UMinho
Kindness & Care é primeira spin-off da Escola Superior de Enfermagem da UMinho e apoia 24h por dia o bem-estar integral de...

Chama-se Kindness & Care e é a nova spin-off (empresa académica) da Universidade do Minho. Parte dos recentes avanços na enfermagem para levar cuidados de saúde diferenciados a casa de pessoas idosas dependentes e dar ainda apoio direto às suas famílias. A equipa multidisciplinar está ao dispor 24 horas por dia e, para já, na região de Braga. Há mais detalhes em kindnesscare.pt.

Esta é a primeira spin-off da Escola Superior de Enfermagem da UMinho (ESE), o que reconhece o seu percurso de inovação e empreendedorismo, bem como os contributos para o impacto socioeconómico no território e o conhecimento científico e técnico nesta área. O novo projeto visa uma abordagem contínua, integrada e focada no bem-estar físico, emocional e social da pessoa, em aspetos como a reabilitação e gestão da vulnerabilidade, a capacitação de cuidadores e o desenvolvimento de metodologias para a melhoria da qualidade dos cuidados e da tomada de decisão clínica.

O estatuto de spin-off foi agora atribuído pela vice-reitora para a Investigação e Inovação, Sandra Paiva, numa sessão que contou também com os mentores da jovem empresa, Cláudia Augusto e Armando Augusto, e a coordenadora de Empreendedorismo da TecMinho, Clara Silva. O processo teve pareceres positivos prévios dos professores Fernando Petronilho e Manuela Machado, da ESE, e da diretora do Centro de Investigação em Enfermagem, Rafaela Rosário.

No desenvolvimento do projeto, a equipa fundadora participou no Laboratório de Empresas da TecMinho (interface para a inovação e transferência de conhecimento da UMinho), o que permitiu validar o modelo de negócio, apoiar a estruturação da proposta de valor e identificar necessidades do mercado. A UMinho tem meia centena de spin-offs nas mais diversas áreas, nomeadamente das engenharias e ciências.

 

Estudo
As microglias são células do sistema nervoso central, que assumem um papel essencial na defesa imunológica do cérebro,...

Perante o contributo vital destas células, uma equipa de investigação internacional, liderada pela investigadora da Universidade de Coimbra (UC) Vanessa Coelho-Santos, procurou perceber como é que se comportam ao longo da vida, desde o nascimento e durante o envelhecimento. Os cientistas conseguiram desvendar que, com o avançar da idade, as microglias se alteram e comportam de forma diferente perante lesões no cérebro, acreditando que as conclusões desta investigação podem abrir caminho a abordagens terapêuticas ajustadas à idade e ao tipo de lesão cerebral.

“Neste estudo, em modelo animal, usámos um laser de alta precisão para causar danos localizados no tecido cerebral e, com a mesma potência, simular lesões vasculares que bloqueiam temporariamente o fluxo sanguíneo. Isso permitiu comparar as respostas microgliais a diferentes tipos de lesão ao longo da vida, concluindo-se que a idade tem um impacto marcante na morfologia e dinâmica das microglias em resposta a diferentes tipos de lesões cerebrais”, explica Vanessa Coelho-Santos. “Esta variabilidade ajuda a explicar vulnerabilidades distintas ao longo da vida, como mecanismos associados a doenças do neurodesenvolvimento, quando há resposta inflamatória nas fases iniciais de vida, assim como défices de resposta em idades avançadas”, acrescenta a investigadora do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da UC.

Embora as microglias sejam determinantes para o funcionamento do cérebro, ainda há diversos aspetos sobre o seu comportamento ao longo do tempo que permanecem desconhecidos. Foi neste contexto que Vanessa Coelho-Santos – em conjunto com uma equipa do Seattle Children’s Research Institute [Instituto de Investigação Infantil de Seattle] – estudou “a evolução morfológica e funcional destas células, desde o nascimento até à idade sénior”. A equipa de investigação procurou ainda “caracterizar a resposta das microglias a duas formas de lesões localizadas, em diferentes idades ao longo da vida, um aspeto que até agora permanecia pouco explorado”, partilha a neurocientista.

Assim, neste estudo – que está agora publicado na revista científica Cell Reports – é revelado que, na idade adulta, as microglias são bastante eficazes na resposta a lesões. Já no período neonatal – os primeiros 28 dias de vida –, embora sejam mais dinâmicas, apresentam uma reação tardia e exagerada à lesão. Já no envelhecimento, as microglias perdem complexidade e respondem a lesões de forma mais lenta. “Ao percebermos como é que as microglias se distribuem e atuam na defesa do cérebro em diferentes fases da vida, acreditamos que podemos, futuramente, criar terapêuticas mais personalizadas”, remata Vanessa Coelho-Santos.

Esta investigação foi desenvolvida com recurso a uma técnica de captação de imagem de ponta, chamada microscopia de dois fotões, que permite captar imagens de alta resolução do cérebro ao longo do tempo.

O artigo científico Physiological and injury-indued microglial dynamics across the lifespan está disponível em www.cell.com/cell-reports/fulltext/S2211-1247(25)00762-4

 

Opinião
Já alguma vez sentiu que a comida “fica parada” no estômago durante horas após a refeição?

Quem pode ter gastroparésia?

Esta doença afeta maioritariamente mulheres entre os 40 e os 60 anos e pode ter várias causas: diabetes mal controlada (especialmente a tipo 1), algumas cirurgias abdominais (como bypass gástrico ou fundoplicatura), medicamentos que atrasam o esvaziamento gástrico (como opiáceos), doenças autoimunes ou neurológicas, entre outras. No entanto, em muitos casos, não se identifica nenhuma causa clara, denominando-se gastroparésia idiopática.

Sintomas e impacto

Os sintomas mais comuns incluem náuseas, vómitos (frequentemente de alimentos ainda mal digeridos), sensação precoce de saciedade, enfartamento após as refeições, inchaço abdominal e, por vezes, dor na parte superior do abdómen. Estes sintomas tendem a surgir em conjunto e podem ser persistentes ou flutuantes. Além do impacto físico, a gastroparésia afeta fortemente o bem-estar psicológico, a vida social e a produtividade profissional. Há estudos que comparam a sua carga emocional à da depressão ou de outras doenças crónicas graves.

Como se diagnostica?

O diagnóstico exige três condições fundamentais: (1) presença de sintomas típicos, (2) exclusão de obstrução mecânica, geralmente por endoscopia e imagiologia, e (3) comprovação de esvaziamento gástrico atrasado através de testes específicos — o mais comum é a cintigrafia de esvaziamento gástrico com uma refeição-padrão.

Como se trata?

O tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Começa-se por mudanças na alimentação:

  • Refeições pequenas e frequentes;
  • Evitar gorduras e alimentos ricos em fibras insolúveis;
  • Preferir alimentos triturados, em puré ou líquidos;
  • Controlar rigorosamente a glicemia em doentes diabéticos;
  • Reduzir o consumo de álcool e evitar o tabaco.

Além disso, existem medicamentos que estimulam a motilidade gástrica (procinéticos) ou aliviam as náuseas (antieméticos). Contudo, cerca de um terço dos doentes não melhora com a medicação. Nestes casos mais graves, pode recorrer-se a sondas de alimentação, estimulação elétrica do estômago, cirurgia do piloro ou procedimentos endoscópicos inovadores como o G-POEM.

