15 de novembro
A Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF) vai realizar a primeira edição do Fórum APJF, sob o tema "A Nova...

O debate culminará com a assinatura de uma carta de missão entre as diferentes associações de jovens profissionais de saúde, assumindo assim um compromisso e dando seguimento às conclusões resultantes das discussões ao longo do evento.

“No ano em que um novo organograma de liderança do Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a ser construído, com a nomeação da direção-executiva do SNS, esperam-se mudanças efetivas no modelo de funcionamento e financiamento do sistema de saúde em Portugal. Após três anos desde o início da pandemia COVID-19, é o momento oportuno para assegurar a aplicação das lições aprendidas, trabalhando de forma transversal para projetar o futuro das profissões ligadas à saúde”, Adianta Sara Marques, presidente da APJF.

Opinião
Desde 1991 a 14 de novembro comemora-se o Dia Mundial de Diabetes.

Mais do que comemorar a Diabetes, comemorar uma doença parece pouco adequado, trata-se de relembrar a Diabetes e de relembrar a importância do conhecimento sobre a doença, do seu diagnóstico precoce e do seu tratamento e controlo.

Neste sentido e no seguimento da campanha lançada pela  IDF (Federação Internacional da Diabetes) e à qual nos associamos, “Acesso aos cuidados da Diabetes”, desafiamos-vos a avaliarem o risco de vir a desenvolver Diabetes através do link: -https://worlddiabetesday.org/type-2-diabetes-risk-assessment/po/.

Apesar de nos tornarmos repetitivos e insistentes é nos hábitos de vida saudáveis que assenta a base da prevenção e tratamento da Diabetes. 

Uma alimentação saudável e equilibrada, com poucos hidratos de carbono (açucares) e rica em fibras, vitaminas e proteínas é fundamental. Privilegiar os produtos frescos e da época que se tornam economicamente mais acessíveis facilita esta tarefa.

Realizar regularmente exercício físico também é fundamental não só porque permite regular o peso e o controle da glicemia, mas também contribui para o bem-estar psíquico de todos nós. Uma caminhada feita regularmente 3x/ semana com uma duração de 30 minutos é um bom começo e facilmente exequível.

Agirmos de forma adequada para prevenirmos a Diabetes e, no caso dos que já têm a doença, obter um bom controle da mesma é fundamental.

Um bom controlo metabólico é primordial no atraso de complicações como insuficiência renal, cegueira ou lesões nos pés que causam amputações e que são altamente incapacitantes para a vida do doente e de toda a família e comunidade que o envolve.

Assim Experimentar, Tentar, Insistir, Persistir e Todos Juntos, na Diabetes sairemos vencedores deste combate.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial do Não Fumador assinala-se a 17 de novembro
A cessão tabágica é uma das medidas mais eficazes para a promoção de uma vida saudável, uma vez que o tabaco está na origem de...

Habitualmente quando pensamos em cessão tabágica, pensamos em deixar de fumar cigarros, contudo vale a pena relembrar que o tabaco está presente nos cigarros, mas também nos charutos, cachimbos e no tabaco de mascar. Embora existam várias campanhas, feitas com regularidade, sobre a importância de rejeitar o tabaco é certo que continuam a existir fumadores que diariamente tentam deixar de fumar, mas sem sucesso.

Ao deixar de fumar para além de diminuir o risco de desenvolver algumas das doenças referidas acima, também melhora:

  • A circulação sanguínea;
  • A capacidade pulmonar e respiratória;
  • Os sentidos do olfato e do paladar;
  • A saúde oral;
  • A pressão arterial;
  • A frequência cardíaca.

Naturalmente, não é um processo fácil e nos primeiros dias de cessão tabágica é normal sentir-se inquieto, com dificuldades de concentração, fome, sofrer de insónias, entre outras reações menos agradáveis, mas são sintomas de abstinência que por mais difíceis que sejam de suportar são temporários. São inúmeros os benefícios de uma vida sem tabaco e para os conseguir alcançar partilhamos dez dicas essenciais que podem ajudar a deixar de fumar:

1. Defina o dia em que vai deixar de fumar

2. Escreva por que deve deixar de fumar

3. Encontre companhia para deixar de fumar

4. Quantifique o dinheiro que vai poupar

5. Evite situações que aumentem o desejo de fumar

6. Crie distrações para não pensar no tabaco

7. Pratique atividade física

8. Faça uma alimentação saudável

9. Recorra a consultas de cessação tabágica

10. Recompense-se

17 de novembro
No Dia Mundial do Combate ao Cancro da Próstata, que se assinala na sexta-feira, 17 de novembro, o El Corte Inglés dá início à...

Para marcar o arranque da campanha, nesta semana em que se assinala o Dia Mundial de Combate ao Cancro da Próstata, as fachadas do El Corte Inglés de Lisboa e Gaia-Porto ficarão iluminadas de azul.   

De 17 a 30 de novembro, na venda de qualquer artigo da marca Emidio Tucci, nas lojas físicas e online, 1€ reverte a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O valor angariado será doado à associação que o aplicará em estudos na prevenção e combate ao Cancro.  

