Centro tem as tecnologias mais avançadas para avaliar e gerir risco oncológico
A Fundação Champalimaud e a Generali Tranquilidade anunciam o lançamento do novo Centro de rastreio de cancro da pele – o Skin...

Este novo Centro combina os serviços de prevenção do cancro da pele ao Programa de Avaliação e Gestão de Risco Oncológico da Fundação Champalimaud, que visa analisar e gerir o risco oncológico de cada pessoa, proporcionando um mecanismo de proteção integrado ao longo da vida.

O novo centro de rastreio está equipado com as mais avançadas tecnologias, permitindo, em poucos minutos, o mapeamento completo de todos os sinais e lesões da pele, identificando e prevenindo os diferentes níveis de risco oncológico. 

Este aparelho foi doado à Fundação Champalimaud pela Generali Tranquilidade, numa importante manifestação da sociedade civil, que deste modo demonstrou a sua preocupação de responsabilidade social e filantrópica, reforçando o compromisso com a prevenção da doença oncológica.

A doença oncológica é uma das principais causas de morte em todo o mundo, gerando também inúmeros problemas emocionais, sociais, económicos e de saúde pública. O diagnóstico precoce é um meio eficaz para diminuir o peso social da doença, poupando vidas e sofrimento, além de libertar recursos financeiros e humanos. Dados do Registo Oncológico Nacional de 2020 apontam para um aumento da taxa de incidência de cancro de pele em todas as faixas etárias (mais de 3.600 novos casos). Nesse ano foram identificados mais de mil novos casos de melanoma.

Pedro Carvalho, CEO da Generali Tranquilidade, afirma que: "a criação do centro com a Fundação Champalimaud é mais um passo na nossa importante parceria e um forte investimento na prevenção da doença oncológica. Cada vez mais estamos focados na e ferramentas à nossa disposição. Enquanto seguradora responsável e cidadã responsável, na Generali Tranquilidade trabalhamos para ajudar a construir um futuro sustentável para todos".

 
5.º seminário internacional do projeto (O)Usar & Ser Laço Branco
Partilhar conhecimento sobre os diversos fenómenos que reproduzem as desigualdades e a violência de género nos contextos de...

Para a sessão de abertura do seminário, a decorrer nas instalações da ESEnfC em São Martinho do Bispo (Auditório António Arnaut - Polo B), são aguardados o Presidente da ESEnfC, António Fernando Amaral, e os presidentes do Conselho Técnico-Científico e do Conselho Pedagógico da instituição, respetivamente Rui Gonçalves e Hugo Neves. Deverão, ainda, estar presentes os coordenadores da Unidade de Investigação em  Ciências da Saúde: Enfermagem e do projeto (O)Usar & Ser Laço Branco, João Apóstolo e Armando Silva.

Seguem-se, entre as 15h30 e as 17h00, as conferências “Assédio Sexual nas Instituições de Ensino Superior” (a proferir por Daniela Sofia Neto, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra) e “Violência Sexual no Ensino Superior: igualdade e políticas contra o assédio” (por Lorena Tarriño Concejero, da Universidade de Cádis).

O evento termina (17h30) com um momento de comemoração do 17.º aniversário do projeto (O)Usar & Ser Laço Branco, animado pela Tuna Académica Masculina de Enfermagem de Coimbra.

O projeto da ESEnfC (O)Usar & Ser Laço Branco tem por missão promover relações de intimidade saudáveis e prevenir a violência entre pares, a começar pelo namoro. As suas intervenções visam o fortalecimento da liberdade, da igualdade de género, do humanismo, da cidadania ativa, da cooperação e o empoderamento.

«Apesar do incremento desta temática na agenda pública, considera-se que tem sido dada pouca atenção às questões de violência de género no ensino superior, tanto em termos de investigação, como a nível político, justificando-se analisar e debater este problema em contexto académico», consideram os promotores do projeto (O)Usar & Ser Laço Branco.

 
III Congresso Veterinário AniCura Ibéria
A AniCura promoveu, nos dias 29 e 30 de novembro, o III Congresso Ibérico, dedicado à “Medicina e Cirurgia do Sistema Endócrino”.

As endocrinopatias são condições muito presentes na vida dos animais de companhia, afetando diferentes glândulas e resultando em diversas patologias. Entre as mais comuns estão a diabetes (em cães e gatos), o hipertiroidismo (em gatos), o hipotiroidismo (em cães), a síndrome de Cushing e o hipoadrenocorticismo canino, conhecido como doença de Addison. Para dar relevo a estas patologias, a AniCura decidiu dedicar esta edição do congresso à temática da Endocrinologia.

Esta terceira edição contou com a presença de oradores de renome, provenientes de hospitais do grupo de toda a região ibérica, que partilharam insights sobre as melhores e mais recentes práticas na área de Endocrinologia, nas suas várias vertentes como Abordagem Nutricional, Diagnóstico por Imagem, Doença Oncológica Endócrina e Cirurgia. Entre os principais temas abordados, destacam-se as palestras como "Adrenalectomia Laparoscópica” e “Cetoacidose Diabética”, ministradas pelo Dr. Fausto Brandão e a Enf.ª Carolina Rebimba, profissionais veterinários da equipa do AniCura Atlântico Hospital Veterinário.

“É essencial que, como equipas clínicas e cirúrgicas no Grupo AniCura, adotemos técnicas cirúrgicas avançadas que minimizem riscos, otimizem resultados clínicos e também melhorem substancialmente a recuperação dos nossos pacientes”, realça Fausto Brandão, um dos principais palestrantes de Portugal. A enfermeira veterinária Carolina Rebimba destacou o papel vital dos enfermeiros veterinários na gestão de casos de cetoacidose diabética. “O trabalho desempenhado pelos enfermeiros e auxiliares técnicos veterinários nesta urgência hospitalar é vital para um tratamento bem-sucedido e para a minimização da fatalidade da doença, bem como a atenção dedicada aos cuidadores para os ajudar na vigilância de sintomas nos seus animais diabéticos”.

Além das sessões científicas, o congresso incluiu atividades práticas, tais como uma mesa-redonda sobre qualidade clínica e a integração de melhores práticas, além de dinâmicas interativas como uma atividade de “escape room” para incentivar a colaboração entre os profissionais.

Elena Decataldo, Head of Medical AniCura Ibéria, refere que “este congresso representa mais um passo significativo no avanço da prática veterinária dentro da rede AniCura, promovendo a excelência no atendimento aos pacientes e o desenvolvimento profissional dos seus colaboradores”.

O III Congresso Ibérico AniCura foi exclusivo a profissionais de saúde veterinária, com o intuito de promover a atualização científica e a consolidação do conhecimento clínico, reunindo aproximadamente 200 participantes, entre veterinários e auxiliares da rede de hospitais AniCura. O congresso permitiu reforçar o compromisso da AniCura com a construção de uma rede integrada de excelência, onde a colaboração entre os associados e hospitais é fundamental para o avanço da prática veterinária e o cuidado exemplar dos pacientes.

O evento contou com o apoio e patrocínio de parceiros estratégicos como BBraun, Boehringer Ingelheim, Centauro, Ceva, Dechra, Ecuphar, Elanco, Grupo emer, Fatro, Hill’s, Idexx, Leti, MSD, Royal Canin, Scil, Vetoquinol, Virbac y Zoetis que contribuíram para o sucesso desta edição.

Dia 12 de dezembro
No dia 12 de dezembro, entre as 21h e as 22h30, a “Mamãs Sem Dúvidas” vai realizar uma edição de Natal do “EGO - Especial...

