Esta revista pretende ser um veículo de informação e de promoção da literacia em saúde
A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) acaba de lançar a primeira edição da Revista Portuguesa de Literacia em...

“Esta revista, propriedade da SPLS num projeto vanguardista, consciencioso e comprometido com o bem comum, bem-estar individual e social, educação em saúde, promoção da saúde e longevidade com saúde, compromete-se a abordar tópicos que envolvam a literacia em saúde, como práticas, desafios, resultados e contributos”, explica a diretora e coordenadora científica do projeto, Célia Belim. "É uma revista que prima pela interdisciplinaridade, acolhendo as relações entre a literacia em saúde como campo de estudos com outras ciências, como as ciências médicas, as ciências da comunicação, as ciências da educação”. 

Neste primeiro número, a revista foca-se em diversos assuntos, problemas, desafios e soluções ligados à literacia em saúde, privilegiando a linha de vida da pessoa. Inclui, por exemplo, artigos focados na infância, idade adulta e velhice. A revista é composta por seis artigos científicos e uma entrevista a Cristina Vaz de Almeida, presidente da SPLS. 

Alguns dos mais importantes objetivos desta revista passam pelo empoderamento do cidadão e promoção da educação em saúde. “A RPLS avalia que o empoderamento do cidadão através da literacia em saúde é fundamental para o fortalecimento da saúde pública, permitindo que as pessoas tomem decisões informadas sobre a sua saúde”, continua Célia Belim. Além disso, “procura também assumir-se como uma fonte de conhecimento e recursos que contribuam para a promoção da educação em saúde, auxiliando na melhoria da qualidade de vida da população”. 

"A literacia em saúde é mais do que um conceito, é um direito. Acreditamos que todos devem ter a oportunidade de compreender mais sobre a sua saúde e tomar decisões informadas. Esta revista é um veículo para promover a equidade em saúde, tornando a informação acessível a todos e contribuindo para uma comunidade mais saudável e informada", conclui a presidente da SPLS, Cristina Vaz de Almeida. 

A Revista Portuguesa de Literacia em Saúde (RPLS) pode ser lida aqui

 

6 de novembro
A Joaquim Chaves Saúde irá realizar, no dia 16 de novembro, uma reunião clínica dedicada ao tema da prática laboratorial. O...

Este evento é direcionado a profissionais da área da saúde, incluindo médicos, enfermeiros, farmacêuticos e a todos aqueles que procuram adquirir conhecimento atualizado sobre o estado da arte no apoio à Clínica.

Inserida nas CORE Sessions, esta iniciativa faz parte de um ciclo de eventos científicos para partilha de conhecimento, conduzidos por profissionais de saúde da Joaquim Chaves Saúde, realizados no Auditório do Edifício CORE, a sede do Grupo. É, ainda, possível assistir à sessão através de emissão livestream.

Com início às 14h00, a reunião conta com sessão de abertura por parte de Carlos Cardoso, diretor técnico do Laboratório Dr. Joaquim Chaves, e com a intervenção de vários especialistas da área para debater temas como as vantagens e aplicações da biópsia líquida ou o contributo da Microbiologia e da Biologia Molecular para as doenças infeciosas transmitidas por via sexual.

A inscrição no evento poderá ser feita através do link: À tarde com o laboratório

 

Ablação de Fibrilhação Auricular e Implantação de Cardiodesfibrilhador
A Lusíadas Saúde acaba de dar um passo importante nos cuidados de saúde em Cardiologia na região do Algarve, ao dotar o...

Um dos novos serviços que o Hospital Lusíadas Albufeira passa a assegurar, a partir de hoje, é a realização da Ablação de Fibrilhação Auricular, intervenção clínica até então inexistente na região algarvia. A fibrilhação auricular é um tipo de arritmia fortemente associada a acidentes vasculares cerebrais e insuficiência cardíaca. Entre as suas opções de tratamento está a ablação, um procedimento invasivo que permite tratar, de forma mais eficaz, doentes com fibrilhação auricular que demonstrem resistência à terapia convencional. Graças a este novo serviço assegurado a partir de agora no hospital, a população algarvia passa a ter acesso a um dos tratamentos mais avançados na área da Cardiologia, sem necessidade de se deslocarem a Lisboa para proceder à sua realização.

O outro novo serviço é a introdução da Implantação de Cardiodesfibrilhador, intervenção cujo principal objetivo é a prevenção da morte súbita em doentes com disfunção ventricular esquerda grave, graças à implantação de um Cardioversor Desfibrilador Implantável (CDI), dispositivo que permite monitorizar e regular o ritmo cardíaco, possibilitando um avanço muito significativo no tratamento de situações cardíacas críticas.

As duas novas intervenções asseguradas pelo Hospital Lusíadas Albufeira contam com o apoio de uma equipa de profissionais de saúde altamente qualificada, liderada pelos cardiologistas João de Sousa e Afonso Nunes Ferreira, e que integra médicos, técnicos e enfermeiros de Lisboa e do Algarve, que asseguram a excelência e a segurança dos referidos procedimentos.

O Grupo Lusíadas Saúde pretende, através desta aposta na área de Cardiologia da unidade de Albufeira, reforçar o seu compromisso em fortalecer a capacidade de atendimento na região do Algarve, com planos para o desenvolvimento e formação de médicos locais no futuro, em colaboração com especialistas médicos em aritmologia de intervenção dos Hospitais Lusíadas em Lisboa e Amadora.

“Estas novas intervenções médicas vêm reforçar a nossa oferta de serviços de saúde na área da Cardiologia e contribuir para o nível de excelência que o Hospital Lusíadas Albufeira já conquistou no concelho e na região Sul enquanto unidade de referência. São dois procedimentos médicos que farão toda a diferença para os doentes que deles necessitam, evitando uma deslocação obrigatória a Lisboa e permitindo uma intervenção mais rápida, imediata e eficaz”, refere Pedro Oliveira, Administrador das Unidades Sul do Grupo Lusíadas Saúde.

Inaugurado em 2012, o Hospital Lusíadas Albufeira assume o compromisso na busca da melhoria contínua dos seus processos e procedimentos. Antes desta atualização da sua oferta, a unidade algarvia foi também responsável, em maio deste ano, pela aquisição de um equipamento da nova geração de ressonância magnética, pioneiro no mundo, que combina Inteligência Artificial com Deep Learning, permite um diagnóstico ainda mais rápido e com maior precisão e obtém, com tempos de aquisição mais reduzidos, uma imagem de qualidade superior e com melhor resolução de contraste.

COVID-19, gripe e vírus sincicial respiratório dispararam idas às urgências no Inverno passado
Com aproximação do Inverno, estão a aumentar as preocupações relativamente ao impacto que a “tripla epidemia”, causada pela...

As infeções respiratórias constituem as formas de doença aguda mais frequentes ao longo das nossas vidas. Apesar da sua maioria ser autolimitada, algumas infeções podem ter uma evolução mais grave, com necessidade de cuidados diferenciados, conduzindo a sequelas ou mesmo à morte. Desde o início da pandemia COVID-19, em 2020, estima-se que mais de 6.6 milhões de pessoas tenham perdido a vida devido à doença, com cerca de 650 milhões de casos confirmados. Antes deste período, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, calcula-se que a gripe sazonal tenha causado 290 mil a 650 mil mortes por ano, com 3 a 5 milhões de casos/ano em todo o mundo3. No que diz respeito ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), estima-se que em 2019, na Europa, o VSR foi responsável por mais de 3 milhões de casos de insuficiência respiratória aguda, cerca de 274 mil hospitalizações e cerca de 20 mil mortes em contexto hospitalar.

