Tão importante como a água que bebemos, é a sua embalagem. Seja natural, com gás ou sabores, ao escolher água em garrafas de vidro, estamos a cuidar da nossa saúde e do planeta.
Para além de ser um material altamente sustentável, o vidro assegura a qualidade, segurança e confiança no consumo. Nesse sentido, a Friends of Glass destaca os cinco principais benefícios de optar por água embalada em vidro:
- Pureza e Qualidade: feito apenas de matérias-primas naturais, o vidro preserva intactas todas as propriedades da água, garantindo a sua máxima qualidade.
- Sabor e Frescura: O vidro é inerte, não altera o sabor ou odor das bebidas e mantém a frescura da água por mais tempo, assim como a carbonatação da água com gás.
- Sustentabilidade: O vidro é 100% e infinitamente reciclável. A reciclagem das embalagens depois de usadas reduz ainda as emissões de CO2 e o consumo energético na produção de novas embalagens.
- Estabilidade térmica: O vidro resiste a baixas e altas temperaturas, sem deformar ou libertar substâncias para a água.
- Confiança e Versatilidade: A transparência do vidro permite a fácil detecção de impurezas, o que transmite confiança ao consumidor, para além da possível diferenciação da marca, com uma garrafa de vidro com um design exclusivo.
Neste Dia Nacional da Água, a Friends of Glass relembra que escolher embalagens de vidro, para os seus alimentos e bebidas e garantir a sua posterior reciclagem é um gesto simples, mas essencial. Uma opção que preserva a pureza da água que consumimos e que, em simultâneo, protege os recursos naturais, assegurando um futuro mais saudável e sustentável para todos.

É um dos mitos mais ouvidos na área da saúde: “Beber água à refeição engorda?”. A resposta é simples: não. A água não tem valor energético (quilocalorias, vulgo calorias) e, por isso, não contribui para o aumento de peso ou de massa gorda.
Ainda, a ideia de que a água pode dificultar ou atrasar a digestão, e fazer com que os alimentos não sejam bem digeridos, não tem fundamento científico. Pelo contrário, uma boa hidratação é importante para que o organismo funcione adequadamente,
incluindo o sistema digestivo.
A chave está, como habitual, na quantidade bebida. Naturalmente, e no pólo oposto, deve evitar-se o consumo excessivo de água de uma só vez (à refeição ou não), para prevenir desconforto abdominal. Durante a refeição, beber um pouco de água pode
ajudar na mastigação e deglutição dos alimentos, facilitando assim a digestão. Esta pequena ingestão pode até aumentar ligeiramente a sensação de saciedade, o que contribui para um melhor controlo da quantidade de comida consumida.
O aumento de peso e/ou massa gorda acontece pelo consumo excessivo de energia (calorias), seja pela comida quer pelas bebidas açucaradas ou alcoólicas. A água, por si, é nossa aliada: ajuda na regulação do organismo, na correta digestão e no controlo de
porções. Para contribuir para uma hidratação eficaz e confortável, uma boa prática será distribuir a ingestão de água ao longo do dia, em doses pequenas e regulares, e não apenas às refeições principais.
A Sociedade Portuguesa de Cardiologia lança agora a campanha nacional “Mantém o teu coração aceso”, destacando o apelo à prevenção das doenças cardiovasculares, que permanecem a principal causa de morte entre os portugueses. Com o apoio da Direção-Geral da Saúde, a iniciativa salienta que 80% destas mortes são evitáveis através de prevenção e da adoção de estilos de vida saudáveis. Desafiamos os órgãos de comunicação social a potenciarem esta campanha, ampliando a mensagem junto dos seus públicos e promovendo o papel crucial da sensibilização e da responsabilidade coletiva para incentivar o diagnóstico precoce e a adoção de estilos de vida saudáveis.
Num cenário onde a literacia em saúde e a mobilização social são essenciais para alterar comportamentos, celebramos o Dia Mundial do Coração, a 29 de setembro, com esta campanha que visa fortalecer o movimento nacional dedicado à prevenção cardiovascular, através de conteúdos pedagógicos e testemunhos reais.
“Mantém o teu coração aceso” convida os jornalistas a tornarem-se parceiros ativos desta causa, dando destaque à importância da alimentação, da atividade física e do controlo dos fatores de risco. Os materiais e demais informações encontram-se disponíveis em www.coracaoaceso.pt, para apoiar uma divulgação efetiva de um tema crucial para a saúde pública e para o futuro do país.

O tema suscita fascínio e inquietação. Fascínio porque vislumbramos ganhos de eficiência, rapidez e precisão até há pouco inimagináveis. Inquietação porque, ao mesmo tempo, coloca desafios profundos à humanização do cuidado, à ética médica e à regulação pública.
O que já acontece no mundo
Não falamos já de protótipos ou experiências laboratoriais: falamos de hospitais onde robôs ajudam em cirurgias de alta complexidade, sistemas de IA que apoiam radiologistas a detetar hemorragias cerebrais em segundos, ou algoritmos que fazem triagem automática de lesões cutâneas suspeitas de melanoma.
Na Alemanha, hospitais como o Unfallkrankenhaus Berlin usam IA para priorizar exames críticos. Em França, o sistema público AP-HP já adoptou ferramentas de apoio ao diagnóstico assistido por computador. No Reino Unido, algoritmos agilizam a triagem de cancro da pele, reduzindo listas de espera. E no Japão, robôs como o Hospi transportam medicamentos e material dentro das unidades, libertando tempo de enfermeiros para tarefas de contacto humano.
E em Portugal? Um caminho que já começou
Portugal não está alheio a esta revolução. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem, em várias frentes, projectos que demonstram potencial de escala:
Radiologia no Algarve: mais de 29 mil exames de tórax e retinografias já processados por IA, acelerando diagnósticos e libertando médicos para casos mais complexos.
Dermatologia em Amadora/Sintra: um algoritmo certificado como dispositivo médico apoia a triagem de lesões cutâneas, reforçando a prevenção do cancro da pele.
Cardiologia de intervenção no Hospital Prof. Fernando Fonseca: primeiros cateterismos com apoio de IA, aumentando a segurança e a qualidade técnica dos procedimentos.
IPO Porto: projetos como o ONCOLOG(IA) aplicam inteligência artificial em radiologia e dermatologia oncológica.
Planeamento de recursos: modelos preditivos testados pela SPMS permitem antecipar a afluência às urgências e alocar equipas de forma mais eficiente.
Além disso, hospitais privados em Lisboa e Porto contam já com robôs cirúrgicos (Da Vinci, Versius), e Portugal foi pioneiro ao realizar o primeiro transplante hepático robótico da Europa, no Hospital Curry Cabral.
Os desafios incontornáveis
Se o potencial é enorme, os riscos não são menores. Entre eles:
Responsabilidade: quem responde em caso de erro diagnóstico de um algoritmo?
Transparência: como garantir que médicos e pacientes compreendem as decisões de uma “caixa negra” algorítmica?
Privacidade: como proteger dados de saúde, altamente sensíveis, num ecossistema digitalizado?