A sessão terá início com a intervenção de Catarina Vieira, enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia do Hospital Lusíadas Porto, subordinada ao tema “Enxoval e Mala de Maternidade”. Durante a apresentação, serão abordados os itens indispensáveis para o enxoval do bebé e para a mala de maternidade, ajudando as futuras mamãs a preparar-se da melhor forma para a chegada do novo membro da família.

O último momento do evento será conduzido pela baby planner Isabel Costa de Sousa, com a sessão “Os Essenciais de Natal para a grávida e bebé”, que esclarecerá os itens necessários para um Natal confortável.

Ao participar, para além do conhecimento adquirido, os casais têm ainda a oportunidade de ganhar um kit com essenciais Corine de Farme e um cabaz Piaf, composto por uma mala de maternidade, um ninho e uma almofada de amamentação.

A inscrição é gratuita, mas obrigatória, podendo ser realizada através do seguinte link: https://mamassemduvidas.pt/especial-gravida-online-by-lkc/.

 
Programa de Gestão de Caso foi distinguido com o prémio Top Health Award
A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, E.P.E. (ULSLA), em parceria com a Inetum, implementou um projeto pioneiro de...

A ULSLA e a Inetum implementaram uma solução para apoio à equipa de Gestão de Caso com o objetivo de uniformizar a prática clínica do seguimento destes utentes, melhorar a comunicação entre os diversos intervenientes e ter informação centralizada de gestão do programa.

O novo sistema permite que todos os profissionais de saúde da ULSLA referenciem utentes para o programa de Gestão de Caso de forma mais simples e integrada. A equipa de Gestão de Caso hospitalar, que coordena e agrega as equipas comunitárias, tem agora acesso online à informação dos diferentes utentes abrangidos por este programa e à monitorização da atividade das diferentes equipas comunitárias. Os Gestores de Caso conseguem, a partir da informação solicitada nesta plataforma e funcionalidades associadas, uniformizar a prática clínica e de gestão de caso entre todos os utentes, independentemente da equipa, assim como melhorar os fluxos de comunicação, com diversos automatismos associados e gerir cuidados mais coordenados e centralizados.

"Com o Programa de Gestão de Caso, que arrancou em 2017, temos alcançado resultados muito interessantes como, por exemplo, a redução de 57 a 61% das idas ao serviço de urgência do hospital e uma redução de 52 a 60% dos internamentos.” destaca Cátia Albino, Médica coordenadora da equipa hospitalar. 

“A implementação desta solução com a Inetum permitiu a informatização deste processo e acrescentou melhorias significativas à eficiência deste programa com o objetivo de aumentarmos o número de utentes abrangidos. Promoveu uma uniformização da prática clínica e da gestão de caso, minimizando eventuais assincronias entre equipas. A equipa de coordenação do programa passou a ter acesso online permanente à informação essencial de cada caso, permitindo uma monitorização em tempo real da atividade das equipas comunitárias, assim como do seguimento dos casos referenciados – se são admitidos no programa ou rejeitados, se estão a cumprir os indicadores de acompanhamento, entre outros”, refere Adelaide Belo, Coordenadora do Programa de Gestão de Caso.

A solução disponibiliza ainda uma WebApp para o utente, ou seu cuidador, para acompanhamento das consultas, dos atos agendados, do plano de toma de medicação, do plano individual de cuidados, entre outros. Promove-se assim uma maior adesão do utente ao plano de cuidados e maior orientação nos diversos agendamentos com o sistema de saúde.

“Uma visão centralizada do utente entre todas as unidades de saúde da ULSLA é essencial para uma boa e eficiente Gestão de Caso, com vista a uma atenção mais próxima, coordenada e centralizada. Esta solução representa um salto qualitativo no acompanhamento proativo do utente e no dia a dia dos enfermeiros de Gestão de Caso. Acedemos agora mais facilmente à informação essencial para acompanhamento do doente, com alertas para contactos em falta e em qualquer lugar”, reforça Vítor Gomes, Gestor de Caso da equipa do Centro de Saúde de Odemira.”

Pedro Gomes Santos, CEO da Inetum Portugal, refere que “a Inetum tem quatro alianças estratégicas a nível global e foi com muito entusiasmo que implementámos, com recurso a soluções Microsoft, um projeto diferenciador, que contribui com benefícios notórios quer para o Sector Público, através da redução da sobrecarga no Sistema de Saúde, quer para o Cidadão, através de um acompanhamento mais próximo e coordenado da sua saúde.”

 
Oftalmologista esclarece
A resposta é sim para 2 rastreios. São necessários e indispensáveis para preservar a saúde ocular.

Há 2 rastreios oftalmológicos em Portugal promovidos pelo Serviço Nacional de Saúde como medidas de saúde publica: O rastreio de saúde visual infantil e o rastreio da retinopatia diabética. Ambos são medidas de saúde publica, centrados no médico de família. De facto, é o médico de família que orienta as crianças e os adultos para cada um destes dois rastreios. Esta característica dos rastreios de saúde ocular - centrados no médico de família - é fundamental e permite diferenciar de eventuais campanhas publicitárias e com fins comerciais, muitas vezes apelidadas também de rastreios.

Porque é importante fazer o rastreio da retinopatia diabética? 

Porque a retinopatia diabética, que surge nas pessoas com diabetes, é a primeira causa de perda grave de visão e de cegueira em Portugal, entre os 21 e os 65 anos. E porque com o rastreio podemos evitar esta perda grave de visão e cegueira em mais de 90% dos casos.

O que é a retinopatia diabética? 

A retinopatia diabética é uma das complicações da diabetes, provocada por alterações dos vasos sanguíneos da retina. A retina é a parte do nosso olho que capta o estímulo visual para ser levado ao cérebro. Quando está afetada pela retinopatia diabética pode levar à perda de visão ou até mesmo cegueira. A doença evolui lentamente e de forma silenciosa. Quando há perda de visão já é tarde. O ideal é prevenir e para isso o rastreio é muito importante.

Mas além do rastreio,  a retinopatia diabética pode ser prevenida ou pode adiar-se significativamente a sua progressão, mantendo os níveis de açúcar no sangue controlados, a pressão arterial controlada e os valores de colesterol sanguíneo dentro dos parâmetros normais. A alimentação saudável e a prática do exercício físico são também fatores determinantes para a sua prevenção.

Quando deve ser feito o rastreio da retinopatia diabética? 

O rastreio da retinopatia diabética é destinado a todas pessoas com idade igual ou superior a 12 anos, que tenham sido diagnosticadas com diabetes tipo 1 há 5 ou mais anos ou com diabetes tipo 2 no ano de diagnóstico e que estejam inscritas numa unidade de cuidados de saúde primários.

Há pessoas com diagnóstico de diabetes que, tendo diabetes, não precisam de fazer o rastreio?

A resposta é sim. Os diabéticos que já estão a ser seguidos em consulta pelo médico Oftalmologista, as pessoas que fizeram rastreio há menos de 1 ano, as mulheres com diabetes gestacional e as pessoas cegas dos 2 olhos, não precisam de fazer o rastreio.

Em que consiste o rastreio? 

É um processo muito simples. Consiste na realização de um exame à retina, denominado retinografia, que permite observar e captar duas fotografias em cada olho. Trata-se de um procedimento simples, não invasivo nem doloroso, e que tem a duração de cerca de 2 a 3 minutos.  

Como inovação poderá incluir também um outro exame, o OCT (Tomografia de Coerência Ótica) que permite melhorar a seleção dos casos que precisam de tratamento. Os exames são efetuados por um técnico treinado, não necessitam de dilatação da pupila e não interferem com a visão. 

São depois avaliados em centros de leitura de imagem e os casos positivos (com lesões) são orientados para tratamento nas Unidades Hospitalares.

Necessito repetir o rastreio? 