Um diagnóstico que merece atenção

Apesar de relativamente desconhecida, a gastroparésia é cada vez mais diagnosticada, em parte graças a uma maior sensibilização e melhores exames. Ainda assim, continua muitas vezes confundida com outras condições, como a dispepsia funcional. Se sofre de náuseas persistentes, vómitos recorrentes ou se sente “cheio” durante horas após comer, fale com o seu médico. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maior a probabilidade de controlar os sintomas e recuperar qualidade de vida.

Agosto é o Mês da Consciencialização para a Gastroparésia. Saiba mais em www.saudedigestiva.pt.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Rafael Aroso
Rafael Aroso, investigador do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC),...

De acordo com o especialista, «a investigação propõe uma alternativa mais segura aos agentes de contraste atualmente utilizados, que recorrem ao gadolínio, um metal raro. Em alternativa, serão explorados compostos à base de ferro, um metal abundante, sustentável e biocompatível, com potencial para reduzir significativamente os riscos para os pacientes e melhorar a qualidade das imagens».

Integrado no projeto PRR–PRODUTECH R3 e a desenvolver investigação no Laboratório de Catálise & Química Fina do Centro de Química de Coimbra (CQC), coordenado por Mariette Pereira, Rafael Aroso irá colaborar, ao longo dos próximos dois anos, com a equipa do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), em Orleães (França), sob a orientação da professora e investigadora Eva Tóth.

«Este reconhecimento europeu reforça o papel de liderança da FCTUC e do CQC na investigação de soluções inovadoras e sustentáveis na área da saúde», conclui.

 

Opinião
A coluna vertebral é o “pilar” do corpo.

Estas lesões podem ser catastróficas e afetar todas as dimensões do indivíduo (física e psicologicamente, socialmente, profissionalmente e sexualmente). Como tal, devemos adotar medidas de prevenção, manter um estilo de vida saudável e fazer exercício físico regularmente.

As lesões da coluna vertebral podem ter origem em acidentes de viação, quedas, acidentes desportivos, desgaste, tumores, etc.

Dentro das lesões mais comuns da coluna vertebral destacam-se:

  • Hérnia discal
  • Fraturas
  • Estenose da coluna Vertebral
  • Espondilolistese
  • Discopatia

 

Hérnia discal

O disco é uma estrutura circular que está entre as vértebras, constituída por uma parte externa mais espessa (ânulo fibroso), que no seu interior contém um núcleo que é gelatinoso (núcleo pulposo) e tem como função permitir a mobilidade da coluna, bem como suportar a carga. Quando este anel fibroso rompe, a parte gelatinosa sai para dentro do canal medular e empurra a medula espinal ou o nervo. Consequentemente, causa dor cervical ou lombar forte, formigueiro nos membros, perda da sensibilidade e em casos graves perda da função motora. Quando as hérnias são na zona lombar e a dor irradia para perna, usamos o termo comum - ciática.

 

Fraturas

Resultam normalmente de acidentes de viação, quedas de altura e traumas desportivos. Não são mais do que fraturas nas peças ósseas que constituem a coluna - as vértebras. Não sei se vos disse que a coluna é formada por vértebras (osso) e entre elas estão os discos (a tal estrutura circular formada por um anel fibroso e um núcleo gelatinoso). As fraturas podem ser simples e não causar nenhuma lesão na medula espinal ou graves e causar lesões irreversíveis. Os sintomas podem variar entre dor, formigueiro, alterações sensitivas e alterações motoras, dependendo da severidade da fratura.

Estenose da coluna vertebral

É um aperto no canal que contém a medula espinal. Estão a ver quando uma mangueira tem um aperto e a água sai com menor intensidade? Passa-se o mesmo com o canal vertebral: fica estreito e a espinal medula sofre um aperto, causando sintomas como dor cervical ou lombar, dor irradiada para os membros, fraqueza muscular nos braços ou pernas e, em casos graves, alterações do equilíbrio. As causas são maioritariamente devido a um desgaste natural do envelhecimento, espessamento dos ligamentos da coluna vertebral e espondilolistese. No canal estenótico lombar, as queixas mais frequentes acontecem quando os doentes permanecem períodos prolongados em pé e têm necessidade de se sentar ou apoiar o tronco para diminuir os sintomas, ou após caminhadas de alguns minutos, iniciarem os sintomas e sentirem a necessidade de se sentarem.

Espondilolistese

Acontece quando uma vértebra “desliza” sobre a outra ou quando uma vértebra não está alinhada com a outra. Como a espondilolistese é uma das causas da estenose da coluna vertebral, os sintomas são muito semelhantes: dor, fraqueza muscular nos membros, formigueiros e sensação de instabilidade na coluna. As causas mais comuns são, desgaste dos discos vertebrais, desgaste das articulações das vértebras e alterações genéticas.

Discopatia

Ainda se lembram dos discos vertebrais e da sua anatomia? Os discos vertebrais algumas vezes “rompem” e causam hérnias discais, outras vezes vão sofrendo alterações degenerativas, ou seja, desgaste, como um amortecedor de um carro. Com o tempo, vão perdendo as suas propriedades de suporte e de mobilidade, o que causa dor crónica, mais comum na região lombar. Normalmente, a dor não irradia para os membros, não há formigueiro nem alterações da sensibilidade.

As lesões da coluna vertebral são muito frequentes na população e podem ser muito limitativas, tanto a nível físico como psicológico. Embora hoje em dia existam diversos procedimentos muito eficazes no tratamento destas lesões, a prevenção é a melhor forma de evitar este tipo de lesões. Manter um estilo de vida saudável, cumprir as normas e regras de trânsito, usar proteção adequada na prática desportiva e fazer exercício regularmente são os pilares fundamentais na prevenção de lesões da coluna vertebral.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
19 de setembro
APCL promove seminário sobre direitos e apoios para doentes hemato-oncológicos.
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) vai realizar, no dia 19 de setembro de 2025, às 18h00, o seminário “Direitos e Benefícios para Doentes Hemato-Oncológicos”, um encontro informativo e gratuito que pretende esclarecer doentes e famílias sobre os apoios sociais, legais e financeiros disponíveis.  
 
O evento decorre no Espaço Heden – Terminal de Cruzeiros de Lisboa e contará com a presença de especialistas em segurança social, finanças, direito e apoio social. A entrada é livre, mas sujeita a inscrição obrigatória através do formulário online.  
 
Mais informações e inscrições: https://forms.gle/6j3c16LAZNNSRZuHA
5 a 7 de setembro, no INATEL
De 5 a 7 de setembro, o INATEL, em Lisboa, volta a ser palco daquele que é o maior evento nacional dedicado às terapias...

Durante três dias (sexta-feira, das 15h00 às 23h00, sábado, das 10h00 às 23h00, e domingo, das 10h00 às 21h00), será possível participar em palestras, workshops, aulas, concertos, massagens, leituras de aura, entre outras iniciativas, desenhadas para promover uma vida mais consciente e equilibrada.

Os vários stands e atividades abrangem diversas áreas ligadas ao bem-estar e às terapias complementares, como Reiki, Acupunctura, Reflexologia, Feng Shui, Terapia de Som, Cromoterapia, Florais, Mesa Quântica, Numerologia, Cristaloterapia, entre muitas outras. Estarão igualmente bem representadas outras vertentes ligadas à cosmética natural, nutrição, alimentação saudável, artesanato e esoterismo.

