Opinião
O cancro do fígado é uma batalha silenciosa enfrentada por muitas pessoas em todo o mundo, pelo que

Este tipo de cancro pode manifestar-se através de sintomas como perda de peso inexplicável, dor abdominal, inchaço abdominal, icterícia, fadiga extrema e perda de apetite. Reconhecer esses sinais pode ser crucial para um diagnóstico precoce e um melhor prognóstico.

Existem vários fatores de risco associados ao desenvolvimento do cancro do fígado, tais como a cirrose hepática, a infeção crónica por vírus da hepatite B ou C, o consumo excessivo de álcool, a obesidade e a diabetes. Mas esta é uma situação prevenível, evitável, tratável e, por vezes, curável.

A prevenção do cancro do fígado envolve a adoção de hábitos saudáveis, tais como evitar o consumo excessivo de álcool, manter um peso saudável e realizar a vacinação contra a hepatite B. Além disso, é fundamental promover, nos casos em que isso está aconselhado, a realização dos exames de rastreio para deteção precoce do cancro do fígado. Estes estão indicados nas pessoas com cirrose ou fibrose hepática avançada e nas que têm infeção crónica pelo vírus da hepatite B. O rastreio é realizado por ecografia abdominal, realizada por radiologista com experiência a cada 6 meses, o que permite ajudar na deteção precoce e aumentar as probabilidades de tratamento eficaz.

No que diz respeito ao doente, é imperativo não apenas considerar a doença em si, mas também o impacto que a mesma tem na sua vida e na daqueles com quem convive diariamente. O diagnóstico de cancro do fígado traz consigo, além de desafios médicos, implicações emocionais, físicas e sociais. O apoio e a compreensão da sociedade são essenciais para que os doentes enfrentem esta jornada com coragem e dignidade.

O cancro do fígado não é apenas uma estatística, mas sim uma realidade vivida por muitos. Unidos podemos fazer a diferença, proporcionando uma vida mais plena e de qualidade, na qual o doente poderá encontrar compaixão, entendimento e tratamento adequado.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Importância da Saúde Mental na sociedade portuguesa
A depressão, a esquizofrenia, o burnout, o stress pós-traumático, a ansiedade, a dependência alcoólica, anorexia e a depressão...

Desenvolvidas pelas turmas finalistas do curso de Licenciatura em Ciências da Comunicação, no âmbito da Unidade Curricular de Laboratório de Comunicação Digital e Laboratório de Media Sociais, as reportagens abordam as diversas tipologias de transtornos mentais.

“A importância que o tema da saúde mental exerce atualmente na nossa sociedade, uma vez que de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 20% da população portuguesa sofre de algum transtorno mental, isto é, uma a cada cinco pessoas tem alguma doença nessa área, fez com que quiséssemos trazer este tema para que os nossos alunos pudessem descobrir, investigar e saber mais sobre esta realidade”, afirma Élmano Ricarte, professor responsável pela orientação dos grupos na área do Jornalismo.

A prática jornalística exercida em regime laboratorial pelos estudantes tem vários géneros e formatos jornalísticos, como notícia orientada para dados, notícia com verificação de factos (fact-checking), vídeocasts, etc. O principal papel deste modelo académico é fazer com que os estudantes tenham uma vivência prática do mercado de trabalho.

Para a realização destas reportagens, os estudantes contaram ainda com vários parceiros internos e externos como hospitais na Área Metropolitana de Lisboa e os cursos de Mestrado e Doutoramento em Psicologia da Universidade Europeia.

No total, foram inseridos 15 temas na prática de sala de aula, pelo que foram criados 15 websites com os temas em Saúde Mental.

 
2as Jornadas do Oeste do Hospital CUF Torres Vedras
Com o objetivo de promover a discussão e a atualização de conhecimentos sobre o tratamento da dor nas articulações, o Hospital...

Segundo os especialistas, a dor articular é uma das principais queixas que levam os doentes à consulta de Ortopedia. Eduardo Pegado, Diretor Clínico do Hospital CUF Torres Vedras e Presidente destas Jornadas explica que “esta é uma área em constante atualização. Para respondermos aos rápidos avanços no tratamento da dor articular e tratarmos com a maior qualidade possível os doentes que acompanhamos, é muito benéfico termos a oportunidade de aprender com outros especialistas e, ao mesmo tempo, podermos enriquecer o seu conhecimento, com a nossa experiência.”

Neste evento, o Hospital CUF Torres Vedras e a CUF Academic Center pretendem juntar profissionais de áreas como a Medicina Geral e Familiar, a Ortopedia e a Medicina Interna, para uma abordagem multidisciplinar à dor articular nos membros superiores, inferiores e na coluna, que trate a doença e cuide da pessoa. O intuito é contribuir para a melhoria dos cuidados de saúde prestados à população portuguesa.

As 2as Jornadas do Oeste do Hospital CUF Torres Vedras destinam-se a profissionais de saúde e a inscrição no evento é obrigatória.

 
Sessões em fevereiro
Cada gravidez é única, mas existem elementos comuns a todas as gestações que são fundamentais para uma transição positiva e...

Vão estar em destaque temas como a prática do autocuidado, o vínculo mãe-bebé e a aquisição de conhecimento sobre os cuidados com o recém-nascido.

No dia 7 de fevereiro, pelas 21h00, a consultora de imagem e estilo Cristina Silva vai partilhar as melhores dicas de estilo para elevar a confiança e o conforto das futuras mamãs ao longo destes 9 meses, em que o seu corpo está em constante mudança. E porque o bem-estar da mãe está também relacionado com o do bebé, a terapeuta ocupacional e instrutora de massagem infantil, da Fisiokids, Rita Cruz vai demonstrar como tranquilizar o bebé, através de técnicas de massagem que permitem ainda fortalecer os laços entre a mãe e o recém-nascido.

Já no dia 14 de fevereiro, a saúde oral da grávida estará em destaque. Devido aos enjoos e vómitos frequentes na gestação, podem existir alterações no pH da cavidade oral, acelerando problemas dentários. Este e outros fatores, que podem contribuir para complicações dentárias, serão discutidos por Inês Guerra Pereira, médica dentista e autora do Blog Dente a Dente.