Sim. Não havendo lesões, o rastreio é repetido a cada 2 anos. Havendo lesões que não necessitam de tratamento, o rastreio é repetido antes dos 2 anos. Quando as pessoas são orientadas para tratamento deixam de fazer rastreio.

E o que é o rastreio de saúde visual infantil?  

O rastreio de saúde visual infantil é uma medida de saúde pública, promovida pelo Serviço Nacional de Saúde, que permite detetar atempadamente problemas de visão em crianças dos 2 e 4-5 anos de idade sem sinais ou sintomas.  De acordo com a Norma da DGS, o Rastreio de Saúde Visual Infantil (RSVI) é sistemático e de base populacional e tem por objetivo identificar todas as crianças com alterações oftalmológicas capazes de provocar ambliopia, também conhecida como “olho preguiçoso”, e que se não for identificado pode fazer com que a criança fique a ver mal para o resto da vida. A prevalência da ambliopia em países desenvolvidos varia entre 1 a 5%.

Que crianças devem fazer o rastreio de saúde visual infantil? 

São rastreadas todas as crianças no semestre em que completam dois anos de idade, e num segundo momento, são também rastreadas no semestre em que completam quatro anos de idade todas as crianças que: 

  • não realizaram rastreio aos dois anos de idade; 
  • tiveram rastreio negativo aos dois anos de idade

Há crianças que não precisam de fazer o rastreio? 

Sim. As crianças acompanhadas em consulta por médico Oftalmologista com ou sem tratamento.

Em que consiste o rastreio? 

O método de rastreio a utilizar, assenta numa tecnologia inovadora e inócua de foto-rastreio, que permite identificar os erros refrativos e outras alterações com potencial para provocarem ambliopia. As imagens são depois lidas por um médico Oftalmologista e os casos que apresentam alterações são chamados a consulta e tratamento.

Estes dois rastreios podem fazer toda a diferença na saúde ocular das crianças e dos adultos. Estão acessíveis a todas as pessoas com indicação, são gratuitos, inócuos e significam um ganho enorme em saúde para a nossa população.

Dr. Rufino Silva
Prof. da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Médico Oftalmologista da ULS de Coimbra
Ex-Presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Recomendação conjunta sugere à DGS a elaboração de uma norma para a prática da Psicoterapia
A Ordem dos Médicos (OM) e a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) recomendaram à Direção-Geral da Saúde (DGS) a elaboração de...

Num documento enviado à DGS, a OM e a OPP esclarecem que a Psicoterapia corresponde a um conjunto de métodos, técnicas e procedimentos, baseados na evidência científica e eticamente informados, que têm como objetivo orientar a pessoa na compreensão das diferentes dimensões da sua vida, de uma forma refletida, e em promover a sua transformação na relação com o meio, no sentido de reduzir o sofrimento psicológico e/ou promover o desenvolvimento pessoal e o bem-estar.

“Deste modo, a Psicoterapia não é uma profissão, mas antes um conjunto de intervenções, médicas ou psicológicas, e uma especialização clínica”, esclarecem.

O documento defende ainda que “a Psicoterapia deve apenas ser praticada por profissionais da área da Saúde, devidamente habilitados para a prática da Psicoterapia. Estes profissionais, para além da sua formação base, adquirem competências específicas em Psicoterapia através de diferentes programas formativos”. 

A Ordem dos Médicos e a Ordem dos Psicólogos Portugueses defendem, por isso, que a prática da Psicoterapia deve estar sempre enquadrada no âmbito de uma profissão de saúde autorregulada, sujeita ao controlo normativo, ético e científico da respetiva Ordem profissional, por forma a assegurar uma formação de base na área da Saúde e da Saúde Mental e em intervenções relacionais, promovendo a qualidade dos serviços prestados e a salvaguarda e proteção da Saúde Pública e dos interesses dos cidadãos e cidadãs que procuram os serviços de Psicoterapia.  

O Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, refere que “a saúde mental deve ser uma prioridade”. Para isso, “é fundamental que o seu acompanhamento e tratamento, como em outras áreas da saúde, seja feito exclusivamente por profissionais qualificados, com formação técnica. Só assim estaremos a garantir os cuidados que as pessoas necessitam.”

“A nossa preocupação é a segurança e a saúde das pessoas”, afirma o Bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses, Francisco Miranda Rodrigues.

"Parece-nos muito importante garantir que a psicoterapia é exercida por profissionais qualificados, com a formação e as competências técnicas e científicas adequadas”, alerta Manuela Silva, presidente do Colégio de Psiquiatria da OM. “Esta prática deve ser regulada para assegurar a prestação de cuidados seguros, eficazes e de qualidade, baseados em evidência científica, salvaguardando riscos para a Saúde pública e individual”.

O Presidente do Conselho de Especialidade de Psicologia Clínica e da Saúde da OPP, Miguel Ricou, explica que “para a Psicologia Clínica a psicoterapia é basilar, pelo que não se pode colocar em causa a qualidade das suas práticas”.

As duas Ordens concordam com o facto de a formação em Psicoterapia ser acessível a profissionais de várias formações, desde que da área da Saúde, e alertam para alguns dos riscos da prática da Psicoterapia por Profissionais não Qualificados, nomeadamente a ausência das competências técnicas e científicas necessárias, que podem potencialmente conduzir a imprecisões ou erros de diagnóstico e/ou intervenção ou a prestação de serviços baseados em teorias e modelos que carecem de validação científica e/ou não foram verificados na sua eficácia, efetividade, qualidade e segurança pelo método científico convencional, "potencialmente perpetuando mitos e crenças erradas e constituindo uma ameaça grave à Saúde pública e individual". 

Por outro lado, alertam para o aumento de situações de risco por ausência de avaliação clínica competente, que podem colocar em perigo a segurança das pessoas envolvidas e/ou da comunidade  e de intervenções ineficazes e/ou prejudiciais que, "mesmo quando aparentemente inócuas, podem ser potencialmente danosas, exponenciando o agravamento de sintomas, exacerbando as dificuldades ou problemas de Saúde Mental, potenciando ou prolongando o sofrimento psicológico e/ou atrasando a procura e o acesso a cuidados realmente eficazes e cientificamente comprovados". 

Ausência de competências ao nível da tomada de decisão ética e profissional,  que potencialmente pode conduzir a violações éticas, involuntariamente, "como a não obtenção de consentimento informado para as intervenções, a quebra de privacidade e sigilo profissional, a exploração emocional e/ou financeira de pessoas vulneráveis, as dificuldades do trabalho em equipa ou conflitos de interesse" são outro dos riscos apresentados. 

Também assinalam a  ausência de regulação legal perante más práticas profissionais, que torna "muito difícil a responsabilização em casos de quebras deontológicas".  

Nas categorias de Sustentabilidade Ambiental, Económica, Social e Transformação Digital
A entrega de prémios da primeira edição do Prémio Inovação em Saúde - Todos pela Sustentabilidade decorreu esta quarta-feira,...

Após uma análise cuidadosa por parte do júri do Prémio, constituído por Maria de Belém Roseira, na condição de Presidente, por João Eurico da Fonseca, enquanto Presidente Executivo e também por Eurico Castro Alves, Graça Freitas, Helena Freitas, Nuno Sousa e Ricardo Constantino, reconhecidos pelo seu mérito, idoneidade e reputação, foram atribuidos quatro primeiros prémios e as três menções honrosas em diferentes categorias. 

Na categoria sustentabilidade ambiental, o projeto vencedor é “HidroQapa”, desenvolvido em parceria com o Departamento de Engenharia Química do Instituto Superior Técnico, que tem como objetivo a produção de um bioplástico impermeabilizante a partir de quitosano extraído de cascas de camarão, um resíduo amplamente gerado pela indústria do marisco. Este bioplástico oferece uma alternativa ecológica e sustentável aos impermeabilizantes convencionais, que são compostos por substâncias tóxicas.