O programa destaca-se por quatro grandes momentos, entre eles uma Meditação pela Paz no Mundo, marcada para dia 6, às 17h00, e que reunirá Líderes Religiosos e Espirituais de diferentes entidades e comunidades. Apesar da diversidade de crenças, pretende-se evidenciar a espiritualidade como força unificadora em tempos que exigem diálogo, cooperação e esperança. Desta forma, cada convidado terá alguns minutos para partilhar a sua reflexão sobre a paz, seguindo-se 20 minutos de meditação conjunta e um momento musical ao vivo com os músicos e compositores brasileiros Sílvia Nazário e Cláudio Kumar.

Este momento conta com o apoio da Cátedra UNESCO para a Paz em Portugal, dedicada a promover uma abordagem positiva, que integra a sustentabilidade ambiental, a ciência da felicidade e a construção de uma cultura de paz. Em representação, estará presente Helena Marujo, investigadora e coordenadora da Cátedra UNESCO em Educação para a Paz Global Sustentável da Universidade de Lisboa.

No dia seguinte, pelas 11h30, decorrerá uma Mega Aula de Yoga, dinamizada por instrutores certificados da Federação Portuguesa de Yoga. Visa reunir o maior número de participantes possível, num reflexo do crescente interesse por esta prática em Portugal, que tem atraído não só portugueses como estrangeiros, que se deslocam para realizar retiros e formações.

O festival receberá também Dada Gunamuktananda, monge iogue e professor de meditação norte-americano, que orientará a Palestra “Meditação: A Experiência Suprema”. Através dela, Dada partilhará a sua visão de que a consciência individual está ligada à universal, explorando como essa perceção pode conduzir a mais paz interior, amor e realização pessoal.

O quarto momento principal assentará em duas atividades do projeto Kin Experiences, liderado por Pablo Robles e Anne de Bragança. No Festival de Bem-Estar dinamizarão uma Sessão de Rebirthing (Vibra Renascimento), com foco na respiração consciente (22€ por pessoa), e um concerto gratuito.

Este ano, o festival contará ainda com uma Grande Sessão de Yoga do Riso, orientada por Márcio Fidalgo, cuja missão é contribuir para um mundo mais alegre, amoroso e pacífico, através do poder da gargalhada. A proposta passa por rir, respirar fundo e libertar o stress, despertando a felicidade interior.

Destacam-se, igualmente, as palestras e práticas dedicadas às Constelações Familiares, uma abordagem terapêutica que permite olhar para padrões ocultos e dinâmicas inconscientes presentes no sistema familiar e que podem estar na origem de desafios, bloqueios ou traumas. As sessões ficarão a cargo de facilitadores reconhecidos, como Paula Matos, Maria Gorjão Henriques, Paula Ponce, Susana Oliveira e Hellen Fonseca, sendo uma oportunidade única para aprender e experienciar esta poderosa ferramenta de autoconhecimento.

A nova edição do Festival de Bem-Estar pretende ser um espaço de partilha, descoberta e transformação interior, pensado para todos os que procuram viver de forma mais saudável, consciente e em harmonia com o que os rodeia. “Queremos que cada pessoa que passe pelo festival encontre algo que a ajude a sentir-se mais conectada consigo mesma e com os outros. É um convite a parar, respirar fundo e recordar o que realmente importa”, destaca Jorge Coelho Lopes, responsável pela organização.

Os bilhetes podem ser adquiridos no site da Ticketline. Mais informações sobre o programa aqui.

 

Videocast
Videocast reúne especialistas e pessoas com Esclerose Múltipla em conversas acessíveis, informativas e centradas na vivência...

Atualmente com mais de 127 mil visualizações, o videocast “Vozes da EM – Viver com Esclerose Múltipla” foi criado com o objetivo de contribuir para uma maior literacia em saúde neurológica, combatendo o estigma e dando palco às vivências reais de quem convive a Esclerose Múltipla, uma doença que afeta cerca de 10.000 pessoas em Portugal. Todos os episódios estão disponíveis para serem assistidos, com acesso livre e gratuito, sem necessidade de qualquer registo, em www.esclerosemultipla.info/vozes-da-em.

 

Desenvolvido pela Merck Portugal, em parceria com a Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM), a Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM) e a Associação Todos com a Esclerose Múltipla (TEM), a gravação e disponibilização dos episódios decorreu de forma gradual ao longo do primeiro semestre de 2025. O videocast foi lançado em dezembro de 2024 e disponibilizado de forma faseada ao longo do primeiro semestre de 2025.

Cada episódio dá voz a pessoas com EM e especialistas, que partilham experiências e conhecimento sobre temas concretos do quotidiano da doença: diagnóstico, parentalidade, cognição, saúde emocional ou mitos persistentes. A abordagem conjuga informação clínica validada com testemunhos reais, tornando o videocast um recurso útil tanto para recém-diagnosticados como para cuidadores, profissionais de saúde e o público em geral.

 

Episódios da 1ª Temporada de “Vozes da EM”:

Episódio 1 – Ana Margarida, diagnosticada após ser mãe de três filhos, partilha como mantém os seus planos de vida, sem excluir uma nova gravidez.

Episódio 2 – Filipe Correia, neurologista da ULS de Matosinhos, fala sobre os desafios do diagnóstico tardio e o seu impacto na qualidade de vida.

Episódio 3 – Hélder Pereira, diagnosticado há 16 anos, aborda o impacto emocional da doença e os mecanismos pessoais que desenvolveu para a gerir.

Episódio 4 – Carlos Capela, neurologista do CRI em ULS S. José, desmonta mitos associados à EM, defendendo a literacia como ferramenta essencial para combater preconceitos.

Episódio 5 – Carla Sofia dá voz ao impacto da EM na cognição e à importância de procurar apoio para lidar com os desafios diários.

Episódio 6 – Carmo Macário, neurologista da ULS de Coimbra, traça a evolução da resposta clínica à EM, desde os primeiros tratamentos até às atuais abordagens personalizadas, com destaque para a gestão de comorbilidades.

A Esclerose Múltipla é uma das principais causas de incapacidade neurológica em adultos jovens, afetando cerca de 10.000 pessoas em Portugal. Embora os avanços científicos tenham transformado a abordagem clínica e a qualidade de vida dos doentes, a baixa visibilidade pública e o estigma social ainda são desafios significativos. O projeto “Vozes da EM” pretende responder a essa lacuna, promovendo a escuta ativa, o acesso à informação e o empoderamento dos doentes.

 

Com foco na população LGBTQIA+
A AICSO – Associação de Investigação Clínica e de Suporte em Oncologia – lança no próximo dia 31 de julho, às 10h30, na Casa...

A campanha surge da consciência de que o sistema de saúde nem sempre responde de forma inclusiva às necessidades específicas de pessoas LGBTQIA+, que continuam a enfrentar barreiras no acesso, na comunicação com profissionais de saúde e no acompanhamento durante e após os tratamentos oncológicos.

Contando com os apoios da ILGA Portugal, da Rede Ex Aequo e da MASCC (Multinational Association of Supportive Care in Cancer), esta iniciativa propõe sensibilizar profissionais de saúde, instituições e a sociedade civil para a importância de integrar a diversidade como parte fundamental da prestação de cuidados de qualidade.

“A oncologia deve ser para todas as pessoas, sem exceção. Com esta campanha queremos dar visibilidade a realidades muitas vezes silenciadas e promover práticas clínicas mais inclusivas, baseadas na empatia, no respeito e na evidência”, afirma a direção da AICSO.