Os cuidados com o bebé não podiam ficar de fora destas sessões, por isso, as enfermeiras especialistas em saúde infantil e pediatria, da Aventura do Cuidar, Ana Gaspar e Diana Calaia vão também marcar presença nesse dia, para abordar práticas fundamentais na hora da muda da fralda e indicar os melhores produtos para a hidratação do rabinho do bebé, evitando assaduras.

Ambas as sessões contarão com a participação especial de Joana Gomes, conselheira em células estaminais da Crioestaminal, que vai abordar os benefícios das células estaminais do cordão umbilical do bebé para a saúde do bebé a longo prazo. Estas células têm desempenhado um papel fundamental no tratamento de mais de 90 doenças, incluindo os cancros do sangue, anemia ou doenças neurológicas.

Ao longo do mês de fevereiro, as grávidas que participarem nas sessões das Conversas com Barriguinhas vão receber ainda ofertas dos parceiros da iniciativa. As inscrições estão disponíveis nas plataformas.

 
Barrigas Ativas
A Mamãs sem Dúvidas organiza no dia 10 de fevereiro, às 10H00, em formato online, mais uma sessão de treino diário para...

A sessão estará a cargo da Personal Trainer Joana Pereira, especialista em Exercício na Gravidez e Pós-Parto, que irá promover a prática de exercício físico junto das futuras mães, amenizando assim o desconforto e sinais característicos desta fase.

Além de fortalecer a musculatura e soalho pélvico, este tipo de atividades contribui para a melhoria da postura e flexibilidade na gravidez, assim como na redução de dores, inchaço e produção da hormona do stress (cortisol), que é prejudicial tanto para a grávida como para o bebé.

Inscrições gratuitas em: https://mamassemduvidas.pt/ciclo/ 

 
Para desenvolvimento de terapias inovadoras para doenças graves e sem tratamento
A Universidade de Coimbra vai criar um novo centro de investigação e inovação em terapia génica para o desenvolvimento e...

Este é o primeiro centro de investigação e inovação na área da terapia génica do país que vai dedicar-se às doenças graves e sem tratamento, sobretudo doenças raras, com condições para a realização de ensaios clínicos e produção de medicamentos. O GeneT pretende ser um farol de excelência em investigação e desenvolvimento nesta área tão promissora, tirando partido de um ecossistema privilegiado que reúne academia, clínica e indústria.

O GeneT é coordenado por Luís Pereira de Almeida, professor da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, presidente do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC e coordenador do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia, e foi apresentado publicamente a 2 de fevereiro.

“O GeneT vai ser o primeiro centro de investigação dedicado à terapia génica em Portugal. Acreditamos que este novo polo de inovação e investigação vai revolucionar o tratamento e a progressão de doenças graves e ainda sem tratamento, uma vez que a terapia génica permite tratamentos curativos, em muitos casos após uma única administração. Estamos perante um projeto único, que vai juntar a investigação, a realização de ensaios clínicos e a produção de medicamentos, contribuindo, assim, para potenciar a resposta que a ciência portuguesa pode dar nesta área tão fundamental para o futuro do ser humano”, avança Luís Pereira de Almeida.

A terapia génica traduz-se numa abordagem terapêutica de ponta capaz de desenvolver novas terapêuticas para diversas doenças, especialmente patologias raras, muitas vezes hereditárias, que já provou ter um enorme impacto na vida das pessoas, reduzindo o sofrimento e a mortalidade. É uma área ainda com grande potencial de desenvolvimento – sobretudo no que respeita à dimensão translacional, que permite que o conhecimento científico seja aplicado na parte clínica.

“Este ambicioso novo centro de excelência vai revolucionar a investigação na área da terapia génica em Portugal, ao criar um ecossistema único que junta a investigação, a inovação, e a prática clínica. Será mais um importante passo na afirmação da Universidade de Coimbra como referência mundial da investigação e inovação, designadamente nas ciências da saúde”, destaca o Reitor da UC, Amílcar Falcão.

Nos últimos anos, a terapia génica tem vindo a revolucionar, por exemplo, o tratamento e a progressão de doenças neuromusculares ou oftalmológicas, como a Atrofia Muscular Espinhal ou a Amaurose Congénita de Leber. Atualmente, existem cerca de 7 000 doenças raras, 95% das quais sem terapia eficaz, que afetam 6-10% da população mundial, existindo no mercado apenas 13 produtos de terapia génica para o tratamento de doenças.

O GeneT vai ser financiado pela Comissão Europeia, com 15 milhões de euros, no âmbito do concurso Teaming for Excellence do programa Horizonte Europa, e pelo Governo português, que vai igualar o financiamento europeu. O projeto conta também com o financiamento do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e de várias entidades do setor da indústria e saúde.

Este novo centro de excelência da Universidade de Coimbra vai colaborar com o Gene Therapy Innovation and Manufacturing Centre, da Universidade de Sheffield (Reino Unido), e com o Finish National Virus Vetor Laboratory, da Universidade da Finlândia Oriental, instituições pioneiras no desenvolvimento de terapia génica.

Vai envolver várias estruturas da Universidade de Coimbra, tais como o Centro de Neurociências e Biologia Celular, o Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia, e as Faculdades de Farmácia, Medicina e Ciências e Tecnologia.

Espera-se que o GeneT venha a ter um impacto significativo na saúde pública portuguesa, ao permitir o desenvolvimento de novas terapias para doenças graves e sem tratamento, e que venha a ser um exemplo do potencial da investigação científica para melhorar a vida das pessoas.

Médico explica
No âmbito do Dia Mundial do Cancro, data assinalada a 4 de fevereiro, Carlos Portinha, diretor clíni

A nível estético, são vários os efeitos dos tratamentos de quimioterapia que se refletem não só em todo o sistema imunológico como também em aspetos como a pele, unhas e o cabelo que pode cair praticamente de um dia para o outro. O cabelo é, sem dúvida, um dos aspetos que maior impacto provoca, não só físico, mas também, emocional nos pacientes de cancro.