De acordo com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, o cancro da próstata é uma doença geralmente silenciosa e é, atualmente, o cancro mais frequente nos homens. Detetar a doença numa fase precoce é essencial, pois permite tratar com uma taxa de cura muito elevada. 

 

Enfermeira Teresa Fraga reconhecida pelo trabalho junto de crianças com doença crónica
A 10 de novembro de 2023, Teresa Fraga, enfermeira e diretora do Kastelo - Unidade de Cuidados Continuados e Paliativos...

O reconhecimento surge no âmbito do trabalho de Teresa Fraga junto de crianças com doenças crónicas, nas instalações do Kastelo, com o objetivo de lhes proporcionar qualidade de vida e oportunidades de desenvolvimento cognitivo, fazendo dos cuidados paliativos infantis um esforço comunitário.

Nomeada em abril para o prémio mundial de enfermagem Aster Guardians Global Nursing Award 2023, Teresa Fraga refere que “o Kastelo é um projeto pioneiro em Portugal, que tem como principal propósito reduzir o tempo de internamento das crianças no hospital e proporcionar o acesso a fisioterapia, terapia da fala, terapia ocupacional, um professor, uma educadora, pediatras e enfermeiros especializados.” Teresa Fraga acrescenta que “a filosofia do Kastelo é dar vida aos dias destas crianças e das suas famílias, pois infelizmente não é possível dar dias a estas vidas”.

 

Mieloma Múltiplo é o cancro das células plasmáticas
Depois do livro infantil, é lançado agora o audiobook d’O Menino que Construía Espantalhos, com o objetivo de chegar a ainda...

“O Menino que Construía Espantalhos” chegou primeiro em versão livro infantil para ajudar a explicar, de forma simples, como é viver com Mieloma Múltiplo. As associações de doentes, médicos e enfermeiros entregaram centenas de livros, com o objetivo, de forma didática, sensibilizar os cuidadores ou seus familiares (inclusive os mais novos) para os sintomas e desafios por que passam os doentes de Mieloma Múltiplo e lembrar os benefícios do envolvimento e apoio familiar.

Agora, com o audiobook, o objetivo é chegar ainda a mais pessoas, apostando na literacia desta doença que regista 700 novos doentes todos os anos.

A versão audiobook d’O Menino que Construía Espantalhos estará disponível no Janssen Comigo, Youtube da Janssen Portugal e Spotifty.

O Mieloma Múltiplo é o cancro das células plasmáticas, isto é, células que produzem anticorpos para protegerem o organismo contra infeções. O Mieloma Múltiplo afeta com maior frequência a medula óssea, embora possa afetar também outros órgãos, resultando em diferentes sinais e sintomas da doença.

Por ser uma doença rara, doentes, famílias e cuidadores dispõem de pouca informação clara e acessível que os ajude no seu caminho pelo tratamento do Mieloma Múltiplo, não obstante do trabalho realizado pelos profissionais de saúde e associações de doentes.

A Janssen Portugal, companhia farmacêutica do Grupo Johnson & Johnson, em parceria com a ADL (Associação de Apoio aos Doentes com Leucemia e Linfoma), a APCL (Associação Portuguesa Contra a Leucemia), a APLL (Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas), do Grupo Português do Mieloma Múltiplo (GPMM) e da Associação Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP), pretendeu simplificar uma doença complexa, de forma a ser facilmente entendida por todos os que são impactados.

 

Docente lidera a estrutura desde 2018
Fernando Mendes, docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC), foi este fim de...

O docente, que lidera a estrutura desde 2018, cumprirá o seu terceiro mandato, numa altura em que a organização está prestes a celebrar 25 anos de atividade. Fazendo um balanço positivo do trabalho realizado – do qual destaca a aprovação dos padrões de proficiência europeus para harmonização da profissão e de guidelines de segurança e educação europeias, bem como a criação de um programa de mentoria para recém-diplomados – Fernando Mendes assume agora como principais objetivos a criação de um cartão profissional europeu de Ciências Biomédicas Laboratoriais e correta categorização da profissão a nível mundial.

A eleição aconteceu este fim de semana, em Malta, no General Governing Body Meeting da EPBS. Paralelamente a esta reunião, decorreu um Fórum de Estudantes, onde participou um aluno representante de cada país que integra a EPBS. Portugal esteve representado por Bruna Santos, estudante do 2º de Ciências Biomédicas Laboratoriais da ESTeSC-IPC.

Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade de Coimbra, Fernando Mendes é docente da unidade científico-pedagógica de Ciências Biomédicas Laboratoriais da ESTeSC desde 2008.

 

Projeto PCaGoal organiza jogo entre doentes e médicos no Porto
A Associação Portuguesa de Urologia (APU), a sociedade médica mais antiga de Portugal e uma das mais antigas sociedades de...

Criado pela APU, com o apoio da Bayer, este projeto, ao qual se associou o FC Porto, é pioneiro em Portugal e utiliza o futebol de recreação como estratégia promotora de benefícios na saúde e bem-estar dos doentes com cancro da próstata. O projeto ‘PCaGoal’ é uma iniciativa dirigida a doentes que visa melhorar a sua saúde, bem-estar e aptidão física, quebrando tabus e desmitificando o facto de estes doentes não poderem realizar atividades desportivas.

Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), a investigação demonstra que o exercício físico ao longo da jornada do cancro tem um papel clinicamente importante e prova, ainda, que os doentes que se exercitam com frequência, podem ter uma diminuição de sintomas, tais como depressão e ansiedade. Apesar de existirem benefícios, os profissionais de saúde reforçam que continua a ser desafiante motivar os doentes com cancro da próstata a praticarem atividades desportivas e, consequentemente, a terem uma vida mais ativa.

Com a ambição de conseguir uma maior adesão à prática desportiva a longo prazo e contribuir para minimizar o impacto do cancro da próstata na vida dos doentes, o programa ‘PCaGoal’ da APU utiliza o futebol de recreação, através de exercícios adaptados à condição física destes doentes e de um acompanhamento e orientação específicos, bem como uma monitorização contínua, realizados por profissionais das Ciências da Saúde e do Desporto.

O jogo, a realizar nas instalações do FC Porto no Constituição Park, terá a duração de uma hora e contará com a participação de cerca de 30 participantes, entre os quais profissionais de saúde e os doentes que fazem parte do projeto. A APU pretende, desta forma, promover um momento de convívio e de partilha de experiências entre todos.

Susana Póvoas, investigadora e docente universitária na Universidade da Maia, e coordenadora do PCaGoal, afirma que “os resultados preliminares indicam uma taxa média de presença nas sessões de treino de 75%, sendo que em quatro meses foi observada uma melhoria significativa na pressão arterial sistólica e diastólica, no equilíbrio, na resistência e na força muscular.”

“Os resultados obtidos até ao momento foram muito positivos e levam-nos a querer dar oportunidade a outros doentes de poderem beneficiar da existência deste projeto, praticando exercício físico adaptado à sua condição física e com acompanhamento profissional. Para isso, é fundamental darmos o próximo passo, que passa pela expansão do PCaGoal para outras zonas do país, nomeadamente Lisboa”, reforça Miguel Ramos, presidente da APU e um dos responsáveis pela criação da iniciativa.

Se estiver interessado em participar no ‘PCaGoal’, ou se é profissional de saúde e gostaria de incluir os seus doentes neste programa de treinos, envie um e-mail para: pcagoal.urologia@gmail.com.

Para mais informações sobre o projeto, consulte: https://www.vamostocarnesteassunto.pt/projeto-pcagoal/.

Capacitar e apoiar a execução de projetos de Value Based Heathcare
A APAH, a Exigo, a Gilead Sciences e a IASIST, com o apoio tecnológico da MEO Empresas, promovem a 3ª edição do Mais Valor em...

O Programa Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem acolhe ideias e projetos empreendedores que, no futuro, possam garantir maior integração e proximidade de cuidados que reflitam na comunidade mais eficiência, sustentabilidade e sobretudo Mais Valor em Saúde para os portugueses.

Esta 3ª edição do Programa Mais Valor em Saúde - Vidas que Valem será desenvolvida conjuntamente por todos os parceiros em duas fases:

· 1ª Fase - Formação e capacitação dos profissionais da área da saúde

· 2ª Fase - Candidaturas de Projetos e Aprovação das bolsas

A componente formativa, constituída por três workshops presenciais a realizar no Porto, Coimbra e Lisboa, nos dias 20, 22 e 24 de novembro, respetivamente, pretende habilitar os participantes na metodologia e princípios basilares de Value Based Healthcare, permitindo-lhes identificar quais os outcomes diferenciados da componente de custos e conhecer modelos de entrega de cuidados otimizados.

As sessões de formação “Value-Based Healthcare: da Teoria à Prática”, lideradas pela Prof.ª Dr.ª Marcia Makdisse, oferecem uma oportunidade única aos profissionais da área da saúde para aprofundarem os seus conhecimentos sobre VBHC. O curso inclui desde a criação do contexto para implementar o VBHC, até à mediação do valor em saúde e a criação de incentivos para a melhoria contínua.

As formações destinam-se a administradores hospitalares, profissionais de prestação de cuidados de saúde, profissionais de empresas da cadeia de valor da saúde, representantes de associações de doentes ou académicos em qualquer nível da carreira ou situação profissional atual, integrados em estruturas do SNS ou que com estas colaborem. Os interessados em participar podem inscrever-se através da plataforma www.maisvaloremsaude.pt.

Na 2ª fase o Programa Mais Valor em Saúde - Vidas que Valem atribuirá 4 Bolsas no valor individual de 50.000 euros em consultoria, a projetos que visem implementar metodologias VBHC em Hospitais do SNS. Mais informações sobre a fase de candidaturas serão anunciadas em breve.

Projeto propõe melhorar os resultados da terapêutica endovascular em casos de TVC
O projeto “Técnicas de Imagem de Perfusão para Determinar a Viabilidade do Parênquima Cerebral em Doentes com Trombose Venosa...

A Trombose Venosa Cerebral (TVC) é um tipo menos comum de Acidente Vascular Cerebral (AVC), que afeta, predominantemente, mulheres jovens. Com o tratamento atualmente disponível, cerca de 15% dos doentes morrem ou tornam-se dependentes, um terço sofre alterações cognitivas e 30% ficam incapazes de voltar ao trabalho nos 10 anos após o evento. O projeto vencedor pretende proporcionar mais esperança a estes doentes, através da deteção prévia dos doentes que têm maior potencial de responder à terapêutica endovascular, por via de técnicas de imagem de perfusão.