O evento de lançamento incluirá a apresentação oficial do vídeo da campanha, seguido de uma breve reflexão sobre o seu conteúdo e o tema central da iniciativa: a promoção da diversidade e inclusão nos cuidados oncológicos. A sessão pretende criar um espaço de partilha e diálogo, aberto a todas as pessoas interessadas em contribuir para uma oncologia mais inclusiva.

1 de agosto I Dia Mundial do Cancro do Pulmão
Novo estudo, divulgado no âmbito da campanha nacional “O Cancro do Pulmão Não Tira Férias”, revela elevada proximidade com a...

A maioria dos portugueses afirma conhecer alguém com o cancro do pulmão, mas continua desinformada sobre ferramentas de diagnóstico, sinais e sintomas e que cuidados de saúde procurar. Estas são algumas das principais conclusões do estudo “O Cancro do Pulmão em Portugal – A Visão dos Portugueses”, desenvolvido pela Spirituc-Investigação Aplicada com o apoio da AstraZeneca. Este estudo, agora divulgado no âmbito da 5.ª edição da campanha nacional “O Cancro do Pulmão Não Tira Férias”, assinala o Dia Mundial do Cancro do Pulmão, a 1 de agosto.

De acordo com os resultados do estudo, mais de metade dos inquiridos (52,7%) afirma conhecer alguém que foi diagnosticado com cancro do pulmão. Em mais de metade destes casos (54,7%), a relação é próxima, envolvendo familiares ou amigos chegados. O dado traduz o impacto transversal da doença na sociedade portuguesa, tocando diretamente milhares de famílias. No entanto, apesar dessa proximidade, metade dos portugueses desconhece que estão a ser desenvolvidos programas de rastreio para a deteção precoce da patologia, bem como a que sinais e sintomas estar atento.

Este aparente paradoxo – elevado contacto com a doença, mas reduzida literacia sobre a patologia – revela-se preocupante à luz dos dados epidemiológicos. Em 2022, o cancro do pulmão foi responsável por 6.155 novos casos em Portugal, assumindo a posição de quarta neoplasia mais diagnosticada. No entanto, lidera o número de mortes por cancro, com 5.077 óbitos registados nesse mesmo ano. A nível mundial, foram diagnosticados cerca de 2,4 milhões de casos e mais de 1,8 milhões de pessoas perderam a vida, segundo o Globocan.1,2

“Estes dados são um alerta claro: muitas pessoas têm contacto direto com a doença e, ao mesmo tempo, desconhecem ferramentas vitais como o desenvolvimento dos programas de rastreio. A prevenção e o diagnóstico precoce são pilares fundamentais para aumentar as hipóteses de tratamento e remissão da doença”, sublinha Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale, associação parceira da campanha.

Um dos dados encorajadores do estudo aponta que cerca de 67% dos inquiridos afirma aproveitar o período de férias para realizar check-ups de saúde. A campanha “O Cancro do Pulmão Não Tira Férias” pretende justamente reforçar a importância de aproveitar o verão como uma oportunidade para parar, reconhecer sinais e sintomas e agir a tempo, permitindo uma identificação mais precoce desta doença.

A análise evidencia também que a maioria da população reconhece a gravidade do cancro do pulmão: ~59% dos inquiridos considera-o mais agressivo/mortal em comparação com outros tipos de cancro. Ainda assim, essa perceção não se traduz em conhecimento efetivo. Quase 9 em cada 10 portugueses (85,2%) considera que deveria existir mais informação e divulgação sobre o cancro do pulmão, o que denuncia uma clara lacuna na comunicação em saúde.

O estudo mostra que a perceção sobre os fatores de risco está relativamente bem consolidada. Quase 90% dos inquiridos identificam o tabagismo como o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença, seguido da poluição ambiental (73,9%) e do contacto com substâncias químicas (67,4%). Ainda assim, é importante lembrar que a doença pode afetar também não fumadores, sendo o fumo passivo, a exposição ao radão, ao amianto ou fatores genéticos outros elementos de risco a considerar.3

"Em primeiro lugar, importa perceber quais são os fatores de risco e o que podemos fazer para evitar o aparecimento de cancro do pulmão. A prioridade máxima tem de ser impedir o desenvolvimento da doença”, afirma Nuno Jacinto, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF).

A importância do reconhecimento dos sinais e sintomas é outro ponto-chave da campanha deste ano. Os sinais de alerta associados à doença podem ser tardios e inespecíficos, o que torna ainda mais urgente a sua divulgação junto da população. Tosse persistente, dor no peito, falta de ar, rouquidão, perda de peso inexplicável, perda de apetite, cansaço extremo e infeções respiratórias frequentes como bronquites ou pneumonias são alguns dos sintomas que devem motivar avaliação médica.4

A maioria da população portuguesa (64,5%) acredita que o número de casos de cancro do pulmão irá aumentar nos próximos cinco anos – uma visão preocupante, mas que pode ser mitigada se houver uma aposta efetiva na prevenção e na deteção precoce.

A campanha “O Cancro do Pulmão Não Tira Férias”, promovida pela AstraZeneca, regressa este verão com o apoio de um conjunto alargado de parceiros institucionais, entre os quais a Associação Pulmonale, Careca Power, Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), Associação Nacional das Farmácias (ANF), APMGF, Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF (GRESP) e Rede Expressos. Através de ações de sensibilização em espaços de grande visibilidade, pretende-se chegar a mais portugueses com mensagens claras, baseadas em evidência científica e adaptadas ao público em geral.

“É fundamental que toda a população compreenda que o cancro do pulmão, apesar de agressivo, tem terapêuticas inovadoras e maior hipótese de sobrevivência com qualidade de vida, quando diagnosticado precocemente. Os resultados deste estudo são um alerta e um apelo à ação coletiva. Esta campanha é o nosso compromisso renovado em promover a literacia em saúde em Portugal”, conclui Isabel Magalhães, presidente da Pulmonale.

 

 

Referências:

1. Global Cancer Observatory. World Fact Sheet Disponível em https://gco.iarc.who.int/media/globocan/factsheets/populations/900-world-fact-sheet.pdf, consultado em julho de 2025.

2. Global Cancer Observatory. Portugal Fact Sheet. Disponível em https://gco.iarc.who.int/media/globocan/factsheets/populations/620-portugal-fact-sheet.pdf, consultado em julho de 2025.

3. Lung Cancer Risk Factors. American Cancer Society. Disponível em https://www.cancer.org/cancer/types/lung-cancer/causes-risks-prevention/risk-factors.html, consultado em julho de 2025.

4. Signs and Symptoms of Lung Cancer. American Cancer Society. Disponível em https://www.cancer.org/cancer/types/lung-cancer/detection-diagnosis-staging/signs-symptoms.html, consultado em julho de 2025.

Estudo
Uma equipa de investigação, liderada pela Universidade de Coimbra (UC), desenvolveu e testou em Portugal um inquérito que...

A equipa da UC conduziu esta investigação com o objetivo central de “compreender a experiências dos familiares de quem faleceu em relação ao apoio prestado, incluindo dificuldades que tenham tido em aceder e receber apoio, tanto pelo próprio serviço de saúde, como por outros recursos disponíveis na comunidade”, revela a investigadora da Faculdade de Medicina da UC (FMUC), Maja de Brito.

Por norma, “os inquéritos habitualmente utilizados nos serviços de saúde centram-se na avaliação da satisfação com o serviço, mas este inquérito que desenvolvemos propõe uma abordagem diferente, ao focar-se em múltiplas dimensões da qualidade do apoio no luto”, contextualiza a também psicóloga clínica.