No caso dos homens, esta situação é socialmente mais aceite, mas para as mulheres esta é uma realidade que poderá ser mais difícil encarar devido aos padrões de beleza impostos pela sociedade. O cabelo constitui uma parte significativa da sua imagem e perdê-lo constitui uma preocupação acrescida, na medida em que, muitas vezes, a mulher acaba por se sentir privada da sua feminilidade, expondo à sociedade a sua luta contra a doença. A questão da alopécia, associada à doença, acaba por ter um elevado impacto psicológico, pelo que muitas mulheres, perante a sociedade, optam por ocultar esta realidade, encobrindo a cabeça nua debaixo de lenços ou perucas.

A alopécia associada a tratamentos de cancro é algo quase incontornável, pelo que, no decorrer dos tratamentos de quimioterapia, não devem ser utilizados cuidados anti queda. A frequência da queda de cabelo é variável e depende dos fármacos utilizados no tratamento. Será necessário aguardar um período de dois a três meses após os tratamentos de quimioterapia para iniciar todo o ritual de cuidados e recuperação da saúde capilar.

No entanto, existem algumas medidas que o doente pode adotar para minimizar o impacto da alopécia, sobretudo, no couro cabeludo:

  • Após começar o primeiro tratamento, deve cortar o cabelo de modo que, quando este começar a cair, não arraste a raiz na queda.
  • A utilização de champôs deve ter em consideração a sensibilidade do couro cabeludo, pelo que os mesmos devem ser suaves. Neste caso, a Insparya sugere soluções como o DERMOCALM, um champô com propriedades anti-inflamatórias e de reestruturação graças ao óleo de mirtilo, algas marinhas e bisabolol, componente essencial do óleo essencial de camomila. Tem uma importante ação descongestionante e calmante do couro cabeludo.
  • Outro aspeto importante é evitar tudo que possa agredir o couro cabeludo como sejam permanentes, colorações e secagem do cabelo com secador.

Após a conclusão dos ciclos de quimioterapia, o cabelo volta a crescer lentamente, podendo levar três a seis meses. Para recuperar e manter a saúde capilar há toda uma rotina diária que pode fazer a diferença. Como explica Carlos Portinha, Diretor médico do Grupo Insparya “a melhor fórmula para cuidar do cabelo é optar por estilos de vida saudáveis”:

  • Exercício físico. Qualquer atividade física é benéfica para lidar com momentos de ansiedade. Começar a fazer exercício, não só melhorará a saúde do seu cabelo, mas também o seu bem-estar físico e mental geral, libertando ansiedade, endorfinas e promovendo o sono. Além disso, o exercício leva a um aumento da transpiração, eliminando as toxinas e promovendo o crescimento normal do cabelo e a sua queda.
  • Alimentação saudável: Cuidar da sua alimentação é uma medida essencial para cuidar do cabelo e travar a possível queda. Manter uma dieta equilibrada é fundamental para a nossa saúde e um excelente indicador do estado do nosso cabelo: evite a cafeína, o álcool ou o excesso de gordura, e inclua na sua dieta alimentos ricos em ferro, zinco, magnésio, ácido fólico ou iodo. Não se esqueça também de beber água. A hidratação é fundamental e ajuda a fortalecer o cabelo.
  • Descanso: é algo crucial para um cabelo forte e saudável. Os especialistas recomendam que se adote uma rotina noturna baseada em horários regulares de sono, evite refeições pesadas antes de ir para a cama e estimulantes como café, chá ou álcool ao fim do dia.
  • Champôs adequados: Por outro lado, é fundamental escolher um bom champô adaptado às necessidades de cada tipo de cabelo e couro cabeludo, como a linha de soluções desenvolvida pela Insparya, que resulta de uma investigação biomédica, específica para diferentes patologias. "Uma boa higiene, como lavar o cabelo quando o sentimos sujo, é importante para evitar a acumulação de gorduras ou caspa, algo que poderia aumentar a queda de cabelo", acrescenta Carlos Portinha.
  • Nutrição capilar:  Existem tratamentos capilares que ajudam a nutrir e a fortalecer o cabelo, podendo ser personalizados para cada caso como explica o especialista: "Na Insparya contamos com tratamentos como o MesoHair+ Insparya, uma técnica rápida e fácil de aplicar que bioestimula e nutre o cabelo. Assim como, o Insparya Active Plasma que regenera os tecidos, atrasando a deterioração das unidades foliculares causadas pelo envelhecimento. Estes dois tratamentos também podem ser combinados com bons cuidados capilares em casa, através da utilização do kit MesoHair+ Home Insparya ou do Capacete de Fotobiomodulação como tratamento de uso frequente".

Em situações em que, apesar da recuperação total face à doença, a alopécia continua a ser um problema, o transplante capilar poderá ser a melhor solução. Nestes casos é sempre recomendável recorrer a profissionais especializados para alcançar os resultados mais precisos e naturais, assim como o melhor acompanhamento ao longo e após o processo.

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Posição da APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares
Atualização do preço dos medicamentos, em moldes semelhantes à revisão de 2023, “é um bom ponto de partida para colmatar a...

No preâmbulo da Portaria hoje publicada refere que “esta medida está em linha com o procedimento adotado em 2023, com resultados favoráveis do ponto de vista do controle da despesa pública com medicamentos no mercado de ambulatório, da proteção do acesso dos cidadãos ao medicamento, através do controle do preço. Ao mesmo tempo, facilitou condições de produção e comercialização dos medicamentos de mais baixo custo, garantindo a sua presença no mercado e fazendo com que constituam, assim, alternativas terapêuticas efetivas”.

A mesma associação da indústria farmacêutica reforça “o papel dos medicamentos genéricos e biossimilares na atual sustentabilidade financeira do SNS e das famílias, uma vez que estes fármacos mais custo-efetivos libertam recursos que são investidos no financiamento de novos cuidados de saúde, nomeadamente em novas tecnologias de saúde inovadoras, proporcionando um acesso mais equitativo, traduzido no círculo virtuoso da sustentabilidade”.

A responsável da APOGEN garante que a intenção da indústria de medicamentos genéricos e biossimilares é “continuar a promover a sustentabilidade e o acesso à saúde, com o lançamento de novos produtos”, mas acrescenta que “a manutenção das mais-valias destes fármacos para todo o setor está dependente das atuais condições de sustentabilidade dos fabricantes, que são impactados pelo aumento exponencial de custos de produção na conjuntura atual”.