O tratamento endovascular no AVC arterial é considerado um caso de sucesso, mas no caso da TVC tem mostrado resultados inconsistentes, possivelmente pela inexistência de um método capaz de identificar os doentes com maior probabilidade de beneficiar desse tratamento endovascular.

Neste sentido, a equipa do Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) propõe-se a desenvolver o primeiro estudo – e o maior realizado até à data - que visa avaliar o aporte, distribuição pelo tecido e posterior drenagem de sangue do parênquima cerebral, através de técnicas de imagem de perfusão, até aqui utilizadas com sucesso nos casos de AVC arterial, para a seleção de doentes para o tratamento endovascular.

O Prémio MSD de Investigação em Saúde vai permitir viabilizar um estudo em que serão seguidos 70 doentes, desde o diagnóstico de TVC e durante 90 dias. Serão realizados exames de imagem – ressonância magnética (RM) – e avaliação clínica, incluindo avaliação neuropsicológica.

Considerando que os resultados serão generalizáveis à população geral, a equipa prevê que as conclusões do estudo permitam o desenvolvimento de futuros modelos para seleção de doentes para a terapêutica endovascular, permitindo a melhoria do prognóstico de TVC.

Nesta edição do Prémio MSD de Investigação em Saúde foram ainda distinguidos mais dois projetos, que receberam Menções Honrosas:

“Predicting efficacy and toxicity of immune checkpoint inhibitors: a role for interleukin 7”, representado por Inês Margarido, Médica Interna de Formação Específica em Oncologia Médica, da Faculdade de Ciências Médicas/NOVA Medical School.

“NRF2 e sobrecarga de ferro no transplante alogénico de medula”, representado por Rita Neto, Médica Interna de Formação Específica em Hematologia Clínica no IPO Porto e colaboradora do grupo Hematopoiese e Microambiente no i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, da Universidade do Porto.

O Prémio MSD de Investigação em Saúde foi criado pela MSD Portugal, em 2019, e tem como propósito reconhecer e apoiar projetos inovadores, desenvolvidas por equipas constituídas por Médicos Internos e Especialistas, que apresentem potencial de impacto real na melhoria dos cuidados de saúde em Portugal.

18 de novembro
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) organiza um seminário dedicado aos linfomas, um evento direcionado a doentes,...

O seminário conta com mesas redondas moderadas por profissionais de destaque na área da oncologia, o testemunho de uma doente e Q&As com especialistas da área. O programa do evento abre com duas apresentações, a primeira de Maria Gomes da Silva, do IPO de Lisboa e membro da APCL, sobre o estado atual dos linfomas em Portugal e a segunda é realizada por José Cabeçadas, também do IPO de Lisboa, que fornecerá informações detalhadas sobre diagnóstico e causas.

Os participantes terão a oportunidade de assistir a mesas redondas sobre três grandes temáticas, as particularidades de vários tipos de linfomas, o tratamento dos linfomas e as opções existentes como quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea, novas terapêuticas e ensaios clínicos e ainda uma mesa redonda dedicada ao suporte aos doentes com linfoma, onde especialistas vão debater temas como nutrição, exercício físico, apoio emocional, educação e capacitação do doente e da família.

Este seminário procura ser uma oportunidade de aprendizagem e de promoção do conhecimento sobre esta área, de forma a oferecer um suporte eficaz a doentes e cuidadores. Para a realização do evento a APCL conta com o apoio da Abbvie, AtraZeneca, Bristol Myers Squibb, Kite ( A Gilead Company), Janssen, Kyowa Kirin Group, Lilly, Roche e Takeda.

A participação é livre, mediante inscrição prévia, que pode ser feita aqui.

 

 

 

 

 

Alertam os especialistas da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
Existem diversos problemas que podem afetar a visão, entre os quais está a diabetes, uma doença que

A retinopatia diabética é uma complicação ocular decorrente da diabetes. O seu mecanismo resulta de fatores modificáveis e não modificáveis. Nos modificáveis estão os níveis de açúcar no sangue (glicemia), a hipertensão arterial, a dislipidemia (aumento dos níveis de lípidos no sangue), a obesidade e a função renal. Se estes fatores modificáveis não forem controlados, podem resultar numa lesão crónica e sustentada nos vasos sanguíneos da retina, que levam à falência dessa barreira e à oclusão vascular, causando a saída de líquido para a retina ou a sua microtrombose. Perante isto, a pessoa em questão poderá ter perdas graves de visão.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que há cerca de 146 milhões de adultos no mundo com retinopatia diabética. Carlos Marques Neves, coordenador do Grupo Português de Retina e Vítreo da SPO, afirma que “temos de fazer o possível para combater o atual cenário da doença, caso contrário prevê-se um crescimento deste número para cerca de 180,6 milhões em 2030. É alarmante e uma ameaça significativa para a qualidade de vida de muitas pessoas.” 