Neste âmbito, o instrumento desenvolvido “abrange todos os níveis de apoio, desde os cuidados especializados até ao apoio informal, oferecendo uma imagem completa do ecossistema de apoio ao luto ao qual as pessoas enlutadas recorrem”, avança a investigadora da Universidade de Coimbra. “Este mapeamento ajuda a identificar quem são os agentes de apoio numa determinada comunidade e, com isso, favorece a criação de redes de colaboração mais eficazes entre hospitais, cuidados primários, serviços especializados e comunidade. Deste modo, o inquérito contribui para melhorar a continuidade dos cuidados, uma das principais fragilidades apontadas no apoio ao luto a nível global”, acrescenta.

Em concreto, como revela Maja de Brito, “a utilidade do apoio recebido (ou seja, até que ponto a pessoa sentiu que o apoio ajudou ou mudou algo para melhor), as preferências de apoio (os tipos de apoio que a pessoa gostaria de ter recebido, mas que não estavam disponíveis, seja por razões práticas/logísticas ou porque não existem atualmente), o acesso ao apoio (como foi procurado, como se acedeu, e se existiram obstáculos), e as barreiras ao apoio (porque é que, mesmo havendo necessidade e vontade de receber apoio, algumas pessoas não conseguem obtê-lo)” são alguns dos pontos-chave deste inquérito que criado e testado pela equipa liderada pela UC. 

O inquérito foi implementado junto de familiares de pessoas diagnosticadas com cancro que receberam cuidados no Serviço de Medicina Paliativa da Unidade Local de Saúde de Santa Maria. Participaram 20 pessoas, que tinham perdido um dos progenitores, filho, parceiro ou irmão há mais de um ano.

A equipa de investigação revela que, para os familiares, “responder ao inquérito foi vivido como uma oportunidade valiosa de: 1) contribuir para a produção de novo conhecimento e, assim, ajudar outras pessoas; 2) ter as suas experiências ouvidas e reconhecidas, com o objetivo de melhorar os serviços de apoio no futuro; 3) ajudar a quebrar um tabu social, a dificuldade em falar abertamente sobre a morte e o luto; 4) prestar homenagem ao familiar falecido”.

Maja de Brito sublinha o papel dos serviços de saúde no acompanhamento durante um processo de luto: “esses serviços devem, pelo menos, realizar uma avaliação inicial das necessidades de apoio no luto e fornecer informação básica sobre o luto e os recursos disponíveis”.

Sobre as mais-valias deste inquérito para os serviços de apoio, a cientista explica que “quando utilizado de forma sistemática, pode ajudar os serviços a escutar e a aprender com o testemunho das pessoas enlutadas, melhorando a sua capacidade de resposta. Ao mesmo tempo, quando as pessoas sentem que a sua dor é reconhecida e que as suas experiências são levadas a sério, isso pode representar um passo essencial no seu processo de integração da perda”. 

Quanto a melhorias que podem ser originadas por esta escuta dos familiares, a investigadora adianta que “ao compreendermos melhor as necessidades e preferências de cada pessoa, podemos avançar para um modelo de apoio que não se limite à gestão da perda, mas que promova a criação de sentido, a resiliência e a ligação humana para que ninguém tenha de sofrer em silêncio”. Por exemplo, podem ser implementadas melhorias como “adaptação das vias de comunicação às preferências dos enlutados, para que a informação básica sobre o luto e apoios existentes possa chegar a todos; expandir a oferta de apoios – apoio em grupo, apoio baseado em atividades (caminhadas, expressão artística, entre outras atividades); disponibilidade dos serviços de apoio (horários, disponibilidade de apoio telefónico, por videochamada, reforço de recursos nas equipas psicossociais, entre outros)”, partilha.

“Este estudo parte da convicção de que o apoio ao luto é uma responsabilidade partilhada entre profissionais, serviços, comunidades e redes de proximidade para que os prestadores de apoio de diferentes setores se articulem melhor no acompanhamento de quem vive com uma perda”, sublinha Maja de Brito.

O inquérito pode ser aplicado em outros serviços de saúde, estando disponível em língua inglesa no artigo científico Surveying the quality of bereavement support within a service setting: A pilot study using cognitive interviewing with bereaved people, publicado na revista Palliative Medicinehttps://doi.org/10.1177/02692163251353012Para acesso à versão em língua portuguesa, as entidades interessadas devem contactar a equipa de investigação da UC, através do endereço de e-mail [email protected]

O estudo contou também com a participação de investigadoras do King’s College London, da Universidade de Bristol, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e do ISPA - Instituto Universitário. Foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e pela Fundação Calouste Gulbenkian, através do projeto DINAMO – Dinamizar formação avançada e investigação para otimizar os cuidados paliativos domiciliários em Portugal, liderado pela investigadora coordenadora da FMUC, Bárbara Gomes. 

Opinião
Para muitas pessoas, ir de férias está longe de ser sinónimo de descanso.

Segundo a psicóloga clínica Filipa Jardim da Silva: “o medo de não ser suficientemente competente ou de que algo corra mal na nossa ausência está muitas vezes ligado a uma autocrítica exagerada e à crença inconsciente de que temos de provar constantemente o nosso valor.”  
 
A boa notícia é que é possível, e necessário, desconectar para recarregar. E existem estratégias para o fazer de forma responsável e saudável. Aqui ficam algumas dicas simples e eficazes para ir de férias com a mente mais tranquila: 
 
1. Organize-se com clareza, não com perfeccionismo 

Antes de sair, deixe um ponto de situação claro, mas não caia na tentação de antecipar tudo o que “pode” acontecer. “Muitas pessoas confundem responsabilidade com controlo absoluto. Delegar com confiança é também um sinal de maturidade profissional.” 

2. Deixe orientações, não um manual de instruções 

Confie na sua equipa. Partilhe as informações essenciais e combine momentos de contacto apenas se forem estritamente necessários. Preparar um e-mail automático com os contactos alternativos e prazos realistas ajuda a evitar interrupções desnecessárias. 

3. Desligar é saudável e necessário 

Estar de férias não significa estar permanentemente disponível. “Muitas pessoas sentem culpa por não responderem imediatamente a um e-mail ou chamada. Mas o descanso é parte da produtividade. Não é um luxo, é uma necessidade.” 

4. Ansiedade pela ausência? Pergunte-se: o que de pior poderia realmente acontecer? 

Muitas vezes, o medo do “e se...” é desproporcional à realidade. Identificar estes pensamentos, escrever sobre eles e confrontá-los com lógica ajuda a diminuir o seu poder. 

5. Relembrar: não somos insubstituíveis e isso é uma coisa boa 

A crença de que “só eu faço bem” é uma armadilha da síndrome de impostor, que alimenta a ideia de que delegar é um sinal de fraqueza ou incompetência. Saber que outros conseguem continuar o trabalho é libertador e sinal de uma boa liderança. 

“Aprender a parar é também um ato de auto-validação. Quando nos permitimos descansar, estamos a reconhecer o nosso valor, sem precisar de estar constantemente a produzir para o justificar.” 

As férias são um espaço de reconstrução interior. Para o corpo, mas sobretudo para a mente. Porque um bom profissional não é aquele que nunca pára, mas o que sabe regressar com novas ideias, energia renovada e uma visão mais clara.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“A saúde do coração não tira férias”
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a dinamizar a quarta edição da campanha de consciencialização...

