, Noruega, Líbano, Galiza, Portugal (fundação Champalimaud, Universidade de Coimbra, Lusíada, entre outros).
"Este congresso é uma oportunidade única para os profissionais da saúde se atualizarem sobre as inovações que estão a moldar o futuro da radiologia", afirmou um dos elementos da comissão organizadora. "Estamos comprometidos em promover um espaço onde ideias inovadoras e tecnologia de vanguarda possam ser compartilhadas, estimulando a colaboração entre diferentes atores e uma socialização saudável”.
Os interessados em participar como congressistas do CIRC 2025 Eyes on the future! podem se inscrever pelo site oficial até o dia 30 de Janeiro ou, diretamente, aqui.
Os interessados em submeter resumos de trabalhos têm 16 áreas temáticas à escolha, e o prazo vai até ao dia 15 de janeiro de 2025, aqui.
Para mais informações, entre em contato com a Comissão Organizadora através do e-mail [email protected] ou pelo tlm: 917635120
 
Com a presença do Bastonário
A Ordem dos Médicos (OM) vai convocar todos os médicos que optaram por não ingressar no concurso para o internato médico, para...

A iniciativa do Bastonário visa identificar as principais razões que levaram estes médicos a não prosseguir com a sua especialização no Serviço Nacional de Saúde (SNS), para preparar um plano que será entregue à tutela. Além da reunião, que deverá acontecer na próxima semana, a Ordem dos Médicos já enviou a todos os médicos um questionário para compreender as causas desta decisão.

“Esta é uma situação grave, que pode colocar em causa a capacidade de resposta básica do SNS. Queremos perceber o que está a falhar no sistema e quais as motivações que levaram estes médicos a não escolher uma especialização. O país e o SNS precisam de mais médicos especialistas. Não podemos desperdiçar este talento e por isso vamos apresentar um plano ao Governo para evitar que tantas vagas fiquem por preencher,” refere Carlos Cortes.

Na sequência do encontro, a Ordem dos Médicos irá solicitar à Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, uma reunião com carácter de urgência, de modo a discutir propostas e preparar um plano para a revisão do sistema de formação e acesso às especialidades médicas.

Recorde-se que no último concurso para o Internato Médicos, ficaram por ocupar 307 de 2167 vagas, em especialidades tão estruturantes tais como Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Patologia Clínica ou Saúde Pública, entre outras. Por regiões, o Alentejo ficou com mais de 50% das vagas por preencher.

Segundo a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), havia 2.349 candidatos que reuniam condições de ingresso no concurso para a formação especializada, no entanto apenas 1860 o fizeram.

ULS da Cova da Beira
Passados cerca de 5 meses, após ter sido submetida a uma intervenção cirúrgica altamente diferenciada, para tratar uma...

A cirurgia realizada em 25 de junho deste ano (2024), foi o culminar de um plano terapêutico meticulosamente delineado, e iniciado três meses antes desta, em dois passos: um primeiro para tratar a infeção e estabilizar a pseudartrose, recorrendo a desbridamento cirúrgico, colocação de sistema de antibioterapia local e fixação externa monoplanar, e um segundo passo, posteriormente, com colocação de uma cavilha libertadora de antibióticos.

Este procedimento cirúrgico decorreu no âmbito de um evento científico de referência internacional, subordinado ao “Tratamento da Osteomielite” e organizado pelo Serviço de Ortopedia da ULS da Cova da Beira, na pessoa do Dr. António Figueiredo, o qual contou com a participação de mais de 30 ortopedistas de vários países, e com conferências assinadas pelo Dr. Nuno Craveiro Lopes, do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, e pelo Professor Fábio Lucas, do Hospital ABC São Paulo, Brasil.

Durante o evento realizado pela ULS da Cova da Beira, e que teve lugar nos dias 24 e 25 de junho, foi então concretizado o segundo tempo cirúrgico, associado ao plano terapêutico definido para esta utente, o qual envolveu a extração do fixador externo, e colocação de uma cavilha SAFE – com capacidade para libertar antibióticos, diretamente no local da infeção – o que permitiu a erradicação da infeção e o tratamento da pseudartrose com consolidação óssea. Esta intervenção foi conduzida pelo já referido Dr. Nuno Craveiro Lopes, referência nacional no tratamento de infeções e deformidades ósseas, e pelo Dr. Diogo Pascoal, cirurgião ortopedista da ULS da Cova da Beira.