“As infeções respiratórias típicas do Inverno no hemisfério norte são por vezes desvalorizadas pela população, por serem relativamente comuns, o que é um erro na medida em que nos indivíduos mais debilitados pela idade ou por doença crónica, podem ser muito graves e mesmo fatais. Neste período, é fundamental implementar medidas de proteção individuais e de grupo como a etiqueta respiratória, as máscaras quando necessário e a prevenção através da vacinação, sempre que possível”, defende o Professor Carlos Robalo Cordeiro, Médico Pneumologista.

Os vírus responsáveis por esta “tripla epidemia” transmitem-se de formas semelhantes, como a inalação de gotículas provenientes da tosse ou dos espirros de uma pessoa infetada ou pelo contacto direto com as secreções nasais desta. Ainda assim, existem algumas diferenças significativas, que levam à necessidade de diferentes cuidados. COVID-19, por exemplo, transmite-se principalmente através da transmissão de gotículas, enquanto o VSR espalha-se facilmente, incluindo através das superfícies.

A gripe é uma infeção aguda do sistema respiratório provocada pelo vírus da influenza, que tem um grande potencial de transmissão. Afeta a população portuguesa todos os invernos e pode originar complicações que levam ao internamento hospitalar, especialmente no caso de portadores de doenças crónicas e pessoas com mais de 65 anos. Existem três tipos de vírus da gripe: A, B e C, sendo que o primeiro causa a maioria dos casos (mais de 70%).

O VSR, por sua vez, é um vírus contagioso comum. Afeta todas as idades, mas os adultos com ≥60 anos e comorbilidades pré-existentes apresentam um maior risco de complicações graves. Pode exacerbar doenças, incluindo a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), a asma, a insuficiência cardíaca e a diabetes, e pode levar a consequências graves, como pneumonia, hospitalização e morte. 

Novo programa tem objetivo de aumentar a deteção precoce do Mesotelioma Pleural Maligno
A Fundação Champalimaud lançou o programa de diagnóstico precoce do Mesotelioma Pleural Maligno (MPM) por exposição ocupacional...

O novo programa tem como objetivo aumentar a deteção do MPM, concentrando-se nos trabalhadores das Fábricas de Fibrocimento em Portugal que foram expostos ao amianto desde a década de 60 do século XX, abrangendo, para já, um total de cerca de 200 pessoas já identificadas pela SOS Amianto.

O MPM é um tipo de tumor maligno da pleura associado à exposição contínua ao amianto com sintomas não específicos, tendo por isso um diagnóstico difícil. O diagnóstico precoce é, por isso, crucial para aumentar as probabilidades de tratamento bem-sucedido. Os sintomas mais comuns, como falta de ar, dor no peito, perda de peso e fadiga, geralmente só aparecem em fases avançadas da doença, o que pode levar à confusão com outras doenças do trato respiratório.

A mortalidade desta doença é muito elevada a nível mundial, sendo cerca de 92.500 casos por ano. De acordo com Jorge Cruz, cirurgião da Unidade de Pulmão da Fundação Champalimaud que está a liderar este Programa, “atualmente Portugal regista apenas cerca de 38 casos registados por ano de MPM, devido à falta de diagnóstico, um valor manifestamente abaixo de outros países ocidentais”.

“Para melhorar a resposta no tratamento desta doença é necessário criar uma estratégia de diagnóstico precoce e desenvolver as estratégias terapêuticas, nomeadamente a cirurgia”, acrescenta.

Apesar de o MPM já estar incluído na lista das doenças profissionais em Portugal, apenas 3% dos casos são notificados, uma vez que a comunicação como doença profissional não é obrigatória. Com a proibição da produção de materiais com amianto na Comunidade Europeia em 2005, prevê-se que o pico desta doença ocorra entre 2020 e 2040.

O Programa de Diagnóstico Precoce do MPM da Fundação Champalimaud utilizará uma abordagem inovadora, o método de análise de metabolitos voláteis no ar exalado da respiração. Trata-se de um método não invasivo realizado apenas com recurso ao sopro. Será depois complementado com uma TAC torácica de baixa dose. Esta abordagem não invasiva permitirá identificar padrões de compostos voláteis orgânicos que podem corresponder a perfis típicos da doença, tornando o rastreio possível e o diagnóstico mais preciso e acessível.

Neste momento, não existe um protocolo de diagnóstico precoce do MPM em Portugal pelo que a Fundação Champalimaud irá iniciar um estudo prospetivo pioneiro, representando um passo importante na melhoria da deteção e tratamento desta doença.

Expo One Health 2023 decorre de 2 a 4 de novembro
Fazer a diferença está de facto ao alcance de todos e esse é o ponto de partida para a Expo One Health 2023, organizada pelo...

Este evento pretende, assim, sublinhar a relevância do conceito e da abordagem One Health – Uma Saúde, e os impactos que têm na vida quotidiana de todos nós, comunicando ciência através de demonstrações práticas, destinadas a todos os públicos e de entrada livre.

“Procuramos com este formato mostrar que a nossa saúde, a dos animais, a das plantas e a do ambiente estão interligadas e dependem de todos nós. Não há saúde humana nem animal com um ambiente doente. Todos podemos e devemos contribuir para proteger a saúde do planeta”, realça o responsável pela organização, professor do ICBAS e coordenador do Gabinete One Health, Adriano Bordalo e Sá.

Entre os dias 2 e 4 de novembro, os visitantes terão oportunidade de realizar atividades muito diversas, como “provar produtos alimentares de origem alternativa, como algas e insetos, do Continente Food Lab; ter contacto com cães de assistência da Associação ÂNIMAS capazes de melhorar o bem-estar de pessoas portadoras de deficiência; observar de perto insetos que podem transmitir doenças a outros animais e até conhecer como funciona um aparelho pasteurizador”, avança Adriano Bordalo e Sá, para além de interagir com especialistas em várias áreas do Ambiente, Medicina e Medicina Veterinária.

No Dia Internacional One Health, que se assinala a 3 de novembro, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, vai marcar presença com uma intervenção destinada à temática da “Transição climática e seus efeitos na promoção da saúde humana, animal e ambiental – a estratégia do Município do Porto”. O Município do Porto estabeleceu com diferentes parceiros o Pacto do Porto para o Clima, antecipando para 2030 a neutralidade carbónica da cidade. Para concretizar esta ambiciosa meta, tem vindo a ser desenvolvida uma estratégia municipal não só de mitigação dos efeitos das alterações climáticas, mas também de promoção da sustentabilidade e qualidade ambiental da cidade. Estratégia, essa, que tem reflexos na saúde humana, animal e ambiental, corroborando o conceito “One Health” que ICBAS preconiza.

O programa conta ainda com sessões onde a abordagem One Health será exposta a partir de diferentes pontos de vista. No dia 2, destacam-se a sessão “Diversidade em

Saúde”, pela Fundação Aga Khan, e “Gente Bonita come fruta feia”, pelo Projeto Fruta Feia. No dia 3, conta com a inauguração da exposição de fotografia “Ruralidades”, do veterinário e fotógrafo Jorge Bacelar e ainda o seminário “Rumo à Uma Saúde em sistemas socio ecológicos”, pelo investigador do Swiss Tropical and Public Health Institute, Jakob Zinsstag. No último dia, a Associação de Estudantes do ICBAS organiza o debate “Ativismo Juvenil pela Justiça Ambiental” e a Associação Médicos do Mundo sobe ao palco para uma sessão dedicada às “Migrações e Saúde”.