“O verão é, para muitos, sinónimo de descanso e de férias, mas mesmo neste período é essencial manter os cuidados regulares com o coração, praticar atividade física, evitar o álcool, não fumar e controlar a alimentação, optando por não consumir em excesso alimentos ricos em açúcar e gordura”, afirma Joana Delgado Silva, presidente da APIC.

Com as medidas preventivas, reduz-se a probabilidade de desenvolver ou agravar a doença coronária, uma condição caracterizada pela acumulação de depósitos de gordura no interior das artérias que fornecem sangue ao coração. Esses depósitos causam um estreitamento ou obstrução das artérias, o que provoca uma diminuição dos níveis de oxigénio e nutrientes que chegam às células do músculo cardíaco. As principais manifestações da doença coronária são a angina de peito e o enfarte agudo do miocárdio.

“As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e no mundo. É necessário continuar a consciencializar a população de que a rotina influencia diretamente a saúde. Não podemos deixar que o verão seja um período de esquecimento ou desleixo neste domínio”, reforça a presidente.

Dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade são sintomas de alarme para o enfarte agudo do miocárdio. Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica – 112 – e esperar pela ambulância. A via verde coronária tem uma cobertura nacional podendo ser ativada 24 horas por dia, todos os dias da semana, mesmo em tempo de férias.

Para evitar um enfarte é importante adotar um estilo de vida saudável: não fumar; reduzir o colesterol; controlar a tensão arterial e a diabetes; fazer uma alimentação saudável; vigiar o peso, evitar o sedentarismo e o stress.

Capicua partilha
Com o verão finalmente a aquecer e a temporada de férias e festivais oficialmente aberta e reconhecendo a paixão dos seus fãs...

"A música é o meu ofício", afirma Capicua. "São muitas horas de ensaio, de testes de som e de concertos e, por isso mesmo, tenho sempre muita consciência de que este trabalho pode ter consequências nefastas a longo prazo na minha saúde auditiva e que tenho de ter cuidados acrescidos."

Seja porque usa auscultadores no dia a dia ou nas férias ou porque aproveita o verão para disfrutar dos festivais de música, com alguns conselhos simples e as estratégias certas, é possível proteger a sua audição. Aqui ficam os conselhos da artista para umas férias com uma boa banda sonora:

 

Para os amantes de auscultadores de ouvido:

  • Regra dos 60/60: "Aprendi que uma boa regra é não ouvir música com mais de 60% do volume máximo e não o fazer por mais de 60 minutos seguidos. É preciso dar descanso aos ouvidos, nem que seja por 10-15 minutos. Faz a diferença!"
  • Auscultadores de qualidade, sempre: "Investir em auscultadores de ouvido de boa qualidade, especialmente os que isolam o ruído exterior. Assim, não é preciso aumentar tanto o volume para abafar o ambiente e é possível desfrutar da música com mais clareza e segurança."
  • Atenção ao ambiente: "Se estiver num local barulhento, como um autocarro ou um café movimentado, tento não compensar o ruído externo aumentando o volume, por isso é estratégico usar auscultadores com cancelamento de ruído."
  • Não adormecer com auscultadores: "Evito adormecer com os auscultadores, para evitar a exposição prolongada e ininterrupta ao ruído, porque mesmo a dormir pode ser prejudicial para os meus ouvidos."

 

Para os fãs de festivais de verão:

  • Proteger os ouvidos: "Os chamados tampões (protetores auditivos) são os nossos melhores amigos nos festivais! Hoje em dia, existem opções discretas e confortáveis que reduzem o volume sem comprometer a qualidade do som. Pensem neles como pensam nos óculos de sol, ou no protetor solar. São mesmo importantes para reduzir o impacto daquela massa de som a que estamos expostos durante várias horas."
  • Dar um tempo aos seus ouvidos: "Entre concertos ou durante as pausas, é importante o afastamento das colunas e procurar um local mais calmo. É como um 'intervalo' para os ouvidos recuperarem."
  • Manter a distância: "Por mais que seja incrível estar na primeira fila, é importante não ficar colado às colunas. O som é mais intenso aí e pode ser mais prejudicial a essa distância. Se quiserem mesmo muito ficar perto do palco, usem tampões."
  • Atenção aos sinais: "Sentir zumbido nos ouvidos, dor ou uma sensação de abafamento após um concerto, é um sinal de alerta. É importante dar descanso aos ouvidos e, se o zumbido persistir, é fundamental procurar aconselhamento médico. Sei-o por experiência própria!"

 

Humberto Pintado, audiologista na Widex – Especialistas em Audição, explica que “a maioria das pessoas ainda não tem consciência da implicação que os sons demasiado altos têm na saúde dos seus ouvidos. O envolvimento de artistas nestes temas é fundamental para aumentar a literacia em saúde auditiva e aumentar a qualidade de vida de todos.”

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de mil milhões de jovens entre os 12 e os 35 anos correm risco de perda auditiva devido à exposição prolongada e excessiva a sons altos. 

"A música é para ser sentida, vivida e partilhada. Estes simples cuidados podem garantir que podemos continuar a fazê-lo por muitos e muitos anos", conclui Capicua.

A OMS deixa também o alerta: níveis de som acima de 100dB (facilmente observados num festival de música) podem causar danos em menos de 15 minutos de exposição.  

Estudo revela
Num momento em que a saúde e o bem-estar ocupam um lugar central nas prioridades dos consumidores, um novo estudo revela as...

De acordo com maioria dos inquiridos ouvidos pelo Produto do Ano, 70% afirmam investir com alguma regularidade em produtos ou serviços de bem-estar, com 44% a fazê-lo mensalmente e 25% a cada dois a três meses. Apenas 2% nunca o fazem.

Quando questionados sobre os produtos ou serviços indispensáveis ao seu bem-estar, os produtos cosméticos e de cuidado pessoal lideram as preferências, sendo mencionados por 27% dos participantes. Seguem-se as atividades físicas, como ginásio, yoga ou personal trainer (19%), seguidas de nutrição e dietas personalizadas também com 19% e seguros de saúde (18%). As terapias de relaxamento, como massagens ou acupuntura, surgem logo depois com 14%. Os tratamentos estéticos mais invasivos, como botox ou preenchimentos, têm uma expressão mais reduzida, com apenas 2% das preferências.

O seguro de saúde é já uma realidade para 67% dos inquiridos. Entre os principais motivos apontados para a sua contratação destacam-se o acesso rápido a especialistas (24%) e a cobertura de imprevistos de saúde (23%). A segurança pessoal, os reembolsos de consultas e exames e a prevenção com check-ups regulares também são razões frequentemente referidas.

Apesar da crescente adesão, o custo continua a ser o principal fator que afasta os consumidores deste tipo de proteção. Com base nas respostas dos inquiridos, o principal obstáculo identificado para não possuir seguro de saúde é o preço elevado, apontado por 49%. Outros motivos incluem a burocracia ou processos complexos (11%), assim como a perceção de que não há necessidade (11%) seguido pela falta de informação clara (10%). A desconfiança nas entidades prestadoras e a falta de tempo ou disponibilidade são referidas por 10% e 9%, respetivamente.

Quando se trata de procurar informação sobre seguros, cosmética ou medicina estética, os profissionais de saúde são a principal fonte de informação (24%), seguidos por sites especializados (20%) assim como as clínicas especializadas (14%). Amigos ou familiares são uma referência para 14% dos inquiridos, enquanto 13% confiam nos farmacêuticos. 