Equidade: como assegurar que esta inovação não acentua desigualdades no acesso à saúde?
Estes dilemas não podem ser deixados apenas às empresas tecnológicas ou aos próprios hospitais: exigem liderança política e regulação inteligente.
Oportunidade para Portugal
Portugal tem neste momento uma oportunidade única: aproveitar a sua dimensão relativamente pequena, a centralização do SNS e a proximidade entre comunidade científica, tecnológica e clínica para se tornar um laboratório europeu de inovação em saúde digital.
Para isso, é essencial:
1. Definir uma estratégia nacional de IA em saúde, clara e articulada com Bruxelas.
2. Investir em literacia digital em saúde — para profissionais e cidadãos.
3. Criar uma agência independente de avaliação e certificação de algoritmos, à semelhança do INFARMED para os medicamentos.
4. Promover a colaboração com universidades e startups portuguesas, que já estão a desenvolver soluções de classe mundial.
5. Garantir que a tecnologia liberta tempo para o cuidado humano — em vez de o substituir.
Conclusão: entre a automatização e a humanização
Estamos perante uma encruzilhada histórica. De um lado, a promessa da automatização: diagnósticos mais rápidos, cirurgias mais seguras, menos erros médicos. Do outro, a exigência da humanização: manter a empatia, o olhar, a escuta ativa que nenhuma máquina pode replicar.
Não se trata de escolher entre um caminho ou outro, mas de integrar ambos com sabedoria. Se conseguirmos fazê-lo, Portugal não será apenas um seguidor, mas poderá estar entre os países que lideram esta transformação global.
NOTA FINAL: mais do que uma “ficção científica”, a inteligência artificial na saúde é já realidade. A grande questão é quem, como e com que valores a vamos usar.
De soluções de inteligência artificial que revolucionam a medicina, até iniciativas que recriam laços comunitários em territórios rurais, são 25 os projetos que confirmam o impacto e o papel dos fundos europeus no desenvolvimento e no futuro do País, selecionados por júris qualificados.
São eles:
Portugal + Inteligente
- Controlo Inteligente da Infeção Hospitalar (Beneficiário/Promotor: Hospital da Senhora da Oliveira, Guimarães)
- CIMRLEIRIA.06.13 (Beneficiário/Promotor: Município de Leiria)
- Smart Farm 4.0 (Beneficiário/Promotor: TOMIX – Indústria de Equipamentos Agrícolas e Industriais)
- Centro de Medicina de Precisão em Oncologia - Patologia Digital (Beneficiário/Promotor: Instituto Português de Oncologia de Lisboa - Francisco Gentil)
- INNO4HEALTH (Beneficiário/Promotor: WISEWARE)
Portugal + Verde
- ECOGRES 4.0 (Beneficiário/Promotor: ECOGRÉS – Cerâmica Ecológica, Lda.)
- EcoX, Reciclagem de Gorduras Alimentares através da Química Verde (Beneficiário/Promotor: Ecoxperience, Lda.)
- Extensão do Metro do Porto: Linha Amarela (Santo Ovídio - Vila D’Este) (Beneficiário/Promotor: Metro do Porto, S.A.)
- Reabilitação e Recuperação do Cordão Dunar da Meia Praia (Beneficiário/Promotor: Município de Lagos)
- Sistema de Videovigilância e Deteção Automática de Incêndios como Componente de Apoio à Decisão (Beneficiário/Promotor: CIMRL - Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria)
Portugal + Social
- Programa abem: Rede Solidária do Medicamento (Beneficiário/Promotor: Associação Dignitude)
- PROJETO NOVORON - Registo Oncológico Nacional (Beneficiário/Promotor: Instituto Português de Oncologia de Lisboa - Francisco Gentil)
- É uma comunidade (Beneficiário/Promotor: A CRESCER – Associação de Intervenção Comunitária)
- ubbu – Aprende a Programar (Beneficiário/Promotor: Fundação Altice Portugal (atual Fundação MEO))
- Estrutura Residencial e Centro de Dia Alzheimer e outras Demências (Beneficiário/Promotor: Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim)
Portugal + Conectado
- STRATIO.DATABOX4OEMS (Beneficiário/Promotor: STRATIO, S.A.)
- InovC+: Ecossistema de Inovação Inteligente da Região Centro (Beneficiário/Promotor: Universidade de Coimbra)
- Centro de Negócios da Indústria Aeronáutica e Aeroespacial em Ponte de Sor (Beneficiário/Promotor: Município de Ponte de Sor)
- EEC PROVERE "Montado de Sobro e Cortiça | um Património Nacional Sustentável e Inimitável" (Beneficiário/Promotor: Município de Coruche)
- Rede Cultural Viseu Dão Lafões (Beneficiário/Promotor: Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões)
Portugal + Próximo dos Cidadãos
- Projeto Fundão MEDEIA (Beneficiário/Promotor: Município do Fundão)
- @GIR - Gabinete de Inovação Regional (Beneficiário/Promotor: Instituto Politécnico de Coimbra)
- Museu Nacional Resistência e Liberdade Espaço de Memória/Agente Ativo de Cidadania (Beneficiário/Promotor: Museus e Monumentos de Portugal E.P.E.)
- AMP – Património Cultural: Jornadas Metropolitanas do Património (Beneficiário/Promotor: Área Metropolitana do Porto)
- Ponte 516 Arouca (Beneficiário/Promotor: Município de Arouca)
Conheça melhor os projetos aqui.
No próximo dia 18 de outubro, no Convento de São Francisco, em Coimbra, inserida na 2ª edição da Mostra dos Fundos Europeus, será realizada a sessão pública de apresentação dos projetos finalistas, aberta ao público, onde o júri de cada categoria decidirá quem será o vencedor final, seguindo-se a Cerimónia de Entrega dos Prémios dos Fundos Europeus.
Será também atribuído o prémio “Voto do público”, cuja votação decorrerá até ao dia 17 de outubro.
Promovidos pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão, no âmbito da Rede de Comunicação do Portugal 2030, os “Prémios dos Fundos Europeus” visam promover a divulgação do impacto de projetos apoiados por fundos europeus no desenvolvimento social, económico e ambiental nos territórios onde são implementados.