Para Henrique Cyrne Carvalho, diretor do ICBAS, este é mais um passo importante para a afirmação do conceito na academia e na cidade: “o trabalho que temos desenvolvido, desde 2018, começa agora a dar frutos e a sair dos bastidores. Conseguimos juntar-nos a parceiros fundamentais que vêm dar força a esta proposta, como a Câmara Municipal do Porto. Por isso a Expo One Health marca um ponto de viragem: uma escola aberta a todos, de proximidade, unida para promover a aplicação do conceito, não só numa perspetiva profissionalizante, mas também numa perspetiva quotidiana e ao alcance de todos”.

Fazer a diferença está de facto ao alcance de todos e esse é o ponto de partida para a Expo One Health 2023. A não perder, no ICBAS, dias 2 e 3 de novembro entre as 12h00 e as 18h00 e dia 4, das 11h00 às 19h00 (entrada pela Rua Dom Manuel II, pelo CICA – Hospital de Santo António, ou pela Rua Jorge Viterbo Ferreira, junto ao Palácio de Cristal).

Investigação liderada pela Universidade de Coimbra
Ainda que seja conhecida a relação entre alergias severas e perturbação de hiperatividade e défice de atenção (PHDA),...

Esta descoberta vem fornecer novas evidências sobre os mecanismos de neurodesenvolvimento, ao identificar este momento crítico de desenvolvimento do cerebelo. Vem, igualmente, alertar para a necessidade de um desenvolvimento saudável do sistema imune e para a forma como alterações a este nível podem ter impactos no cérebro.

O artigo científico IL-4 shapes microglia-dependent pruning of the cerebellum during postnatal development, publicado na NEURON, prestigiada revista da área das neurociências, teve como objetivo principal “estudar a interação da resposta alérgica no cerebelo, que é uma região que se desenvolve essencialmente no período pós-natal”, explica o líder do Grupo de Investigação em Circuitos Neuronais e Comportamento do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC), João Peça. “Sabemos que existem células do sistema imune no cérebro e que estas respondem a mensagens e ʽinstruçõesʼ da periferia, mas percebemos muito pouco sobre esta relação nos períodos críticos após o nascimento”, contextualiza o também docente do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (DCV/FCTUC).

Na fase após o nascimento, “em condições normais, o cerebelo em desenvolvimento necessita de ʽcrescerʼ, mas também de ser ʽpodadoʼ, dando-se a eliminação de neurónios excedentários por células chamadas microglia”, explica João Peça. “Num processo de resposta alérgica severa, a microglia não desempenha esta ʽpodaʼ de forma eficiente, o que resulta na sobrevivência dos neurónios em excesso, que perturbam o bom funcionamento do cerebelo”, acrescenta. Neste trabalho em modelos animais, a equipa de investigação conseguiu ainda observar que quando não acontece esta ʽpodaʼ, “decorrem alterações no funcionamento dos circuitos do cerebelo, hiperlocomoção e hiperatividade, características associadas à PHDA”, avança o investigador do CNC-UC.

Sobre futuras pesquisas nesta linha de investigação, João Peça sublinha a importância de “perceber em maior detalhe por que motivo o cerebelo é particularmente afetado nestes processos, assim como a janela crítica do momento da ʽpodaʼ, uma vez que se o estímulo alérgico surgir numa fase mais tardia do desenvolvimento já não aparecem alterações neurocomportamentais”. 

Neste momento, o Grupo de Investigação em Circuitos Neuronais e Comportamento do CNC-UC está a investigar também como é que o cerebelo regula a libertação de dopamina no contexto da PHDA, uma vez que “a compreensão desse circuito e neurotransmissor poderá ajudar a perceber melhor esta perturbação”, avança o investigador. A PHDA resulta em dificuldades de aprendizagem e comportamento impulsivo, afetando, sobretudo, crianças entre os 6 e os 12 anos de idade, podendo ter impactos até à idade adulta. 

A investigação foi liderada pelos cientistas da Universidade de Coimbra João Peça, Joana Guedes, Ana Luísa Cardoso e Pedro Ferreira. Contou ainda com a participação de outros investigadores da UC, como também da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz e da Universidade de Manchester.


Os investigadores João Peça, Joana Guedes, Ana Luísa Cardoso e Pedro Ferreira

O artigo científico e a lista completa de autores estão disponíveis em  https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0896627323007183.

O que precisa saber
Também conhecida como cefaleia suicida, a cefaleia em salvas é, de acordo com a MiGRA Portugal – Ass

Afetando sobretudo o sexo masculino, estima-se que a cefaleia em salvas atinja três em cada 1000 pessoas, o que faz desta um tipo de cefaleia rara. E embora as suas causas permaneçam desconhecidas, alguns estudos demonstram que é mais frequente entre os fumadores, existindo ainda uma certa predisposição genética para o seu desenvolvimento, já que é frequente atingir várias pessoas da mesma família.

O seu pico de incidência situa-se entre os 20 e os 40 anos de idade e os surtos estão muitas vezes associados a fatores desencadeantes, como o consumo de álcool, tabaco e alguns medicamentos. As alterações dos padrões do sono também parecem influenciar o seu desenvolvimento.

Principais características

De acordo com MiGRA Portugal – Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias, as cefaleias em salvas apresentam-se em ciclos que, na maioria dos doentes, podem durar entre um a três meses, sendo mais comuns na primavera e outono.

No entanto, 20% dos doentes apresentam cefaleias em salva crónicas, apresentando ciclos contínuos sem intervalos livres de crises.

Durante estes ciclos os doentes sentem várias crises por dia, cada uma com uma duração que pode ir de 15 minutos a três horas. 

As crises são mais frequentes durante a noite e madrugada e, habitualmente, repetem-se sempre no mesmo horário e com aproximadamente a mesma duração todos os dias.

Durante as crises de cefaleias em salva, os doentes ficam muito agitados e completamente incapacitados de realizar qualquer tarefa.

Sintomas

  • Dor intensa e unilateral, localizada sobre o olho e/ou têmpora;
  • Olho vermelho ou lacrimejante do lado da dor;
  • Pálpebra descaída;
  • Congestão nasal;
  • Agitação.

Diagnóstico

O diagnóstico da cefaleia em salvas baseia-se essencialmente no padrão típico dos sintomas e na história do doente.

Em alguns casos, o médico pode pedir alguns exames para exclusão de patologia intracraniana

Tratamento

Ao contrário do que acontece com outro tipo de cefaleia, na cefaleia em salvas os analgésicos e anti-inflamatórios são pouco eficazes. Segundo a MiGRA Portugal, o seu tratamento “é usualmente feito com recurso a triptados ou oxigénio de alto débito”.

A estimulação não invasiva do nervo vago é outra das opções terapêuticas para tratar as crises.

Em matéria de terapêutica preventiva, a prednisona, ou o bloqueio do nervo occipital maior (com um anestésico local e um corticosteroide) pode ajudar a evitar as crises recorrentes. A longo prazo podem ser administrados medicamentos indicados para enxaqueca.

Em que casos a dor de cabeça pode ser um sinal de alerta?

