Galardão entregue pela Fundação Galenus
Cláudia de Freitas Martins, diplomada em Ciências Biomédicas pela Universidade da Beira Interior (UBI), foi escolhida para...

Cláudia Martins foi aluna da UBI, entre 2012 e 2015, no curso de 1.º Ciclo/Licenciatura em Ciências Biomédicas, que integra a oferta formativa da Faculdade de Ciências da Saúde.

“Com resultados de investigação impressionantes no seu projeto multidisciplinar ‘Protótipo nanomédico sensível a estímulos com direcionamento dual para o cérebro e o tumor no tratamento de glioblastomas’, Cláudia Martins demonstrou a sua excelência no início do pós-doutoramento”, refere a Fundação Galenus, na descrição do percurso da premiada, que considera recheado de “realizações científicas excecionais”. Esta é a primeira vez que o prestigiado prémio é entregue a um investigador português.

A antiga aluna da UBI tem como áreas de interesse os biomateriais e nanomedicina – focadas no cancro –, administração de medicamentos para o cérebro e engenharia de tecidos.

Desde 2015 que o seu trabalho valeu-lhe uma bolsa Marie Sklodowska-Curie e a participação em sete projetos de I&D. A sua produção científica inclui mais de 20 artigos em revistas internacionais, quatro capítulos de livros e mais de 40 comunicações em conferências internacionais. Outra nota de registo são as cerca de duas dezenas de distinções que recebeu.

Cláudia Martins é atualmente investigadora do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S).

11 projetos de investigação recebem apoio financeiro da Fundação ”la Caixa”
A Fundação ”la Caixa” realizou, em Barcelona, a cerimónia de entrega do apoio financeiro a 11 projetos de investigação em...

Trata-se de um total de 33 projetos selecionados no âmbito do Concurso CaixaResearch de Investigação em Saúde 2023, que tem por objetivo promover a investigação biomédica de base, clínica e translacional de excelência e com grande impacto social. O concurso, ao qual se apresentaram 493 projetos dos dois países, foi dotado com um total de 25,3 milhões de euros e destina-se a projetos que abordam os desafios da saúde.

Em Portugal, candidataram-se ao concurso 152 projetos, dos quais foram selecionados 11, que, no seu conjunto, irão receber um total de 7,9 milhões de euros. Os projetos abordam desafios da saúde, como o das doenças infeciosas, sobre o qual incidem quatro dos projetos selecionados. O concurso também premiou três projetos portugueses relacionados com as neurociências, dois relacionados com as doenças cardiovasculares e metabólicas, um projeto ligado à oncologia e um projeto centrado no desenvolvimento de tecnologia facilitadora num dos campos descritos anteriormente.

Na cerimónia, que teve lugar no Museu da Ciência CosmoCaixa de Barcelona, o diretor-geral da Fundação ”la Caixa”, Antonio Vila Bertrán, recordou: «A investigação científica é fundamental para o progresso social e para o bem-estar dos cidadãos. A ciência não só nos ajuda a construir a sociedade do conhecimento, mas também é a chave para melhorar a qualidade de vida daqueles que mais necessitam.»

Os investigadores Carlos Ribeiro (Champalimaud Centre for the Unknown) e Mariona Graupera (Instituto de Investigación contra la Leucemia Josep Carreras), em representação dos 33 projetos selecionados na edição de 2023, participaram, ao lado de Ignasi López, diretor da Área de Relações com Instituições de Investigação e Saúde da Fundação ”la Caixa”, numa mesa redonda onde se abordaram os desafios e as oportunidades da investigação em Portugal e Espanha.

A iniciativa é realizada em colaboração com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), pertencente ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que financia com 3,7 milhões de euros 5 dos 11 projetos portugueses selecionados nesta edição.

Apoio centrado em resultados que melhorem a vida dos doentes

O Concurso CaixaResearch de Investigação em Saúde é um concurso competitivo que conta com especialistas internacionais de grande prestígio nas suas áreas de estudo para a seleção dos projetos de maior excelência científica e impacto social. Desde o início do Programa em 2018, a dotação do concurso totaliza 120,5 milhões de euros para 171 projetos, 117 dos quais liderados por equipas espanholas e 54, por grupos de investigação portugueses. Atualmente, trata-se do concurso filantrópico de investigação em biomedicina e saúde mais importante da Península Ibérica.

Dia Nacional da Anemia | 26 de novembro
De acordo com dados do estudo EMPIRE, a anemia afeta um em cada cinco portugueses e é uma complicaçã

Apesar de ambas as condições serem comuns, os sinais e sintomas são inespecíficos, de instalação lenta e progressiva e, como tal, podem passar despercebidos. A anemia associada à doença renal crónica tem forte impacto na qualidade de vida, mas também contribui para a mortalidade, sobretudo cardiovascular, para a morbilidade e para os elevados custos em saúde atribuídos à doença renal crónica.

Neste Dia Nacional da Anemia – 26 de novembro - a Sociedade Portuguesa de Nefrologia salienta estas duas condições clínicas, ambas problemas de saúde pública pouco reconhecidos, subdiagnosticados e subtratados.

Com o objetivo de identificar, diagnosticar e tratar precocemente a doença renal crónica e prevenir a anemia, alguns grupos de risco, como doentes com diabetes mellitus, hipertensão arterial, doença autoimune ou oncológica, devem ser acompanhados regularmente. Além disso, a identificação precoce destas duas patologias deve estar enquadrada numa política nacional de saúde e de governação clínica com vista a garantir, de forma equitativa, o acesso à resposta mais adequada a todos os casos que padecem de anemia e doença renal crónica.

Neste Dia Nacional da Anemia, não desvalorize os sintomas. Se sofre de diabetes mellitus, hipertensão arterial, doença auto-imune ou oncológica tem um risco agravado de sofrer de anemia, pelo que não deixe de procurar o seu médico!

 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
SPOT realiza o seu 7.º webinar
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) anuncia o seu 7.º webinar, que se irá realizar a 27 de novembro, das...

A primeira parte da sessão irá focar-se no ombro e terá início com a apresentação de Catarina Quintas, do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, que abordará o "Exame objetivo do ombro e a sua importância no diagnóstico da rigidez". Em seguida, Bernardo Nunes, do Centro Hospitalar Universitário de S. João, Porto, apresentará "Identificação, diagnóstico (exames complementares) e potenciais causas".

“Como abordar o doente com capsulite adesiva” será dividido e apresentado por dois especialistas: “Reabilitação e outras técnicas mini-invasivas”, por Miguel Costa, do Algarve Pain Centre, e “Abordagem cirúrgica”, por José Pinto, da CUF Almada. Já o último tema, “Como abordar o doente com rigidez pós-operatória (quando é tempo de parar)”, ficará a cargo de Jorge Ramos, do Hospital de Vila Franca de Xira.