O sucesso deste evento e a condição atual de Rosa Vicente, demonstram o compromisso da ULS da Cova da Beira com a inovação médica e o bem-estar da comunidade, dando passos concretos na valorização da medicina de proximidade e na excelência dos cuidados prestados.

Para Rosa, a quem a amputação parecia inevitável, esta abordagem multidisciplinar traduziu-se numa vida renovada e plena de mobilidade.

Conselhos
Nos últimos dias, Portugal tem assistido a vários casos de detecção da bactéria Legionella, nomeadamente na piscina municipal...

O que é a legionella, onde está presente e como pode ser evitada? A SGS responde:

Onde se encontram as bactérias do género Legionella - As bactérias do género Legionella encontram-se em ambientes aquáticos naturais e em sistemas artificiais existentes em todas as tipologias e dimensões de edifícios, como redes de água quente, redes de água fria, sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado, sistemas de arrefecimento de água, entre outros. São conhecidas cerca de 52 espécies, sendo a Legionella Pneumophila Serogrupo 1, a mais perigosa;

Efeitos da exposição a esta bactérias - A exposição a esta bactéria pode provocar uma infeção respiratória, transmitida por inalação de gotículas contaminadas, conhecida por Doença dos Legionários. O período de incubação da bactéria no organismo humano pode ser demorado e os sintomas passam facilmente despercebidos, sendo muitas vezes confundidos com sintomas gripais. No entanto, a falta de tratamento pode levar à morte;

Prevenção - Uma das formas de prevenir o aparecimento de bactérias, passa pela análise dos sistemas de águas quentes sanitárias e inspeção aos equipamentos dos sistemas de climatização;

Avaliação de risco -  Existe ainda a possibilidade de realizar avaliação de risco, para que cada entidade possa determinar, nas suas instalações quais os pontos onde a bactéria pode estar presente e agir de forma proativa.

“Optar por uma avaliação de risco ou por análises permite, antes de mais, zelar pela saúde de colaboradores, clientes, hóspedes, visitantes e utentes de uma determinada instituição, mas é também forma de cumprir a lei, uma vez que todos os edifícios e estabelecimentos de acesso ao público, são obrigadas a elaborar um Plano de Prevenção e Controlo de Legionella, que é baseado numa análise de risco”, afirma Rui Dinis, Environment Manager na SGS.

Opinião
Num mundo cada vez mais digital, as organizações de saúde enfrentam ameaças cibernéticas progressiva

Um estudo recente da Proofpoint, empresa líder em cibersegurança e compliance, e do Instituto Ponemon, referência na investigação em segurança informática, revelou dados alarmantes: num período de 12 meses, 89% das organizações de saúde sofreu ciberataques (uma média de 43 por ano) – praticamente um ataque por semana. O impacto mais significativo destes ataques foi o atraso em procedimentos e exames médicos, o que afetou negativamente os pacientes de 57% dos prestadores de cuidados de saúde inquiridos.  Em quase metade dos casos, registou-se um aumento de complicações em procedimentos médicos. E quando há vidas em risco, torna-se imperativo mitigar estas ameaças e as organizações de saúde necessitam de blindar os seus sistemas com práticas robustas de cibersegurança.

Para melhorar a cibersegurança diária nas organizações de saúde, recomendam-se cinco princípios essenciais.

O primeiro está relacionado com a formalização, o desenvolvimento de documentos formais que discriminem as diretrizes de segurança da empresa. Para garantir que todos os funcionários estão em sintonia e têm um ponto de referência claro para quaisquer dúvidas, as organizações devem elaborar uma política de cibersegurança simples. Este documento deve estabelecer as responsabilidades e deveres de cada um dos colaboradores no sentido de seguir os padrões de cibersegurança definidos. A política deve ser facilmente acessível através dos sistemas internos e focada em ações práticas e implementáveis. Deve ser comunicada de forma eficaz a toda a organização e compreensível para todos os níveis hierárquicos. As quatro diretrizes que se seguem devem constar deste documento e é essencial que sejam adotadas por todos os colaboradores.

É fundamental exigir credenciais únicas em todos os inícios de sessão. Uma prática comum nas nossas vidas, e que é crítica em ambiente profissional, especialmente quando se lida com dados sensíveis, pessoais ou médicos. Cada colaborador deve usar credenciais irrepetíveis para todas as funções de início de sessão relacionadas com o trabalho, com regras definidas que ajudem a garantir que as palavras-passe são fortes, tanto em comprimento como em complexidade. Esta prática impede que potenciais atacantes, ao obterem acesso a um conjunto de credenciais, comprometam múltiplos sistemas da organização.