Nesta categoria foi também distinguido com uma menção honrosa, o projeto ROSE, do Centro Hospitalar e Universitário de Santo António, Unidade Local de Saúde de Santo António, que tem como objetivo implementar práticas de sustentabilidade ambiental no bloco operatório, focando-se em três áreas principais: gestão de resíduos, redução da libertação de gases anestésicos e fumos cirúrgicos, além da eficiência hídrica e energética.

Na categoria Sustentabilidade Económica foi distinguido como vencedor o projeto Impacto Financeiro dos Ensaios Clínicos no Acesso às Terapêuticas Inovadoras, do Instituto Português de Oncologia do Porto, que visa avaliar o impacto financeiro dos ensaios clínicos no acesso às terapêuticas inovadoras, particularmente no tratamento oncológico. O estudo foca-se nos ensaios clínicos promovidos pela indústria farmacêutica como uma estratégia para mitigar os elevados custos de tratamento, ao mesmo tempo em que aumenta o acesso a terapias inovadoras.

Na categoria Sustentabilidade Social o vencedor foi o projeto LUZIA, da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, que visa resolver a carência no acesso a cuidados oftalmológicos no Sistema Nacional de Saúde (SNS). Através de uma plataforma de cuidados primários pretende levar cuidados oftalmológicos a pessoas que, de outra forma, não teriam acesso, reduzindo desigualdades sociais, melhorando os resultados em saúde e promovendo a integração de cuidados.

Foi também atribuída uma menção honrosa nesta categoria para o projeto Tríade Sustentável, do Instituto Português de Oncologia do Porto, que se foca na promoção de práticas sustentáveis no hospital, englobando três pilares principais: sustentabilidade ambiental, social e económica. 

Na categoria sustentabilidade na transformação digital a vencedora foi a Plataforma de Acompanhamento e Monitorização do Percurso Integrado do Doente com Cancro Colorretal e Cancro de Mama, da Unidade Local de Saúde de São José, que consiste no acompanhamento e monitorização do percurso de doentes com cancro colorretal e cancro de mama, oferecendo uma visão integrada dos cuidados de saúde. A plataforma permite aos profissionais de saúde uma melhor coordenação dos tratamentos, garantindo que os doentes recebem cuidados apropriados em todas as etapas, desde o diagnóstico até ao tratamento e acompanhamento. O objetivo é otimizar a gestão clínica, reduzir os tempos de espera e melhorar os resultados dos doentes, utilizando dados em tempo real para personalizar os tratamentos, numa abordagem centrada no doente.

Nesta categoria foi também atribuída uma menção honrosa ao projeto OncoSleep, da Universidade de Coimbra, que pretende monitorizar e melhorar a qualidade do sono de doentes oncológicos através de uma plataforma digital. O OncoSleep permite aos médicos monitorizar remotamente o sono dos doentes, ajustando as intervenções conforme necessário e melhorando a experiência global do tratamento oncológico.

"Esta primeira edição do Prémio Inovação em Saúde – Todos pela Sustentabilidade, recebeu perto de uma centena de candidaturas, um número extraordinário, que demonstra a força e a criatividade do ecossistema de saúde português. Estamos muito orgulhosos e gostaríamos de dar os parabéns a todas as entidades reconhecidas pelo seu contributo para a sustentabilidade e futuro da saúde a nível nacional. Quero também reconhecer o caráter inovador e o excelente exemplo e enorme potencial de cada uma destas iniciativas com impacto tangível na saúde e qualidade de vida das pessoas", afirma Helena Freitas, Country Lead da Sanofi Portugal.

O ‘Prémio Inovação em Saúde – Todos pela Sustentabilidade’ é uma iniciativa da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), da Sanofi e da NTT DATA, dirigida a entidades e indivíduos singulares que desenvolvam projetos ou iniciativas que contribuam para a sustentabilidade na área da saúde, nas suas várias dimensões – social, económica e ambiental e inclui a transformação digital, com o objetivo promover a sustentabilidade na área da saúde, fomentar a inovação em saúde sustentável, promover a introdução de tecnologias e processos inovadores na investigação e prática clínicas, reforçar a aproximação à academia e divulgar boas práticas.

Para além do reconhecimento, estes prémios atribuem, também, um valor pecuniário aos vencedores, através da possibilidade de realização de uma formação na FMUL, o que permitirá o desenvolvimento e aplicação prática dos seus projetos.

Nesta cerimónia foram, também, divulgados os resultados do Barómetro de Inovação Clínica, cujo propósito era apresentar a perspetiva dos Centros de Investigação Clínica acerca da Inovação nas suas instituições, através da consolidação e apresentação de dados relevantes, que contribuam para o desenvolvimento de estratégias promotoras da inovação clínica no nosso país, num contexto em que 88% dos ensaios clínicos são promovidos pela Indústria Farmacêutica.

Bastonário considera urgente rever o sistema de formação e atribuição de vagas
A Ordem dos Médicos (OM) considera que o elevado número de vagas por preencher no concurso de formação de especialidade reflete...

A degradação do sistema de saúde, acentuada nos últimos anos, está a afastar os jovens médicos das especialidades e poderá comprometer a capacidade de formação nos próximos anos.

Para o Bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, “o Ministério da Saúde precisa de rever urgentemente o sistema de formação e de atribuição de vagas para que possa ir ao encontro das necessidades e expectativas dos jovens médicos. Se nada for feito, em breve, podemos ter serviços condicionados na sua capacidade formativa de novos especialistas, o que poderá colocar em causa a sustentabilidade e a capacidade de resposta básica do SNS.”

“Estes números vêm, uma vez mais, reforçar a urgência em adotar medidas que valorizem a carreira médica, medidas estruturais que estimulem e atraiam os jovens médicos para o SNS”, alerta Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos. “Nesse sentido, a Ordem dos Médicos apresentou, no âmbito do Orçamento do Estado 2025, um conjunto de propostas aos partidos políticos que visavam inverter esta situação e contribuir para aumentar a atratividade da carreira médica”.

Segundo dados da ACSS, terão ficado por escolher no concurso para o Internato Médico 307 vagas das 2167 que foram disponibilizadas. Áreas de especialização como Medicina Geral e Familiar (168 vagas por ocupar), Medicina Interna (49), Patologia Clínica (32) ou Saúde Pública (15) destacam-se pela menor procura, o que continua a merecer grande apreensão da Ordem dos Médicos.

“A realidade com que muitos estudantes de medicina se deparam nos hospitais pode estar a afastá-los da especialização, e isso coloca em causa a sustentabilidade do SNS,” alerta José Durão, presidente do Conselho Nacional do Médico Interno da Ordem dos Médicos. “O Governo precisa de dar um sinal imediato de que quer valorizar a formação, e isso significa melhorar também as condições de trabalho dos especialistas para que consigam formar mais médicos internos, com a qualidade desejada”, conclui.

Por regiões, a situação é particularmente preocupante no Alentejo, onde ficaram por preencher mais de 50% das vagas, mas também nos Açores (31,4%) e Madeira (21.6%), Lisboa e Vale do Tejo (18,5%) e a região Centro (18.1%).

Entrevista | Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla
A incontinência urinária é uma das principais complicações associadas à Esclerose Múltipla e também

Por muito que se fale em Esclerose Múltipla, ainda há muitas pessoas que não entendem a doença. Neste sentido, em que consiste, quais as principais manifestações clínicas e quais as suas causas? Pode-se falar em fatores de risco? 

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crónica na qual o sistema imunitário do doente provoca a destruição da camada de mielina (daí o termo doença desmielinizante) que reveste as fibras do sistema nervoso central e que é essencial para a condução nervosa normal. Pode afetar o cérebro e a medula espinhal em graus e localizações muito variáveis, com manifestações clínicas distintas, existindo diferentes tipos de EM de acordo com a evolução clínica. O diagnóstico é efetuado mais frequentemente entre os 20 e os 40 anos de idade ainda que possa afetar pessoas de qualquer idade.