Segundo APOGEN a “indústria de medicamentos genéricos e biossimilares é impactada, há vários anos, pelo aumento da inflação, dos custos de transporte (em mais de 500%), das matérias-primas (entre 50% a 160%), dos materiais de embalagem (entre os 20% e os 33%) e do preço da energia (entre 30% e 65%), devido a fatores geopolíticos internacionais, nomeadamente a pandemia, a Guerra na Ucrânia e agora a mais recente crise no Mar Vermelho”.

Além da atualização do valor dos medicamentos com preços mais baixos, a mesma associação representante da indústria farmacêutica reforça que a disponibilidade e a produção contínua de medicamentos estão igualmente dependentes do diálogo com os atores políticos, pelo que são necessárias outras medidas adicionais, nomeadamente a atualização do modelo de preço e comparticipação.

 
Oncologia veterinária
No âmbito do Dia Mundial do Cancro, que se assinala a 4 de fevereiro, a AniCura, grupo de hospitais e clínicas especializado em...

Alguns tipos de tumor são benignos e não representam uma ameaça imediata. Contudo, os tumores malignos devem ser diagnosticados e tratados com a maior celeridade possível a partir do momento da deteção. As doenças oncológicas afetam, sobretudo, animais com idades mais avançadas, ainda que alguns tipos de tumores possam desenvolver-se em animais mais jovens.

Os cuidadores devem estar atentos a alterações de comportamento, perda de vitalidade ou perceber se o seu cão ou gato bebe e/ou urina mais do que o habitual. Outros sinais mais evidentes são a tosse, sangramento da cavidade oral, fezes escuras, distensão abdominal ou cansaço extremo. Estes sinais devem ser tidos ainda mais em conta se o animal tiver alguma idade. Nas fêmeas é importante palpar frequentemente a cadeia mamária e qualquer nódulo suspeito deve ser avaliado pelo médico veterinário. Qualquer lesão nova, mesmo que não cresça, mas que não desapareça ao final de duas semanas, deve ser diagnosticada, pois pode tratar-se de um tumor.

“Quando a doença oncológica é detetada num estadio inicial, as possibilidades de cura são elevadas. Contudo, esta deteção atempada só é possível quando os cuidadores estão atentos e informados e mantêm rotinas de visita ao seu médico veterinário”, refere Joaquim Henriques, médico veterinário, Diretor do Centro de Referência em Oncologia e Cirurgia Oncológica Veterinária no AniCura Atlântico Hospital Veterinário (COA).

Os meios de diagnóstico possibilitam, hoje, a identificação exata destas doenças e a sua caracterização e, tal como na Medicina humana, “existem tratamentos que permitem prolongar a qualidade de vida destes animais e, em alguns casos, muito particulares, permitindo a remissão longa ou até mesmo a cura”, refere Joaquim Henriques.

A prevenção e acompanhamento são, assim, a chave para o diagnóstico atempado das doenças oncológicas. Visitas regulares ao médico veterinário permitem a deteção atempada e um melhor prognóstico para os animais de companhia. Quando são detetados alguns sintomas que podem indicar a presença de doença oncológica, o médico veterinário procede a métodos complementares de diagnóstico, como análises sanguíneas, citologias, biópsias, ecografia, tomografia ou ressonância magnética, etc. As técnicas de diagnóstico permitem determinar o tipo de cancro e direcionar, assim, o tratamento adequado ao animal.

Lembra Joaquim Henriques que “nem todos os animais serão bons candidatos a determinados tipos de tratamento e há que ter uma conversa franca com o cuidador no que diz respeito a benefícios e o que engloba um plano de tratamentos”. Numa grande parte dos tumores o animal poderá ter de ser sujeito a cirurgia para remoção da massa tumoral. Quando tal não é possível, pode recorrer-se à quimioterapia, radioterapia, electro quimioterapia ou imunoterapia, entre outras. A maioria destes tratamentos não apresenta efeitos secundários tão intensos como acontece nos humanos. Os animais mantêm, na grande maioria, uma boa qualidade de vida durante os tratamentos.

Alguns tipos de cancro podem ser prevenidos, como o cancro do sistema reprodutor em machos e fêmeas. A castração em cadelas jovens previne o cancro da mama, tumores do útero e do ovário. Em cães, a castração reduz o risco de o animal padecer de cancro dos testículos e de doenças da próstata. Ainda que a predisposição para o desenvolvimento de cancro não possa ser evitada, cuidados com a alimentação podem atuar como forma de prevenção, já que a obesidade é uma das doenças que promove o surgimento de tumores.

Enquanto responsável do Centro de Referência em Oncologia e Cirurgia Oncológica Veterinária no AniCura Atlântico Hospital Veterinário (COA), o Prof. Dr. Joaquim Henriques conta que, “atualmente, os centros e os profissionais de veterinária estão cada vez mais capacitados para receber e atuar em casos de cancro em animais de companhia” sendo, em diversas situações, o próprio e a sua equipa, referenciados por equipas internacionais.

 
Em causa estão os valores de reembolso das tabelas de convenções com o SNS
A Associação Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação (APMFR) alerta para a necessidade de revisão dos valores de reembolso...

O aumento das condições salariais nas empresas do setor e a inflação galopante de preços em todos os consumíveis e equipamentos de proteção individual estão a asfixiar as unidades de saúde de medicina física e de reabilitação.

“A política de valores de reembolso constante das tabelas das convenções com o SNS é incompatível com a necessidade de uma mão-de-obra intensiva, especialmente qualificada e pessoal técnico diferenciado. Estes valores não são, por isso, compagináveis com a qualidade do serviço de saúde em causa, com a urgência de respostas ao estado de saúde dos utentes e as notórias vantagens que uma atuação célere tem na recuperação e manutenção da qualidade de vida do cidadão” afirma António Neves, Secretário-Geral da APMFR.

As unidades de saúde de medicina física e de reabilitação convencionadas com o SNS constituem uma rede espalhada pelo país, dando resposta às necessidades dos utentes, em especial aos mais vulneráveis, aos que menos posses têm e aos que mais dificuldades possuem em deslocar-se. De acordo com o sítio da transparência do SNS, em 2023, o setor tinha praticado mais de 50 milhões de atos de medicina física e reabilitação, o que revela a importância e a reposta que é dada, em especial, a uma parte da população mais idosa.