Embora seja essencial garantir que os colaboradores têm acesso aos sistemas necessários para o desempenho das suas funções, a atribuição excessiva de privilégios aumenta significativamente os riscos de segurança. A solução passa por implementar uma política de privilégios mínimos, em cada colaborador recebe apenas as permissões estritamente necessárias para a sua função.

Para garantir uma gestão eficaz dos acessos, as organizações devem realizar auditorias aos privilégios existentes e efetuar revisões periódicas dos direitos de acesso, assim como implementar um sistema de documentação para todas as novas permissões. Há ferramentas ótimas que as instituições de saúde podem implementar para otimizar este processo, como IAM e Cognito que utilizam a cloud para uma gestão e monitorização eficiente dos direitos de acesso.

Manter cópias de segurança na cloud é fundamental para garantir a segurança, recuperação e acessibilidade dos dados organizacionais, especialmente em caso de comprometimento dos sistemas locais.  Esta estratégia oferece uma camada adicional de resiliência, pois protege a informação contra eliminação ou corrupção de dados por agentes maliciosos. Há ferramentas de backup que disponibilizam soluções nativas de salvaguarda de dados na cloud para todos os componentes críticos da infraestrutura, como buckets (ou repositórios de dados), volumes, bases de dados e sistemas de ficheiros. Uma cópia na cloud é uma necessidade para todas as organizações de saúde.

A cultura organizacional é fundamental para uma estratégia eficaz de cibersegurança. Mas deve assentar em princípios de inclusão e confiança, e não em abordagens punitivas quando ocorrem incidentes. Os métodos tradicionais de formação em segurança, onde se incluem os testes de phishing, têm-se revelado cada vez menos eficazes, e podem até prejudicar o ambiente organizacional e a motivação dos colaboradores. A aposta deve centrar-se no desenvolvimento de programas de consciencialização positiva e formação comportamental construtiva, que conduzam a mudanças culturais sustentáveis.

Esta abordagem colaborativa permite construir uma cultura de cibersegurança mais robusta, onde cada colaborador se sente parte integrante da solução, contribuindo ativamente para a proteção coletiva da organização. No setor da saúde, uma cibersegurança sólida já não é uma mera recomendação, mas sim uma exigência fundamental. Dados do Fórum Económico Mundial indicam que os hospitais produzem cerca de 50 petabytes de dados por ano. Esta é uma quantidade incrivelmente grande de informação que tem de ser protegida de ciberataques. Um relatório recente da Agência da União Europeia para a Cibersegurança (ENISA) revelou que os dados dos pacientes, incluindo registos de saúde eletrónicos, são dos ativos mais vulneráveis. Quase metade de todos os incidentes registados pela ENISA referiam-se a roubo ou quebras de segurança de dados em organizações de saúde.

O setor da saúde pode, no entanto, mitigar muitos destes riscos através da implementação destes cinco princípios. A sua aplicação prática, aliada a uma liderança comprometida com o investimento em cibersegurança e o desenvolvimento de uma 'cultura de segurança' transversal a todos os colaboradores, permitirá estabelecer uma política eficaz de boas práticas, e proteger as organizações contra ameaças futuras.

Se realmente quer impulsionar a mudança, reflita sobre a sua liderança. A cibersegurança não é apenas sobre tecnologia: começa no topo. É fundamental que a liderança estabeleça e incentive uma cultura empresarial assente em princípios de cibersegurança.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia 12 de dezembro
A SGS organiza a 12 de dezembro, entre as 15h00 e as 16h00, o webinar gratuito “IFS Progress Food v3: Rumo à Certificação IFS...

O webinar conta com os contributos de João Stein Head of Development Programs, IFS, engenheiro agrónomo, especializado em Sistemas de Gestão da Segurança Alimentar e da Qualidade que conta com mais de 16 anos de experiência na área; Ana Machado, Product Manager, SGS Portugal, com uma sólida experiência em auditoria, formação e gestão, tendo ocupado o cargo de Diretora na SGS LAB de 2006 a 2017, antes de assumir a posição atual de Food Product Manager na SGS em 2019 e Inês Alves, Auditora IFS Food, SGS Portugal, engenheira agrónoma com especialização em Sistemas Integrados de Gestão.

As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias podem ser feitas aqui

 

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