O acompanhamento por um médico e instituição de medicação adequada é recomendável sempre que as cefaleias impactem de forma negativa na vida quotidiana do doente.

Segundo a MiGRA Portugal, “sempre que se sente uma cefaleia intensa com características diferentes das que estamos habituados ou um aumento da frequência com que temos cefaleias devemos procurar aconselhamento médico”.

O recurso ao aconselhamento médico é muito importante, quer para despistar a existência de alguma outra patologia associada às cefaleias (nas cefaleias secundárias), como para diagnosticar as cefaleias primárias e implementar a terapêutica adequada.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
31º Congresso Mundial da ISHRS
Graças ao seu investimento anual de 2 milhões de euros em todas as áreas relacionadas com a investigação e tecnologia biomédica...

Considerado o principal fórum mundial dedicado à restauração capilar, o encontro contará com a presença de Carlos Portinha, o Diretor Clínico da Insparya com formação especializada em Transplante Capilar FUE pela International Society of Hair Restoration Surgery (ISHRS), da qual é membro, bem como pela EHRS - European Hair Research Society.

Enquanto membro da ISHRS, o especialista português irá participar na sessão sobre inovação e orientações para melhorar a prática clínica em transplante capilar. "O nosso objetivo é continuar a trabalhar ativamente na investigação e no tratamento da alopécia. Estamos orgulhosos de participar em congressos desta dimensão e de poder apresentar algumas das nossas investigações e progressos neste domínio", afirma o diretor médico da clínica. "A investigação sobre o cabelo continua a desenvolver-se e a Insparya está a trabalhar nesse sentido. É de importância vital continuar a atuar e a colaborar com diferentes especialistas para melhorar o campo da saúde capilar".

Estabelecida em 2017, através de um protocolo com o reconhecido Instituto i3S de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto, a Insparya tem vindo a desenvolver uma investigação internacionalmente competitiva, ao mais alto nível, só possível através do acesso a infraestruturas de ponta e à massa crítica do centro de investigação de excelência. O objetivo da equipa de investigação biomédica do Insparya é desenvolver estratégias de rejuvenescimento capilar com base em conhecimentos interdisciplinares e abordagens multi-metodológicas, estando vários estudos em curso entre os quais um dedicado à Terapia Farmacológica que Melhora a Aptidão da Papila Dérmica e o Ciclo de Crescimento do Folículo Capilar que será apresentado no Congresso Mundial da ISHRS.

Desenvolvido pela equipa de investigação biomédica da Insparya, constituída por Ana Rita Castro, Joana Miguel Magalhães, Mafalda Galhardo, Carlos Portinha e Elsa Logarinho, o estudo visa demonstrar a eficácia de um novo tratamento farmacológico que atrasa o início da catagénese em folículos humanos em cultura. A análise imunohistológica dos folículos tratados com este composto revelou uma melhoria nos marcadores de indução da papila dérmica, bem como um aumento da proliferação celular no compartimento epitelial do bolbo piloso. A divulgação deste composto, que melhora a tricogenicidade da papila dérmica e o ciclo do folículo piloso, incentiva a exploração clínica para determinar se é uma ferramenta farmacológica segura e eficaz para o tratamento da alopécia androgénica.

Com o avanço da tecnologia, surgem cada vez mais técnicas de transplante capilar e, por isso, é importante optar sempre por clínicas e profissionais que revelem estar ao mais alto nível de atualização e formação, no que diz respeito aos últimos desenvolvimentos no setor dermocapilar.

Para Carlos Portinha dispor de uma equipa clínica especializada e com experiência comprovada em transplante capilar é um dos pontos-chave na hora de se submeter a esta cirurgia. "Por isso, na Insparya temos uma equipa de médicos e enfermeiros especializada em transplantes capilares e treinada no exclusivo Método Insparya, um método único, baseado numa técnica e tecnologia própria, desenvolvida no Insparya Hair Science and Clinical Institute”.

A certificação de qualidade é muito importante em qualquer empresa e torna-se mais relevante quando se trata de procedimentos muito precisos como os realizados em clínicas capilares. A certificação garante padrões de qualidade, promove a segurança, confiança e tranquilidade dos pacientes, assegura a competência dos colaboradores e incentiva a melhoria contínua dos procedimentos e resultados. Como explica o especialista "na Insparya somos o único grupo de transplante capilar com certificação de qualidade ISO 9001. Cumprindo sempre o compromisso de colocar os melhores recursos ao serviço dos nossos pacientes".

Atualmente o grupo Insparya conta atualmente com 11 clínicas em Portugal, Espanha e Itália. Todas elas estão equipadas com as máximas condições de conforto para pacientes e acompanhantes, e utilizam a mais recente tecnologia em transplantes capilares, o BotHair® UltraPlus. Um projeto exclusivo que envolveu a criação de um sistema inovador e disruptivo que permite a extração, aspiração, conservação e implantação de unidades foliculares de forma mais precisa e em menos passos, sem danificar a área doadora.

Carlos Portinha afirma ainda que "ao optar por uma clínica especializada como a Insparya, pode estar mais confiante de que receberá um tratamento capilar de qualidade e adaptado às suas necessidades, pois somos o único grupo capilar que se dedica exclusivamente e cumulativamente ao diagnóstico, tratamento e investigação da saúde capilar”. O Grupo Insparya possui um departamento próprio de investigação biomédica e tecnológica, único entre os grupos especializados em transplantes capilares, bem como um centro de formação nas suas técnicas exclusivas. Atualmente, parte da investigação realizada baseia-se no estudo aprofundado da unidade folicular com o intuito de possibilitar a sua multiplicação num futuro próximo, bem como na criação de tecnologia dedicada ao diagnóstico e tratamento da alopécia.

Projeto visa proporcionar a substituição periódica do cuidador informal por cuidador formal
O projeto “CUIDARaro” da União das Associações das Doenças Raras (RD-Portugal), foi um dos vencedores da 5.ª edição dos Prémios...

Em Portugal, cerca de 44,5% dos cuidadores informais são familiares, o que acarreta um maior estado de exaustão emocional (83,3%), descurando, muitas das vezes do seu próprio bem-estar, dado que se dedicam a apoiar e a suprimir as necessidades daqueles de quem cuidam a tempo inteiro (78,5%) ou parcialmente (36,5%).

Deste modo, Catarina Costa Duarte, membro da direção da RD-Portugal, explica que “o projeto nasce da premência de serem implementadas respostas sociais adaptadas às reais necessidades das pessoas com doença rara e dos seus cuidadores, considerando que, diariamente, as pessoas com doença rara enfrentam mais dificuldades no acesso aos cuidados de saúde humanizados e centrados no doente”.

Através da criação de uma plataforma digital, os cuidadores informais descrevem as suas necessidades e os cuidadores formais as aptidões e disponibilidade. O método de seleção do cuidador formal para integrar uma determinada família é feito consoante as necessidades de cada cuidador informal e da pessoa cuidada, havendo um match para uma maior adequação, seguindo-se um tempo de aceitação para a família conhecer o cuidador formal, mitigando eventuais receios e medos inerentes por deixarem um familiar ao cuidado de alguém desconhecido. O tempo máximo no auxílio prestado por cada cuidador formal à pessoa com doença rara é de 20 horas mensais, repartidas conforme a necessidade.

Outros dos objetivos do projeto passam por aumentar a literacia dos profissionais de saúde e do setor social para as doenças raras, promovendo um correto acompanhamento e cuidado, bem como o de promover o trabalho em rede entre as 42 associações de doentes associadas da RD-Portugal, entidades privadas e organismos públicos. O projeto vai apoiar 15 famílias pertencentes às associadas da RD-Portugal.