“Uma atuação mais rápida reduz os custos sociais, as baixas médicas, aumenta a produção laboral e impede agravamentos da saúde que são geradores de mais pressão e despesa sobre o SNS. Uma atuação a montante evita mais despesa, traduz-se em poupança e, acima de tudo, aumenta a qualidade de vida dos beneficiários” conclui António Neves.

Por esse motivo, a APMFR acredita que a colaboração entre o SNS e os operadores, atualmente sustentada num conjunto sério de benefícios e eficácia, poderá ser aprofundada e melhorada, com poupanças para o Estado e, acima de tudo, melhorias para os doentes.

Conclusões de estudo do iCBR-FMUC
Alterações no tecido adiposo podem constituir alvos terapêuticos para prevenir doenças metabólicas, que afetam 28,7% dos...

Segundo Paulo Matafome, investigador do Instituto de Investigação Clínica e Biomédica da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (iCBR-FMUC), as alterações precoces no tecido adiposo podem constituir “alvos terapêuticos para prevenir as doenças metabólicas associadas à obesidade”. Em Portugal estas patologias já afetam 28,7% das 67,6% de pessoas com excesso de peso.

Sabe-se que o índice de massa corporal, apesar de ser um fator de risco, não se relaciona diretamente com o desenvolvimento de doenças metabólicas, como a diabetes tipo 2, a doença do fígado gordo não alcoólica, doenças ósseas, demência e cancro. De acordo com Paulo Matafome, “as complicações da obesidade estão mais associadas à disfunção do tecido adiposo, mas os eventos que conduzem a esta disfunção não são completamente conhecidos”.

O estudo do iCBR-FMUC, publicado na revista norte-americana Metabolism mapeou cronologicamente as alterações a nível molecular do tecido adiposo visceral em doentes com obesidade e diferentes graus de disfunção metabólica, desde a insulino-sensibilidade até à diabetes tipo 2. Verificou-se ainda que, antes de o metabolismo da glicose sofrer alterações que originam a pré-diabetes e a diabetes tipo 2, a plasticidade e a remodelação do tecido adiposo em doentes com resistência à insulina diminuem.

A equipa de investigação que assinou o artigo científico Clinical and molecular profiling of human visceral adipose tissue reveals impairment of vascular architecture and remodeling as an early hallmark of dysfunction é constituída por Daniela Rosendo-Silva, Pedro Bastos Gomes, Tiago Rodrigues, Sofia Viana, André Nogueira da Costa, Philipp E Scherer, Flávio Reis, Francisco Pereira, Raquel Seiça e Paulo Matafome.

Dia 20 de fevereiro
A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) vai realizar a primeira parte do webinar “Uso avançado da Máscara...

Carlos Magalhães, presidente da APCA, dará início à sessão. De seguida, os moderadores Vicente Vieira, Presidente da Secção de Anestesia e Vogal da Direção da APCA, e J.M. Cordero, presidente da Asociación Española de Cirugía Mayor Ambulatória (ASECMA), vão abordar o tema “Utilização da máscara laríngea em situações controversas”.

Para finalizar a sessão, Cristina Midões, assistente de Anestesiologia na ULS de Braga EPE, irá tratar a “Utilização da máscara laríngea em cirurgia laparoscópica” e Adriana Rodrigues, assistente de Anestesiologia da ULS do Alto AVE EPE, abordará a “Utilização da máscara laríngea em decúbito ventral”.

No final, haverá oportunidade de esclarecimento de dúvidas entre todos os participantes.

Dia 3 de fevereiro
Especialistas da área da Ginecologia, Obstetrícia e Medicina da Reprodução reúnem-se no dia 3 de fevereiro para debaterem os...

Fátima Faustino, Presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e Luís Vicente, Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, serão os moderadores deste encontro, que contará com a apresentação do Estudo Vivendo, por Filipa Osório, ginecologista com conhecida experiência nesta área, realizado com o objetivo de perceber melhor o percurso e impacto que a Endometriose tem a nível nacional; com o painel “Tratamento da Endometriose nos dias de hoje”, por Pietro Santulli, ginecologista no Hospital Universitário de Paris Central, dedicado à investigação da Endometriose na infertilidade; e ainda a apresentação do novo medicamento para a Endometriose, que ficará a cargo do ginecologista José Reis, investigador na área da Endometriose.

A nova solução terapêutica com as substâncias ativas relugolix, estradiol e acetato de noretisterona está desde 2021 aprovada para o tratamento sintomático dos miomas uterinos e, em outubro de 2023, recebeu aprovação pela EMA (Agência Europeia do Medicamento) para o tratamento sintomático da endometriose em mulheres com uma história de tratamento médico ou cirúrgico prévio para a sua endometriose.

O encontro visa conhecer os desafios atuais e as novas soluções terapêuticas da Endometriose para uma resposta mais diversificada às doentes com esta patologia.

O evento realizar-se-á no dia 3 de fevereiro, a partir das 10h30, em Lisboa, e a sessão de abertura contará com a presença de Szabolcs Szemánszki, Diretor Geral da Gedeon Richter Portugal.

“Ana Lázaro – Bolsa de Investigação em Cancro”
A NOVA Medical School criou a “Ana Lázaro – Bolsa de Investigação em Cancro", uma iniciativa que visa impulsionar a...

O objetivo principal desta bolsa de investigação é promover o avanço do conhecimento sobre o cancro, melhorar os cuidados e serviços de saúde relacionados com doenças oncológicas, aumentar a qualidade de vida dos pacientes e fomentar a colaboração interna entre as equipas biomédicas e clínicas da NOVA Medical School.

A bolsa, que conta com um orçamento total de €210,000, será distribuída por três projetos de investigação no valor de 70.000 (setenta mil euros) cada, atribuídos em três anos consecutivos, começando em 2024 e seguindo-se em 2025 e 2026, visando impulsionar investigações inovadoras e de impacto duradouro.