Nesta 1.ª edição, a competição contou com 282 candidaturas submetidas, que foram avaliadas pelo júri em cada uma das categorias:
Categoria Portugal + Inteligente
- Arlindo Oliveira – Professor do IST e Presidente do INESC
- Jorge Portugal – Diretor-geral da COTEC
- Mónica Silvares – Jornalista do ECO
Categoria Portugal + Verde
- João Joanaz de Melo – Professor na Universidade Nova de Lisboa
- Carolina Mendonça – Sustainable Travel International
- Vítor Ferreira – Jornalista do Público
Categoria Portugal + Social
- Filipe Santos – Diretor da Universidade Católica Portuguesa
- Cristina Louro – Presidente da Assembleia Geral da AEIPS
- Joana Almeida – Jornalista do Jornal de Negócios
Categoria Portugal + Conectado
- Miguel Poiares Maduro – Professor universitário e ex-Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional
- Miguel Gaspar – Perito da SIBS na área da Mobilidade
- Rebecca Abecassis – Jornalista da RTP
Categoria Portugal + Próximo dos Cidadãos
- João Wengorovius Meneses – Professor universitário
- Bento Rosado – Antigo professor e investigador em Desenvolvimento Regional
- Delfim Machado – Jornalista do Jornal de Notícias
De acordo com o anúncio feito pela presidente da AD&C, Cláudia Joaquim, na Mostra dos Fundos Europeus, em 2024, no Porto, esta iniciativa pretende "aumentar a notoriedade dos fundos europeus em Portugal" e "reforçar a perceção pública positiva" sobre a aplicação desses fundos, dando a conhecer melhor o impacto de projetos apoiados por fundos europeus no desenvolvimento social, económico e ambiental nas diferentes regiões do país.
Os 25 projetos finalistas dão a conhecer a diversidade e a riqueza das áreas de intervenção dos fundos europeus: da saúde à inovação tecnológica, da inclusão social à valorização do património cultural, do desenvolvimento territorial à transição verde, para um Portugal, + inteligente, + verde, + social, + conectado e + próximo dos cidadãos.
Para saber mais, consulte o website dos Prémios dos Fundos Europeus.

Cerca de dois terços das mortes prematuras e um terço das doenças nos adultos associam-se a comportamentos que tiveram início na juventude, como o tabagismo, o sedentarismo, o consumo excessivo de álcool, uma alimentação pouco saudável ou mesmo o stress acumulado. Os números revelam que as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte, contabilizando cerca de 17,9 milhões de óbitos anualmente a nível mundial (32% de todas as mortes). Também em Portugal, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), estas doenças persistem como uma das principais causas de morte, representando 26,6% dos óbitos em 2022. Cada vez mais casos surgem em faixas etárias mais jovens, com um impacto de milhões de anos de vida perdidos. E mais ainda, cerca de 80% das doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais são preveníveis.
Esta realidade, que deve ser um grito de alerta para a população em geral, é também um desafio e uma responsabilidade acrescida para os profissionais de saúde. Neste âmbito, a American Heart Association propõe, em 2025, que as comemorações do Dia Mundial do Coração decorram sob o lema “Não perca o ritmo”.
Para o cidadão comum, a mensagem a reter é simples e objetiva: o ritmo da sua vida está literalmente nas suas mãos. Não é necessário começar a correr maratonas ou iniciar dietas altamente restritivas. A mudança começa devagar, com a tomada de decisões acertadas e conscientes: trocar o elevador pelas escadas, optar por comer uma peça de fruta em vez de um doce. A prática de atividade física regular, de intensidade moderada, acarreta benefícios claros na redução do risco cardiovascular ao reduzir o risco de doenças crónicas como a diabetes, mas também ao promover uma melhoria do bem-estar mental e controlo do peso. É importante aprender a abrandar e encontrar o nosso próprio ritmo, aquele que nos permite acalmar e ouvir o que nosso corpo nos diz.
Para os profissionais de saúde, este é um dia de reflexão sobre o papel desempenhado não só no tratamento, mas acima de tudo na prevenção das doenças cardiovasculares e da morbi-mortalidade que acarretam. É preciso assumir-se como agentes de mudança e desenvolver estratégias que capacitem os utentes a tomar decisões conscientes e mais saudáveis, com foco na prevenção, em alternativa ao foco na reação.
Para a comunidade e entidades governamentais: é necessário continuar a investir na criação de ambientes e políticas públicas que facilitem escolhas saudáveis e previnam doenças. Entre as estratégias com impacto comprovado na prevenção das doenças cardiovasculares destacam-se: campanhas de sensibilização sobre alimentação equilibrada, desde as escolas até aos locais de trabalho; promoção de atividade física nesses mesmos contextos; a regulamentação de publicidade e taxação de produtos pouco saudáveis. Quanto mais precoces forem estas intervenções, maior a sua eficácia.
O diagnóstico precoce e a literacia em saúde são as nossas melhores ferramentas. A saúde do nosso coração é um compromisso diário, uma responsabilidade partilhada. Não desperdicemos uma única batida. Vamos aproveitar este Dia Mundial do Coração para reajustar o nosso ritmo, reavaliar as nossas escolhas e para nos comprometermos com a saúde que nos dá vida.
Não perca o ritmo. O seu coração agradece."

Pense neste exemplo: “Bom dia filho(a)! Hoje o dia está a ser difícil para mim!... Sinto-me mais cansada e desmotivada, estou a pensar que posso não ter energia para o dia todo e queria conseguir descansar. E tu como te sentes hoje? O que pensas e o que querias que hoje acontecesse?”
Utilizei o “sinto, penso e quero”, no exemplo, para vos explicar o que é uma comunicação assertiva, ausente de julgamentos e fluída, que pode ser dirigida aos filhos, pelos pais. Tantas vezes os pais me dizem em consulta que os filhos adolescentes não expressão o que sentem. Mas será que há o hábito e o treino de o fazerem, desde cedo? O que são as emoções para os nossos filhos? Um tema conhecido?
Importa também saber que há mudanças cerebrais e emocionais na adolescência. As mais evidentes são o aumento da dopamina. Por isso é que, devido ao sistema de recompensa, há uma procura de prazer imediato e de reconhecimento social, o que coloca pessoas na fase da adolescência menos disponíveis para falar acerca do que as aborrece. Por exemplo, nas plataformas online, como o tiktok, este sistema de recompensa ativa-se, por isso, eles passam a procurar o prazer e o bem-estar em todos os momentos, mas, isso não é possível com nenhum de nós, “estarmos sempre bem”, não é possível, em nenhuma fase da nossa vida. O desconforto emocional, precisa de ser enfrentado.
Outro aspeto importante, é que o córtex pré-frontal, encontra-se ainda a desenvolver e é ele que é responsável pela nossa capacidade de planear, de controlar os nossos impulsos, do julgamento e da tomada de decisões, que deixa de se desenvolver, só aos 25 anos. Isto explica a impulsividade presente na adolescência. A amígdala (que processa as nossas emoções, como por exemplo, o medo e a raiva), está mais reativa e os adolescentes muitas vezes respondem, muito antes de pensar. É ainda no período, da infância até ao final da nossa adolescência, que formamos todos os nossos esquemas precoces mal adaptativos (o que pensamos sobre nós ou outros e o mundo, que está distorcido) devido ao que faltou na nossa infância a nível emocional. Exemplos são: A compreensão, o elogio, a liberdade, a presença das figuras importantes, a compreensão, o afeto, a diversão e o brincar, ouvir, falar, a atenção incondicional. Por isso, formamos a nossa identidade na adolescência, mas muitas vezes ela fica por desenvolver até muito tarde, o que arrasta conflitos, insegurança e resistência à mudança e às figuras de autoridade. Outro aspeto fundamental é o de que, ao longo das fases da nossa vida, temos interesses diferentes. Na adolescência o foco está direcionado para o grupo social, os nossos amigos. Os pais não devem querer iniciar uma luta de quem é mais importante, para o filho, porque é só uma fase e devem sentir-se seguros de que, se estiverem a cuidar do vínculo emocional que têm com os filhos, serão sempre a referência final, porque serão o lugar seguro dos filhos. Onde eles querem recorrer quando alguma coisa corre mal e onde eles sabem que podem ser autênticos, porque serão sempre aceites.