O projeto, com início previsto para dezembro, tem a duração de 12 meses, e divide-se em diferentes fases, que vão desde a criação à apresentação de resultados, passando pela documentação e recolha, intervenção e ajustes, e avaliação de impacto social. Estão em vista novas parcerias e angariação de apoios para que o projeto perdure.

No que respeita à implementação do projeto, Palmira Martins, assistente social da RD-Portugal e responsável operacional pelo projeto, explica que o mesmo “estará sob avaliação da ENSP – Escola Nacional de Saúde Pública, que fará o acompanhamento do projeto e avaliação de impacto real do mesmo”.

A 5.ª edição dos Prémios Caixa Social, uma iniciativa da Caixa Geral de Depósitos – que financia projetos sociais com carácter inovador, orientados para mitigar a pobreza e favorecer a inclusão social –, premiou 36 projetos de instituições sociais, a nível nacional, com um valor total de 760 mil euros, nas áreas de Inclusão Social e Solidariedade, Prevenção e Cuidados de Saúde, Educação, Formação e Capacitação, Criação e Promoção de Emprego.

4º episódio do podcast Vidas já está no ar
O novo episódio do podcast Vidas, já disponível, aborda as doenças raras na perspetiva de um pai de uma criança com doença rara.

“Estudos indicam que uma criança tem de passar em média por sete especialistas e esperar quatro anos por um diagnóstico de uma doença rara”. Quando o diagnóstico finalmente chega, explica André Correia, Vice-presidente da SERaro, Associação de Síndromes Excecionalmente Raras e Pessoas Sem Diagnóstico, “há um choque, mas também um alívio porque deixámos de ter de apontar para todos os lados”,

As doenças raras afetam cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, num universo de mais de 10.000 patologias diferentes. Destas cerca de 8 em cada 10 doenças raras são de origem genética e 1 em cada 2 doentes diagnosticados com uma doença rara é uma criança.

André Correia foi pai pela primeira vez há dez anos. O Daniel nasceu com uma doença rara, mas o diagnóstico só chegou cinco anos depois. Neste 4º episódio do podcast Vidas, aborda as dificuldades do diagnóstico, e a importância dos testes genéticos, mas também os desafios que se vão colocando. Explica porque o doente deve ser colocado no centro, e em que medida a tecnologia pode ajudar, mas reforça que é fundamental o envolvimento das famílias e das associações de doentes. Ser raro não deve significar, de modo nenhum, estar só.

O podcast Vidas que conta, agora, com quatro episódios é o primeiro podcast português a focar-se exclusivamente em entrevistas a doentes e aos seus familiares para que estes possam partilhar as suas histórias. Aborda neste último episódio a realidade de quem vive e convive diariamente com a Doença Rara.

Todas as vidas têm uma história. Conheça a história de André Correia no Youtube ou no Spotify.

 

Opinião
A saúde e a prevenção caminham lado a lado.

A diabetes é uma doença metabólica caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue. Estudos recentes sugerem que pode haver uma relação entre a diabetes e o cancro de próstata, o cancro mais comum entre os homens. Embora a conexão não esteja totalmente esclarecida, existe alguma evidência de que homens com diabetes têm um risco ligeiramente aumentado de desenvolver cancro da próstata. Nesta perspetiva, a gestão cuidadosa da diabetes pode contribuir para a prevenção de problemas relacionados com a próstata.

A prevenção da diabetes envolve também a adoção de um estilo de vida saudável:

  1. Alimentação Equilibrada: Opte por uma dieta rica em fibras, grãos integrais, frutas, legumes e proteínas magras. Evite o consumo excessivo de açúcares e gorduras saturadas.
  2. Atividade Física: Manter-se ativo é essencial. O exercício regular ajuda a controlar o peso, melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir o risco de diabetes.
  3. Controle do Peso: Manter um peso saudável é crucial na prevenção da diabetes tipo 2. O excesso de peso aumenta o risco de resistência à insulina.
  4. Monitorização Médica: Realize exames médicos regularmente para verificar os níveis de glicose no sangue e esclarecer qualquer preocupação com o seu médico.

A prevenção do cancro da próstata e da gravidade da doença também é importante:

  1. Exames de Rotina: Homens com mais de 50 anos ou com história familiar de cancro da próstata devem realizar regularmente o PSA (Antígeno Específico da Próstata) e o exame clínico.
  2. Alimentação Saudável: Dietas ricas em vegetais crucíferos, como brócolos e couve-flor, podem ter algum efeito protetor contra o cancro da próstata.
  3. Atividade Física: Manter um estilo de vida ativo também tem sido associado a um menor risco de cancro da próstata.
  4. Evitar Tabagismo e Álcool em Excesso: Fumar e o consumo excessivo de álcool têm sido associados a um maior risco de cancro, incluindo o da próstata.

Em resumo, a prevenção é importante para manter a nossa saúde e evitar doença grave ou complicações relacionadas com a diabetes. Adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercício, pode ajudar a prevenir ambas as doenças. Além disso, a avaliação clínica e analítica regulares e o diálogo com o médico assistente é essencial para monitorizar a saúde da próstata e controlar a diabetes.

Referências:

  • American Diabetes Association. (2020). Lifestyle Management: Standards of Medical Care in Diabetes - 2020. Diabetes Care, 43(Supplement 1), S89-S97.
  • World Cancer Research Fund & American Institute for Cancer Research. (2018). Diet, Nutrition, Physical Activity, and Prostate Cancer. Continuous Update Project Expert Report 2018.
  • American Cancer Society. (2021). Prostate Cancer Early Detection.
  • Leitzmann, M. F., Rohrmann, S., Risk Factors for Prostate Cancer Collaborative Group, et al. (2011). Physical activity recommendations and decreased risk of mortality. Archives of Internal Medicine, 171(14), 130-138.
  • Freedland, S. J., Platz, E. A., & Gerber, L. (2007). Smoking and Prostate Cancer: A Systematic Review and Meta-analysis. American Journal of Epidemiology, 166(9), 959-972.
  • Aune, D., Giovannucci, E., Boffetta, P., et al. (2009). Fruit and vegetable intake and the risk of type 2 diabetes: a systematic review and dose-response meta-analysis of prospective studies. European Journal of Clinical Nutrition, 63(12), 1255-1265.

Dr. Miguel GuimarãesMédico Especialista em Urologia | Consultor e Assistente Graduado Urologia | Centro Hospitalar Universitário S. João Porto
Competência em Gestão | Presidente Associação Auditores Cursos Defesa Nacional | Bastonário da Ordem dos Médicos 2017-2022 Ilustre Amigo e Sócio da www.girohc.pt/

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Alimentação Económica
Em 2022, a despesa com alimentação, embora essencial, foi das mais difíceis de suportar para os port

De acordo com o Barómetro DECO PROTESTE, mais de metade dos inquiridos (2 500) afirmam não conseguir pagar produtos de primeira necessidade, como peixe ou carne, devido à subida dos preços, atualmente. Num dia dedicado à poupança, a Médis e a Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS), em conjunto, ajudam a potenciar a saúde dos portugueses através da alimentação e explicam como é possível fazer escolhas alimentares mais saudáveis sem gastar muito.