A doença parte de uma interação entre múltiplos fatores ambientais e genéticos que, no seu conjunto, despoletam uma cascata de eventos que leva ao processo de desmielinização.  Alguns fatores como infeção pelo Virus Epstein-Barr, défice de vitamina D, obesidade e tabagismo poderão contribuir para o desenvolvimento da doença.

Qual a sua incidência a nível europeu? E, relativamente a Portugal, quantas pessoas se estima que tenham a doença? 

Estima-se que cerca de 700000 pessoas na Europa e 8000 pessoas em Portugal tenham a doença.

Qual o prognóstico da Esclerose Múltipla e suas principais complicações?

O prognóstico é muito variável dependendo do tipo de EM - surto-remissão, primária progressiva ou secundaria progressiva. Apesar de ser uma das causas mais frequentes de incapacidade no adulto jovem, em parte pelas sequelas motoras ou alterações do equilíbrio e da marcha, existem igualmente algumas formas ditas benignas na qual a incapacidade após vários anos de doença é mínima ou inexistente.  Outros sintomas possíveis são, nomeadamente, incontinência urinária, disartria (perturbação da fala), disfunção sexual ou alterações a nível psicológico/psiquiátrico (nomeadamente depressão).

Sendo a Incontinência urinária uma das principais complicações da doença, de que forma esta condiciona a qualidade de vida do doente? 

Mesmo perante um cenário de incapacidade significativa gerada pelos sintomas já referidos, a incontinência urinária tem uma carga emocional e psicológica intrínseca que não deve nunca ser negligenciada. Um doente incontinente tem uma forte probabilidade de evitar o contacto pessoal, social, profissional ou sexual devido à sua condição, agravando ainda mais o impacto da doença em diversas valências da sua vida.

Quais as principais diferenças entre incontinência urinária e bexiga hiperativa? A que sinais devemos estar atentos? 

A bexiga hiperativa é uma síndrome clínica que consiste na ocorrência de episódios de urgência miccional (vontade súbita e inadiável de urinar) que podem ou não ser acompanhados de incontinência urinária (que é o sintoma que consiste na perda involuntária de urina). Nessa perspetiva, podemos falar de uma bexiga hiperativa seca ou molhada. Esta última tem geralmente um impacto maior na qualidade de vida, mas, mesmo quando não está associada a incontinência, a necessidade de ir com muita frequência (por vezes de meia em meia hora) ao WC, com consequente interrupção das atividades, necessidade de planeamento prévio e, frequentemente, de procura antecipada de casas-de-banho ao chegar a qualquer lugar, é geralmente disruptivo para a vida dos doentes. [julgo que os sinais a que se deve estar atentos ficam patentes já na resposta]

Quantos doentes com EM se estima que sofram de incontinência urinária? 

Ainda que em grau variável como já referido, até 80% dos doentes com EM podem ter disfunção do aparelho urinário, incluindo incontinência.

Qual ou quais os tratamentos indicados para a incontinência urinária? Quando os tratamentos de primeira linha “falham” que outra opção pode existir? 

A incontinência urinária associada à EM está geralmente associada a bexiga hiperativa, à qual o tratamento é dirigido. Nessa perspetiva, numa primeira instância é utilizada medicação em comprimidos (existindo duas classes de medicamentos disponíveis). Quando o tratamento inicial e ineficaz, a injeção de toxina botulínica na bexiga ou a implantação de um neuromodulador de raízes sagradas são igualmente tratamentos passíveis de ser utilizados.

Em que consiste a neuromodulação? Tem contraindicações, por exemplo? Quais os cuidados a ter após esta intervenção? 

A neuromodulação de raízes sagradas consiste na implantação de um elétrodo junto às raízes nervosas da cavidade pélvica que é ligado a um gerador de estímulos (semelhante a um pacemaker cardíaco). Desta forma, é possível administrar uma corrente elétrica contínua, de baixa intensidade e imperceptível, modulando e otimizando a condução nervosa a este nível. No contexto da EM não existem contraindicações formais, devendo naturalmente ser feita uma boa escolha dos eventuais candidatos previamente à implantação. A intervenção é realizada sob anestesia local (em dois tempos, um primeiro para a colocação do elétrodo e um segundo para o gerador de estímulos) – o procedimento em si é relativamente rápido e, após a implantação do gerador definitivo, o dispositivo fica alojado na nádega, não exigindo cuidados específicos. De notar que, desde há alguns meses, os elétrodos que implantamos já são compatíveis com a realização de ressonância magnética, o que constitui uma grande vantagem para os doentes com EM que podem necessitar de realizar estes exames periodicamente.

Que resultados se pretendem alcançar com a neuromodulação?

Atendendo a que os doentes com EM para além de bexiga hiperativa têm frequentemente também dificuldade no esvaziamento (nomeadamente micção difícil e esvaziamento incompleto da bexiga), a neuromodulação surge como uma possibilidade para o tratamento simultâneo de ambas as disfunções. O objetivo é reduzir o número de idas à casa-de-banho, redução da sensação de urgência e da incontinência urinária quando presente; por outro lado, permite a melhoria ou normalização do esvaziamento. Nos doentes que tenham incontinência anal é igualmente expectável que ocorra uma melhoria com a neuromodulação sagrada, ao contrário da terapêutica farmacológica e da injeção de toxina botulínica que atuam exclusivamente no aparelho urinário.

Por que motivo ainda há muita dificuldade em abordar a incontinência urinária?  

O estigma associado é ainda um grande obstáculo – existem problemas e doenças sobre os quais as pessoas não gostam de falar, por se sentirem envergonhadas ou diminuídas. Surpreendentemente, os próprios médicos nem sempre questionam o suficiente também. É por isso que batalhamos diariamente pela consciencialização da sociedade para estas questões que devem ser adequadamente diagnosticadas e tratadas.

Para terminar, que mensagem gostaria de deixar no âmbito deste tema? 

Uma mensagem final, sem dúvida, é que a incontinência urinária, incluindo no doente neurológico (com EM ou outra doença de base), tem tratamento. O primeiro passo é reconhecer o problema e procurar ajuda médica diferenciada nesta área. O doente neurológico, porque muitas vezes tem limitações de outra índole, pode cair no erro de relegar este sintoma para um segundo plano, tentando simplesmente aceitá-lo, mesmo que a incontinência fira a sua dignidade e condicione gravemente a sua vida. No entanto, o ganho de qualidade de vida decorrente do tratamento adequado é muito grande e vale a pena envidar todos os esforços nesse sentido.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa da Sociedade Portuguesa de Doenças Infeciosas e Microbiologia Clínica (SPDMIC)
Desde o dia de ontem que os Serviços de Infeciologia das Unidades Locais de Saúde (ULS) podem concorrer a uma Bolsa de Inovação...

A iniciativa propõe incentivar o desenvolvimento de projetos que promovam uma maior articulação entre as diferentes especialidades e níveis de cuidados que acompanham estes doentes, em número cada vez maior ao longo dos anos, com o objetivo de promover a sua vacinação atempada, garantindo os cuidados ajustados às suas necessidades específicas.  

“Tem sido crescente o número de doentes imunocomprometidos a serem seguidos nos cuidados de saúde, com necessidades específicas em termos de vacinação, onde o infeciologista pode ter um papel fundamental, quer no apoio a outras especialidades, quer como gestor do percurso de vacinação destes doentes nas Unidades Locais de Saúde”, refere Joaquim Oliveira, Presidente da Sociedade Portuguesa de Doenças Infeciosas e Microbiologia Clínica.  