O lançamento vai decorrer pelas 18h30, no Colégio da Trindade da Universidade de Coimbra, durante o VI Simpósio da Rede de Cooperação das Escolas Médicas de Língua Portuguesa, que vai decorrer na UC entre os dias 25 e 26 de setembro.
A apresentação deste novo Observatório vai contar com uma introdução do Diretor da Faculdade de Medicina da UC (FMUC), Carlos Robalo Cordeiro, com uma palestra do Embaixador Luís Almeida Sampaio, dedicada ao tema "Diplomacia em Saúde" e com discurso de encerramento da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
Perante a importância crescente da saúde global para a prestação de cuidados de saúde às populações, o Observatório Nacional de Saúde Global, que vai ser liderado pela (UC), pretende produzir conhecimento e apoiar a implementação de políticas de saúde à escala global.
Entre as suas atividades destacam-se a formação e a capacitação de recursos humanos qualificados; a promoção e o apoio a projetos de investigação e inovação; o estabelecimento e o reforço da cooperação interinstitucional, aos níveis nacional e internacional; as parcerias com a academia para estimular o ensino avançado e o treino diferenciado; e a participação ativa no desenho e implementação de políticas de saúde mais justas e sustentáveis, no âmbito de uma saúde global para todas as pessoas.
Uma estratégia eficaz e frutífera no contexto da saúde global obriga a uma abordagem multi, trans e interdisciplinar que cruza a saúde, o ambiente, a tecnologia, a economia e a gestão na prestação de cuidados de saúde à população, derrubando silos e barreiras entre áreas e disciplinas, estratégia na qual assenta o novo Observatório Nacional de Saúde Global.
Este novo observatório vem dar continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Coimbra Health – integrado pela FMUC e pela Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS de Coimbra) – na promoção da saúde global através de diversas iniciativas de natureza científica, em parceria com diversas instituições de ensino e saúde, nomeadamente a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"É com satisfação que, ao fim de anos de trabalho conjunto, concretizamos o lançamento do Observatório Nacional de Saúde Global, um instrumento estratégico para a atividade da UC na área da saúde", destaca o Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão.
Para Carlos Robalo Cordeiro, que lidera o Observatório Nacional da Saúde Global, “este Observatório, que aglutinará experiência e conhecimento desenvolvido em organismos de diversas das Unidades Orgânicas da UC, ambiciona impulsionar a produção e a gestão de saber em saúde global, funcionar como instrumento de apoio à decisão para autoridades políticas, investigadores e profissionais e ainda como promotor de informação útil para a comunidade”.
“A cessação tabágica, a minimização ou, idealmente, a evicção da exposição a substâncias patogénicas, o diagnóstico precoce e o controlo das doenças respiratórias crónicas e, finalmente, a prevenção de fatores exacerbadores, com destaque para as infeções prevenidas pela vacinação”, são as principais medidas referidas pelo médico pneumologista para a promoção de uns pulmões saudáveis.
A verdade é que, em Portugal, as doenças respiratórias continuam entre as principais causas de morte, sendo a pneumonia a mais frequente. Tal como explica Filipe Froes, o impacto desta doença “tem acompanhado o aumento da esperança média de vida da população. Se não há envelhecimento sem aumento do risco de pneumonia, a solução passa por valorizar as intervenções nos fatores de risco modificáveis e a vacinação ao longo da vida. Além da vacinação contra a gripe, a COVID-19 e o vírus sincicial respiratório, a vacinação contra a bacteria Streptococcus pneumoniae (ou Pneumococcus) é determinante”.
Nesta questão da importância da vacinação, ocorrendo, na mesma semana do Dia Mundial do Pulmão o arranque da campanha de vacinação sazonal contra a gripe e a COVID-19 (a 23 de setembro), o especialista reforça que “estas vacinas representam uma oportunidade ímpar de promoção da saúde pulmonar, sendo essenciais na prevenção destas duas infeções respiratórias com possível sobreinfeção bacteriana, mas sempre perda de função pulmonar”.
Face ao crescimento de correntes anti-vacinação, Filipe Froes considera que “vivemos tempos inimagináveis em que se pretende substituir a ciência e o conhecimento pela ideologia, com impacto negativo na saúde das populações. Tempos perigosos que obrigam a uma comunicação mais efetiva, totalmente suportada pela evidência e confiança, de modo a confirmar o valor único das vacinas no desenvolvimento civilizacional”.
Para o pneumologista, este combate à desinformação “deve constituir uma prioridade em saúde. A desinformação, a ignorância e, sobretudo, a ilusão do conhecimento estão implicadas na menor adesão a medidas de prevenção e controlo das doenças transmissíveis, por exemplo, com a diminuição das taxas de cobertura vacinal e a perda da imunidade de grupo. Como não há vacinas 100% eficazes, a menor cobertura vacinal permite que doenças anteriormente controladas encontrem bolsas de multiplicação e de transmissão, que põem em causa a saúde de todos. Não nos podemos esquecer que só há vacinas eficazes se forem administradas”.
Para além do apelo à vacinação, Filipe Froes identifica três áreas-chave para o futuro da saúde respiratória no que diz respeito às doenças infeciosas: “a primeira é a importância da literacia em saúde - doentes informados são melhores doentes. A segunda é a necessidade imperiosa de manter a investigação científica, fundamental, por exemplo, para o desenvolvimento de novas terapêuticas e métodos de diagnóstico. Finalmente, explicar que as medidas preventivas e, em particular, as vacinas, não são um custo, mas um investimento”.
O estudo “Health and environmental impacts of shifting to plant-based analogues: a risk-benefit assessment”, publicado recentemente no European Journal of Nutrition, teve como objetivo avaliar o impacto na saúde e no ambiente da substituição de alimentos de origem animal por alternativas análogas de base vegetal (PBAs), na população portuguesa. Os PBAs, cada vez mais comuns no mercado, são alimentos que procuram simular as características (sabor, aroma e textura) dos alimentos de origem animal e que podem facilitar a adesão a padrões alimentares flexitarianos e vegetarianos, que têm sido associados a benefícios para a saúde e para a redução do impacto ambiental.
A investigação utilizou dados do Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF 2015-2016) para simular três cenários: um vegano (substituição total de carne, peixe, ovos e lacticínios), um ovolactovegetariano (substituição apenas de carne e peixe) e um pescatariano (substituição apenas da carne).
O impacto na saúde foi medido através da carga de doença (DALYs), tendo em conta os efeitos do consumo de carne, pescado, lacticínios, fibra alimentar e alimentos ultraprocessados (UPF) em doenças como cancro, patologias cardiovasculares e metabólicas. O impacto ambiental foi avaliado em termos de emissões de gases com efeito de estufa e uso do solo.