A segunda parte da sessão irá concentrar-se no cotovelo, com a participação de Diogo Lacerda, do Hospital Ortopédico de Sant’Ana, que falará sobre o “Exame objetivo do cotovelo e a sua importância no diagnóstico da rigidez”. A palestra de Bruno Mota, do Hospital da Luz, abordará a “Etologia, fisiopatologia e classificação” do cotovelo. Além disso, palestrantes como Vânia Cruz, da Fisioroma, Nuno Moreira, do Hospital CUF Descobertas, Manuel Ribeiro da Silva, do Hospital CUF Porto e Rafael Dias, do Hospital de Cascais, irão completar o evento, ao oferecer perspetivas sobre o tratamento e prevenção da rigidez.

O webinar reservará um período para discussão entre os participantes. A participação é gratuita para todos os sócios da SPOT e as inscrições são limitadas.

Projeto europeu pretende uma prescrição mais adequada
No Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) novas ferramentas de avaliação e intervenção sobre o uso de...

A resposta eficaz à resistência aos antimicrobianos implica que o seu uso seja prudente, sensato e responsável e que se mantenham métricas e indicadores simples que permitam identificar áreas de melhoria de qualidade de prescrição. Assim, o “Drive-AMS” quer promover o uso adequado de antibióticos, através do reforço e capacitação dos programas de apoio à prescrição de antibióticos - antimicrobial stewardship (AMS) -, já existentes nas unidades hospitalares portuguesas, com o intuito de reduzir a emergência de resistências a antimicrobianos e, assim, garantir o acesso sustentável a estes fármacos indispensáveis. Esta é, aliás, uma das principais prioridades das políticas de saúde da UE. 

Liderado pelo Centro Hospitalar Universitário de St. Radboud e pela Universidade de Antuérpia, o programa vem contribuir para as metas europeias e nacionais de redução do uso inapropriado e combate à resistência aos antimicrobianos, sendo financiado pelo Programa EU4Health.

O São João (CHUSJ) integra o consórcio de seis instituições europeias e é a instituição portuguesa responsável pela implementação do projeto nas unidades hospitalares nacionais. Em Portugal, profissionais do CHUSJ, após uma formação inicial, realizam capacitação a outras unidades hospitalares para que possam ser incluídas como parceiras no projeto. A equipa é liderada por José Artur Paiva, inclui ainda Nuno Pereira e Francisco Almeida (CHUSJ) e conta com o apoio de elementos do St Radboud UMC e da Universidade de Antuérpia.

O CHUSJ, o CHTS e o IPOP têm já em curso intervenções de melhoria, nomeadamente na área da terapêutica antibiótica de infeções respiratórias adquiridas na comunidade (CHUSJ e CHTS) e da febre neutropénica (IPOP), com o intuito de reduzir os danos colaterais individuais e coletivos do uso de antibióticos e, dessa forma, reduzir a emergência de bactérias resistentes a antibióticos e mais difíceis de tratar e promover a sustentabilidade da eficácia destes fármacos.

Pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI)
A BebéVida, banco de tecidos e células estaminais, foi distinguida pela 14ª vez consecutiva com o estatuto de PME Líder do ano...

“Esta distinção é um motivo de orgulho para toda a equipa que diariamente trabalha na BebéVida. Sermos reconhecidos pelo 14º ano consecutivo pelo nosso serviço de excelência na área da criopreservação permite reforçar a confiança dos casais que optam pela BebéVida para guardar as células estaminais dos seus filhos” refere Luís Melo, administrador da BebéVida.

Lançada pelo IAPMEI em 2008, a distinção de PME Líder é atribuída a empresas nacionais que apresentem desempenhos superiores. São companhias que, pelas suas qualidades de desempenho e perfil de risco, se posicionam como motor da economia nacional no setor de atividade em que operam, adotando estratégias de crescimento e liderança competitiva. Reúnem, por isso, condições que lhes conferem credibilidade, notoriedade e confiança junto de clientes, parceiros e banca.

Este ano a BebéVida obteve ainda, pelo segundo ano consecutivo, a certificação da SCORING de “TOP 5% Melhores PME de Portugal”, que atesta a solidez económico-financeira das empresas e foi acreditada pela AABB, Association for the Advancement of Blood & Biotherapies, para o processamento de sangue e tecido do cordão umbilical. Existem apenas cinco laboratórios a nível mundial com as duas mais importantes acreditações internacionais, AABB e FACT, e a BebéVida passou a integrar esta curta lista, sendo o único laboratório em Portugal e na Europa.

“O reconhecimento por diversas entidades independentes e prestigiadas da nossa atividade são de fato relevantes e motivadoras para que continuemos a prestar um serviço de excelência junto das famílias portuguesas que reconhecem o potencial terapêutico que as células estaminais têm demonstrado no tratamento de mais de 80 doenças”, conclui Luís Melo.

 
5ª edição do Pharmacall
“A Revolução Silenciosa do SNS: que desafios para a Farmácia Comunitária?” foi o mote do evento organizado no dia 18 de...

“Citando António Arnaut, fundador do Serviço Nacional de Saúde, «as farmácias são a primeira linha de cuidados de saúde. A farmácia é a mão longa do SNS». Assim, e face ao contexto atual, a capilaridade da rede de farmácias é uma característica que pode e deve ser aproveitada pelo SNS em benefício das pessoas, principalmente as que vivem com doença, de modo a facilitar o seu percurso no sistema”, defendeu Maria do Carmo Neves, presidente do Conselho de Administração do Grupo Tecnimede, na sessão de abertura do evento.

Ora, numa altura em que decorre um processo de mudança organizativa no SNS, o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, começou, precisamente, por reconhecer o papel das farmácias comunitárias no contexto do sistema de saúde português, reconhecendo que esta é “a única rede cuja capilaridade supera a capacidade do SNS” e que, por isso, consegue estar ainda mais próxima dos cidadãos. Para Manuel Pizarro, as farmácias comunitárias, enquanto “lugares de promoção da literacia em saúde e espaços com uma enorme qualificação”, apresentam igualmente um potencial gigantesco como espaço de promoção do acesso à saúde dos portugueses”. Um potencial presente e futuro e que levou também o governante a invocar aquela expressão de António Arnaut, que entende como uma expressão “muito feliz” e a destacar “o dever de perceber o que podemos fazer mais para utilizar a capilaridade, a qualificação técnica, a dedicação das farmácias e dos farmacêuticos e pô-las ao serviço dos portugueses”.

Manuel Pizarro sublinhou a enorme pressão a que estão sujeitos os sistemas de saúde e não apenas o português, contudo, no caso nacional, “o que está em causa não é nenhuma diminuição da capacidade do SNS que, faz hoje muito mais do que alguma vez fez: mais consultas – no 1º semestre deste ano mais 9% nos hospitais do que no período homólogo em 2022 que já tinha sido o período com mais consultas de sempre -, faz mais cirurgias – mais 10% acima nos primeiros 9 meses deste ano do que no ano anterior – e assegura diariamente centenas de milhares de contactos”. O governante reconheceu, porém, a outra parte da realidade que é o facto de haver muitas necessidades não satisfeitas em saúde ou não no tempo útil desejável. “É mesmo importante olhar para a reorganização do sistema nacional de saúde no seu conjunto como uma estratégia essencial”, sustentou, sublinhando que, ainda que possam ser necessários mais recursos, “a soma de mais recursos sem ser acompanhada de uma reorganização não vai permitir dar a resposta necessária”.