Os projetos de investigação admitidos a concurso devem abranger diversas vertentes da área do Cancro, incluindo prevenção, diagnóstico/marcadores, terapia, cuidados e serviços de saúde, bem como a qualidade de vida dos pacientes com cancro e sobreviventes. Estes projetos devem ter uma duração máxima de 24 meses e devem ser propostos por equipas de investigadores biomédicos e clínicos afiliados à NOVA Medical School.

A "Ana Lázaro – Bolsa de Investigação em Cancro" é financiada pela família de Ana Lázaro, uma aclamada bailarina e coreógrafa luso-espanhola que destinou uma parte da sua herança à ciência, principalmente para avançar a investigação na área do cancro.

“A iniciativa tomada, em vida, por Ana Lázaro mostra-nos, a todos enquanto sociedade, que apoiar a ciência está ao nosso alcance. É o nosso dever poder contribuir para mais e melhor investigação. Esse tem sido sempre o papel da NOVA Medical School e esta Bolsa vai permitir dar ainda mais destaque ao trabalho dos nossos investigadores”, refere Helena Canhão, Diretora da NOVA Medical School.

As candidaturas à "Ana Lázaro – Bolsa de Investigação em Cancro" arrancam no dia 4 de fevereiro, Dia Mundial do Cancro, e podem ser feitas no site da NMS.

4 de fevereiro | Dia Mundial de luta contra o Cancro
O cancro é uma realidade que afeta milhões de vidas em todo o mundo, sendo responsável por uma signi

O cancro caracteriza-se pelo crescimento descontrolado de células anormais e representa uma enorme ameaça para a nossa sociedade, uma vez que o seu impacto não é apenas na vida do doente, mas também na dos seus familiares. De acordo com dados da Comissão Europeia, estima-se que o impacto económico global do cancro na Europa seja de 100 mil milhões de euros por ano.

A propósito do Dia Mundial de luta contra o Cancro, que se assinala a 4 de fevereiro, recordamos, através do Blog da Medicare `Mais Saúde´, algumas das questões mais comuns quando se enfrenta este problema.

Como surge?

O cancro tem origem em alterações genéticas nas células normais, transformando-as em células cancerígenas. Essas alterações podem ser desencadeadas por diversos fatores, como exposição a substâncias carcinogénicas, radiações ultravioleta, predisposição genética, substâncias químicas e mutações aleatórias ao longo do tempo.

O crescimento descontrolado das células cancerígenas resulta na formação de tumores, podendo estes invadir tecidos adjacentes e espalhar-se para outras partes do corpo, um fenómeno conhecido como metástase.

Metástases – Em que é que consistem?

As metástases dão-se quando células cancerígenas se deslocam para novas áreas do corpo, representando, assim, um desafio significativo no tratamento do cancro. A capacidade dessas células em manipular o ambiente ao seu redor é crucial para o estabelecimento de novos focos de crescimento maligno. A angiogénese, ou formação de novos vasos sanguíneos, é uma estratégia utilizada por algumas células cancerígenas para garantir nutrientes e oxigénio ao novo tumor.

Tumores benignos vs. tumores malignos – Qual a diferença?

É importante destacar que nem todos os tumores são cancerígeno. Os tumores podem ser benignos, não cancerígenos e de crescimento lento, ou malignos, cancerígenos e capazes de se espalhar para outras partes do corpo. O cancro, por sua vez, refere-se especificamente a tumores malignos invasivos.

Tipos de cancros e sintomas a ter em consideração:

Existem mais de 100 tipos de cancros, classificados entre carcinomas, sarcomas, linfomas, leucemias, mieloma múltiplo e melanoma, entre outros. Em Portugal, os cancros mais comuns incluem o da pele, pulmão, mama, colorretal, próstata e ovário. Os sinais de alerta para o cancro variam, sendo essencial estar atento a mudanças na pele, nódulos, sangramento anormal, dores persistentes, alterações nos hábitos intestinais/urinários, perda de peso inexplicada, fadiga prolongada entre outros.

Diagnóstico e tratamento:

O diagnóstico do cancro envolve exames físicos, análises de sangue, imagens médicas e biópsias. A biópsia, processo que retira uma amostra do tumor para análise, é crucial para determinar o tipo e estágio do cancro. Quanto ao tratamento, existem diversas abordagens disponíveis, incluindo cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, terapêutica hormonal e transplante de células estaminais.

Prevenção e estratégias para uma vida mais saudável:

Embora a genética influencie a suscetibilidade ao cancro, fazer escolhas que contribuam para uma vida mais saudável desempenham um papel crucial na prevenção. Adotar uma dieta variada, manter um peso saudável, evitar o tabaco, limitar o consumo de álcool, proteger-se do sol e participar em rastreios regulares são estratégias eficazes. O diagnóstico precoce é fundamental e a prevenção é um compromisso de todos para uma vida mais longa e saudável.

Lembre-se, ao notar sinais preocupantes, consulte um médico para uma avaliação adequada. A prevenção e o diagnóstico precoce são aliados essenciais na luta contra o cancro. Faça rastreios anuais e cuide da sua saúde!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Cancro do Pulmão é responsável por 15,4% das mortes por cancro em Portugal.
No âmbito do Dia Mundial do Cancro, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) sublinha a importância do diagnóstico precoce na...

Para Francisco Cavaleiro de Ferreira, presidente da LPCC, as práticas nacionais devem estar em linha com as recomendações europeias e a evidência científica aponta para uma relação direta entre o diagnóstico precoce, a eficiência e a efetividade dos tratamentos contra o cancro do pulmão. “É urgente garantirmos que toda a população elegível tem a possibilidade de fazer o rastreio do cancro do pulmão. Para além da adoção de estilos de vida saudáveis, esta é a única forma de conseguirmos diminuir a mortalidade por esta doença”.

O presidente da LPCC refere ainda que a implementação de rastreios deverá ser realizada, no seu início, através da disponibilização de projetos piloto em zonas diferentes, de acordo com caracterizações sociais, económicas e de saúde diversas, tal como preconizado pela Comissão Europeia.

Cavaleiro de Ferreira adianta também que “existem várias populações e regiões da Europa que já têm implementados programas de rastreio de base populacional para o cancro do pulmão, verificando-se, a par da redução da mortalidade, uma diminuição das despesas de saúde e do impacto social e familiar da doença. No nosso país, temos também de dar este passo fundamental para o sucesso da luta contra esta doença”. 