Os resultados variaram consoante a classificação dos PBAs. Assumindo a substituição por alternativas vegetais ultrapocessadas, apenas o cenário pescatariano apresentou benefícios claros para a saúde, sobretudo entre os homens. Já um padrão alimentar totalmente vegano poderia até aumentar a carga de doença, em particular entre as mulheres. Quando analisada a substituição por alternativas vegetais não ultraprocessadas, todos os cenários – vegano, ovolactovegetariano e pescatariano – revelaram potencial de melhoria da saúde, com destaque novamente para o cenário pescatariano, que mostrou a maior redução da carga de doença.
Do ponto de vista ambiental, todos os cenários reduziram significativamente as emissões e o uso do solo, sendo o padrão vegano o que apresentou o impacto mais positivo.
Catarina Carvalho, investigadora do ISPUP e primeira autora do estudo, reforça que “a substituição da carne por alternativas vegetais pode trazer ganhos relevantes para a saúde da população portuguesa e para o ambiente, especialmente se a substituição for por alternativas minimamente processadas”. A investigadora alerta também que, apesar dos benefícios ambientais, “o impacto na saúde da substituição do peixe e dos lacticínios ainda é inconclusivo.”
A equipa de investigação sublinha, por isso, a necessidade de mais estudos epidemiológicos focados especificamente no consumo de alternativas vegetais, de modo a compreender melhor os seus efeitos a longo prazo.

Sempre que ingerimos alimentos ou bebidas açucaradas, as bactérias naturalmente presentes na boca utilizam esse açúcar para produzir ácidos.
Esses ácidos atacam o esmalte dentário - a camada que protege os dentes - enfraquecendo-o. Com o tempo, esse processo pode levar à formação de pequenas cavidades no esmalte, conhecidas como cáries.
O risco de desenvolver cáries aumenta quando há um consumo frequente ou elevado de açúcar, ou quando a proteção natural dos dentes está comprometida. Por isso, é fundamental promover uma alimentação equilibrada, limitar o consumo de doces e garantir que a criança escove os dentes corretamente, pelo menos duas vezes por dia, com uma pasta dentífrica adequada.
Com cuidados simples e consistentes, é possível proteger a saúde oral dos mais pequenos e evitar problemas futuros.
Idealmente, mesmo durante as aulas, deve manter-se uma alimentação equilibrada, com espaço para algumas exceções. Alimentos ricos em açúcar e hidratos de carbono, como bolos, bolachas e refrigerantes, devem ser evitados, pois são os principais responsáveis pelo aparecimento de cáries. E quando houver espaço para um “mimo”, é importante saber como compensar.
Algumas dicas úteis:
Dica 1: Aproveite este período de inicio das aulas para ensinar os seus filhos a usar o fio dentário. Tornar este hábito parte da rotina noturna, antes da escovagem, pode fazer toda a diferença.
Dica 2: Substitua os doces por opções saudáveis e amigas dos dentes. Fruta Fresca, legumes crocantes como cenouras cruas, ou até um iogurte natural sem açúcar são ótimas alternativas para os lanches entre refeições.
Dica 3: Controle o consumo de sumos e refrigerantes. A melhor bebida para hidratar continua a ser a água.
Dica 4: Marque uma consulta com o odontopediatra. Assim garante que não há surpresas e que tudo está bem com a saúde oral dos seus filhos.
Dica 5: É importante supervisionar a escovagem dos dentes diariamente.
Dica 6: Como os mais pequenos passam mais tempo fora de casa nesta altura, recomenda-se que escovem os dentes três vezes por dia, com uma pasta dentífrica com flúor.
Consumo mais regrado de açúcar equilibra a “balança” Quando há um consumo excessivo de açúcar - especialmente sem uma boa higiene oral - o ambiente na boca torna-se mais ácido, o que favorece a degradação dos dentes. Reduzir ou controlar o consumo de açúcar ajuda a diminuir esse ambiente propício às bactérias nocivas, permitindo que a saliva desempenhe o seu papel: neutralizar os ácidos e, em casos menos graves, ajudar a remineralizar o esmalte dentário.
No entanto, quando já existem cáries formadas, ou seja, quando há perda de estrutura dentária, a remineralização natural já não é suficiente. Nestes casos, apenas o médico dentista poderá intervir e tratar.
Assim, a resposta é clara: sim, um consumo mais equilibrado de açúcar contribui para melhorar a saúde oral, evitar o agravamento de problemas existentes e prevenir novas lesões. Mas não reverte os danos já causados - apenas impede que piorem.
“Este tipo de ações de sensibilização são agora, mais do que nunca, imprescindíveis para combater a desinformação e proliferação de um discurso de ódio na sociedade nacional e global, sobretudo quando falamos de pessoas deslocadas à força”, começa por explicar Beatriz Rodrigues, Técnica de Sensibilização e Angariação de Fundos da Portugal com ACNUR. Por esse motivo, e sob o mote do Dia Internacional da Paz que se celebrou no passado domingo (21 de setembro), a Portugal com ACNUR está a dinamizar a “Semana da Paz”, uma iniciativa que decorrerá entre os dias 22 a 26 de setembro e que estima vir a alcançar aproximadamente 250 alunos do 2º e 3º Ciclos e do Secundário em 11 sessões de sensibilização em várias escolas do país.
Entre os temas abordados nestas ações de sensibilização destacam-se os Direitos Humanos, as alterações climáticas, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a violência de género, conceitos associados à deslocação forçada (o que significa ser um refugiado; o que é um deslocado interno, etc.) e o trabalho que o ACNUR está a desenvolver a nível global. “Procuramos sempre promover o pensamento crítico, a empatia e o respeito pela diversidade, ajudando estas crianças e jovens a compreenderem melhor os outros e a resolverem conflitos de forma pacífica, assim como a Educação em geral faz”, realça Beatriz, acrescentando ainda que “estas ações permitem-nos ir mais longe, abordando contextos e desafios globais a que muitas vezes os estudantes portugueses não têm acesso por não ser a sua realidade. Trabalhamos, por isso, na construção de cidadãos mais conscientes, ativos e solidários, que tomam decisões informadas, constroem uma sociedade mais justa, equitativa e cooperativa”.
Entre os alunos e professores, a reação não podia ter sido melhor, destacando como aspetos positivos o dinamismo e a possibilidade de participação que caracterizam estas sessões. “As ações de sensibilização feitas com as turmas foram muito interessantes e os alunos participaram com entusiasmo”, afirma uma professora do Colégio Valsassina em Lisboa, onde a Portugal com ACNUR tem vindo a realizar sessões de forma recorrente. “Conseguimos falar e interagir!!”, salienta um aluno/a da Escola Secundária Santa Maria dos Olivais, em Tomar, enquanto outro aluno/a da Universidade do Algarve em Faro destaca-a como uma “sessão dinâmica! A audiência tinha a oportunidade de participar”. Para a Organização parceira nacional da Agência da ONU para os Refugiados, estas sessões, “ao envolverem comunidades, escolas, instituições e meios de comunicação, contribuem para criar uma sociedade mais informada e empática, capaz de apoiar de forma ativa os direitos e a dignidade das pessoas em situação de deslocamento forçado”.