O Ministro da Saúde confirmou assim que, no início do ano, será generalizada a todo o país as unidade locais de saúde (ULS), procurando passar à prática o que sempre esteve previsto na política de saúde que é a integração de cuidados e fazendo com que o SNS se organize em torno das necessidades das pessoas. “As 39 ULS simplificarão enormemente o funcionamento do SNS, que integrarão os IPO e o Hospital de Cascais, gerido em regime de parceria público-privada, ao invés das mais de cem instituições do modelo ainda vigente. Mas precisamos muito da participação das farmácias comunitárias neste esforço do acesso à saúde”, sublinhou. O ministro destacou processos já em curso, como é o caso da campanha sazonal de vacinação contra a gripe e contra a Covid-19 que ficou a cargo de mais de 2500 farmácias comunitárias aderentes, como complemento a mil locais do SNS. Nas primeiras seis semanas desta campanha, foram administradas mais de 3,4 milhões de doses, 2,4 milhões das quais administradas nas farmácias, mostrando que “as pessoas valorizam a proximidade e a qualidade do serviço que as farmácias oferecem. É uma grande experiência que temos de expandir para o futuro”.

Manuel Pizarro destacou ainda o processo mais recente de renovação do receituário para as doenças crónicas, numa ligação centros de saúde e farmácias. “Este é um serviço que temos de fazer progredir, já que constitui uma boa parte das deslocações das pessoas aos centros de saúde e que não tem nenhum valor acrescentado. Passando para a farmácia esta responsabilidade, acrescentamos um serviço de conciliação terapêutica que ajuda muitas pessoas”, advogou.

O governante disse ainda que, apesar do atual contexto político, mantém a expectativa de que será concretizado o quadro legislativo que vai permitir pôr em marcha a generalização da distribuição em proximidade da medicação que é administrada nas farmácias de ambulatório nos hospitais. “É um imperativo nacional. Há mais de 150 mil pessoas que são forçadas, mês após mês, a fazerem viagens que às vezes são de centenas de quilómetros para irem ao hospital levantar uma medicação que lhes pode ser fornecida com a mesma qualidade, a mesma segurança e com muito maior comodidade na farmácia de oficina mais conveniente”, frisou.

Para o Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Hélder Mota Filipe, esta nova realidade viria tornar “mais justa e mais cómoda” a vida dos doentes, mas significaria igualmente “ganhos diretos e indiretos” para a economia, em parte pela eventual diminuição do absentismo, com a vantagem de contribuir para uma diminuição do volume de trabalho para os profissionais de saúde nos hospitais. “Há um conjunto de intervenções que [no âmbito da reorganização do SNS] que permitem retirar pressão ao SNS”, vinca o Bastonário, para quem as farmácias comunitárias reúnem as condições necessárias.

De entre os serviços complementares ao alcance dos farmacêuticos comunitários e que para Hélder Mota Filipe constituem uma oportunidade, contam-se a renovação da medicação para doentes crónicos que arrancou no final de outubro. Um modelo que está já implementado na Escócia, através do programa Pharmacy First, que permite, nomeadamente, a dispensa de antibióticos a doentes com infeções urinárias, mas também oferecer consultas básicas de saúde. “Já tivemos cerca de 5,5 milhões de consultas em farmácias desde a introdução do programa no final de 2020”, o que libertou pressão sobre o sistema nacional de saúde, atestou Margaret Watson, professora de Investigação em Serviços de Saúde e Farmácia no Reino Unido.

Maria do Carmo Neves, presidente do Conselho de Administração do Grupo Tecnimede, destacou ainda, em linha com a visão para 2030 do PGEU, o Grupo Farmacêutico da União

Europeia, o papel da farmácia comunitária: garantir a qualidade do atendimento e segurança do doente, melhorar a saúde pública, garantir o acesso dos doentes aos medicamentos e serviços de saúde e contribuir para a sustentabilidade do sistema de saúde. “Hoje cabe-nos dar passos nessa direção e sublinhe-se as medidas previstas na proposta de Orçamento do Estado para 2024”, sustentou, referindo-se à implementação do acesso de proximidade, nas farmácias de oficina, aos medicamentos prescritos nos hospitais, ao processo de renovação automática da prescrição para os doentes crónicos e ao lançamento de um programa-piloto de serviços farmacêuticos para situações de patologia aguda simples, de acordo com protocolos a estabelecer com as Ordens dos Médicos e dos Farmacêuticos.

O professor universitário Afonso Miguel Cavaco concordou que estas são oportunidades que o país deve aproveitar, mas deixou o alerta de que é preciso ter “evidência de que há um ganho em saúde” com estas medidas, pois só assim, referiu, será possível estabelecer protocolos entre as farmácias e o SNS – mas também seguros de saúde e outros subsistemas – para remunerar estes serviços. Por sua vez Catarina Dias, especialista e proprietária de farmácias, admitiu que entre os farmacêuticos comunitários perpassa um sentimento misto que se prende com aspetos como a ausência de uma carreira estruturada ou os horários, mas acima de tudo é a indefinição ou a falta de visão do que será a farmácia comunitária que traz maior nível de descontentamento e ressaltou o papel que estes profissionais podem ter, nomeadamente, junto dos doentes oncológicos ou das camadas mais envelhecidas da população.

Na intervenção de encerramento, o Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos destacou o atual contexto que deve ser entendido como uma oportunidade, nomeadamente, para fazer face à necessidade de gerar uma maior sustentabilidade do sistema, em cujo processo a farmácia comunitária pode ter um contributo de valor. Hélder Mota Filipe, para quem a capacidade de inovação é igualmente central, deixou ainda uma palavra ao Grupo Tecnimede, que tanto se tem destacado na área do medicamento genérico, dentro e fora de portas. “Deve-nos orgulhar termos empresas que inovam, que exportam e que ajudam à sustentabilidade não só do sistema de saúde e do país. Do país, porque exportam e do sistema de saúde, porque produzem genéricos. É fundamental que continuemos a contribuir para pôr fim aos mitos que ainda persistem, surpreendentemente, em torno dos genéricos e biossimilares. Precisamos dos efeitos dos genéricos e biossimilares para continuar a libertar recursos para pagar a inovação que faz a diferença na oncologia ou nas doenças raras. Porque se algum dia o sistema nacional de saúde deixar de ser sustentável, o acesso a estas terapêuticas que fazem a diferença deixa de estar assegurado”, apelou o Bastonário.

 
 
Procedimento proporciona regresso à vida ativa mais célere e confortável
A Up Clinic lançou um novo protocolo de Recuperação Rápida de Mamoplastia de Aumento, uma cirurgia que tem como objetivo...

