UMinho
Torcato Meira, da Escola de Medicina da Universidade do Minho, venceu a 6ª edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde, por...

Torcato Meira concorreu com o trabalho “Memória social e respetivo substrato neural no envelhecimento”. A investigação vai colocar, pela primeira vez, os seniores participantes numa tarefa de interação com personagens num ambiente virtual, enquanto o seu cérebro é monitorizado por imagens de ressonância magnética – em particular, pretende-se avaliar nos idosos o volume e a atividade do hipocampo, que fica nas laterais do cérebro e está sobretudo associado à memória, aprendizagem e regulação emocional, e também avaliar alterações na substância branca no cérebro, importante para múltiplas funções cognitivas.

“A hipótese central é que a memória social se deteriora com o envelhecimento, o que por sua vez se poderá associar à disfunção do hipocampo e a lesões da substância branca”, diz Torcato Meira. Memória social é a capacidade de formarmos memórias de outras pessoas e as recordarmos, o que é fundamental na interação social e na manutenção de relações interpessoais. O impacto do envelhecimento na memória social ainda não foi devidamente estudado no mundo, logo este trabalho é especialmente relevante numa sociedade ocidental em progressivo envelhecimento e onde a cognição é crítica para a independência funcional dos idosos.

Preencher uma lacuna na ciência

O estudo destaca-se pelo uso de uma tarefa única, adaptada à população portuguesa, que avalia a memória social de forma dinâmica e envolvente. Isso permite a análise mais detalhada de como os seniores processam e retêm informações sociais, o que é crucial para compreender o seu funcionamento cognitivo. Torcato Meira vai ainda pesquisar se o uso de um grupo específico de antidepressivos pode mitigar a perda da função de memória social e, assim, contribuir para futuras intervenções terapêuticas.

“Os resultados deste projeto podem preencher uma lacuna crítica no conhecimento científico, mas também fornecer bases para novas terapias e práticas clínicas focadas no envelhecimento saudável e na manutenção das capacidades cognitivas, como a identificação precoce de alterações na memória social e novas abordagens de prevenção, particularmente em cuidados de saúde primários, potencialmente gerando um impacto substancial no bem-estar mental e social das populações seniores”, explica o investigador.

Torcato Meira tem 32 anos e é de Viana do Castelo. Fez o doutoramento em Medicina nas universidades do Minho e de Columbia (EUA) e uma pós-graduação na Escola Médica de Harvard (EUA). Tem vários prémios científicos e artigos em revistas ímpares, como “Nature” e “The New England Journal of Medicine”. É professor de Neuroanatomia e investigador na Escola de Medicina da UMinho, além de médico neurorradiologista no Hospital de Braga.

 

Maria João Baptista, Nadim Habib e Mariana Abranches Pinto
Com percursos ligados à saúde, transformação social e sustentabilidade, os especialistas irão debater o panorama atual em...

O TEDxPorto, um evento dedicado à reflexão e partilha de ideias, anuncia quatro novos oradores para a sua 14.ª edição. Maria João Baptista, médica e Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de São João; Mariana Abranches Pinto, Presidente da Associação Compassio, dedicada a apoiar pessoas em situações de vulnerabilidade; e Nadim Habib, professor e consultor na área de inovação e empreendedorismo são as novas vozes que subirão ao palco da Alfândega do Porto no próximo dia 29 de março.

Maria João Baptista é um exemplo de como a liderança e a inovação podem transformar a área da saúde. Doutorada em Ciências da Saúde pela Universidade do Minho, dedicou a sua carreira a unir ciência e prática para criar um impacto real na vida das pessoas. Foi pioneira na investigação sobre o desenvolvimento pulmonar e cardíaco e desempenhou um papel crucial na implementação do transporte inter-hospitalar pediátrico no norte do país, um avanço que salvou vidas e aproximou cuidados essenciais a crianças e famílias.

Lidera a Unidade Local de Saúde de São João como presidente do conselho de administração, onde promove uma visão integrada e humanizada dos cuidados de saúde. No TEDxPorto, Maria João falará sobre a importância de colocar o ser humano no centro das decisões, explorando como a inovação aliada à empatia pode redefinir a experiência dos pacientes e construir um futuro mais inclusivo e justo.

Nadim Habib destaca-se como uma referência na área da inovação, estratégia e agilidade organizacional, ajudando empresas a crescer e a prosperar num mundo em constante evolução. Professor na NOVA School of Business & Economics, partilha o seu conhecimento em programas de mestrado, MBA e formação para executivos, onde tem a oportunidade de capacitar e formar novos empreendedores para uma liderança com impacto positivo. Assim, na sua talk irá  explorar quais são as competências para liderar com autenticidade, oferecendo às novas gerações as ferramentas necessárias para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do mundo atual.

Mariana Abranches Pinto, por sua vez, é um testemunho de resiliência, sendo prova de como os desafios da vida podem ser catalisadores de transformação positiva na sociedade. Formada em arquitetura paisagística, área onde construiu uma carreira  ao longo de 20 anos, viu-se confrontada com momentos que a levaram a repensar a sua trajetória e a redescobrir o seu propósito: ajudar o próximo.

Hoje, lidera a Compassio, uma associação sem fins lucrativos que promove a solidariedade, a inclusão social e o bem-estar, com especial atenção ao apoio emocional e espiritual de pessoas em cuidados paliativos ou em processos de luto. Subirá ao palco do TEDxPorto para partilhar a sua visão sobre o cuidado mais compassivo e empático e a forma como este pode transformar vidas, fortalecer comunidades e gerar um impacto social que perdura por gerações.

Estes três oradores juntar-se-ão a nomes como Manuel Heitor, ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e o escritor e comunicador Luís Osório, num evento que convida o público a  reimaginar o mundo que nos rodeia, desafiar as suas certezas e a refletir sobre questões que moldam a sociedade.

Com 13 edições realizadas, o TEDxPorto consolidou-se como um evento de referência, sendo considerado um dos maiores fóruns de partilha de ideias em Portugal. Destaca-se igualmente como um dos maiores eventos TEDx a nível mundial, de entre mais de 3500 eventos por ano, espalhados por cidades em todo o mundo. Nos últimos dez anos, 284 oradores e 33 performances contribuíram para o sucesso do evento, alcançando uma audiência total de mais de 16000 mil pessoas. Para a edição de 2025, contará com o apoio de dezenas de marcas e entidades.

 

Opinião
O cancro, uma das principais causas de mortalidade global, afeta milhões de pessoas por ano.

Como Funciona a Tecnologia de Reversão Celular?

O avanço baseia-se na compreensão aprofundada das redes reguladoras genéticas que governam o comportamento celular. Utilizando um "gémeo digital" – um modelo computacional das redes genéticas – os investigadores puderam simular o comportamento das células cancerígenas e identificar alvos críticos para manipulação. O estudo centrou-se em células de cancro do cólon, um dos tipos mais prevalentes de cancro a nível mundial.

Os investigadores descobriram três reguladores mestres fundamentais: HDAC2, FOXA2 e MYB. Estes genes desempenham papéis essenciais na diferenciação celular, ou seja, no processo que mantém as células com funções específicas dentro do organismo. No caso do cancro, esta diferenciação é perdida, resultando em proliferação descontrolada. Ao modular simultaneamente estes reguladores em laboratório, foi possível induzir as células cancerígenas a regressarem ao seu estado normal, funcionalmente idênticas às células saudáveis do cólon.