Défice de acesso à Educação entre refugiados coloca em causa soluções de paz e desenvolvimento sustentável, alerta Portugal com ACNUR
Para a Portugal com ACNUR, a Educação é um dos pilares fundamentais na promoção da paz e de um desenvolvimento sustentável e, por isso, tem reforçado os apelos do ACNUR para uma aposta maior no financiamento das operações neste âmbito a nível global. “As Bolsas DAFI são um exemplo concreto do impacto transformador que a Educação pode ter, não apenas na vida de cada estudante refugiado, mas também na promoção do desenvolvimento sustentável e da paz social. Desde 1992, o programa apoiou mais de 27 mil estudantes em 59 países, permitindo-lhes aceder ao Ensino Superior e construir novas oportunidades de futuro”, salienta Joana Feliciano, Responsável de Comunicação e Relações Externas da Portugal com ACNUR.
Atualmente, 46% da população refugiada em idade escolar não frequenta a escola, o que significa que aproximadamente 5,7 milhões de crianças e jovens refugiados não têm acesso a um direito tão básico como a Educação. O recente Relatório de Educação dos Refugiados 2025 do ACNUR apresenta-nos um panorama muito preocupante: apenas 67% das crianças refugiadas frequentam o Ensino Primário, 37% o Ensino Secundário e somente 9% chegam ao Ensino Superior, apesar de o objetivo global ser atingir 15% até 2030. “Este défice de acesso significa que milhões de crianças e jovens permanecem excluídos, privados de competências essenciais para reconstruir as suas vidas e contribuir para sociedades mais pacíficas e inclusivas”, alerta Joana.
No caso do Ensino Superior, as bolsas DAFI (Albert Einstein German Academic Refugee Initiative) têm sido um dos programas com maior eficácia. Em 2024, quase 8 mil estudantes beneficiaram destas bolsas, sendo que 45% eram mulheres - a proporção mais elevada de sempre. “Cada uma destas bolsas representa um passo para quebrar ciclos de pobreza, reduzir desigualdades e criar condições para a autonomia, fatores essenciais para prevenir conflitos e reforçar a coesão social”, sublinha a Responsável de Comunicação e Relações Externas da Portugal com ACNUR.
A bolsa DAFI - no valor de € 3.100 por ano e € 12.400 para toda a duração dos estudos - cobre todos os custos necessários por aluno, incluindo propinas, materiais de estudo, alimentação, transporte, alojamento e outras despesas, por um período máximo de quatro anos. Os estudantes DAFI têm ainda acesso a um apoio adicional sob a forma de orientação pessoal, aulas preparatórias de competências académicas e aulas de línguas adaptadas às necessidades individuais, bem como oportunidades de mentoria e networking e, se necessário, podem também receber apoio psicológico. De acordo com a Portugal com ACNUR, “até o momento esta iniciativa tem obtido excelentes resultados, sendo que os estudantes que se formaram graças à bolsa DAFI foram contratados por organizações internacionais, abriram os seus próprios negócios, receberam bolsas de estudo para pós-graduações, investiram inúmeras horas de voluntariado nas suas comunidades e garantiram empregos nas suas áreas de especialização”.Atualmente, a Portugal com ACNUR tem ativa uma campanha para que particulares e empresas se aliem à Organização na promoção da Educação e do programa das bolsas DAFI. “Em Portugal, existe a possibilidade de particulares e empresas se envolverem através de contribuições financeiras canalizadas via ACNUR, garantindo que mais jovens refugiados tenham acesso ao Ensino Superior. Investir na educação das pessoas refugiadas é, acima de tudo, investir num futuro mais inclusivo, justo e pacífico - um contributo que reforça tanto as comunidades de acolhimento como a sociedade global.”

As glândulas adrenais são duas glândulas endócrinas envolvidas por uma cápsula fibrosa, situadas acima dos rins. Estas são responsáveis pela libertação de hormonas em resposta ao stress (cortisol, adrenalina e noradrenalina), pelo funcionamento dos rins e regulação dos eletrólitos no plasma, bem como pela produção de androgénios, metabolismo de proteínas, gorduras e glicose.
O cortisol, uma das hormonas produzida pelas glândulas adrenais, responde sempre em situação de alerta do organismo. Desempenha um papel importante na forma como o corpo responde ao stress e é, portanto, uma hormona necessária, nas doses certas. Aquando da exposição do corpo ao stress, as glândulas produzem esta hormona, que é libertada na corrente sanguínea, sendo este comportamento a resposta natural do organismo a situações de stress.
Quando o organismo se encontra em situações de stress crónico, o cortisol mantém-se constantemente elevado, o que a nível de saúde se traduz na desregulação da glicémia e tensão arterial, ficando também o sistema imunitário comprometido. Leva a alterações do sono, diabetes e hipertensão. Posteriormente, quando as glândulas “esgotam”, o cortisol permanece baixo e os sintomas podem ser exaustão, fadiga, fraqueza e depressão. Desta forma, o elemento “chave” é manter a sua curva natural, ou seja, ao acordar, pela manhã os níveis do cortisol deverão estar mais elevados e, com o avançar do dia, a concentração deverá reduzir gradualmente, em que o valor mais baixo deverá ser ao final do dia. Assim, ajuda a que a pessoa durma, mantendo um padrão regular do sono, e se sinta bem.
A sintomatologia mais frequente num quadro de fadiga adrenal é a fadiga - física, mental e emocional - que não desaparecem com o descanso. Uma pessoa com fadiga adrenal pode-se sentir exausta, com baixa imunidade e ter dificuldade em recuperar da doença.
A causas da fadiga adrenal não são totalmente compreendidas. Existe controvérsia sobre se existe uma causa única ou várias causas para este distúrbio. Ou mesmo se a causa será física ou mental.
Mas, em qualquer dos casos, os sintomas são muito notórios para a pessoa e podem existir inúmeros potenciadores do quadro:
- Carências nutricionais
- Stress crónico
- Depressão e distúrbios do sono
- Disfunção imunitária
- Inflamação
- Desregulação da glicémia
- Desregulação da tiroide
Uma das principais formas de tratamento da fadiga adrenal consiste em adotar bons hábitos diários e ter uma alimentação saudável, isto porque as carências nutricionais podem comprometer a produção de ATP a nível das mitocôndrias. É importante adequar o aporte energético de forma a que não haja qualquer défice - por exemplo, num quadro de fadiga adrenal pode não estar recomendado fazer jejum intermitente ou passar muitas horas sem comer. Deverá reduzir, ou mesmo excluir, o consumo de cafeína. Para além disso, pode ser importante a suplementação para ajudar a reequilibrar as glândulas adrenais.