A Mamoplastia de aumento consiste numa pequena incisão através do qual é introduzido um implante flexível que impulsionará a glândula mamária, aumentando o seu volume. O implante é completamente impercetível e localizar-se-á atrás do músculo peitoral ou da glândula e, desta forma, não interfere com uma futura gravidez e amamentação.

Na UP Clinic, e através de uma metodologia que foi sendo aperfeiçoada ao longo dos anos, desde 2008 com o desenvolvimento da técnica Soft touch - técnica cirúrgica de descolamento dos tecidos, que permitia libertar as aderências musculares, levando a um incomodo mais suave; a cirurgia vai mais além do que intervenção cirúrgica, sendo que os pacientes devem realizarão também procedimentos vários, nomeadamente fisioterapia pré-operatória, drenagem linfática e oxigenoterapia através da câmara hiperbárica – um tratamento onde o corpo é sujeito a uma concentração de 100% oxigénio – para obterem um pré e pós-operatório mais confortáveis, com resultados igualmente eficazes.

Tiago Baptista Fernandes, cirurgião plástico e diretor clínico da Up Clinic, sublinha «O protocolo Hiper Recuperação permite oferecer aos pacientes um retorno à vida ativa mais rápida e menor desconforto a quem se submeteu a uma Mamoplastia de Aumento».

Assim, e tendo em mente a comodidade do paciente, a UP Clinic lançou o protocolo de Hiper Recuperação, cujo objetivo é o bem-estar e o retorno célere do paciente à vida ativa, garantindo cuidados especializados com acesso a tecnologias de saúde inovadoras.

 
Prevenção da morte súbita e no tratamento de arritmias malignas
O Serviço de Cardiologia do Centro Universitário Hospitalar Cova da Beira (CHUCB) iniciou a implantação de cardioversores...

Após o sucesso da inauguração da Unidade de Pacing e Arritmologia, em maio de 2016, que permitiu realizar até ao momento cerca de 980 procedimentos, nesta área, o CHUCB tem consolidado a sua experiência no implante e acompanhamento de dispositivos cardíacos, situação que lhe permitiu agora a progressão para a implementação desta nova técnica fundamental.

O cardioversor desfibrilhador implantável (CDI), semelhante a um pacemaker, mas com funcionalidades adicionais e indicações específicas, desempenha um papel crucial na prevenção da morte súbita, pois monitoriza continuamente o coração, fazendo o diagnóstico e permitindo o tratamento imediato de arritmias potencialmente fatais. Este dispositivo utiliza algoritmos específicos para tratar essas arritmias, e, se necessário for, aplica um choque elétrico no interior do coração.

Os candidatos a receber o CDI são doentes com risco cardiovascular elevado, abrangendo diversas patologias cardíacas, incluindo doença coronária, doenças do músculo cardíaco e doenças arrítmicas primárias.

Neste âmbito, os benefícios para os doentes da Beira Interior são inúmeros, para além do conforto e segurança, óbvios, pois estes doentes passam a realizar o implante no hospital da sua área de residência, tendo acesso a consultas de follow-up presenciais e por telemonitorização, sem os constrangimentos pessoais associados, e os custos relacionados com deslocações para outras unidades de saúde, nomeadamente: Coimbra, Lisboa ou Viseu.

Para a implantação destes dispositivos no CHUCB, o Serviço de Cardiologia conta com uma equipa multidisciplinar, composta por um médico cardiologista, enfermeiros, técnicos de cardiopneumologia e técnicos de radiologia. Após o implante, o acompanhamento é feito pela Unidade de Pacing e Arritmologia do hospital, em colaboração com o médico cardiologista assistente do utente.

Refere Bruno Rodrigues, coordenador da Unidade e responsável pela introdução da técnica, que “este investimento potencia a diferenciação atual do Serviço de Cardiologia do CHUCB”, considerando que tudo evoluiu de forma equilibrada e que “nada seria possível sem o apoio de todas as pessoas envolvidas desde maio de 2016, altura em que foi implantado o primeiro pacemaker no CHUCB”.

O especialista destaca ainda o “relevante papel do Diretor do Serviço de Cardiologia, Dr. António Peixeiro, que sempre motivou a evolução de todas as técnicas no serviço, permitindo o crescimento sustentado do mesmo”, bem como “a colaboração dos técnicos da indústria de dispositivos médicos, que contribuíram para este desenvolvimento e, ainda, os colegas de outras Unidades de Pacing e de Arritmologia, que sempre ajudaram no implantes e seguimento dos nossos doentes, e com os quais contaremos sempre, para nos apoiarem nesta evolução gradual”.

 
 
Saúde Mental
A depressão infantil e na adolescência tem vindo a ganhar maior expressão a nível mundial desde 2020

Na infância a depressão não apresenta predomínio de género, todavia, na adolescência as raparigas apresentam duas vezes mais propensão para desenvolver esta patologia do que os rapazes. 

A depressão é uma patologia do foro psiquiátrico que provoca um sentimento persistente de tristeza e falta de interesse, e que se prolonga no tempo, afetando significativamente as atividades da vida diária dos sujeitos. No concerne a etiologia da depressão na infância e adolescência, esta é multifatorial com forte influência de fatores biológicos, genéticos, psicológicos e sociais. Vários estudos apontam que a componente genética assume especial relevo, aumentando o risco de depressão na infância e adolescência em pelo menos três vezes. 

A depressão sempre foi vista como uma patologia especifica da idade adulta. Só a partir da década de 60/70 é que foi relacionada à infância e adolescência, uma vez que até esta altura a sintomatologia era na sua grande maioria associada a outras patologias. 

A adolescência é uma etapa que acarreta várias mudanças e transformações no Eu interior e exterior, mudanças essas que podem gerar grande sofrimento dado que representam a rutura com a imagem e identidade da infância, bem como com os pais idealizados. 

As transformações que decorrem nesta fase, fazem com que o jovem perca as suas referencias e, consequentemente perca a representação de si mesmo, uma vez que a sua nova identidade se encontra em construção. 

A sintomatologia depressiva varia de acordo com a idade. Tendo em conta as especificidades da infância e adolescência são descritos como sintomas: irritabilidade e instabilidade; birras; agressividade; humor deprimido; alterações do padrão de sono; isolamento; baixa autoestima; ideação e comportamento suicida; baixo rendimento escolar; dores abdominais; perda de energia. Apesar de um grande número de sintomas possíveis, podemos dizer que os sintomas psicossomáticos, tais como cefaleias e lipotimias, prevalecem. 

O tratamento é um desafio, uma vez que carece de uma abordagem multidisciplinar envolvendo diferentes profissionais de saúde, médico, psicólogo, enfermeiro, entre outros. A abordagem ao tratamento ainda é predominantemente de cariz farmacológico, com recurso sistemático a psicofármacos, ficando para segunda linha a intervenção psicológica e a psicoterapia, muito pela escassez de profissionais de saúde mental, sobretudo nos cuidados de saúde primários, onde por exemplo os psicólogos são praticamente “inexistentes”. 