“As Pessoas tendem a comprar alimentos processados pela praticidade, conveniência e preço, mas esquecem-se que estes são, muitas vezes, prejudiciais para a saúde e pouco sustentáveis. Como promotores de saúde e bem-estar, o nosso papel passa por auxiliar as Pessoas a fazer as escolhas mais saudáveis, que podem ter um impacto positivo no orçamento das famílias, mas também na sua qualidade de vida”, explica Teresa Bartolomeu, Responsável da Oferta de Saúde do Grupo Ageas Portugal.

Atenta a esta realidade, a Médis e a SPLS, lançaram em agosto o projeto “Por falar em comida… Falamos de saúde”, que visa educar a população e sensibilizar para a importância de uma alimentação saudável. No âmbito do mesmo, a Médis partilha agora cinco sugestões para tornar a sua alimentação mais económica:

  1. Elabore um plano de refeições semanal para evitar compras impulsivas ou desnecessárias e aproveite ainda para fazer uma refeição leve antes de ir às compras, para ser mais fácil seguir a sua lista e evitar compras motivadas pela fome;
  2. Aprenda a armazenar alimentos corretamente para prolongar a sua vida útil e transforme os restos em novas refeições, reduzindo o desperdício alimentar. A criatividade é uma boa aliada;
  3. Aproveite as promoções e descontos para comprar ingredientes em doses maiores, por exemplo, embalagens familiares que por norma são mais económicas (habitualmente o preço desce à medida que a quantidade aumenta). Se comprar em várias porções, tenha atenção ao prazo de validade (desta forma também estamos a reduzir o desperdício);
  4. Opte por alimentos frescos da estação, que são mais acessíveis e sustentáveis. Incentive a compra de produtos locais para apoiar agricultores nacionais. Por exemplo o pimento e o tomate, se forem de produção nacional, são mais baratos na época de verão;
  5. Leve sempre os seus sacos reutilizáveis para as compras. Assim poupa dinheiro e ajuda o ambiente.

A escolha por um estilo de alimentação mais saudável, que inclua a adoção de comportamentos tais como os identificados acima, é não só amiga da sua saúde física e mental, mas pode também refletir-se na sua saúde financeira. Quando se fala de escolhas alimentares, a Sustentabilidade não é apenas uma opção, é uma responsabilidade.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Realizadas em Abu Dhabi, atraíram quase 500 participantes de 18 países
A LG Electronics recebeu as finais do Global IT Challenge for Youth with Disabilities (GITC) 2023 em Abu Dhabi, nos Emirados...

Os desafios incluíram o desafio eTool, que foi dividido em duas partes: um teste de habilidade dos participantes na criação de slides de apresentação e outro dedicado à utilização de spreadsheets; o desafio eLifeMap, uma avaliação da capacidade de realizar pesquisas de texto e imagens online; o desfio eContent, uma análise das capacidades de produção e edição de vídeo; e o desafio eCreative, em que os participantes criaram o código de um programa para um carro autónomo e desenvolveram uma ideia para uma tecnologia capaz de melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência.

Estabelecido em 2011 para ajudar os jovens com deficiência a tornarem-se mais proficientes em tecnologias de informação e comunicação (TIC) e apoiá-los na construção da confiança e ferramentas práticas necessárias para se envolveram plenamente na sociedade, o GITC 2023 teve como anfitriões a LG Corporation, o Ministério da Saúde e o Governo de Abu Dhabi. Já a organização do evento ficou a cargo da LG, da Zayed Higher Organization, dos Emirados Árabes Unidos e do GITC Organizing Committee.

Até à data, mais de 5 mil jovens com deficiência provenientes de 40 países participaram no GITC. A competição continua a servir de trampolim para jovens com deficiência, sendo que muitos ex-concorrentes seguiram carreiras em áreas relacionadas com IT e outras áreas de negócios.

Historicamente, a maioria dos participantes do GITC vem de países da Ásia, incluindo Coreia do Sul, China, Vietname e Tailândia. Este ano, no entanto, o GITC cresceu em diversidade, acolhendo, pela primeira vez, jovens de países do Médio Oriente e do norte de África, como o Egipto e o Quénia.

Na conclusão do rigoroso evento de cinco dias, Muhammad Naazir Danesh, da Malásia, venceu a competição geral do GITC 2023, já que obteve as notas mais altas ao longo de todas as categorias do GITC deste ano.

Apesar de ter uma deficiência física grave, Muhammad Naazir Danesh foi sempre um apaixonado pela área de IT desde a infância. Embora enfrente muitos desafios, Muhammad pretende tornar-se num especialista em IT no futuro e, motivado pelo reconhecimento deste GITC, está determinado em trabalhar arduamente para realizar o seu sonho.

“A minha viagem para me tornar um líder global de IT foi pavimentada pelas contribuições inestimáveis daqueles que aqui conheci”, afirma Muhammad Naazir Danesh. “Este reconhecimento é uma honra e uma motivação para perseguir os meus maiores sonhos no futuro.”

Durante o evento, a LG apresentou aos participantes o seu Universal UP Kit num espaço de exposição dedicado próximo do local da competição. O kit, apresentado pela primeira vez na IFA 2023, é uma coleção de acessórios e complementos inovadores para eletrodomésticos projetados para facilitar a utilização de todos, independentemente do sexo, idade ou deficiência. Os concorrentes do GITC que experimentaram na primeira pessoa o Universal UP Kit elogiaram muito as novas soluções inclusivas da LG.

Além disso, a empresa criou uma zona de fotografia que inclui a promessa da marca – Life’s Good – e distribuiu produtos que englobam a filosofia da marca e os valores

fundamentais da LG. O GITC foi o principal evento para demonstrar o verdadeiro significado do Life’s Good, pois todos os participantes trabalharam arduamente para completar os seus desafios, mesmo quando confrontados com desafios difíceis. A empresa espera que todos os participantes do GITC continuem a enfrentar os seus desafios de forma ousada, utilizando o otimismo para superar seja o que for que o futuro lhes reserve.

Enquanto cidadã corporativa global resposável, a LG continuará a capacitar jovens com deficiência em todo o mundo através do apoio a iniciativas como o GITC. “O GITC é a plataforma perfeita para jovens com deficiência que procuram comunicar com o mundo através das IT, transcendendo barreiras ao nível da capacidade, religião e nacionalidade”, afirma Yoon Dae-sik, vice-presidente sénior de External Relations da LG Electronics. “Continuaremos a apoiar os jovens com deficiência através do GITC e a incentivá-los a perseguir os seus sonhos.”

Kastelo é a única Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos Pediátricos de Portugal
Rui Pedroto, presidente da Fundação Manuel António da Mota, esteve no Kastelo – Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos...

Teresa Fraga, enfermeira e diretora do Kastelo, nomeada em abril para o prémio de enfermagem Aster Guardians Global Nursing Award 2023, refere que “o Kastelo é constituído por uma equipa multidisciplinar, e tem dezenas de crianças especiais, residentes e em ambulatório, dos 0 aos 18 anos, em cuidados continuados e paliativos. Prestamos-lhes todos os cuidados de saúde necessários e oferecemos-lhes total suporte físico e emocional, para que os seus dias de vida sejam prolongados de uma forma feliz e sem dor”. A enfermeira acrescenta que “o Kastelo não tem qualquer ajuda do Estado, pelo que este tipo de apoio, particular ou corporativo – como o concedido pela Fundação Manuel António da Mota –, é fundamental para conseguirmos assegurar o bem-estar destas crianças”.