Opinião
As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e no mundo.

Para quem já sofreu um enfarte agudo do miocárdio ou outro episódio vascular, a atenção deve ser redobrada. Cerca de uma em cada quatro pessoas tem um novo episódio nos dois anos seguintes, um risco elevado que exige um plano de prevenção bem definido.

Uma das medidas mais eficazes para reduzir esse risco é manter o colesterol LDL, o chamado “colesterol mau”, abaixo dos 55 mg/dl. Este valor não é apenas uma recomendação, é uma linha vermelha que faz realmente a diferença.

Assumir um papel ativo na gestão da saúde é também essencial. Saber os seus níveis de colesterol LDL, levar as análises mais recentes para a consulta e esclarecer todas as dúvidas com o médico são gestos simples que têm um impacto direto na prevenção. Uma consulta bem preparada permite ajustar a medicação, rever hábitos e traçar estratégias de controlo não só do colesterol, como também de outros fatores de risco.

Além de manter o colesterol LDL sempre abaixo dos 55 mg/dl, deixar de fumar, adotar uma alimentação equilibrada, praticar exercício físico e cuidar da saúde mental são passos importantes para prevenir um novo episódio.

A prevenção continua em casa, nas consultas e no dia a dia. O apelo é claro: cuide do seu colesterol, siga os conselhos do seu médico e esteja atento ao seu corpo. Para quem já teve um ataque cardíaco, o colesterol LDL não é apenas um número, 55 mg/dl é a sua linha vermelha.

O colesterol é um tipo de gordura (também conhecida como lípido) que o nosso corpo produz e precisa para um bom funcionamento. No entanto, se os seus níveis no sangue estiverem elevados, aumenta o risco de doenças do coração.

Se tem dúvidas sobre como se preparar para uma consulta, quer saber mais sobre o seu risco cardiovascular ou como interpretar os resultados das análises, visite a página da campanha através do seguinte link: www.55linhavermelha.pt

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Viver o verão em segurança
Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) alerta as...

"O verão é uma época de lazer e descanso, mas exige uma atenção especial de quem vive com diabetes. As altas temperaturas podem afetar a forma como o corpo utiliza a insulina, aumentar o risco de desidratação e até mesmo comprometer a eficácia de alguns medicamentos e equipamentos", afirma José Manuel Boavida, presidente da APDP, acrescentando: "É fundamental que as pessoas com diabetes estejam bem informadas e preparadas para desfrutar do verão em segurança, sem comprometer o seu bem-estar."

O calor pode dilatar os vasos sanguíneos, acelerando a absorção da insulina, o que pode levar a hipoglicemias. Por outro lado, a desidratação pode concentrar o açúcar no sangue, resultando em hiperglicemias. Para evitar estes problemas durante a estação quente e aproveitar o verão de forma mais segura, a APDP partilha oito conselhos:

  • Monitorização frequente: é crucial monitorizar os níveis de glicemia com maior frequência, especialmente antes e depois de atividades físicas ou exposição ao calor;
  • Hidratação constante: beber muita água ao longo do dia e ter sempre uma garrafa de água é essencial;
  • Proteção máxima do sol e do calor: evitar a exposição solar nas horas de maior calor (entre as 11h e as 17h). Usar chapéu, óculos de sol e protetor solar. Roupas leves e largas vão ajudar a manter o corpo fresco;
  • Proteção de medicamentos e equipamentos: A insulina e as tiras de teste são sensíveis ao calor extremo e à luz solar direta, podendo perder a sua eficácia. Devem ser armazenadas em locais frescos e secos, protegidas da luz. É importante nunca deixar insulina ou outros medicamentos no carro. Bombas de insulina e medidores de glicemia também devem ser protegidos do calor e da humidade.
  • Cuidar os pés: Os pés dos diabéticos são particularmente vulneráveis a lesões e infeções. No verão, é comum andar descalço, o que aumenta o risco de cortes, bolhas e queimaduras. Usar sapatos confortáveis e fechados, mesmo na praia ou piscina, e verificar os pés diariamente são pequenas ações que podem prevenir complicações mais graves.
  • Atenção redobrada relativamente à alimentação e atividade física: As férias podem alterar os hábitos alimentares. É importante manter uma dieta equilibrada, rica em vegetais e frutas, e controlar a ingestão de hidratos de carbono e evitando o álcool, que tem um efeito diurético. A atividade física é benéfica, mas deve ser adaptada ao calor, devendo ser realizada durante as horas mais frescas do dia e mantendo a hidratação. Uma alternativa poderá ser realizar o exercício físico em casa.
  • Em viagens e férias é essencial levar todos os medicamentos, suprimentos e um lanche para emergências. Ter um plano de viagem que inclua informações sobre como obter assistência médica no destino é também prudente, assim como ajustar os horários das refeições e da medicação conforme os fusos horários.
  • Ter um plano de emergência: A preparação de um kit de hipoglicemia (glicose, rebuçados, etc.) e identificar-se como pessoa com diabetes (pulseira ou cartão) é importante para algum cenário inesperado.

A APDP sublinha que, com planeamento e precaução, a diabetes não tem de ser uma condição impeditiva, sendo possível aproveitar plenamente o verão, mantendo a saúde e o bem-estar. A informação e a autogestão são as chaves para um verão seguro e feliz.

Opinião
O dia 28 de julho assinala, anualmente, o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, iniciativa

A hepatite A e E, partilham a via de transmissão (fecal-oral) e são habitualmente autolimitadas, sem evolução para cronicidade. O padrão epidemiológico da hepatite A tem vindo a alterar-se no nosso país – no passado era frequente em idade precoce, fruto de condições sociais e higieno-sanitárias precárias, atualmente verifica-se a ocorrência esporádica de surtos, cerca de meia centena de casos no primeiro semestre deste ano, alguns com ligação a práticas sexuais de risco. É importante promover a vacinação de grupos de risco e a adoção/reforço de medidas de prevenção e controlo. A hepatite E pode ter apresentação mais grave em grávidas, doentes com doença hepática avançada e evoluir para cronicidade em doentes imunocomprometidos. Para além da transmissão fecal-oral, salienta-se a transmissão relacionada com a ingestão de carne crua ou mal cozinhada (porco, javali, veado) ou o contacto direto com as suas fezes, sangue e vísceras, por vezes associada ao surgimento de alguns casos de exposição profissional ou recreativa, motivo pelo qual deve ser excluída quando existe um contexto epidemiológico sugestivo.

As hepatites B e C podem evoluir para doença crónica e a transmissão é, habitualmente, por contacto com sangue ou fluídos corporais de pessoas infetadas. A OMS definiu metas globais para a sua eliminação até 2030 - redução de novas infeções em 90% e redução da mortalidade associada em 65%, apelando a que cada país desenvolvesse os seus próprios planos de ação. Portugal é um dos países da Europa que atingiu a meta de cobertura vacinal de 95% com três doses da vacina para o vírus da hepatite B, estratégia mais eficaz para a prevenção do aparecimento de novos casos. Destaca-se uma tendência crescente no número de testes de rastreio de hepatite B e C, realizados em vários contextos, no nosso país e a importância de múltiplas iniciativas de microeliminação que têm conseguido chegar a populações de mais difícil acesso. Salienta-se o número de doentes tratados para a hepatite C, com elevadas taxas de cura (superiores a 97%). Apesar disso, continua a existir uma percentagem significativa de doentes tratados em fases avançadas da doença, com fibrose avançada/ cirrose aquando do início do tratamento (superior a 30%), o que vem reforçar a importância de apostar em estratégias que permitam o diagnóstico mais precoce. Apesar da transmissão por via sexual ser menos frequente, tem-se assistido a uma mudança epidemiológica, reconhecendo-se um maior número de casos associados a algumas práticas sexuais, como por exemplo ChemSex em que as taxas de infeção de hepatite C e outras doenças sexualmente transmissíveis são significativamente superiores.