Os resultados experimentais demonstraram não só uma reversão bem-sucedida, mas também uma redução significativa na proliferação descontrolada de células malignas, validando o potencial da abordagem em modelos moleculares, celulares e animais.

Comparação com os Métodos Atuais

Os métodos tradicionais de tratamento do cancro procuram eliminar ou destruir células cancerígenas, o que pode levar a danos colaterais em tecidos saudáveis. A quimioterapia, por exemplo, ataca células que se dividem rapidamente, mas não distingue entre células cancerígenas e células saudáveis que também se dividem rapidamente, como as do sistema digestivo, cabelo e medula óssea. Este efeito colateral resulta em problemas como náuseas, queda de cabelo, fadiga e imunossupressão.

Por outro lado, a radioterapia utiliza radiações ionizantes para destruir células cancerígenas, mas também pode danificar tecidos circundantes, causando inflamações e cicatrizes nos órgãos tratados. Já a imunoterapia, que estimula o sistema imunitário a combater o cancro, é altamente promissora, mas frequentemente enfrentamos problemas como resistência do tumor ou resposta excessiva, levando a inflamações graves.

A tecnologia de reversão celular distingue-se por evitar a destruição celular. Em vez disso, a abordagem centra-se em corrigir o comportamento anómalo das células cancerígenas, devolvendo-lhes o seu estado saudável. Isto não só preserva os tecidos circundantes, como também minimiza os efeitos secundários associados às terapias agressivas.

Aplicações em Diferentes Tipos de Cancro

Embora o estudo inicial se tenha concentrado no cancro do cólon, o método desenvolvido pela equipa do Professor Cho é aplicável a outros tipos de cancro. A tecnologia de modelação digital pode ser adaptada para identificar reguladores genéticos em diferentes tecidos, tornando possível a aplicação da reversão celular em cancros como:

1. Cancro do Pulmão: Estudos anteriores da mesma equipa demonstraram a capacidade de eliminar características metastáticas de células de cancro do pulmão, revertendo-as para um estado não metastático e sensível a terapias tradicionais.

2. Cancro da Mama: A possibilidade de reverter células tumorais em tecidos mamários, especialmente em tipos agressivos como o triplo negativo, pode oferecer uma alternativa terapêutica menos invasiva.

3. Cancro do Pâncreas: Um dos tipos mais letais devido à sua detecção tardia, esta abordagem pode ser explorada para controlar o crescimento tumoral e melhorar a resposta às terapias existentes.

4. Leucemias e Linfomas: Cancros do sangue também poderiam beneficiar desta tecnologia, ao corrigir a diferenciação anormal de células sanguíneas malignas.

A versatilidade do método é um dos seus maiores trunfos. Através da personalização da abordagem para cada tipo de cancro, torna-se possível criar terapias adaptadas à complexidade genética de cada tumor.

Implicações Futuras e Perspectivas Clínicas

A transição desta descoberta para a prática clínica envolve vários desafios. O principal obstáculo é a complexidade das redes genéticas humanas, que varia de pessoa para pessoa. A personalização da terapia será essencial para maximizar a eficácia. Além disso, questões relacionadas com a segurança e os possíveis efeitos a longo prazo da manipulação genética precisam de ser cuidadosamente estudadas antes de a tecnologia ser amplamente adotada.

Outro aspeto promissor é a potencial combinação desta tecnologia com terapias existentes. Por exemplo, a reversão celular pode ser usada para reduzir a agressividade dos tumores, tornando-os mais sensíveis à quimioterapia ou à imunoterapia, aumentando a eficácia global dos tratamentos.

Questões Éticas e Regulatórias

Apesar do seu potencial, esta abordagem levanta questões éticas. A manipulação genética continua a ser um tema controverso, especialmente no que toca aos seus limites e potenciais usos indevidos. É crucial que a comunidade científica e os reguladores trabalhem em conjunto para criar um enquadramento ético sólido que assegure a utilização responsável desta tecnologia.

Além disso, os custos associados ao desenvolvimento e implementação clínica de terapias personalizadas podem limitar o acesso, especialmente em países com sistemas de saúde menos desenvolvidos. Garantir que esta tecnologia seja acessível a todos os pacientes, independentemente da sua localização ou condição socioeconómica, será um dos grandes desafios.

Conclusão: Uma Mudança de Paradigma no Tratamento do Cancro

A investigação liderada pelo Professor Kwang-Hyun Cho representa um avanço revolucionário na luta contra o cancro. Ao transformar a abordagem do combate ao cancro – de destruição para reversão – esta tecnologia oferece um vislumbre de um futuro mais promissor para pacientes em todo o mundo. Embora ainda haja muito trabalho a fazer, o potencial de reduzir os efeitos secundários, personalizar os tratamentos e expandir as opções terapêuticas é inegável.

Num momento em que a medicina avança rapidamente, a tecnologia de reversão celular simboliza uma nova era, onde o cancro pode ser tratado de forma mais eficaz, menos invasiva e, acima de tudo, mais humana. O desafio agora será transformar esta promessa em realidade, permitindo que milhões de pacientes beneficiem desta abordagem inovadora.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Uma equipa da Universidade do Minho descobriu que dois grupos de neurónios, os D1 e D2, que se pensava trabalharem como rivais,...

A pesquisa foi coordenada por Ana João Rodrigues e Carina Cunha, no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da UMinho, tendo a parceria dos colegas Rui Costa e Gabriela Martins, da Universidade de Columbia e do Allen Institute (EUA). O trabalho foi cofinanciado pelo Conselho Europeu de Investigação, pela Fundação la Caixa, pela Fundação Bial e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Os neurónios D1 e D2 situam-se no núcleo accumbens, no interior do cérebro, que apresenta alterações em algumas condições neuropsiquiátricas. Estes neurónios fazem parte do circuito da recompensa, essencial na sobrevivência das espécies, como quando nos esforçamos pelo que necessitamos e desejamos, desde comida, música ou sexo. A equipa da UMinho tinha já provado em ratinhos que ambos os grupos de neurónios não são necessariamente rivais a processar estímulos negativos e positivos, pois os D2 também processam estímulos positivos ou de prazer.

Desta vez, os cientistas foram mais minuciosos e usaram microscópios miniaturizados para seguir centenas destes neurónios em tempo real em roedores expostos a estímulos apetitivos e aversivos. Demonstrou-se pela primeira vez que os D1 e D2 responderam em conjunto a ambos os estímulos. De seguida, procurou-se compreender como é que estes neurónios respondiam durante a aprendizagem de associações positivas e negativas, similares à famosa experiência do cientista Ivan Pavlov que condicionou cães a salivar por comida assim que ouviam uma campainha. Neste caso, os cientistas treinaram os animais para associar um som específico com a entrega de uma recompensa ou um estímulo aversivo. Com surpresa, os D1 e D2 reagiram de forma similar ao longo da aprendizagem, não mudando drasticamente as taxas de resposta.

Como adaptar rápido à mudança?