“Esta Bolsa de Inovação representa uma oportunidade de otimizar a forma como os cuidados aos doentes imunocomprometidos são planeados e realizados”, afirma Adriana Nascimento, do departamento médico da AstraZeneca. “Ao promover a criação de percursos integrados de imunização, estamos a priorizar soluções que colocam as necessidades dos doentes no centro do sistema de saúde e que oferecem resultados concretos tanto para os doentes como para as instituições”, continua. 

A equipa vencedora será acompanhada num programa exclusivo de consultoria de 60 horas com a nobox, empresa especializada na implementação de projetos de inovação no setor da saúde. A nobox irá trabalhar com esta equipa, apoiando no desenho e estruturação do novo percurso e na sua implementação no terreno.   

“Esta é uma oportunidade única para que as equipas possam trabalhar em novas formas de facilitar a articulação entre as várias especialidades envolvidas nos cuidados a estes doentes (dentro e fora do hospital) e redesenhar por completo a jornada e a experiência do doente imunocomprometido nos cuidados de saúde”, afirma Diogo Silva, médico e cofundador da nobox. “Estamos empenhados em apoiar cada etapa do processo, garantindo que as melhores práticas sejam traduzidas em resultados palpáveis para os doentes e para o sistema de saúde”. 

Os profissionais dos Serviços de Infeciologia ou Doenças Infeciosas das Unidades Locais de Saúde podem candidatar-se até 20 de janeiro de 2025. Para participar, as equipas devem apresentar uma caracterização detalhada da situação atual na imunização dos doentes imunocomprometidos, incluindo a identificação das oportunidades e desafios, bem como a equipa responsável pelo projeto. As candidaturas podem ser submetidas através de um formulário online.

Associações de doentes criam videocast com seis episódios
São ainda muitos os preconceitos associados à esclerose múltipla, uma doença inflamatória crónica e degenerativa que, em...

“O diagnóstico de esclerose múltipla ainda está muito associado a uma sentença de incapacidade e dependência”, confirma Alexandre Silva, presidente da SPEM. “Felizmente, temos tido muitos avanços nos últimos anos e é cada vez mais possível preservar a qualidade de vida. Queremos abordar a realidade de quem vive com esclerose múltipla e eliminar preconceitos. Vamos falar de diferentes esferas da vida, quando se é mais jovem o impacto nos planos para o futuro, numa idade mais avançada os receios associados, e da importância do envolvimento de quem vive com esclerose múltipla na gestão da doença.”

É isso que se propõe fazer o videocast ao longo de seis episódios, partilhados mensalmente até maio, mês em que se assinala o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, e que reúne médicos especialistas e doentes.

Ao longo dos episódios serão abordados temas como a perda cognitiva e as estratégias para lhe dar resposta; a gestão da carga da doença, o impacto da mesma e a depressão; a relação com a fertilidade e o planeamento familiar; consequências do diagnóstico numa pessoa mais velha; a propensão para outras doenças e a forma de as prevenir; os mitos associados à esclerose múltipla e ainda como quebrar o estigma. Os episódios deste videocast vão estar disponíveis em esclerosemultipla.info. O primeiro episódio é dedicado ao tema “O planeamento familiar na Esclerose Múltipla” e conta com a participação de Ana Margarida Lourenço.

A esclerose múltipla, uma doença inflamatória crónica e degenerativa e uma das doenças mais comuns do Sistema Nervoso Central, é a principal causa de incapacidade neurológica nos adultos jovens. A doença surge frequentemente em adultos jovens, com idades entre os 20 e os 40 anos, com maior incidência em mulheres, apesar de nos últimos anos se ter registado um aumento de diagnósticos nas faixas etárias a partir dos 50 anos. Estima-se que em todo o mundo existam cerca de 2.500.000 pessoas com a doença que, em Portugal, afeta cerca de 10.000.

 
Resultados do ‘Inquérito Semestral aos Prazos de Recebimento’ da ANL
Os atrasos nos pagamentos estão na ordem dos 64 dias e representam um constrangimento à prossecução das estratégias...

O inquérito, que contou com uma taxa de resposta representativa de 74% do volume de negócios dos associados da ANL, revela importantes informações sobre os desafios financeiros enfrentados pelos laboratórios convencionados em todo o país, entre janeiro e junho de 2024, assim como o impacto direto que os mesmos têm na sustentabilidade financeira e operacional do setor.

As principais conclusões obtidas neste relatório indicam que o prazo médio de recebimento global é, atualmente, de 64 dias, sendo que 25% dos laboratórios registam atrasos consideráveis. Embora 75% dos laboratórios recebam num prazo inferior a dois meses, existem casos extremos que estão a ameaçar a sustentabilidade financeira do setor convencionado.

No primeiro semestre, o maior prazo médio observado atingiu os 165 dias, com picos até 605 dias (quase 2 anos), o que é alarmante. Quase metade dos laboratórios (45%) chegou mesmo a reportar mais de 120 dias de atraso nos pagamentos.

A análise dos prazos médios de recebimento por entidade revela disparidades significativas, atingindo uma média geral de 66 dias. Contudo, algumas Unidades Locais de Saúde (ULS) destacam-se devido a mais de 90 dias de atraso nos pagamentos, nomeadamente a ULS do Nordeste (146 dias), a ULS do Baixo Alentejo (103 dias) e a ULS da Guarda (98 dias).

Este cenário influencia diretamente os fluxos de caixa, com 35% dos laboratórios a afirmar que os prazos de recebimento têm um impacto significativo ou elevado nas suas finanças, contrastando com apenas 15% que indicam sofrer um impacto ligeiro ou nulo.

Por outro lado mostra que cerca de 50% dos laboratórios associados consideram os prazos praticados no mercado inadequados, apelando para a importância de ser realizada uma revisão das políticas de pagamento em vigor.

E que os problemas não se limitam ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). A ADSE, com prazos médios de 120 dias, empresas de medicina do trabalho e serviços sociais de entidades públicas, como a PSP, também apresentam desafios significativos no cumprimento dos prazos de pagamento.

No geral, as conclusões do inquérito da ANL expressam uma profunda preocupação dos laboratórios clínicos privados no que diz respeito à sustentabilidade financeira do setor, com pequenos laboratórios a enfrentar o risco iminente de rutura devido aos atrasos nos pagamentos. O recurso a soluções como factoring ou outras soluções de cedência dos créditos a instituições financeiras torna-se necessário, acarretando custos financeiros não refletidos nos preços de venda.

De acordo com os laboratórios inquiridos, é urgente rever as políticas de pagamento, de forma a reduzir o prazo para 30 dias, mas também importa rever os preços com base na inflação.

Para a ANL, os resultados do relatório são alarmantes e reforçam a importância de abordar os atrasos nos recebimentos, com o intuito de zelar pela sustentabilidade do setor. Este inquérito será realizado semestralmente, permitindo, assim, acompanhar a evolução dos prazos de recebimento e tomar medidas proativas.

Candidaturas até 31 de dezembro para bolsa de investigação no valor de 15 mil euros
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) e o Lions Portugal ampliaram o prazo de candidaturas à bolsa de 15.000 euros para...

A longa parceria da LPCC com o Lions Portugal tem como objetivo substanciar o apoio ao desenvolvimento da produção científica em oncologia pediátrica, essencial ao sucesso do combate à doença, bem como à qualidade de vida das crianças com cancro.

Para o Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vitor Veloso, todos os esforços são poucos para minimizar o sofrimento de uma criança. “Em Portugal, anualmente, são diagnosticadas cerca de 400 crianças com cancro e este número tende a subir”.