Em Portugal, de acordo com o Registo Oncológico Nacional (RON), o cancro é a segunda causa de morte, responsável por mais de 28 mil óbitos anuais, tendo sido, em 2020, responsável por 23% de todas as mortes.

Ainda segundo o RON, o cancro do pulmão é o mais mortal, com um número de óbitos que supera os cancros da mama, próstata e colo-rectal juntos, sendo responsável por 15,4% das mortes por cancro em Portugal. Em 2020, 4.307 pessoas morreram com cancro no pulmão (3.204 homens e 1.103 mulheres).

Os dados do RON mostram também que, além do cancro do pulmão, os cancros da mama, da próstata e o cancro colorretal continuam a ser dos mais frequentes. No caso particular da população feminina, o cancro da mama continua a ser o cancro com maior incidência e o mais responsável pela mortalidade das mulheres (16,1%).

 
Dia 7 de fevereiro
O evento organizado pelo EIT Health, que trabalha em conjunto com os seus parceiros para moldar o futuro dos cuidados de saúde...

Este vai ser um evento de matchmaking de start-ups onde a comunidade internacional de inovação se reúne para revolucionar os cuidados de saúde através da inovação colaborativa. Vai ser uma oportunidade única para descobrir a influência pioneira de Portugal no futuro dos cuidados de saúde na Europa.

 No EIT Health Matchmaking Lisboa 2024 vão estar presentes fundadores de start-ups de sucesso, como a iLoF, que contou com a colaboração internacional da rede da EIT Health que os ajudou a transformar a sua inovação pioneira num produto comercializável.

Do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) estará presente um representante para falar sobre a forma como a inovação se concretiza na prática com o Projeto FLASHKNiFE, uma abordagem inovadora à radioterapia convencional como tratamento do cancro. Esta solução promete oferecer um tratamento mais potente e mais bem tolerado, sem equivalente no mercado atual. Os doentes poderão ficar curados numa única sessão, em vez de 5 a 20 sessões de radioterapia convencional, reduzindo os custos dos cuidados de saúde. Um tratamento mais bem tolerado, com menos efeitos secundários, significa um maior conforto para o doente e reduz a necessidade de tratar os efeitos secundários.

Esta vai ser uma oportunidade única para acompanhar um painel de discussão de relevo sobre Start-Ups Portuguesas que estão a inovar o futuro dos cuidados de saúde na Europa e onde oradores convidados discutirão o papel pioneiro de Portugal nessa matéria, particularmente no domínio dos dados de saúde.

 
O período de transição ficará concluído no final deste mês
A Lusíadas Saúde concluiu o processo de aquisição das Clínicas Dr. Well’s, da MC do Grupo Sonae, passando, a partir de hoje, a...

Esta aquisição integra-se no plano estratégico de expansão, o qual permite à Lusíadas Saúde chegar a novos destinos, tais como, por exemplo, Loures, Cascais, Leiria, Coimbra, Vila Real e Guimarães.

Com a integração das Clínicas Dr. Well’s no universo do Grupo, uma referência há 25 anos na saúde privada, a Lusíadas reforça a sua aposta na medicina dentária, posicionando-se agora numa posição de enorme relevo no mercado.

 
Para responder às necessidades de saúde dos cidadãos
A Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra) vai assinar, amanhã, pelas 10h, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Mira,...

“Uma das grandes preocupações da ULS Coimbra é dotar a região com médicos de família em número suficiente para responder às necessidades de saúde dos cidadãos, principalmente nos concelho com maior carência, como é o caso de Mira”, avançou o Presidente do Conselho de Administração da ULS Coimbra, Alexandre Lourenço. Destes cinco médicos recém-especialistas, dois ficarão em Mira, outros dois em Cantanhede e um em Coimbra, no Centro de Saúde de Fernão de Magalhães.

“A ULS Coimbra tem procurado fortalecer, cada vez mais, a sua relação com as autarquias, que acreditamos ser um parceiro essencial na implementação de políticas de saúde, principalmente nas respostas de proximidade”, frisou Alexandre Lourenço, que diz ser “uma satisfação acolher estes novos profissionais de saúde no corpo clínico da ULS Coimbra”.

Almerinda Rodrigues, Diretora Clínica para a área dos Cuidados de Saúde Primários, destaca o facto de ser “a primeira vez que se descentraliza a assinatura dos contratos”, frisando que “é especialmente simbólico o facto de a assinatura ser feita num concelho que tem falta de médicos de família, algo que representa a resposta às preocupações de proximidade e descentralização que a nossa ULS Coimbra assumiu desde o primeiro momento”.

 
Opinião
O cenário internacional encontra-se atualmente marcado por conflitos e guerras que impactam não apen

Como é do conhecimento de todos o contexto internacional de guerra causa, inevitavelmente, perturbações económicas a nível global. Portugal, como parte integrante do sistema económico mundial, não está isento destas turbulências. As consequências de uma recessão económica nunca são meigas e podem levar a altas taxas de desemprego, pobreza e insegurança financeira, sendo estes fatores altamente favoráveis ao aumento de stress e ansiedade generalizados por parte das famílias que se deparam com dificuldades acrescidas, e sem recursos para efetuar a manutenção do estilo de vida anteriormente adotado. Com despesas assumidas, que têm de ser cumpridas, e filhos para criar, esta situação torna-se tremendamente impactante no estado emocional de quem sente o peso da responsabilidade.

A crise internacional resulta também em fluxos maciços de refugiados. O deslocamento forçado por parte de quem, com toda a legitimidade, se recusa a aceitar uma guerra que destrói o seu país, a sua cidade e as suas gentes, e que pretende proteger o pouco que ainda lhe resta, expõe estes indivíduos a condições extremamente adversas. A sua chegada a um país que se pretende acolhedor, pode também desencadear sentimentos mistos na população de origem, incluindo empatia e solidariedade e, ao mesmo tempo, ansiedade em relação ao impacto social, económico e cultural. Todas estas condicionantes são promotoras do aparecimento de uma enorme instabilidade da sociedade em geral, nos nativos e nos refugiados.