No entanto, os investigadores alteraram as regras do jogo: o som já não era acompanhado de recompensa ou do estímulo aversivo. Com um laser de precisão nanométrica que "liga e desliga" neurónios específicos (optogenética), os cientistas mostraram que os D2 eram fundamentais na adaptação à mudança. Ou seja, quando inibiram os neurónios D2, os animais demoravam mais tempo a “compreender as novas regras do jogo”.

Desvendar como o cérebro codifica e responde a pistas externas que predizem algo positivo ou aversivo é crucial para compreender melhor doenças como stress pós-traumático ou depressão. A mesma pista externa pode desencadear respostas muito diferentes consoante o contexto do indivíduo e das memórias associadas. Por exemplo, o som de fogo-de-artifício remete para momentos festivos e divertidos, mas para um antigo militar pode gerar uma crise ansiosa, relembrando a guerra, mesmo que ele esteja em ambiente seguro. Esta capacidade de o cérebro resignificar estímulos externos com base em experiências passadas e ajustar-se a contextos revela a grande complexidade dos nossos circuitos neuronais neste tipo de memórias.

Este novo estudo demonstra assim a enorme relevância dos D1 e D2 na resposta a estímulos positivos ou negativos e nas pistas que predizem esses estímulos, diz Carina Cunha: “Apesar de em certos momentos terem atividade distinta, há muita similaridade entre estes grupos e isso foi algo inesperado, o que abre muitas portas para o futuro; aliás, dentro destes grupos percebemos que há uma segregação funcional, mas falta saber de onde vem e vamos procurar o que as diferencia, tanto em contexto fisiológico como em patologia”.

Ana João Rodrigues menciona que, na próxima fase do projeto, “pretende-se encontrar marcadores genéticos que identifiquem os neurónios que codificam algo positivo e aversivo, para perceber o que é que distingue estes subtipos de neurónios.” “Desta forma, podemos criar novas ferramentas para manipular estes neurónios e ver o seu impacto no comportamento”, conclui a investigadora Verónica Domingues. A equipa no ICVS incluiu ainda Tawan Carvalho, Raquel Correia, Bárbara Coimbra, Ricardo Bastos-Gonçalves, Marcelina Wezik, Rita Gaspar, Luísa Pinto e Nuno Sousa.

 

Opinião
Nos últimos anos, a cápsula endoscópica emergiu como uma ferramenta inovadora na prática clínica, of
Breve História e Evolução
A cápsula endoscópica foi desenvolvida no início dos anos 2000, fruto da colaboração entre o Gastroenterologista Inglês Dr. Paul Swain e o Engenheiro Israelita Gavriel Iddan. Desde a sua introdução, esta tecnologia revolucionou a área da Gastroenterologia ao possibilitar a visualização direta de regiões do intestino delgado, anteriormente inatingíveis.
Inicialmente concebida para o estudo do intestino delgado, a cápsula endoscópica evoluiu significativamente. Em 2006, surgiram cápsulas com dupla câmara, permitindo a avaliação do cólon e reto. Mais recentemente, as cápsulas robóticas telecomandadas possibilitaram a análise não invasiva do estômago, ampliando ainda mais o seu âmbito de utilização.
 
Como Funciona?
A cápsula endoscópica é um dispositivo compacto, comparável em tamanho a um comprimido grande. Contém uma bateria, uma fonte de luz e uma ou duas câmaras que captam imagens do interior do tubo digestivo. Após ser ingerida pelo doente, as imagens são transmitidas para um gravador portátil colocado na cintura do doente. O exame é indolor e permite ao doente manter as suas atividades normais, com algumas restrições, como evitar movimentos bruscos ou contacto com água para não comprometer a transmissão de dados.
Após o exame, o gravador é devolvido ao hospital, onde as imagens são analisadas por um Médico Gastroenterologista para identificar possíveis anomalias. A cápsula é eliminada naturalmente nas fezes, sem necessidade de recuperação.
 
Principais Indicações
A cápsula endoscópica é amplamente utilizada no diagnóstico de:
● Anemia ferropénica ou hemorragia gastrointestinal de causa indeterminada: Deteção de lesões no intestino delgado responsáveis por perdas de sangue ocultas.
● Doença inflamatória intestinal (Doença de Crohn): Avaliação da extensão e gravidade das lesões inflamatórias.
● Doença celíaca: Identificação de complicações associadas.
● Síndromes genéticos: Investigação de pólipos ou outras alterações no intestino delgado.
● Lesões suspeitas em exames de imagem: como meio complementar de apoio ao diagnóstico de achados da ressonância magnética (RMN) ou tomografia computorizada (Tc).
 
Benefícios e Limitações
A cápsula endoscópica oferece inúmeras vantagens, destacando-se a capacidade de diagnosticar lesões no intestino delgado de forma não invasiva. É particularmente útil em casos de difícil acesso por outros métodos. Contudo, possui algumas limitações, como a impossibilidade de realizar biópsias ou intervenções terapêuticas durante o exame. Caso sejam identificadas lesões que exijam remoção ou tratamento, o doente terá de ser submetido a uma colonoscopia ou a outro procedimento endoscópico adequado.
 
Outros desafios incluem:
● Retenção da cápsula: O risco, embora raro (menos de 1%), ocorre principalmente em doentes com estreitamentos intestinais, como em formas graves de Doença de Crohn, pós-cirurgias abdominais ou radioterapia.
● Preparação intestinal: é necessária para garantir a qualidade das imagens. Embora para a observação do intestino delgado a preparação necessária seja menos exigente do que na colonoscopia, requer cuidados prévios, como suspensão de certos medicamentos (ferro ou anti-inflamatórios não esteróides). No caso da cápsula do cólon, a preparação intestinal exigida antes de o doente engolir a cápsula é semelhante à da colonoscopia.
● Acessibilidade e custo: A cápsula de dupla câmara para visualização do cólon ainda não está amplamente disponível e apresenta custos elevados, limitando o seu uso como exame de rastreio de patologias mais comuns, como o cancro colorretal.
 
Perspetivas Futuras
A cápsula endoscópica é o exame de eleição para a investigação das patologias do intestino delgado. No respeitante ao cólon, embora a cápsula endoscópica seja, atualmente, mais utilizada como complemento diagnóstico, especialmente em casos de difícil acesso por métodos tradicionais, existe interesse crescente na sua aplicação como ferramenta de rastreio. No entanto, barreiras como custo, logística e limitações tecnológicas ainda restringem a sua utilização generalizada.
Nos casos específicos de doentes frágeis ou com contraindicações para exames invasivos, a cápsula surge como uma alternativa viável e eficaz.
 
Conclusão
A cápsula endoscópica representa um marco na Gastroenterologia, revolucionando a forma como avaliamos o tubo digestivo. Apesar das suas limitações, é hoje um método essencial para o diagnóstico de patologias do intestino delgado e um exemplo notável de como a tecnologia pode melhorar a prática clínica e a experiência do doente.
 
 

 

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Por altura do 20º Aniversário do Grupo
Por altura do seu 20.º aniversário, o Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal (GEDII) organiza mais uma edição da...

A abertura oficial do evento estará a cargo da Presidente do GEDII, Dra. Raquel Gonçalves, que dará as boas-vindas e o mote para os três dias de debate.