Em suma, a depressão na infância e adolescência assume-se como um problema real de saúde pública com tendência a aumentar a sua prevalência, gerando um impacto cada vez maior na sociedade. Para mitigar este impacto urge que se aposte nos cuidados de saúde primários, através da promoção da saúde mental e do diagnóstico precoce, com recurso ao apoio psicológico e psicoterapêutico como abordagem de primeira linha. 

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Karion Therapeutics nasceu na Faculdade de Medicina da Universidade do Minho
Medicamento com perfil anticancerígeno altamente eficaz e seguro deverá concluir ensaios pré-clínicos em doentes de cancro...

Em 2020, surgiram em todo o mundo 19,3 milhões de novos casos de cancro e 10 milhões de pessoas acabaram por morrer. A Organização Mundial de Saúde estima que, em 2040, o número de novos casos cresça 50% e a taxa de mortalidade 63%. As terapêuticas atuais são cada vez mais eficazes, mas, em alguns cancros, sobretudo os mais agressivos, as recidivas e a mortalidade continuam elevadas. A Karion Therapeutics, fundada por quatro empreendedoras da Universidade do Minho, descobriu uma  molécula promissora para tratar o cancro agressivo. Numa primeira fase, os cancros renal e da mama são o seu foco. Os primeiros estudos demonstram a eficácia da nova droga que permite uma grande seletividade de células a tratar, diminuindo os efeitos colaterais, limita o crescimento dos tumores (levando a uma redução das doses quimioterapia) e ativa os supressores do cancro.

A empresa foi fundada em 2022 para concluir os ensaios pré-clínicos em humanos, o que deverá acontecer daqui a três anos, e foi a vencedora do Born from Knowledge - BfK Award, atribuído pela Agência Nacional de Inovação (ANI), no âmbito dos Altice International Innovation Awards (AIIA), entregues ontem, em Lisboa. Além da árvore do conhecimento, obra de arte do escultor Leonel Moura impressa em 3D e  símbolo da valorização do conhecimento científico e tecnológico nacional, a ANI atribuiu à Karion Therapeutics um prémio monetário de 2 500 euros.

Apesar do seu potencial clínico em 12 tipos de cancro – Carcinoma de Células Renais, Cancro da Mama Triplo Negativo, Leucemia Mieloide Aguda, Glioblastoma, Cancro do Pulmão, Cancro da Bexiga, Cancro da Próstata, Carcinoma de Células Escamosas do Esófago, Osteossarcoma, Linfoma, Meduloblastoma e Cancro Colorretal –, a Karion Therapeutics selecionou o Carcinoma de Células Renais e o Cancro da Mama Triplo Negativo para iniciar os estudos. Porquê? Devido às elevadas taxas de mortalidade e a altas necessidades clínicas não satisfeitas nas abordagens terapêuticas atuais a estas doenças.

No caso do Carcinoma de Células Renais, apesar das terapias de ponta já existentes, as taxas de mortalidade em doentes em estádio III é de 29% e de 86% em estádio IV (sobrevivência média de um ano). Além disso, a taxa de recidiva, mesmo após cirurgia, afeta 30% dos doentes.

Já no caso do Cancro da Mama Triplo Negativo, as taxas de mortalidade em doentes em estádio III é de 35% e de 88% em estádio IV (sobrevivência média de um ano a ano e meio). A quimioterapia continua a ser a principal opção de tratamento, mas até 50% dos doentes são resistentes à mesma. Além disso, 40% daqueles que se encontram nos estádios I a III recaem, bem como 50% dos que desenvolveram a doença até aos estádios III e IV. Isto, para não falar da elevada toxicidade a que estes pacientes são sujeitos.

Estudos pré-clínicos confirmam que o KT408 é seguro e eficaz

Os primeiros estudos da molécula KT408 trazem uma nova esperança. Com a aplicação de uma dose única de 120 nanoMolar, passados quatro dias verificou-se a redução de 22% do Carcinoma de Células Renais e a inibição da proliferação de células cancerígenas. Também os resultados no tratamento do Cancro da Mama Triplo Negativo são promissores: a aplicação de uma dose única de 100 nanoMolar, reduziu o tumor em 40% e a circulação sanguínea em 30% nos mesmos quatro dias. 

A equipa da Karion Therapeutics é formada por Marta Costa (CEO), Fátima Baltazar e Fernanda Proença, investigadoras nas áreas da Medicina, Oncologia, Química e Biologia, e Teresa Dias Coelho, profissional com experiência internacional na área dos negócios.

Desde 2017, a ANI já premiou cerca de 50 projetos e start-ups, nascidos da investigação académica, em concursos e prémios de inovação nacionais promovidos por entidades como Altice, Crédito Agrícola, BPI, Glintt,  PortugalFoods e Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) através do programa Born from Knowledge (BfK). Muitos deles são já símbolos da inovação nacional em Portugal e internacionalmente.

António Grilo, presidente da ANI, salienta “o elevado grau de inovação da descoberta da Karion Therapeutics e a esperança que promete a milhões de doentes com cancro ou que irão desenvolver a doença nos próximos anos.” E acrescenta: “é precisamente essa a missão dos BfK Awards: premiar e disseminar a inovação nascida na Academia que tenham um potencial de provocar mudanças com impacte positivo no bem-estar das pessoas e na valorização da economia.”

Prémio distingue distingue pessoas ou organizações que se evidenciam no combate à crise climática
O período de nomeações para o Prémio Gulbenkian para a Humanidade 2024 está aberto e prolonga-se até dia 2 de fevereiro de 2024...

Desde a sua criação, em 2020, o Prémio Gulbenkian para a Humanidade já distribuiu quatro milhões de euros por pessoas singulares ou organizações com diferentes abordagens no combate às alterações climáticas, desde a mobilização juvenil à construção de parcerias, passando pelo desenvolvimento de soluções locais, pela investigação científica e pela liderança no domínio do restauro de ecossistemas.

Para a presidente do Júri, Angela Merkel, “O Prémio Gulbenkian para a Humanidade presta homenagem a pessoas e organizações que se distinguem pela sua ação exemplar no combate às alterações climáticas. Lembra-nos que as pessoas devem estar sempre no centro de qualquer esforço para combater os seus efeitos. O valor do Prémio permite a promoção e o desenvolvimento de ideias e soluções inovadoras neste domínio”.

O prémio tem apoiado soluções escaláveis, com impacto concreto nas comunidades e no cumprimento das metas climáticas a nível nacional e global. O valor do prémio tem sido investido no fortalecimento de comunidades expostas aos efeitos das alterações climáticas, ajudando-as a adaptarem-se e a tornarem-se resilientes.

Runa Khan, membro do júri e fundadora da ONG Friendship, considera que “O Prémio Gulbenkian para a Humanidade celebra o espírito indomável daqueles que lutam por um mundo melhor. Honra os visionários cuja compaixão, inovação e dedicação nos inspiram a todos a construir um futuro mais radioso. Ao distinguir estes contributos excecionais para a humanidade, reconhecemos o poder transformador da empatia e da ação.”