No início da patologia, a retinopatia diabética pode ser assintomática e, portanto, não dar sinais. Por ser silenciosa, torna-se ainda mais perigosa. “É fundamental ir ao médico oftalmologista e fazer rastreios com regularidade, principalmente no caso de quem vive com diabetes tipo 2 (DT2). Perante o diagnóstico de DT2, deve ser realizado um rastreio de imediato e manter um acompanhamento regular. Já as pessoas com diabetes tipo 1 devem fazer a primeira consulta de oftalmologia nos primeiros cinco anos após terem sido diagnosticadas”, reforça o médico oftalmologista.

Globalmente, estima-se que há, pelo menos, 2,2 mil milhões de pessoas com deficiência visual, dos quais em, pelo menos, mil milhões – quase metade – a perda da visão poderia ter sido prevenida ou ainda não foi tratada. Fazem parte desta estatística cerca de três milhões de pessoas com retinopatia diabética.

Carlos Marques Neves reforça: “A retinopatia diabética vai progredindo e pode originar alterações da visão de contraste, da visão das cores e da visão com pouca luz. O fator tempo é determinante para evitar consequências mais graves ou irreversíveis. A deteção precoce e o tratamento adequado são vitais para travar a progressão da doença.”

Para a SPO é crucial continuar a contribuir para a consciencialização e educação dos portugueses sobre a retinopatia diabética através da partilha de informação credível e relevante. Simultaneamente, motivar as pessoas que vivem com diabetes a procurarem um acompanhamento regular com médicos oftalmologistas, controlarem os seus níveis de açúcar no sangue, adotarem um estilo de vida saudável e seguirem as orientações médicas para minimizar o risco de desenvolver a doença.

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Oncologia
Uma preocupação comum entre os homens a quem foi diagnosticado cancro nos testículos é expressa por

"Quando avaliamos pela primeira vez os homens com uma nova suspeita de cancro nos testículos, falamos sobre a fertilidade", explica Bradley Leibovich, oncologista da Mayo Clinic.

Leibovich diz que uma das primeiras perguntas que ouve dos homens com cancro dos testículos é: será que ainda vou poder ter filhos?

"Os homens com cancro dos testículos têm preocupações com a fertilidade porque a própria doença, bem como o seu tratamento, podem afetar a fertilidade", explica o oncologista. "A primeira coisa que fazemos com os homens interessados em preservar a sua fertilidade é falar-lhes sobre os bancos de sémen."

A infertilidade pode ser um efeito secundário da cirurgia, quimioterapia, radiação e outros tratamentos contra o cancro. É por isso que é importante que os homens que ainda querem ter filhos depois de terem sido curados do cancro recorram à preservação de sémen antes de iniciarem o tratamento.

"Os problemas de fertilidade são normalmente resolvidos de antemão, assegurando que os homens têm um banco de sémen, pelo que raramente é uma preocupação a longo prazo para os homens", explica o especialista.

Outra preocupação são os baixos níveis de testosterona, uma hormona produzida principalmente nos testículos.

"A maioria dos homens tem níveis normais de testosterona com apenas um testículo. Para os homens que acabam por ter um nível de testosterona mais baixo, é muito fácil substituí-lo", refere.

Sob a orientação de um profissional de saúde, a terapia de substituição de testosterona, sob a forma de injeções, comprimidos, adesivos ou gel, pode restaurar os níveis normais de testosterona nos homens.

O cancro do testículo

O tumor do testículo representa 1% de todos os tumores dos homens, sendo diagnosticados 3-10 novos casos por ano em cada 100.000 homens. O número de novos casos tem vindo a aumentar nas últimas décadas, especialmente nos países industrializados. Este tipo de tumor surge sobretudo em homens jovens, com um pico de incidência nas terceira e quarta décadas de vida.

Existem vários factores de risco conhecidos para tumor do testículo: criptorquidia (testículo que não desceu até à bolsa escrotal), sub-fertilidade, história pessoal ou familiar de tumor do testículo.

De forma a poder realizar um diagnóstico atempado de tumor do testículo, os homens devem realizar de forma regular auto-exame dos testículos e, no caso de aparecimento de um nódulo, devem procurar um médico para avaliação.

O diagnóstico é realizado com base na palpação de um nódulo sólido, que habitualmente tem crescimento rápido e recente. 

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Dia Nacional do Terapeuta da Fala assinala-se a 14 de novembro
Por ocasião do Dia Nacional do Terapeuta da Fala, a Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA), alerta para...

No apoio prestado aos doentes com ELA, os terapeutas da fala concentram-se em áreas fundamentais como a deglutição, a fala e a comunicação. Na deglutição, ajudam a identificar e minimizar os riscos de aspiração através de estratégias e adaptações na dieta. No que diz respeito à fala, desenvolvem exercícios e estratégias para torná-la mais clara e compreensível. À medida que a progressão da ELA dificulta a comunicação oral, os terapeutas da fala auxiliam na utilização de dispositivos de Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA), de tecnologia simples ou mais avançada, desde computadores com software de síntese de voz até mesmo tabelas alfanuméricas. 

Margarida Oliveira, terapeuta da fala da APELA, afirma que "a terapia da fala evoluiu ao longo do tempo para atender às necessidades específicas das pessoas que enfrentam a ELA. Nomeadamente, a integração de tecnologias como os Sistemas de Comunicação Alternativa e Aumentativa (SAAC’s), a intervenção precoce, a capacitação de cuidadores e a abordagem multidisciplinar, bem como o desenvolvimento contínuo." 