Esta reunião é o encontro por excelência dos gastrenterologistas dedicados a estas patologias. Destacamos alguns temas relevantes do programa da Reunião como o “Grab IBD from the Beginning”, com a presença do Professor Paulo Kotze, experiente cirurgião de DII, membro do GEDIIB, novo membro da International Organization of Inflammatory Bowel Disease (IOIBD), membro da European Crohn and Colitis Organization (ECCO); “Targets on the Block”, com o Professor Shomron Ben-Horin, membro da ECCO e presidente do Departamento de Doenças Inflamatórias Intestinais, da Associação Israelita de Doenças Intestinais, Samuel Fernandes, membro da Direção do GEDII e gastrenterologista ULS Santa Maria, Ferdinando D'Amico, Gastroenterologista San Raffaele Hospital, Milão; “Connecting New Drugs”, com o Professor Fernando Magro, Presidente da ECCO, gastrenterologista da ULS São João, fundador do GEDII, investigador do CINTESIS e ainda professor na FMUP, Professor Alessandro Armuzzi, Coordenador hospitalar da Unidade de Doenças Inflamatórias Intestinais em Milão e o Professor Glen Doherty, membro da ECCO; e ainda o tema “Integrative Medicine – Ready for IBD Prime Time?”, com Shomron Ben-Horin.

De realçar também a realização do curso avançado, dedicado à monitorização das doenças inflamatórias intestinais (DII) – abordagem prática, e a reunião de enfermagem, realizada no dia 24.

“A Reunião Anual do GEDII é sempre uma oportunidade de troca e partilha de experiências, case studies, novos conhecimentos, inovação de toda esta comunidade dedicada às Doenças Inflamatórias Intestinais (DII’s). Para este evento tentamos ao máximo acomodar todas as temáticas de relevo do momento, nesta área, pois um dos objetivos é atualizar os temas no tratamento das DII’s. Temos a expectativa de uniformizar os cuidados médicos nesta área a nível nacional e aplicando a evidência científica mais atual”, sublinha Sandra Dias, Diretora Executiva do GEDII.

Há duas décadas que o GEDII cria ciência e conhecimento: 20 estudos científicos, 89 publicações indexadas com elevado fator de impacto, 39 bolsas de investigação atribuídas no valor de 800.000.00 euros, apoio a 14 doutoramentos, realização de 15 reuniões anuais (80 oradores internacionais), 31 cursos de formação, e estão ainda na génese do conceituado curso para internos e jovens especialistas com 5 países envolvidos (5-Nations: Portugal, Espanha, Itália, França e Israel). Tem sido o motor da DII e é o líder nacional da procura de conhecimento no diagnostico, monitorização e abordagem terapêutica.

A comemorar o 20º aniversário do Grupo, Professor Fernando Magro, membro da Direção do GEDII, relembra que “o GEDII esteve na génese da procura de novos biomarcadores, alvos terapêuticos dirigidos e terapêutica personalizada. Foi líder mundial na exploração de novos “end-points” terapêuticos como a resposta e remissão histológica, e melhoria endoscópica-histológica da mucosa. Contudo, o que mais progrediu nos últimos anos foi o conceito de alvo terapêutico bem definido, com monitorização continua e tratamento precoce e atempado numa janela de oportunidade.”

30 de janeiro | Lisboa
A Sociedade Portuguesa para a Inovação em Microbioma e Probióticos (SPIMP), anuncia a 2ª Reunião Científica, a realizar no...
O evento terá como tema “O Círculo Virtuoso do Microbioma” e contará com a participação de conceituados profissionais de diferentes áreas da saúde como, Ginecologistas, Gastroenterologistas, Infeciologistas, entre outros.
A SPIMP tem como objetivo promover e facilitar a pesquisa, o conhecimento e a divulgação do microbioma e dos probióticos em Portugal.
A organização dedica-se a promover a compreensão dos benefícios dessas áreas de estudo para a saúde humana, animal e ambiental, bem como incentivar a colaboração entre investigadores, cientistas, profissionais de saúde e outros que demonstrem interesse pela área.
“O nosso objetivo é contribuir ativamente para a compreensão dos microrganismos que habitam no nosso corpo e como os probióticos podem ser benéficos para a nossa saúde”, de acordo com o presidente da SPIMP, Miguel Raimundo.
As atividades da Sociedade Portuguesa para a Inovação em Microbioma e Probióticos incluem a organização de conferências, workshops e simpósios focados em microbioma e probióticos.
“É sabido que a microbiota é composta por diversos micro-organismos presentes no organismo, que desempenham funções essenciais em diversas áreas, como a saúde gastrointestinal, vaginal, imunidade e o bem-estar geral do Ser Humano”, diz Miguel Raimundo, presidente da Associação.
A SPIMP tem uma comunidade diversificada, composta por investigadores, médicos, profissionais de saúde, académicos, estudantes e entusiastas da área, através da qual pretende conectar pessoas interessadas no microbioma e probióticos para fomentar a troca de conhecimentos e experiências.
“A associação é, desta forma, um canal permanente de divulgação do conhecimento científico para a sociedade portuguesa”, conclui José Miguel Raimundo.
Para participar na 2ª Reunião Científica da SPIMP basta inscrever-se no link https://forms.gle/xXsBP2e6uPjmDEq4A ou enviar um mail para [email protected]
29, 30 e 31 de janeiro de 2025 | Porto
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) organiza, de 29 a 31 de janeiro de 2025, o 19.º Congresso...

O Congresso, reconhecido como o principal evento científico nacional dedicado ao AVC, contará com palestrantes de renome, nacionais e internacionais, que, ao longo de três dias, abordarão temas atuais nas áreas da prevenção, tratamento e reabilitação do AVC. O caráter multidisciplinar é um dos principais pilares do evento anual da SPAVC, reunindo profissionais de diversas áreas de atuação com o objetivo de fomentar o diálogo e a cooperação entre as diferentes especialidades. “O tratamento eficaz do AVC só é possível através da colaboração entre várias especialidades, desde a fase aguda até à reabilitação. Este Congresso reflete essa necessidade, ao proporcionar um espaço de partilha e discussão multidisciplinar”, explica o Prof. Vítor Tedim Cruz, Presidente da Direção da SPAVC.

A edição de 2025 do evento marca também a celebração dos 20 anos da SPAVC, uma ocasião especial para refletir sobre os avanços alcançados ao longo das últimas duas décadas, com diferentes momentos ao longo do evento que assinalam este número.

“Celebrar os 20 anos da SPAVC é uma oportunidade para refletir sobre o percurso que nos trouxe até aqui e reforçar o compromisso com a inovação e a melhoria contínua dos cuidados ao doente com AVC”.

O Congresso incluirá várias mesas redondas que proporcionarão debates enriquecedores e uma análise aprofundada e atualizada dos principais desafios e avanços no tratamento e na prevenção do AVC. Entre as principais sessões, destacam-se os temas “Desafios na Implementação da Prevenção Primária”, “Implicações para a Gestão”, “Fase Aguda do AVC Isquémico”, “A Jornada da Bancada à Cabeceira na Investigação em Doença Cerebrovascular”, “Reabilitação”, e “Explorando Limites: Desafios no Tratamento do AVC”. 

Como já é tradição, o evento incluirá também cursos pré-congresso, que decorrerão no dia 29 de janeiro. Estes cursos são uma parte fundamental do evento, proporcionando aos congressistas a oportunidade de aprofundarem os seus conhecimentos e melhorarem as suas competências em áreas específicas. O especialista sublinha a importância da componente formativa do Congresso, referindo que “os cursos são essenciais para capacitar os profissionais com competências especializadas em áreas de interesse selecionadas”. 