Foram galardoados com o Prémio Gulbenkian para a Humanidade a ativista sueca Greta Thunberg, em 2020; a Global Covenant of Mayors for Climate & Energy – GCoM, em 2021; o IPBES (Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services) e o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), ex-aequo, em 2022. O prémio de 2023 foi distribuído por três figuras pioneiras no restauro de ecossistemas no Sul Global: Bandi “Apai Janggut”, líder comunitário (Indonésia), Cécile Bibiane Ndjebet, ativista e agrónoma (Camarões), e Lélia Wanick Salgado, ambientalista, designer e cenógrafa (Brasil). 

“Sabemos que muitas das soluções para um futuro mais justo e sustentável já existem. Nesta edição do prémio, esperamos encontrar aplicações, oriundas de todo o globo, que reflitam o talento e a paixão de pessoas que trabalham em soluções climáticas, para benefício do nosso planeta e das nossas comunidades”, refere ainda Martin Essayan, membro do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.

Qualquer pessoa, organização ou grupo de pessoas que trabalhe em soluções climáticas inovadoras é elegível para este prémio. As nomeações estão abertas até dia 2 de fevereiro, às 17:00 GMT e devem ser entregues por uma entidade terceira.

O vencedor será selecionado por um júri independente de peritos com experiência nas ciências da terra, ação climática, justiça ambiental e climática.

 
Iniciativa da Associação de Jovens Diabéticos de Portugal e TrueClinic
A Associação de Jovens Diabéticos de Portugal (AJDP) juntou-se à TrueClinic para realizar uma caminhada de consciencialização...

A iniciativa pretende afirmar a importância da consciencialização pública para uma doença que afeta milhões de pessoas, mas também reduzir o seu estigma e transmitir que um estilo de vida ativo e a prática regular de desporto permitem não só prevenir a Diabetes Tipo 2, mas também um melhor controlo metabólico da Diabetes Tipo 1 e 2.

O ponto de encontro de todos os participantes na caminhada é na Entrada Norte do Parque da Cidade do Porto junto à estrada da circunvalação.

Esta iniciativa é aberta ao público e sujeita a inscrição, que deve ser efetuada aqui.

 
Hoje, no Centro Ismaeli Lisboa
O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, participa hoje, às 14h45, na sessão de abertura do 5º Congresso Nacional da Associação...

Este evento científico junta profissionais de saúde e investigadores para discutir as várias vertentes da diabetes e a sua evolução. Os temas em debate vão incluir a diabetes tipo 1, as particularidades da diabetes na mulher, o fígado gordo, a pré-diabetes, a doença renal, as doenças oftalmológicas provocadas pela diabetes, o papel da alimentação e a responsabilidade, individual e social, do ponto de vista da promoção da saúde.

A Comissão Organizadora do 5.º Congresso Nacional da APDP é composta pelos médicos Carolina Neves, João Filipe Raposo, José Manuel Boavida, Luis Gardete Correia e Rita Nortadas, pelas enfermeiras Dulce do Ó e Isabel Correia, e pelo investigador biomédico Rogério Ribeiro.

Para mais informações sobre o evento, os workshops e a submissão de resumos consulte o site oficial em https://congressoapdp.com/ .

 
Nova abordagem para um velho problema
Como sabemos, o sinus pilonidal, também conhecido, (embora erradamente), como quisto dermoide, é uma

Existem várias técnicas cirúrgicas clássicas para o tratamento desta doença, sendo que todas elas têm em comum um pós-operatório muito doloroso, uma convalescença demorada e a necessidade por um período mais ou menos demorado, de tratamentos locais, (pensos), geralmente muito penosos para o doente. Nalguns casos, a cicatrização completa pode demorar várias semanas.

Para além de tudo isto, existe ainda possibilidade de recidiva, necessitando novo procedimento cirúrgico com repetição de mais um ciclo de sofrimento. Estas perspetivas levam frequentemente à não aceitação da cirurgia por parte de muitos doentes implicando que, muitos deles, durante anos, no seu quotidiano sejam incluídos cuidados especiais de higiene e de desinfeção.

Felizmente, novas abordagens cirúrgicas possibilitam já uma mudança radical deste panorama. Embora ainda não muito divulgada, a técnica de remoção do sinus pilonidal com o auxílio a videoscopia e energia laser, possibilitam um pós-operatório quase isento de dor e a possibilidade de uma recuperação rápida e cómoda. As complicações desta cirurgia são raras e sem gravidade. O grau de eficácia é de cerca de 85% ao conseguido, mas em caso de insucesso ou recidiva, este procedimento pode ser repetido.

A operação, que pode ser efetuada em regime ambulatório, começa pela introdução, através de um pequeno orifício, de uma pequena ótica ligada a uma câmara de vídeo. Segue-se a aplicação de laser através da introdução de uma fibra através do mesmo orifício. A recuperação dá-se em poucos dias e os cuidados podem ser feitos pelo próprio doente. Dado em Portugal não ser prática corrente, estou orgulhoso por ser um dos poucos cirurgiões a praticar esta técnica e a possibilitar que os meus doentes possam beneficiar das largas vantagens desta nova abordagem. Este avanço torna assim desnecessário e pertencendo ao passado o sofrimento causado pelo tratamento tradicional desta esta doença.

 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
PSIQUIATRICAMENTE – Psiquiatria Essencial na Prática Clínica”:
Acaba de ser lançado o novo livro “PSIQUIATRICAMENTE – Psiquiatria Essencial na Prática Clínica”, um manual coordenado pelos...

Desenvolvido em conjunto com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Cascais, e com o apoio da Lundbeck Portugal, esta obra conta com a colaboração de cerca de trinta autores de várias unidades de saúde do país, especialistas na área da saúde que visam destacar a importância e o pragmatismo na atuação clínica e as mais-valias da formação em Psiquiatria e Saúde Mental.

O livro “PSIQUIATRICAMENTE – Psiquiatria Essencial na Prática Clínica” está estruturado de forma simples, percorrendo em alguns capítulos as entidades clínicas mais frequentes, com o intuito de partilhar informação de forma objetiva e científica, e propor uma primeira abordagem terapêutica para cada situação.

Pedro Cintra, diretor do serviço de Psiquiatria do Hospital de Cascais — Dr. José de Almeida, e um dos coordenadores do manual, explica que «este livro surgiu de uma ideia do Dr. João Facucho, sendo que o nosso principal objetivo foi criar um livro que tivesse utilidade prática, orientando o clínico na sua atividade do dia-a-dia; destina-se também a melhorar a articulação com os cuidados de saúde primários (…). Queríamos igualmente que fosse útil para médicos numa fase incipiente da sua formação, internos, estudantes de medicina, entre outros profissionais de saúde.»