Além da terapia da fala no consultório, o apoio das famílias e cuidadores é crucial para um auxílio eficaz às pessoas que enfrentam a doença. É fundamental que os familiares e cuidadores compreendam a patologia e os seus impactos na comunicação e deglutição. Isso implica adquirir conhecimento sobre as estratégias de comunicação e as intervenções recomendadas pelos terapeutas da fala.  

"A participação nas sessões de Terapia da Fala é uma estratégia adicional. Esta envolvência permite que as famílias e cuidadores aprendam as técnicas e estratégias ensinadas durante a terapia, facilitando a comunicação fora das sessões", explica a terapeuta da fala. 

É importante salientar que cada pessoa com ELA é única, e as suas necessidades de comunicação e apoio podem variar. O essencial é que as famílias e/ou cuidadores demonstrem compreensão, empatia e estejam dispostos a adaptar-se às necessidades individuais da pessoa com ELA à medida que a doença progride ao longo do tempo.

Dia Mundial da Diabetes
No âmbito do Dia Mundial da Diabetes, que se assinala anualmente a 14 de novembro, a Unidade Integrada de Diabetes do Centro...

As temáticas abordadas nesta reunião vão de encontro ao tema escolhido, em 2023, pela Federação Internacional da Diabetes: “Acesso aos Cuidados de Saúde: prevenção da Diabetes e complicações relacionadas”. A iniciativa, que terá o contributo de profissionais de saúde de diferentes especialidades, é dirigida a pessoas com Diabetes, seus familiares e comunidade em geral, com o propósito de alertar e envolver o público, neste assunto tão importante.

Os interessados podem ainda efectuar a sua inscrição, de forma gratuita, mas obrigatória, para o endereço eletrónico: uidiabetes@chcbeira.min-saude.pt.

Para além desta sessão, a Unidade Integrada de Diabetes do CHUCB vai promover, no mesmo dia, nas suas instalações, um rastreio de glicémia capilar e avaliação de risco, entre as 10h00 e as 12h00, direcionado a colaboradores sem diagnóstico prévio conhecido de Diabetes.

 

Entre 6 e 9 de novembro
Entre os dias 6 e 9 de novembro realizou-se a 18.ª edição da SRS, uma iniciativa da Associação Portuguesa de Ética Empresarial ...

A Sessão de Abertura, organizada pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial e intitulada “Governação Responsável”, contou com a presença do Senhor Secretário de Estado da Justiça, Pedro Tavares, que destacou um conjunto de aspetos orientadores da atuação da Justiça, tendo em conta o seu propósito: Sustentabilidade e Coesão; Mobilização e participação; e Comunicação e Transparência.

Adicionalmente, ao longo de quatro dias, decorreram mais sete sessões coorganizadas pelas Organizações: Associação Portuguesa para a Qualidade, CCA Law Firm, Gebalis, Grupo Águas de Portugal, Grupo BEL, Pedra Base e UN Global Compact Network Portugal.

Mais de uma centena de pessoas assistiram a uma iniciativa que promoveu a adoção de práticas e políticas que fomentam a Transparência, a Ética, a Responsabilidade Social e a Sustentabilidade.

 

Learn4Green
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) é uma das quatro instituições de ensino...

Financiado em 250 mil euros pelo programa Erasmus+ KA2 - Parcerias de Cooperação, o Learn4Green junta a Haute Ecole Bruxelles-Brabant (Bélgica), a Universidade de Ciências Aplicadas Velika Gorica (Croácia), o Tartu Health Care College (Estónia) e a ESTeSC-IPC.  “Esta colaboração responde à necessidade urgente de garantir que as gerações futuras são devidamente educadas e informadas sobre os efeitos das alterações climáticas e sobre como podemos mitigá-las e adaptar-nos a elas”, descreve a docente coordenadora do projeto na ESTeSC-IPC, Susana Paixão. “Ao preparar alunos e professores com os conhecimentos e competências necessários para enfrentar a crise climática, estaremos a garantir futuros líderes com capacidade para trabalhar na construção de um futuro mais sustentável e próspero”, acrescenta.

O programa combina sessões de ensino online – a primeira, dedicada à Energia, arranca já a 27 de novembro – com atividades presenciais, a realizar nas quatro instituições de ensino parceiras. Participam nas ações dez estudantes de cada escola (no caso da ESTeSC-IPC, alunos de licenciatura em Saúde Ambiental) e três docentes de cada país. Todas as atividades realizadas serão avaliadas, com vista à possibilidade de, futuramente, estes módulos de ensino poderem ser integrados nos currículos das universidades europeias que assim o pretendam.

No final cada módulo, os participantes são desafiados a passar da teoria à prática e a desenvolver projetos, em equipa, de aplicação concreta, trabalhando temas como redução do uso de energia em escolas, hospitais e fábricas; promoção da economia circular; mobilidade; gestão de resíduos; e produção de alimentos sustentáveis.