A cerimónia de encerramento será marcada pela atribuição de prémios às melhores apresentações. Entre os prémios, destacam-se as três melhores Comunicações Orais (1.º, 2.º e 3.º), a melhor Comunicação Oral - Caso Clínico, as duas melhores apresentações em cartaz (e-poster), o prémio Multiprofissional, o prémio da melhor celebração do Dia Nacional do Doente com AVC, bem como a Bolsa de Investigação Prof. Castro Lopes em Doença Vascular Cerebral, cujos regulamentos podem ser consultados no website da SPAVC. O neurologista destaca a relevância destas distinções, salientado que “os prémios são uma forma de incentivar a investigação e reconhecer o esforço dos profissionais de saúde que se dedicam ao estudo do AVC. Valorizar estas contribuições é fundamental para o avanço do conhecimento e melhoria dos cuidados.”

Todos os profissionais de saúde interessados, bem como estudantes, podem efetuar a sua inscrição online no 19.º Congresso Português do AVC. “Convido todos a juntarem-se a nós nos dias 29, 30 e 31 de janeiro, no Porto! Este Congresso é mais do que um momento de partilha de conhecimento científico, representando também uma celebração de duas décadas de dedicação à prevenção e tratamento do AVC. A presença de cada um é fundamental para continuarmos a avançar juntos na luta contra o AVC”, conclui o Prof. Vítor Tedim Cruz.

Todas as informações sobre o evento podem ser consultadas no website da SPAVC (https://spavc.org/19o-congresso-portugues-do-avc/).

 

Novos membros da direção
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) anuncia a sua nova direção para o mandato de 2025-2026, que...

Nelson Carvalho sublinha a importância desta missão: "É uma honra assumir a presidência da SPPCV, uma sociedade que desempenha um papel essencial no desenvolvimento da Medicina da coluna vertebral em Portugal. A nossa prioridade será fomentar a investigação, a formação contínua e a partilha de conhecimento entre profissionais, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos nossos pacientes.

A nova direção da SPPCV conta ainda com Jorge Alves e Carla Reizinho como vice-presidentes, Ricardo Rodrigues-Pinto como tesoureiro, Pedro Santos Silva como secretário-geral e Lino Fonseca como suplente. Na Assembleia Geral, Bruno Santiago assume a presidência, acompanhado por Vítor Castro como 1.º secretário e Daniela Linhares como 2.ª secretária. O Conselho Fiscal será presidido por Francisco Serdoura, com José Miguel Sousa e Ricardo Velasco como 1.º e 2.º vogais, respetivamente.

Com esta nova liderança, a SPPCV reforça o seu compromisso em continuar a ser uma referência no tratamento da patologia da coluna vertebral, contribuindo para a inovação e melhoria das práticas médicas no país.

ULS da Cova da Beira
A Unidade de Intervenção Cardiovascular da Unidade Local de Saúde da Cova da Beira vai assinalar o seu primeiro aniversário com...

Esta iniciativa visa sensibilizar a população para a importância da prática de atividade física na promoção da saúde e na prevenção de doenças cardiovasculares.

Detalhes do Evento:

Data: 1 de fevereiro de 2025

Hora: 10h

Local: Complexo Desportivo da Covilhã (ponto de partida e chegada)

Distância: 6 km (percurso circular e de nível fácil)

Custo: Gratuito (inscrição obrigatória)

Os participantes terão acesso a um kit de participação (limitado às primeiras 150 inscrições), um reforço alimentar saudável no final do percurso, e poderão desfrutar de momentos de convívio, surpresas e muita animação.

As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias, e estão abertas a toda a população. Ao inscrever-se, cada participante declara estar em condições físicas adequadas para realizar a atividade, assumindo a responsabilidade pela sua participação.

Link para inscrições disponível no site e redes sociais da ULS da Cova da Beira.

 

A urgência do debate nas FNAC Talks com Dr. Miguel Raimundo
“Fertilidade e Menopausa Precoce” foi o principal tema da sessão que decorreu na FNAC de Alfragide, onde vários especialistas...

No passado dia 10 de janeiro, decorreu mais uma edição de FNAC Talks, desta vez com o tema central “Fertilidade e Menopausa Precoce”. A sessão, promovida pelo Dr. Miguel Raimundo, trouxe a palco uma médica e uma diretora de Marketing, para debater e sensibilizar o público sobre este tema que tanto diz para a saúde e para o bem-estar das mulheres.

O evento contou com a presença da Dr.ª Marta Padilha, Médica Especializada em Medicina Anti-Aging, e da Dr.ª Marta Castro, Diretora de Marketing da Wells. Foram discutidos os desafios desta condição, desde o fim do tabu sobre o mesmo em Portugal, como o seu impacto na sociedade e as soluções disponíveis, desde a reposição hormonal ao apoio emocional.

A Dr.ª Marta Padilha destacou a importância das soluções disponíveis, que permitem melhorar a qualidade de vida das mulheres, realçando o tempo em que uma mulher pode viver na menopausa. “Se a esperança de vida das mulheres é 83 anos e se uma mulher entra na menopausa aos 40, está mais de metade da vida dela em menopausa, e a menopausa tem uma série de alterações que vão diminuir significativamente a qualidade de vida da mulher. O que vamos fazer é criar as condições ótimas para que ela possa viver com qualidade de vida”.

A Diretora de Marketing da Wells abordou a proximidade da marca com as mulheres: “Fomos olhar para aquilo que põe em causa o seu bem-estar e a menopausa, para além de outros temas, é um dos temas que saía como aquele que tinha mais fatores relacionados com o bem-estar da mulher e não era de todo abordado”. Após um longo estudo, dedicaram-se a uma campanha de sensibilização que veio para quebrar todos os tabus em Portugal.

O Dr. Miguel Raimundo sublinhou a importância do trabalho multidisciplinar e do facto de atualmente se falar desta condição tão abertamente: “Há um momento da menopausa antes e agora. As pessoas agora, quase todas as mulheres falam. Não é tabu falar do tema”

Esta sessão pautou-se pela partilha de experiências e pela sensibilização para questões que impactam profundamente a vida de tantas mulheres. Foi reforçada a importância de abordar estes temas de forma aberta, fomentando o acesso a soluções que melhorem a saúde e a qualidade de vida das mulheres.

Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
Nos dias 4 e 5 de abril de 2025, o Centro Cultural de Cascais será palco das XXII Jornadas do Núcleo de Estudos da Doença VIH ...

Um dos destaques será a abordagem às novas alternativas terapêuticas, como os fármacos "long acting" de administração intramuscular bimestral, que começaram a ser utilizados em Portugal em 2024. Estas terapias têm vindo a revolucionar a gestão da infeção ao eliminar a necessidade de uma toma diária, mantendo a eficácia e a tolerabilidade da terapêutica antirretrovírica tradicional. “Os avanços não param por aqui. A curto prazo, espera-se o desenvolvimento de fármacos com administração bianual, com aplicação tanto terapêutica como preventiva”, explica o coordenador do NEDVIH, Fausto Roxo.