Neste mesmo quarto viveu o André, um bebé com uma doença neurológica grave e com uma esperança de vida entre 4 e 10 meses. O pequeno André totalizou 3 anos de felicidade e qualidade de vida no Kastelo, tendo falecido em junho de 2023. A sua história é contada no livro “Um Anjo chamado André”, à venda na FNAC.

 

42.° Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia da SPOT
O 42.° Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) vai realizar...

“Teremos muitas novidades, com maior participação e envolvimento das estruturas da Sociedade (sociedades afiliadas, secções, grupos de estudo e comissões), novos formatos, novos temas, novos modelos de debate e de intervenção na sociedade civil", afirmou João Gamelas, presidente da SPOT.

O congresso abrangerá uma ampla gama de atividades, incluindo sessões, simpósios, mesas redondas, workshops e invicted lectures. As sessões abordarão temas variados, como patologia tumoral, patologias específicas das diferentes regiões anatómicas da criança e Traumatologia. Além disso, haverá oportunidade para comunicações livres e apresentação de e-posters, juntamente com momentos de networking e partilha. A cerimónia de entrega de prémios e bolsas, onde serão reconhecidos os autores cujos trabalhos se destacam pela qualidade científica e pelas contribuições notáveis à comunidade médica, também será um ponto alto do congresso.

Além de sociedades e associações nacionais, várias sociedades de renome internacional estarão no congresso, algumas a representar países da América Latina, Espanha e França, e a contribuir para elevar o nível científico do evento. Destaca-se, ainda, a participação da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), como sociedade convidada, da Sociedade Espanhola de Ortopedia e Traumatologia (SECOT), da Federação da Sociedade Ortopédica de Língua Portuguesa (FOLP), da European Federation of National Associations of Ortho and Trauma (EFORT), da European Society for Sports Trauma, Knee Surgery and Arthoscopy (ESSKA) e da International Society of Arthoscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine (ISAKOS).

O evento contará com especialistas internacionais de referência, convidados para palestras, como Yaiza Lopis, Thomas Patt, Joan Carles Monllau, Kyle Borque, Kyu Sung Chung, Pierre Lascombes, Alexander Van Tonge, Yves Herontin, António Maestro, Manuel Leyes, Alberto Gobbi, Sérgio Franco e João Matheus Guimarães.

Durante os três dias de Congresso e nas oito salas disponíveis, irão ocorrer sessões com os mais variados focos, desde temas técnicos e científicos das diferentes áreas da Ortopedia e Traumatologia, até fóruns de discussão organizacional, de políticas e gestão de saúde e de outros temas relevantes para os ortopedistas, como tópicos relacionados com a gestão de risco clínico, os aspetos médico-legais e a litigância judicial.

Alguns exemplos são as mesas sobre “O futuro dos médicos nos grandes grupos de saúde”, “Quo Vadis SNS”, “Modelos Organizacionais e Sustentabilidade do Sistema” e “O Papel das Autarquias no SNS”.

Para o debate destas questões estarão presentes ilustres convidados, entre os quais: Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da Saúde e Professor na Escola Nacional de Saúde Pública; Camilo Lourenço, economista, jornalista económico, editor, comentarista, colunista e autor; Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos; Eurico Castro Alves, presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, ex-secretário de Estado da Saúde, ex-presidente do Infarmed e Professor; Francisco Goiana da Silva, vogal da Direção Executiva do SNS e Professor; João Gonçalves, diretor executivo da APORMED; José Fragata, Professor jubilado na NOVA Medical School, cirurgião cardíaco e autor; José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal Coimbra e ex-bastonário da Ordem dos Médicos; Luís Pisco, ex-presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, ex-diretor do Instituto da Qualidade em Saúde e ex-coordenador nacional da Missão para os Cuidados de Saúde Primários; Maria de Belém, ex-ministra da Saúde, deputada, política e autora; Nuno Jacinto, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar; José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro; Isabel Vaz, CEO Luz Saúde; Rui Diniz, CEO CUF; e Vasco Pereira, CEO Lusíadas Saúde.

O programa detalhado pode ser consultado em https://congresso.spot.pt/

"Por tudo isto (e muito mais) não pode perder o 42.º Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia 2023! Contamos consigo, com a sua presença e participação ativa", declarou o presidente.

Para inscrições consulte: https://congresso.spot.pt/inscricoes/how-to-register.

Novo podcast arranca hoje com um novo episódio a cada 2 semanas
A APN - Associação Portuguesa de Neuromusculares, em parceria com o Instituto Nacional para a Reabilitação e a Biogen, empresa...

O episódio inaugural do Neuropodcast versa sobre “Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e Estratégia Nacional para a Inclusão das Pessoas com Deficiência”, e conta com a presença da Sra. Secretária de Estado para a Inclusão, Dra. Ana Sofia Antunes, e de Joaquim Brites, Presidente da Associação Portuguesa de Neuromusculares. Nele, será abordada algumas das medidas visadas na estratégia e a sua importância na igualdade e não discriminação dos cidadãos com deficiência.

Os episódios subsequentes serão dedicados a temas que vão da “Reabilitação e Medicina Física” à “Empregabilidade”, passando pelos “Direitos Sociais” e “Acessibilidades”, entre outros, sempre sem perder de vista o objetivo de trazer valor à vida de quem mais precisa de apoio no universo das doenças neuromusculares: a pessoa que vive com doença neuromuscular, cuidadores e profissionais de saúde. Entre os muitos convidados, poderemos encontrar Drª Sofia Carvalho, vogal do Concelho Diretivo do Instituto de Segurança Social, Rodrigo Ramos, Presidente do Instituto Nacional para a Reabilitação ou a Dra. Cristina Garrido, médica neuropediatra do Centro Materno-Infantil do Norte.

 “O ‘NeuroPodcast’ surge na aposta da Biogen no apoio contínuo à literacia em saúde para os cidadãos. Neste podcast, além de acrescentar valor à rotina de quem vive com uma doença neuromuscular, quisemos ir ainda mais além, não apenas falando de temas caros a quem convive com uma doença deste tipo, mas também abordando práticas que podem ajudar a sociedade civil a ser mais inclusiva e a prestar um auxílio mais atento e cuidado a quem sofre com estas patologias. Para a Biogen, é fundamental dar de volta à sociedade e contribuir para a qualidade de destas pessoas”, afirma Anabela Fernandes, Diretora Geral da Biogen Portugal.

Joaquim Brites, Presidente da Associação Portuguesa das Neuromusculares acrescenta que “defender os direitos das pessoas com deficiência, assim como tudo o que decorre das dificuldades em conviverem com todas as limitações que lhes são impostas, transformou-se, nos últimos anos, em imensos projetos extraordinariamente desafiantes para todas as ONGPD. Na APN, sabemos bem quais são os caminhos a percorrer. Por isso, quisemos aliar as novas tecnologias às formas mais fáceis de chegar a todos os intervenientes neste difícil, mas muito desafiante, processo de “comunicar”. Através destas novas ferramentas, esperamos abrir mais portas, a mais pessoas, a mais direitos, a mais acesso, a mais emprego, a mais e melhor investigação e ao direito inalienável à saúde e à qualidade de vida. Comunicando e informando.”

Todos os episódios do ‘NeuroPodcast’ encontram-se disponíveis nas plataformas SpotifySoundCloud e Apple Podcast e nos canais de comunicação da APN – Associação Portuguesa de Neuromusculares e da Biogen.