Não podemos esquecer que esta instabilidade apresenta transtornos biológicos e psicológicos no ser humano. Em momentos de tristeza, medo e preocupação, o corpo passa por uma série de alterações biológicas como resposta ao stress emocional. Essas mudanças fazem parte da complexa interação entre o sistema nervoso, o sistema endócrino e o sistema imunológico. Se por um lado a sua presença constitui uma resposta normal do corpo à adversidade, por outro lado a sua persistência no tempo, pode ter efeitos adversos na saúde física e mental a médio/longo prazo.

Neste sentido, é fácil entender que os conflitos armados são um catalisador para o trauma psicológico em escala massiva. Os cidadãos em países diretamente afetados experimentam níveis elevados de stress, ansiedade e transtorno pós-traumático que os coloca numa situação de enorme fragilidade no que diz respeito à saúde mental. Contudo, estas consequências não se limitam ao espaço geográfico dos conflitos, pois também nas restantes nações, se instalam tensões psicológicas que derivam da observação continua, através dos média, de cenários aterradores e da perceção de impotência perante tamanha atrocidade, aos quais nenhum ser humano consegue ser indiferente. A informação que diariamente nos entra em casa através dos meios de comunicação tem um forte impacto negativo no nosso bem-estar e consequências no estado emocional.

Quando nos deparamos com situações que escapam ao nosso controle, é natural que emoções intensas, como a revolta e a impotência, surjam como respostas à injustiça, ao caos e à incerteza. A revolta frequentemente caminha lado a lado com a impotência, que é uma sensação avassaladora de incapacidade diante dos desafios que se apresentam. É como lutar contra um vendaval, onde cada esforço parece insuficiente para modificar o curso dos acontecimentos. Essa impotência, por sua vez, pode gerar um profundo desconforto emocional, alimentando uma sensação de desamparo diante da magnitude da crise.

A revolta pode ser uma força motriz para a mudança. Transformar a indignação em ações concretas, permite que a revolta se transforme numa força positiva. Por outro lado, a impotência, pode ser enfrentada através da aceitação do que não podemos mudar e da concentração e foco naquilo que está ao nosso alcance e é possível transformar.

O aumento da procura de serviços de saúde mental é uma realidade, particularmente, em períodos de crise. A capacidade do sistema de saúde mental é testada à medida que a procura aumenta e é crucial que a resposta a estas necessidades esteja devidamente instituída e estruturada para garantir a resposta adequada.

A importância de cuidar da saúde mental é de extrema relevância, mas quando o contexto que se vive é indutor de grandes desafios emocionais, torna-se ainda mais importante não negligenciar esta vertente da saúde. Embora as circunstâncias possam ser desafiadoras e a incerteza assumir um papel preponderante, encontrar força e resiliência dentro de cada um de nós não é uma tarefa fácil, mas é uma jornada fundamental. Assim como cuidamos dos nossos corpos físicos, a saúde mental também merece toda a nossa atenção e dedicação.

No meio do caos, é essencial cultivar a esperança. O desafio de olhar para além das adversidades e manter a chama da determinação viva é um ato de coragem essencial. A força mental, muitas vezes, é o pilar que sustenta a resistência em tempos difíceis e garante que o físico não desiste e continua a lutar pela sobrevivência.

Nesse cenário desafiador, é importante lembrar que as emoções que experimentamos são válidas. A tristeza, o medo e a ansiedade são reações humanas naturais, mas também somos capazes de encontrar alegria, coragem e solidariedade no meio do tumulto.

Num contexto em que é fundamental a interajuda, a solidariedade contribui positivamente para a saúde mental coletiva, criando uma atmosfera de apoio e compreensão mútuos. Em comunidades solidárias, a consciencialização sobre as necessidades emocionais dos outros é elevada, e promove um ambiente mais saudável para todos. A solidariedade não transforma apenas vidas materialmente, mas também molda positivamente o panorama psicológico. Ao colocarmos em prática a solidariedade, construímos um caminho para a resiliência, autoaceitação e um profundo sentimento de pertença, criando um ciclo virtuoso de bem-estar emocional geral.

O apoio mútuo é uma fonte inestimável de fortaleza. Ao partilharmos as nossas debilidades emocionais, construímos uma rede de suporte que nos ajuda a superar obstáculos. Juntos, somos mais fortes, e capazes de enfrentar as tempestades emocionais que o contexto de crise inevitavelmente transmite.

Nunca devemos subestimar o poder da resiliência. Mesmo em tempos de conflito, podemos aprender, crescer e conseguimos, com toda a certeza, adaptarmo-nos à nova realidade como forma de proteção. A resiliência é a capacidade de se curvar, mas não quebrar, de encontrar luz nas sombras e de emergir mais forte do que nunca.

Nos momentos menos positivos, é fácil e habitual esquecermos a importância do autocuidado. No entanto, é justamente nestes períodos que cuidar de nós mesmos se torna um ato revolucionário. Priorizar o descanso, nutrir o corpo e a mente, e permitir momentos de tranquilidade são investimentos inestimáveis para a saúde mental. É imperativo encontrar momentos de paz. Seja através da meditação, da arte, da música ou da natureza. Encontrar fontes de serenidade é uma maneira poderosa de acalmar a mente inquieta.

Ao cuidarmos da nossa saúde mental, conseguimos, não apenas, resistir às adversidades, mas também construir um novo e mais resistente alicerce para a reconstrução futura. Se nos focarmos na nossa própria força interior, contagiamos e inspiramos os outros a caminhar na mesma direção.

Num contexto internacional de guerra, Portugal enfrenta desafios psicológicos significativos decorrentes da crise global. É por isso imperativo que as políticas públicas e os recursos de saúde mental estejam preparados para atender às crescentes necessidades da população. A compreensão aprofundada destes efeitos psicológicos permite uma abordagem mais eficaz na mitigação do impacto e na promoção do bem-estar mental em tempos difíceis.

É crucial lembrar que não estamos sozinhos nas nossas jornadas. Procurar apoio, seja de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental, é um ato de coragem e sabedoria. A vulnerabilidade não é fraqueza, mas sim, a essência da humanidade.

Cuidar da saúde mental não é apenas uma escolha sábia é uma necessidade vital.

Não existe saúde sem saúde mental!


 
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