A hepatite D ou Delta, aparece exclusivamente em pessoas que têm hepatite B e é considerada a forma mais grave e rapidamente progressiva de hepatite viral crónica, com um risco muito superior de cirrose e cancro do fígado. Felizmente dispomos de tratamento eficaz, recentemente aprovado pelo Infarmed, que vem alterar o paradigma da doença.

Apesar de preveníveis e tratáveis, as hepatites B e C são ainda responsáveis por 8.000 novas infeções diárias, com elevada morbimortalidade associada. Portugal encontra-se numa situação muito favorável, no que diz respeito às hepatites virais, mas se pensarmos no mundo como um espaço com livre circulação de pessoas, esta realidade pode estar em risco, já que estes resultados não são globais, existem grandes assimetrias regionais e não dispomos, ainda, de orientações específicas para testagem de migrantes de países com alta endemicidade de hepatites B ou C. Tendo em conta a evolução epidemiológica, deverá ser equacionado o alargamento dos grupos de risco e populações vulneráveis elegíveis para vacinação das hepatites.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
01 de agosto | Dia Mundial do Cancro do Pulmão
Dados recentemente divulgados revelam um cenário preocupante relativamente ao cancro do pulmão em Portugal: em 2023, causou...

O diagnóstico tardio (com cerca de 70-75% dos casos a serem diagnosticados em estadio avançado ou metastático), o tabagismo (responsável por 85% dos casos de cancro do pulmão), a exposição a poluentes ambientais e ocupacionais, o envelhecimento da população e a falta de um programa de rastreio estruturado são os fatores destacados pelas médicas pneumologistas para explicar o aumento da mortalidade por cancro do pulmão.

De acordo com as especialistas, para inverter esta tendência, seria fundamental a adoção de algumas medidas, tais como, “a implementação de campanhas intensivas de prevenção e cessação tabágica; a implementação urgente e estruturada de rastreio por tomografia computorizada (TC) de baixa dose em grupos de risco - estabelecendo vias rápidas e acessíveis de diagnóstico mais precoce; a formação ativa de profissionais de saúde, principalmente dos Cuidados de Saúde Primários, para identificação precoce de sintomas; a monitorização das principais exposições ambientais de risco; o investimento nos cuidados integrados, reforçando reabilitação, apoio psicológico e cuidados paliativos desde fases iniciais; a reforma de processos no SNS, reduzindo burocracias e agilizando fluxos clínicos e administrativos essenciais para o diagnóstico precoce e a melhoria no acesso precoce a medicamentos inovadores em oncologia torácica, sendo crucial otimizar os processos de avaliação e aprovação de medicamentos, promover a implementação de programas de acesso precoce e garantir financiamento adequado”.

Relativamente à importância de antecipar o diagnóstico do cancro do pulmão, Daniela Madama e Joana Catarata salientam a importância de “combinar estratégias de rastreio eficientes com avanços tecnológicos emergentes. O rastreio com tomografia computorizada de baixa dose (LDCT) em indivíduos de alto risco (fumadores ou ex‑fumadores há menos de 15 anos, com idades entre os 50 e 75 anos e carga tabágica de ≥ 20 unidades maço-ano) reduz a mortalidade por cancro do pulmão até cerca de 25 %”. As médicas pneumologistas salientam a existência de alguns ensaios clínicos já publicados e que “resumem a importância do rastreio na diminuição da mortalidade associada ao cancro do pulmão”:

  • O National Lung Screening Trial (NLST - EUA, 2002–2010), com 53 454 participantes, demonstrou uma redução de cerca de 20% na mortalidade por cancro do pulmão dos doentes seguidos com TC de baixa dose em comparação com radiografia torácica em fumadores de 55‑74 anos com ≥ 30 unidades maço-ano.
  • O ensaio NELSON (Países Baixos–Bélgica, 2000–2012) apresentou, ao fim de 10 anos, uma redução de 24% na mortalidade entre homens e até 33% entre mulheres, com altas proporções de casos detetados em estádio I (58,6%) e poucos diagnósticos em estádio IV (9,4%).

Além do papel fundamental desempenhado pelo rastreio, Daniela Madama e Joana Catarata reforçam a pertinência de um “reforço da coordenação entre os Cuidados de Saúde Primários e Pneumologia/Oncologia, com protocolos claros de triagem e encaminhamento precoce, pois poderia desempenhar um papel fulcral de modo a otimizar tempos de espera e diminuir as burocracias necessárias para o seguimento correto dos doentes”.

Sendo o tabagismo o principal fator de risco para o aparecimento de cancro do pulmão, as especialistas destacam a importância de se prevenir de forma eficaz a iniciação tabágica. “Especialmente nos jovens, é indispensável a adoção conjunta de medidas educativas (integrar conteúdos obrigatórios nas escolas, promover ações educativas também fora da escola, junto das famílias, associações juvenis, empresas), regulamentações jurídicas, aumentos de preços, zonas livres de fumo e envolvimento das comunidades, bem como reativar e financiar adequadamente o Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo (PNPCT), com objetivos definidos e avaliação contínua. O sucesso exige um esforço coordenado entre políticas públicas robustas, educação formal, sensibilização social e intervenção clínica. Com isso, Portugal poderia proteger a saúde pulmonar das futuras gerações”, concluem. 

Dar sangue é salvar vidas
Este verão, o Grupo Mundicenter volta a convidar a comunidade a dar um passo solidário e a salvar vidas, ao associar-se ao...

Entre os dias 28 e 30 de julho, das 10h00 às 19h00, será possível dar sangue no Oeiras Parque e no Strada Outlet. Já em Braga, a ação terá lugar a 13 e 14 de agosto, entre as 9h00 e as 18h00. Esta campanha apela à generosidade da população de Oeiras, Odivelas, Braga e de todos os visitantes dos centros comerciais, incentivando à dádiva de sangue — um pequeno gesto que pode salvar vidas. Para se candidatar à dádiva de sangue, basta ter entre 18 e 65 anos - 60 anos para a primeira dádiva - pesar mais de 50kg e manter um estilo de vida saudável.

Com esta ação, o Grupo Mundicenter e o IPST reforçam o compromisso de sensibilizar a sociedade para a importância da dádiva de sangue e para a necessidade urgente de manter as reservas em níveis seguros. Pela sua afluência e acessibilidade, os centros comerciais são locais privilegiados para mobilizar a comunidade em torno desta causa. Dar sangue é um pequeno ato que pode ter um impacto imensurável para o bem comum da comunidade.

 

Mais informações

Oeiras Parque e Strada Outlet

28 a 30 de julho de 2025 (segunda a quarta-feira), 10h00 às 19h00

Oeiras Parque | Acesso Farmácia Veritas Piso -1

Strada Outlet | Unidade Móvel, Saída exterior junto à Nike, Piso 1

 

Braga Parque

13 e 14 de agosto (quinta e sexta-feira), das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00, em Unidade Móvel (acesso principal).

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