As doenças neuromusculares são doenças genéticas, hereditárias e progressivas que afetam todos os músculos do corpo humano, podendo afetar desde a locomoção até funções respiratórias e cardíacas. Ainda não há cura conhecida para as doenças neuromusculares. Atualmente, estima-se que sejam mais de cinco mil pessoas em Portugal a sofrer com esta patologia.

4 de novembro
É no próximo dia 24 de novembro que a CUF Academic Center e a Unidade do Ombro e Cotovelo do Hospital CUF Descobertas vão...

Organizado por uma das unidades mais experientes no tratamento das lesões do cotovelo, em Portugal, o Elbow Course for Residents and Young Surgeons dedica-se à revisão e discussão sobre patologia do cotovelo, um tema que tem sido alvo de crescente interesse, entre cirurgiões e especialistas em Ortopedia.

As lesões do cotovelo são cada vez mais conhecidas, identificadas e tratadas, mas esta é uma área em que não existe oferta de formação, no país. Este curso pioneiro pretende dotar os profissionais mais jovens de ferramentas e conhecimentos para o tratamento destas patologias, nomeadamente, no que toca ao diagnóstico, técnicas cirúrgicas e materiais disponíveis.

A ação de formação destina-se a médicos especialistas e internos de Ortopedia e de Medicina Física e Reabilitação, e o programa da iniciativa aborda temas como a traumatologia, a rigidez não traumática e pós-traumática do cotovelo, a instabilidade não aguda, síndromes compressivos no cotovelo e, ainda, as tendinopatias.

O curso decorre das 08:45 às 18:30, no Salão de Eventos da Ordem dos Médicos, em Lisboa. O programa pode ser consultado aqui.

 

Serviço de Ortopedia do CHUSJ ultrapassa os 80% de doentes com fratura do fémur proximal operados nas primeiras 48h
O serviço de Ortopedia e Traumatologia do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) é o único no seu grupo hospitalar...

Ligadas ao envelhecimento e à osteoporose, as fraturas do fémur proximal no idoso resultam de acidentes, por vezes domésticos. Os relatórios anuais revelam uma admissão crescente nos SU, associada ao aumento da esperança média de vida da população portuguesa. Entre 2020 e 2022, foram admitidos cerca de 400 utentes/ano com fratura do fémur no Serviço de Urgência do CHUSJ. Estima-se que, este ano, o número possa subir para 440 e que ocorram em Portugal cerca de 7000 fraturas/ano.

Com base nestas premissas, o Serviço de Ortopedia-Traumatologia do CHUSJ implementou em 2020 um plano de atuação multidisciplinar, tendo como objetivo operar o maior número possível de doentes em menos de 48h. “Este projeto permitiu reduzir em cerca de 20% o tempo de internamento e terá certamente efeito na diminuição da mortalidade neste grupo de doentes”, avança António Sousa, diretor do serviço de ortopedia do CHUSJ. Este desempenho assistencial já valeu a distinção “Boa Prática”, colocando o serviço de ortopedia do CHUSJ entre os 12 finalistas ao Prémio Boas Práticas em Saúde 2023.

“As fraturas do fémur proximal no idoso são um problema de saúde pública pelo seu impacto socioeconómico. O consumo de cuidados de saúde e do sector social (institucionalização provisória ou definitiva) é elevado. Por isso, além dos ganhos em saúde, acrescenta ganhos económicos, sociais e familiares também muito relevantes”, acrescenta António Sousa.

Operar mais de 80% neste período é indicador de desempenho assistencial: o tratamento cirúrgico em menos de 48 horas melhora significativamente os resultados clínicos. Assim, é recomendação internacional que a intervenção cirúrgica à fratura do fémur proximal no idoso ocorra nas primeiras 48 horas. Nesse sentido, a ACSS criou um indicador de desempenho assistencial que prevê mais de 80% dos utentes operados nesse período após admissão nos serviços de Urgência.

 

 

Baby Health Summit
A “Ginecologista da Melhor Amiga”, a enfermeira Marília Pereira, fundadora do projeto “O Bebé Sabe”, a terapeuta familiar...

Além dos receios e dúvidas associados à gestação de uma nova vida, as grávidas deparam-se com inúmeros desafios trazidos pela sociedade atual, desde o crescente volume de informação e opiniões partilhadas nas redes sociais à violência obstétrica.

Para analisar estes temas e preparar da melhor maneira as grávidas para os desafios da atualidade, o Baby Health Summit está de regresso para a 6.ª edição, no dia 4 de novembro, entre as 10h00 e as 13h00. O evento gratuito e exclusivamente online foca-se em levar informação que visa a saúde da grávida e do bebé, antes, durante e após o parto.

O Baby Health Summit começa com a intervenção da terapeuta familiar Carolina Vale Quaresma, que vai falar sobre as mudanças familiares que podem ocorrer com a chegada de um segundo filho e como as mães podem mudar a sua forma de viver a maternidade. Este é um tema importante para quem vai voltar a ser mãe, uma vez que a segunda gestação, parto e pós-parto constituem uma nova experiência, diferente da primeira.

Desta nova fase, destaca-se o parto capaz de gerar um misto de emoções que oscila entre a felicidade de conhecer o bebé pela primeira vez e os receios do trabalho de parto. Por essa razão, o planeamento desse momento deve ser feito com antecedência. É nesta altura que algumas decisões começam a ter de ser tomadas, desde o local do parto, a passar pelo acompanhante, até à escolha de guardar as células estaminais do cordão umbilical do bebé.

Assim, a enfermeira Bárbara Sousa, especialista em saúde materna e obstétrica, e a diretora de gestão de clientes da Crioestaminal, Joana Gomes, vão explicar como tudo se processa durante o parto, no hospital, para a colheita destas células que constituem atualmente uma opção terapêutica no tratamento de mais de 90 doenças, até a uma eventual necessidade de utilização.

Outro dos tópicos que mais preocupam as grávidas em relação ao parto é a violência obstétrica que, a acontecer, pode causar traumas à mulher e afetar muito a sua saúde mental. Para que as grávidas saibam identificar estes abusos e neglicências que podem também ocorrer durante a gestação e pós-parto, a enfermeira Marília Pereira, especialista em saúde materna, fundadora do projeto “O Bebé Sabe” e autora do livro “O Bebé sabe comer”, vai dar a conhecer como podem atuar para evitar estas situações.

Já no pós-parto, o bem-estar do bebé passa a ser uma das principais preocupações, surgindo várias questões sobre o desenvolvimento emocional e comportamental infantil, às quais o médico pediatra Hugo Rodrigues, autor do site “Pediatria Para Todos”, vai dar resposta no evento.

Por fim, Irina Ramilo, médica ginecologista e obstetra, mais conhecida por “Ginecologista da Melhor Amiga” nas redes sociais, vai abordar “A influência das redes sociais na gravidez: as redes sociais fazem-te querer bebés?”, numa altura em que estas plataformas representam um grande peso na tomada de decisões importantes na vida dos seus utilizadores. Será que muitas mulheres se sentem pressionadas a criar objetivos de vida, de forma a corresponder às experiências que acompanham nos perfis das redes sociais?

Pela primeira vez, o evento conta com interpretação em língua gestual portuguesa pela Sofia Fernandes, de forma a garantir que a informação partilhada pelos especialistas em saúde materna e obstetrícia chegue a todas as grávidas.

As inscrições decorrem aqui.

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