O evento contará com uma mesa-redonda dedicada exclusivamente a estas novas terapêuticas, que incluirá partilhas de experiências reais de Portugal e Espanha, e ainda uma conferência do Prof. Dr. Arkaitz Imaz, que abordará as futuras opções terapêuticas em desenvolvimento.

Outro ponto alto será a primeira conferência das Jornadas, a cargo de Joana Bettencourt, da Direção-Geral da Saúde (DGS). O foco estará nos novos diagnósticos de VIH em Portugal e nos desafios associados, como as migrações, rastreios, prevenção e ligação aos cuidados de saúde.

Para Fausto Roxo, “enquanto internistas, continuamos a reafirmar que a pandemia VIH é uma doença multisistémica, exigindo uma abordagem integrada e permanente”. Nesse sentido, haverá uma mesa-redonda intitulada “Risco cardiovascular e saúde cardiometabólica”, dedicada às comorbilidades infeciosas e metabólicas associadas ao VIH.

As Jornadas incluirão as tradicionais Comunicações Orais e uma mesa-redonda no segundo dia dedicada à Comunicação e Literacia em Saúde, com o objetivo de fomentar a interatividade entre os participantes e manter o espírito de abertura que caracteriza este evento anual.

Com um programa abrangente e atual, as XXII Jornadas do NEDVIH consolidam-se como um momento essencial para partilha de conhecimento e reflexão sobre os caminhos futuros na abordagem ao VIH.

Inscrições em: https://www.spmi.pt/xxii-jornadas-do-nucleo-de-estudos-da-doenca-vih/

Universidade de Coimbra
Uma equipa de investigação da Universidade de Coimbra (UC) integra o estudo European Autism GEnomics Registry (EAGER) que...

Face à diversidade dos perfis genéticos de pessoas com autismo, os cientistas do projeto EAGER acreditam ser fundamental a criação de uma plataforma com informações genéticas de várias pessoas, plataforma que consideram ser capaz de impulsionar futuros ensaios clínicos mais personalizados, e, em simultâneo, alargar o conhecimento sobre as condições genéticas associadas ao autismo.

Atualmente, a base genética do autismo é um enigma, não existindo, ainda, biomarcadores fiáveis de diagnóstico e prognóstico desta perturbação do neurodesenvolvimento. Como explica o docente da Faculdade de Medicina da UC (FMUC) e diretor do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS), que lidera o estudo na UC, Miguel Castelo-Branco, “há evidência crescente da necessidade de personalizar as abordagens clínicas e, como tal, a recolha de uma grande quantidade de dados genéticos e clínicos será determinante para o desenvolvimento de novas respostas terapêuticas para esta condição”.

Perante este contexto, a equipa de investigação do projeto EAGER está a criar uma base de informações de pessoas oriundas de vários países europeus, estando a decorrer a participação de voluntários de Portugal. Podem participar pessoas com diagnóstico de Perturbação do Espectro do Autismo e pessoas com um diagnóstico não formal – isto é, que se identificam com o diagnóstico, mas sem que ele tenha ainda sido validado por um profissional de saúde. 

A participação neste estudo acontece à distância e contempla o envio de uma amostra de saliva para análise genética e o preenchimento de alguns questionários online, para responder a questões relacionadas com saúde física e mental, qualidade de vida e também para a partilha de opiniões sobre as prioridades de investigação nesta área. Os participantes podem inscrever-se até março de 2025 contactando diretamente a equipa da UC através do e-mail [email protected].

Além da criação de uma plataforma com o registo de informações genéticas dos participantes para apoiar ensaios clínicos e intervenções personalizadas, o projeto pretende ainda estudar a relação entre as características genéticas e aspetos relevantes da saúde física e mental no autismo.

O projeto EAGER, financiado pela Iniciativa sobre Medicamentos Inovadores (parceria público-privada entre a Comissão Europeia e a indústria farmacêutica, representada pela Federação Europeia da Indústria Farmacêutica) no âmbito do Programa Horizonte 2020, e liderado pelo King's College London, junta 13 equipas de investigação oriundas de oito países – Alemanha, Espanha, França, Irlanda, Itália, Portugal, Reino Unido e Suécia.

Surge no âmbito do Autism Innovative Medicine Studies-2-Trials (AIMS-2-TRIALS), o maior consórcio dedicado ao estudo do autismo na Europa, do qual a UC faz também parte, que, desde 2018, tem vindo a explorar a biologia do autismo com vista ao desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas personalizadas. Miguel Castelo-Branco destaca que “os impactos deste projeto já são visíveis na forma como uniu clínicos, investigadores e pessoas com autismo, e no investimento não académico que atraiu, sendo uma das maiores parcerias público-privadas a nível mundial no contexto das ciências da vida”.

Na Universidade de Coimbra, o projeto conta com o envolvimento de investigadores da Faculdade de Medicina, do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional e do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde.

 

Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla
A Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), no ano em que comemora o seu 40.º aniversário, promove evento de cariz...
No dia 24 Janeiro, pelas 19h, a SPEM Lisboa (Rua Zófimo Pedroso 66 - Marvila) vai transformar-se “com certeza numa casa portuguesa” e promete uma noite inesquecível com Fado Vadio, Pop-Fado, à Desgarrada...
A Noite de Fados Solidária está a ser organizada pela SPEM, com o apoio da Associação Cultural o Fado (A.C.O.F.), Ah Amália, Pastelaria Viriato, Restaurante Toca dos Trovadores, Panike, Florista Alcina e Pâtisserie Dacquoise.
Esta iniciativa tem como objetivo a angariação de fundos para a instituição, contribuindo para que esta possa implementar os seus projetos na área Social e da Neuro Reabilitação e garantir a melhoria das condições de vida das Pessoas com Esclerose Múltipla.
A Noite de Fados terá como artistas convidados Helena Favila, Jaime Piçarra, José António Silva e Sousa, Manuel Silva e Sousa, Maria do Carmo Themudo (vozes), José Luís Themudo Barata (guitarra), Fernando Heleno (viola de fado), Paulo Rosado (viola baixo) e participações da Escola de Fado da A.C.O.F. (vozes e guitarras).
A entrada no evento tem um custo de 20€ por pessoa, com Fado ao Vivo e Petiscos incluídos. O Menu será composto por Caldo-verde, Pão com chouriço, Azeitonas, Salgados, Tábua de enchidos e queijos, Arroz-doce, Bebida e Café.
Além de poderem desfrutar de uma noite agradável com música e comida tipicamente portuguesas, os convidados terão ainda a oportunidade de melhor conhecerem a SPEM - a instituição que é a voz e o rosto de todos os que são afetados pela esclerose múltipla.
As inscrições estão abertas até ao próximo dia 18 de janeiro e devem ser registadas através de formulário, disponível aqui.
Diretor da FMUC assume presidência do CEMP
Carlos Robalo Cordeiro, Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), assumiu em dezembro a presidência...

Com um extenso percurso académico, profissional e científico, Carlos Robalo Cordeiro é Professor Catedrático de Pneumologia da FMUC desde 2016 e ocupa o cargo de Diretor da Faculdade desde 2019. Paralelamente, é Diretor do Serviço de Pneumologia da Unidade Local de Saúde de Coimbra desde 2016 e presidiu o Conselho de Administração do Centro Académico e Clínico de Coimbra de 2022 até 2024.