A apresentação Learn4Green aconteceu hoje em Bruxelas, num evento onde participaram, em representação da ESTeSC-IPC, a vice-presidente da Escola, Nádia Osório, a coordenadora interna do projeto, Susana Paixão, e o responsável pelo Gabinete de Relações Internacionais, Rui Branco Lopes. A sessão incluiu uma conferência com o tema “Anthropocene: (un)sustainable development? Humanity facing the challenges of inequalities and the environment“, proferida pelo professor da Solvay Brussels School, Roland Moreau.

Saúde Oral
A cárie dentária é uma doença que afeta quase 90% da população (estima-se que a cárie dentária afete

É provocada pela ação de determinadas bactérias que podem originar a destruição parcial ou total do dente. A presença dessas bactérias, associada a uma alimentação rica em açúcares (hidratos de carbono) e a uma fraca higiene oral, são a causa do aparecimento de cáries.

Quando os alimentos que contêm hidratos de carbono, como os doces, bolos, rebuçados, chocolates, gomas, entre outros, são ingeridos, as bactérias vão decompô-los e originar ácidos. Esses ácidos provocam a dissolução do conteúdo mineral dos dentes e, consequentemente, o aparecimento de lesões de cárie. Esta ação é mais notória quando estes alimentos são ingeridos fora das refeições ou à noite, antes de deitar, e não temos uma correta higienização dentária.

Identificar uma cárie numa fase inicial não é fácil e normalmente só consegue ser realizada por médicos dentistas, daí a importância de o visitar o regularmente. Durante as fases iniciais da doença (cavidades pequenas) não são detetados sintomas significativos e o dente pode ser facilmente tratado, com uma restauração estética com resultados muito satisfatórios.

Quando se sente a presença de uma cavidade, ou a ausência de uma parte do dente, muito provavelmente terá uma lesão de cárie dentária já avançada. Nestas fases mais avançadas (cavidades mais profundas), as queixas podem passar por um desconforto com aumento de sensibilidade, até situações mais graves como dor ao quente, frio ou doce ou mesmo dor espontânea forte. Uma cárie em estado avançado, com envolvimento das camadas mais internas do dente (dentina e polpa dentária) pode implicar um tratamento endodôntico (normalmente conhecido como desvitalização) ou mesmo a extração do dente.

Não podemos esquecer que qualquer dente que tenha sido tratado pode voltar a ter lesões de cárie dentária, pelo que devemos manter uma constante vigilância.

Para prevenirmos o aparecimento da cárie dentária devemos efetuar uma higiene oral diária adequada: escovar os dentes pelo menos duas vezes por dia com uma pasta fluoretada (a escovagem noturna é a mais importante, não devemos ingerir mais nada após a escovagem) e utilizar o fio dentário ou escovilhão pelo menos uma vez por dia.

Devemos também fazer uma alimentação equilibrada, evitando os açúcares e petiscar entre as refeições. Na consulta de rotina devemos ponderar a aplicação de selantes de fissuras, especialmente nas crianças (o selante é uma espécie de verniz aplicadonas fissuras dos molares e pré-molares, com o objetivo de criar uma barreira física às bactérias e restos alimentares, ajudando na prevenção da cárie).

A cárie pode ser prevenida ou facilmente tratada numa fase inicial, portanto não se esqueça de ter os cuidados necessários e visitar o médico dentista regularmente.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo sobre apoio a doentes com cancro da mama avançado em zonas de guerra
Os doentes com cancro da mama, que vivem em zonas de conflito estão a ser "massivamente negligenciados" por todos:...

Entre as pessoas que fogem das zonas de conflito, deslocadas dentro do seu próprio país ou através das fronteiras para outros países, as doentes com cancro da mama são o "maior grupo de doentes com cancro que se apresentam às agências das Nações Unidas e às ONG internacionais", afirmou o Prof. Sullivan, que é diretor do Instituto de Política do Cancro e codiretor do Centro de Investigação sobre Conflitos e Saúde do King's College London (Reino Unido). No entanto, as agências e organizações internacionais não dispõem de procedimentos ou diretrizes normalizadas para fornecer o tratamento adequado no momento certo, nem de planos ou financiamento para reconstruir a capacidade quando os conflitos terminam, mas as vias e o financiamento para aceder ao tratamento foram destruídos.

"O resultado é que perdemos o que, muitas vezes, é a única oportunidade de fornecer tratamento primário a estes doentes antes de o cancro se espalhar. Nos campos de refugiados, 85% a 90% das mulheres só procuram ajuda quando o cancro da mama está avançado. Muitas vezes, as mulheres ficam retidas durante muito tempo nos campos de refugiados, o que faz com que continuem a surgir novos casos de cancro da mama. Os cuidados paliativos são muitas vezes mínimos e muitas mulheres morrem com enorme sofrimento", afirmou o Prof. Sullivan, que trabalhou em mais de 18 campos de refugiados nos últimos trinta anos.

"Muitas vezes, os refugiados atravessam as fronteiras para aceder a cuidados oncológicos, muitas vezes para países que não conseguem prestar cuidados médicos a grandes fluxos de doentes e onde existem barreiras linguísticas e dificuldades no tratamento e acompanhamento a longo prazo. Por exemplo, 27% dos doentes com cancro que fugiram da Ucrânia para a Moldávia em 2022 tinham cancro da mama, mas muitas vezes sofreram atrasos no diagnóstico e no tratamento. Trinta e cinco por cento dos pacientes ucranianos que se apresentam no centro médico de Cracóvia, na Polónia, só podem ser tratados com cuidados paliativos e, destes, 43% são pacientes com cancro da mama avançado.