Vitor Veloso acrescentou ainda, “queremos chamar a atenção dos cientistas dos vários centros de investigação oncológica do país e sublinhar a importância desta área de estudo, de forma a potenciar candidaturas e projetos que contribuam para o aumento da qualidade de vida das crianças doentes e para o sucesso dos tratamentos oncológicos pediátricos”.

Podem candidatar-se à bolsa de investigação em cancro infantil da LPCC e do Lions Portugal, todos os licenciados que apresentem um projeto de investigação médica ou social em oncologia pediátrica, a desenvolver no âmbito de uma equipa de investigação reconhecida pela LPCC. Esta equipa deverá integrar pelo menos um médico, preferencialmente como investigador principal ou orientador do projeto. 

Dados da 9.ª edição do estudo
Os resultados da 9ª edição do Benchmarking Saúde, estudo de análise da eficiência logística e níveis de serviço deste setor,...

Este estudo de mercado, realizado desde 2016, espelha as perspetivas do mercado e avalia, de forma bidirecional, a satisfação com o serviço logístico e a relação comercial entre os vários canais: parafarmácia de retalho, armazenistas, farmácias, grupos de farmácias e laboratórios. 

“Pretende-se que este estudo seja utilizado como uma ferramenta para reportar e analisar o posicionamento de cada participante, os pontos fortes e a melhorar e, ainda, como ponto de comparação com a concorrência”, explicou Cátia Gouveia, Gestora de Estudos da GS1 Portugal. 

Nesta edição participaram mais de 500 interlocutores: 20 laboratórios, quatro parafarmácias de retalho, oito armazenistas, incluindo ilhas pela primeira vez, 467 farmácias e 13 grupos de farmácias. 

Com base nos questionários e entrevistas realizados a cada um dos interlocutores, o estudo identificou sete grandes tendências no setor: eficiência logística; colaboração; experiência do consumidor; sustentabilidade; transição digital; diferenciação de serviços; e proposta de valor e monitorização do negócio.

“Os resultados do Benchmarking Saúde são essenciais para a definição de linhas de melhoria e evolução por parceiro de negócio”, afirma João de Castro Guimarães, Diretor-Executivo da GS1 Portugal. “Através da comparação dos resultados com a concorrência e com base nas tendências identificadas, cada participante pode definir objetivos para se tornar mais eficiente e melhorar o seu desempenho. Este é o principal propósito da GS1 Portugal em promover este estudo: promover a melhoria contínua como condição de eficiência logística e de nível de serviço no setor da saúde”, acrescenta.

 
Dados do primeiro Barómetro de Inovação Clínica
A consultora global de negócio e tecnologia NTT DATA, acaba de apresentar o primeiro Barómetro de Inovação Clínica, para...

Formação e digitalização concentram prioridades de investimento

A análise conduzida pela NTT DATA revela que as prioridades estratégicas mais relevantes para os CIC são a Capacitação das Equipas (77%) e a Desmaterialização de Processos (71%). Em consonância, as áreas que reúnem o maior investimento financeiro e não financeiro são também a Capacitação das Equipas (71%) e a Desmaterialização de Processos (60%), evidenciando um alinhamento entre objetivos e investimento.

CIC reconhecem autonomia elevada na estratégia e definição de KPIs. Baixa em matéria de contratação e incentivos

A maioria dos CIC (68%) considera ter uma autonomia elevada ou total no que respeita à definição da estratégia e à definição de indicadores de desempenho. No entanto, tal não se verifica na contratação de recursos humanos e na atribuição de incentivos aos profissionais, domínio nos quais a autonomia é considerada reduzida (91%). 83% dos inquiridos defendem que o tempo protegido para investigação é uma prioridade urgente, mas esta dimensão encontra entraves financeiros e operacionais, o que dificulta a criação de condições adequadas para atrair e reter talento nos Centros. Aprofundando o tema da autonomia, o Barómetro revela que 40% das entidades não está confiante de que o novo enquadramento legal dos CIC - Despacho n.º 1739/2024, de 14 de fevereiro – venha a ter impacto no grau de autonomia das instituições.

Elevada cooperação com a Indústria Farmacêutica. Reduzida colaboração com Associações de Doentes

O Barómetro evidência igualmente o reconhecimento de um elevado nível de cooperação dos CIC com a Indústria Farmacêutica - 83% – ao passo que o nível de colaboração com as Associações de Doentes é considerado reduzido pela grande maioria das entidades (86%).

Transformação Digital ‘em estágio’ avançado

A transformação digital é um dos pontos positivos revelados pelo Barómetro, na medida em que 42% dos CIC avalia o seu nível de digitalização como elevado ou muito elevado. Por sua vez, 29% consideram o seu nível de digitalização como baixo ou muito baixo. Quando questionados sobre as prioridades tecnológicas, os inquiridos destacam a necessidade de Plataformas de Gestão dos Processos de Ensaios Clínicos (68%) e a Integração dos Sistemas a nível local (62%).

De acordo com Patricia Calado, Head of Clinical Innovation da NTT DATA Portugal, “o Barómetro de Inovação Clínica permite-nos caracterizar com bastante exatidão a perspetiva dos Centros de Investigação Clínica em Portugal, graças ao elevado número de entidades respondentes, o que nos permite identificar as oportunidades e desafios estruturais da atividade. Fica evidente que o desenvolvimento de competências e a digitalização de processos é uma prioridade, que a cooperação dos CIC com a Indústria Farmacêutica é muito próxima, mas residem ainda desafios do ponto de vista de reconhecimento das instituições, da autonomia operacional e no grau de colaboração com Associações de Doentes. Esperamos que este exercício contribua para desenvolver a atividade dos Centros de Investigação Clínica em Portugal, e que as próximas edições do Barómetro revelem essa evolução. Esta é uma indústria com elevado potencial, que pode contribuir tanto para o desenvolvimento económico, como para a melhoria dos cuidados de saúde da população.”

Barómetro de Inovação Clínica resulta da consulta de 35 instituições

O Barómetro de Inovação Clínica inquiriu a totalidade das ULS – Unidades Locais de Saúde (39) e IPOs (3) do país, bem como quatro grupos privados de saúde, durante os meses de setembro e outubro de 2024, tendo obtido o contributo de 35 entidades. A análise incidiu em quatro dimensões-chave dos Centros de Inovação Clínica: Estratégia e Reconhecimento, Capacidade e Autonomia, Desenvolvimento de Carreiras e Transformação Digital.

O Barómetro foi apresentado durante a atribuição dos Prémios Inovação em Saúde – Todos pela Sustentabilidade, que é uma iniciativa conjunta da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, da Sanofi e da NTT DATA, que teve lugar na aula magna da FMUL.

Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla | 4 de dezembro
Um artigo científico publicado recentemente na revista científica Cell evidencia os resultados promi

A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune, com impacto significativo na vida dos doentes. É caracterizada pela destruição da bainha de mielina (o revestimento das células do sistema nervoso), causada por uma resposta desequilibrada do sistema imunitário do próprio doente. Esta neurodegeneração impossibilita a comunicação adequada entre o cérebro e o corpo, levando à disfunção neurológica e incapacidade permanente.

A maioria dos casos é diagnosticada entre os 20 e os 50 anos de idade, sendo mais frequente em mulheres. Estima-se que a esclerose múltipla afete 2,5 milhões de pessoas no mundo e mais de 5 mil em Portugal1.

Assinala-se, anualmente, a 4 de dezembro, o Dia Nacional do Doente com Esclerose Múltipla.

De três estudos destacados na referida publicação científica, um refere-se a um ensaio clínico de fase 1, em que foram incluídos 26 doentes, que receberam células estaminais mesenquimais por via intravenosa. Os doentes foram acompanhados durante seis meses, não se tendo verificado efeitos adversos relevantes nem atividade da doença nesse período.