No plano internacional, destacou-se como Past-Presidente da European Respiratory Society (2023-2024), reafirmando a sua liderança e prestígio no campo da pneumologia.

Recentemente, Carlos Robalo Cordeiro foi designado pelo Gabinete da Ministra da Saúde como Coordenador do Grupo de Trabalho para o acompanhamento e implementação das medidas urgentes, prioritárias, e estruturantes, plasmadas e constantes no Plano de Emergência e Transformação na Saúde, sublinhando a sua relevância estratégica no panorama da saúde pública em Portugal.

A presidência de Carlos Robalo Cordeiro no CEMP simboliza um compromisso renovado com a excelência na formação médica em Portugal e com a integração das escolas médicas no desenvolvimento de soluções inovadoras na área da saúde.

Estudo
Segundo o estudo Portuguese Healthcare and Senior Living sobre o setor das residências sénior e cuidados de saúde, divulgado...

Em 2050 mais de 1/3 da população portuguesa será idosa e o nosso pais, será o 3º país mais envelhecido da União Europeia. Em 2020, 23% da população portuguesa tinha mais de 65 anos comparando com 21% na UE, porém é expectável que até 2026 esta percentagem em Portugal cresça para 34%.

Dados oficiais mostram ainda que, ano após ano, o montante gasto pelos portugueses em cuidados de saúde tem vindo a aumentar atingindo 26,5 mil milhões de euros em 2023, o que representa 10% do PIB português, tendo crescido 50% em relação a 2016. O montante alocado a cuidados em ambulatório (sem internamento dos pacientes) representou 46% do valor gasto pelas famílias, totalizando 1.074€ per capita.

Em Portugal existem 243 hospitais que em conjunto somam mais de 36.000 camas e o peso do setor privado é altamente significativo representando 54% da oferta hospitalar, ou seja, 131 hospitais com cerca de 11.700 camas. Entre 2014 e 2017 o número de hospitais manteve-se estável porém, desde então, aumentou 8% com a abertura de 18 novas unidades, sendo que apenas uma delas foi desenvolvida pelo setor público.

O mercado privado de saúde está assim a crescer significativamente: mais procura de cuidados, mais vidas cobertas por seguros de saúde e menos resposta da oferta pública – com graves problemas estruturais (encerramentos de emergência, capacidade de resposta limitada em diversas especialidades, tempos de espera significativos , etc.). À medida que os tratamentos de saúde e a tecnologia avançam, aumenta também a exigência de imóveis apropriados e especializados que possam acomodar tanto os utilizadores como os equipamentos necessários.

No âmbito da operação por privados, 35% do total das camas estão nas mãos de 5 principais operadores: Trofa Saúde, Luz Saúde, José de Mello, Lusíadas e Grupo HPA Saúde. Um dos motivos pelos quais se apresenta tão atrativo investir no setor dos cuidados de saúde prende-se com o rácio de cama por habitante pois se na Europa este rácio é de 5,3 camas por cada 1.000 habitantes, em Portugal situa-se nas 3,5 camas por 1.000 habitantes.

Analisando agora as unidades de cuidados continuados, o estudo da CBRE indica que existem 377 unidades dedicadas aos mesmos, com um total de 9.771 camas, porém alerta que apenas 2% destas camas estão no setor público, sendo os outros 98% operados por entidades sem fins lucrativos, como a Santa Casa da Misericórdia, IPSS ou privados.

José Moutinho, responsável pela área de research na CBRE Portugal indica que: “a falta de camas no serviço nacional de saúde é bastante severa, particularmente nos distritos de Lisboa e Porto. Em 2023 existiam mais de 1.800 pessoas a aguardar por uma cama em cuidados continuados e é previsível que este número venha a aumentar, o que obrigará também a um incremento significativo na oferta”.

Já no âmbito das residências sénior, comumente designadas por lares, verificam-se 2.632 unidades em Portugal, sendo que 25% das mesmas são operadas por empresas privadas. A taxa de ocupação dos lares em Portugal é de 91,8% e 70% dos utilizadores esteve nestas unidades por um máximo de 5 anos, enquanto 10% esteve numa destas estruturas durante 10 anos ou mais.

Os cinco principais operadores de residências sénior em Portugal totalizam mais de 3.800 camas sendo eles: as Residências Montepio, o Grupo EMEIS, a DomusVi, a PSHC e Naturidade. 

Igor Borrego, Head of Capital Markets da CBRE acrescenta: “Em Portugal, nos anos de 2020 e 2021, transacionaram-se três importantes portefólios e apesar de desde então não se terem registado transações nestes setores, existem algumas operações em pipeline que ultrapassam os 50 milhões de euros. Acredito que o investimento venha a crescer significativamente no futuro e este setor assista à entrada de novos investidores e operadores internacionais atraídos pela oportunidade que Portugal representa como país”.

A consultora aponta nove principais fatores que privilegiam o investimento neste setor, nomeadamente: 1. Aumento significativo do número de idosos e pessoas dependentes; 2. Elevado desequilíbrio entre oferta e procura; 3. Falta de oferta de cuidados especializados; 4. Elevada faixa populacional com cobertura de seguro de saúde (1/3 da população); 5. Setor polarizado com enorme potencial de expansão e consolidação dos operadores; 6. Diversas oportunidades de investimento uma vez que o setor é ainda marcado por proprietários também responsáveis pela operação; 7. Pensionistas com poder de compra gerados pela propriedade de imóveis ou poupanças; 8. Atratividade de Portugal junto de reformados estrangeiros; 9 residências sénior ou clínicas de cuidados especializados representam um investimento estável no longo termo.

 

ULS São José
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares [APAH], em parceria com a Unidade Local de Saúde São José, promove no...

Dedicada ao tema “Inovação Organizacional", esta edição dará a conhecer diversos projetos na área da melhoria de desempenho e eficiência, e sobre valorização humana.

Conheça o PROGRAMA. Mais informações sobre a iniciativa estão disponíveis aqui.

“Caminho dos Hospitais” é, desde julho de 2016, uma iniciativa da APAH que constitui uma aposta na proximidade à comunidade hospitalar para atenuar situações de periferia através de visitas e reuniões programáticas às unidades do SNS, de forma descentralizada, dando especial enfoque a temas da atualidade. A par da articulação com os Administradores Hospitalares locais, estão na sua génese a comunicação, a cooperação e a excelência no contacto com os Conselhos de Administração, para conhecimento da realidade e dos desafios de cada hospital e para a promoção da qualidade da gestão hospitalar. Em paralelo, a APAH convida todos os seus associados e, em geral, a comunidade hospitalar e da saúde a participarem nas conferências e debates sobre múltiplas temáticas que decorrem no âmbito da iniciativa.

Inquérito FutURe
Dados Europeus do Inquérito FutURe dos últimos três anos destacam a saúde emocional como a prioridade dos jovens nos dias de...

Nesta que é a primeira de um conjunto de mesas-redondas que pretendem dar voz aos jovens sobre temas que os preocupam. O objetivo é criar um conjunto de recomendações para Portugal e restante Europa, não só para o presente mas numa perspetiva a longo prazo para as futuras gerações, para combaterem o que dizem ser “a doença crónica dos jovens”.