Se se identifica com estes sintomas, procure ajuda especializada na Clínica Pilares da Saúde, onde irá encontrar uma equipa de profissionais de saúde que o poderão ajudar - quer em contexto de consulta de Medicina Preventiva e Funcional, quer em consulta de Nutrição – sendo o objetivo ajudá-lo a reequilibrar o seu organismo e a devolver-lhe a qualidade de vida.
O BIOMEET 2025 vai reunir profissionais, startups, investidores e especialistas para dois dias intensos de debate e networking. O evento conta reunir cerca de quatro centenas de participantes para partilha das tendências que estão a moldar o futuro da biotecnologia. Integrado na Semana Europeia da Biotecnologia, o BIOMEET 2025 será o palco nacional para descobrir inovações, criar parcerias estratégicas e explorar novas ideias para futuros projetos e negócios.
Os principais temas a serem debatidos durante o evento incluem a promoção da competitividade regional através de ecossistemas de biotecnologia; as mais recentes tendências em investimento; fusões e aquisições (M&A) no setor; propriedade intelectual e licenciamento; e a distribuição e acesso a tratamentos para doenças raras.
Nesta edição, haverá uma cerimónia de entrega de prémios da 4.ª edição do InnOValley Proof-of-Concept (IOV PoC), um mecanismo de financiamento pioneiro que apoia projetos inovadores. Além disso, o BIOMEET 2025 irá apresentar o caminho que está a ser construído para a BIO-Europe Spring, um dos maiores eventos de partnership na área da biotecnologia, que acontecerá em Lisboa, de 23 a 25 de março de 2026.
O evento contará ainda com uma área de exposição, onde empresas e entidades nacionais e internacionais apresentarão os seus produtos e soluções inovadoras.
Além do apoio do Oeiras Valley – Município de Oeiras, o evento conta com o patrocínio Platinum da Valvian, o patrocínio Gold da Deloitte e Magma Science e o patrocínio Silver da AINIA, CoLAB TRIALS e VectorB2B e um conjunto de patrocinadores Bronze e Startup Biotech.
Saiba mais e inscreva-se no evento aqui.
O TOP Farmácia Comunitária celebra a excelência, a inovação e a colaboração dos farmacêuticos e das farmácias comunitárias que, diariamente, contribuem para um Sistema Nacional de Saúde mais forte e próximo dos portugueses.
Reconhecimento nacional da excelência farmacêutica
O processo de candidatura contou com a participação de mais de 300 farmácias comunitárias, demonstrando o elevado nível de envolvimento e compromisso do setor. Após um rigoroso processo de validação, foram apuradas 287 farmácias a concurso, com representação de norte a sul do país e nas regiões autónomas, evidenciando a abrangência nacional da iniciativa.
Do TOP 10 divulgado publicamente, destacam-se as farmácias vencedoras nas categorias a concurso: farmácia Reis Barata Évora Plaza (5126) na categoria de Dispensa e Aconselhamento; farmácia Bem Saúde em Bragança (825) nas categorias de Prevenção e de Acompanhamento ao Doente; farmácia Holon Oeiras Figueirinha (20362) na categoria de Saúde Pública; e a farmácia Silveira Mem-Martins, em Sintra, na categoria de Gestão.
Hélder Mota Filipe, Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, entregou o prémio TOP Farmácia Comunitária à farmácia comunitária que, globalmente, reuniu a melhor classificação em todos os indicadores avaliados, a farmácia Holon Oeiras Figueirinha (20362).
O Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos reforça que "mais do que um prémio, o TOP Farmácia Comunitária é um reconhecimento público da dedicação dos farmacêuticos, da sua capacidade para colaborar e inovar, e da excelência dos serviços que prestam às populações. Ao medirmos indicadores concretos, este projeto permite evidenciar e disseminar boas práticas, incentivando todas as farmácias a elevar continuamente os seus padrões de qualidade.”
Já Mário Martins, Diretor-Geral da IQVIA Portugal, salienta que "o reconhecimento atribuído às farmácias comunitárias nomeadas e, especialmente, às vencedoras, reforça a oportunidade de utilizarem os indicadores apurados como fonte de melhoria contínua, permitindo-lhes ganhar uma perspetiva sobre a evolução gradual em áreas estratégicas que são determinantes para o sucesso coletivo do setor".
Os prémios TOP Farmácia Comunitária garantem um selo de qualidade atribuído às farmácias vencedoras, com a chancela da Ordem dos Farmacêuticos.
Nota de agradecimento
A iniciativa contou com o apoio institucional da Ordem dos Farmacêuticos (OF), da Associação de Farmácias de Portugal (AFP), da Associação Portuguesa dos Jovens Farmacêuticos (APJF) e da Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA), bem como com a colaboração da Viatris, OCP, L’Oréal e Glintt Life.
A IQVIA, a Ordem dos Farmacêuticos e as entidades que apoiaram a primeira edição do TOP Farmácia Comunitária agradecem a presença de todos os farmacêuticos e farmácias comunitárias que se fizeram representar na cerimónia, bem como as equipas técnicas das farmácias, stakeholders do setor da saúde, empresas de Life Sciences, representantes institucionais e parceiros do setor.
Estima-se que cerca de metade da população portuguesa não consegue compreender informação, nem ter acesso a recursos relacionados com saúde. Isto indica que, de forma geral, os níveis de literacia nesta área são baixos o que se reflete não só nos cuidados de saúde e na adoção de comportamentos preventivos, como na utilização dos serviços.
A iniciativa conta com o apoio da Unidade Local de Saúde de Almada/Seixal, da Câmara Municipal de Almada, da Egas Moniz School of Health & Science, da Liga Portuguesa Contra o Cancro e do Instituto Português do Desporto e Juventude. Além destas instituições, a iniciativa conta também com o apoio de vários lojistas do Almada Forum, incluindo a Farmácia Almada Forum, GrandOptical, Celeiro, Cinemas NOS, Douglas, VivaGym e Toys “R” Us, que se juntam ao esforço coletivo de sensibilização da comunidade.
Num país que continua a registar baixos níveis de literacia em saúde, o “Saúde + Perto” afirma-se como uma resposta prática e inclusiva, promovendo a proximidade entre cidadãos e profissionais num ambiente informal e acessível.
Podem concorrer peças publicadas ou transmitidas entre 1 de dezembro de 2023 e 30 de novembro de 2025, em imprensa (papel e digital), rádio, televisão, podcast ou videocast. As candidaturas devem ser enviadas em formato eletrónico até 15 de dezembro de 2025, para o e-mail [email protected].
O prémio destina-se a reconhecer jornalistas ou equipas jornalísticas que tenham produzido e publicado um ou mais trabalhos sobre o AVC. Serão especialmente valorizados trabalhos que abordem a continuidade da vida de pessoas que sofreram AVC, nomeadamente os que enfoquem um ou mais dos seguintes aspetos: a reabilitação, incluindo a sua qualidade e celeridade; a reintegração, em especial na vida social e profissional; o recomeço de uma “nova” vida após o AVC; as dificuldades enfrentadas no ambiente familiar, social ou profissional; a qualidade de vida dos sobreviventes e das suas famílias; e o papel dos cuidadores informais. Outros temas na mesma linha que contribuam para a compreensão do impacto do AVC também serão considerados.