Assim, dividido numa série de capítulos temáticos, «o “PSIQUIATRICAMENTE – Psiquiatria Essencial na Prática Clínica” é um manual que, para além de procurar ser didático na sua abordagem, inclui resumos da etiologia, fatores de risco e fatores precipitantes, não esquecendo a abordagem terapêutica», sublinha o médico psiquiatra.

Para João Facucho, médico psiquiatra no Hospital de Cascais, coordenador e um dos cerca de 30 coautores desta obra, «o livro concebido a pensar especificamente para ajudar os colegas de Medicina Geral e Familiar, é assim como um auxiliar na sua ação médica (…) surge também no âmbito de nós, enquanto médicos psiquiatras, melhorarmos a nossa interação com esses profissionais.»

Como pontos fortes do livro, o médico psiquiatra refere o facto de «este ser um manual que está atualizado segundo a classificação internacional de doenças, sendo que não existem muitos livros que estejam atualizados desta forma. Para além disso, sublinhava o facto de este abordar, de uma forma simples, naqueles que são as principais síndromes psiquiátricos e, portanto, com maior interesse e maior prevalência, nomeadamente, a depressão, a ansiedade, a perturbação do sono, a psiquiatria perinatal, as próprias doenças psicóticas (seja a esquizofrenia ou a doença bipolar). Em suma, as principais síndromes da psiquiatria estão versadas neste livro de uma forma acessível e de fácil consulta.»

Considerando o apoio da Lundbeck Portugal essencial em todo o processo, desde a idealização à conceção do “PSIQUIATRICAMENTE – Psiquiatria Essencial na Prática Clínica”, João Facucho sublinha «que sem a Lundbeck Portugal a concretização deste projeto não seria possível. O desafio que o Departamento de Saúde Mental do Hospital de Cascais lançou na altura foi aceite de imediato e isso, para nós enquanto coordenadores, foi também fundamental para elaborarmos em pleno e com toda a liberdade. Eu diria que esta parceira se revelou num “casamento perfeito”!»

Ana Margarida Fraga destacou na apresentação do “PSIQUIATRICAMENTE”: «É com enorme alegria que, mesmo a quilómetros de distância, mas por um grande motivo, assisto "virtualmente" ao lançamento de um projeto muito querido para o departamento. O manual que hoje apresentamos foi construído a pensar nos colegas que contactam com questões relacionadas com a saúde mental e psiquiatria. O nosso principal objetivo foi conciliar o rigor e a mais recente evidência científica num manual simplificado, com tabelas práticas que vos fossem úteis e práticas no dia-a-dia. Estamos muito orgulhosos e agradecidos pelo trabalho desenvolvido por aqueles que mergulharam connosco e aceitaram participar neste projeto, e à Lundbeck Portugal, um grande impulsionador e parceiro, que nunca nos colocou limites. Assim, esperamos que seja útil e torne a vossa jornada pela saúde mental mais profícua! Um bem-haja a todos!»

Na opinião de Nuno Basílio, assistente de Medicina Geral e Familiar e presidente do Conselho Clínico e de Saúde ACES Cascais, o lançamento deste livro «significa, em primeiro lugar uma articulação entre o serviço de psiquiatria e saúde mental com os cuidados primários onde a grande atividade clínica e o peso da saúde mental é uma realidade diária. Em segundo lugar, incluirmos num livro de psiquiatria um capítulo de reflexão vinda dos cuidados de saúde primários, através de um contributo de quem no fundo também é parceiro na dinâmica de lidar com a saúde mental. Nesse sentido, este manual é um bocadinho o descomplicar da psiquiatria para os cuidados de saúde primários e ao mesmo tempo representa essa ligação entre níveis diferentes de cuidados e colegas de trabalho.»

Sublinhando o facto do livro agora lançado marcar a diferença pela forma como simplifica alguns temas mais complexos através de uma visão prática e clínica, o médico destaca pela sua relevância, «os capítulos da patologia mental, em que é mais frequente, no âmbito dos cuidados de saúde primários, a perturbação depressiva e de ansiedade que em termos da gestão dos cuidados de saúde primários ou secundários gera sempre algumas dúvidas e onde estes utentes no fundo podem ser melhor seguidos, em termos até de nuance diagnóstica que, por vezes é mais complexa, e desta forma o livro ser um apoio orientador e contribuir para uma melhor gestão do dia-a-dia.»

Sara Barros, country manager da Lundbeck Portugal, sublinha que «apoiar esta obra era quase “uma obrigação” da Lundbeck, pela sua relevância no âmbito da Psiquiatria, mas também pela sua importância como ferramenta essencial de apoio para os profissionais de saúde. O “PSIQUIATRICAMENTE – Psiquiatria Essencial na Prática Clínica” é um livro de caracter prático e nesse sentido consideramos que o mesmo pode ser muito útil como manual de referência e como um apoio para o quotidiano da prática clínica. Apoiar iniciativas como esta é, acima de tudo, fazer com que a saúde mental chegue a todos, e essa é a nossa missão!»

 
Gabinete de Informação e Atendimento à Vítima (GIAV) assinala 12 anos já interveio em mais de 2500 casos na região de Lisboa
O Gabinete de Informação e Atendimento à Vítima (GIAV), que assinala 12 anos este mês, acompanhou mais de 300 vítimas de...

No âmbito do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, assinalado a 25 de novembro, o GIAV reforça a importância das políticas para a erradicação de crimes contra as mulheres em todos os países. Só em 2023, o organismo já realizou 340 acompanhamentos em sede de Declarações para Memória Futura (que inclui uma entrevista preparatória, a redação de um relatório, acompanhamento da vítima a Tribunal e uma sessão subsequente); 27 encaminhamentos para instituições; duas ações de formação; 22 diligências com suspeitos arguidos; 65 acompanhamentos de vítimas em inquirições presididas por Magistrado e 198 atendimentos telefónicos.

Iris Almeida, professora na Egas Moniz School of Health & Science e coordenadora do GIAV, refere que “a instabilidade económica e geopolítica e os problemas relacionados com a saúde mental, tanto das vítimas como dos agressores, geram uma maior insegurança, o que se traduz no aumento dos números registados no nosso gabinete. O GIAV presta um atendimento imediato de apoio às vítimas há mais de dez anos, dando uma resposta única a nível nacional e com características inovadoras a nível internacional, e temos como objetivo reforçar estes serviços a médio e longo prazo”.

O GIAV tem a particularidade de incluir psicólogos forenses no sistema de justiça, o que permite uma maior compreensão do fenómeno e facilita o processo de tomada de decisão por parte do Ministério Público. Para além disso, possui protocolos de avaliação de risco próprios, desenvolvidos por forma a dar uma resposta fortemente direcionada para os objetivos e atribuições do Gabinete, que procuram assegurar acima de tudo o estreitar da ligação entre a justiça e as vítimas de crime. Para isto, e uma vez que estes procedimentos exigem sólidas competências de avaliação psicológica forense, intervenção em situações de crise, em articulação com a Egas Moniz School of Health & Science, o GIAV tem acolhido vários estagiários académicos e psicólogos com ligação à instituição de ensino superior.