Um dos temas de destaque e que foi considerado unânime como uma área que impacta a saúde emocional é o das redes sociais, nomeadamente os perigos da desinformação e da necessidade de formação dos influenciadores que, nestes espaços, vestem muitas vezes a pele de especialistas sem o serem. Clara Silva, conhecida como Clara Não, ilustradora e ativista; Inês Homem de Melo, psiquiatra, membro do grupo de reflexão “O futuro já começou” da Presidência da República; Leonor Pinto, Vogal do Conselho Nacional da Juventude com o pelouro da Saúde; Margarida Jarego, psicóloga e Coordenadora Clínica Social da Casa Qui; Margarida Santos, médica de família e influenciadora digital, e Tiago Rodrigues, farmacêutico e Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos, juntaram-se para falar também sobre a necessidade de agir a este nível.

Ultrapassar o estigma das redes sociais e aproveitá-las para combater a desinformação é um dos desejos expressos no âmbito deste projeto, com os especialistas a considerarem que resistir a este novo paradigma apenas atrasará a divulgação de conhecimentos importantes. “As redes sociais trazem-nos uma oportunidade, mas também um desafio. Há os dois lados da moeda, o negativo e o positivo. Devemos agarrar as oportunidades que as redes sociais podem trazer, porque efetivamente estão presentes e devemos usá-las como uma boa ferramenta para disseminação de informação fidedigna e baseada em evidência”, salienta Leonor Pinto.

No que diz respeito a esta formação, os jovens especialistas avançam com a sugestão de um “documento de boas práticas” a desenvolver numa possível colaboração com a Direção-Geral da Saúde.

Ação precisa-se ao nível da saúde mental

“A doença mental é a doença crónica dos jovens”, afirma a psiquiatra Inês Homem de Melo. “É o que põe uma pessoa nova em casa sem trabalhar: 50% da doença mental começa antes dos 16 anos e 75% começa antes dos 24 anos de idade”, acrescenta a médica. Uma voz à qual se juntam as dos outros especialistas, unidos na certeza, por conhecimento de causa, do impacto que os problemas de saúde mental podem ter e que todos admitiram já ter sentido.

É por isso que a dificuldade de acesso às consultas de saúde mental e a urgência de uma intervenção precoce se tornaram os principais pontos de partida para as recomendações definidas, a começar por tornar mais acessíveis os apoios.

E porque defendem que as gerações Z e Millennial estão mais atentas aos sinais da saúde mental, em si próprios e nos outros, algo que consideram que as destaca das gerações anteriores e contribui para o fosso geracional – acreditam que as gerações mais velhas carecem de literacia nesta matéria, assim como de alguma empatia e compreensão -, pedem também um reforço da formação dos profissionais de saúde nos domínios da saúde mental, da relação profissional-doente em geral, promovendo uma abordagem “doente como educador” para melhorar a compreensão mútua, nomeadamente no que respeita à abordagem da comunidade LGBTQI+.

A educação foi também um tema comum ao longo de toda a mesa-redonda, vista pelos especialistas como o pilar para normalizar a saúde emocional e o bem-estar na sociedade, pelo que propõem a criação de um programa de educação para a saúde mental e literacia emocional nas escolas.

Seguindo o exemplo, bem-sucedido, da campanha de reciclagem, que conseguiu mudar os hábitos nacionais, propõem também o desenvolvimento de uma campanha multissetorial de sensibilização e ainda de estudos de impacto económico para avaliar os custos da saúde mental e os benefícios da sua prevenção.

Para que estas recomendações não fiquem apenas no papel, as mesmas serão apresentadas a diferentes decisores, no sentido de potenciar o diálogo sobre promover mudanças efetivas.

O FutURe é um projeto ambicioso e de longo prazo, conduzido pela Merck, que procura identificar e abordar os temas de interesse para as gerações futuras, dando-lhes a oportunidade de expor as suas necessidades, opiniões e preocupações com os principais decisores e instituições, para que as suas vozes sejam ouvidas, tanto a nível nacional como europeu. 

APIC organiza webinar gratuito
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai realizar um webinar sob o tema “Vamos proteger-nos da radiação...

“A radiação ionizante é uma ferramenta indispensável em várias especialidades médicas, incluindo a Cardiologia de Intervenção. No entanto, a sua utilização deve ser feita de forma responsável. Com este webinar, a APIC pretende alertar para os riscos da exposição prolongada à radiação e incentivar a adoção de sistemas de proteção individual adequados, garantindo a segurança de todos os envolvidos”, explica Rita Calé Theotónio, presidente da APIC.

O webinar contará com apresentações de especialistas sobre temas como “Efeitos da radiação na visão”, “Radiação e cancro” e “Temos que nos proteger dos sistemas de proteção individual”, seguidas de uma sessão final para discussão.

A inscrição é gratuita, mas obrigatória, podendo ser efetuada através do seguinte link: https://shorturl.at/H0NSY

Para mais informações: https://www.apic.pt/formacao/webinars/

 

ESSATLA
Regime híbrido, corpo docente qualificado e duração de nove meses são alguns dos pontos diferenciadores da formação.

A Pós-Graduação em Osteopatia Infantil está de regresso à ESSATLA – Escola Superior de Saúde Atlântica para a sua nona edição. A manutenção e aposta neste curso alinha-se com os objetivos da instituição de assegurar uma oferta formativa completa e diversificada. Sendo uma área com muita procura e oferta a nível profissional, resultado da crescente consciencialização para as disfunções músculo-esqueléticas na área pediátrica, a Osteopatia Infantil surge da adaptação de técnicas de osteopatia realizadas no adulto a toda a fisiologia e anatomia dos recém-nascidos, bebés e crianças, considerando todas as etapas de desenvolvimento e maturação que decorrem desde o nascimento até à adolescência. As candidaturas já se encontram abertas. 

Formação destina-se a profissionais da área da Osteopatia

Destinado a osteopatas que pretendam desenvolver competências na área do bebé e criança, esta especialização permite ao candidato adquirir uma formação técnica avançada. Após a conclusão da formação, é esperado que os profissionais possuam a capacidade de aplicar os conhecimentos apreendidos e, tendo por base um raciocínio clínico avançado, aplicar as técnicas terapêuticas na resolução de problemas relativos ao recém-nascido, ao bebé, à criança ou ao adolescente.  

Intervenção precoce é fundamental

Apresentando-se como uma área de especialidade da Osteopatia, a Osteopatia Infantil permite intervir precocemente nas crianças, evitando o agravamento posterior destas situações. É o caso de alterações músculo-esqueléticas (torcicolos, plagiocefalias e escolioses), adaptações gastrointestinais (refluxos, cólicas e obstipações) e transtornos emocionais (distúrbios do sono, alterações comportamentais e enurese noturna). Dificuldades de amamentação e de aprendizagem devido a desconfortos físicos poderão, igualmente, ser consequência de desalinhamentos estruturais, sendo um tratamento atempado fundamental para a sua resolução. 

Com início marcado para 31 de janeiro, o período de candidaturas para a pós-graduação em Osteopatia Infantil decorre até ao dia 24 deste mês. A formação apresenta um regime híbrido, com aulas online e aulas presenciais, tendo a duração de nove meses. Mais informações disponíveis no website da ESSATLA (https://essatla.pt/essatla-mais/pos-graduacao-em-osteopatia-infantil/). 

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