O júri é presidido por António Conceição, sobrevivente de AVC e Presidente da Portugal AVC, e integra ainda Isabel Nery, jornalista e sobrevivente de AVC (representando o Sindicato dos Jornalistas); Jorge Jacinto, especialista em Medicina Física e Reabilitação e Diretor do Serviço de Reabilitação do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão; e Diana Wong Ramos, sobrevivente de AVC e ex-jornalista.
As candidaturas serão avaliadas segundo critérios de coerência com os objetivos do prémio (40%), objetividade (20%), qualidade (20%) e relevância da difusão (20%). A comunicação aos vencedores ocorrerá até 31 de janeiro de 2026, e anúncio público em data a combinar.
Com este galardão, a Portugal AVC reforça o seu compromisso em dar visibilidade aos sobreviventes e famílias, reconhecendo o papel essencial do jornalismo na consciencialização sobre o AVC e na promoção de informação de qualidade para a sociedade.
O inquérito evidencia ainda que 80% dos jovens associam a diversidade de perspetivas ao crescimento económico, e oito em cada dez acreditam que os governos e organizações devem manter estas iniciativas mesmo em tempos de maior adversidade. Esta perceção reforça a ideia de que a diversidade não é apenas uma questão de justiça social, mas também um motor de inovação e desenvolvimento económico, capaz de tornar a sociedade mais resiliente e competitiva.
Quando analisados os resultados por país, destacam-se diferenças significativas. O Reino Unido lidera em todas as dimensões, com 86% a associar diversidade a crescimento económico, 87% a sublinhar a sua importância social e 88% a defender a continuidade destas políticas mesmo em contextos de crise. A Itália também apresenta valores consistentes (85% económico; 78% social; 81% continuidade), enquanto Espanha e Alemanha se situam em linha com a média europeia. Já a França surge com os níveis mais baixos de perceção social (72%), e a Alemanha com menor apoio à manutenção destas políticas em tempos difíceis (69%).
Jovens querem mais voz nos processos de decisão
Apesar desta valorização clara da diversidade, os jovens revelam sentir-se pouco representados nos processos de decisão. Apenas 44% consideram que a sua voz está adequadamente refletida nos debates políticos e sociais, ao passo que 83% defendem que devem ter um papel mais relevante nas escolhas que moldam o futuro da Europa. Além disso, 71% afirmam querer participar ativamente na definição de políticas, programas e decisões públicas.
Esta perceção de exclusão varia entre países. Em França e Itália, os jovens são os mais críticos, com apenas 38% e 34%, respetivamente, a sentirem que têm voz nos processos políticos e sociais. No Reino Unido, os números são mais positivos: 59% dizem sentir-se representados e 86% querem contribuir de forma ativa para a definição de políticas públicas.
O barómetro evidencia também desigualdades no acesso a oportunidades profissionais. Menos de metade dos jovens acredita ter as mesmas condições que colegas mais experientes, valor que desce para 35% em países como Espanha e Itália. As mulheres, em particular, revelam uma perceção mais negativa quanto à existência de um ambiente estável e favorável ao crescimento económico.
Em resposta à reflexão destes dados, a Merck organizou no dia 22 de setembro uma mesa-redonda dedicada à Diversidade, Equidade, Inclusão e Pertença. O encontro promoveu uma reflexão sobre os principais desafios que ainda persistem, como o risco de representatividade simbólica, a necessidade de transformar a equidade em medidas concretas e a importância de criar culturas inclusivas onde todos se sintam parte. Foram também debatidas tendências globais e locais, bem como caminhos práticos para acelerar a mudança cultural e política, com o objetivo de assegurar que a diversidade seja vivida como um motor de progresso social e económico. As conclusões reforçaram a urgência de transformar estas preocupações em ação e de garantir que as novas gerações tenham voz ativa na definição do futuro europeu.
Ao longo dos últimos quatro anos, o Barómetro FutURe inquiriu mais de 30.000 jovens europeus, entre os 21 e os 38 anos, em 12 países, através de uma amostra representativa de Millennials e Geração Z. Esta edição reforça que, além da saúde, inovação, sustentabilidade e parentalidade, a diversidade e a inclusão estão entre as prioridades centrais para as novas gerações, que exigem soluções concretas para poderem tomar decisões livres e informadas sobre o seu futuro familiar e profissional.

Estima-se que, em todo o mundo, cerca de 50 milhões de pessoas vivam com hepatite C crónica e que, todos os anos, surjam aproximadamente 1 milhão de novos casos. Em 2022, mais de 240 mil pessoas perderam a vida devido a complicações graves da doença, em particular cirrose e carcinoma hepatocelular. Em Portugal, calcula-se que cerca de 0,5% da população já tenha tido contacto com o vírus, o que corresponde a aproximadamente 100 mil pessoas, embora apenas uma parte apresente infeção ativa. Estes números podem parecer pouco expressivos, mas escondem realidades preocupantes em grupos vulneráveis, como utilizadores de drogas injetáveis ou pessoas em meio prisional, onde a prevalência é bastante superior.
A hepatite C é uma doença silenciosa, que pode permanecer sem sintomas durante anos, dificultando o diagnóstico precoce e aumentando o risco de complicações graves. A boa notícia é que, ao contrário de muitas doenças crónicas, a hepatite C pode ser curada. Os antivirais de ação direta permitem eliminar o vírus em mais de 95% dos casos, através de tratamentos curtos, seguros e bem tolerados. Para que estes benefícios cheguem a todos, é essencial identificar a infeção atempadamente.
A Organização Mundial da Saúde estabeleceu como meta eliminar a hepatite C como ameaça de saúde pública até 2030, propondo reduzir em 90% as novas infeções e em 65% a mortalidade associada. Portugal subscreveu este compromisso e tem feito progressos relevantes, mas para concretizar este objetivo é indispensável reforçar o rastreio e a consciencialização. Devem ser testadas as pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1992, quem já usou drogas injetáveis, aqueles que realizaram tatuagens ou piercings em contextos inseguros, os doentes em hemodiálise, as pessoas com VIH ou hepatite B, os profissionais de saúde com exposição ocupacional a sangue e as populações em situação de maior vulnerabilidade social.
O teste é simples, rápido e gratuito. Quando positivo, permite iniciar tratamento curativo que não só protege a saúde da pessoa infetada, como contribui para travar a cadeia de transmissão. Neste Dia Internacional da Consciencialização para a Hepatite C é importante lembrar que a eliminação desta infeção não depende apenas das estratégias de saúde pública, mas também do empenho de cada um de nós. Informar-se, reconhecer os fatores de risco, falar abertamente sobre a doença sem preconceitos e incentivar familiares e amigos a realizarem o teste pelo menos uma vez na vida são atitudes individuais que fazem a diferença. A hepatite C tem cura e a sua eliminação é um objetivo ao nosso alcance, mas só será uma realidade se todos assumirmos um papel ativo na consciencialização e na defesa da saúde de todos.
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