Num segundo ensaio clínico de fase 1/2, 20 doentes foram acompanhados durante 10 anos após a administração das células estaminais mesenquimais, tanto por via intravenosa como por via intratecal (diretamente no fluido espinal). Além de não se terem registado efeitos adversos relevantes, houve alguma reversão da incapacidade, com melhorias na condição global dos doentes.

No terceiro estudo, 20 doentes receberam entre 2 a 5 infusões de progenitores neurais derivados de células estaminais mesenquimais por via intratecal. Durante os 7 anos que se seguiram foi realizado o seu acompanhamento e não se verificou progressão da doença, tendo em alguns doentes sido registadas melhorias na escala de incapacidade. Nos vários ensaios clínicos realizados, verificou-se que as infusões de células estaminais mesenquimais não causaram efeitos adversos relevantes (apenas febre transitória, dores de cabeça ou cansaço).

Apesar da grande evolução da medicina verificada nas últimas décadas, a esclerose múltipla não tem cura. “Os tratamentos disponíveis atualmente apenas atrasam a progressão da doença, além de apresentarem efeitos secundários significativos. Existe, por isso, a necessidade de identificar novas abordagens terapêuticas, mais seguras e eficazes.”, referiu Solange Craveiro, Técnica Superior de Laboratório da Crioestaminal.

“Dada a sua capacidade de autorrenovação, potencial de diferenciação em vários tipos celulares, o facto de não desencadearem resposta imunitária relevante e o seu efeito anti-inflamatório e regulador sobre o sistema imunitário, as células estaminais mesenquimais apresentam-se como uma potencial alternativa no tratamento de diversas doenças autoimunes, como a esclerose múltipla.”, conclui.

 
Referências:
2 Dadfar, S. et al. (2024). The Role of Mesenchymal Stem Cells in Modulating Adaptive Immune Responses in Multiple Sclerosis, Cells, 13, 1556. https://doi.org/10.3390/cells13181556
Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Será uma ferramenta indispensável no planeamento de espaços verdes urbanos”
“Os espaços verdes urbanos são uma estrutura fundamental, contribuindo para a sustentabilidade das cidades e para a saúde e...

Segundo a presidente da SPAIC, no estudo do impacto dos espaços verdes na saúde dos indivíduos, bem como no planeamento e gestão destes sistemas naturais, surge a necessidade de considerar a existência de plantas alergénicas que podem conduzir, ou agravar, doenças respiratórias na população.

O “Guia Prático para o Planeamento de Espaços Verdes Urbanos com Baixo Impacto Alergénico”, elaborado pelo Grupo de Interesse de Aerobiologia da SPAIC, “destina-se a imunoalergologistas e a profissionais, decisores e autoridades públicas envolvidos no desenvolvimento urbano, gestão ambiental e políticas de saúde pública, bem como a todos os cidadãos que frequentam estes espaços e estão preocupados com a qualidade do ambiente urbano”, sublinha Ana Morête.

Este documento, único no nosso país, representa uma “enorme mais-valia, resultante do esforço de diferentes profissionais de saúde que se dedicam ao estudo da patologia alérgica e que certamente se tornará numa ferramenta indispensável no planeamento de espaços verdes urbanos, numa perspetiva integrada”.

Tratamento inovador minimiza efeitos secundários
Realizou-se no Trofa Saúde Braga Centro, pelo Dr. António Pedro Carvalho, médico Urologista, o primeiro procedimento HIFU...

Este tratamento de última geração, que, no norte do país, apenas está disponível na rede de hospitais Trofa Saúde, pode ser a solução mais eficaz para muitos homens que sofrem com a doença. É uma cirurgia robótica de alta precisão que permite tratar a próstata na sua totalidade, apenas uma parte, ou só o nódulo maligno, preservando, desta forma, a próstata saudável.

O cancro da próstata é uma das neoplasias mais comuns entre os homens em Portugal, sendo a segunda causa de morte por cancro no país. A sua prevalência tem vindo a aumentar devido ao envelhecimento da população e à melhoria na deteção precoce através de exames como o Antigénio Específico da Próstata (PSA) e o toque retal. Os sintomas iniciais podem nem existir ou ser discretos, como dificuldades a urinar, jato interrompido, urinar muitas vezes ou levantar-se durante a noite para urinar. A doença, normalmente, exige tratamentos que variam desde vigilância ativa até cirurgias ou terapêuticas hormonais.

O tratamento com High Intensity Focused Ultrasound (HIFU) para o cancro de próstata é "uma abordagem inovadora e minimamente invasiva que utiliza ultrassons, como se fosse uma ecografia, de alta intensidade para destruir as células cancerígenas. Este método tem ganho destaque devido à sua capacidade de direcionar energia de forma precisa, concentrando-se apenas na próstata e minimizando os danos nos tecidos circundantes. Ao ser realizado com recurso a um robô, assegura-se grande precisão no tratamento".

De acordo com o comunicado do Trofa Saúde Braga Centro, o HIFU funciona através da focalização ultrassons num ponto específico dentro da próstata. "Quando a energia é concentrada, ocorre um aumento significativo da temperatura, resultando na coagulação do tecido e morte celular. Esse processo é monitorizado em tempo real, permitindo ajustes durante a aplicação para maximizar a eficácia do tratamento e minimizar os efeitos laterais".

Este procedimento está indicado para doentes com cancro da próstata localizado e em estadio inicial da doença. É ainda uma opção para quem procura uma alternativa aos tratamentos tradicionais, como a cirurgia ou a radioterapia, especialmente no caso de recidivas depois desses procedimentos.

Ministra da Saúde e Ministro da Presidência marcam presença
A Fresenius Kabi realiza, no próximo dia 4 de dezembro, em Santiago de Besteiros, Tondela, a Conferência dos 25 anos da empresa...

“O papel da Indústria Farmacêutica nacional no contexto da estratégia para os medicamentos críticos” será o tema em discussão, num painel constituído por membros da Comissão Europeia, concretamente da Health Emergency Preparedness and Response (HERA), representada por Pierre François Baulieu, um membro da European Medicines Agency (EMA), Mónica Dias, Head of supply and availability of medicines and device, pelo Diretor-Geral da Medicines for Europe, Adrian van den Hoven, pelo Vice-President Governmental Affairs & Public Policy da Fresenius SE, David Jauch, e pelo Infarmed, representado pelo Coronel António Penha Gonçalves, consultor das áreas de industrialização e reservas estratégicas.

A cerimónia termina com a visita inaugural à expansão da Unidade de Produção de Penicilinas.

A expansão desta Unidade, equipada com duas linhas de produção e cerca de 6000m2, representa um investimento de mais de 20 milhões, aprovado em plena pandemia, e que resulta no aumento da capacidade produtiva.

O complexo industrial de produção de medicamentos da Fresenius Kabi é o maior do país, localizado no interior (centro), em Santiago de Besteiros. Conta com mais de 850 colaboradores, constituindo-se como um importante motor de desenvolvimento local e nacional, com produção de um portefólio alargado de medicamentos essenciais para o SNS, contribuindo para a autonomia nacional da produção de medicamentos.

A Fresenius Kabi é um dos maiores exportadores de medicamentos fabricados em Portugal, para mercados em mais de 70 países, especialmente Europa, Canada, Austrália, América Latina e Ásia e um dos maiores fornecedores de medicamentos hospitalares em Portugal. Comercializa cerca de 25% de todas as moléculas que constam da Union List of Critical Medicines da União Europeia.

“É com grande satisfação e orgulho que vamos celebrar os 25 anos da Fresenius Kabi em Portugal. Este marco representa não apenas a nossa história, mas também o impacto que temos produzido no setor da saúde em Portugal e além-fronteiras”, reitera o Diretor-Geral da Fresenius Kabi Portugal, Glenn Luis.

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