"Para todas estas doentes com cancro da mama, há dificuldades não só no acesso à cirurgia, mas também à radioterapia e às terapias sistémicas, incluindo a quimioterapia básica e a terapia endócrina." Apela às organizações envolvidas na prestação de cuidados médicos em regiões afetadas por conflitos, desde a Ucrânia, Síria, Sudão e Somália até ao Uganda, Gaza, Afeganistão e Venezuela, para que desenvolvam modelos de cuidados específicos para o cancro da mama.

"As pessoas não estão a ser tratadas de acordo com as suas necessidades ou com a região em que se encontram. Nas zonas de conflito, não existe um modelo único para todos", afirmou o Professor Sullivan. "É necessário um planeamento específico para cada conflito. De momento, isso não está a ser feito. As agências das Nações Unidas e as ONG ainda não abordaram adequadamente esta população especificamente vulnerável. Não compreendem que a prestação de cuidados de saúde adequados em zonas de guerra é muito complexa e que as necessidades variam de país para país e de conflito para conflito."

As principais necessidades são:

Procedimentos operacionais normalizados para o tratamento do cancro da mama e do cancro da mama avançado. Estes procedimentos devem incluir a capacidade de tratar os doentes no local, nos campos de refugiados, por exemplo, a cirurgia do cancro da mama

Diretrizes, estratificadas por região e conflito, que identifiquem o financiamento ou as fontes de financiamento para prestar os cuidados adequados;

Planeamento a longo prazo e fundos para a reconstrução de vias de diagnóstico e tratamento do cancro após o fim de um conflito.

Tanto os homens como as mulheres podem desenvolver cancro da mama, mas o Prof. Sullivan afirmou que a guerra tem um impacto desproporcionado nas mulheres e nas crianças. "Entre as populações deslocadas, cerca de dois terços são mulheres e crianças. Cerca de 265 milhões de mulheres vivem atualmente em regiões de conflito armado. Trata-se de uma população global significativa e uma grande parte precisará de cuidados oncológicos em algum momento".

Em 2022, o ACNUR informou que a guerra na Ucrânia tinha criado a mais rápida e uma das maiores deslocações de pessoas desde a Segunda Guerra Mundial, aumentando significativamente o número de pessoas deslocadas em todo o mundo para cerca de 103 milhões. Em meados de 2022, 5,4 milhões de refugiados tinham fugido da Ucrânia e outros 6,3 milhões estavam deslocados dentro do país.

Presidente da conferência ABC 7, Fátima Cardoso, Diretora da Unidade da Mama do Centro Clínico Champalimaud, Lisboa, Portugal, e Presidente da Aliança Global ABC, afirmou "As mulheres em zonas de conflito já sofreram o suficiente devido às perturbações e aos perigos que enfrentam. O desenvolvimento do cancro da mama é mais um fardo, mas não deve ser uma sentença de morte. Se for diagnosticado e tratado precocemente, é curável. Mas há demasiadas mulheres, e por vezes homens, que apresentam cancro da mama em estado avançado devido às condições que enfrentam nos campos de refugiados ou nos países para onde fugiram.

"Apelamos às agências de ajuda das Nações Unidas e às ONG para que implementem planos e procedimentos que garantam que estes doentes sejam diagnosticados e tratados rápida e eficazmente. Apesar das dificuldades de implementação de tais planos, não deveria estar para além das capacidades destas organizações fazê-lo, de modo a garantir que os doentes com cancro da mama não sejam duplamente prejudicados: uma vez pelo conflito e outra pelas agências de ajuda que, atualmente, não estão a prestar os cuidados médicos necessários."

Sessão da "Mamãs Sem Dúvidas"
O Especial Grávida Online (EGO), organizado pela plataforma ‘’Mamãs Sem Dúvidas’’ vai realizar-se no dia 15 de novembro, entre...

Teresa Coutinho, Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, vai ensinar as futuras mamãs a interpretar o choro do bebé. O choro é o único instrumento que o bebé tem para comunicar. Um bebé pode chorar porque tem fome, tem sono ou se sente desconfortável, entre outras razões. Interpretar os diferentes tipos de choro é um desafio para as recém-mamãs.

De seguida, Diana Santos, Formadora do Laboratório BebéVida, irá falar acerca das ‘’Células Estaminais: um potencial de cura’’, destacando as potenciais vantagens terapêuticas do sangue e tecido do cordão umbilical no tratamento de diversas doenças.

A sessão termina com a intervenção da Enfermeira Telma Cabral, Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, dedicada ao alívio da dor no trabalho de parto.

Ao participar, os casais ficam habilitados a receber um cabaz no valor de 385€, que inclui uma Ecografia Emocional, uma Cadeira da Papa e uma Mala Maternidade com produtos Uriage.

As inscrições para o evento estão abertas, são gratuitas, mas obrigatórias. Faça aqui a sua inscrição:  https://mamassemduvidas.pt/campanha/

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