Desde a sua criação, o GIAV teve mais de 2500 intervenções em processos-crime, das quais 2167 foram Declarações Para Memória Futura, 363 avaliações de risco e 330 atendimentos, entre outras atividades. Este organismo reconhece a necessidade de avaliação de todos os agentes que beneficiem do estatuto de vítima ou arguido, com o intuito de obter um claro e objetivo resultado no apoio à decisão judicial. Para além disso, realiza vários seminários que abordam os temas relacionados com o fenómeno da violência doméstica. Em 2022, foi também reconhecido com o prémio de Boas Práticas em Psicologia, da Ordem dos Psicólogos.

 
23º Congresso EURETINA
O ‘EYS on gene editing for retinitis pigmentosa 25’ liderado pelos Investigadores do Coimbra Institute for Clinical and...

O mais alto valor - 300 mil euros - atribuído pela bolsa EURETINA (Sociedade Europeia de Especialistas em Retina), permitirá desenvolver um tratamento para uma doença rara, crónica, hereditária e progressiva, na retina.

Graças a este prémio será possível contratar mais dois investigadores e investir em tecnologia de ponta capaz de conduzir a pesquisa, dando mais um passo para a cura da condição que afeta muitos portugueses, que correm o risco de cegueira.

O CBR da Faculdade de Medicina de Coimbra que conta já com três prémios atribuídos, ao longo de cinco edições da bolsa EURETINA, espera, com este plano de investigação de dois anos, com início em abril de 2024, cativar mais jovens estudantes ou investigadores, que queiram contribuir para a pesquisa de tratamento para esta doença rara.

 
Vai premiar os projetos com mais impacto na área da saúde
As candidaturas para os TOP Health Awards, um projecto de âmbito social, 100% português destinado a premiar pessoas, equipas e...

Depois de cerca de quatro meses, o prazo de candidaturas está prestes a chegar ao fim, numa altura em que a organização já recebeu 45 candidaturas, bem como 16 nomeações que se podem converter em candidaturas.

“O número de candidaturas até agora é bastante interessante, sobretudo para uma primeira edição, considerando particularmente a diversidade de pessoas e instituições do ecossistema de saúde com projectos candidatos, quer do sector público, quer do sector privado. Mas esperamos ainda mais, para poder dar palco ao que de melhor se faz no sector da saúde em Portugal” afirma Paula Costa, co-fundadora da iniciativa. “Além das candidaturas, tivemos já 11 nomeações de pessoas ou instituições que reconhecem e indicam projectos meritórios e com impacto na saúde. Esta é a linha de cooperação que pretendemos dar a esta iniciativa, envolvendo toda a sociedade no reconhecimento dos talentos e projectos que fazem a diferença e que trazem uma onda positiva importante para o ecossistema da saúde.”

O prémio é uma iniciativa da Associação TOP HEALTH, uma instituição sem fins lucrativos, criada por duas empreendedoras portuguesas ligadas à área da saúde, Paula Costa e Cristina Campos e o objectivo passa por impulsionar o talento em saúde e reconhecer projectos que contribuam para criar mais valor e resultados em saúde de forma inovadora e colaborativa, com foco na excelência e nos resultados e centrados nas pessoas com doença e nas populações.

São quatro as categorias dos TOP Health Awards: Literacia em saúde (empoderamento das populações na gestão da sua saúde); Integração de cuidados de saúde (articulação dos diferentes protagonistas na jornada do doente, desde o diagnóstico ao seguimento); Tecnologia e dados ao serviço dos resultados em saúde; Sustentabilidade social (com o acesso inclusivo e equitativo aos cuidados de saúde). Poderão participar investigadores e profissionais na área das ciências da vida, pessoas e equipas da indústria farmacêutica, consultoras, distribuição, tecnologia, prestadores de cuidados, hospitais, unidades de saúde, farmácias, associações de doentes e associações de cuidadores.

Mais informações aqui.

 
Clínica dedicada à procriação medicamente assistida
O Grupo Next Clinics, um dos maiores grupos europeus de reprodução assistida e cuidados de saúde, acaba de anunciar a entrada...

A nova clínica destina-se a servir pacientes de toda a zona do Algarve e Baixo Alentejo e vem responder a uma necessidade específica da população destas zonas dada a inexistência de centros integrais especializados em reprodução assistida.

“Existem atualmente 28 centros (públicos e privados) para realização de tratamentos de PMA, sendo que a região a Sul do Tejo se encontra desfavorecida, pois neste momento há apenas um centro público em Almada, e o nosso centro no Algarve” explica o Dr. João Alves, Diretor Clínico da Next Fertility Faro.

A Next Fertility em Faro irá acabar com as deslocações a Lisboa para os interessados em tratamentos de PMA, bem como oferecer um amplo portfólio de tratamentos e serviços genéticos e uma abordagem empresarial centrada na experiência do paciente. 

As clínicas Next Fertility, com uma equipa de centenas de profissionais, cobrem todas as necessidades de tratamento: ginecologistas especializados em fertilidade e reprodução assistida, embriologistas, anestesistas, urologistas, psicólogos, enfermeiros e auxiliares de clínica. O conceito da satisfação do paciente como centro da atividade, a aposta na tecnologia, o apoio psicológico e a transparência, nos processos e nos preços, são os pilares fundamentais nestas clínicas.

Com esta abertura, a empresa reforça a sua aposta na Península Ibérica. Em 2023, a empresa abriu 4 novos centros em Espanha, onde já conta com um total de 8 clínicas de reprodução e um dos maiores biobancos de gâmetas da Europa. A Next Fertility é uma marca incontornável do setor e está hoje no top 4 dos grupos de reprodução assistida da Península Ibérica em termos de volume de faturação.

A Next Fertility pertence ao grupo internacional Next Clinics que, em pouco mais de cinco anos, se tornou num dos maiores grupos do sector da medicina reprodutiva e de diagnóstico clínico da Europa. A Next Clinics emprega cerca de 1.000 pessoas, dispersas por 8 países da Europa, e conta com 22 clínicas e 7 laboratórios de diagnóstico. O grupo ultrapassa a barreira dos 12.000 ciclos de reprodução assistida por ano, mais de 30.000 testes genéticos e mais de 4,5 milhões de testes de diagnósticos realizados.     

Atualmente o sector da reprodução assistida na Europa é um dos mais competitivos. Os avanços na medicina reprodutiva, a legislação cada vez mais favorável e o afluxo de capitais privados conduziram a um crescimento constante nas últimas três décadas.

"A evolução da sociedade e as alterações ao contexto legal em Portugal condicionaram, nos últimos anos, o aumento da procura de soluções em procriação medicamente assistida, sendo que se estima que em Portugal existam cerca de 300.000 casais com problemas de fertilidade” , continua o Dr. João Alves, Diretor Clínico da Next Fertility Faro.

 

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